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‘Fez tremer o chão’! Canto forte e bateria são destaques no quarto ensaio de rua da Mangueira

“Faz tremer o chão”, o verso do samba da Mangueira para o carnaval de 2024 pode ser sentido na prática no quarto ensaio de rua da Verde e Rosa, realizado no último domingo (17), na Avenida Estação Primeira, no bairro do Maracanã. O canto da comunidade mangueirense foi, mais uma vez, o grande destaque da apresentação da escola, alinhado à bateria “Tem que respeitar meu tamborim”, dos mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto. O samba-enredo da escola, em homenagem a cantora Alcione, se provou funcional. O ensaio durou aproximadamente 55 minutos.

Em 2024, a escola levará para a Avenida o enredo “A Negra Voz do Amanhã”, que homenageará a cantora Alcione, dos carnavalescos Guilherme Estevão e Annik Salmon, e será a quarta agremiação a desfilar na Marquês de Sapucaí, na Segunda-Feira de carnaval. No treino deste domingo, a Comissão de Frente, dos coreógrafos Lucas Maciel e Karina Dias e o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus Oliverio e Cintya Santos, não participaram.

“Foi um grande ensaio, mais uma vez. Nós estamos no caminho certo, a cada ensaio está melhorando, tanto a evolução, quanto o canto da comunidade e o nosso samba. A cada ensaio, nós vamos melhorando e evoluindo até o dia do nosso desfile, onde estaremos 100% do que a gente espera”, destacou o Diretor de Carnaval da Mangueira, Junior Cabeça.

Mangueira20231218 015Harmonia

O canto da comunidade da Estação Primeira de Mangueira pôde ser ouvido por todos os cantos da via onde a escola realizou seu quinto ensaio rumo ao carnaval de 2024. Todas as alas da escola, do início ao fim, entoaram, com muita força, o samba-enredo que a Verde e Rosa levará para a avenida. O trecho “Mangueira! de Neuma e Zica// dos versos de Hélio que honraram meu nome// levo a arte como dom// um brasil em tom marrom que herdei de Alcione” era fortemente cantado pela comunidade e marcava o início de uma explosão, até o refrão principal do samba. O carro de som da escola, comandado pelos interpretes Marquinho Art’Samba e Dowglas Diniz teve contribuição fundamental para o bom desempenho da harmonia mangueirense, ao conduzir e sustentar com maestria o samba-enredo da escola. No quesito, destaque também para a ala 4, que entoava com muita força todos os versos da obra que homenageará a cantora Alcione.

Evolução

Mangueira20231218 013Mesmo sem estar com todo seu contingente no ensaio, a evolução dos componentes da Mangueira pela Avenida Estação Primeira ocorreu de maneira fluída, coesa e sem apresentar buracos ou clarões. As alas da escola demonstraram muita leveza, animação e desenvoltura ao longo dos cerca de 55 minutos de treino. Destaque para a ala de passistas da Mangueira, que vestidos no verde e rosa da escola, demonstraram muito samba no pé e simpatia para com o público presente no ensaio.

Samba-Enredo

O ensaio de rua da Mangueira pôde confirmar o crescimento do desempenho do samba-enredo da escola desde a escolha na disputa. A obra, dos compositores Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Fadico, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim, se mostrou extremamente funcional. O refrão principal e, sobretudo, o bis anterior, “Ela é Odara, deusa da canção/Negra voz, orgulho da nação”, foram muito cantados pelos componentes da escola. O grande desempenho do samba da Mangueira só foi possível graças ao belo trabalho musical da bateria “Tem que Respeitar meu Tamborim” e do carro de som da Verde e Rosa.

Mangueira20231218 008“Está sendo muito bom, principalmente pelo fato de estarmos conseguindo colocar em prática todas as nossas ideias musicais. A gente sabe que tem coisas que a gente imagina, mas que, na prática, não acontecem. Tudo que a gente está construindo, a gente pensando e executando com uma qualidade muito boa e esse ano, temos um samba que estamos conseguindo explorar principalmente pelo fato de termos Alcione, que prima pela voz, temos muitos arranjos vocálicos, uma construção musical que estamos fazendo junto com a bateria, pensando principalmente na questão musical que Alcione nos traz, todas as referências que ela tem”, comentou o Diretor Musical da Mangueira, Vitor Art.

“A gente conseguiu trazer Alcione para dentro do nosso samba. A gente conseguiu colocar em praticas as ideias e está dando tudo certo”, completou o Diretor Musical Digão.

Outros Destaques

A bateria da Mangueira, comandada pelos Mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto, foi um dos grandes destaques do ensaio de rua da Verde e Rosa. Ao longo de todo ensaio, os ritmistas da “Tem que Respeitar meu Tamborim”, mesmo sem estar com contingente completo, sustentaram com maestria o ritmo e elevaram o desempenho do samba-enredo e da harmonia da escola. Em um verdadeiro show a parte, a bateria realizou diversos bossas. No trecho em que cita o “Boi de Maracanã” até o refrão do meio, com o “Tambor de Crioula”, a bateria realizava uma bossa que remetia à musicalidade do Maranhão, estado de origem de Alcione. No bis anterior ao refrão, o do “Ela é odara”, era realizado um “apagão”, que era prontamente correspondido pelo canto da comunidade.

Mangueira20231218 019“Gostei bastante do ensaio, hoje a bateria estava com um contingente menor, pois estamos em uma maratona de ensaios. Mas, o contingente que estava hoje foi bastante produtivo e a tendência é melhorar, pois está chegando o carnaval, a rotina de ensaios aumentou e a galera está pegando mais confiança. Se Deus quiser, a gente vai levar tudo de bom para avenida e trazer os 40 pontos”, ressaltou o Mestre Rodrigo Explosão

“O ensaio foi bastante positivo, hoje foi mais para a gente usufruir o canto da escola, sincronizar com a bateria. Está tudo saindo super bem nesses ensaio de rua que fizemos até hoje”, concluiu o Mestre Taranta Neto.

A brilhante rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos, marcou presença, mais uma vez e esbanjou simpatia e samba no pé para o público presente. Ao final, Evelyn foi tietada por um grande número de crianças que acompanhavam o treino.

Encontro das bandeiras! Superliga Carnavalesca faz festa para as escolas da Série Prata e Bronze

Superliga0f2ef16c 2e0a 41f6 b686 23f646daa2c5Noite de festa e muito samba! Em evento realizado na quadra da Portela, no bairro de Oswaldo Cruz, na zona norte do Rio de Janeiro, todas as escolas da Série Prata e da Série Bronze se encontraram para celebrar o trabalho desenvolvido pela Superliga Carnavalesca, entidade que organiza os grupos.

O presidente da Superliga, Pedro Silva, discursou no palco principal para abrir a festa, falando sobre a importância do fortalecimento das escolas das Séries Prata e Bronze: “O meu trabalho aqui nessa administração é fazer diferente. Não é aquela coisa ‘ih, foi parar na Intendente’. Não, na verdade é ‘tá subindo a escola da Intendente e vai dar trabalho’. Essa é nossa visão administrativa. Queremos crescer com a Superliga. Fazer uma liga coesa, forte. A Intendente tem muitas comunidades e escolas maravilhosas.

Superliga1dffdbe5 a290 4147 bce7 b8e2a4fc1308O local estava cheio. Os presentes começaram a curtir o evento com a apresentação do grupo musical SER, que cantou diversos sambas antigos durante mais de uma hora. Depois, foi a vez das escolas de samba entrarem em ação. Para representar a Série Bronze, a escolhida foi a Imperadores Rubro-Negros, que cantou algumas obras antigas e o samba para o carnaval de 2024.

Algumas homenagens também foram feitas pela Superliga. Gustavo Mostof, vice-presidente da Riotur, e Claudia Raybolt, chefe de gabinete da Secretaria de Cultura do Estado do RJ, subiram ao palco para receberem agradecimentos e discursarem.

Superligaa140bba5 a4ca 404b 8a55 1b68f0e87347“É um prazer, sem dúvida alguma, participar efetivamente dessa festa. A gente tem a característica de entrega, de trabalho. Enquanto muitos falam, a gente trabalha. Ao longo do mês de dezembro inteiro, nós fizemos três grandes eventos. Através da Rio Tur, nós conseguimos co-produzir tudo isso. Para enaltecer, cada vez mais, a figura do sambista e as escolas de samba. Começamos com o Dia Nacional do Samba, na Cidade do Samba, no qual a gente deu uma alterada, colocando alguns shows, além dos minidesfiles. Logo depois, em conjunto com a Liga RJ, fizemos um esquenta para o carnaval, trazendo também uma roda de samba, para dar um gosto a mais naquele momento, quando 16 escolas se apresentaram. E aqui hoje, pela primeira vez, fazemos um evento com essa característica. A Rio Tur presente, ajudando. A gente sabe que vocês têm uma responsabilidade muito grande com as escolas que desfilam na Intendente Magalhães. Nós estaremos lado a lado para servir uma estrutura muito melhor. Esse é o nosso objetivo. Estamos nos preparando para isso. Faremos um pouco diferente dessa vez. Sabemos que tem uma UPA por ali, então iremos um pouco mais para a frente. Sem dúvida alguma, teremos um dos melhores carnavais dos últimos tempos na Intendente Magalhães”, falou Gustavo Mostof.

Depois, foi a vez da Renascer de Jacarepaguá subir ao palco para se apresentar, também cantando sambas antigos e o samba do carnaval 2024. Enquanto isso, no centro da quadra, acontecia o ponto alto da noite. O encontro de todas as bandeiras das escolas da Série Prata e da Série Bronze. Os casais de mestre-sala e porta-bandeira formaram uma grande roda, empunhando seus pavilhões e fazendo breves apresentações. Um momento realmente muito bonito para simbolizar a união e o fortalecimento dos grupos.

Superliga736caff0 3453 4e4e 83ac dfd9f1f56fb5Em entrevista ao Site CARNAVALESCO, o presidente da Superliga, Pedro Silva, falou sobre pontos importantes para os desfiles de 2024 na Intendente:

“Esse evento é de sambista para sambista. A Intendente Magalhães é muito importante. A gente se engajou para fazer uma grande festa aqui hoje. Para o carnaval de 2024, podem esperar muita entrega, muita competitividade. As escolas vem com um propósito muito grande de fazer um belo carnaval. Muita inovação também. As escolas estão com essa energia de fazer coisas diferentes e grandes desfiles na Intendente. Não vamos inventar a roda, mas vamos tentar inovar no que a gente puder. A Rio Tur, junto com os órgãos competentes, estão adaptando o local de início dos desfiles. São questões técnicas de posicionamento. Estamos pendentes de uma vistoria para entender melhor como vai ser. Em relação ao regulamento, continua o mesmo para o Bronze e para o Prata. Subindo três escolas para a Série Ouro. A única mudança foi que a gente colocou como opcional o acoplamento dos carros alegóricos. Antes era proibido. As escolas vêm se preparando, eu estou acompanhando. A gente dá uma espiadinha aqui e ali. As escolas realmente estão com um propósito muito forte de fazer um belo desfile”.

Dendê no alguidar e batuque de Rás: um encontro de respeito entre Beija-Flor e Portela, em Nilópolis

A Beija-Flor recebeu a Portela no Encontro de Quilombos, realizado neste sábado, na Avenida Mirandela, em Nilópolis. Esta foi a segunda participação da Portela no evento, que esteve presente na temporada anterior. Novamente, a matriarca fez uma grande apresentação e levou o público a se entregar ao ritmo do Mestre Nilo Sérgio. A escola da casa fez seu ensaio de rua como de costume e deu um show em cada quesito. De praxe, o destaque foi para a harmonia padrão de qualidade Simone Santana e Válber Frutuoso.

A Águia Altaneira tem como enredo “Um defeito de cor”, desenvolvido pelos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga. O samba é um oásis e apresentado para a comunidade de outra escola, mostrou a sua força e capacidade de fazer o público se render a ele. Mesmo sem a potência de Gilsinho comandando o microfone, o carro de som da Portela deu conta do recado com louvor. Quanto a Deusa da Passarela, o enredo “Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila”, assinado pelo carnavalesco João Vitor Araújo, tem um samba que vai ficando mais robusto com o passar dos ensaios, principalmente com o ritmo contagiante imposto pelo Mestre Rodney e conforme o canto da escola ganha mais volume.

Foi mais um sábado que o mar de gente tomou conta da avenida Mirandela. Nilópolis não tem uma orla para chamar de sua mas, por outro lado, o pessoal da Praia da Pajuçara, em Maceió, não tem a Beija-Flor para assistir em um final de semana. Eles também, lá nas belas areias alagoanas, não imaginam o que perdem por não verem a Portela vibrando pela rua com seus componentes e se impondo como a Majestade do Samba. E, sob a luz da Lua de Benin, foi isso que ela fez: tomou conta da pista, pegou o público emprestado para si e mereceu cada aplauso que vinha das calçadas.

Foram 15 ônibus que saíram de Madureira para a Mirandela. Com alas coreografadas, passistas, velha-guarda, baianas, comissão de frente e muito mais. O presidente portelense Fábio Pavão, no discurso inicial, disse que o evento era a celebração da amizade entre as escolas de samba e que deveria servir de espelho para a sociedade. Na mesma linha, Almir Reis, presidente da Beija-Flor, destacou que é uma alegria receber a maior campeã do carnaval e brincou ao dizer que sua comunidade ensaia com mais garra, depois de uma bela apresentação da Águia.

Quanto à Beija-Flor, falar sobre seus ensaios de rua só não fica redundante pela habilidade da escola de se colocar como protagonista. O Encontro de Quilombos não é um duelo entre duas escolas, mas se fosse, a dona da casa se colocaria como dona da casa e ponto. Com mais gente que a convidada, por obviedade, e se apresentando para a sua gente, a Deusa da Passarela passa o carro e quem puder que anote a placa. São componentes soltos e dispostos a cantar o samba em alto e bom som pela pista da forma mais organizada possível.

Mestre-sala e Porta-bandeira

A Portela se apresentou com seu segundo casal. Emanuel Lima e Thainara Matias preparam uma coreografia para a última noite. O mestre-sala estava vestido com terno branco e porta-bandeira com um belo vestido rendado, também em branco. Gestos delicados, dança suave, sintonia perfeita em um bailado sincronizado. Um misto do clássico com passos afro, que deixou a dança bastante agradável de assistir.

Beija Portelabeija portela quilombos 6No ensaio seguinte, as lendas Claudinho e Selminha Sorriso deram o show de costume. A entrada deles no módulo, sempre impactante, já convida o público a levantar e prestar atenção em cada detalhe de uma dança envolvente. A bandeira, o cabelo solto e o rodado do vestido da porta-bandeira criam sintonia de movimento e cada giro oferece uma sinfonia visual, que torna cada apresentação única. Outra grande apresentação de um casal que não cansa de impressionar o público com a sua arte.

Samba-enredo

O samba genuinamente preto da Portela, que já sacode Madureira, ganhou coro em Nilópolis. A canção traz emoção na letra, pega de primeira quem ouve e a melodia favorece o canto uniforme da escola. É difícil apontar um trecho que é mais cantado que outro, já que todo verso com melodias mais agudas são cantados com precisa empolgação. Se alguém no público nunca ouviu até a última noite, é capaz de ter corrido para pesquisar e está cantando até agora. Como disse o vice-presidente da escola, Junior Scafura, durante o ensaio “pode cantar, porque é bom”.

Na Beija-Flor, o samba vai ganhando forma na tecla que a escola bateu desde a escolha: este samba é para brincar carnaval. Cantando do jeito que a escola faz e a levada alegre da bateria, a obra cresceu e já é possível imaginar os componentes evoluindo brincando e dançando o samba. De toda a letra, dá para perceber que o verso “E o povo anuncia: É ela” é o favorito dos desfilantes.

Beija Portelabeija portela quilombos 13Harmonia

Ponto alto dos ensaios de rua, Portela e Beija-Flor prometem e entregam tudo.

Não tem problema se a cabeça da escola não consegue ouvir o carro de som. Os primeiros setores da Portela sustentam o canto e o samba não atravessa. A comissão de frente dança cantando o samba, o casal se apresenta com o coro da comunidade e, passeando pelas alas, percebe-se o orgulho do portelense em cantar uma grande obra.

Na Beija-Flor é nota 10. Um rolo compressor. Uma festa. O canto da escola é inspiração e não cai até quando testado pelo paradão de quase uma passada inteira da bateria. E o melhor do ensaio da Beija-Flor é que eles fazem exatamente o que Dudu Azevedo pede antes do ensaio: berrar o samba. Que dobra o volume quando percebem que estão sendo filmados. O site CARNAVALESCO aponta a câmera e já tem um diretor de harmonia potencializando o volume da escola.

Evolução

A Portela teve a oportunidade de fazer um ensaio de rua em uma pista que possui as dimensões do sambódromo. Foi possível testar o espaçamento entre as alas, como o componente se comporta na avenida em relação ao samba e ao tempo de desfile. Deu tudo certo. A escola se apresentou compacta, vibrante e mostrando para o Centro de Nilópolis a energia envolvente de Madureira.

Beija Portelabeija portela quilombos 4Na Beija-Flor se vê uma escola leve e ensaiando algumas alas com adereços nas mãos ou na cabeça. Isto ajuda na escola a evoluir brincante e gostando de passar pela pista. A Beija-Flor se apresenta com enredo diferente que acostumou o seu público, mas virar o andamento da escola de protesto para baile de carnaval, não foi uma dificuldade. A direção da escola tirou de letra e já colhe os frutos do trabalho. É uma Soberana solta na pista, mas organizada. Não tem fileiras nas alas, mas todo mundo sabe o seu lugar. Uma organização exemplar. Vale destacar também a sincronia de levantar as mãos para gritar “é ela” na segunda parte do samba.

Outros destaques

Beija Portelabeija portela quilombos 5Também virando a chave no toque, a bateria da Beija-Flor vai fazendo, a cada ensaio, o samba ganhar a forma divertida que ele propõe. O ritmo da Deusa da Passarela favorece a evolução do componente e cada bossa é um convite ao público. Na excelência do trabalho, os ritmistas pararam o toque para que a comunidade sustentasse o canto. Mestre Rodney disse que a ideia era ver como a escola levava o samba, mas fez mistério quando questionado se levaria a paradona para o desfile. Ele também prometeu inserir mais bossas. Fica a expectativa de que a Bateria Soberana dará o show de costume, com algo mais envolvente.

Agora, alguns dias de folga de ensaios de rua, para as festas de final de ano, até todos voltarem a todo vapor na preparação para o desfile. A Beija-Flor será a segunda escola a desfilar no domingo de carnaval. Já a Portela também será a segunda a desfilar, mas na segunda-feira de carnaval.

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Jorge Perlingeiro diz que está bem após assalto sofrido

perlingeiroApós sofrer um assalto e precisar ser hospitalizado neste sábado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro, declarou que se recuperta bem do susto e afirmou que precisou levar pontos na boca e teve uma fissura na clavícula. O dirigente agradeceu às mensagens que recebeu após o ocorrido.

“Queria agradecer às centens de mensagens que recebi após o meu ssalto. Estou me recuperando. Tive pontos na boca e uma fissura na clavícula. Gostariaa de agradecer ao carinho de todos. Um excelente natal e um ano novo a vocês”, declarou Perlingeiro.

Perlingeiro ficou extremamente aflito devido à situação e teve um mal-estar após o assalto. Jorge, que sofre de hipertensão, precisou ser conduzido a um pronto-socorro na Barra da Tijuca. Ele foi acompanhado por amigos. O presidente da Liesa relatou dores no peito, no braço e na boca, onde sofreu um ferimento devido à queda.

De bem com a vida, Mocidade faz ensaio com destaque para o canto da comunidade e eficiência nos demais quesitos

Foi pouco mais de uma hora de ensaio na Guilherme da Silveira onde se viu acima de tudo uma Mocidade alegre, que perdoe o trocadilho com a Morada do samba, mas a Independente foi acima de tudo muito alegre. A Estrela Guia desfilou satisfeita com o seu samba e bastante sensual. Se a obra escolhida para 2024 não foi tão referendada pelos analistas como uma das principais da safra, para a agremiação, para a comunidade o samba tem crescido a cada ensaio e pegando este treino especificamente, o que se viu foram os componentes cantando muito, com leveza e alegria, de forma espontânea. Em um momento, a bateria e o carro de som deixaram a comunidade cantar a obra sozinha por uma passada inteira do samba e de ponta a ponta do desfile se ouvia e entendia claramente a composição que vai embalar o desfile da Mocidade 2024. Nos demais quesitos, uma escola organizada, com boa apresentação da comissão de frente, junto com o casal muito aplaudidos pelo público após suas apresentações. A evolução foi fluida, com tranquilidade, constante e a bateria e o carro de som passaram muito bem ajudando a impulsionar o samba.

Vânia Reis, que faz parte da comissão que dirige o carnaval da Mocidade, ressaltou a participação e interação do público que estava assistindo.

“A gente conseguiu fazer em um tempo bom, e a gente viu a comunidade interagindo com a gente, o apelo que nós fizemos no começo funcionou, foi o nosso termômetro e depois a gente vai ver na arquibancada, não foi só o canto da comunidade desfilantes, mas da comunidade que estava assistindo, eles cantaram, dançaram e vibraram com a gente. Esperamos ter essa interação também lá na Avenida”, projeta a diretora.

Já o diretor geral de harmonia Sandro de Menezes explicou sobre como tem funcionado o processo dos treinos realizados mais direcionados para o canto na quadra da Vila Vintém.

“A gente tem procurado avançar nessa questão de ensaio de canto. A gente procurou fazer algo diferente, até setorial e vamos estar fazendo isso nas próximas semanas até a virada de ano. A ideia é pegar uma parte da escola, dividir por setores, fazer os ensaios de canto bem específico, pontual, voltado para cada ala, tento o cuidado também com a questão da evolução. É óbvio que o samba ajuda, é um ponto que percebemos, a alegria do independente, Zé Paulo encaixou de forma muito legal com a escola, isso tem ajudado muito e o que queremos buscar é exatamente essa alegria”, analisa o profissional.

Mocidade20231217 015“Pede caju que dou… Pé de caju que dá!” é o enredo desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira. Por força do regulamento, após terminar a apuração de 2023 em décimo primeiro lugar, a escola terá a missão de abrir as apresentações na segunda-feira de Carnaval, dia 12 de fevereiro, segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio. A escola ainda tenta viabilizar para dia 27 de dezembro com os órgãos competentes um último ensaio de rua do ano.

Comissão de Frente

Os bailarinos de Paulo Pina apresentaram neste ensaio de rua mais uma vez uma coreografia marcada pela irreverência, alegria, dança e sensualidade. Pontuando alguns trechos do samba, no ” Tarsila pinta a sanha modernista” de forma muito brincalhona os componentes faziam poses como que sendo retratados para uma obra de arte modernista. Outros trechos como ” É tropicália, tropicana, cajuína”. houve uma pitada de nordeste na dança. No geral, uma dança que mesclava passos em conjunto de todos os integrantes, com outros sendo realizados mais em pares e nestes havia muita sensualidade, como é a brincadeira que pede o enredo como foi concebido, e o samba principalmente. Em todas as cabines, a comissão foi muito aplaudida pelo público que interagia durante o tempo todo.

Mocidade20231217 001“Tem sempre aquele momento que a gente espera que o público seja agradado. No primeiro dia que as pessoas viram a proposta dá um medonho, e foi aprovado em rede social, internet, cada vez é diferente porque fica mais cheio os ensaios, e a gente vem sendo agraciado por esse retorno do público, é daí para cima, está bem dentro do enredo, bem sensual, bem safadinho, que é o que as pessoas querem ver. O carnaval precisa dessa leveza”, acredita o coreógrafo Paulo Pina.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Diogo Jesus e Bruna Santos preferiu uma vestimenta predominante na cor branca com alguns detalhes em verde. Uma apresentação muito forte, tanto na postura, nos passos clássicos, mas trazendo movimentos mais coreográficos no tom certo. No trecho ” É tropicália, tropicana, cajuína ” , por exemplo, o casal fazia passos com característica do nordeste, muito sincronizados e com uma pitada de sensualidade. O que também chamou a atenção foi o vigor e intensidade de movimentos. Em um momento, os dois de mãos dadas giravam em uma velocidade bastante significativa. Apresentação sem problemas aparentes e que enfatizou a limpeza dos movimentos, trabalho já adiantado.

Mocidade20231217 019Harmonia

O grande destaque da escola, mais uma vez o canto do “independente” mostrou como a escola tem comprado o barulho do samba. Era possível observar em todas as alas um canto muito forte, difícil encontrar na escola quem não estivesse cantando. Segmentos como velha-guarda, bateria, comissão de frente e casal também se destacaram no canto que era claro e com correção. Em determinado momento, a bateria e o carro de som pararam e deixaram a comunidade cantar a obra sozinha por uma passada inteira do samba e de ponta a ponta do desfile se ouvia e entendia claramente o canto da comunidade . Já o carro de som, mais uma vez fez um trabalho muito competente comandado por Zé Paulo Sierra que cada vez mais está mais entrosado com a comunidade, indo ao encontro do público, dos componentes e não ficando parado. Aliás, a resposta do público foi um destaque a mais neste ensaio com muita gente nas calçadas cantando bastante a obra, assim como foi pedido antes do ensaio pela diretora Vânia.

Evolução

Mocidade20231217 007Impulsionada pelo desempenho do samba e do canto, a evolução da escola foi fluida, espontânea e sem problemas. Bem cadenciada, a escola aproveitou bem o seu ensaio, mas com muita competência do time de harmonias que não deixaram a escola formar buracos ou ter alas emboladas. Alguns grupos faziam coreografias, principalmente com pedaços de madeira na mão. A comunidade aproveitou para trazer alguns apetrechos como bolas, gorros do Papai Noel, alguns nas cores da escola, além de bastões de luz.

Samba-enredo

Como citado acima, a obra vem tendo um desempenho acima do esperado para quem acompanhou a disputa de samba e para quem avaliou comparando com a defesa em geral. Se ainda pode perder algo na comparação com outras, o samba tem impulsionado, como dito acima, diversos outros quesitos como evolução e harmonia e tem colocado a escola para cima. Essa felicidade do independente vem se traduzindo em garra e um senso de responsabilidade por fazer um grande desfile. O samba mais uma vez foi muito bem trabalhado pela bateria de mestre Dudu que trouxe bossas muito bem resolvidas, dentro da métrica e com ritmo e swing que levantaram ainda mais o samba. Destaque para a musicalidade que dá o agogô de duas bocas. E como citado, Zé Paulo tem amplo domínio da obra. Grande desempenho.

Mocidade20231217 014“Acho que o samba da Mocidade já chegou às ruas, furou a bolha, já tem versão funk, tem criança cantando, a galera está fazendo Tik Tok com o samba, então acho que está conseguindo furar a bolha sim. A gente fica muito feliz até porque as pessoas tinham uma certa desconfiança com o enredo, o enredo deu grandes sambas, a escola escolheu um grande samba que virou hit do pré-carnaval, mas isso também traz uma responsabilidade grande porque você tem que manter isso até o carnaval. A cada etapa vira um desafio novo. Gravação, ensaio, mini-desfile, daqui a pouco vem ensaio técnico, você sempre tem que manter o nível do samba alto. Acho que a Mocidade está muito bem servida de samba”, analisou o intérprete Zé Paulo Sierra.

Outros destaques

Mocidade20231217 020O ensaio contou com a presença da nova Rainha de bateria Fabíola Andrade, que sambou à frente da Não Existe Mais Quente. A beldade será coroada na quadra da escola no próximo dia 21 após o ensaio de canto da escola. Ícone da Mocidade e um dos autores do samba de 2024, Paulinho Mocidade se fez presente na Guilherme da Silveira para prestigiar o treino da Estrela Guia da Zona Oeste. Após o treino, aconteceu o tradicional ” after” na quadra da Vila Vintém com pagode, e depois ainda rolou apresentação da Mocidade no Salgueiro Convida, com certeza teve muito caju e energético para aguentar essa maratona.

Samba-enredo conduz último ensaio de rua da Porto da Pedra no ano com forte canto da comunidade

A Unidos do Porto da Pedra realizou, na noite do último sábado (16), seu último ensaio de rua no ano de 2023, rumo ao carnaval de 2024. A Vermelha e Branca desfilou pela Rua Feliciano Sodré, no Centro de São Gonçalo. O elogiado samba-enredo do Tigre, brilhantemente interpretado por Wantuir, foi o fio condutor para o forte canto da comunidade gonçalense. O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da escola, Rodrigo França e Denadir Garcia, também fez grande apresentação. O ensaio durou aproximadamente 1 hora e 15 minutos. No dia 7 de janeiro, a Porto da Pedra realizará seu ensaio técnico na Marquês de Sapucaí. O próximo ensaio de rua da escola em São Gonçalo será no dia 13 de janeiro, no bairro do Bandeirantes, como anunciou, em discurso, o prefeito da cidade, Capitão Nelson.

Para o Carnaval 2024 a Vermelha e Branca levará para a avenida o enredo: “O Lunário Perpétuo: A Profética do Saber Popular”, desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Quintaes, que celebrará o saber popular utilizando o “Lunário Perpétuo”, seus ensinamentos e desdobramentos, como guia precioso.

“Vocês já vem acompanhando nosso ensaio, gradativamente a escola vem cantando mais e hoje não foi diferente. O que a gente está fazendo às quintas-feira, em nossa quadra, está refletindo aqui, nos ensaios de rua. A gente dá um incentivo e conversa com a comunidade sobre a necessidade de a gente ter um canto muito forte, e hoje não foi diferente. A escola está cantando muito, e assim, a expectativa é muito grande. É o nosso último ensaio de rua no ano, o próximo ensaio de rua já é o ensaio técnico, na Marquês de Sapucaí, e acho que a escola tá pronta pra chegar lá e fazer o grande ensaio”, avaliou o Diretor Geral de Harmonia da Porto da Pedra, Amauri de Oliveira.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da Unidos do Porto da Pedra, Rodrigo França e Denadir Garcia, brindou o público presente no Centro de São Gonçalo com uma bela apresentação. A dupla, que vestia uma bela roupa vermelha, teve a missão e responsabilidade de abrir o ensaio da escola, já que os componentes da Comissão de Frente não estavam presentes. Durante as apresentações, o casal, que em 2024 dançarão como dupla pela primeira vez, mesclava elementos da dança tradicional com alusões ao samba-enredo da escola. Mesmo com o vento em determinados pontos do ensaios, a garra do casal pôde ser percebida nas apresentações, com fortes e intensos giros de Denadir, que era acompanhados por Rodrigo. Em dados momentos, quando a bateria Ritmo Feroz realizava uma bossa com ritmo de forró, o casal fazia passos da dança.

PP20231217 004“O trabalho está fluindo bastante, graças a Deus. Estamos na fase final, agora o que temos que fazer é mais limpar braço, perna. Está dando tudo certo”, disse Denadir Garcia, que também destacou o trabalho da coreógrafa Stela Maris.

“Como a Denadir falou, estamos no finalzinho da limpeza da coreografia, a Stela [Maris] veio para somar e se Deus quiser, no dia sete, no nosso ensaio técnico, nós vamos mostrar tudo que nós vamos fazer no desfile oficial, na avenida”, completou Rodrigo França.

Samba-Enredo

O grande destaque do ensaio de rua da Porto da Pedra ficou por conta do samba-enredo da escola, obra de Guga Martins, Passos Júnior, Gustavo Clarão, Lucas Macedo, Leandro Gaúcho, Clairton Fonseca, Richard Valença, Gigi da Estiva, Abílio Jr., Marquinho Paloma, Cristiano Teles e Ailson Picanço. A obra foi a mola propulsora do canto e da animação da comunidade gonçalense ao longo de todo ensaio. O desempenho do samba só foi possível, também, graças à brilhante condução do intérprete Wantuir Oliveira e todo o carro de som da Vermelha e Branca.

PP20231217 012O refrão principal do samba, “Quarto minguante, a moringa quase seca/Maré virou, virou luar!/Tem alambique pra beber na quarta-feira/Okê, caboclo! Tempo bom vem pra ficar!/Quarto minguante, a moringa quase seca/Maré virou, virou luar!/Tem alambique pra beber na quarta-feira/Faltava o tigre pro Lunário completar!” foi o trecho mais cantado pela comunidade.

Evolução

No ritmo do samba-enredo da escola, a evolução da Porto da Pedra ao longo da Avenida Feliciano Sodré foi realizada de maneira leve, fluída e compacta. A animação dos componentes proporcionou um ensaio leve e descontraído, mas sem deixar de ser organizado. A passagem das alas não apresentou nenhum buraco, nem mesmo nas entradas e saídas da bateria dos dois recuos montados ao longo da via. A ala de passistas da escola, vestidos de vermelho, apresentou muita leveza e samba no pé durante o ensaio, sendo muito aplaudida pelo público presente.

Harmonia

PP20231217 001Com o bom samba da Porto da Pedra, ficou fácil para a comunidade gonçalense cantar a obra que a escola levará para a avenida no carnaval de 2024. O canto da escola pôde ser percebido em todos os setores da escola, desde o início até o final do ensaio. A ala de baianas da escola, no início da escola, e a ala “Guerreiros do Tigre”, mais para o final, foram destaque no quesito e exemplificam a linearidade do canto.

Além do já citado refrão principal, o trecho do samba-enredo em que se repete “Quem acendeu as lamparinas desse céu?” também foi muito cantado pela escola. O desempenho do carro de som da Vermelha e Branca, comandado pelo intérprete Wantuir foi fundamental para o bom ensaio da escola no quesito.

“O ensaio foi maravilhoso. É o povo de São Gonçalo, estão todos imbuídos, compenetrados e comprometidos em fazer um bom ensaio e um bom desfile. A escola está cantando muito o samba, a bateria dando esse show maravilhoso. A cada ensaio, nós estamos melhorando um pouquinho o nosso entrosamento”, comentou Wantuir.

Outros Destaques

PP20231217 005A bateria Ritmo Feroz, de Mestre Pablo, também teve ótimo desempenho no último ensaio de rua da Porto da Pedra em 2023. Mesmo sem a presença de todos os ritmistas, a bateria realizou diversas bossas e contribuiu com excelência para a harmonia da escola. No início do samba, “Olhe pro céu onde a Lua vagueia” até “Porto da Pedra no meu coração”, a bateria, em diversos momentos, realizava um “apagão”.

A sempre presente rainha de bateria do Tigre, Tati Minerato, compareceu ao ensaio e esbanjou simpatia e samba no pé ao público presente. Quem também marcou presença foi a atriz Giovana Cordeiro, musa da Vermelha e Branca.

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Imperatriz distribui presentes de Natal para crianças do Complexo do Alemão e da Zona da Leopoldina

18bba0de 2ac6 4208 8c15 2490a94f8ed4A Imperatriz Leopoldinense realizou, na manhã deste sábado (16), mais uma ação do programa “Imperatriz Social”. A escola doou 2 mil brinquedos para crianças de 1 a 10 anos do Complexo do Alemão e da Zona da Leopoldina do Rio.

A distribuição aconteceu após um cadastro prévio. Um dos pré-requisitos era ser morador da região.

João Drumond, diretor executivo da escola, falou sobre a emoção proporcionada na quadra pelo terceiro ano consecutivo.

“Ver o olhar dessas crianças recebendo presentes é uma das maiores emoções que já senti na vida. Todos os anos passamos pelo mesmo sentimento”, afirma.

Maria Mariá, rainha de bateria da Imperatriz e moradora do CPX, também participou da ação.

“Vejo a realidade de muitas pessoas no nosso dia a dia. E tudo isso se transforma quando as famílias mais vulneráveis recebem um carinho como esse. A Imperatriz é mais que escola de samba para a gente”, diz a rainha.

Edna Lúcia, moradora do CPX, levou a filha Valentina Maria, de 2 anos, para o dia natalino na agremiação.

“Eu só tenho a agradecer por tudo que a escola tem feito. É muito gratificante”, comemorou Janie Georgia, dona de casa, mãe de Jean Gabriel, de 3 anos, também do Alemão, contou ser participante frequente das ações sociais da Imperatriz e enalteceu o programa promovido pela escola de Ramos.

“Na nossa realidade muitos pais não podem comprar um presente para os filhos. Então, é emocionante a nossa escola, que fica no nosso bairro, ajudar e fazer com que essas crianças recebam um presente. Estamos muito felizes”, disse.

Para realizar a ação, a escola contou com o apoio de dezenas de voluntários da própria agremiação e do Instituto Bees Of Love.

Jorge Perlingeiro sofre assalto e precisa ser hospitalizado

Perlingeiro
Foto: Arquivo Pessoal

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Perlingeiro, de 78 anos, foi alvo de um assalto enquanto caminhava ao longo da costa da praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, durante a manhã deste sábado.

O detentor da voz oficial do carnaval carioca foi abordado por três delinquentes e teve seu colar subtraído. Jorge também foi empurrado pelos assaltantes e acabou caindo no chão.

De acordo com informações, o presidente da Liesa ficou extremamente aflito devido à situação e teve um mal-estar no local. Jorge, que sofre de hipertensão, precisou ser conduzido a um pronto-socorro na Barra da Tijuca. Ele foi acompanhado por amigos. Jorge relatou dores no peito, no braço e na boca, onde sofreu um ferimento devido à queda. Perlingeiro será submetido a exames médicos no hospital.

Morre Bombeiro, ex-mestre de bateria da Portela

IMG 0363Morreu na manhã deste sábado no Rio de Janeiro, Ubirajara de Araújo, o mestre Bombeiro. O sambista liderou a Tabajara do Samba no final dos anos 1970 e foi empossado presidente de honra da bateria da Portela na gestão do ex-presidente Marcos Falcon. A causa da morte não foi divulgada.

Bombeiro ingressou na lendária bateria portelense nos anos 1950 e se notabilizou pela execução do surdo de marcação.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, Martinho diz que Paulo Barros vai trazer trabalho bacana na reedição de ‘Gbalá’

Autor do samba ‘Gbalá’, que será reeditado pela Vila Isabel no Carnaval 2023, Martinho da Vila, presidente de honra da escola, em entrevista ao site CARNAVALESCO, disse que está muito contente com a chance de reviver tudo que sentiu no desfile de 1993. Em entrevista, ele contou que não acreditava na possibilidade da agremiação optar pela reedição no desfile do ano que vem.

martinho gbala
Fotos: Diogo Sampaio/CARNAVALESCO

“Eu fiquei muito feliz quando o presidente entrou em contato comigo e falou que estava querendo reeditar o ‘Gbalá’. Na mesma hora pensei: ‘que maravilha’. Porém, inicialmente não acreditei muito. Geralmente essas coisas são ideias que vem, mas depois com o tempo acabam perdendo força. Para minha surpresa, dessa vez realmente vingou. E está todo mundo muito afim. Estou bastante contente, afinal é algo que nunca pensei ser possível. Normalmente, o carnavalesco quando vai para uma escola já tem os seus carnavais meio que pensados, seus projetos antigos e tal. Tanto que essa ideia de reeditar o ‘Gbalá’ acho que partiu do próprio Paulo Barros”.

Martinho tem certeza que o desfile de 2024 será totalmente diferente do apresentado em 1993, afinal, o carnaval vive outro momento artístico, principalmente, com o uso da tecnologia.

“Acredito que ele vai fazer um trabalho bacana. Em 1993, quando foi originalmente feito esse enredo, estávamos muito bem, mas caiu uma chuva enorme e foi um grande problema para escola. Agora, com mais tecnologia, mais possibilidade de materiais, o desfile pode ser desenvolvido de uma forma ainda melhor. Esse tema propicia fazer umas coisas bem modernas, o que é uma característica do Paulo. Antes mesmo de ser divulgada a reedição, ele me procurou, nos encontramos e conversamos um pouco, então posso dizer que estou confiante. Agora, estou devendo uma visita ao barracão, ele já está até me cobrando, porém está longe o Carnaval ainda, né? Eu gosto de ir ao barracão mais perto do desfile”.

O sambista garantiu que não interferiu no desenvolvimento do enredo da Vila Isabel.

“Deixei o Paulo voar. Ele falou que se eu quisesse poderia dar alguns pitacos, mas recusei. O melhor é ir na dele que já estou feliz, tranquilo”.

Martinho confessou que realizou uma grande pesquisa para a criação do samba-enredo de 1993.

“A proposta do ‘Gbala’ partiu do Osvaldo Jardim, mas ele não tinha muito uma história. Então, na hora de escrever o samba, tive que dar uma buscada, uma pesquisada, e consegui compor essa obra, cuja o resultado foi essa beleza. Portanto, a narrativa presente na letra é uma criação minha. Até porque para uma escola de samba, de modo geral, começar o desfile com ‘Meu Deus, o grande criador adoeceu’ é uma coisa meio dramática demais. Porém, a direção e o carnavalesco na época acharam muito bom e assim surgiu essa maravilha. Tive pouco contato com o Oswaldo Jardim. Nosso maior convívio foi só naquele ano mesmo. Porém, posso assegurar que ele é uma pessoa que está fazendo falta no Carnaval carioca”.

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O presidente de honra da Vila Isabel revelou que o clima dentro da escola é o melhro possível para o desfile do ano que vem.

“A Vila Isabel <ctk:-10>está radiante, muito confiante que pode conquistar esse título. Todo mundo está ligado e muito empolgado, acredito que a gente vai fazer uma presença boa e se Olorum quiser vamos levantar esse caneco”.

Sobre a posição que estará no desfile, Martinho faz mistério e diz que não conversou com a direção da escola.

“Ainda não tem nada acertado, tenho que combinar ainda os detalhes com o diretor de Carnaval. Estão esperando minha visita lá no barracão para me contar o que estão planejando e tal. Mas não tenho nenhuma vontade muito específica. Vou deixar eles decidirem, até porque, às vezes, gosto de deixar as pessoas fazerem as coisas. Desde que me leve para onde eu quero ir está tudo certo”.