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Premiação vai homenagear profissionais ‘anônimos’ do carnaval

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No dia 09 de maio,será realizada uma cerimônia para entrega de Troféus e de Medalhas de Honra do Prêmio Anônimos do Carnaval, no Teatro Dulcina, no Centro do Rio de Janeiro, das 18h às 21h30, em uma premiação que alcançará profissionais fazedores do carnaval das escolas de samba da Série Ouro e do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Serão contemplados(as) trabalhadores(as) de quadra, de barracões e desfilantes.

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A cerimônia pretende dar visibilidade às pessoas que se dedicam à realização do arnaval. A maioria das premiações atuais, não contemplam operários(as) de base, que trabalham para dar vida aos enredos idealizados pelos carnavalescos. Por isso, o Prêmio Anônimos do Carnaval vai dar luz a pessoas invisibilizadas, como: segurança, porteiro, serviços gerais, cuidador(a) de banheiro, atendente de bar, baianas, velha-guarda, passistas, ritmistas, foliões(ãs) e outros.

“Ter uma premiação de cunho reparatório e que dará ênfase ao programa do atual governo que sancionou a Lei 14.567/2023, que reconhece as escolas de samba como manifestação da cultura nacional alinhará os objetivos do governo que é acabar com a desigualdade social e devolver os direitos do povo”, explica Cleber Silva, criador da premiação.

O Prêmio Anônimos do Carnaval prestará um serviço voltado à igualdade racial e à valorização do meio ambiente, incentivando mudanças de comportamento para garantia do respeito e da valorização nas agremiações e na sociedade em geral.

Serviço:
Prêmio Anônimos do Carnaval
Dia: 9 de maio
Hora: Das 18h às 21h30
Local: R. Alcindo Guanabara, 17 – Centro, Rio de Janeiro – RJ.
Apresentação do Bloco Orunmilá e Capoeira de Mulheres do Grupo Senzala
Entrada gratuita com nome na lista . Contato 21 96727-3127

Prestes a lançar seu novo álbum, Martinho da Vila lança versão inédita de ‘Disritmia/Ex-amor’ com Preta Gil

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Martinho da Vila está pronto para lançar seu novo álbum “Violões e Cavaquinhos”. Mas antes de disponibilizar todas as músicas, que chegam dia 13 de maio, dia da abolição da escravatura no Brasil, o artista apresenta dois de seus sucessos em uma mesma faixa, “Disritima/Ex-amor”, ao lado de Preta Gil.

martinho preta

A grande novidade que embala esta versão é que Preta Gil adapta versos para o feminino, abrindo-lhes outras perspectivas: “Vem logo, vem curar tua nega/ Que chegou de porre/ Lá da boemia”. Essa mudança foi o pilar para o artista plástico Allencar criar a capa do single, feita pelo designer Marcos André.

“Quando falei com a Preta, ela ficou com uma satisfação danada. Ela tem uma voz linda, ela cantou maravilhosamente bem. Fiquei muito feliz e ela também”, compartilha Martinho. Preta também comenta a parceria: “Eu tive a honra de gravar com o Martinho. Quando recebi o telefonema para participar com ele, achei que era um trote, mas era verdade. Gravamos dois clássicos dele, ficou lindo, fiquei muito feliz com o resultado. Mas fiquei ainda mais feliz de ter tido a experiência de estar no estúdio com ele, cantando com ele, trocando com ele, dando risada com ele. Para mim, foi muito importante para minha carreira, para minha vida”.

O projeto como um todo traz quatro músicas inéditas e revisita clássicos com um instrumental mais enxuto. Além de Preta Gil, outros artistas estarão presentes participando do trabalho.

Posição de desfile e critérios de julgamento: Presidente Paulo Serdan fala perspectivas do Carnaval 2025 em São Paulo

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A Mancha Verde foi a sexta escola a desfilar na sexta-feira de carnaval. Entretanto, o presidente Paulo Serdan revelou ter outra preferência de horário devido à iluminação. O gestor também comentou sobre as questões de critérios de julgamento, que mais uma vez estão sendo discutidos na Liga-SP. Bateu muito no que foi o quesito alegoria no Carnaval 2024 e espera mudanças significativas no quesito Samba-enredo. No lançamento do enredo para o Carnaval 2025, que aconteceu no feriado, ele conversou com o CARNAVALESCO.

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Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Ordem de desfile

Não há mais sorteio para definir a ordem de desfiles no carnaval paulistano. Para 2025, todas as escolas escolhem a ordem que vão desfilar. Isso acontece de acordo com a colocação do Carnaval 2024. Ou seja, a campeã Mocidade Alegre é a primeira a escolher, depois a vice Dragões, a terceira colocada Tatuapé e assim por diante. A Mancha será a quinta a definir a colocação.

De acordo com Serdan, o horário do último desfile acabou clareando mais cedo e isso não foi projetado, e também disse que vai desfilar uma escola antes do que foi em 2024. Devido a isso, suponha-se que a Mancha Verde será a quinta escola a desfilar, visto que foi a sexta no último carnaval. “Não está muito difícil de todo mundo adivinhar mais ou menos a posição das escolas. É só ver quem escolhe sempre um dia e escolhe o outro. Eu queria uma escola antes, mas a gente vai vir em uma posição de desfile melhor do que a gente desfilou esse ano. Por que eu digo melhor? Melhor porque, como não teve horário de verão, a gente até se projetou para uma coisa, mas acabou que clareou muito mais rápido até por essas ondas de calor que está tendo. A gente deve vir uma escola antes e vai ser bacana. A sexta-feira está confirmada”, comentou.

Julgamento subjetivo

Em questão de critérios de julgamento, o gestor falou que voltou a participar das reuniões. Para o Carnaval 2024, responsáveis por determinados quesitos da Mancha Verde iam representar a escola na sede da Liga-SP. Entretanto, vendo a necessidade de melhorar, o presidente voltou. Com isso, fez algumas indagações e se diz descontente com algumas coisas. “É uma situação que não dá pra ficar debatendo, porque como a gente tem tido bons resultados desde 2018, voltando para as campeãs e tudo mais, quando você opina em alguma coisa, alguém sempre vem falar que é porque está tendo vantagem de alguma coisa. É o que eu falo para o meu povo aqui: O que vier nós vamos. Tem certas coisas que não vale a pena se desgastar. No ano passado, nas reuniões de critério, a gente não foi. Nós mandamos o pessoal de cada critério para poder entender, mas como foi tudo confuso, também não se entendia. Dá para ver que foi muito confuso pelo resultado final. Então, vamos embora e acreditar. Agora, eu estou participando das reuniões, procurando opinar para ver se algumas coisas acabam mudando. Essa questão de um décimo é um absurdo. Isso eu falei lá atrás. Não estou dizendo que está errado ou não, eu opinei de um outro lado, mas a gente é a Liga-SP e já era. Mas assim, é diferente da bateria, porque é objetiva. Se você fizer 15 compassos é isso, se você fizer 16 é isso… Os outros foram todos muito subjetivos. Ficou muito pela vontade pessoal do jurado, e muitas vezes eles também não entenderam”, afirmou.

Justificativa de excelência

O quesito Alegorias é um dos que mais deixou o presidente incomodado, principalmente pela questão da ‘excelência’ usada nas justificativas. “Em alegoria você já tem três pontos de balizamento e ele me dá o ok nós em todos e não me dá a tal excelência. O que é essa excelência, então? E teve escola que teve erro, tomou 9.9 e que deveria ter tomado 9.8, ou ele deu excelência mesmo com erro? Se você já perdeu um décimo ali, não é excelência. Essas coisas me incomodaram muito”, disse.

Julgamento do carro de som: absurdo

Agora, o quesito Samba-enredo foi o que mais mexeu negativamente com o mandatário. Ele diz que há necessidade de mudanças significativas e lembrou da questão do julgamento do carro de som, onde os intérpretes, apoios e cordas seriam observados. Segundo o presidente, isso seria um absurdo. “O negócio de samba-enredo me incomodou demais. Esse foi um que eu coloquei a mão, palpitei bastante depois, conseguimos mudar na semana do desfile. Aquela coisa de afinação, julgar o carro de som. Eu falei: ‘como nós vamos julgar o carro de som se o lado direito do carro de som não tem som? Qual é a base que o jurado tem? E aí conversamos com a empresa, ela foi em uma reunião na Liga-SP na semana e acabou caindo a questão do carro de som em si. Uma das coisas que eu falei: A gente ia prejudicar o Quinho aqui no passado em São Paulo. Não pode fazer caco? A gente ensaia o tempo inteiro, o intérprete está inventando, dando cambalhota e chega na avenida e ele não pode fazer nada disso? Aí como que a sua escola está esperando aquilo? Espero que mude e está no caminho para isso”, afirmou.

Liberdade aos compositores

Ainda no quesito Samba-enredo, dentro das mudanças, Serdan disse que está caminhando positivamente. Também fez mais indagações ao quesito e falou principalmente sobre os refrões de cabeça, que hoje estão engessados. “O samba-enredo, principalmente, que é o primeiro quesito que a gente vem conversando, está em um caminho muito legal. O Sidnei Carrioulo deu uma sugestão bacana que eu compactuo bastante. Se for dessa forma, o compositor vai ter uma liberdade muito grande. Quando eu cheguei na Liga-SP, lembro de uma discussão que teve de critério, e aí o Betinho até se incomodou na época, que queriam tirar na época o critério, onde dizia que o refrão de cabeça da escola era livre para você enaltecer a sua escola. Hoje já não pode, tem que estar dentro do enredo. O abre-alas também não era obrigatório estar no enredo. Você podia vir exaltando a sua escola. Qual o samba que a gente lembra nos últimos anos que tem um grande refrão enaltecendo uma escola aqui em São Paulo sem estar encaixado no enredo? Às vezes você acerta, mas ser livre para fazer o povo cantar, se sentir orgulhoso, não tem, porque o critério não permite. Mas espero que a gente caminhe para esse lado para ficar mais à vontade”, concluiu.

Começa a 2ª FLIC, Feira Literária e Cultural da Mangueira, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação

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Nesta sexta-feira, a quadra da Estação Primeira será palco da 2ª edição da FLIC Mangueira, com estandes de editoras, oficinas de criação poética, de percussão, contação de histórias, lançamentos de livros, bate-papos com autores, além de apresentações artísticas e, claro, muita roda de samba!

flic A Secretaria Municipal de Educação entra com seis estandes, numa programação voltada para os alunos da rede, da educação infantil ao ensino fundamental.

O projeto Livres para Estudar realiza palestras e rodas de conversa sobre saúde da mulher, pobreza menstrual e combate à violência de gênero, além de distribuir absorventes íntimos para todas as alunas da rede municipal de educação presentes ao evento. No estande do Instituto Helena Antipoff os visitantes podem participar de atividades inclusivas e sensoriais pensando na acessibilidade de pessoas com deficiência. No espaço GET voltado para a tecnologia e os nossos alunos são os protagonistas, expondo os trabalhos que desenvolvem nos Ginásios Educacionais Tecnológicos. No stand da Gerência de Relações Étnico Raciais acontece a distribuição de livros sobre o tema.

“A realização de uma feira literária na Mangueira é a chance de descobrir e prestigiar obras de autores renomados e de escritores ainda pouco conhecidos. Temos ainda, neste encontro, a oportunidade de aliar o amor ao samba, mergulhar na nossa história, e ainda estimular a leitura”, comenta o secretário de Educação, Renan Ferreirinha.

A FLIC Mangueira é uma excelente oportunidade para que o público conheça um pouco mais sobre a fundamental história da escola de samba e sua relação com a cultura do Rio de Janeiro. Patrimônio carioca e uma das instituições culturais mais importantes do país, a Verde e Rosa está prestes a completar seu centenário: fez 96 anos no último fim de semana. A FLIC Mangueira reforça sua relevância cultural para além do carnaval.

A programação variada promete agradar a todos os gostos e idades, com atividades que valorizam a diversidade cultural presente no subúrbio, o empoderamento da população negra e a promoção da equidade de gênero.

A segunda edição da FLIC Mangueira promete reunir amantes da literatura e da cultura em geral em torno de um objetivo comum: a imersão em uma festa literária suburbana que incentive a leitura e a escrita e democratize os livros.

Serviço:

Data: 3/5, com abertura ao público a partir das 10h.
Local: Quadra da Mangueira, Palácio do Samba, Rua Visconde de Niterói, 1072
A entrada é gratuita.

Confira a sinopse do enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2025

Estou aqui para contar a minha história…

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1 – Nascente. Olho d’água… Útero do mundo. Numa cabaça mergulhada no fundo do rio turvo, um espelho reflete as múltiplas formas da vida. As águas do rio Oxum fazem nascer, germinar a semente. Grande fertilidade banha as terras negras de Ilexá… Essas águas fluem como itans que se revelam e que se entrelaçam como correnteza que me leva ao meu destino.

2 – Um dia, Oxum emergiu do fundo dessas águas, nadou até a margem, onde desejou ardentemente um belo caçador chamado Erinlé. Famoso por sua beleza bruta, Odé só se interessava pelas mulheres das matas, rejeitava as das águas. Mas ela o amou tanto que quis ter um filho com ele. Consultou Ifá para saber como conquistá-lo. Os búzios revelaram que, para alcançá-lo, Oxum deveria ser selvagem como as folhas e exalar o aroma das fêmeas dos bichos da floresta. Sob uma camada de lama, mel e ervas aromáticas, a rainha se tornou a caça perfeita para o abate. A magia assim se deu: o rio desaguou de tanto desejo, que eu, peixinho, mergulhei no ventre de minha mãe. E, celebrado pelos espíritos superiores do Orun, nasci no Aiyê para cumprir o que, em suas mandalas, determinou o oráculo sagrado.

3 – Pelos veios da savana, ancestrais se levantaram como grandiosos elefantes e me trouxeram marfins como presente. As mais poderosas sacerdotisas da terra me ofertaram deliciosas comidas: axoxô de meu pai e omolokum de minha mãe, mas também muitos lelês adoçados com mel silvestre. E, ao som de ilús bem tocados no ritmo ijexá, toda a gente dançava, reconhecendo que sou de nobre linhagem.

4 – Sim, o grande príncipe herdeiro da raça dos meus pais! Tenho a sensibilidade e a inteligência de minha mãe e a bravura e a esperteza de meu pai. Caçador e pescador, sou minha própria natureza. Eu sou o úmido e o seco, o líquido e o sólido. Represento a neblina que esconde os limites entre os reinos, a areia molhada, o cílio das matas, a floresta, a margem e o fundo dos rios. Sou o único capaz de reunir todos os mundos. Sou o equilíbrio entre os homens e as mulheres. Assim tenho tudo, pois príncipe sou!

5 – E, como recomendam os velhos sábios africanos, foi preciso toda uma aldeia para me educar. Havia um grande mundo a ser desbravado para além dos limites de Ilexá. Recebi de Exu o poder da transformação. Com Ogum, aprendi a forjar minhas armas e armaduras. Com Oyá, entendi como manejar a espada afiada. Obaluayê me orientou como curar as feridas. Ossaiyn me ensinou que, sem as folhas, é impossível seguir. Ewá me deu o poder da camuflagem. Tudo isso me fez merecer o meu nome: Ologun-Edé, O Senhor das Guerras de Edé!

6 – Quando houve a guerra entre o Império de Oyó e Daomé, Ilexá foi atingida e, por isso, ainda jovem, me encantei. Os inimigos queriam desafiar a riqueza e a prosperidade de nosso povo, humilhar nossa altivez e realeza, controlar as águas com as quais nos nutríamos, escravizar nossos corpos, vender nossa liberdade como objetos úteis.

7 –  Para superar isso tudo, nos refugiamos em Abeokutá, onde, sob a luz da Lua, Iemanjá, a senhora do rio que corre para o mar, nos deu na foz uma estratégia de sobrevivência: na presença dos demais peixes, uma tropa de cavalos-marinhos. Entre os jovens encantados, cavalgamos o enorme oceano em direção à outra margem do espanto atlântico. Adeus, Ilobu, das savanas e planícies férteis de meu pai Erinlé! Adeus, Oxogbô, do rio caudaloso de minha mãe Oxum!

8 – Aportamos nas praias brasileiras. Novo Mundo, povo estranho conhecemos. Mas quem pode partir as águas e contar as folhas? Não seremos repartidos pela escravidão! E, quando rufaram os ilús dos primeiros candomblés, renasci na cabeça dos Reis e Rainhas de um Príncipe Coroado. Pois eu sou o segredo, filho do Rei da Nação Ketu e da Rainha da Nação Ijexá. Quando as mulheres clamavam a minha mãe pela esperança de ter filhos, riquezas e sucesso nos negócios, eu estava. Quando os homens clamavam ao meu pai por liberdade, prosperidade e fartura, eu também estava.

9 – E assim sou cultuado nos axés do Brasil, terra e água que deram lugar ao meu reino. Com Severiano, ergui, na Bahia, a casa do Kalé Bokum. Com Zezito, minha força chegou ao Rio de Janeiro, onde desembarquei com a Corte Real Ijexá. Estou presente em todos aqueles que reconhecem que sou “santo menino que velho respeita”, como falou Mãe Menininha do Gantois. Zelo pela minha nobreza e pela do meu povo, através dos ensinamentos que levam meus filhos e filhas ao melhor destino.

10 – Estou nos assentamentos, idés, otás e ibás que sustentam a vida dos que me seguem. Ergam seus ofás, abebés e balanças! Busquem comigo a solução das causas impossíveis! Depois, façam festa! Saiam em cortejo ao toque de afoxés! Celebrem estar vivos! Curtam, dos velhos às crianças, a jovialidade que emana do meu mistério. Exibam seus axés em praça pública! Contem minha história! E reconheçam o destino que o velho Orunmilá me determinou.

11 – Eu sou a força da juventude no tempo. Estou no presente e daqui olho para o futuro. Estou no passado e de lá resgato as tradições. Estou no futuro em que meu legado é imortal! Eu nunca morro. Eu sou o horizonte para as novas gerações, a continuidade da vida. Eu sou o sopro que toca os ouvidos de cada um, quando inspiro seus desejos.

12 – Também estou no desafio aos limites. Neste mundo de afrontas, sou o combate à humilhação das pessoas subalternizadas, empobrecidas e constrangidas simplesmente por existirem. Ousadia é meu nome contra os que negam uma vida plena e digna aos jovens pretos.

13 – Jovens, sejam altivos como o pavão, exibindo sua nobreza. Sejam versáteis como o camaleão, afrontando e, baphônicos, existindo. Sejam leves como os pequenos pássaros, cantando para serem ouvidos. Sejam espertos como a lebre, dançando, encantando e quebrando tudo. Sejam ferozes como o leopardo, lutando imponentes contra os que caçam suas vidas e as descartam.

14 – Pois isso é ser cria: ser honrado pelos “meus consagrados” mais velhos por onde eu passo. Sou o orgulho dos que já nos deixaram e a esperança para o dia de quem ainda vai chegar.

15 – Amarelo ouro, azul-pavão. Cumpro o meu destino pousado no alto de suas casas. Envolvo o meu Morro do Borel no aconchego das minhas asas. Abro minha cauda em leque como um lindo milagre de Oxalá.

16 – E assim me ordenou Orunmilá: “Enquanto cresceres, entre o céu e a terra, entre a mata e o rio, entre a África e o Brasil, entre a comunidade do Morro do Borel e a Marquês de Sapucaí, serás grande e imortal no pavilhão de uma escola de samba, que te mostra ao mundo inteiro, no giro da porta-bandeira e no bailar do mestre-sala, espalhando o teu axé”.

Bradem comigo, confirmando em Benin: Eu sou a Tijuca! Eu sou Logun-Edé!

Ore Iye Iye Osun!
Ara unse! Ara unse kòke Odé Erinlé!
Loci, Loci Logun!

Enredo: Logun-Edé: “santo menino que velho respeita”
Presidente: Fernando Horta
Direção de Carnaval: Fernando Costa
Carnavalesco: Edson Pereira
Enredistas: Mateus Pranto e Rodrigo Hilário.
Consultores: Osmar Igbodê e Raphael Homem.
Texto: Edson Pereira, Mateus Pranto, Rodrigo Hilário, Osmar Igbodê e Raphael Homem.

Rainha do Pop encontra o samba! Vai ter carnaval no show de Madonna em Copacabana

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O Rio de Janeiro vai parar na noite de sábado, principalmente, o bairro de Copacabana, na Zona Sul da cidade, com o show da cantora Maddona, que celebra o último encontro da turnê “The Celebration Tour” da “Rainha do Pop”. O carnaval das escolas de samba não ficará fora do espetáculo.

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Foto: Reprodução/Instagram/@ricardogomesinst

Segundo informações divulgadas por Hugo Gloss, o sambista Pretinho da Serrinha comandará uma bateria que fará uma participação, durante uma das músicas cantadas por Madonna, inclusive, ela já ensaiou com o pessoal no Copacabana Palace.

A bateria será formada por jovens que fazem parte das baterias das escolas de samba do Rio de Janeiro.

A cidade do Rio de Janeiro espera que 1,5 milhão de pessoas compareçam ao show de Madonna em Copacabana no sábado, 4 de maio. Segundo as autoridades da cidade, Madonna deverá subir ao palco às 21h45 para um show de duas horas. O evento, porém, está previsto para começar com apresentação de DJs às 19h e terminar às 2h. O show será transmitido por 18 torres localizadas na frente e atrás do palco, que ficarão em frente ao mundialmente famoso Copacabana Palace.

Segurança

A Polícia Militar vai mobilizar 3,2 mil policiais somente em Copacabana e deverá reforçar o patrulhamento no local.

Além das câmeras de reconhecimento facial já em funcionamento, serão instaladas mais 12 no bairro, além de dois drones equipados com a tecnologia. O esquema de segurança incluirá ainda dezoito pontos de busca ao longo da Avenida Atlântica com detectores de metais. Não serão permitidos objetos pontiagudos ou garrafas de vidro na orla.

Com informações da Agência Brasil

Unidos da Tijuca divulga vídeo sobre o enredo para o Carnaval 2025

A Unidos da Tijuca publicou na manhã desta quinta-feira, nas redes sociais, um vídeo sobre o enredo para o Carnaval 2025. A escola do Borel levará para a Avenida no ano que vem “Logun-Edé – Santo Menino que velho respeita”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Edson Pereira. Veja abaixo a divulgação.

logo enredo tijuca2025
Artista do cartaz:Thiago Morganti

“BENIN! No jogo de búzios, a confirmação de todos os orixás sobre meu destino! Eis aqui a minha história!

MEU MORRO DO BOREL, estou no desejo e na força de cada jovem preto que ousa e supera seus limites e é respeitado pelos mais velhos.

Vistam-se de amarelo ouro e azul-pavão e exibam seus axés em praça pública!

Eu sou a Tijuca! Eu sou Logun-Ed”

Em balanço após o desfile de 2024, casal da Vila Isabel quer o tradicional em 2025

No Carnaval de 2024, o casal de mestre-sala e porta-bandeira da Vila Isabel, Marcinho Siqueira e Cris Caldas, não alcançou o gabarito desejado. Receberam total de 29,5, com três notas 9,8 e uma nota 9,9. Durante o desfile, o casal optou, mais uma vez, por arriscar e inovar. Suas fantasias estavam equipadas com LEDs, combinando com os efeitos de iluminação da Sapucaí. No entanto, os jurados decidiram descontar alguns décimos, argumentando que a dança do casal com as luzes de LED era de difícil visualização, houve problemas com a pegada do pavilhão do mestre-sala de costas, e a apresentação não transmitiu a tradição e a nobreza esperada.

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Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO

Em uma entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, o casal fez o balanço sobre o carnaval. A porta-bandeira Cris Caldas desabafou: “Não foi o resultado que a gente esperava, mas a gente sabe que se entregou ao máximo, não depende só da gente, mas estamos prontos para um carnaval bem lindo e grandioso para 2025”.

Marcinho complementou: “Com todas as dificuldades que a gente sabia que teria, a gente sempre imagina que pode ser um pouco melhor o resultado. A gente ficou chateado, óbvio, mas sabemos que podemos fazer de uma forma diferente o Carnaval de 2025. As coisas não aconteceram da forma que esperávamos este ano, nunca foi algo imposto pela escola, imposto pelo Paulo, essa novidade, essa diferença na apresentação, mas no ano que vem esperamos fazer algo mais tradicional”.

Sobre os jurados citarem que as notas foram prejudicadas pela falta de luz e não pela dança do casal, Marcinho e Cris compartilharam o quanto essa situação foi dolorosa e frustrante. Marcinho expressou: “Sabemos que, por mais que tenha a relação com a luz ter apagado, com os LEDs também da minha roupa terem apagado durante a apresentação, a fantasia dificultou muito, limitou muito a nossa dança, o nosso preparo para estar ali, então isso foi muito frustrante, mas viramos a página e, olhando para frente, sabemos que em 2025 será totalmente diferente e muito melhor”. Cris acrescentou: “Dói até hoje, mas é aquilo, bola para frente, sabendo que no ano que vem o casal, a escola já tem ciência que a gente quer vir super tradicional, deixando a gente livre para dançar com o que a gente sabe fazer e ama fazer”.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

Ultimamente, os julgadores têm pedido cada vez mais para os casais apresentarem uma dança mais tradicional, e o mestre-sala, Marcinho Siqueira, deixou sua opinião sobre o assunto: “Eu acho interessante, acho que isso tem sido discutido nos últimos anos, sabemos que algumas vertentes atuais, como o TikTok, acabam influenciando muito na nossa dança também, e acho importante não deixar a essência de lado. Como em toda dança, com o passar do tempo, com a evolução do espetáculo, é normal também que se evolua, que se façam coisas diferentes, coisas novas, mas no momento em que isso começa a destoar muito da essência, acho que é bom dar um passo atrás, recuperar um pouco a memória de como as coisas eram e depois avançar novamente, por enquanto, vamos voltar para o tradicional”.

Conheça o enredo da Independente Tricolor para o Carnaval 2025

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A Independente Tricolor anunciou na noite desta quarta-feira o enredo para 2025: “Gritos de resistência”, que será desenvolvido pelo carnavalesco André Marins. Veja abaixo a publicação da escola que lutará pela volta ao Grupo Especial de São Paulo.

logo independente2025

“À beira do rio, ressoou um grito: “Independência ou Morte!”

E desde aquele sete de setembro de 1822, as águas continuaram a fluir sem grandes mudanças. Inúmeros outros clamores ecoaram desde então, e certamente mais serão ouvidos ao longo da história.

A força retumbante de uma voz que não se cala e se transforma em união por uma causa. Gritos que marcaram a história deste país!

Hoje a Independente Tricolor solta seu grito em forma de samba e mostra a coragem de um povo guerreiro que resiste!”

Daniel Silva é o novo intérprete da Inocentes de Belford Roxo

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Daniel Silva volta para Inocentes de Belford Roxo como intérprete oficial. Ele fez parte do carro de som da agremiação em 2004, como apoio do Bruno Ribas. E agora assume o microfone principal para 2025. O convite foi feito pelo presidente de honra, Reginaldo Gomes, e logo aceito pelo artista.

“Cantar comandando o carro de som na Inocentes de Belford Roxo é uma nova página que escrevo na minha vida. Estou feliz, tranquilo, com garra para defender o pavilhão vermelho, azul e branco rumo a vitória. Fiquei surpreso ao receber o telefonema do meu amigo e presidente Reginaldo Gomes, sou grato pelo convite, pois é um sonho que estou realizando. Minha comunidade belforroxense tenho esse recado: Ih! É disso que o povo gosta, com muita paz no coração; Salve a Caçulinha da Baixada! Pisa forte Inocentes!”, falou com entusiasmo o novo cantor da Inocentes de Belford Roxo.

Daniel Silva
Foto; Divulgação/Inocentes

O novo intérprete vem de uma família de músicos. Formado pelo Conservatório Brasileiro de Música em Cordas (cavaco, banjo, bandolim e violão) é também percussionista. Aos sete anos de idade foi mascote da ala de Tamborim da São Clemente com oito anos já defendia samba tocando cavaco. Aos 17 anos foi vocalista do Grupo Raça e continuou intensificando sua carreira de cantor de apoio em várias escolas de samba, Império Serrano, Inocentes, Paraíso do Tuiuti, Sossego, Unidos da Tijuca, Mocidade Independente de Padre Miguel e atualmente na Mangueira. Como cantor oficial passou pelo Engenho da Rainha, Santa Cruz, Paraíso do Tuiuti e Império da Tijuca.

A apresentação à comunidade deverá acontecer no mês de julho, na festa de aniversário da Tricolor da Baixada Fluminense.