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Série Barracões: Unidos da Ponte contará a ancestralidade e a luta de Mãe Meninazinha de Oxum

A Unidos da Ponte vai reverenciar na Marquês de Sapucaí a luta de Mãe Meninazinha de Oxum, uma personalidade do candomblé que tem seu terreiro no bairro São Mateus, em São João de Meriti. Os carnavalescos Rodrigo Marques e Guilherme Diniz desenvolveram o enredo intitulado “Liberte Nosso Sagrado: o legado ancestral de Mãe Meninazinha de Oxum”. A construção desse carnaval partiu da proposta de Rodrigo de falar do Acervo Nosso Sagrado, coleção de objetos de religiões de matriz africana apreendidos pelas forças policiais entre os anos de 1891 e 1946 e que estavam sob poder da Polícia Civil até poucos anos atrás.

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Fotos: Matheus Vinícius/Site CARNAVALESCO

“[Esse enredo] é uma construção desde o Carnaval de 2022. Eu já tinha uma pré-pesquisa sobre o Acervo Nosso Sagrado. Até então eu pensava de alguma maneira que algum dia eu poderia colocar isso no papel e traçar um meio de ter um desfile com essa temática. Para este Carnaval, eu tinha esse plano com plano A. Para minha felicidade, eu cheguei na Mãe Meninazinha”, contou Rodrigo.

O carnavalesco não pode colocar o plano em prática no último carnaval pois passou 14 dias internado com Covid-19 e não conseguiu participar tão ativamente da construção do enredo e do desfile da Unidos da Ponte. A escola ficou em 11º lugar ao apresentar “Santa Dulce dos Pobres – O anjo bom da Bahia”. Seguindo a linha das homenagens, a dupla transformou a pré-pesquisa sobre o movimento “Liberte Nosso Sagrado” em uma celebração da atuação religiosa e política de Mãe Meninazinha de Oxum.

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“Nesse processo, existem diversas lideranças tanto religiosas quanto políticas. Eu já a conhecia como uma dessas expressões, mas existem outras. A partir do momento que eu descobri que o terreiro dela ficava em São João de Meriti, em São Mateus, a origem da Unidos da Ponte, eu consegui o que eu precisava. É o fio condutor que eu precisava sem grandes esforços de criar uma sinergia com a Unidos da Ponte. No nosso entendimento, aliada a outras lideranças, ela é a personificação desse movimento todo e dessa construção coletiva, tanto que ela está em todas as matérias [sobre o assunto]”, explicou Marques.

Ao abordar a vida da homenageada e o movimento político e religioso, os carnavalescos fizeram o exercício de se deparar com um um acervo diverso de objetos que foram apreendidos nos terreiros durante seis décadas da História do Brasil. Legalmente, o Estado já pôde interditar terreiros, prender fiéis e tomar posse dos pertences em nome de uma repressão à bruxaria. Sendo assim, falar de Mãe Meninazinha é falar de um combate ao racismo religioso.

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“Uma coisa que mexeu muito comigo foi a documentação que eu consegui elaborar no início sobre o Acervo. São décadas da polícia invadindo os espaços sem autorização nenhuma e prendendo pessoas e levando qualquer coisa. Tem desde cachimbo até porta, assentamentos, crucifixo. Eles simplesmente faziam a operação e levavam o que eles achavam que era de direito deles. Eu fiquei muito assustado nessa documentação que eu levantei, como publicações em periódicos. Jornais à época noticiaram isso: ‘Fechado um candomblé’, ‘Um grupo de vadios foram presos em um candomblé’, as pessoas eram tratadas como bruxas. Eu fiquei assustado em como as eram tratadas na época vendo da contemporaneidade”, revelou Rodrigo Marques.

Antes de receber o nome de “Acervo Nosso Sagrado”, os objetos eram nomeados e expostos com o título de “Coleção Museu Magia Negra” no Museu da Polícia Civil. Eles ficaram em exibição até 1999, quando o museu mudou de lugar e os 519 materiais foram encaixotados e nunca mais apresentados. Essa história muda quando Mãe Meninazinha lidera o movimento de recuperação desses itens e o acervo é enviado para o Museu da República em 2020, onde estão disponíveis para visitação.

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“Por mais que tenha a questão do Acervo sendo trazido para o Museu da República, o nosso tema é uma construção diária. Estamos falando sobre racismo religioso que ainda existe e existe de uma maneira muito grande e enraizada na nossa sociedade estruturalmente falando”, disse o carnavalesco.

Para Rodrigo Marques, o forte do desfile é o enredo e a narrativa a ser contada ao longo do Sambódromo. Ele acredita que a história contada vai ficar evidente e pode até sobrepor a plástica apresentada no dia 18.

“Eu tentei fazer uma pesquisa relevante utilizando pessoas que já desenvolveram essa pesquisa na academia, que vivenciaram esse processo. É uma pesquisa densa, tem embasamento. Não é simplesmente, desculpa a expressão, um retalho de informações que eu reuni. É uma coisa que está em evidência Eu acho que essa narrativa fala por si só. Eu poderia muito bem falar que a plástica vai ser o forte, mas acho que a narrativa já seria um grande trunfo nosso”, comentou Rodrigo.

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Rodrigo Marques e Guilherme Diniz já estão acostumados a trabalhar um com o outro. Consolidados enquanto dupla, os carnavalescos começaram a carreira juntos e pretendem fazer dela uma parceria duradoura. Os dois já passaram por escolas como Difícil é o Nome, Engenho da Rainha, Independentes de Olaria. Chegaram a ser campeões da Série Prata com a Unidos de Bangu, em 2017, e vão para o terceiro carnaval pela Ponte.

“O dificultador de trabalhar em dupla é o fato de dividir quem faz o quê, mas, antes de trabalhar com Carnaval, nós já éramos amigos. Nós começamos juntos. Não estamos dupla, somos uma dupla. Eu complemento o trabalho dele e ele complementa o meu. Flui naturalmente. Nós trabalhamos há 7 ou 8 anos em dupla. Lógico que temos divergências, mas a gente se resolve e um dá o braço para o outro na hora”, garante Marques.

Conheça o desfile da Unidos da Ponte

A comunidade de São João de Meriti vai narrar a luta de Mãe Meninazinha de Oxum por meio de três carros, um pede-passagem e 18 alas. O carnavalesco Rodrigo Marques destrinchou o desfile que será o segundo a passar pela Avenida no sábado.

Setor 1: “Começamos narrando os ancestrais, traçando uma linha cronológica dos ancestrais da nossa homenageada. Começa com a Marcolina de Oxum ou Marcolina da Cidade de Palha, que veio para o Brasil como escrava aos 16 anos de idade da região da atual Nigéria. Ao chegar em Salvador, Bahia, desempenhou um papel muito importante, se tornou uma importante sacerdotisa de relevância por diversos fatores. Um dos fatores de sinergia com o nosso enredo é o fator pelo qual trouxe consigo o okutá de Oxum que é como se fosse um objeto religioso, uma esfera uma pedra, que simbolizava duas coisas para ela: primeiro, algo da sua terra e, segundo, era o objeto de seu orixá. Ela escondia isso em seu busto. O que a gente quer demonstrar com isso? Desde seu ancestral mais longínquo, da Mãe Meninazinha de Oxum, já existia um cuidado muito grande com a questão dos objetos, que para uns pode ser só um simbolismo, mas para outros é um algo muito relevante. Então nesse primeiro setor, a gente faz essa apresentação dos ancestrais começando com ela e indo até o Pai Procópio de Ogum, que é uma pessoa que foi o primeiro homem não iniciado como ogã – até então homem só podia ser ogã -, chegando até a avó sanguínea da homenageada, a Iá Davina”.

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Setor 2: “Apresentamos o que era conhecido como ‘Coleção Magia Negra’, um conjunto com mais de 500 objetos que foram confiscados pela polícia desde o Código Penal de 1891 que proibia a prática desses cultos e não só prendiam as pessoas como os objetos. Isso perdurou até a década de 1940, quando esses objetos foram confiscados e jogados nos porões da Polícia Civil. Para se ter ciência, isso ficou tanto tempo que, durante a época da Ditadura Militar, estava jogado nos porões do Dops [Departamento de Ordem Política e Social]. Nós apresentamos que coleção é essa, por quê é chamado de ‘Magia Negra’, que é um preconceito muito grande, a ponto de hoje se chamar de ‘Nosso Sagrado’. Esse setor a gente traz essa explanação dessas pejorações, desses preconceitos que os praticantes dessa religião sofriam à época”.

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Setor 3: “É a luta que a nossa homenageada teve com outras entidades religiosas e políticas para reaver esses objetos. O terceiro setor é uma homenagem direta a ela. Quando se personifica essa luta nela, está se falando do coletivo. Não é à toa que, no carro que ela vem, vem grandes lideranças religiosas e políticas que participaram desse processo. Os objetos foram recuperados, então é como se o episódio foi bem sucedido, mas o racismo religioso é uma prática recorrente que acontece até nos dias atuais. A gente quer simbolizar isso e mostrar a importância dessa construção e luta diária que é algo muito importante”.

Mangueira abre 1.500 vagas gratuitas no esporte

6E411B43 F164 4A2D 8EE8 4D0154098B7DO Instituto Mangueira do Futuro, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro São Francisco Xavier, está oferecendo novas oportunidades de vagas gratuitas para a prática de esportes na Vila Olímpica Mangueira. São 1.500 vagas, para crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, atendendo às famílias da comunidade da região e dos demais bairros.

A Vila Olímpica proporciona, neste ano, as modalidades: judô, jiu jitsu, atletismo, levantamento de peso, basquete feminino e masculino, futebol, futsal, ginástica rítmica e dança, ballet, natação e natação para pessoas com deficiência.

O Instituto conta com a parceria da Petrobras, através do Programa Socioambiental, atendendo crianças, adolescentes, jovens e pessoas com deficiência, garantindo a democratização do acesso ao esporte e o exercício na formação da cidadania.

Os responsáveis interessados em matricular os futuros atletas necessitam comparecer na sala de incrições do centro de referência esportiva, aberto de segunda  à sexta, das 8h às 18h, com os devidos documentos: cópia do comprovante escolar, cópia do atestado médico ou preenchimento do parq na secretaria, cópia do RG e CPF do responsável, cópia do RG e CPF do aluno ou certidão de nascimento e cópia do comprovante de residência.

Além disso, os alunos com deficiência precisam trazer além dos documentos listados, o laudo médico. Já para a prática da natação dos bebês de 6 meses a 4 anos e 11 meses, é obrigatório a entrega do atestado médico do responsável que for entrar na água com o aluno.

A Vila Olímpica da Mangueira fica à Rua Santos Melo, 73, São Francisco Xavier, sendo uma realização do Instituto Mangueira com o patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Petrobras.

Série ‘Barracões’: A história de Esperança Garcia será reverenciada pela Em Cima da Hora

90D7DF3F 7007 420F B622 22F5C51FF629Diretamente do bairro de Cavalcanti, a Em Cima da Hora vai levar para a Avenida a história e representatividade de Esperança Garcia, considerada a primeira advogada mulher do Brasil. Negra e escravizada, ela foi a responsável por redigir uma carta com embasamento jurídico ao governo do Piauí, em 1770, denunciando os maus tratos ocorridos na fazenda em que era forçada a trabalhar. Com o enredo “Esperança, Presente!”, do carnavalesco Marco Antônio Falleiros, a agremiação pretende honrar a história dela e inspirar outras mulheres negras.

“Eu tinha esse enredo guardado. Quando eu fiz a Luiza Mahin [Alegria da Zona Sul, 2018], eu passei por Esperança Garcia e guardei essa ideia. Eu tinha uma proposta de fazer um enredo sobre mulher negra e sobre empoderamento feminino, aí ressurgiu a Esperança Garcia. Eu apresentei à escola e foi aceita”, revelou o artista.

Acredita-se que a advogada aprendeu a escrever com os padres jesuítas que tomavam conta da Fazenda de Algodões na capitania do Piauí. A partir do momento que os religiosos foram expulsos do Brasil, a fazenda passou para as mãos de senhores de engenho que separaram Esperança de sua família. A homenageada da escola de Cavalcanti compilou todo sofrimento da escravidão em uma carta, hoje em dia, lida como uma petição pedindo o fim da violência. Essa carta só foi encontrada em 1979, dois séculos depois de escrita, pelo historiador Luiz Mott. Em 2017, Esperança Garcia foi reconhecida como primeira advogada do Piauí. Já em novembro de 2022, ela recebe o título de primeira advogada mulher do país.

2A110EDE CC0F 4C53 936D B12841D6FDA9“O que eu acho mais interessante na Esperança é a luta dela. Ela foi uma mulher que lutou para mostrar os maus tratos que ela sofria e a partir disso ela virou a primeira advogada negra do país”, contou o carnavalesco.

Ao passar pela ancestralidade, a vida cruel na fazenda e a inspiração para diversas mulheres, Falleiros propôs construir um desfile iluminado e colorido em prol da didática. O carnavalesco confirmará sua assinatura estética no Sambódromo.

“O grande trunfo da Em Cima da Hora será o conjunto. Ela está com um conjunto alegórico muito bom, as fantasias estão didáticas e com um colorido bem legal. E eu sempre destaco nos meus trabalhos a iluminação. Vai ser uma iluminação bem diferenciada, em que vamos conseguir fazer um efeito de iluminação bem legal”, anunciou Marco.

As cores ajudarão a contar a história da personagem reverenciada. O desfile vai do vermelho ao azul e dourado, passando pelos tons terrosos e ocre.

“Eu começo com o vermelho de Xangô, como ela a primeira advogada eu a coloco com o este orixá. Depois eu conto a vida dela na Fazenda Algodões, onde ela trabalhava, então eu passo mais pelos tons de ocre e de marrom da terra batida do Piauí. Finalizo com o ouro e azul, as cores da escola, em que eu entro com o grito de liberdade. A Esperança Garcia vem no alto do último carro em uma escultura dela que vai subir a 8 metros de altura”, afirmou o Falleiros.

Marco Antônio está no seu nono Carnaval pela Em Cima da Hora. Começou em 2010 na agremiação e contribuiu para a que ela saísse da quinta divisão do Carnaval carioca e chegasse ao Grupo de Acesso A (atualmente a Série Ouro), em que reeditou o clássico “Os sertões”, em 2014. Entre 2016 e 2019, o carnavalesco passou por outras escolas e, em 2020, ele voltou para Cavalcanti.

53F2CA4D 60AC 4C30 B679 0F9AE86EC34CConheça o desfile da Em Cima da Hora:

A azul-pavão e branco de Cavalcanti chegará para contar a trajetória de Esperança Garcia na Sapucaí com 1800 componentes em 16 alas, três alegorias e um tripé. O carnavalesco Marco Antônio Falleiros explicou a divisão setor-a-setor do desfile:

Setor 1: “Nasce a Esperança Garcia, filha de Xangô. Eu faço uma analogia entre o orixá e Esperança mostrando toda a africanidade dela.”

Setor 2: “É a vida dela na fazenda. O trabalho dela, o chão batido, a terra e a fazenda onde ela trabalhava. Tem um carro que relata isso todo em forma de barro com um grupo teatralizado, onde as pessoas vão se misturar com o barro, com a alegoria. Uma forma diferente de mostrar a escravatura e a fazenda.”

Setor 3: “É o grito de liberdade, onde eu faço uma homenagem a todas as mulheres negras que lutaram para ter direito a ter uma formatura e um estudo na vida.”

‘Ela me reinventou, eu queria parar e ela fez com que eu quisesse continuar’, diz o mestre-sala Raphael sobre Dandara

Tuiuti Raphael e DandaraCaminhando para o seu segundo desfile na defesa do pavilhão do Paraíso do Tuiuti, o casal de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação de São Cristóvão, Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane atendeu a reportagem do site CARNAVALESCO para a série ‘Entrevistão’. O experiente Raphael agradeceu à jovem parceira, que segundo ele o fez se reinventar na dança. Já a dançarina, neta de Martinho da Vila, vai completar 10 anos de Marquês de Sapucaí.

Qual o balanço de vocês sobre a carreira?

Dandara: “Neste carnaval vou fazer 10 anos desfilando como porta-bandeira. Eu estou muito feliz. Acho que foi uma trajetória de muito trabalho, muito empenho, muita vontade de progredir e melhorar. Encontrei o Raphael e estamos há 2 anos dançando juntos. Isso evoluiu e contribuiu muito pra minha dança, estamos felizes pelo trabalho e que vamos continuar realizando por uns bons anos”.

Raphael: “Eu sou pouquinha coisa mais velho do que ela, vou completar 30 anos (de carnaval), no Grupo Especial, como mestre-sala, estou há 20 anos. A cada ano, é uma renovação e uma evolução e neste ano, completando 2 anos com a Dandara, está sendo especial e uma coisa nova”.

tuiuti ensaio tecnico 2023 12Raphael, quem é a sua referência como mestre-sala?

“Não é difícil responder. O mestre Delegado. Eu vivi com ele quando eu fui mestre-sala da Mangueira durante 7 anos, sendo 4 anos, vivendo intensamente com ele. Eu aprendi muito, foi uma escola pra mim e não tem como ser outra pessoa a não ser ele.”

Dandara, qual sua referência como porta-bandeira?

“A gente busca muitas referências dentro do que a gente gosta e faz. Eu acho que minha grande referência é a Rita Freitas pois caminhou comigo nos primeiros anos, me ajudou a compreender a importância do pavilhão e de representar uma escola de samba como porta-bandeira. Ela é minha grande referência”.

Raphael, o mestre-sala vem muito cobrado em cortejar mais a porta bandeira do que dançar sozinho. Acha que falta mais esse olhar do mestre-sala pra porta-bandeira?

“Essa é a função dele. Eu costumo dizer que o mestre sala é coadjuvante, porque quem brilha é a estrela (porta-bandeira). Ele tem que proteger, cortejar e cuidar para que nada de mal aconteça. Isso resume tudo, ele precisa sempre estar de olho nela pra que nada aconteça.”

tuiuti enc quilombos 22Vocês acham que o julgamento do quesito vai voltar a ser mais focado na dança ou a coreografia chegou pra ficar e ganhar mais protagonismo?

Dandara: “Isso é uma coisa que vem sendo muito falada,[…] eles (jurados) tem focado cada vez mais na dança. Isso já vem se apresentando nos últimos e a gente veio de uma temporada de muita coreografia. Tem também o estilo de cada casal, casais que gostam mais de coreografia e casais com a dança mais tradicional. Enfim, tem que respeitar o estilo de cada casal e julgar dentro disso”.

Raphael: “Hoje tudo está muito misturado. A evolução. A dança Evolui a cada dia e ta tudo muito misturado. A gente (Raphael, Dandara e a coreógrafa) entrou em um laboratório pra saber o que era melhor e o que os jurados queriam”.

Raphael, o que não pode faltar em um mestre-sala perfeito?

“Não pode faltar cortejo, elegância e o riscado”.

Dandara, o que não pode faltar em uma porta-bandeira perfeita?

“Sorriso no rosto, o giro, amor à dança, ao pavilhão, ao carnaval e um bailado que queira transmitir toda essa força que nosso carnaval carrega”.

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Foto: Allan Duffes

Qual é a declaração que o Raphael fala olhando pra Dandara e qual a declaração que a Dandara fala para o Raphael?

Raphael: “Obrigado por ser você. Existe uma história, na nossa história, onde ela chegou em um momento que eu mais precisava. Eu precisava dela e ela precisava de mim. A gente chegou na vida do outro em um momento em que um precisava do outro. Foi engraçado porque a nossa junção era uma coisa improvável. […] Quem fez esse casal Raphael e Dandara foi Dudu Azevedo (diretor de carnaval da Beija-Flor de Nilópolis), que juntou esse casal na União da Ilha. Vou agradecer eternamente por ele ter me dado a Dandara”.

Dandara: “Ele resumiu tudo que a gente tem vivido nesses dois anos. A gente se reinventou, e juntos, queremos mais e crescer. O Raphael tem uma carreira linda e eu to construindo a minha. […] Ter ele ao meu lado nesse momento tem sido muito importante e primordial para o que hoje eu considero a possibilidade de continuar sendo porta-bandeira durante muitos anos. Eu desejo que nossa parceria seja longa e duradoura e eu acredito muito no trabalho que a gente vem construindo. Eu acredito na amizade que a gente vem construindo e nessa lealdade que a gente vem construindo pra continuar juntos”.

Raphael: “Até porque a amizade não é só parceria. Numa dupla tem que existir lealdade, é o princípio de tudo. A gente tem que ser leal um com o outro pro trabalho dar certo. […] É o que a gente encontrou um no outro, é por isso que ta dando certo. Ela me reinventou e eu queria parar. Eu tenho um tempo já de carreira e tava desanimado, querendo parar e ela fez com que eu quisesse continuar. Ela fez isso”.

‘Salgueiro imponente e preparado para vencer’, promete Julinho Fonseca

gravacao salgueiro2223 13Neste ano, o Salgueiro promete um desfile bem diferente do que vem sendo feito nos últimos anos. Estreante da Vermelho e Branco, o diretor de carnaval Julinho Fonseca provocou mudanças na escola de samba. Em entrevista ao CARNAVALESCO, ele disse que a agremiação vem preparada e imponente para a Passarela do Samba em 2023 e também deu detalhes das diferenças da escola para este ano, como o trabalho de Edson Pereira como carnavalesco.

Um Salgueiro imponente e audacioso. Assim Julinho definiu o momento da agremiação que irá para a Marquês de Sapucaí, neste Carnaval, sob os cuidados do carnavalesco Edson Pereira, conhecido por fazer grandes alegorias.

“Nada diferente do ‘jeito Edson’ de ser. Um carnaval muito grande, acho que a minha chegada é também audaciosa. Eu também gosto desse desafio. O Salgueiro vem bastante diferente, está assustador e vocês podem esperar um Salgueiro bem imponente e grande”, disse o diretor de carnaval.

Um imenso desafio e tremenda responsabilidade. Para Julinho Fonseca, o Salgueiro é um grande destaque na história do carnaval carioca. O diretor de carnaval da agremiação afirmou que a escola virá preparada para competir no espetáculo deste ano.

“É um dos maiores desafios da minha vida. Aos 45 anos, assinando pelo carnaval do Salgueiro, essa escola que é um pilar do carnaval – onde todo mundo quer estar. Temos uma potência e um chão que é muito foda. Com certeza, é um Salgueiro imponente e preparado para o campeonato”, afirmou Julinho Fonseca.

Para o diretor de carnaval, a união e as mudanças no barracão são alguns pontos de destaque do seu trabalho no Salgueiro ao longo dos últimos meses. Conhecer a estrutura e os segmentos da escola de samba, para ele, é fundamental.

salgueiro ensaio tecnico 2023 25“De mudança, primeiramente a união dos segmentos, da nossa potência e da comunidade. Também tem a mudança na logística do barracão. Os segmentos estão unidos e falando a mesma língua. Falar a língua de todo mundo – eu já passei pela bateria, comunidade e harmonia – e acho que, hoje, a gente tem que ter um pouquinho de cada coisa para poder cobrar, falar e estar junto com todo mundo sempre. Esse é o meu diferencial e eu vou seguir assim, se Deus quiser, por muito tempo aqui”, declarou Julinho.

Fazendo jus ao lema “Nem melhor nem pior. Apenas uma escola diferente”. O diretor de carnaval acredita que é diferente comandar uma escola de samba do tamanho e força do Salgueiro.

“É diferente. Esse slogan tem tudo a ver com o Salgueiro. Nem pior nem melhor, aqui é sempre diferente. Muito diferente. Para mim é uma imensa felicidade estar à frente disso”, revelou.

Toda esta imponência, audácia e força poderá ficar evidenciada na Marquês de Sapucaí. O Salgueiro é a quinta escola a desfilar no domingo de carnaval e promete surpreender o público e os críticos.

Evelyn Bastos comemora lideranças femininas no carnaval e não descarta presidência da Mangueira no futuro

mangueira enc quilombos 28A Estação Primeira de Mangueira se orgulha da rainha de bateria que tem. Há 10 anos à frente da Surdo Um, Evelyn Bastos tem a felicidade de ser uma rainha nascida e criada na comunidade e liderar a escola de samba mirim Mangueira do Amanhã. Durante sua trajetória, mostra a importância de ser uma pessoa politizada e representativa para outras mulheres pretas e faveladas.

Ao site CARNAVALESCO, Evelyn conversou sobre a função social de rainha de bateria e a ampliação de mulheres da comunidade no cargo. Além disso, ela falou sobre a liderança de Guanayra Firmino e Cátia Drumond, únicas presidentes mulheres atualmente comandando escolas de samba do Grupo Especial, no Rio de Janeiro.

O que representa ser rainha de bateria da Mangueira?

Evelyn: “Eu estou indo para o meu décimo ano em 2023 e até hoje eu não consigo definir o que é ser rainha da Mangueira. Com certeza, para mim é uma dinastia, é o lugar que já foi da minha mãe, o lugar que já foi majoritariamente de mulheres da comunidade. E para mim é uma representação da identidade das mulheres do Morro da Mangueira. Eu acho que ser nascida e criada no Morro da Mangueira tem um peso muito especial para estar à frente da bateria porque eu vejo nos olhares de mulheres oriundas da favela ali do morro o quanto elas se sentem representadas. Eu acho que por isso é tão primordial para mim falar sobre elas, ser por elas.”

mangueira enc quilombos 1Você sempre foi uma personagem nos desfiles do Leandro Vieira e agora como será?

Evelyn: “O Leandro é meu amigo. Eu tive um carnavalesco e ganhei um amigo para a vida toda. A gente tem uma afinidade muito grande. Ele me permitiu ser eu mesma na frente da bateria, me usar como voz, uma representatividade que fala. A entrada do Gui [Estevão] e da Annik [Salmon] me deixa também esse presente de continuar sendo quem eu sou, trazendo de forma livre a mensagem que eu quero trazer. Eu continuo com essa liberdade e agradeço muito à Estação Primeira de Mangueira por me permitir fazer uma arte livre. Eu acho primordial para o artista ser livre e se sentir livre. Sou completamente livre aqui na minha nação para ser quem eu sou e para sempre transmitir a mensagem que eu acho essencial.”

Como você analisa a entrada das meninas de comunidade como rainhas de bateria?

Evelyn: “Nós chegamos em um momento que “era uma vez” a era das celebridades na frente da bateria. A gente vê as meninas periféricas e do subúrbio dominando esse lugar que é por direito delas. A gente tem uma vitória ancestral e acredito que muitas outras rainhas foram usadas para abrir esse portão. Tivemos a Raíssa [de Oliveira] que ficou 20 anos à frente da bateria; chegou um momento que só tinha ela praticamente de rainha de comunidade. Há nove anos atrás ou oito, quando eu comecei a trazer isso para a rede social, ainda não tinha uma massa falando a mesma língua. Hoje tem. A gente tem 90% dos sambistas pedindo mulheres oriundas do seu lugar à frente da bateria. Então, nós temos essa vitória. A vitória do povo com a gente e dessa expansão do protagonismo preto feminino à frente das baterias de escola de samba.”

Você é uma sambista que traz assuntos da sociedade para dentro da escola de samba. Ainda falta esse debate em todas as agremiações?

Evelyn: “Eu acho. Eu acho que a figura da rainha de bateria, quando se fala de uma rainha de comunidade, é uma figura feminina, preta e favelada. Tem uma interseccionalidade que faz com que muitos preconceitos sejam para nós. É uma figura que retrata todo esse preconceito. Então precisamos sempre falar sobre isso. Como eu disse, eu acredito muito na representatividade, mas uma representante que fala tem um peso muito maior, porque está abrindo portas. Além de abrir portas, estamos colocando coragem em mulheres que têm o mesmo retrato que nós, a mesma imagem. Empoderar essas mulheres é a nossa missão. Quando eu digo empoderar, é fazer com que elas se sintam à vontade para serem elas mesmas. Quando eu trago o body cavado e a nudez para a frente da bateria e muita gente fala “A Evelyn hipersexualiza a imagem dela”, mas quem hipersexualiza é sempre quem vê. A sensualidade não é um problema. Se tornar sexualidade é um problema do outro e não meu. Eu acho muito importante trazer essa imagem que provoca essa discussão e, ao mesmo tempo, eu vou ter uma pauta, eu tenho uma pauta para falar. É um corpo nu que traz uma pauta. Eu acho muito importante as pessoas não só verem, olharem. Ser sensual não é um problema. Eu gosto de ser sensual, mas eu gosto de trazer uma sensualidade com uma pauta, algo que gere discussão, que gere desconforto em quem é tão conservador e que expanda pensamentos.”

mangueira ensaio tecnico 2023 23Hoje, você é presidente da Mangueira do Amanhã. O que projeta passar dentro da escola e o que pensa do futuro do carnaval no geral?

Evelyn: “Eu vim da Mangueira do Amanhã. Quando eu me entendo por gente, eu já estava na Mangueira do Amanhã. Ela faz parte da minha história e da minha construção. Ela era um presente para mim. Eu tive uma infância muito difícil e ela sempre me proporcionou uma alegria e uma realização muito grande Eu sei que hoje muitas das crianças que estão na Mangueira do Amanhã passam pelo mesmo que eu passei. Eu quero fazer com que o samba coloque esperança no coração delas. Eu quero que sejam sambistas que tenham consciência social, que sejam expansivas. Hoje, a gente traz muitos debates que até as crianças estão trazendo para elas mesmas. Hoje, nós temos uma rainha de bateria que foi da Mangueira do Amanhã. Que os mestres-salas foram da Mangueira do Amanhã. Que a porta-bandeira foi da Mangueira do Amanhã. Os dois mestres de bateria foram da Mangueira do Amanhã. Eu quero que daqui a dez anos, a Mangueira esteja com o mesmo cenário.”

Ainda temos poucas mulheres nas presidências das escolas, apenas Cátia Drumond na Imperatriz e Guanayra Firmino na Mangueira. Gostaria de ser presidente da Mangueira?

Evelyn: “Eu sou muito do destino. Eu deixo o destino me levar. Eu me sinto muito tranquilo, porque eu acredito que a gente nasce predestinado à alguma coisa. Quem sabe um dia? Esse cenário de ter a Guanayra e a Cátia como presidentes é um cenário novo no samba. Tê-las como líder é muito importante para nossa revolução, porque o sempre foi revolucionário. Ter mulheres presidentes faz parte dessa revolução. Elas são um marco e acredito que daqui para frente vamos ver cada vez mais mulheres presidentes, mulheres liderando. Eu acredito também em uma mulher dentro da Liesa. Acredito que a mulher faz diferença. Ter mulheres no lugar de liderança é muito importante para a evolução da nossa sociedade. Como o carnaval é tão revolucionário, talvez um dos ambientes mais revolucionários, eu acho que a gente precisa disso.”

Qual é o balanço que você faz até agora da gestão da Guanayra?

Evelyn: “A Guanayra é uma mulher como eu, nascida e criada na Mangueira. Mulheres pretas nascidas na favela têm duas opções na vida: ou você luta muito ou você luta muito. Só isso. Ela é uma mulher que está sempre construindo, que está trazendo a comunidade cada vez mais para dentro da escola. Está fazendo uma gestão brilhante. As gestões passadas também foram brilhantes e ela já fazia parte de gestões passadas. Ela está fazendo uma gestão brilhante! Eu sou fã, admiradora de muitos anos e me espelho muito nela. Acho ela uma mulher incrível. É uma gestão que tem tudo para ser campeã, inclusive. Estamos trabalhando para ser campeã. Está um carnaval lindo, gigante e talvez uma dos maiores carnavais que vamos ver dentro da Mangueira. Tem tudo para dar certo!”

Governo do Estado e Prefeitura mostram esquema operacional para o Carnaval 2023

Coletiva01O prefeito Eduardo Paes e o governador Cláudio Castro apresentaram na manhã desta terça-feira o esquema operacional do Rio de Janeiro para o Carnaval 2023 e que envolvem a Marquês de Sapucaí, Nova Intendente e para os desfiles dos blocos. Os principais órgãos públicos envolvidos nas operações apresentaram como vão atuar.

Em sua fala o governador alertou que sua gestão vai atuar com rigor na manutenção da paz durante a festa e que a tolerância contra a violência, em especial contra as mulheres, terão tolerância zero das forças de segurança no carnaval.

“Hoje todos querem fazer mais pelo carnaval. Precisamos atuar juntos. Com certeza teremos o maior carnaval da história. O governo não medirá esforços para que seja um carnaval seguro. A população terá a liberdade de ir e vir com segurança. A minha orientação às forças de segurança é de extremo rigor com casos de denúncias de agressão à mulher. Não aceitamos esse tipo de violência e exigimos respeito às mulheres. Será um carnaval de paz e tranquilidade.”

O prefeito Eduardo Paes enalteceu a volta do carnaval após dois anos de pandemia e convidou a todos para estarem juntos celebrando a maior manifestação cultural brasileira na Cidade Maravilhosa.

“É importante nesse momento frisar que o carnaval é a maior manifestação cultural brasileira que tem origem no Rio de Janeiro. Temos uma responsabilidade muito grande em construir a imagem do Brasil. E aqui não tem bloquinho, é bloco de rua. Nossa bagunça é organizada. No aspecto econômico a Riotur divulgou um estudo dos impactos do carnaval na vida da nossa cidade. Traz riqueza e emprego. Fica o nosso convite para que todos venham ao Rio de Janeiro. Com todo respeito aos outros carnavais, mas o melhor carnaval do mundo está aqui.”

Paes destacou ainda a atuação da Polícia Militar e da Comlurb durante o Réveillon para comprovar a boa relação da Prefeitura e do Governo do Estado, apesar dos espectros políticos diferentes dos dois chefes executivos mais importantes do Rio de Janeiro.

“Eu gostaria de destacar o trabalho da Polícia Militar com o Coronel Henrique e o cerco prévio que se faz. Isso é fundamental para aqueles que vão se divertir. Isso foi feito no Réveillon e fez toda diferença. E também à Comlurb que vem colocando essência de eucalipto. É uma sensação muito mais agradável que aquele cheiro de urina. São detalhes que fazem diferença no impacto que o carnaval causa na cidade. Precisamos entender isso.”

Sambódromo terá público recorde, diz Liesa

O diretor de marketing da Liesa, Gabriel David, declarou em sua explanação à imprensa que a venda de ingressos para os desfiles do Grupo Especial rendeu uma receita recorde para a entidade que organiza os desfiles.

“A venda de ingressos pela internet rendeu à Liesa o maior repasse em termos de valores que a entidade recebeu até hoje na comercialização. Estamos caminhando para uma sustentabilidade e esse ano pela primeira vez tevemos ingressos digitalizados. Junto com a prefeitura houve a modernização da iluminação. A liga tem controlado diretamente vários pontos de observação em relação ao último carnaval. Precisamos agradecer o apoio da prefeitura e do governo do estado. Esta parceria é fundamental não apenas para colocar os desfiles na rua mas para que as agremiações sigam contribuindo para os seus trabalhos sociais em suas comunidades”, pontuou.

Jorge Perlingeiro, presidente da Liesa, endossou as palavras do empresário e confirmou que o público nos dias de desfile girará em torno das 120 mil pessoas, outro recorde na história do carnaval da Marquês de Sapucaí.

“Nós fazemos nosso dever de casa e a prefeitura nos ajuda muito. As escolas empenhara tudo que receberam em seus desfiles. É bom contar com o poder público. O Sambódromo está pronto, faremos vistoria essa semana. Pela primeira vez teremos mais de 120 mil pessoas nos dias de desfile. Todos os ingressos estão vendidos. É motivo de orgulho para nossa cidade e nosso estado. Os sites de aposta já tem suas favoritas, mas será bem difícil apontar a campeã desse ano. Compareçam à avenida e constatem aquilo que estamos dizendo. Depois de dois anos de pandemia vamos trazer o esplendor e a força do carnaval carioca”.

O presidente da Liga-RJ, Wallace Palhares, enalteceu a Cidade do Samba 2 que finalmente sairá do papel e prometeu um grandioso desfile das escolas da Série Ouro, apesar das enormes dificuldades com barracões sem as condições ideais.

“O carnaval da Série Ouro tem caminhado muito bem graças ao retorno do apoio da prefeitura. A Cidade do Samba 2 vai dar mais dignidade a nossas escolas. Os barracões são insalubres mas estamos caminhando para realizar mais u grande espetáculo no Sambódromo.”

Cleyton Ferreira, presidente da Superliga, entidade que organiza os desfiles da Intendente Magalhães, festejou o projeto da Nova Intendente e destacou que sem o apoio dos órgãos públicos nada teria saído do papel.

“Nosso desfile conta com 74 escolas de samba que vão desfilar na Nova Intendente Magalhães. Apresentamos o projeto à Riotur e ao prefeito que aprovou de imediato. Quem não conseguir ingressos para o Sambódromo venha para o nosso desfile. Garantimos um grande espetáculo com conforto. As escolas de samba precisam agradecer muito à secretária Daniela Mais, da Cultura. A verba foi democratizada. Esse dinheiro ajudou muito as nossas escolas. A polícia militar, a Comlurb e todo o aparato público são fundamentais para o sucesso dos nossos desfiles”.

Presidente da Riotur garante que Sambódromo não terá problemas com a chuva

As chuvas torrenciais que caíram no Rio de Janeiro na semana passada causaram alagamentos no Sambódromo há poucos dias dos desfiles. Apesar disso o presidente da Riotur, Ronnie Aguiar, garantiu que o equipamento está preparado para eventuais chuvas durante o carnaval.

“A cidade toda encheu, mas a água escoou 15 minutos depois. Foi uma quantidade enorme de chuva em pouco tempo. O rio transbordou e jogou água ali para dentro. Temos planos de contingência com caminhões alocados em quatro pontos da Sapucaí. Em caso de chuvas vamos atuar rapidamente”, garantiu.

Coletiva02O secretário de Polícia Civil, Fernando Albuquerque, garantiu trabalho em conjunto com a Polícia Militar com reforços nas delegacias ema central de atendimento para turistas.

“Estamos com o planejamento integrado com a Polícia Militar. Reforçamos as delegacias do Centro e Zona Sul e criamos mais uma central de flagrantes, tudo para atender à demanda do carnaval. Colocamos uma central de atendimento ao turista estrangeiro. No Sambódromo teremos a equipe da 6ª DP, com delegados, peritos, policiais de atendimento específico a mulheres e crianças. Além disso a subsecretaria de inteligência vai estar ligada em tudo que estiver acontecendo.”

Luiz Henrique Marinho, secretário da Polícia Militar, anunciou contingente de mais de 15 mil policiais nas ruas durante o carnaval. A novidade serão as revistas seletivas em algumas estações de metrô na Zona Sul.

“Teremos de 14 a 15 mil homens por dia no carnaval. No Sambódromo vamos ter 74 viaturas, com 10 pontos de bloqueio de revista. As rodovias estaduais serão reforçadas. Nas praias seguimos com a operação verão. Vamos tentar na saída do metrô na Zona Sul fazer uma revista seletiva. O Centro de Comando e Controle vai atuar em conjunto com diversos órgão públicos.”

O coronel Leandro Sampaio, secretário de Defesa Civil, disse que o órgão atuará com 100 militares por dia no Sambódromo e também prestará apoio ao Detran e à Polícia Militar nas blitzes da Lei Seca.

“O Corpo de Bombeiros atua aquertalado. Vamos ter militares no Sambódromo, cerca de 100 por dia, com o apoio da prefeitura. Vamos entregar as novas viaturas dos Bombeiros próximas ao Sambódromo. São as mais modernas do mundo. Teremos um reforço especial na Avenida Ernani Cardoso para apoiar as escolas dos grupos de acesso. Atuaremos em apoio às operações Lei Seca junto com o Detran e a Polícia Militar”.

Secretária de Cultura enaltece apoio às escolas de samba via leis de incentivo

Coletiva03A secretária de Cultura do Governo do Rio de Janeiro, Danielle Barros, celebrou o apoio da gestão Castro aos carnavais dos 92 municípios fluminenses e lembrou da liberação de R$ 9 milhões para as escolas de samba através da lei de incentivo à cultura.

“É um momento histórico. Carnaval é cultura, sem dúvida a nossa grande marca. Nós enquanto estado temos o dever de cuidar de todas as festas que acontecem nos 92 municípios do Rio de Janeiro. Importante dizer que através das leis de incentivo liberamos R$ 9 milhões às escolas da Liesa. Além disso fizemos um fomento direto, através do Fundo de Cultura, onde 42 cidades receberam esses recursos. Incentivamos as cidades do estado a adotarem carnavais mais sustentáveis. Cachoeiras de Macacu e outras cidades menores estão reutilizando adereços de outros anos. Um estado forte precisa de um interior forte.”, disse.

Coletiva04A CET-Rio irá atuar no bloqueio das vias no Sambódromo, Nova Intendente e regiões onde haverá desfiles de bloco. Joaquim Dinis, presidente da instituição, explicou como o órgão irá atuar.

“Todo o entorno da Sapucaí será fechado a partir de sexta-feira. A gente vai fazendo de forma escalonada até a interdição total às 19h. Isso acontece durante todo o período de carnaval e depois Campeãs. Lembrando que já a partir de quinta-feira à noite teremos o deslocamento das alegorias das escolas que vão desfilar na sexta-feira. A melhor forma de chegar à rodoviária é o VLT, que não pega congestionamento. Em relação à Nova Intendente, os bloqueios começas a partir de quinta-feira à noite. Serão 250 homens trabalhando, 23 painéis de alerta aos motoristas, 25 viaturas e nove reboques”, alertou.

A Secretaria de Ordem Pública (SEOP) terá como foco principal fiscalizar ambulantes para que não comercializem garrafas de vidro, conforme explica o secretário Brenno Carnevale.

“Temos o foco nos blocos pata que a cidade volte à normalidade após a passagem dos blocos. No Sambódromo atuamos com reboques para que veículos estacionados de maneira irregular não atrapalhe a fluidez da passagem das alegorias. Com relação aos ambulantes atuamos para coibir a utilização de garrafas de vidro. Temos ambulantes credenciados e realizamos o ordenamento das vias, para evitar acidentes e transtornos à população.”

Coletiva05A Secretaria Municipal de Saúde é um dos órgãos mais exigidos no carnaval. O secretário Rodrigo de Sousa anunciou 7 postos médicos e 170 profissionais atuando nas quatro noites de desfile no Sambódromo.

“No Sambódromo serão 7 postos médicos, com 32 leitos e oito suportes avançados. São 170 profissionais trabalhando nesses postos. Além disso serão 16 ambulâncias avançadas. Os postos vão abrir às 19h e vão funcionar até o final dos desfiles. Além disso teremos 78 servidores da vigilência sanitária. Nos blocos serão quatro postos médicos nos blocos do Centro e Zona Sul. Colocamos 145 ambulância de suporte avançado.”

O presidente da Comlurb, Flávio Lopes, declarou que diversas mulheres atuarão nos equipamentos de limpeza da cidade e que o número de garis pela cidade será recorde neste carnaval.

“Depois que o bloco passa a gente busca entregar a cidade normalizada. Nosso contingente de garis será recorde. É um trabalho que realizamos há muito tempo, mas agora com uma musculatura nova. Teremos muitas mulheres operando nossos equipamentos, tanto na Sapucaí, quanto na Intendente, quanto nos blocos”.

‘Espero que haja mais oportunidades para mulheres no carnaval’, diz Wic Tavares

Vicky Tavares TijucaEstreante no cargo de intérprete no carnaval passado, Wic Tavares se prepara para mais um show na Marquês de Sapucaí pela Unidos da Tijuca. Filha de Wantuir Oliveira, também intérprete da agremiação, Wic é uma entre as diversas pratas da casa que vêm ganhando espaço nas escolas de samba.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, a intérprete contou sobre a importância e o papel de representação em estar à frente do carro de som da Tijuca, além de seus planos para a carreira e o que espera do Carnaval deste ano.

Para Wic, o Carnaval deste ano é a sua confirmação no Grupo Especial e na família que é a Unidos da Tijuca. Esse é o segundo ano seguido em que ela será intérprete da escola ao lado de Wantuir.

tijuca et2023 1“De fato (uma confirmação). Fico muito feliz em permanecer por mais um ano, porque a gente vê que não há muitas mulheres se perpetuando nessa posição, logo somem ou mudam de escola. Para mim, é uma extrema felicidade poder dar continuidade nessa história na Unidos da Tijuca junto com meu pai e com a família tijucana. Estou muito feliz, é uma confirmação sim e eu só tenho a agradecer”, disse Wic.

Um processo de valorização no mundo das intérpretes. Wic Tavares diz que ainda falta muito, mas, em pequenos passos, o devido espaço está surgindo.

“Ainda falta um bocado, mas já foram dados vários passos lá atrás. Demora, mas acredito que a gente consiga chegar lá. Espero que apareçam mais, que haja mais oportunidades para as mulheres estarem atuando. Tem muitas com bastante capacidade, tenho grandes amigas no samba, a minha mãe e minha madrinha que cantam no carnaval há anos. Tudo é com o tempo. Estamos dando pequenos passos, falta a gente conseguir ‘andar’ sem dar pausas”, enfatizou a intérprete.

Em meio a um cenário não muito favorável para as mulheres, a intérprete contou que foi abraçada pela escola de samba e por todos do carnaval. A presença de Wic Tavares no carro de som da Unidos da Tijuca é também uma mensagem de incentivo a todos os jovens e meninas que sonham em entrar no mundo do samba. A intérprete também revelou que com a sua chegada ao carro de som, meninas da comunidade começaram a ter o sonho de poder cantar na Tijuca.

tijuca et2023 8“É muita energia boa. Eu não imaginava que poderia acontecer de eu ter a oportunidade de ser intérprete, não porque eu nunca sonhei, mas por conta do cenário que é bem complicado. Mas quando tem essa oportunidade, eu consigo tocar outras pessoas, outras crianças. Tem meninas do Borel que queriam sambar e agora querem ser intérpretes. Considero muito importante estar neste lugar, assim como já estiveram outras mulheres que me inspiraram. Eu fico muito feliz de ter realizado esse trabalho em 2022 com muito sucesso, axé, paz e amor – eu recebi muito amor não só da Unidos da Tijuca, mas do mundo do samba. Foi emocionante e muito importante”, disse a intérprete.

Cantar com o próprio pai já é uma imensa responsabilidade, ainda mais se tratando de Wantuir. Mas, segundo ela, o trabalho em família dá muito certo e não tem pressões dentro de casa.

“Dentro de casa não. A gente consegue se entender bem. É um diálogo muito tranquilo, meu pai é muito tranquilo e eu também. A gente só ajusta. É claro, meu pai é mais velho e eu sempre acato, ele tem muito mais experiência e a gente tem que escutar os mais velhos. Quem escuta os mais velhos vai longe (risos)”, contou.

Muito reconhecimento e prêmios recebidos. Para quem não imaginava um dia ser intérprete, chegou ainda mais alto: Com a visibilidade gerada pelo carnaval, ela contou que passou a fazer eventos e a ter muitas propostas fora do mundo do carnaval. A intérprete revelou que em Março ela participará do “TVZ”, do Multishow.

“Muita coisa. Estão surgindo várias oportunidades. Estou gravando várias coisas, sendo convidada para fazer muita coisa bacana, tendo visibilidade, também estou fazendo eventos; até atuando, coisa que não imaginava que poderia acontecer. A gente vive da arte e a arte é isso. A Tijuca me abriu muitas portas importantes, tanto dentro do samba como fora. Estou vindo em 2023 focada na minha carreira – junto com a Unidos da Tijuca, é claro – porque dá pra fazer de tudo um pouco sim!(risos) Posso adiantar que em março estarei estreando no ‘TVZ’ e a galera pode ficar ligada.”

“A gente se perde quando fugimos da nossa história”. A intérprete da Unidos da Tijuca falou sobre a importância de dar espaço e valorizar o trabalho de musas, passistas e rainhas de bateria que são da comunidade, afinal, elas constroem o carnaval.

tijuca rua0401 1“Acho que a gente se perde quando fugimos da nossa história. Perdemos as nossas raízes quando não valorizamos os nossos. Isso porque os nossos verdadeiros artistas são os sambistas que vivem isso. Nada melhor do que dar palco a quem faz o espetáculo acontecer. Acho maravilhoso ter as meninas da comunidade à frente da bateria, sendo reconhecidas como musas e brilhando fora da bolha do carnaval. Isso é importantíssimo, porque elas são as verdadeiras artistas. Vivem, respiram e dão sangue para estarem na escola, sempre dão um jeito para estarem presentes. Isso tem que ser valorizado. Eu fico muito feliz pelas meninas estarem tendo reconhecimento da arte delas”, ressaltou a intérprete da Unidos da Tijuca.

Por fim, questionada se aceitaria seguir carreira solo, caso recebesse o convite de outra escola, Wic disse que os planos é seguir trabalhando em família. Segundo a intérprete, a história entre ela e Wantuir se soma à Unidos da Tijuca.

“Acredito que esse legado ainda podemos manter. Não me imagino fazendo outra coisa, me vejo aqui dentro da Tijuca com o meu pai e continuando esse trabalho em família. Para quem vive o carnaval e acompanha a gente, sabe que essa história minha e do meu pai é muito linda. Acho muito legal esse lema de família, até porque o lema da Tijuca é família tijucana. Está tudo dentro da proposta da escola”, frisou.

Podendo se consolidar de vez neste ano, Wic Tavares entrará com a Unidos da Tijuca na Passarela do Samba durante o domingo de carnaval, quando será a quarta agremiação a entrar na Avenida.

Entrevistão com mestre Rodney: ‘Eu sou abençoado por estar na Beija-Flor’

mestre rodneyComandante da bateria Soberana ao lado do mestre Plínio, mestre Rodney contou na Série Entrevistões como a dupla vem trabalhando para o Carnaval 2023. Com inspirações em mestres de bateria que marcaram época na Marquês de Sapucaí, Rodney tenta se superar sempre a cada ano. Seu maior sonho é conquistar quatro títulos consecutivos com a Beija-Flor de Nilópolis.

Qual é o seu balanço do trabalho como mestre de bateria da Beija-Flor?

“Estamos indo bem. Não só eu como toda a bateria. A gente é como um time de futebol, uma família (…) Quanto mais tempo junto, melhor o entrosamento.”

Como funciona a parceria de você com o Plínio no comando da bateria?

“Fora do carnaval, do samba, nós somos amigos há muito tempo. Nós unimos o útil ao agradável: a nossa amizade junto com o trabalho. É perfeito o nosso trabalho.”

O que representa estar à frente da bateria da Beija-Flor?

“É um paraíso. É uma realização de um sonho de muito tempo na minha vida estar em uma escola grandiosa como a Beija-Flor. Estar junto com a minha família, dos meus ritmistas, que são comprometidos com a escola (…) Eu sou abençoado por estar na Beija-Flor.”

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Foto: Allan Duffes

Em termos de ritmo, qual o seu melhor desfile? E por qual motivo?

“Cada ano a gente se supera. Pode ter certeza que 2023 será o melhor. Cada ano, a gente está conseguindo se superar, isso é bom. Nós não ficamos na mesmice, na zona de conforto (…) Estamos sempre trabalhando em prol da nossa escola.”

Quem é sua referência na bateria? E por qual motivo?

“Eu tenho várias: Falecido Mug, Ernesto, Ciça, Odylon, tem grandes mestres. De repente eu não vou ser muito correto por esquecer alguém. Eu tenho muitas referências lá de trás, raízes. Eu aprendi com muitos mestres de bateria.”

O que foi mais difícil quando você assumiu como substituto do mestre Paulinho?

“É um desafio, e eu sou movido a desafios. Tive a oportunidade, a escola me convidou junto com o Laíla (…) Acho que estou substituindo a altura. Estou dando segmento ao trabalho dele.”

O que você ainda sonha em fazer com a bateria, mas que ainda não conseguiu realizar?

“A gente vem conseguindo as coisas com um passo de cada vez. Eu tenho um sonho de um dia, se Deus quiser, de ser tetracampeão do carnaval seguidamente. Eu vou lutar para isso”.

beijaflor minidesfile23 16E coreografias, gosta que a bateria faça?

“Depende. Tudo tem motivo, tem que ter um porquê. Tem que ter um motivo, tem que sentir no samba. Se sentir, se precisar a gente faz. Tudo em prol da nossa escola, sempre.”

Sobre fantasia, como foi até hoje a conversa com os carnavalescos que passaram pela escola e como está sendo agora para 2023?

“Sempre bom trabalhar com os carnavalescos, com a harmonia, com a direção de carnaval. Sempre chegamos a um denominador comum, sempre me dão belas fantasias. As fantasias são surpresa, só no desfile.”

O que esperar da bateria da Beija-Flor para 2023? Mudou alguma coisa de 2022 para 2023?

“O de sempre: empenho, dedicação, tocar sempre pelo pavilhão e lutar sempre pela nota máxima. Essa é a sina da bateria da Beija-Flor: trabalhar em prol da escola e conseguir nota máxima (…) A mesma coisa: aquele swing gostoso. Eu acho que os arranjos estão mais elaborados. Porque o samba de 2022 era um caminho, o samba de 2023 é outro. A gente explora a melodia, esse é o diferencial. A galera vai gostar, espero.”

Em seu primeiro desfile no Grupo Especial Paulo Pinna promete resgatar o orgulho de ser independente

mocidade ensaio tecnico 2023 8Estreante no Grupo Especial, o coreógrafo e bailarino Paulo Pinna promete uma comissão de frente ousada e bem a cara da Mocidade Independente de Padre Miguel. Ele que também comanda o quesito pelo segundo anos consecutivo na Porto da Pedra, onde conquistou nota máxima, comentou para o site CARNAVALESCO como está sendo essa jornada dupla.

“Vale a muito a pena porque eu amo o carnaval, mas de fato é muito cansativo. O carnaval do Rio passa por uma reestruturação passamos por uma gestão muito ruim do antigo prefeito, o carnaval está muito machucado ainda, então acaba que pela organização da nossa administração geral do carnaval tem muita dificuldade fazer duas escolas, mas vale a pena é cansativo, mas no final vai dar certo”, disse.

Paulo falou como foi esse processo de ensaio e o que esperar da sua grande estreia à frente da Verde e Branco de Padre Miguel.

mocidade mini desfile dia 1 10“Estou muito cansado, exausto, saímos daqui ontem às 3 da manhã, já estamos aqui novamente hoje tem mais ensaio. E a expectativa é sempre a melhor de todas, trabalhamos muito para que no dia seja lindo, tenho certeza de que vai ser. Estou muito esperançoso posso dizer que vamos fazer um grande carnaval na Sapucaí”, garantiu.

O coreógrafo também elogiou o carnavalesco Marcus Ferreira, que também está fazendo sua estreia pela Mocidade. A parceria entre os dois promete muitas surpresas durante a apresentação da comissão de frente.

“O Marcus é muito inteligente e criativo, um carnavalesco que entre aspas é novo no mercado, é mais jovem, tem uma cabeça oxigenada que dá um gás maior também, para poder viajar nessas loucuras que a gente inventa. A parceria está boa, estamos muito bem”.

mocidade apresenta equipe2023 7Após o desfile de 2022 os torcedores da Mocidade ficaram bem chateados e decepcionados com o resultado e algumas questões que a escola teve durante a passagem pela Sapucaí. Para Paulo Pinna é hora de aprender com o passado e resgatar o orgulho da escola. Ele também está planejando usar um tripé na sua comissão, mas guardou o segredo para ser mostrado somente no dia.

“Vamos pegar uma veia emocional e raiz. Acho que o independente depois do último carnaval, passou por uns perrengues inevitáveis, pois não tinha muito o que fazer, eles ficaram tristes, mas acho que agora vamos reativar essa emoção e o orgulho de ser independente, eles vão se ver ali. Em relação ao tripé, tem que ter a ver com o que eles vão ser, tem que ser usado e fazer sentido estar ali, acho que vamos conseguir atingir o objetivo legal”, concluiu.