Início Site Página 690

Série Barracões: De volta à Imperatriz, Leandro Vieira traz Lampião para incendiar a comunidade leopoldinense

O carnavalesco Leandro Vieira e a Rainha de Ramos se reencontram depois de três anos agora em uma situação completamente diferente. Primeiro, a Imperatriz está no Grupo Especial e tem trabalhado com afinco para disputar o título da elite do carnaval. E desta vez, diferente do carnaval de 2020 no Grupo de Acesso, o carnavalesco está produzindo um enredo autoral. “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida” foi desenvolvido pelo artista e apresentado à diretoria da Imperatriz Leopoldinense. O desfile vai narrar de forma lúdica as aventuras de Lampião após sua morte tentando entrar no céu e no inferno, baseadas em algumas obras da literatura de cordel de José Pacheco e Guaipuan Vieira. Leandro conta como desenvolveu essa ideia de enredo.

imperatriz barracao23 6
Fotos de Fernando Grilli/Divulgação

“Todos os meus carnavais até aqui pelo menos, eles se debruçam sobre signos de brasilidade, em histórias de brasilidade, e é natural que um artista, que gosta da pesquisa, que gosta da leitura, vá acumulando algumas histórias que ele tem vontade de contar. Como eu sou um apaixonado pela cultura popular e pela brasilidade, é natural que a literatura de cordel desperte a minha atenção. Eu conhecia os cordéis que hoje servem como base para a construção do enredo que eu estou apresentando. Mas na verdade isso acontece de uma maneira muito natural. No mesmo balaio em que eu tirei o besouro do Império Serrano, é desse mesmo balaio que eu tiro o Lampião e os cordéis em torno do destino pós morte dele. Era uma coisa que em alguma instância estava no meu radar. Quando eu encontrei um corpo para apresentar isso, eu fui buscar qual é o contorno melhor para adaptar essa história que já estava no meu radar para ser apresentada para a escola que eu estou que é a Imperatriz”, explica o carnavalesco.

Dentro da pesquisa em cima da literatura de cordel, Leandro Vieira revela que havia uma quantidade muito expressiva de material para ser apresentado, mas escolheu justamente a história de Lampião para mexer um pouco com a Verde e Branca de Ramos.

“Eu descobri várias coisas interessantes. É um material muito rico, muito vasto. Mas eu achei que para esse momento de chegada na Imperatriz, o ideal seria usar essa energia um pouco caótica do Lampião. Por uma questão artística e por uma questão conceitual mesmo, para dar uma fervida no sangue da escola, para dar uma pitada de delírio, para trazer uma pegada mais quente. Nesse momento eu quis chegar ao enredo que tivesse a capacidade de esquentar a escola”, define o carnavalesco.

Novas possibilidades, mas sem perder a essência como artista

Antes desse retorno à Imperatriz, Leandro realizou seis carnavais na Mangueira no Grupo Especial com dois títulos. No Acesso estreou na Caprichoso de Pilares em 2015, fez o desfile campeão do Império Serrano no carnaval passado e o da própria Nação Leopoldinense vitorioso em 2020. É um carnavalesco que já possui um estilo consolidado. Para este carnaval de 2023, a proposta de enredo, inspirada em literatura de cordel e contando de forma lúdica a história de Lampião, Leandro foge um pouco da temática mais concreta e crítica que teve em boa parte dos seus desfiles na Estação Primeira de Mangueira. Mas o artista garante que seguirá neste desfile apresentando aquilo que faz parte da sua essência, seus gostos artísticos ainda que trazendo um novo componente nesta equação que é a relação com a nova agremiação.

imperatriz barracao23 10

“A Imperatriz me apresenta outras possibilidades de fazer. E eu estou usufruindo, estou desfrutando das possibilidades de fazer que a Imperatriz me apresenta. Mas isso não quer dizer que eu vou me tornar outro artista. Porque eu sou o artista que sou porque gosto de ser. As minhas predileções artísticas, as minhas predileções estéticas continuam. Eu não mudei de escola para me tornar outro. Eu sigo tendo os mesmos interesses, só que com outras possibilidades de fazer. São essas possibilidades que vão me apresentar de uma forma um pouco diferente. Mas, as minhas predileções artísticas continuam as mesmas. Eu não me tornei outro artista. Eu não me tornei o Leandro que vai levar luxo, pluma, quilometragem para a Avenida. Não é isso. Sou o mesmo artista, que levanta os mesmos debates porque sou o artista que sou. E acho que a Imperatriz só contratou o artista que ela conhecia. Eu não fui contratado pela Imperatriz para ser outro. Mas é claro que a escola me dá outra condição de realização, é nessa condição de realização que talvez eu seja outro”, entende o carnavalesco.

imperatriz barracao23 1

Com longa data em uma agremiação, seis anos na Verde e Rosa, Leandro deixou uma marca em sua antiga escola e há uma expectativa que possa trilhar caminho parecido e de longa duração nesta nova parceria com a Imperatriz. Assim como outros artistas que estabeleceram relações de longa data com agremiações tradicionais do carnaval carioca. Sobre a projeção de futuro, Leandro não pensa neste assunto no momento e garante que está focado apenas no próximo desfile.

“Eu estou com a cabeça voltada para o próximo carnaval. É preciso que haja o desfile que estou projetando para a gente saber das coisas, até porque existe o lado e a avaliação da escola também”, conclui o artista.

Desfile apresenta um Nordeste mais voltado para o sertão

Algo que foi pedido pelo próprio carnavalesco aos compositores no dia da apresentação da sinopse é que eles não se deixassem cair em clichês na hora de apresentar a região Nordeste. Ou seja, não generalizar e achar que tudo que se faz e apresenta em um estado, cidade é válido para ilustrar a região inteira ou o povo nordestino. Em seu desfile, por conta da caracterização de Lampião, Leandro esclarece que o Nordeste que será apresentado é a parte mais próxima do sertão, do semiárido, registrando os signos mais próximos ao cangaço.

imperatriz barracao23 9

“A minha projeção visual é ligada a ideia do sertão e do cangaço, é onde o meu carnaval está inserido. O meu carnaval está inserido no Nordeste do semiárido, no nordeste do sertão. Por exemplo, não é o nordeste praieiro. O nordeste também é praia. Mas o meu carnaval é talvez mais ligado ao universo sertanejo. A cultura do cangaço, a estética do cangaço, e a pluralidade que o sertão apresenta. E da sofisticação que o sertão apresenta”, esclarece Leandro.

Para o desenvolvimento do enredo, o artista da Rainha de Ramos se utilizou, como referência, de alguns cordéis que o carnavalesco já havia lido antes até do retorno à Imperatriz e que tratavam dessa temática lúdica e delirante sobre o pós-morte de Lampião.

imperatriz barracao23 8

“Me baseio em ‘A chegada de Lampião ao inferno de José Pacheco’, ‘A chegada de Lampião ao céu’ do Guaipuan Vieira, ‘O grande debate de Lampião com São Pedro’ de José Pacheco e ‘Lampião e Padre Cícero em um debate inteligente’. Cheguei a conversar com o Guaipuan, mas o José Pacheco, que inaugura o que a literatura de cordel chama de Ciclo Lampiônico do Cordel, que é justamente esses artistas que se debruçaram sobre a figura de Lampião, já é um autor falecido”, revelar o artista.

Carnaval competitivo mas sem pressão por resultado

Em Ramos há uma grande expectativa para este carnaval. A comunidade tem demonstrado em ensaios de rua, ensaios de canto, no ensaio técnico da Sapucaí, em eventos da escola, que pode sonhar com a conquista do campeonato que não vem desde 2001 com a professora Rosa Magalhães. Além de Leandro Vieira, a escola investiu em outras posições e trouxe o coreógrafo Marcelo Misailidis para cuidar da comissão de frente, trouxe o mestre-sala Phelipe Lemos para voltar a fazer dupla com Rafaela Theodoro, contratou o intérprete Pitty de Menezes, além de manter grandes quadros da agremiação que vem fazendo bons trabalhos como mestre Lolo. Mas apesar das boas perspectivas para este carnaval, Leandro não se deixa influenciar por nenhum tipo de euforia e nem permite que este tipo de sentimento externo possa gerar uma pressão extra em seu barracão.

imperatriz barracao23 7

“Meu trabalho não sofre pressão de absolutamente nada. Nunca sofreu em condição nenhuma. Em lugar nenhum onde eu trabalhei, eu permiti que pressão externa alguma pudesse macular o meu processo de criação. Eu nunca fui um carnavalesco envolvido com expectativas e nunca, mesmo tendo ganhado algumas vezes, eu nunca fui um carnavalesco que realizei nada com a pretensão de ganhar ou competir. Eu sempre realizei as coisas com a pretensão de fazer o melhor que posso. Se o melhor que eu posso resultar em algo que pode ser o campeonato, eu não vou ficar chateado. Mas eu não permito que essas pressões, que essa construção de favoritismo interfira no meu trabalho. Acredito que deva ser bem ruim isso. Toda expectativa só gera frustração. Eu desconheço a expectativa que não tenha gerado frustração. Não sofro pressão, não tenho expectativa”, afirma o carnavalesco.

Uma outra novidade para este carnaval da Imperatriz, não se trata de nenhuma contratação, mas sim a mudança de barracão da agremiação na Cidade do Samba. A diretoria da Rainha de Ramos requisitou fazer uso da antiga estrutura da União da Ilha que por conta das regras da Liesa e da Série Ouro, em seu segundo ano na divisão de acesso do carnaval carioca, teve que deixar a Cidade do Samba. Com isso, a Imperatriz agora ocupa o local de trabalho e esta mudança gerou uma ligeira melhora de logística para o desenvolvimento do seu carnaval.

imperatriz barracao23 5

“Quando eu fui contratado, a presidente falou para mim que queria fazer um carnaval campeão. Um carnaval campeão, é um carnaval competitivo para os moldes contemporâneos que a disputa impõe. O carnaval que eu estou fazendo hoje, que eu acho que é um carnaval competitivo, não sairia de dentro do antigo barracão da Imperatriz. Então, quando a União da Ilha vagou esse espaço, eu pedi que a presidente fosse a direção da Liga demonstrar o seu interesse de vir para cá. Porque o carnaval que ela me convidou para fazer, não caberia no antigo barracão e cabe aqui. É um barracão melhor de saída, é um barracão melhor geograficamente e a própria construção dele possibilita o desenvolvimento de um projeto que possa vir a competir de uma maneira diferente”, explica o artista.

Apesar de admitir que possui um carnaval que não caberia no antigo barracão da Imperatriz onde trabalhou para o carnaval do Acesso em 2020, Leandro procura não rotular seu projeto em termos de gigantismo ponderando que não tem o interesse de saber se este será em temos de comprimento ou largura o seu maior desfile.

“Não tenho essa ideia e não fiz nada pensando nisso. Carnaval de quilômetros não é minha praia. Estamos fazendo o maior carnaval possível “, limitou-se a dizer o artista.

Enredo autoral para 2023 satisfaz anseios do artista

O carnaval desenvolvido por Leandro Vieira em 2020 na Rainha de Ramos “Só dá Lala” rendeu um campeonato no Grupo de Acesso e o retorno para a Imperatriz ao Grupo Especial. Os objetivos primordiais da escola foram cumpridos, mas deixou em Leandro um sentimento de que faltava alguma coisa nessa sua relação de sucesso com a Imperatriz. O retorno do artista a Verde e Branca trouxe para Leandro a oportunidade de realizar e participar de algumas coisas na escola, que em 2020 no Grupo de Acesso e fazendo uma reedição de samba-enredo, o carnavalesco acabou não usufruindo.

imperatriz barracao23 4

“Uma das coisas que me frustrou bastante quando eu passei aqui em 2020, foi não ter tido a possibilidade de apresentar um enredo autoral. Quem gosta de carnaval, quem festeja samba de qualidade, inevitavelmente vai festejar a ala de compositores da Imperatriz e o que a ala de compositores da Imperatriz apresenta em termos de qualidade. Quando eu fiz o carnaval de 2020, em função de problemas políticos, o carnaval da Imperatriz de 2020 começou tardiamente. Não havia tempo para se realizar uma disputa para a escolha do samba-enredo com a qualidade que se esperava. Não havia mais tempo de apresentar enredo autoral com sinopse, dar tempo de qualidade para os compositores fazerem alguma coisa, e depois ter uma disputa. Não seria algo com qualidade. E aí eu optei pela reedição. Mas é claro que quando você opta pela reedição você perde a possibilidade de desfrutar do que os compositores da escola podem te oferecer. Que no caso da Imperatriz é sempre algo maravilhoso”, opina o profissional.

imperatriz barracao23 3

Leandro festeja poder ter participado de todo processo que um carnavalesco tem direito no trabalho de produção de um enredo inédito e desenvolvido pelo próprio artista.

“Eu gosto de sambas-enredo. Eu gosto dessa coisa da disputa, acho maravilhoso você desfrutar da interpretação de outro artista que vai transformar em música aquilo que você apresenta em quanto texto, enquanto visual. Então fiquei um pouco com essa frustração. E agora estou com a alegria de poder propor um enredo autoral para a Imperatriz, ter desfrutado de dezenas de artistas compositores que materializaram em canto e música aquilo que eu propus. E hoje posso desfrutar de um samba, e de um enredo autoral feito pela ala de compositores da Imperatriz. Isso é motivo de alegria. Eu fiquei um pouco com essa frustração de em 2020 não ter podido propor algo para a Imperatriz de maneira mais autoral. Estou podendo agora propor isso”, admite o carnavalesco.

imperatriz barracao23 2

Sobre o samba da Imperatriz 2023, Leandro elogiou a obra desenvolvida pela parceria de Me Leva. A música, segundo o artista, traz tudo aquilo que ele pensa ser necessário para o desfile da Rainha de Ramos.

“Esse samba me deu tudo que eu precisava, tudo que eu imaginava. É um samba de enredo mesmo. Os compositores foram muito felizes e mais do que felizes, eles foram muito inteligentes, eu achei o samba um máximo”.

Comunidade leopoldinense incendiada pela história de Lampião

Uma das grandes realizações da diretoria presidida por Cátia Drumond foi o resgate da comunidade da Imperatriz. É notável perceber a participação dos componentes em ensaios de quadra, rua e diversos eventos.

“O grande trunfo da Imperatriz neste desfile é o fato da comunidade estar extremamente envolvida e alegre com o desfile. Uma comunidade envolvida e alegre, é um grande trunfo de qualquer escola que vislumbra algo bom para acontecer na pista. Porque o carnaval é na pista, é no dia. E quem faz as coisas acontecerem no dia é a comunidade. Então, a comunidade feliz, a comunidade alegre, é uma comunidade que pulsa, que vibra positivamente para o desfile”, entende o carnavalesco Leandro Vieira.

Muitas vezes estereotipada como uma escola fria, até mesmo em seus grandes campeonatos, a Imperatriz Leopoldinense quer seguir com a sua eficiência, mas colocando um algo a mais, uma pitada de picardia, uma alegria irreverente que possa conquistar os jurados e principalmente todo o público do carnaval.

“Foi para isso que eu escolhi esse enredo, foi por causa disso que eu escolhi esse enredo. Foi por causa disso que eu desenvolvi a maioria das coisas que produzi. A Imperatriz que você vê agora, foi uma Imperatriz premeditada pela escolha do enredo que eu apresentei. Não é à toa. Depois da minha experiência feliz da Imperatriz e o Lamartine, eu segui acreditando que essa Imperatriz mais alegre ligada a essa temática é uma Imperatriz que na minha cabeça pode funcionar melhor. É premeditada. Essa alegria é uma alegria que o enredo permite. As fantasias foram pensadas para que essa alegria não se perca. As fantasias foram pensadas para que o componente possa brincar, no dia a gente só quer que dê tudo certo, e aquilo que foi premeditado funcione da maneira que nós premeditamos. A ideia é que Lampião ‘taque’ fogo com graça nos brios da comunidade”, espera Leandro.

Décima colocada em 2022, neste carnaval a Imperatriz Leopoldinense será a quarta escola a desfilar na segunda noite do Grupo Especial com o enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”.

Projeto ‘Recicla Sapucaí’ pretende colocar os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial como um dos maiores eventos ‘lixo zero’ do planeta

O Sistema Fecomércio RJ (Sesc RJ e Senac RJ) e a Liesa apresentaram na tarde desta segunda-feira o programa completo do projeto “Recicla Sapucaí”. A parceria inédita tem como objetivo evitar o descarte incorreto dos resíduos sólidos produzidos na Marquês de Sapucaí durante os desfiles de carnaval. Além da reciclagem, a meta é fazer o espetáculo ser reconhecido pelo livro dos recordes como um dos maiores eventos Lixo Zero do planeta.

recicla1
Fotos: Luisa Alves/Site CARNAVALESCO

A presença do Sesc será através de ações educativas em saúde e bem-estar, tal como atendimento odontológico e uma campanha de enfrentamento à violência contra mulheres. Uma das prioridades mencionadas foi a possibilidade de proporcionar a experiência do carnaval para pessoas em situação de vulnerabilidade. Por isso, o Sesc irá promover uma tour pelo Sambódromo e ingressos para os desfiles. Alunos do Sesc+ Infância também serão beneficiados, com acesso ao desfile mirim e atividades educativas relacionadas. O IFec será responsável por uma pesquisa sobre o impacto dessas ações.

O Senac já iniciou suas atividades durante os ensaios técnicos, em que os alunos de fotografia puderam trabalhar na documentação do evento. Seguindo o modelo, os alunos de turismo vão atuar nos bastidores da Apoteose e os alunos de moda na customização de camisas nas frisas. Os alunos de massoterapia e maquiagem também irão receber espaços para exercitar suas habilidades.

recicla2

Com o foco em sustentabilidade, o IFeS vai disponibilizar 15 máquinas de reciclagem. Ademais, 120 catadores de longo prazo terão suas atividades dignificadas, recebendo kits completos para auxiliar no trabalho, e toda a renda arrecadada será dividida igualmente entre eles. Vejam detalhes na imagem abaixo:

Durante a apresentação, cinco catadores subiram ao palco para representar os 120 beneficiados. Cibélia Antônia dos Santos, de 61 anos, comentou estar repleta de gratidão por finalmente ter visibilidade. Já Custódio da Silva, de 65 anos, se mostrou muito emocionado ao afirmar a importância da valorização desses serviços. Ele aproveitou para dizer que os 120 catadores beneficiados entendem que estão representando os mais de oito milhões cadastrados e reconhecidos pela lei de ocupação brasileira.

recicla3

Após o carnaval, as comunidades das escolas de samba também vão receber ações sociais, culturais e de capacitação profissional, em resposta aos seus esforços.

Quando a apresentação chegou ao fim, o auditório ecoou aplausos, mas logo se pôs em silêncio para escutar os discursos de Jorge Perlingeiro, presidente da Liesa, e o presidente do Sistema Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior.

recicla4

“Muitos falam que o carnaval é uma festa profana, mas de profana não tem nada. Só traz grandeza, cultura, lazer e dinheiro para o Rio de Janeiro”, iniciou Jorge Perlingeiro. No discurso de quase dez minutos, agradeceu ao prefeito Eduardo Paes pelo apoio constante e comemorou o reconhecimento vindo do novo governo federal. Perlingeiro reiterou que todos os ingressos já foram vendidos, sendo um prenúncio do grande sucesso que virá. Ele também citou os ensaios técnicos como espetáculos singulares, que são pensados como presentes para os cariocas.

Em seu discurso, Antonio Queiroz destacou os desafios da pandemia de Covid-19. “Isso trouxe à tona a diferença social do nosso país. Vimos pessoas com fome e dormindo nas ruas de forma normalizada, mas não é e nunca será normal”. A partir disso, Queiroz ressaltou a importância de projetos filantrópicos. “Somos formiguinhas no universo, mas faremos nossa parte”, continuou.

Para oficializar a parceria, ambos assinaram um contrato e apertaram as mãos. O evento foi concluído em grande estilo, com a bateria da Grande Rio, atual campeã do carnaval, animando o auditório.

‘Bem mais que um caso de amor!’ Contando sua própria história, Vila Maria promete emocionar seus componentes

O site CARNAVALESCO visitou o barracão da Unidos de Vila Maria e conheceu o projeto de desfile da escola para o próximo carnaval. O enredo da agremiação se trata de uma homenagem a si própria e ao bairro. O tema é intitulado como “Vila Maria, Minha Origem, Minha Essência, Minha História! Muito Além do Carnaval”, assinado por Cristiano Bara. A equipe conversou com o carnavalesco da agremiação, que detalhou o enredo.

vilamaria barracao23 4
Fotos: Gustavo Lima/Site CARNAVALESCO

“A gente tem o nome do próprio enredo os quatros pilares que sustentam o nosso tema. A gente começa falando dos fundadores. A partir daí, contamos os momentos do bairro da Vila Maria, onde cita onde começou tudo na Rua Kaneda, depois no Sacolão e nesse caminho mostra a força do povo e da religiosidade com a igreja da Candelária. Depois a gente vai começar a contar nossa história a partir dos nossos enredos até chegar à obra social que a Vila Maria faz, contribuindo com o bairro e moradores”, explicou o carnavalesco.

Como surgiu

Segundo o artista, o presidente Adilson José foi o precursor da ideia do enredo. Dá para dizer que foi um acerto, pois a escola escolheu um grande samba e que está fazendo a comunidade cantar. A Vila Maria está levando uma identidade diferente para o próximo desfile. “O enredo para contar a nossa história surgiu do presidente. Ele falou comigo e disse que estava na hora, que a Vila já tinha uma história consistente e olhando para o Grupo Especial nós somos a escola mais antiga a desfilar e está na hora de mostrar para o mundo quem é a Vila Maria, de onde a gente saiu, de que forma cresceu e se desenvolveu. Se você pegar os anos 90 da escola, não tinha quadra. Tem um vídeo no YouTube que podemos ver o presidente em cima de um carro alegórico decorando para gente desfilar. A gente sabe que foi uma escola construída através da luta e do vislumbrar dos nossos fundadores do fato de entender em se juntar e fundar uma escola que no futuro colheria frutos e está até hoje sabendo que a comunidade veste a fantasia até hoje. Esse ano vai abraçar mais do que nunca porque temos um carnaval que conta a nossa própria história. Sendo assim nós cantamos o ‘meu eu’. Os componentes vão relembrar os enredos em que desfilaram lá atrás e isso vai fazer com que cantem com mais amor”, declarou.

vilamaria barracao23 1

Pesquisa de enredo

Por ser um bairro antigo e uma escola já com 69 anos de idade, se imagina uma pesquisa bastante complexa e difícil, visto que nos anos 60 e 70 não se faziam tantos registros como assim acontece nos dias de hoje. Porém, de acordo com Cristiano Bara, os relatos de pessoas e a assessoria de imprensa foram fundamentais para o sucesso. “Difícil não foi porque a gente conversou com o pessoal antigo da escola. Nós sentamos um dia e cada um contou uma história. Também tivemos ajuda da assessoria de imprensa, internet e alguns documentos que temos na escola. O principal é que nós pegamos o primeiro pavilhão da agremiação em que a escola se chamava “Unidos do Morro de Vila Maria”, que era verde e branco, até se transformar em verde, azul e branco que é o nosso atual”, disse.

vilamaria barracao23 2

Responsabilidade do carnavalesco

Por ser um enredo tão importante para a Vila Maria, contar a sua própria história exige bastante. É uma grande missão e talvez certa pressão em cima do carnavalesco que desenha todo o desfile. Entretanto, segundo o artista, o amor que ele tem pela agremiação supera tudo e, talvez, outro profissional não iria obter êxito. “A gente andou conversando porque qualquer carnavalesco que fosse contratado para desenvolver esse enredo, talvez não fizesse com tanto amor e carinho não com o que eu e nossa equipe estamos fazendo. É uma responsabilidade sim, mas é gostosa, porque eu vivi a Vila Maria. Eu já falei outras vezes que fui tratado pela fisioterapia da escola. Tive 15 sessões e provei do social. Eu já estou há dois meses aqui na Fábrica do Samba e a gente não consegue desgrudar. Todo mundo está grudado nesse projeto e preocupado com cada detalhe, porque queremos contar a nossa história com a maior maestria do mundo”, comentou.

vilamaria barracao23 3

Melhor momento

Todos os desfiles precisam impressionar de alguma forma para o título chegar, mas sempre há um ponto alto. De acordo com o artista, há vários, porém o abre-alas se destaca. Irá levar o céu para a avenida com os antigos fundadores da escola. “Tem momentos bem peculiares. A gente conseguiu alguns momentos que vai emocionar. Citar o Xangô da Vila Maria em um abre-alas, ter um anjo e um céu que traz de volta esses personagens que esteja provando desse sabor gostoso de um grande espetáculo disputado pelo mundo inteiro. A gente está vislumbrando porque teve eles lá atrás. São vários pontos que pegamos e as pessoas vão se emocionar à medida em que irão se reencontrar com a própria história”, avaliou.

Quinto desfile de Cristiano Bara

O carnavalesco chegou no ano de 2018 acompanhado de Fran Sérgio. Após, trabalhou com Alexandre Louzada e agora está desenvolvendo o carnaval solo pela terceira vez na agremiação. Bara falou sobre o sentimento. “É uma felicidade muito grande. Sempre sou muito bem recebido. O componente chega aqui na porta do barracão e eu deixo ver sem problema nenhum da mesma forma que eu mostro para a imprensa. Ele precisa conhecer a sua própria história para desfilar de outra forma. A gente vai para o samba, futebol, festa de natal e participamos de tudo”, disse.

Conheça o desfile

A abertura vai ser com o nosso primeiro pavilhão onde a gente vai ter o abre-alas logo depois.

Setor 2: Logo atrás do abre-alas vamos falar da essência, que são as personalidades da Vila Maria e os momentos que a Vila Maria vive. A gente tem a igreja da Candelária, o jogador Dener e momentos bem importantes”.

Setor 3: “Depois a gente passa para os enredos, vamos falar de Aparecida, China, Japão, circo, momentos de fé com os romeiros e vamos ter fantasias que tem costeiro e outras não. Vamos para o lúdico e a realidade. A gente vai ter uma celebração da história da Vila Maria”.

Setor 4: “Vamos para a parte social, que é o próximo setor. A gente fala que a Vila Maria é muito além do carnaval. A gente vai falar da fisioterapia, equoterapia e tudo que a gente faz para as pessoas viverem melhor”.

Ficha técnica
Quatro alegorias
2200 componentes
Diretor de barracão: Claudia Ribeiro
Chefe de ateliê: Vânia
Diretor de carnaval: Queijo
Carnavalesco: Cristiano Bara

Estrutura e organização são fatores essenciais no sucesso do Camarote Rio Praia

O Camarote Rio Praia está prestes a completar cinco anos na Marquês de Sapucaí em grande estilo. Com um investimento de quase oito milhões, os sócios Bruno Português e Luiz Philippe Carvalho acreditam que a estrutura e organização são fatores determinantes no sucesso do ambiente.

riopraia
Fotos: Luisa Alves/Site CARNAVALESCO

O projeto impressiona por apresentar espaços muito diferentes, com áreas personalizadas que certamente atenderão aos desejos do público. Como atrações, podem aguardar pela energia nordestina predominante. Wesley Safadão e Saulo Fernandes são destaques. Belo, Mumuzinho, Pixote e Diogo Nogueira também estarão presentes.

riopraia2
Sócios Bruno Português e Luiz Philippe Carvalho

A posição do palco faz parte das mudanças previstas para 2023. A fim de não prejudicar os sons da Avenida, todas as atrações serão voltadas para o interior do camarote. Outro ponto positivo é a altura do teto, que deixará os artistas e o público mais confortáveis, além de colaborar na ventilação do espaço.

riopraia3

O buffet é liberado e será assinado pela chef Kátia Barbosa, criadora dos famosos bolinhos de feijoada e referência na culinária brasileira. Mantendo o nível, as bebidas do Open Bar também serão todas fornecidas por marcas líderes do mercado.

Para qualquer pessoa que conheça o Rio Praia, não há dúvidas de qual seja o diferencial do camarote. Localizado entre o setor 8 e o setor 10, ele se encontra exatamente na frente do segundo recuo das baterias, permitindo uma visão espetacular e única dos desfiles.

riopraia5

Gracyanne Barbosa segue como a rainha e representante do Rio Praia pelo quarto ano consecutivo. Ao lado dela, as musas Erika Schneider e Mayara Lima, rainha de bateria do Paraíso da Tuiuti, estão prontas para aproveitar o melhor do carnaval. Giovanna Alparone, musa da versão mirim, Rio Prainha, completa o time.

“O Rio Praia é uma família que nos acolheu há 04 anos de uma forma carinhosa. Sou apaixonada pelo carnaval, pelas escolas de samba e pisar na Sapucaí, seja para desfilar ou para estar no camarote é sempre um prazer. Faço questão de estar aqui não só porque sou a rainha, mas porque é muito gostoso estar com pessoas que estão com a energia lá no alto, que vem curtir e aplaudir esse trabalho lindo que as escolas de samba fazem”, disse Gracyanne Barbosa, rainha do camarote.

riopraia4

A customização básica de camisas, incluindo cortes e a adição de adereços, faz parte da experiência, assim como o transfer de ida e volta, salão de beleza e outras surpresas.

Frente em defesa do samba e do carnaval é lançada na Câmara em Brasília

O mundo do samba começou a luta para entrar na agenda oficial do Poder Legislativo. A criação de uma Frente Parlamentar em Defesa do Samba e Valorização do Carnaval Brasileiro é a primeira proposta do deputado federal Quaquá (RJ), vice-presidente nacional do PT, à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Quaquá é o idealizador do camarote Favela, no Sambódromo, que este ano deve receber o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A profissionalização do setor, segundo o deputado, é um dos objetivos da iniciativa de levar o debate ao parlamento. “Todo grande país investe para ganhar a hegemonia cultural do mundo. O samba, como tudo que vem da cultura popular, tem sido relegado ao segundo plano. Chegou a hora de valorizar esse diamante negro da cultura brasileira”, diz Quaquá. “O samba é uma das marcas do Brasil no exterior e é fruto de uma cultura genuinamente brasileira, vinda das classes populares e da favela, herdeira dos tambores africanos de nossas favelas”.

Rio espera R$ 4,5 bilhões

A Prefeitura do Rio espera uma movimentação econômica de R$ 4,5 bilhões no Carnaval deste ano, 12,5% a mais do que em 2020, a última festa completa antes da pandemia. Desse montante, só o Carnaval de rua deve ser responsável por R$ 1,2 bilhão, um crescimento de 20% em relação a 2020, último ano em que os blocos desfilaram na cidade. Os números são da segunda edição do estudo Carnaval de Dados, uma publicação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS) em parceria com o Instituto Fundação João Goulart e com a Riotur.

Quaqua Lula
Foto: Divulgação

A instalação da frente precisa de 198 assinaturas de deputados. Não parece ser difícil. O camarote Favela, criado por Quaquá e organizado por Gabriela Lopes, sua esposa, está preparado para receber o presidente Luiz Inácio Lula da Silva este ano e já tem mais de 100 confirmações de deputados e senadores.

Altas autoridades do Executivo também estarão lá, como os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Márcio Macedo (secretário-geral da Presidência) e Ruy Costa (Casa Civil) e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, entre outros.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, vai dar um show na festa, com previsão de receber cerca de 1.200 convidados por dia. O bloco dos artistas será numeroso no camarote. Além da ministra, estão confirmados nomes como Jorge Aragão, Sandra de Sá, Júlio Sereno, Arlindinho, Jô Borges, a equipe Furacão 2000 e centenas de sambistas.

‘Desde o Alabê de Jerusalém que eu não fazia um ensaio técnico tão forte e emocionante’, diz Zé Paulo sobre a Viradouro

Após um ensaio técnico na Marquês de Sapucaí de Sapucaí marcado pela força da comunidade, o intérprete da Viradouro, Zé Paulo, em entrevista ao CARNAVALESCO, falou sobre a experiência vivenciada neste teste na Passarela do Samba, refletiu sobre as melhorias que ocorreram do último carnaval para cá, além da força do samba para o desfile deste ano. Mesmo com a forte chuva que atingiu a Marquês de Sapucaí no último sábado, o intérprete acredita que a Viradouro realizou um ensaio técnico positivo nos principais quesitos da escola de samba.

“Foi um ensaio muito positivo. Mesmo com toda dificuldade das pessoas chegarem por conta das chuvas a gente teve um ótimo ensaio e mantivemos um nível de excelência muito alto, assim como fazemos na Amaral Peixoto. Entrosamento, canto, carro de som, bateria, comunidade. É o ensaio que nós fazemos na Amaral e levamos para a Sapucaí. E tudo isso depois da chuva que caiu. Para ter uma ideia, eu levei duas horas para chegar na Sapucaí. Apesar das arquibancadas um pouco vazias, a comunicação com o público foi acima da expectativa. Acredito que desde ‘O Alabê de Jerusalém’ eu não fazia um ensaio técnico tão forte, emocionante e tão bonito”, comentou.

Zé Paulo também falou da importância do entrosamento entre o carro de som e o mestre de bateria para a harmonia da escola, um dos quesitos que dificultaram a briga pelo bicampeonato da Viradouro em 2022.

“É muito importante eu e o mestre termos esse entrosamento. É um ano também de amadurecimento meu e do Ciça por tudo que vivemos de pré-carnaval e ter uma pandemia no meio – depois do título. Em 2022 a escola fez algumas opções que não foram muito bem vistas pelos jurados e acabamos perdendo ponto, principalmente em harmonia. A partir daí, a gente começa a fazer o trabalho de casa, tentando entender o que o jurado quis dizer e depois corrigir isso. Eu e Ciça, em conjunto com a escola, trabalhamos o andamento do samba deste ano para que fique confortável para o canto, para que os jurados possam entender o que está sendo cantado pelo carro de som e a bateria ter um desenvolvimento e desempenho melhor”, contou Zé Paulo.

viradouro et23 28
Foto: Nelson Malfacini/Site CARNAVALESCO

Para o intérprete, sempre há algum detalhe para melhorar. Ele destacou que o ensaio no Sambódromo não possui caráter avaliativo. A ideia, segundo ele, é pôr em prática todo o trabalho que a escola vem realizando ao longo do ano nos ensaios de rua, em Niterói.

“Sempre tem algo para melhorar. Não é legal que a gente pare em uma zona de conforto. Não houve muitos erros nossos, principalmente falando da minha parte com o Ciça. A gente foi ali sabendo que era ensaio, e ensaio não ganha nada – é para mostrar o que estamos fazendo na nossa casa e o quanto estamos preparados para o desfile. O dia do desfile é cem por cento, porque tem uma carga emocional muito grande”, destacou Zé Paulo.

Neste ano, com o samba “Sou Rosa Maria, imagem de Deus”, que pegou na comunidade e no primeiro teste na Sapucaí, Zé Paulo considerou difícil ter somente um trecho favorito do samba. O intérprete pontuou que o samba-enredo é uma canção muito forte em termos emocionais e espirituais.

“É até difícil falar, porque é um samba de muitas partes bonitas. Acho que a segunda parte tem um ápice muito grande no ‘A voz que cobre o cruzeiro’ e ali para baixo é o grande momento do samba. Mas tem coisas na primeira que me tocam muito, como o ‘Deságua no imenso Brasil sua luz incorporou’. Para mim, é muito forte. Acredito que é um samba que tem grandes pontos de cargas emocionais e históricos que deixam o desfile mais completo. Acredito que Rosa está com a gente o tempo todo. A força que a escola ganha não é por acaso, tem um espiritual muito forte”, revelou o intérprete da Viradouro.

Após um ensaio técnico já na reta final, a Viradouro poderá mostrar a força de seu samba-enredo na segunda-feira de carnaval, quando será a última escola a entrar na Passarela do Samba.

Prefeitura espera que o Carnaval 2023 movimente R$ 4,5 bilhões no Rio

A Prefeitura do Rio espera uma movimentação econômica de R$4,5 bilhões no Carnaval deste ano, 12,5% a mais do que em 2020, a última festa completa antes da pandemia. Desse montante, só o Carnaval de rua deve ser responsável por R$ 1,2 bilhão, um crescimento de 20% em relação a 2020, último ano em que os blocos desfilaram na cidade. Os números são da segunda edição do estudo Carnaval de Dados, uma publicação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS) em parceria com o Instituto Fundação João Goulart e com a Riotur.

viradouro et23 8
Fotos de Nelson Malfacini/Site CARNAVALESCO

Para se ter uma ideia da importância econômica do Carnaval carioca, a festa no Rio é responsável por um terço (1/3) de toda a movimentação econômica no país durante o período. A expectativa da Prefeitura é que a arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) de turismo seja 20% maior do que em fevereiro de 2020, passando de R$ 19,4 milhões para R$ 23,3 milhões.

“Após o difícil momento que o Rio e o Carnaval carioca passaram, com os impactos de sucessivas crises administrativas e políticas nos últimos anos, agravadas com a pandemia, é a hora de fazermos o maior Carnaval da história em 2023″, celebra o prefeito Eduardo Paes.

Os quatro dias de folia têm impacto direto sobre o turismo da cidade. Entre 2011 e 2022, (excluindo 2020 e 2021, em função da pandemia), fevereiro tem o maior peso (10,2%) entre os 12 meses do ano na arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) de serviços ligados ao turismo, dois pontos percentuais (p.p.) acima da média dos meses do ano, excluindo fevereiro, mostrando a força do Carnaval carioca.

“O Carnaval é fundamental para a cidade, pois está no DNA do carioca e é um evento que atrai muitos turistas para o Rio. Por isso, além de ser importante para a cultura do Rio, é também motor para o desenvolvimento econômico, por ser fonte de renda para milhares de famílias cariocas e gerar emprego não só durante os dias de folia, mas também durante todo o ano. Os números mostram o volume que o Carnaval movimenta e a quantidade de trabalhadores envolvidos no processo. Então olhamos com carinho para o Carnaval”, comenta Chicão Bulhões, secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio.

Para fazer um evento inesquecível, a Prefeitura do Rio deu um incentivo recorde para as Escolas de Samba do Grupo Especial, de R$ 2,150 milhões, o maior da série histórica. As Escolas da Série Ouro, bem como as que desfilam na Intendente Magalhães, também receberam ajudas financeiras mais altas para os desfiles. Um único dia de desfile no Sambódromo movimenta cerca de 20 mil pessoas. No total, 45 mil pessoas trabalham oficialmente no evento de Carnaval.

“O Carnaval é uma matriz de conhecimentos sobre a cidade do Rio de Janeiro e só por isso já é de suma importância. Se em termos culturais e simbólicos é sabida a sua relevância, este estudo vem colaborar com análises sobre aspectos econômicos, ambientais, infraestrutura, emprego e renda, os quais também são impulsionados por esta manifestação cultural, quando são realizados os eventos que trazem impacto positivo para a cidade o ano todo. Carnaval é Rio de Janeiro porque, além de tudo, desenvolve a cidade”, explica Rafaela Bastos, Presidente do Instituto Fundação João Goulart.

O Carnaval de Dados 2023 é um projeto transversal desenvolvido por servidores públicos de carreira do Programa Líderes Cariocas, que analisaram dados de planejamento, investimento e execução da Prefeitura em uma perspectiva de gestão sistêmica. Dessa forma, é possível dar transparência aos atos da Prefeitura do Rio, e servir de base para as ações dos diferentes órgãos para os carnavais futuros e subsidiar com transversalidade experiências de grandes eventos para a cidade. São cerca de 15 secretarias e órgãos municipais envolvidos no estudo.

Uma das políticas públicas, resultado do estudo Carnaval de Dados 2022, foi o Samba Pass, lançado pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer que oferece preparação física e artística de alto rendimento, para os artistas sambistas das escolas de samba do Rio de Janeiro nas Vilas Olímpicas. Até o momento, já foram mais de 480 horas de preparação física e 384 horas de artística para 134 alunos. Esses profissionais do carnaval que passaram pelos treinamentos são de 54 escolas de samba existentes no Rio de Janeiro (duas mirins) que desfilam na Marquês de Sapucaí, Especial e Série Ouro e Intendente Magalhães.

“Este ano a Riotur celebra o Carnaval da Democracia. Com a retomada do carnaval de rua, a estrutura moderna da Nova Intendente, palcos espalhados pela cidade e o tradicional desfile na Marquês de Sapucaí, as expectativas são as melhores. Geração de empregos, movimentação da economia e captação de turistas”, declara Ronnie Costa, presidente da Riotur.

Nos desfiles das Escolas de Samba de 2022, no Sambódromo, no Grupo Especial, as Escolas levaram 37,3 mil componentes. Na Série Ouro, foram 28,9 mil. No total, foram 66,2 mil componentes em todos os desfiles das Escolas de Samba de 2022 no Sambódromo, das 12 Escolas do Grupo Especial e 15 da Série Ouro. Em média, cada Escola do Grupo Especial levou para o Sambódromo 3,1 mil componentes, e cada Escola da Série Ouro levou 1,9 mil componentes no Carnaval de 2022.

Band prepara transmissão da Série Ouro com 26 câmeras e define apresentadores e comentaristas

A Band Rio exibe de segunda-feira, dia 13 de fevereiro, a sexta-feira, das 13h às 13h30, o programa especial Band Folia na Série Ouro. Com apresentação de Amanda Martins e participações dos jornalistas Bruno Chateaubriand e Leonardo Bruno e da geógrafa, gestora pública e ex-passista da Mangueira Rafaela Bastos, a atração vai desvendar a história das 15 agremiações que buscam uma vaga na elite do samba.

band folia

Os desfiles da Série Ouro do Carnaval do Rio de Janeiro serão apresentados pela emissora com exclusividade na sexta-feira, às 21h, e no sábado, às 20h30. Posicionados em um ponto privilegiado dentro do Camarote Nº1, Glenda Kozlowski e Sergio Mauricio vão descrever toda a emoção vivenciada já no início da Sapucaí.

A transmissão terá comentários de Bruno Chateaubriand, Leonardo Bruno e Rafaela Bastos, com participações especiais das apresentadoras do programa Samba Coração, da Band Rio, Evelyn Bastos, rainha de bateria da Mangueira, e Selminha Sorriso, primeira porta-bandeira da Beija Flor de Nilópolis. Na programação nacional, a exibição começa a 1h da manhã nos dois dias.

Seis equipes estarão dedicadas para mostrar todos os detalhes do evento até as 6h da manhã em 26 câmeras. Ao longo do espetáculo, o público ainda poderá votar em enquetes interativas no Band.com.br/carnaval para avaliar os quesitos comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira, além da escola como um todo. Tanto no domingo quanto na segunda-feira, o repórter Rafael Pessina dará plantão no Camarote Nº1 trazendo a movimentação das celebridades.

Transmissão online e redes sociais

No digital, o público contará com uma cobertura robusta, com câmeras instaladas em pontos específicos para registrar a folia em tempo integral em todas as praças. De onde estiver, o folião poderá acompanhar as transmissões ao vivo de vários Carnavais da Band pelo Brasil no site Band.com.br/carnaval, no Bandplay e no YouTube do Band Folia. Conteúdos exclusivos direto da Sapucaí serão disponibilizados nas redes sociais do Band Entretê e Band Folia e no site oficial da emissora. A Série Ouro será exibida na íntegra na sexta-feira, a partir das 21h, e sábado, às 20h30 nos canais Band Jornalismo e Band Entretê no YouTube.

Sobre os comentaristas

bruno

Bruno Chateaubriand: É jornalista, colunista de Veja Rio e há nove anos integra o júri do Estandarte de Ouro do jornal O Globo. Também foi jurado oficial da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), no quesito alegorias e adereços, entre os anos de 2007 e 2014. Em janeiro de 2023, realizou o primeiro simpósio de casais de mestre-sala e porta-bandeira do Carnaval do Rio de Janeiro e finalizou a obra “Mestre-Sala e Porta-Bandeira, uma Arte Essencialmente Nossa”, que será lançada no próximo ano pela editora ACE. Como jornalista, apresentador e ator teve passagens pelo SBT, RedeTV, TV Globo e Record. Em rádio, trabalhou na Tupi FM, Nativa FM e Mix. É autor do livro “Como Usar o WhatsApp a Seu Favor” em 2017. É conhecido pela produção de eventos sociais e culturais. Na área esportiva, é presidente da Federação de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro desde 2017.

leo bruno

Leonardo Bruno: É jornalista, escritor e roteirista, com trabalhos no cinema, no teatro, na TV e na literatura. Autor de sete livros sobre música e cultura popular, entre eles, “Canto de Rainhas”, “Zeca Pagodinho – Deixa o Samba me Levar”, “Beth Carvalho – De Pé no Chão”, “Explode, Coração – Histórias do Salgueiro”, “Cartas para Noel -Histórias da Vila Isabel” e “Três Poetas do Samba-Enredo”. No cinema, escreveu o roteiro do filme “Andança – As Memórias e os Encontros de Beth Carvalho”. Já no teatro, é autor do musical “Leci Brandão – Na Palma da Mão”. Na TV, assinou direção e roteiro da série “O Samba me Criou”. Atua como pesquisador do Observatório do Carnaval, no Museu Nacional (UFRJ) e em 2023 completa dez anos como jurado do prêmio Estandarte de Ouro do jornal O Globo. É comentarista de carnaval nas transmissões de TV desde 2020.

rafaella

Rafaela Bastos: Tem 25 carnavais pela Estação Primeira de Mangueira, sendo 23 deles como passista e musa da comunidade. Filha de dois integrantes da Velha Guarda da agremiação, é uma entusiasta do Carnaval e uma das organizadoras do estudo “Carnaval de Dados”, da Prefeitura do Rio. É responsável pela nova marca da Mangueira e sempre está ativa nos projetos que geram valor para a história da escola, ocupando atualmente o cargo de vice-presidente de Projetos Especiais da escola. É geógrafa e especialista em gerenciamento de projetos, branding e economia comportamental. Atua como gestora pública há mais de 17 anos e é presidente do Instituto Fundação João Goulart. Em 2016, foi condecorada com a medalha Rui Barbosa pelo seu estudo autodidata sobre a objetificação sexual das passistas.

Especial Barracões SP: A viagem da Tatuapé pelas histórias da cidade de Paraty

A série “Barracões” do site CARNAVALESCO embarca hoje em uma viagem rumo à cidade de Paraty, tema da Acadêmicos do Tatuapé para Carnaval de 2023. O histórico município do litoral sul do estado do Rio de Janeiro será retratado no enredo “Tatuapé Canta Paraty! Do Caminho do Ouro à Economia Azul. Patrimônio Mundial, Cultura e Biodiversidade. Paraty Cidade Criativa da Gastronomia”, em desfile assinado pelo carnavalesco Wagner Santos. O artista recebeu a nossa equipe e explicou como se dará essa jornada.

tatuape barracao23 6
Fotos: Lucas Sampaio/Site CARNAVALESCO

“A ideia partiu de um dos componentes da escola, amigo dos diretores da nossa agremiação. Foi ele que partiu com a ideia, que fez o contato com a cidade de Paraty com a nossa diretoria, e foi através dessa pessoa que conseguimos o apoio cultural para desenvolver o nosso enredo. Estamos desenvolvendo um enredo em homenagem à cidade de Paraty que eu fiquei muito feliz. Tem pessoas que tem a mania de criticar os enredos “CEP”, mas eu gosto muito de desenvolver enredos que homenageiam cidades, certo lugar ou certas pessoas, porque eu acredito que não é fácil de desenvolver”, disse.

tatuape barracao23 9

Viagem turística à cidade de Paraty

Homenagens a lugares nem sempre são vistas com bons olhos, mas muitos Carnavais históricos e campeões vieram de enredos com esta temática, e Paraty é um bom exemplo disso. Em 2004, a Unidos de Vila Isabel homenageou a cidade em uma apresentação apoteótica coroada com o título do Grupo A do Rio de Janeiro, e é um desfile lembrado até os dias de hoje com muito carinho pelo Povo do Samba.

tatuape barracao23 7

“Eu acho que para você desenvolver um enredo que irá homenagear uma cidade, um estado ou alguma região do nosso país, você tem que transmitir a alma e o sentimento do povo daquele local. Eu acredito que isso não é fácil, e você tem que trazer tudo isso de uma forma carnavalizada, onde as pessoas consigam ver aquela cidade que está sendo homenageada, que as pessoas consigam sentir as festividades daquela cidade, os passeios turísticos do local. Tudo isso estamos retratando de uma maneira bem legal. A ideia é fazer uma viagem turística à cidade de Paraty”.

Pesquisa do enredo: a emoção de Wagner Santos

Wagner Santos é uma verdadeira autoridade quando se trata de enredos “CEP”. Possui em seu currículo desfiles marcantes como as homenagem a Cubatão, em 2007 pela Vila Maria e o título na estreia pela própria Tatuapé em 2018, quando a escola homenageou seu estado natal, o Maranhão. Pesquisar para conceber o tema foi motivo de grande emoção por parte de Wagner pelas semelhanças que Paraty possui com sua cidade natal.

tatuape barracao23 3

“É um roteiro turístico pela cidade. Pelas suas festividades, pelos seus eventos, pelas feiras e congressos que lá tem. Diversas atividades culturais, artísticas e turísticas. A cidade também é conhecida como a cidade da diversidade gastronômica. A cidade de Paraty tem um cenário maravilhoso, do período colonial. A cidade tem uma coisa muito bacana, que me emociona e que eu gosto muito. O centro histórico de Paraty lembra muito da minha cidade no Maranhão. Aqueles casarões antigos, feitos pelos primeiros moradores da cidade. Nós vamos mostrar o centro histórico de Paraty, os locais mais procurados pelos turistas na cidade. Vamos falar da rica gastronomia da cidade. Vamos falar das festividades da cidade, mas também vamos falar dos eventos culturais que acontecem na cidade. E também vamos falar das belezas aquáticas da cidade de Paraty, que são diversas. Tem lugares encantadores na cidade para quem tem a oportunidade de conhecer, pegar um jet ski, passear pelas águas de Paraty. Pegar uma embarcação e conhecer algumas daquelas ilhas que compõem todo aquele cenário paradisíaco que rodeia toda cidade. Retrataremos no nosso enredo toda essa beleza e sutileza da cidade de Paraty. Os principais atrativos, o artesanato da cidade, o estilo de pessoas que moram na cidade. Mostraremos os hippies, que são muitos frequentes na cidade de Paraty. Retrataremos isso de uma forma bem carnavalizada, é claro, porque Carnaval é festa e alegria, e a gente tem que carnavalizar para termos um espetáculo de acordo com o que o Carnaval sempre merece”, explicou.

Paraty projetada no Sambódromo do Anhembi

O carnavalesco demonstrou otimismo em relação ao trabalho que a Tatuapé vem desenvolvendo para o Carnaval de 2023. Mesmo em um cenário de readequação da realidade por conta da pandemia da Covid-19, o carnavalesco aposta na inovação das propostas de se conceber um Carnaval nesse período retorno à certa normalidade.

tatuape barracao23 4

“Nunca podemos subestimar as nossas coirmãs, porque todo mundo que faz Carnaval, faz para ganhar. Todo mundo quer ser campeão. Mas eu acredito muito na proposta que levaremos para a Avenida. Levaremos um enredo bem diferente. As pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer a cidade de Paraty irão conseguir enxergar a cidade. Tenho certeza de que será um belo trabalho. Traremos propostas diferentes nas nossas alegorias, nas nossas fantasias. Uma proposta visual diferente, mas de acordo com o bolso da escola. A situação do país ainda não está normalizada, ainda está difícil. Estamos vivendo ainda uma situação pós-Covid onde o país está começando a se arrumar agora. Acredito que todas as escolas farão um Carnaval de acordo com o que cabe no bolso”.

tatuape barracao23 15

Conheça o desfile da Acadêmicos do Tatuapé

Wagner Santos resumiu o enredo de maneira geral e detalhou como se dará a distribuição dos setores ao longo da apresentação da Acadêmicos do Tatuapé.

“A Tatuapé irá apresentar um enredo em homenagem a Paraty. O resumo da história é um roteiro turístico que faremos pela cidade de Paraty. Faremos com que as pessoas conheçam as maravilhas e belezas que a cidade de Paraty tem a oferece a todos aqueles que tem vontade de conhecer. Claro que faremos dentro desse enredo a nossa viagem, porque a gente trabalha com Carnaval, trabalhamos com sonhos. Vamos partir para personagens mitológicos, para trazer essa Paraty para pessoas conhecerem. Através desses personagens da mitologia, personagens aquáticos, é que apresentaremos a Paraty que hoje nós conhecemos. A gente precisa ter um personagem, uma figura para retratar a história de Paraty. Não é só chegar e falar da cidade. Fomos lá na mitologia grega, fomos buscar personagens da mitologia grega, criamos personagens aquáticos, criamos um mundo aquático para apresentar a nossa Paraty de hoje”.

tatuape barracao23 13

Setor 1: “Passaremos no começo pela história de Paraty. Passaremos por piratas, portugueses, plantações de cana, momentos da colheita de açúcar, para chegar nos momentos atuais. Para chegar nos hippies, nas festas, na cidade gastronômica, são essas alas. Como, por exemplo, a nossa bateria. Ela representará Paraty. A cidade tem esse nome justamente pela grande quantidade de um peixe que existia na região, pelos indígenas que moravam na região, e esses peixes se chamavam “peixe-paraty”. A bateria retratará esses personagens aquáticos, que são os peixes da região da cidade de Paraty”.

tatuape barracao23 14

Setor 2: “Após esse primeiro setor, o número dois a gente já vem com o patrimônio histórico, lendas, gastronomia e Paraty, a Veneza brasileira. Porque ela tem um momento, uma fase do ano, que a cidade da maré enche a um certo ponto que invade a cidade. Aí, quando chega nesse momento, a cidade, no passado, acabou recebendo o apelido de Veneza Brasileira. O nosso segundo carro falará dos primeiros habitantes da cidade, os índios Paraty. Por que a cidade de Paraty tem essa raiz tão forte com o artesanato? Porque os nativos da região foram os primeiros que começaram com a venda de artesanatos. Cestos, balaios. A cidade é muito rica em traçados indígenas, como cerâmicas e diversos materiais de herança indígena.

Setor 3: “A partir desse momento, chegamos no terceiro setor. Já entram hippies, já entram os pescadores, uma série de situações. Séries, festividades que tem na cidade, como a Festa da Cachaça. Você tem a Festa da Literatura de Paraty. Tem um evento famoso de fotografia internacional. Tem uma série de atividades que envolvem todo aquele centro histórico da cidade. O carro que fala do patrimônio histórico da cidade, os casarões, traz outras informações, que são as lendas populares da cidade, a cidade gastronômica, mas também traz a Veneza Brasileira”.

tatuape barracao23 8

Setor 4: “Já o nosso quarto carro é o carro que falará das belezas da cidade de Paraty, a fauna e a flora. Vamos mostrar os espécimes curiosos de pássaros e animais que habitam a região. Mostraremos as cachoeiras. Mostraremos os passeios turísticos de jet-ski pela região da fauna e da flora da cidade. Também mostraremos as embarcações, os marinheiros, toda a beleza aquática que envolve a cidade de Paraty. Nós estamos retratando nesse carro como se fosse uma grande ilha. A volta dele é todo de água”.

tatuape barracao23 11

Ficha técnica:

Enredo: “Tatuapé Canta Paraty! Do Caminho do Ouro à Economia Azul. Patrimônio Mundial, Cultura e Biodiversidade. Paraty Cidade Criativa da Gastronomia”
Carnavalesco: Wagner Santos
Alegorias: 4
Alas: 19
Componentes: 2.500