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Camarote do King recebe selo de sustentabilidade inédito no Sambódromo

Saindo à frente para fazer a diferença no Carnaval, o Camarote do King, um dos mais desejados da Sapucaí, continua inovando. Ao adotar em todos os seus eventos de 2024 a coleta seletiva e o descarte adequado dos resíduos recicláveis, vem comprovar a constante preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade social.

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Foto: Divulgação

A iniciativa rendeu ao espaço, administrado pelos sócios Joãozinho King, Lilian Martins e Beto Mege, o “Selo Evento Cultural com Medidas Sustentáveis”, pela primeira vez conferido a um camarote do Sambódromo.

O selo foi concedido pelo Instituto Cultural e Ambiental de Inovação Social – ICAIS, órgão sem fins lucrativos, que identifica e certifica iniciativas culturais voltadas para a sustentabilidade.

Segundo a vice-presidente do ICAIS, Fernanda Borriello, “a gestão dessa ativação ficará a cargo da Reciclotron, que atuará dentro e fora do Camarote em todos os dias de desfile, e todo resíduo reciclável será destinado à ONG Rongo Verde Vale, gerando benefícios tangíveis socioambientais”.

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A Certificação será entregue oficialmente na próxima sexta-feira, 9 de fevereiro, às 22h, no próprio Camarote, setor 8, onde também será exposta uma escultura produzida com materiais reciclados.

A expectativa é de que essa iniciativa venha estimular a responsabilidade socioambiental em toda a Marquês de Sapucaí.

Série Ouro Carnaval 2024 começa nesta sexta-feira com tradição da Estácio e ‘juventude’ da Acari e Maricá

Cultura Afro, ciranda, ambulantes, homenagem, São João, religião e festejos. Tem de tudo um pouco na abertura da temporada dos desfiles de 2024. A ordem dos desfiles do dia 09 de fevereiro é União do Parque Acari, Império da Tijuca, Vigário Geral, Inocentes de Belford Roxo, Estácio de Sá, União de Maricá e Acadêmicos de Niterói e Unidos da Ponte. Os desfiles iniciam às 21 horas e a cobertura jornalística, conta com a transmissão de áudio, diretamente da pista do Sambódromo. A partir das 20h, é só conferir no site CARNAVALESCO por meio da plataforma do YouTube o primeiro dia de desfiles da Série Ouro. Te esperamos!

De acordo com o regulamento os desfiles irão iniciar às 21h. Cada escola tem o tempo mínimo de 45 minutos e máximo de 55 minutos. Além disso, elas precisam ter no mínimo 900 integrantes, entre eles, pelo menos 35 baiana, sendo proibida a presença de pessoas do sexo masculino na ala, apenas justificando. Na bateria, é necessário ter o mínimo de 130 ritmistas, vestidos iguais.

A comissão de frente, por exemplo, precisa ter entre 10 e 15 pessoas, pode ou não ter um elemento cênico, ou alegoria que componha. A agremiação na totalidade precisa desfilar com ao menos 2 ou 3 alegorias, sendo permitido até dois tripés opcionais e que não podem passar de 6 metros de largura. Lembrando, que nesse ano, é permitido colocar propagandas de patrocínios durante o cortejo das escolas.

21h – G.R.E.S União do Parque Acari

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A União do Parque Acari estreia duplamente. Primeira vez na Sapucaí e a primeira a desfilar nos desfiles de 2024. Trazendo a Avenida o enredo “Ilê Aiyê – 50 anos de luta e resistência” desenvolvido pelo carnavalesco André Tabuquine, no horário início de vinte e uma hora. A escola vai celebrar o bloco mais antigo afro do Brasil, na avenida vão ter representações valorizando a cultura afro-brasileira, e irão mostrar como esse bloco contribuiu para a preservação das culturas e da igualdade. Com a comissão de frente de Valci Pelé, o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Layne Ribeiro e Vinicius Jesus, os intérpretes Leozinho Nunes e Tainara Martins, todos estarão representando muito bem a comunidade do Acari. Além disso, a bateria comandada por Daniel Silva e Erik Castro com a Rainha Rose Nascimento e o Rei Anderson Reis

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21h55 – G.R.E.S Império da Tijuca

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O Morro da Formiga vai descer para desfilar na Sapucaí por volta das nove e quarenta e cinco e nove e cinquenta e cinco da noite, sendo a segunda a desfilar. A homenagem vai ser feita à Rainha da Ciranda. “Sou Lia de Itamaracá Cirandando a Vida na Beira do Mar”, enredo desenvolvido por Junior Pernambucano, trará vida a Lia de Itamaracá que teve grande importância na cultura popular, sobretudo, de Pernambuco. O primeiro império carioca é cantado por Daniel Silva, potência do carnaval, o primeiro casal de Mestre Sala e Porta-bandeira, responsáveis por apresentar o pavilhão aos jurados são Renan Oliveira e Lais Lúcia e Jardel Augusto Lemos representante do espetaculo da comissão. Além do tima que conta o mestre Jordan Pereira e a rainha Layanara Teles.

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22h45- G.R.E.S Acadêmicos de Vigário Geral

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Mais um ano na Série Ouro, a Vigário aborda sobre o maior São joão da terra, “ Maracanaú – Bem-vindos ao maior São João do planeta. Os carnavalescos Alexandre Costa, Lino Sales e Marcus do Val vão apresentar na Sapucaí os dois santos padroeiros dessa festança tradicional, como um todo. A escola vai ser a terceira a desfilar, no horário em média de dez e meia e dez e cinquenta. Quem irá defender o pavilhão da Vermelho, Azul e Branco será Diego Jenkins e Thainá Teixeira pelo terceiro ano consecutivo. Já a representando o bateria o mestre Lugui e a rainha Egili Oliveira. No microfone da Zona Norte o intérprete Danilo Cezar e abrindo todo o espetáculo da escola Handerson Big, à frente da comissão de frente.

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23h30 – G.R.E.S Inocentes de Belford Roxo

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“Compre 2, Leve 3. Tudo para agradar o Fregues”, o enredo desenvolvido pelos carnavalescos Criastiano Barba e Marco Falleiros é popular e representativo. Ele vai contar a história de milhares de ambulantes e trabalhadores que contribuíram para o desenvolvimento do país. O comércio informal é uma realidade e vai ser referenciada na Sapucaí. Matheus Machado e Jaçanã Ribeiro trazem o pavilhão da Caçulinha da baixada muito bem representados e encantadores. A comissão de Juliana Frathane. Por fim, no som que ecoa da escola Thiago Brito o intérprete, e razão de todo o samba e batuque, o Mestre Washington Paz e Malu Torres, Rainha à frente da bateria. A agremiação é a quarta escola a desfilar.

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00h15- G.R.E.S Estácio de Sá

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O Berço do Samba é representado pelo casal Feliciano Junior e Thais Romani, estreando neste ano com a coordenação de Rute Alves, grande porta-bandeira no carnaval. A Estácio vai ter uma áfrica diferente, o enredo “Kianda e Mwana Ya Sanza tem dois nomes importantes: Cambinda e Maria Conga.” Como uma homenagem, é retratado a frente da bateria do mestre Chuvisco e próximo à realeza do leão, Nathalia Hino. A voz do “Na Estácio tem Mandiga, a Estácio tem Mironga” é Tigana e Charles Silva, abrindo o desfile está Ariadne Lax, na comissão de frente, que vem emocionando o público.

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01h35 – G.R.E.S União de Maricá

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A estreia oficial da União de Maricá, na Série Ouro, está programada para ser entre meia-noite e quarenta e cinco e uma hora e trinta e cinco da noite. “Maricá é meu país, meu país é marica!”, samba de 2024 cantado por Nino do Milênio e Matheus Gaúcho, é uma inspiração em uma grande homenagem aos compositores, o enredo se chama “O esperançar do Poeta” desenvolvido por André Rodrigues, conta a história também de Guaracy Sant´ana, o famoso Guará, compositor. Fundada em 2015, a escola vem subindo e se estruturando com os anos, o pavilhão é protegido e cortejado por Giovanna Justo e Fabricio Pires e o coreogrado de comissão é Patrick Carvalho. A bateria Maricadencia do mestre Paulinho Steves e rainha Rayane Drummond.

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02h30 – G.R.E.S Acadêmicos de Niterói

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A Acadêmicos de Niterói vai exaltar a cultura popular da festa de Catopês, que acontece em Montes Claros (MG). Tiago Martins, carnavalesco, desenvolveu o enredo “Catopês – Um céu de fitas” para comemorar os 174 anos do folclórico e a cultura popular de muita resistência. Fitinhas e o colorido estarão por toda parte na penúltima escola do primeiro dia de desfiles. Entre uma hora e meia da manhã e duas e meia, o desfile vai iniciar com a comissão de Fabio Batista. Após a comissão, o casal Vinicius Pessanha e Jack Pessanha carregam a bandeira Azul e branco. A voz que representa Niterói, nada menos e nada mais do que Tuninho Junior. O mestre de bateria Demétrius e o samba no pé com Heater Anchieta e Jorge Amarelooh.

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3h25 – G.R.E.S Unidos da Ponte

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Unidos da Ponte fecha a primeira noite de desfiles por volta de duas e quinze e três e vinte cinco da noite. A Azul e Branco com o time, comissão de frente de Deia Rocha, primeiro casal Emanuel Lima e Thainara Mathias e o intérprete Kleber Simpatia aborda o tema “Temdendém – O axé do Epô pupa”. Executado por Renato Esteves, conta a história do dendê na África até a chegada no Brasil. E na bateria tem tudo, tem Lili Tudão como rainha e a marca do mestre Blanco Ribeiro.

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Vai começar! Conheça as sete escolas da primeira noite do Grupo Especial de São Paulo no Carnaval 2024

Nesta sexta-feira começam os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do carnaval de São Paulo no Sambódromo do Anhembi. O primeiro dia de desfiles teve todos os ingressos de arquibancada vendidos, ou seja, casa cheia no “sextou” do samba. Sete escolas passarão pela Avenida, sendo quatro campeãs, caso das tradicionais Camisa Verde e Branco e Rosas de Ouro, as bicampeãs Tatuapé e Mancha Verde, e um trio que sonha com título inédito formado por Dragões da Real, Independente Tricolor e Barroca Zona Sul.

Às 21h, o primeiro evento da noite é o desfile das Velhas Guardas de São Paulo, para depois às 23h15, o Camisa Verde e Branco voltar ao Grupo Especial, iniciando assim oficialmente as apresentações das agremiações. Se o cronograma oficial seguir conforme previsto, a última escola de samba, a Roseira, está programada para entrar às 5h45.

Vamos fazer um giro pelas sete escolas do primeiro dia de Grupo do Especial com enredo, curiosidades e mais detalhes para 2023:

Camisa Verde e Branco – 23h15

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Abrindo a noite, a tradicional agremiação nove vezes campeã do carnaval chega com o tema “Adenla – O Imperador nas Terras do Rei”. Como diz o samba, o Camisa voltou e cumprirá a promessa feita para Oxossi, com direito a Adriano Imperador fechando o desfile. O carnavalesco Renan Ribeiro contou sobre o enredo e sua construção na ‘Série Barracões’ realizada pelo site CARNAVALESCO.

“O enredo não teve alteração nenhuma. Às vezes é até comum no processo por questões técnicas. Aí, a gente faz alguma alteraçãozinha aqui, outra ali – o samba, às vezes, também faz com que a gente mexa no texto. Mas isso não aconteceu, a gente não teve nenhuma alteração no projeto. Fizemos só uma amarração mesmo, de correção. O que ganhou força dentro do decorrer desses meses de trabalho foi a ideia de monumentar a construção que a negritude fez baseada nessa memória genética, que os reis homenageados plantaram na história da negritude. Esse era um dos links que faríamos e a questão das dinastias africanas que culminaram em reposicionamento social ficou mais presente. Isso tudo foi condensado e se tornou um amálgama para poder fazer com que a negritude tivesse no Adriano um exemplo disso: um enredo que busca mostrar o impulso de reposicionamento social, econômico, financeiro e político dentro da sociedade”.

O Camisa é uma agremiação de pavilhão pesado, mas que viveu longos 12 anos no Grupo de Acesso I. Retornou em 2024 após um desfile bem organizado no segundo grupo de São Paulo. Tem a missão de abrir os desfiles no Anhembi.

Fundação: 1953
Melhor resultado: 9 vezes campeã do Grupo Especial (1974, 1975, 1976, 1977, 1979, 1989, 1990, 1991 e 1993)
Último ano: Vice-campeã do Grupo de Acesso I

Barroca Zona Sul – 00h20

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A Barroca Zona Sul cantará os 50 anos de sua história sob a ótica de Pé Rachado, um de seus fundadores, que deve vir em momentos do desfile. O enredo para 2024: “Nós nascemos e crescemos no meio de gente bamba. Por isso, que somos a Faculdade do Samba. 50 anos de Barroca Zona Sul”. O carnavalesco Pedro Alexandre, o Magoo, nos contou sobre o desenvolvimento do enredo.

“O enredo comemora os 50 anos de Barroca Zona Sul. Nós vamos contar de uma forma um pouco diferente: tudo vai ser contado pela ótica do fundador da escola: Sebastião Eduardo do Amaral, o Pé Rachado. Todo o enredo, toda a história da desses 50 anos de Barroca Zona Sul e até antes: como foi o processo de fundação da escola, com a participação da Mangueira e do Cartola. Tudo vai ser contado pelo fundador. Ele faleceu em 1990, então ele não chegou a ver a Barroca no Sambódromo. Daí por diante, já começa aquela coisa lúdica: ele contando diretamente do céu, como seria a visão dele ele enxergando todos os bons momentos do Barroca, aquele período no qual a escola passou por uns problemas, ficou alguns caindo e até essa fase da retomada, nos dias de hoje. Vai ter umas coisas que pega pela emoção. O pessoal que é mais antigo da escola, a gente passa o resumo do enredo pra eles, como vamos fazer… vai ser um enredo marcado pela emoção. Quem gosta do Barroca Zona Sul vai se identificar com pelo menos algum trecho desse desfile”.

É o quarto ano consecutivo da escola no Grupo Especial, e curiosamente nos três últimos ficou na 10ª colocação, escapando de ir para o sorteio da ordem dos desfiles, o que é um ponto importante.

Fundação: 1974
Melhor resultado: 5ª lugar em 1982, 1985 e 1990
Títulos: Segunda Divisão (1976, 1987, 2002) e Terceira divisão (1975, 2015, 2017)
Último ano: 10ª colocado no Grupo Especial

Dragões da Real – 01h25

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Desde quando estreou na elite em 2012, é uma das escolas com maior regularidade no Grupo Especial. Apenas em quatro ocasiões não voltou para o desfile das campeãs. O carnavalesco e multicampeão no carnaval de São Paulo, Jorge Freitas, contou sobre o enredo afro que não é comum na agremiação.

“O processo nosso de criação era um anseio da agremiação, eu já tinha alguma ideia do que fazer já em outros carnavais com o tema afro e a proposta é bem simples. Quando a gente sair da avenida as pessoas veem uma África totalmente diferente dessa que está habitualmente aparecendo. Vamos falar de uma África triunfante, de uma África que é um grande continente de milhares de anos, não é de agora que nós vamos falar da África. Eu pedi logo no início das minhas explanações para os compositores, que eu não queria lamentar. Queria falar de algo que realmente a história não quis nos contar. Falar desse continente de riquezas culturais, de riquezas naturais e de riquezas espirituais. Então tudo isso vai ser demonstrado na avenida através da nossa plástica. O samba por si só já conta tudo isso e as pessoas ainda perguntam: ‘mas não tem nome de rei e rainha?’ Eles vão se fazer presente. Esses reis e rainhas vão estar ao longo de todo o nosso desfile. A gente já inicia com o nosso portal da ancestralidade e é uma tribo da África ocidental, os Dogons, que vão estar fazendo esse elo de ligação, é uma tribo que tem mais de mil anos. Eles já são bem apurados na questão do estudo das estrelas e do universo como um todo os astrônomos atuais e os cientistas, vieram descobrir isso através de aparelhos, que hoje são utilizados. A tribo há mais de mil anos já tinha qualidade de fazer o que hoje é descoberto. Então vamos abrir dessa forma”.

A Dragões sonha com seu primeiro título. Teve dois vice-campeonatos em 2017 e 2019, e no último ano retornou para as campeãs mesmo após desfile forte chuva, mas ainda não foi de acordo com o sonhado pela diretoria e comunidade da Tricolor.

Fundação: 2000
Participações no Grupo Especial:
Melhor resultado: Vice-campeã do Grupo Especial em 2017 e 2019
Títulos: Segunda Divisão (2011), Terceira divisão (2004), Quarta divisão (2003) e Quinta divisão (2001)
Último ano: 5ª colocado no Grupo Especial

Independente Tricolor – 2h30

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Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO

Pela primeira vez permaneceu no Grupo Especial e foi quase voltando para as campeãs, após terminar o carnaval de 2023 em sétimo lugar. Esse ano contará a história do exército feminino, Agojies com o enredo: “Agojie, a Lâmina da Liberdade!”, o Amauri Santos falou sobre o enredo em entrevista ao site CARNAVALESCO.

“Como eu falo sempre para minha surpresa, o enredo é em homenagem a mulher, a mulher preta, em uma escola oriunda de torcida essa coisa aguerrida. Acredito que o fato de falar um pouquinho também de mulheres guerreiras tenha contribuído para que ele aceitasse esse enredo. Então dentro dessa pesquisa, encontrei as Ahosi, o único exército de mulheres do mundo que existiu do século 17 ao século 19”.

Após se manter no Especial, a agremiação mudou o discurso de superação e agora está no foco para a consolidação, mirando os desfiles das campeãs pela primeira vez sendo uma escola da elite.

Fundação: 1987 (refundada 2009)
Participações no Grupo Especial: Duas vezes em 2017 e 2022
Melhor resultado: 13ª lugar no Grupo Especial (2017)
Títulos: Terceira divisão (2014), Quarta divisão (2013) e Sexta divisão (2010)
Último ano: 7ª lugar no Grupo Especial

Acadêmicos do Tatuapé – 03h35

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Após o susto em 2022, a escola da Zona Leste deu a volta por cima e conseguiu resultado positivo em 2023, terminando em quarto lugar, voltando para as campeãs. Apostando em em uma homenagem para a cidade baiana Mata de São João, o carnavalesco Wagner Santos falou sobre a escolha do enredo na Série Barracões do site CARNAVALESCO.

“O que eu tenho a dizer é que a gente vai fazer uma linda homenagem a cidade de Mata de São João, que é uma cidade pertencente ao estado da Bahia. Uma cidade visitada por muitos turistas e uma cidade que tem uma história rica, tem tradição, tem cultura, tem festa, tem lazer, também tem comida boa e praias belíssimas, afrodisíacas, que você pode levar sua família e curtir um maravilhoso fim de semana, bem tranquilo. A gente pretende, através do nosso desfile, fazer uma homenagem à Mata de São João através de um artesão, um caboclo filho da terra. Ele trabalha na modelagem de peças através do barro e ele vai contar a história da sua cidade, ele vai modelar a história da sua cidade e, através dessas modelagens, você vai conhecer toda a história de como surgiu a cidade, com a chegada dos primeiros imigrantes que lá encontraram com os nativos que habitavam a região, o conflito entre os grupos de escravos que chegaram para trabalhar na construção do Castelo d’Ávila e lá mantém as suas tradições”.

Campeã em carnavais recentes, 2017 e 2018, cantou Zimbábue e Maranhão, também fez homenagens para Atibaia e a Paraty, aos quais lhe rendeu o quarto lugar, evidenciando a boa reputação da escola ao homenagear lugares. Busca manter a boa regularidade na parte de cima que acontece desde o vice-campeonato de 2016.

Fundação: 1953
Melhor resultado: Bicampeão do Grupo Especial em 2017 e 2018
Títulos: Primeira Divisão (2017 e 2018), Segunda Divisão (2003), Terceira divisão (2010), Quarta divisão (1996), Quinta Divisão (1993) e Grupo de Seleção (1985)
Último ano: 4ª colocado no Grupo Especial

Mancha Verde – 04h40

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Atual vice-campeã do carnaval, a Mancha Verde vai trazer um tema com uma temática um tanto diferente para o carnaval paulistano. Envolve a agricultura e todo seu processo no Brasil como uma das maiores fontes de renda e emprego do país. Com o nome do enredo de “Do Nosso Solo Para o Mundo”, André Machado, que foi o desenvolvedor do tema, contou sobre.

“Antes do último carnaval acabar, a gente já tinha idealizado e o presidente perguntou para mim um enredo falando sobre agricultura e eu achei interessante. A minha preocupação era apenas em relação que algumas escolas do Rio de Janeiro já falaram de agricultura e tinha que ser de uma forma diferente. Eu fui para casa, comecei a pesquisar e vi que realmente dava enredo, mas eu fiquei em dúvida de como abordar de uma forma diferente, principalmente pela internet, que tem como referência a Vila Isabel e Tijuca essa questão da comparação. Eu fiquei nessa neura de querer fazer uma coisa diferente e, do lado da minha cama, tem uma estante com um livro amarelo e até ele se destaca dos demais. O livro é a “Mitologia dos Orixás” e eu estava aqui no barracão, minha esposa fazendo uma faxina em casa e eu tinha começado a ler o livro, mas totalmente aleatório. Não peguei para poder desenvolver o enredo da Mancha e ela começou a foliar para ver e ela descobriu um capítulo sobre o orixá Ocô. Na mesma hora ela me ligou e falou assim: ‘você já viu o capítulo tal?’ Daí eu fui para casa correndo. Quando eu comecei a ler eu falei assim: ‘nossa, é tudo que eu precisava para poder desenvolver esse tema de uma maneira diferente. Tirei foto das páginas. Mandei pro Paulinho (Serdan) e ele disse que esse seria o nosso enredo”.

Campeão, vice, campeão e vice: essa é a sequência recente da Mancha Verde no carnaval de São Paulo, ou seja, vive uma grande fase. Antes ainda teve um terceiro lugar, portanto é uma escola que vem dando trabalho.

Fundação: 1995
Melhor resultado: Campeão do Grupo Especial em 2019 e 2022
Títulos: Primeira Divisão (2019 e 2022), Segunda Divisão (2014 e 2016), Terceira divisão (2002), Quarta divisão (2001), Blocos Especiais (1997 e 1998) e Grupo Especial de Escolas Desportivas (2006 e 2007)
Último ano: Vice-campeão do Grupo Especial

Rosas de Ouro – 05h45

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Fechando a noite, tem homenagem especial. A Roseira vai cantar o Parque do Ibirapuera, um dos maiores pontos de turismo e lazer da cidade de São Paulo. Com o enredo: “Ibira 70 – A Rosas de Ouro é São Paulo no Carnaval 2024”. A perspectiva da escola é resgatar o histórico de homenagens para a cidade e assim se sair consagrada, como contou o carnavalesco Paulo Menezes, que está em seu terceiro carnaval à frente da agremiação da Brasilândia.

“Esse enredo surgiu coincidindo com aquilo que a gente estava pensando. Depois do carnaval a gente sentiu a necessidade de falar de alguma coisa ligada a São Paulo, porque a Rosas de Ouro em vários momentos abordou São Paulo e sempre foi feliz em temas ligados à cidade. A gente já tinha uma ideia formada a respeito disso e esse enredo surgiu e achamos que seria bacana falar, porque ia de encontro com aquilo que a gente estava pensando”.

A Rosas quer voltar a desfilar nas campeãs. Nos últimos três não teve grandes resultados, sendo que em 2022 e 2023 tomou sustos inclusive para manutenção no grupo Especial. A escola quer mudar o seu panorama e resgatar os tempos de campeã. Fecha os desfiles justamente pela colocação conquistada, a primeira acima dos dois rebaixados.

Fundação: 1971
Melhor resultado: 7 vezes campeã do Grupo Especial
Títulos: Primeira Divisão (1983, 1984, 1990, 1991, 1992, 1994, 2010), Segunda Divisão (1974), Terceira divisão (1973)
Último ano: 12ª colocado no Grupo Especial

Freddy Ferreira: Checklist do ritmo em busca da nota 10 e do sacode em bateria

O intuito da última coluna antes dos desfiles oficiais é elencar algumas sugestões, visando acarretar em passagens de baterias sólidas e consistentes, que permitam a briga pela nota máxima. Claro que todos os cuidados e precauções já foram tomados, tanto por diretores, quanto por mestres. Mas ainda assim, vale a contribuição.

A conferência de afinações é um trabalho importante antes, mas principalmente durante os desfiles. Surdos podem simplesmente desafinar e em caso de pancada de chuva isso tende a virar uma constante, devido ao material utilizado. É imprescindível, portanto, estar atento as afinações de marcações antes de cada módulo de julgamento. Outra peça cujo impacto fica notório quando perde a afinação é o tamborim. Em caso de chuva, vale aquela andada do diretor por toda a ala, garantindo que a coletividade sonora não está sendo prejudicada.

Estar com um ritmo organizado e com lugar marcado é o sonho dos mundos, mas a realidade de um grupo de Acesso, muitas vezes impede tal fato. Gente de qualidade técnica e virtude musical tende a chegar em cima da hora para agregar à musicalidade da bateria. O ideal é que sejam espalhados pelo ritmo, de modo que preencham a lacuna existente no toque de alguns ritmistas em desenvolvimento, já que em tese produzirão som de maneira consistente e principalmente com volume elevado. Outro fato que cabe atenção é com a parte traseira do ritmo, que é conhecida como o rabo da bateria. É importante que os ritmistas dessa região toquem com firmeza e consistência e que os mestres escolham com carinho, levando em conta a capacidade musical de cada selecionado.

Aqui a instrução vale mais para diretores de peças leves do que para os mestres, em si. Na mínima sensação que um naipe agudo, como tamborim ou chocalho, está tocando de modo acelerado se faz necessário uma intervenção imediata, para que não se prejudique o conjunto. Basta pedir para toda a galera “segurar a onda”, garantindo a firmeza do toque e suas acentuações sem correria, diminuindo aos poucos a intensidade da batida. O conjunto mais equilibrado sempre será aquele com pulsações rítmicas semelhantes, propiciando uma unidade de frequência sonora.

Não existe receita de bolo em bateria de Escola de Samba. Ainda não inventaram qualquer tipo de fórmula mágica. Todas trabalharam muito na busca por arrebentar na Avenida. Mas também não é só de disciplina musical que se trata o ritmo. Jamais pode ser esquecida a capacidade de entrega energética em cada samba-enredo. A capacidade de destinar, de forma orgânica, o melhor possível para a música, graças a soluções rítmicas intuitivas e um clima propício para o sacode. E clima aqui se encontra intimamente ligado à ambiente. Gerar um ambiente de concentração pacato, divertido e que permita que a energia musical flua pode ajudar a manter o clima de todo o ritmo lá no alto.

Em momentos de estresse é fundamental lembrar que o pavilhão está acima de tudo e de todos. E que estar ali, no coração da escola, além de honra é uma autêntica dádiva. Um coração unido, pulsando em conjunto, tem um ritmo que sustenta a vida. Usem esses estresses para produzir abraços e como forma de conciliação. Ser ritmista é uma questão, sobretudo, de afeto. De querer tanto o bem da agremiação, que se dispõe a ensaiar semanalmente, lotar uma agenda com compromissos rítmicos, usar a frase “não posso, tenho ensaio” mais do que qualquer outra. Claro que as tensões daquele momento podem gerar conflitos, mas se apeguem mais a quantidade de sorrisos encantados que serão produzidos. Quanto fascínio um ritmo de uma bateria é capaz de provocar em qualquer ser humano.

Não se deixem abalar por erros. Principalmente os que ocorrem fora de cabines onde estão julgadores e não são motivos para perdas de décimos. Isso prejudica o índice anímico, contribuindo com a sensação de desânimo. Errar faz parte da vida. Tratem de levantar a poeira e darem a volta por cima em cada adversidade que se depararem pela Avenida. Já vi e participei de apresentações que começaram preocupantes e terminaram simplesmente triunfantes. A bateria subiu mal no primeiro recuo? Tudo que importa acontece da linha de início de desfile para dentro da pista.

Mesmo havendo muita responsabilidade envolvida, já que uma quantidade considerável de tempo foi fornecida, ainda assim é necessário curtir o momento. Se entregar energeticamente e musicalmente a experiência que está sendo vivenciada é a melhor forma de garantir que todo o esforço valeu à pena e não foi em vão. Participem de cada catarse guardando um momento eterno dentro do coração. Toquem e se divirtam, mas não esqueçam que um Sacode é bem mais que um ritmo maravilhoso. Um Sacode é um conjunto de sensações indescritíveis e inestimáveis, captadas no fundo da alma de cada ritmista que participou de um desfile épico de uma bateria.

Série Barracões: Salgueiro trará a cultura dos yanomamis em seu desfile no Carnaval 2024 com muita fidelidade e respeito

O Acadêmicos do Salgueiro quer mostrar toda sua força no carnaval de 2024. Após o desfile do ano passado, em que ficou em sétimo lugar, fora do grupo das campeãs pela primeira vez desde 2007, a escola esteve determinada a corrigir seus erros. Com enredos e sambas muito contestados nos últimos tempos, a vermelho e branco perdeu pontos preciosos para melhores colocações e até títulos. Então, o presidente do Salgueiro, André Vaz, resolveu apostar em um tema de grande relevância. Com uma mensagem potente, o enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Edson Pereira, em seu segundo ano seguido na agremiação. E isso se refletiu com muita clareza já na disputa de samba-enredo, onde foram apresentadas diversas obras de qualidade. O concurso foi de alto nível, mas o samba vencedor desenvolveu um favoritismo desde o início por conta de sua melodia valente e, principalmente, por sua incrível letra. Contando com a manutenção de sua equipe de profissionais muito gabaritada, o Salgueiro já largava resolvendo suas principais dificuldades. Diante disso, o pré-carnaval da escola foi bastante consistente, como há tempos não se via. Tanto que, hoje, é apontada como uma das principais postulantes ao título do Grupo Especial.

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No carnaval de 2024, o Salgueiro contará o enredo ‘’Hutukara’’, de autoria do carnavalesco Edson Pereira. A escola falará sobre a mitologia Yanomami, defendendo a preservação dos povos originários e da Amazônia. A agremiação será a terceira a desfilar no domingo de carnaval. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, Igor Ricardo, o enredista da escola, confirmou que a ideia partiu do presidente André Vaz e que ficou muito feliz com o tema escolhido:

“A ideia do enredo veio do André, o presidente da escola. Eu cheguei na escola em março, depois do carnaval, então a ideia já estava rolando. Desde dezembro de 2022, se eu não me engano. Ele perguntou o que eu achava. O Edson já estava feliz com a ideia e eu também fiquei muito feliz. Não sei se foi porque ele viu na televisão o que estava acontecendo, mas eu sei que partiu dele essa ideia”, falou Ricardo.

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O enredista falou sobre a importância da mensagem que o Salgueiro deseja passar no desfile e que a popularidade do samba-enredo já é uma vitória:

“Já fico muito feliz quando a gente ouve as pessoas cantarem o samba, porque ele traz palavras em yanomami e ninguém sabia que eles não falavam português. Ou seja, é a particularidade de cada povo. A gente precisa tomar conta, saber um pouco o que está aqui, que ele tem a sua cultura, o seu particular, o seu modo de vida, a sua própria língua. Eles não querem que isso morra. O Salgueiro, tendo o samba com essa língua, já deixa mais viva pelo menos essa língua yanomami. E a mensagem do enredo, eu acho que é muito isso que o Davi falou com a gente. Você só respeita aquilo que você conhece. A gente não conhece o povo yanomami. Nós só vemos uma coisa na televisão que não são eles. Nossa proposta é fazer com que todos, de certa forma, possam conhecer um pouco do que é o povo yanomami, para que a gente possa, no final, virar amigo deles. E no último setor a gente traz outros povos. Então, a gente quer virar amigo de todos os povos originários, já que eles são os donos dessa terra. Eles foram os primeiros a chegar aqui. Quando a gente chegou, eles já estavam aqui. A nossa proposta é isso, que a gente respeite eles. E respeito, a gente só tem por aquilo que conhecemos”, disse Igor.

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O artista contou como foram as conversas com Davi Kopenawa, principal líder dos yanomamis, e o que foi pedido por ele:

“Ele não queria que o povo dele fosse visto pela ótica da tragédia, então a gente abre o desfile mostrando a criação pelo Deus Omama. Tem até um momento que a gente mostra isso, mas não pela nossa visão, e sim pela visão deles. O principal pedido dele foi esse. E a questão também de respeitá-los do jeito que eles são. O formato do cabelo, a vestimenta, a pintura corporal. E no carnaval tudo tem uma escala muito maior de tamanho. Então, você vai ver uma pintura em uma escultura de quase 20 metros de altura. É uma linguagem estética carnavalesca de respeito à cultura original. Ele também gosta muito de crianças, porque ele acha que as crianças têm um dom de assimilar a mensagem mais facilmente e levá-la para frente melhor do que os adultos. Então, pensando nisso, a gente retomou a ala das crianças, depois de 16 anos”, revelou o enredista.

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Igor falou sobre a felicidade em ver uma disputa de alto nível na escola no concurso de samba-enredo, mas destacou que a potência da obra escolhida já era sentida desde o princípio:

“A gente teve 23 sambas. E as pessoas que foram na final sabem que a disputa foi apertadíssima. Só que esse samba já conseguiu despontar desde o início. Tanto na internet quanto fora dela. Mas a gente ficou feliz de ver uns cinco ou seis sambas que chegaram ali na reta final que tinham total condição de atender ao nosso desfile. E era tão importante saber que havia sambas de formatos diferentes, mas que atendiam ao enredo no todo. Então, quando a gente viu que esse samba foi abraçado tanto pela comunidade quanto pela internet, não tinha como não ser ele. Desde o início ele já se mostrou um favorito. A melodia dele, valente, guerreira, que era uma coisa que o Davi falava. Ele não queria nada que fosse lamentoso, porque se eles estão sofrendo, eles estão guerreando. Então, é um samba forte”, falou Ricardo.

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O enredista destacou alguns pontos do desfile do Salgueiro em que acredita serem grandes destaques, por sua imponência e por sua mensagem forte:

“A abertura é bem impactante. Ano passado, o Salgueiro tinha um carro abre-alas que era imenso em comprimento. Esse ano, temos um carro menor, mas com uma escultura mega imponente, que é Omama. Eu sei que chega a quase 20 metros de altura. Então, é uma escultura imponente, com acabamento impecável. Não em termos de comprimento de carro, mas em altura de carro. Eu acho que as pessoas também vão ficar muito sensibilizadas com o setor do garimpo, que mostra o que acontece com eles hoje em dia. E acho que o último carro também, que vai trazer o Davi, e outras lideranças indígenas, que é um carro que tem uma mensagem também muito forte. Como trazemos no nosso samba, que o Salgueiro é uma raiz que nasce forte em qualquer lugar, temos ali um Salgueiro com raízes. Tem uma modernidade também que vamos trazer para o desfile, misturado a uma tradição. As pessoas ficam perguntando se tem luxo. Depende do que as pessoas consideram como luxo. Eu acho que o bom acabamento é luxo. A modernidade tecnológica é muito luxo. As pessoas não vão ver penas, plumas. Elas vão ver muito requinte, muito primor”, revelou Igor.

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Por fim, Igor Ricardo mostrou muita confiança na escola pelo conjunto que possui e que deverá defender cada quesito com bastante força:

“O que vai ganhar o Carnaval é o conjunto. Eu acho que o conjunto do Salgueiro está impecável. Tem uma conjunção de frente que é impecável, tem um casal que é impecável, tem uma bateria que é impecável, tem um samba considerado o melhor do carnaval, tem uma plástica impecável. Então, acho que o Salgueiro vai entrar na Marquês de Sapucaí como sempre. O Salgueiro todo ano é muito esperado, mas esse ano eu sinto uma força muito grande, até pelo enredo que temos. Uma força muito grande de vencer mesmo, de levar uma mensagem potente, poderosa e terminar o carnaval”.

O Acadêmicos do Salgueiro irá desfilar com seis alegorias, um tripé, um elemento cenográfico na comissão de frente, e terá 26 alas.

Conheça o desfile da escola

Setor 1: “O primeiro setor, a gente chama de Hutukara, ou Chão de Omama. É um setor que a gente vai abordar toda a mitologia, a cosmologia do povo yanomami. O livro ‘A Queda do Céu’ foi o que inspirou o enredo do Salgueiro. Nesse livro, o que a lenda yanomami diz? Em um primeiro tempo, você tinha os habitantes aqui, mas era um primeiro tempo, cuja sua hutukara, ou seja, sua terra-floresta, era muito fraca, muito frágil. Então Omama resolveu fazer a queda do céu, ele derrubou o céu para refazer essa hutukara mais forte, mais sólida. Então, hoje o yanomami acredita que ele vive em um segundo tempo, em uma segunda hutukara. Nesse primeiro setor, a gente chama os espíritos xapiris, que são os espíritos que o yanomami criou, os espíritos da floresta, para apresentar essa hutukara para nós. E nos rituais xamânicos do povo yanomami, você tem que tomar um pó, que é o pó yakoana, para você entrar em um outro estado de espírito, para você poder vislumbrar esses seres de luz, esses seres xapiris. Então, é todo o primeiro setor envolvido nessa mitologia, nessa cosmologia. Também tem ali a primeira mulher yanomami, que na lenda o yanomami pega essa mulher de dentro de um rio. Tem ali a árvore dos campos. Os xapiris falam com os xamãs, eles vão até uma árvore, colhem os cantos dessa árvore e levam esses cantos até os xamãs. Então, esse primeiro setor é um setor mais mítico, é um setor mais poderoso da cultura yanomami”.

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Setor 2: “O segundo setor é o Caço de tacape, danço ritual, que vai mostrar o dia a dia da aldeia yanomami. É um setor que mostra pesca, que mostra caça, que mostra as mulheres indo para a roça, colhendo os seus frutos, que traz o dia a dia de uma das festas da aldeia, então é um setor que mostra o dia a dia desse povo. E eu até rebato algumas questões que surgem, por exemplo, sobre mostrar de novo eles pescando, ou mostrar o que eles estão sofrendo. Mas se você perguntar para qualquer pessoa o que o yanomami faz, ela não vai saber. Então, a gente tem essa necessidade de apresentar para as pessoas, para o público da Sapucaí, para o grande público que assiste os desfiles, o que esse yanomami faz. O que é esse yanomami”.

Setor 3: “Esse dia a dia é interrompido pelo terceiro setor, que a gente chama de Falar de amor enquanto a mata chora. É um setor que mostra a chegada do garimpo ilegal na terra pelo humano. Então, se você tinha no segundo setor essa harmonia deles convivendo plenamente com a natureza, nesse terceiro setor a gente vai ter essa interrupção com a chegada do garimpo no período da ditadura militar no Brasil. Os planos de integração nacional, de construção de estados na Amazônia, que os yanomami acabaram tendo esse primeiro choque epidemiológico, a chegada da malária, das doenças. Mas é importante ressaltar que a visão desse desfile é uma visão indígena. É por isso que falo que ‘A Queda do Céu’ é a nossa Bíblia, nosso livro-mãe, porque ele é um livro que, por mais que seja o Bruce Albert que escreveu, é o Davi Kopenawa falando, é ele narrando. E a mesma coisa é o desfile do Salgueiro, porque nesse setor, não é simplesmente mostrar a chegada do garimpo. É mostrar também que na lenda deles, como eu expliquei do Omama, que é o Deus da criação, eles acreditam que existe o Deus da morte, que é o Ioasi, e é ele que dá ao homem branco, ao napê, o conhecimento de que debaixo da terra você tem metal precioso. Então, a partir disso, o homem branco vai à terra dos yanomami, começa a explorar o subsolo e retirar esses metais preciosos da terra. E à medida que isso vai acontecendo, eles acreditam que são lançadas fumaças que saem pela terra, que são fumaças da morte, então é dentro dessa cosmologia também que você vai ver essa tragédia yanomami”.

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Setor 4: “Esse setor é o que a gente chama de Pra postar no seu perfil. São acontecimentos, fatos históricos culturais relevantes, mas que pouquíssimas pessoas sabem do que se trata e está lá na terra yanomami. Por exemplo, a terra yanomami é a maior terra indígena do Brasil. O ponto mais alto do Brasil fica dentro da terra yanomami, o Pico da Neblina. Você tem, dentro da terra yanomami, cineastas que estão com filmes expostos em outros países, mas que no Brasil ficam restritos nesse círculo muito mais intelectualizado. Você tem artistas clássicos yanomamis que também estão com exposições em São Paulo. Teve a exposição no MASP do Joseca, mas são artistas que estão mais valorizados lá fora do que aqui dentro. Então, a gente traz isso. Nesse segundo, nesse quarto setor. São fatos relevantes, mas que pouca gente conhece, pouca gente sabe. E parafraseando o samba, no dia 19 de abril as pessoas costumam postar sobre salvar, sobre proteger os indígenas. Mas a sociedade indígena quer que a gente reconheça eles da forma como eles verdadeiramente são. Então, é uma crítica que a gente faz. Quando chegar o dia 19 de abril, vamos postar algo que seja relevante para eles”.

Setor 5: “E a gente fecha o desfile no quinto setor, que é o Pelo povo da floresta, que são outros povos indígenas que existem no país, que sofrem o que o povo yanomami passa, só que tem pouquíssima divulgação, fica limitada a sua região. Mas é uma questão diferente. O Salgueiro, quando faz esse enredo, a proposta é mostrar o yanomami do jeito que ele é verdadeiramente, que é respeitar o seu formato de cabelo, respeitar a sua pintura corporal, respeitar o seu cocar, respeitar a sua vestimenta, respeitar os seus adornos. Porque a gente tem uma visão equivocada de que todos os indígenas são iguais, eles não são. Cada um tem sua particularidade. Então, nesse último setor, a gente traz esses povos indígenas, respeitando a sua particularidade, seja um formato de um adorno da orelha, seja uma pintura corporal, seja um artesanato diferente. A gente quer mostrar para as pessoas o que cada povo tem de bonito, mas que o homem branco está matando, que o garimpo está matando, que o tráfico está matando. Então, nesse setor, a gente traz os povos que vivem no Vale do Javari, que foi onde Bruno e Dom morreram. A gente traz o povo Xokleng, que é o povo que está envolvido nessa questão do marco temporal. É um setor que a gente pede para as pessoas olharem por esses povos, mas não pela ótica da tragédia. Isso foi até um pedido que o Davi fez para a gente. Porque nós só conhecemos o que mostram na televisão, e aquilo ali não é o povo yanomami, aquilo ali é o que a gente está fazendo com eles. Então, o nosso propósito é desconstruir tudo isso, para que a gente possa ter uma outra visão do povo yanomami. Nesse último setor, a gente quer mostrar uma outra visão dos outros povos indígenas. A gente quer mostrar a visão da particularidade deles”.

Detran aprova carros alegóricos em vistoria de segurança no Rio

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio de Janeiro fez uma vistoria em todos os carros alegóricos das 12 escolas de samba do Grupo Especial. A fiscalização aconteceu na Cidade do Samba, na zona portuária da capital, onde foram checados itens de segurança. Os técnicos não encontraram irregularidades e aprovaram todos os equipamentos.

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Detran.RJ vistoriou na Cidade do Samba os carros alegóricos das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro – Detran RJ/Divulgação

Entre os itens avaliados, as principais preocupações foram em relação ao estado de conservação dos pneus e dos freios, e a amplitude da visualização da pista pelos motoristas.

“Todos os 12 barracões foram inspecionados e, do ponto de vista do Detran, estão prontos para dar um belo espetáculo na Avenida. O departamento também vai realizar uma campanha educativa de Segurança no Trânsito, no Sambódromo. E realizar operações de fiscalização de veículos irregulares em mais de 20 operações em todo o estado. O objetivo maior do Governo do Estado, por meio do Detran, é proporcionar um carnaval tranquilo para todos”, disse presidente do Detran-RJ, Glaucio Paz, em nota.

Os fiscais também atuarão na Marquês de Sapucaí durante os desfiles. Eles vão verificar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dos motoristas dos carros alegóricos e realizar testes para verificar se houve ingestão de bebida alcoólica.

“Decidimos fazer essa operação no começo da semana para que as escolas tivessem tempo de ajustar qualquer irregularidade. Mas não foi necessário, já que todas foram aprovadas. Estaremos atuando dentro e fora do Sambódromo para que todos se divirtam e voltem para casa em segurança”, disse o coordenador de Fiscalização do Detran-RJ, Alan Ramos, em nota.

Conheça o esquema de trânsito no Centro do Rio para os desfiles no Carnaval 2024

A CET-Rio implantará esquema especial de trânsito no Centro da cidade e em todos os seus acessos, a partir desta quarta-feira, dia 7/02. A operação de trânsito contará com a participação de 250 operadores de trânsito por dia, entre agentes da CET-Rio, da Guarda Municipal e apoiadores de tráfego, que trabalharão a favor da segurança viária, manter a fluidez do trânsito, coibir o estacionamento irregular, ordenar os cruzamentos, orientar motoristas e efetuar os bloqueios viários necessários. Serão disponibilizados 09 reboques para desobstrução de vias, 45 motocicletas e 20 veículos operacionais.

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No reforço às orientações aos motoristas e pedestres, também serão utilizados 36 painéis de mensagens variáveis entre fixos e móveis que informarão sobre os horários dos diversos fechamentos e sobre as condições do tráfego. E, diretamente do Centro de Operações Rio (COR), técnicos da CET-Rio irão monitorar integralmente a movimentação do trânsito por meio das câmeras para que, se necessário, sejam feitos ajustes na programação semafórica a fim de garantir as boas condições viárias.

DESLOCAMENTO DE CARROS ALEGÓRICOS

Na madrugada de quarta (07/02) para quinta-feira (08/02), ocorrerá o deslocamento dos carros alegóricos de uma agremiação localizada no Caju, com o início das interdições às 21h para retirada das alegorias do barracão. A estimativa é que a movimentação aconteça a partir de 1h, a fim de minimizar os impactos na Rodoviária do Rio.

Nessa noite, diversas vias serão interditadas para possibilitar a movimentação dos carros alegóricos até a Rua Rivadávia Corrêa:

• 21h: Rua Prefeito Júlio de Moraes Coutinho;

• 1h (estimativa): Avenida Brasil, pistas centrais entre a Avenida Prefeito Júlio de Moraes Coutinho e a alça de descida da Ponte Rio x Niterói, Avenida Brasil, pista lateral adjacente ao INTO, Rua Oscar Niemeyer, sentido Centro, Avenida Rodrigues Alves, ambas as pistas, alça de descida do Gasômetro em direção ao Túnel Marcello Alencar, alças de descida da Ponte, além do Túnel Rio 450 e a Rua Rivadávia Corrêa.

Na madrugada de quinta (08/02) para sexta-feira (09/02), ocorrerão os deslocamentos dos carros alegóricos de 08 agremiações localizados em diversos bairros da região, com as interdições iniciando às 21h para a retirada das alegorias dos barracões localizados em São Cristóvão, Santo Cristo, Centro e Estácio. A estimativa é que a movimentação aconteça a partir da meia-noite e meia, com o objetivo de minimizar os impactos à Rodoviária do Rio.

Nessa noite, diversas vias serão interditadas para possibilitar a movimentação dos carros alegóricos até a Avenida Presidente Vargas:

• 21h: Rua Prefeito Júlio de Moraes Coutinho;

• 21h: Rua João Paulo I;

• 21h: Avenida Brasil (lateral), a partir da Rua Conde de Leopoldina (sentido Centro);

• 21h: Rua Frederico Silva, Rua Oscar Niemeyer (antiga Avenida Binário do Porto), no sentido Rodoviária e Túnel Rio 450;

• 23h: Viaduto 31 de Março, sentido Santo Cristo, alça de descida do Gasômetro para a Rua Equador e Avenida Professor Pereira Reis;

• 0h30 (estimativa): Avenida Brasil (pistas centrais entre a Avenida Prefeito Júlio de Moraes Coutinho e a alça de descida da Ponte, pista lateral adjacente ao INTO, pista lateral a partir da Rua da Igrejinha), Rua Oscar Niemeyer, sentido Centro, Avenida Rodrigues Alves, ambas as pistas, alça de descida do Gasômetro em direção ao Túnel Marcello Alencar, alças de descida da Ponte Rio-Niterói, além das pistas centrais e laterais da Avenida Presidente Vargas e vias da região do Estácio.

Por conta do fluxo intenso de saída da cidade para o feriado, são esperados importantes reflexos à fluidez viária no entorno da Rodoviária do Rio durante a passagem dos carros alegóricos. Portanto, aos condutores, é sugerido evitar a região. Pessoas com viagens marcadas deverão antecipar a chegada ao Terminal Rodoviário.

DESFILE DAS ESCOLAS DO GRUPO “SÉRIE OURO” – DIA 09/02 (Sexta-feira)

A partir da meia-noite (de quinta para sexta-feira), será fechada a Avenida Presidente Vargas, pista central, sentido Praça da Bandeira, entre a agulha de acesso para a pista lateral, após a Avenida Passos, próxima ao prédio da Embratel e o acesso para a pista central após passarela do Metrô Cidade Nova para a chegada dos carros alegóricos, onde ficarão retidos aguardando movimentação. Serão também interditadas a Avenida Oscar Niemeyer, Rua Arlindo Rodrigues, Avenida Venezuela e a Avenida Rio Branco.

A partir das 11h, será fechada a Avenida Presidente Vargas, pista central, sentido Candelária, entre o primeiro entroncamento de acesso a pista lateral, antes da passarela do Metrô Cidade Nova, e a Rua Visconde da Gávea, para reposicionamento dos carros alegóricos. Esta ação deverá ser efetuada até às 15h. Serão interditados, também, trechos da Rua Afonso Cavalcanti e da Rua Benedito Hipólito para a preparação do Sambódromo. Caso necessário, dependendo das condições de fluidez local, o tráfego de veículos procedentes da Praça da Bandeira poderá ser desviado para a Rua Afonso Cavalcanti, ocasião onde será invertido o sentido viário da Rua Amoroso Lima.

Às 15h, serão interditadas as demais vias do entorno imediato do Sambódromo para conclusão dos preparativos do desfile. Nesse horário ocorrerá também a liberação da pista central da Avenida Presidente Vargas, no sentido Praça da Bandeira. O objetivo é oferecer escoamento do trânsito da área central.

Às 17h, será interditado o acesso à Avenida Presidente Vargas, a partir da Avenida Francisco Bicalho e da Praça da Bandeira, assim como a Avenida Presidente Vargas, pista lateral no sentido Candelária, até a Praça da República. Nesse horário, as demais vias do entorno ao Sambódromo também serão fechadas, entre elas o restante da Rua Afonso Cavalcanti e a Rua de Santana.

O trânsito no sentido Centro será desviado para a Avenida Paulo de Frontin e posteriormente para a Rua Itapiru (veículos procedentes da Avenida Francisco Bicalho) ou Rua Haddock Lobo (para os veículos procedentes da Praça da Bandeira). Será fechado, ainda, o acesso para a Avenida Paulo de Frontin (sob o viaduto), no sentido Centro, e o trânsito desviado para a Rua Santa Alexandrina.

DESFILE DAS ESCOLAS DO GRUPO “SÉRIE OURO” – DIA 10/02 (Sábado)

A partir da meia-noite de sábado, dia 10, para a chegada dos carros alegóricos, a pista central da Avenida Presidente Vargas, sentido Praça da Bandeira, será novamente interditada ao tráfego de veículos, no trecho entre Avenida Passos e a última agulha de acesso da pista lateral para a central.

Para permitir o deslocamento das alegorias, ocorrerão interdições também na Região Portuária. O Túnel Rio 450 e a Via Binário do Porto, sentido Rodoviária, serão interditados às 21h, enquanto a Rua Oscar Niemeyer, Rua Arlindo Rodrigues (antigas vias que formavam a Avenida Binário do Porto), Avenida Venezuela e Avenida Rio Branco, fecharão à meia-noite e meia.

Para garantir o acesso ao Centro após o desfile de sexta-feira (9/02), às 7h30 de sábado (10/02) será reaberta a pista central da Avenida Presidente Vargas, assim como a Rua Frei Caneca e a Avenida Trinta e Um de Março, vias que só voltarão a ser fechadas respectivamente às 13h, 17h e 19h para viabilizar os desfiles do 2º dia da Série Ouro.

É importante destacar que, durante a manhã de sábado (10/02), haverá também movimentação de carros alegóricos em direção aos barracões situados no Centro, Estácio, Santo Cristo e Caju, com diversas interdições viárias no Centro e na Região Portuária, além da realização do Megabloco Cordão da Bola Preta, entre a Rua Primeiro de Março e a Avenida Presidente Antônio Carlos. Neste período é recomendado dar prioridade à utilização dos trens da Supervia e o Metrô, já que esses modos de transporte são de alta capacidade e não são diretamente impactados por fechamentos viários. Quem estiver com viagem marcada na Rodoviária do Rio, Píer Mauá ou Aeroportos Santos Dumont e Internacional, a sugestão é a antecipação do deslocamento.

Ao longo da tarde de sábado (10/02) haverá movimentação de carros alegóricos com destino ao Caju, o que demandará a interdição de trechos da Avenida Brasil e, durante o percurso pela Região Portuária, outras vias também serão interditadas para passagem do comboio dos carros alegóricos.

DESFILE DAS ESCOLAS DO GRUPO “ESPECIAL” – DIAS 11 e 12/02 (Domingo e Segunda-feira)

A partir da noite de sábado, todas as interdições efetuadas para o desfile do Grupo da Série Ouro serão mantidas, exceto as da Rua Frei Caneca e do Viaduto 31 de Março, que serão reabertas ao tráfego às 9h da manhã, no domingo (11/02) e na segunda-feira (12/02), vias que voltarão a ser fechadas novamente às 19h de cada dia.

Na Região Portuária, a Avenida Oscar Niemeyer, Rua Arlindo Rodrigues, Avenida Venezuela e a Avenida Rio Branco serão interditadas às 22h para deslocamento dos carros alegóricos do Grupo Especial, interdição que irá até o meio-dia de terça-feira (13/02). Desta forma, o acesso ao Píer Mauá irá ocorrer exclusivamente pela mão dupla implantada na Rua Camerino, acesso restrito aos moradores e aos veículos de turismo.

Durante a manhã de domingo (11/02), será a vez da movimentação de retorno dos carros alegóricos em direção a Região Portuária e ao Caju, que irá utilizar as mesmas interdições realizadas durante a chegada das alegorias do Grupo Especial.

DESFILE DAS ESCOLAS MIRINS – DIA 13/02 (Terça-feira)

Às 9h, haverá a liberação ao tráfego da Rua de Santana e da pista central da Avenida Presidente Vargas em direção à Praça da Bandeira, assim como da Rua Frei Caneca e do Viaduto 31 de Março, interdições estas que não se repetirão durante a noite.

Uma parte das vias da Cidade Nova também será reaberta ao tráfego às 9h. Mas às 16h, as ruas serão novamente interditadas para a realização dos desfiles do Grupo das Escolas Mirins.

As interdições para o desfile devem permanecer até às 5h de quarta-feira (14/02), horário de liberação das vias ao tráfego.

PROIBIÇÃO DO ESTACIONAMENTO

Para preservar a circulação de saída dos carros alegóricos e pedestres, além dos locais onde já existe regulamentação de proibição, o estacionamento no entorno do Sambódromo estará proibido, da seguinte forma:

A partir das 6h da sexta-feira, dia 09/02 até às 10h de quarta-feira, 14/02, e no desfile das campeãs, das 6h de sábado, 17/02 até às 12h de domingo, 18/02, nas vias internas aos bloqueios e nas principais ruas e avenidas da região central:

• Rua Santa Alexandrina, entre Praça Santa Alexandrina e a Rua Estrela, em ambos os lados da via;

• Praça Condessa Paulo de Frontin, todas as extremidades;

• Rua Aristides Lobo, no trecho entre a Praça Condessa Paulo Frontin e Rua Campos da Paz, em ambos os lados da via;

• Rua Aristides Lobo, no trecho entre a Rua Campos da Paz e a Rua Ambiré Cavalcanti, em ambos os lados da via;

• Rua Estrela, no trecho entre a Avenida Paulo de Frontin e a Rua Santa Alexandrina, no lado direito da via;

• Rua Estrela, no trecho entre a Rua Santa Alexandrina e a Rua Barão de Petrópolis, no lado esquerdo da via;

• Praça de Santo Cristo;

• Rua Equador, no trecho entre a alça de descida do viaduto de descida do Gasômetro até a Avenida Professor Pereira Reis, em ambos os lados da via;

• Rua Camerino;

• Avenida Passos;

• Avenida República do Paraguai;

• Rua Teixeira de Freitas;

• Rua Rivadávia Correia, junto a Cidade do Samba, em ambos os lados da via;

• Avenida Oscar Niemeyer e Rua Arlindo Rodrigues, entre a Rua da Gamboa e a Rua Antônio Lage, em ambos os lados da via;

• Avenida Venezuela;

• Avenida Presidente Vargas, entre a Avenida Rio Branco e a ponte de retorno próximo a Cidade Nova, em todas as pistas, em ambos os lados da via;

• Avenida Rio Branco, entre a Avenida Presidente Vargas e a Praça Mauá, em ambos os lados da via;

• Rua Frei Caneca, entre a Rua Marquês de Sapucaí e a Avenida Salvador de Sá, em ambos os lados da via;

• Avenida Salvador de Sá, entre a Rua Marquês de Sapucaí e a Rua Frei Caneca, em ambos os lados da via;

• Rua Estácio de Sá, entre a Rua Néri Pinheiro e a Rua Hélio Beltrão, em ambos os lados da via;

• Rua Hélio Beltrão, entre a Rua Estácio de Sá e a Rua Ulisses Guimarães, em ambos os lados da via;

• Rua Ulisses Guimarães, entre a Rua Néri Pinheiro e a Rua Dom Marcos Barbosa, em ambos os lados da via;

• Rua Pinto de Azevedo, entre a Rua Ulisses Guimarães e a Rua Afonso Cavalcanti, em ambos os lados da via;

• Rua Visconde de Duprat, entre a Rua Ulisses Guimarães e a Rua Afonso Cavalcanti, em ambos os lados da via;

• Rua Afonso Cavalcanti, entre a Rua Visconde de Duprat e a Rua Carmo Neto, em ambos os lados da via;

• Rua Júlio do Carmo, entre a Rua Pinto de Azevedo e a Rua Laura de Araújo, em ambos os lados da via;

• Rua Amoroso Lima, entre a Rua Júlio do Carmo e a Avenida Pres. Vargas;

• Rua Néri Pinheiro;

• Rua Correa Vasques;

• Rua Santa Maria;

• Rua São Martinho;

• Rua Laura de Araújo, entre a Avenida Salvador de Sá e a Rua Júlio do Carmo, no lado esquerdo da via;

• Rua Carmo Neto;

• Rua Heitor Carrilho;

• Rua Viscondessa de Pirassununga, entre a Rua Frei Caneca e a Avenida Salvador de Sá, em ambos os lados;

• Via interna do Condomínio Zé Keti, no lado direito da via;

• Rua Presidente Barroso, entre a Avenida Salvador de Sá e a Rua Júlio do Carmo, em ambos os lados da via;

• Rua Comandante Maurity;

Unidos de Bangu aposta em casal de mestre-sala e porta-bandeira como trunfo no Carnaval 2024

Poucos dias separam a Unidos de Bangu de mais um desfile na Marquês de Sapucaí. Contando as horas, a escola se reforçou para buscar o título da Série Ouro e o retorno ao Grupo Especial, de onde está afastada desde 1963. Um dos trunfos da primeira escola da Zona Oeste para que o objetivo seja alcançado está no seu casal de mestre-sala e porta-bandeira, composto por Jorge Vinicius e Verônica Lima.

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Foto: Vinicius Lima/Divulgação

Dona de diversos prêmios, Verônica carrega toda uma bagagem de grandes escolas: Grande Rio, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha e Império Serrano, por onde foi campeã da Série Ouro de 2022. Após um ano ausente da folia, ela não escondeu a ansiedade de mostrar todo o seu bailado na Sapucaí empunhando o pavilhão alvirrubro:

“Estou muito ansiosa para este desfile. O projeto da Unidos de Bangu me cativou, pois é um enredo popular e tenho, ao lado do Jorge, trabalhado muito para que tenhamos uma apresentação à altura. Defendo a nota no quesito desde os 18 anos, tantos desfiles e momentos já vivi, mas parece que vou estrear. É uma sensação única, de felicidade e gratidão para mostrar a minha arte mais uma vez”, disse.

A porta-bandeira contou que a preparação de um casal necessita de algumas atenções especiais, desde ensaios específicos ao condicionamento físico e uma alimentação balanceada. Segundo Verônica, os próximos dias serão de ainda mais empenho para o desfile de sábado.

“Estamos ensaiando desde abril, sempre buscando o melhor entrosamento possível. Em outubro já tínhamos a nossa coreografia de desfile fechada e passamos a intensificar os ensaios, fazendo cinco semanais, no mínimo. O foco total está no desfile e a nossa preparação requer toda uma atenção com a parte física, alimentação especial, aulas de ballet e dança afro. Entramos na semana final e vamos seguir empenhados. Só haverá descanso quando cruzarmos a linha final da Sapucaí”, completou a experiente porta-bandeira.

Jorge Vinicius chegou na Unidos de Bangu após se destacar garantido notas 40 nos dois últimos desfiles no Leão de Nova Iguaçu, na Série Prata, além de integrar o quadro de casais do Império Serrano desde o Carnaval 2019. Com 29 anos, ele está prestes a estrear defendendo o quesito na Sapucaí e demonstrou muita confiança num grande resultado:

“Desfilar como primeiro mestre-sala na Sapucaí é um sonho que vou realizar. São anos de caminhada, dedicação e a oportunidade chegou. Sou grato à diretoria da Unidos de Bangu e à Verônica pelo convite. Tenho evoluído a cada dia, estou animado e um belo trabalho será entregue em busca da nota máxima. O enredo é valente e todos verão uma coreografia forte, como São Jorge e Ogum exigem”, afirmou Jorge Vinicius.

Ao longo deste período de ensaios, o casal teve a orientação do coreógrafo Akia Almeida, dançarino de danças populares brasileiras de matriz africana, indígena e jazz. Ele trabalha com Verônica Lima desde 2018, na preparação para o desfile do Império Serrano do ano seguinte.

Com autoria do carnavalesco Robson Goulart, a Unidos de Bangu vai apresentar o enredo “Jorge da Capadócia” de olho no acesso ao Grupo Especial. A escola será a sétima a cruzar a Marquês de Sapucaí no próximo sábado, na Série Ouro.