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Grande Rio passa a fazer ensaios de rua aos sábados

Faltando pouco mais de um mês para seu desfile oficial, o Acadêmicos do Grande Rio retoma seus ensaios de rua com força total. Os tradicionais encontros com a comunidade de Duque de Caxias agora passam a acontecer aos sábados a partir desta semana, no dia 6 de janeiro. Com exceção do dia 27 de janeiro, quando não haverá ensaio porque a escola fará seu ensaio técnico na Marquês de Sapucaí no dia 28, a agremiação toma a Avenida Brigadeiro Lima e Silva semanalmente até a data do seu desfile, no domingo de carnaval, dia 11 de fevereiro. Desta forma, os treinos acontecerão nos dias 06, 13 e 20 de janeiro e também no dia 3 de fevereiro de 2024.

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Foto: Site CARNAVALESCO

A Grande Rio levará para a Avenida o enredo “Nosso destino é ser onça”, dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora.

Serviço:
Ensaios de rua da Grande Rio
Dias: 06, 13 e 20/01 e 03/02
Local: Avenida Brigadeiro Lima e Silva (concentração na altura da Praça Humaitá)
Horário: 21h
Evento gratuito

Salgueiro lamenta morte do intérprete Quinho

É com grande pesar que o Acadêmicos do Salgueiro comunica o falecimento de Melquisedeque Marins Marques, o eterno Quinho do Salgueiro, aos 66 anos. Quinho morreu no final da noite desta quarta-feira, no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Segundo familiares, a causa da morte foi insuficiência respiratória. Desde 2022, Quinho vinha lutando contra um câncer de próstata. Ainda não há informações sobre velório e enterro.

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Foto: Divulgação/Salgueiro

O presidente do Acadêmicos do Salgueiro, André Vaz, lamenta profundamente a perda deste grande sambista, apaixonado pela Academia do Samba.

“Um grande amigo, um grande intérprete, marcou a história do Salgueiro e do Carnaval. Nós acompanhamos de perto a incansável luta do Quinho e sentimos muito essa perda. Ele merece todas as homenagens e fazemos questão de que o último adeus seja em nossa quadra, no lugar onde Quinho cantou, encantou e brilhou durante tantos anos.”, finalizou.

Ainda não há informações sobre horário do velório, nem o local do enterro.

Quinho não foi apenas um intérprete talentoso; ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro.

Desde o início, nos anos 90, quando liderou o samba “Peguei um Ita no Norte”, até seu retorno triunfante em 2003 e a gloriosa vitória em 2009 com o enredo “Tambor”, Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola. Seu retorno em 2018, compartilhando o microfone com Emerson Dias, foi mais do que uma volta; foi o reencontro emocionante de um filho pródigo com a casa que sempre foi sua.

Quinho não apenas cantou para o Salgueiro; ele viveu e respirou cada nota, cada batida do coração acelerado da bateria. Ele personificou o espírito salgueirense, e sua ausência deixa um vazio indescritível. Hoje, não choramos apenas a perda de um grande artista; choramos a partida de um membro querido da nossa família.

Nossos sentimentos se estendem à família de Quinho e a todos que, como nós, compartilham uma conexão profunda com o seu legado. Que sua voz ressoe eternamente nas avenidas, nos corações dos sambistas e em cada canto do Salgueiro. Descanse em paz, Quinho, pois sua música continuará a embalar nossas almas.

Rio utilizará no entorno do Sambódromo no Carnaval 2024 sistema de reconhecimento facial

O sistema de segurança preparado pela secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro para o réveillon 2024, através do uso de reconhecimento facial, capaz de identificar pessoas foragidas da Justiça, será utilizado no entorno do Sambódromo, na Marquês de Sapucaí, durante o Carnaval 2024.

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Foto: Alexandre Macieira/Riotur

“O nosso desejo para o Sambódromo é que a gente consiga fazer em todo o entorno, na parte externa, também o videomonitoramento. Nós temos um sistema que pode ser empregado de forma volante. A previsão é que ocorra essa implementação para que a gente possa ter no entorno do Sambódromo toda a questão do videomonitoramento. É certo que no entorno do Sambódromo o sistema será implantado”, afirmou o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires.

Representatividade do enredo impulsiona vontade da União da Ilha para o desfile no Carnaval 2024

Depois do rebaixamento para a Série Ouro, ao ficar em último lugar no carnaval de 2020, a União da Ilha segue tentando retornar ao Grupo Especial. Já foram dois desfiles no Grupo de Acesso. No ano de 2022, a escola brigou firme pela vaga, mas acabou terminando na terceira posição. Já em 2023, a agremiação ficou mais afastada dessa luta, fechando a apuração no sexto lugar.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

Apesar disso, os componentes da Ilha parecem estar mais confiantes para o resultado do carnaval de 2024, tendo o enredo como o grande trunfo para o tão sonhado retorno. Após o minidesfile na Cidade do Samba, a reportagem do site CARNAVALESCO conversou com integrantes da comunidade e com segmentos da escola sobre a possibilidade de voltar ao Grupo Especial em 2025.

O componente Sérgio Luiz, assistente administrativo de 44 anos, que desfilou na União da Ilha pela primeira vez em 1998, acredita muito no acesso da escola.

“Acho que nosso enredo pode ser o diferencial em relação aos outros anos que não conseguimos subir. É uma temática afro. Normalmente, a gente faz bons desfiles com esse tipo de enredo. E também tem essa pegada infantil, que a escola se dá bem. A comunidade está muito animada e empolgada para esse desfile. Acredito que a escola tem mais chances de voltar por conta disso”.

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Componente Sérgio Luiz, assistente administrativo de 44 anos, que desfilou na União da Ilha pela primeira vez em 1998

Já a desfilante Beatriz Arcieri, professora de idiomas de 58 anos, se mostra mais desconfiada para o título da Série Ouro.

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Desfilante Beatriz Arcieri, professora de idiomas de 58 anos

“Gostaria muito que a nossa escola fosse campeã. A gente escuta muita coisa. Alguns boatos. Não sei se o nosso enredo será o suficiente para lutar contra isso. Não tenho tanta expectativa, mas tomara que dê tudo certo”.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Thiaguinho Mendonça e Amanda Poblete, está muito feliz com a representatividade do enredo e confiante no retorno ao Grupo Especial.

“A expectativa é a maior possível. A Ilha já vem treinando, fazendo ensaios de rua excelentes. Trazendo esse canto da comunidade, que é muito aguerrida e presente. Já no primeiro ensaio, a gente podia notar que o samba estava na ponta da língua e sendo cantado a plenos pulmões por todo mundo. Um enredo com um significado tão bonito e tão necessário. Cada setor está fazendo o seu melhor, trabalhando arduamente para poder trazer a Ilha de volta ao Grupo Especial”, disse Amanda.

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“Acho que a Ilha está resgatando a sua essência, que é trabalhar enredos leves, descontraídos, fáceis de cantar. Com apelo popular e, principalmente, que tenha um propósito. A Ilha traz nesse carnaval o cuidado com o povo preto, através das crianças. Se o mundo precisa de dias melhores, nada melhor do que a gente cuidar das crianças agora. Então, a gente vem educar toda a população ao tratamento de pessoas negras”, falou Thiaguinho.

A União da Ilha será a quarta escola a desfilar no sábado de carnaval, dia 10 de fevereiro, pela Série Ouro, na Marquês de Sapucaí. A escola irá levar para a avenida o enredo “Doum e Amora: crianças para transformar o mundo!”, de autoria do carnavalesco Cahê Rodrigues.

Sem receio de fechar o sábado de carnaval, Tucuruvi confia na qualidade do samba para ter sucesso em 2024

Desde quando voltou a desfilar no Grupo Especial do carnaval de São Paulo, em 2022, a Acadêmicos do Tucuruvi tenta se livrar de um incômodo número: onze. Nos dois desfiles, a escola do extremo norte da capital paulistana ficou apenas duas colocações acima das instituições que são rebaixadas para o Grupo de Acesso I no ano seguinte. Se, antes, por força do regulamento, a décima primeira colocada era a segunda agremiação a desfilar no sábado de carnaval, agora a instituição está encarregada de fechar as exibições da folia paulistana. Nada que tire a tranquilidade de Rodrigo Delduque, vice-presidente e diretor de carnaval da instituição.

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Foto: Magaiver Fernandes/CARNAVALESCO

Em entrevista para o CARNAVALESCO, o diretor abordou detalhes sobre “Ifá”, enredo do Zaca para o carnaval 2024, que será apresentado no sétimo (e último) horário do sábado de carnaval (10 de fevereiro). Na foto, ele está ao lado de Joilma Araújo, presidente da Velha Guarda da agremiação.

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Samba aclamado

Para muitos, a escola terá o melhor samba-enredo de todo o carnaval 2024. A qualidade da obra foi muito destacada pelo diretor durante a entrevista. “Falando de Ifá, não poderia ser diferente. Além de ser uma filosofia de vida, é a primeira religião do mundo. Para nós, é muito gratificante ter esse enredo e, principalmente, uma obra dessas – que a parceria acertou na veia”, contou. Os compositores da obra são Macaco Branco, Carlos Bebeto, Djalma Santos, Chiquinho Gomes, Dr. Marcello Medeiros e Denis Moraes.

A obra possui uma característica bastante evidente: o grande número de palavras em idiomas africanos. Na visão do diretor, o enredo está muitíssimo bem explicado na canção. “Quanto à adaptação com a escola, fomos pela linha de poder explicar bem o enredo, o que significava cada palavra, cada item, cada ponto, cada situação, cada vírgula que os nossos babás nos direcionavam. A escola foi abraçando com muita força de vontade. É uma África diferente, falamos através da religião. Tenho certeza que o Tucuruvi vem forte, vem firme, porque está todo mundo bem empenhado em cantar o samba”, afirmou, aproveitando para elogiar o canto da comunidade.

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Horário atrapalha?

Ao ser perguntado sobre o impacto de fechar a série de apresentações do Grupo Especial, Delduque desconversou. “Mais uma vez, é nas mãos de Ifá e de Exu. Para muitos, não é bom ser a última a desfilar. Se Exu quis assim, está tranquilo para nós. Vamos em busca do nosso sonho”, finalizou, destacando o trabalho para obter o título.

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Grandes nomes do samba contam como passarão a virada de ano e quais são seus desejos para 2024

Chegamos ao último dia do ano. Podemos dizer que 2023 representou um grande momento para o carnaval do Rio de Janeiro. As escolas de samba apresentaram mais um grande espetáculo na Marquês de Sapucaí. Após uma disputa de alto nível, a Imperatriz Leopoldinense se sagrou campeã do Grupo Especial. A escola voltou a conquistar o título depois de um jejum de 22 anos, deixando a comunidade de Ramos eufórica e mostrando que ainda é uma potência. Diversas outras agremiações fizeram belos desfiles e podem se orgulhar do trabalho apresentado. Também marcante foi o novo rebaixamento do Império Serrano, o que muitos consideram injusto até hoje. E o retorno da Porto da Pedra ao grupo de elite, após 11 anos de afastamento.

O ano vai se aproximando do final e, com isso, o carnaval de 2024 começa a bater em nossas portas. Faltam pouco mais de 40 dias para a folia. Ao mesmo tempo em que os artistas celebram a virada do ano, agradecendo por sua saúde e paz, também já pensam no carnaval que está por vir, desejando sucesso em mais um trabalho. Como é costume do povo brasileiro, eles têm seus rituais específicos para o momento, como o uso de roupas de determinada cor, e também a realização de pedidos e orações. Mas se engana quem pensa que a virada é só de celebração para os sambistas. Muitos passam o dia se preparando para se apresentar em diversos shows espalhados pela cidade do Rio de Janeiro.

A reportagem do site CARNAVALESCO conversou com alguns nomes importantes da nossa folia para saber como eles irão passar a virada de ano e qual é a importância desse momento.

Cris Caldas, porta-bandeira da Vila Isabel

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“A minha virada do ano vai ser num cantinho no meio da natureza, bem isolada, cercada de muito verde, longe de toda agitação que a gente já vive diariamente. Vamos aproveitar esse momento pra descansar bastante, relaxar e ficar em paz. E também porque, quando voltarmos, vamos entrar na rotina de 100% carnaval, afinal fevereiro já é logo ali. Vestimos sempre roupa branca, faz parte do nosso ritual de todo ano. Tomamos banho de ervas e sempre mentalizamos coisas boas para o ano que vem. À meia noite estouramos uma champanhe. Acredito que a virada do ano significa mudança. Renovação. Esperança de coisas melhores, pra mim, pro próximo e pro mundo”.

Bruna Santos, porta-bandeira da Mocidade

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“Nesse ano, a virada será aqui em casa, com toda minha família. Vamos comemorar juntos. E depois da meia-noite, estarei fazendo um show, me apresentando no clube do Fluminense, com a minha Mocidade. Todo ano passo a virada de branco e com acessórios dourados. Pra mim, esse momento representa novas oportunidades, novas chances. Espero que 2024 seja um ano iluminado como foi esse ano que vai acabar”.

Júnior Schall, diretor de carnaval da Portela

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“Vou passar a virada de ano no Rio de Janeiro, na região da Tijuca, com a minha esposa e um grupo de bons amigos apaixonados por carnaval. Por conta da energia que desejamos e precisamos captar e compartilhar, eu sempre busco usar roupa branca. Bebida é bem tranquilo, não consumo álcool. Mas a comida é uma provação. Adoro doces, mas preciso segurar a onda. A rabanada é algo ‘dos deuses’, devia até ter um dia especial. Não tenho superstição, mas a crença poderosa na gratidão e em toda positividade que você emana. A questão do branco vem daí, pulsar boa energia. A virada é um marco simbólico que precisa se tornar, de fato, um ponto de virada real para aquilo que é necessário para a nossa evolução. Agradecer sempre, fazer uma reflexão honesta, refazer os caminhos para evoluir. É pra isso que estamos aqui. E pra comer algumas rabanadas também, afinal é uma comemoração”.

Fafá, mestre de bateria da Grande Rio

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“Minha virada de ano será com a bateria da Grande Rio, mais uma vez. Às vezes, eles são até minha primeira família. A gente vai tocar no Hotel Nacional, entre outros lugares. Pra mim, sempre é uma honra estar ao lado deles. Geralmente uso roupa branca para pedir bastante paz para o meu próximo ano. Um minuto antes da virada, faço uma oração para Nossa Senhora Aparecida, agradecendo por mais um ano de vida, com muita saúde e aprendizado. O momento da virada representa a lembrança de tudo que você fez de bom e também de ruim, para que a gente aprenda com os erros e não os cometa no próximo ano. É um momento de agradecimento por você estar bem, por poder estar trabalhando. E mentalizar tudo aquilo que você quer para o ano que começa”.

Mauro Quintaes, carnavalesco da Porto da Pedra

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“Vou passar minha virada de ano no Hotel Windsor para assistir a queima de fogos. Sempre estou com uma pessoa que está me fazendo bem, geralmente uma companheira ou uma amiga. Precisamos ter ao nosso lado pessoas que agregam positivamente nesse momento. Estarei vestindo roupa amarela. Alguém um dia me disse que era legal passar assim e estou seguindo. Sempre faço uma oração para os que se foram, para os que estão precisando, que são próximos de mim. Pedindo todas as graças possíveis para que a gente possa enfrentar essa última etapa do carnaval. O momento da virada representa a celebração das amizades, das vitórias e das conquistas. Da consolidação da minha carreira, já que faço 40 anos de carnaval. Só tenho a agradecer”.