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Irresistível! Viradouro faz ensaio de rua com domínio total do canto e comunidade apaixonada pelo ‘samba da carta’

A Viradouro, atual campeã do Grupo Especial do Rio de Janeiro, pisou na Avenida Amaral Peixoto, em Niterói, na noite de domingo, para o seu primeiro ensaio de rua em 2022 e deixou no ar, mais uma vez, como tinha feito na Cidade do Samba, que está totalmente preparada para buscar o bicampeonato consecutivo do carnaval carioca e o tri na história. Realmente, a perfomance da vermelho e branco impressiona pelo volume impactante do canto, pela evolução segura e desenvoltura, além das atuações perfeitas do intérprete Zé Paulo, da bateria, casal e comissão de frente.

“O ensaio de rua é o que a gente se aproxima mais da questão técnica. O que podemos fazer, acertar e ajustar. O ensaio de canto de quadra não da a mesma direção que o ensaio de rua. O povo da Viradouro tem uma ânsia pela ensaio de rua. Juntamos o útil ao agradável. O que recebeu hoje de entrega dos componentes está de bom tamanho. O canto continua forte. Agora é seguir pegando firme. O favoritismo está mais nas cabeças das pessoas do que nas nossas. Já faz tanto tempo que ganhamos, tem outras escolas trabalham e digo que para ganhar esse ano será muito mais difícil do que 2020. Por isso, a gente dobrou o empenho no trabalho. Sempre tem algo para consertar até o desfile. Se ilude o diretor que a gente que já chegou no desempenho máximo da escola”, disse Dudu Falcão, que comanda a direção de carnaval com Alex Fab.

Em seu discurso na abertura do ensaio, o presidente de honra, Marcelo Calil, disse ser possível ganhar dois anos seguidos e pediu muito canto para comunidade. “Vocês precisam entender como é importante o canto na Avenida. Semana passada, a gente sentiu isso na Cidade do Samba, que é um público diferente que temos na quadra e aqui. A escola foi aclamada lá dentro. O que acontece no desfile é o que contagia a arquibancada. Se a gente fizer esse samba acontecer na Avenida, ele vai acontecer na arquibancada, e vão carregar a escola para o título. Esse “carnaval te amo” é a melhor coisa que aconteceu. Todas pessoas estão fascinadas. É o samba do ano”, garantiu Marcelo Calil para os segmentos da Viradouro.

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Fotos: Marcelo Moura

O ensaio de rua mostrou um trabalho da comissão de frente, comandada pelos coreógrafos Alex Neoral e Marcelo Jahu, muito forte na dança. O grupo utilizou muitas expressões faciais e gestuais. Aliás, a abertura da Viradouro promete novamente ser do mais alto gabarito. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Rute, segue conduzindo a apresentação com muita categoria e vibração.

“Esse carnaval é muito especial com o enredo e samba que a Viradouro tem. Ele se resume na palavra emoção. Esse retorno com a comunidade, ouvir o canto, ela abraçou o melhor samba do carnaval. A gente pode aproveitar e fazer a coreografia do jurado, mas também se emocionar. Sempre temos algo para aprimorar”, disse Rute Alves.

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O mestre-sala Julinho afastou qualquer possibilidade de favoritismo ao bicampeonato. O artista ressaltou o trabalho desenvolvido pela Viradouro.

“Aumenta a responsabilidade. Com muita humildade, a gente entende que cada carnaval é um carnaval diferente. Se existe um favoritismo não é interno. Entendemos que queremos fazer um grande carnaval e queremos disputar o novo título. Mais uma vez, estamos trabalho. Queremos confirmar a confiança que a comunidade e direção possui na gente”.

No hall dos melhores do carnaval, mestre Ciça e seus ritmistas fizeram um ensaio irretocável. Aliando bossas e um ritmo agradável para o carro de som, o comanante explicou como funciona o trabalho na Viradouro e comentou a volta aos ensaios de rua.

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“O sentimento de ensaiar na Amaral Peixoto é muito bom. O rendimento da bateria foi muito bom. O andamento tudo perfeito. Não é acelerado, é mais para frente. Quem diz que é acelerado não sabe tocar. Em uam escola séria, nenhum mestre tem o poder de decidir o andamento sozinho. É um conjunto de trabalho, com direção, maestro, cantor, carro de som. A Viradouro é uma escola que pulsa. Vamos com 146 a 147 bpm (batidas por minuto). Fazemos o andamento que a escola quer. Não é o Ciça que decide sozinho”, explicou.

Perguntado o que precisa ajustar até o desfile, Ciça descartou o favoritismo da Viradouro. “Até o carnaval, vamos estar 110%. Na Cidade do Samba, a apresentação foi mais focada na emoção. Trouxemos quase todos os ritmistas. É só lapidar o trabalho. Não existe favoritismo. Os profissionais não podem pensar nisso. Carnaval se ganha na Avenida, nada de salto alto. Claro que a escola é muito forte, organizada e se prepara para ganhar o título. Estou nisso há mais de 50 anos e sei como funciona”.

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Nos quesitos técnicos apresentados em um ensaio de rua, a “Harmonia” e “Evolução”, marcam o sucesso do trabalho comandado pela equipe do carro de som da Viradouro, auxiliado pela direção de carnaval e pelos diretores de harmonia. O canto dos componentes é constante, todas palavras do samba são citadas, sem sobressalto. Mérito dos treinos na quadra e também do cantor Zé Paulo Sierra. Aliás, o intérpete da vermelho e branco está “voando”. Além de dominar o samba, interagir com a bateria, ele atingiu o ápice com a comunidade. Hoje, é possível afirmar que é o maior cantor da história da Viradouro.

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“Costumo dizer que somos privilegiados de poder ter esse contato com o público na Amaral Peixoto. A Viradouro desfruta bem disso. Você vê a escola quase com seu contingente total. Muito feliz de voltar. É aperfeiçoar até o desfile. Cada vez fazer com o que o samba encaixe mais e mais. Estamos com 95% do trabalho pronto. São pequenos detalhes, agora é sintonia fina. No dia do desfile, também tem uma energia diferente, muita coisa acontece na Avenida. Temos que continuar no foco e trabalho muito para no dia não contarmos com a sorte”, afirmou Zé Paulo.

Vale destacar que no quesito “Evolução” os componentes estão “inquietos”, se mexendo o tamanho inteiro, fazendo fluir o ritmo da apresentação da escola. Uma aula do quesito! O treino na Amaral Peixoto mostrou quase um desfile completo em termos de componentes, inclusive, alguns sem camisa da escola na parte final, o que não impacta na performance perfeita do quesito, afinal, não é erro, mas vale ser registrado como uma “vontade popular” de participar das atividades da escola de samba.

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“Felicidade estar de volta ao ensaio de rua. Com esse calendário diferente que foi o carnaval de 2022 posso falar que a escola está pronta para disputar mais um título. O nome é trabalho e com esse enredo o sobrenome será alegria. Conto com vocês para uma reta final como nunca foi visto nessa escola e que a gente por mérito conseguir o que a gente quer que é ganhar mais um carnaval. Pés no chão, muito trabalho e vamos com tudo”, disse o presidente Marcelinho Calil para comunidade.

Rosas de Ouro faz ensaio de rua e cumpre dever de casa

O Rosas de Ouro realizou na tarde do último domingo seu primeiro ensaio de rua de 2022 e, também, a volta depois de dois anos. O treino começou com a evolução na rua da quadra da escola, passou pelas ruas da Brasilândia, arrancou o sorriso dos moradores do bairro e o término aconteceu na volta para a sede. Apesar da ameaça de uma grande chuva na cidade de São Paulo, a comunidade do Rosas de Ouro compareceu em um número satisfatório e praticou um bom ensaio.

Antes de iniciar os trabalhos, o diretor de bateria, Mestre Rafa, falou sobre o quão relevante é o ensaio de rua. “O ensaio de rua é o mais próximo que a gente tem na avenida. É aberto, nós da bateria testamos afinação, andamento, canto da comunidade, se está ecoando realmente. É algo muito bom para a comunidade ver o trabalho, a gente ver como a escola está, harmonia, carro de som, ver o canto da escola em um lugar aberto como vai funcionar. Por isso, é de extrema importância o ensaio de rua”.

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Mestre Rafa falou das correções que pretende fazer para o ensaio técnico do próximo domingo. “Hoje nós podemos colocar tudo a perder. Em situação de chuva, podemos ver como a bateria se comporta na afinação. Também vamos trabalhar as limpezas, andamento, execução das bossas, porque elas são grandes”, completou.

Royce do Cavaco, intérprete da escola, disse que o canto é a prioridade em um ensaio de rua. “A prioridade é o canto da escola, trabalhando e evoluindo em um espaço parecido com o da avenida. As alas podem fazer a coreografia”.

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O cantor também comentou do enredo que a Roseira irá levar para a avenida. “É um enredo pertinente, tem tudo a ver com o momento que a gente passa, mas o que não pode é demorar muito pra desfilar, porque senão vai ficar muito obsoleto. Passar essa cura
espiritual e física através de um grande samba-enredo. Tem tudo pra dar um grande desfile”, disse.

Para Júlio César, diretor de harmonia do Rosas de Ouro, o ensaio de rua também serve para medir o cansaço dos componentes.

“É um teste real que a escola tem na impossibilidade de ensaiar no Anhembi. Dá para sentir como o componente está fora da quadra. Na rua, tem que gastar o pulmão e as pernas. É o nosso primeiro ensaio e está muito bom. Nosso histórico em harmonia e evolução é muito bom, perdemos poucos décimos, mas não dá para descansar. Temos
que continuar trabalhando”.

Porém, o diretor ressaltou que alguns erros devem ser corrigidos. “Hoje é difícil falar em porcentagem, mas no quesito evolução, nós do departamento de harmonia, entendemos que há a evolução de deslocamento e a evolução física, que é mexer braços, pernas e
quadris no ritmo da bateria. Então, nisso, naturalmente estamos devendo, porque o ensaio é uma atividade física, mas sabemos que vamos melhorar isso”, falou.

A energia que a comunidade passa, é fundamental para o ensaio, disse o mestre-sala Éverson Sena. “No ensaio de rua, você sente a energia da comunidade, dança com eles, os moradores das casas saem para nos ver, nos aplaudir. Então, pra mim, isso que é carnaval”, expressou.

Isabel Casagrande, porta-bandeira, reiterou que a dificuldade de ensaiar na rua é positiva. “Ensaiar na rua só nos fortalece, porque depois no Anhembi, com a pista lisa, sem nada, fica mais fácil de passar. Tudo isso é pra fortalecer no dia do desfile”, completou.

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Angelina Basílio, presidente da escola, se mostrou bastante emocionada após o ensaio. “Hoje eu vou sair daqui e vou pra casa com uma sensação de dever cumprido. Os filhos da Roseira e a família vieram ao ensaio, foi muito gosto, eu gostei da amostra, dá para melhorar bastante, mas eu estou com uma sensação boa, porque agora vai ter carnaval. Dia 23 de abril passaremos na avenida. As rosas vão brotando, nossa comunidade tem um
comprometimento. Sinceramente eu estava preocupada, mas brotou muita gente”, disse.

A Roseira irá realizar seu primeiro ensaio técnico no próximo domingo (13), e, obviamente, a ansiedade e expectativa toma conta. Afinal, são mais de dois anos sem pisar no Anhembi.

Mais imagens do ensaio

Sossego faz ensaio de rua com destaque para a bateria e direção projeta realizar o maior desfile da história da escola

A Acadêmicos do Sossego voltou a ensaiar nas ruas de Niteroi para o Carnaval 2022. A escola coloriu de azul e branco a avenida Amaral Peixoto, no início da noite de domingo. O destaque ficou por conta da bela apresentação da bateria Swing da Batalha, comandada por mestre Laion, que deu sustentação ao samba-enredo e ao canto dos componentes.

Indo para o seu terceiro ano à frente da bateria da escola, Laion planeja um ritmo cadenciado. “A minha proposta é de elaborar um andamento um pouco mais “pra trás”, para que as minhas idéias, que são um pouco mais longas, fiquem um pouco mais limpas. Na gravação inicial do CD o andamento foi de 139 bpm (batidas por minuto). Pro desfile a proposta é que o andamento seja entre 140 e 144″, revelou.

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Com o objetivo de alcançar os 40 pontos da comissão julgadora do carnaval, a bateria da Sossego vem ensaiando desde setembro de 2021. Para isso, mestre Laion conta que busca sempre inovar e ousar. “O trabalho é uma crescente. A minha cobrança é até comigo mesmo. Ano após ano tem que ser melhor. A gente tem que se superar a cada ano que passa”.

O samba-enredo foi outro destaque do ensaio de rua. Um pouco mais curto do que outros sambas, o hino da Sossego pra 2022 mostrou ter uma melodia que facilita o canto escola. O intérprete Nino do Milênio se mostrou satisfeito com o resultado do trabalho que tem sido feito. “Primeiro ensaio… A gente ta voltando agora. O samba ja vem funcionando ha um tempo… E ta tudo certo pra gente fazer bonito na Sapucaí em abril”.

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Sem apresentar uma comissão de frente no ensaio, coube ao primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Fabrício Pires e Giovanna Justo, a missão de abrir caminho para a passagem da escola. Eles esbanjaram simpatia e entrosamento ao longo da avenida. A evolução da Sossego foi correta, sem grandes espaços entre as alas.

O presidente da Acadêmicos do Sossego, Hugo Júnior, revelou ao CARNAVALESCO que está preparando o melhor desfile da história da escola. Ele ainda comentou sobre a importância dos ensaios de rua, que funcionam como uma espécie de termômetro para o trabalho da diretoria. “Mostrar a parte técnica. O canto… Trabalhar o chão da escola, a animação, o samba na ponta da língua”.

“É trabalhar o quesito de harmonia, a bateria poder fazer suas apresentações, os casais de mestre-sala e porta-bandeira também fazer suas apresentações, fazer as suas marcações. Porque aqui, (a avenida) se assimila muito à Marquês de Sapucaí. Então é muito importante a gente ter essa estrutura da Amaral Peixoto, para quando pisar na Sapucaí estar pronto para tirar nota dez”, concluiu.

Canto, bateria e casal reforçam vontade da Grande Rio na busca pelo título

Dando início a preparação definitiva para o desfile, em abril, a Grande Rio fez sua volta aos ensaios de rua, no último domingo. Empolgada e conduzida com primor pela bateria e o carro de som, a escola se mostrou ainda mais disposta a brigar forte pelo título. O canto da comunidade e o primeiro casal, reforçam a condução da agremiação para a lista das grandes favoritas.

Laroye! As outras que lutem porque catiço reinou em pleno domingo. E assim, se deu início a reta final de preparação da Grande Rio para entrar na Marquês de Sapucaí. Pelo ensaio, fica claro que o carnaval de 2020 não foi ponto fora da curva. A escola de Caxias entrou no grupo daquelas que todos esperam para ver e que briga, de fato, pelo título. A forma como a comunidade canta, revela empenho de todos em defender a escola. Também, com o talento de Evandro Malandro e mestre Fafá, não fica difícil acompanhar o samba. O conjunto carro de som, bateria e harmonia, tem tudo para fazer um desfile arrebatador, sob a proteção da dama da noite.

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Fotos: Allan Duffes/Site CARNAVALESCO

“Gostei muito do ensaio. Ficamos parados por algumas semanas, mas eu gostei muito do canto da escola e da evolução. A gente tem tentado trabalhar com uma escola solta. Uma escola que pulsa, que está cada dia mais preparada. Claro que a gente vai precisar acertar um ponto ou outro, porque sempre tem algo. Porém, temos ainda mais de 40 dias para aprimorar. Vamos usar o ensaio da Sapucaí como mais uma etapa de preparação. Aquilo não é um desfile, é uma preparação”, avaliou Thiago Monteiro, diretor de carnaval da Grande Rio.

Além do canto forte e pulsação da bateria, a Grande Rio vai trabalhando para conquistar as tão sonhadas notas 10 em seus quesitos, porque a demanda é grande.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O bailado de Daniel e Taciana vai na ponta da navalha. A dama dança com fogo e o moço dá as cartas riscando o chão. Cada vez mais entrosados, o casal da Grande Rio passa segurança. Eles fizeram uma apresentação sólida e esbanjaram sincronismo na coreografia, feita sob o samba. Sob os aplausos do público, até aqui, a dança dos dois é de encher os olhos.

Harmonia e Samba-enredo

À plenos pulmões. Foi assim que os caxienses ensaiaram hoje. Empolgados, os componentes pulavam e a escola fritava na pista, e nem era pelo calor. Como confiança é tudo, acreditar na vitória deixa o desfilante feliz, o que faz ele ter a vontade de gritar a letra. Com ressalva de algumas alas visivelmente desmotivadas, que passaram caladas.

O samba dispensa apresentações, mas é bom notificar a todos do talento de Evandro Malandro. Na condução do carro de som, o time de cantores da tricolor de Caxias fica cada mais entrosado. É como se cantasse um ponto em um dia de festa. Se quem canta, reza duas vezes, Exu está feliz com o que faz a Grande Rio.

“Cada evento que a gente vai, é muito bem recebido, além da nossa comunidade que vai em peso. O público por onde a gente passa, é muito afetivo. Todo mundo aqui fica muito feliz de estar começando um trabalho com um samba que já nasceu aclamado. Colocado com um dos bons sambas para 2022, assim como foi o “pedra preta”, em 2020. Mas, o crescimento que a escola deu com esse samba, só veio para consolidar isso tudo. O trabalho que estamos fazendo está no nível que todo mundo espera e merece. Queremos que todos fiquem cada vez mais contentes e que nós ganhemos mais prêmios com isso”, disse Evandro Malando, o cantor.

Em um excelente andamento e uma bela letra, o último componente dedicado passa ainda gritando, mesmo depois de desfilar a avenida inteira.

Evolução

Hoje o terreiro ficou um pouco “esquisito”. O quesito evolução sempre é uma questão delicada quando se tem um ensaio de rua, mas cada escola lida com suas questões de maneira diferente. O andamento da escola ficou apertado pelo excesso de pessoas, não desfilantes, entre as alas. Muitos passantes atravessavam a apresentação do casal e havia muita gente no meio da rua, sem ter ligação com o ensaio.

Agora, sobre os desfilantes, era difícil reconhecer os componentes, pela falta de camisa da escola. Não que seja uma obrigatoriedade para os ensaios, mas ficaria melhor para identificar as tantas alas com componentes calados e/ou conversando entre eles, completamente alheios ao ensaio. Fora isso, ainda que contraditório a esse texto, houve o que se comemorar: a escola não ficou parada, não abriu buraco… Enfim, sorte que no dia do desfile não tem público na pista. E foi esse ponto, que fez Thiago Monteiro minimizar o problema.

“O ensaio em Caxias é sempre concorrido. E isso é bom. A Grande Rio precisa muito da comunidade. Não só de desfilante, mas da cidade, porque a escola é um ícone daqui. Então, não vejo que o calor do público atrapalhe. A gente poderia isolar com corda, mas se entende que não seria simpático da nossa parte e não atrapalha tanto assim, porque a escola anda, vai pra frente, evolui e isso não é problema”, comentou.

Outros destaques

A bateria de mestre Fafá é um encanto, feito oferenda deixada na encruzilhada. Com um andamento que dá gosto de ouvir, fica claro o conforto que os ritmistas tocam. E o carro de som, acompanha a batida com louvor. Mestre Fafá conta que a proposta de um andamento mais cadenciado é abraçada pela escola e a bateria é um projeto de todos.

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“Esse andamento mais cadenciado foi uma característica que eu aprendi com o Odilon e foi aí que eu me apaixonei por bateria. Uma bateria mais cadenciada, onde se consegue ouvir todos os instrumentos, respeitar a métrica e a melodia do samba, algo que o Laíla sempre pedia. Então, foi uma aposta. A gente vinha de andamentos mais acelerados e eu decidi reduzir um pouco e trazer de volta uma característica que tinha se perdido na Grande Rio e, graças a Deus, nos dois últimas anos deu muito certo e a gente conseguiu o êxito”, explica.

Para o desfile, Fafá promete que a Invocada desfile como em 2020, com 143 bpm (batidas por minuto). Ele comemora o auxílio que recebe de Evandro Malando e diz que a bateria é um trabalho de todos. O cantor, por sua vez, rasga elogios ao mestre de bateria.

“O entrosamento com o Fafá é perfeito! Ele é um irmão que o samba me deu e que eu vou levar para vida. Ele é muito inteligente, tanto que faz workshops pelo Brasil inteiro… Então, essa experiência que ele traz pra gente, só vem ajudar a todos os processos que a gente passa”.

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Agora, a Grande Rio para outros ensaios de rua, o ensaio técnico no Sambódromo e tão esperado o desfile, para tentar de vez alcançar a seu dia de graça com o título. A escola que, desde 2020, tem se mostrado cada vez mais estruturada, tem ao seu lado a comunidade acreditando no trabalho executado. O diretor de carnaval, Thiago Monteiro, já sabe disso e comemora.

“Daqui, eu saio feliz. Sabendo do que ainda é preciso acertar, mas acredito que estamos no caminho certo e o componente esta acreditando naquilo que ele é capaz de fazer. E isso para a gente é fundamental”.

Enfim, quem vê o ensaio, diz que a escola está trabalhando forte para buscar o tão sonhado título. Quanto ao resultado, eles deixarão por conta de Exu.

Portela volta às ruas de Madureira em primeiro ensaio cheia de força do canto da comunidade

Pela primeira vez para o Carnaval de 2022, na noite do último domingo, a Portela voltou a realizar um ensaio de rua na preparação para o desfile. O ponto de encontro foi a tradicional Estrada do Portela, em Madureira. Antes, em dezembro do ano passado, a azul e branco fez um treino no Parque Mestre Monarco, nome dado ao antes Parque Madureira em homenagem ao baluarte da escola.

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Fotos: Lucas Santos/Site CARNAVALESCO

A escola demonstrou que a preparação realizada principalmente às quartas-feiras com os treinos de canto com a comunidade, tem surtido efeito. Sem o intérprete Gilsinho, que estava em compromisso com a Tom Maior, em São Paulo, a comunidade supriu o canto e apoiou o carro de som. Outro destaque foi a bateria do mestre Nilo Sérgio, que tem colocado o samba em um andamento perfeito, bom para dançar e cantar, sem ficar arrastado, ajudando mais ainda ao canto também se sobressair.

O ensaio, que seria inicialmente realizado na Estrada Intendente Magalhães, teve que ser mudado por questões de segurança pública na região do Campinho. Mas, isso não atrapalhou os componentes que tiveram fôlego para evoluir e cantar o samba de 2022 em pouco mais de uma hora de ensaio. Vice-presidente da Portela, Fábio Pavão, disse estar satisfeito com o que viu no ensaio e falou um pouco sobre a possibilidade de a escola evoluir mais neste período até o desfile no final de abril.

“Nunca está perfeito, a gente sempre está buscando a perfeição. A grande vantagem do adiamento, se é que teve alguma, porque foi ruim para todo mundo, mas se é que teve alguma vantagem, é que a gente ganhou um pré-carnaval que não teria. A gente não teria um pré-carnaval em janeiro, estaria todo mundo em casa, ou trabalhando nas quadras, mas não poderia fazer os ensaios de rua, não teria os ensaios técnicos, agora com o adiamento a gente vai ter ao longo do mês de março”, explicou.

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Membro da direção de carnaval da Azul e Branca de Madureira, Júnior Escafura, foi outro que avaliou positivamente o treino na Estrada do Portela e já começou a projetar os próximos passos.

“A nossa avaliação foi muito boa, a escola cantando muito, muito alegre, lotando as ruas de Madureira e Oswaldo Cruz, o pessoal estava com saudade disso. A Portela tem uma torcida apaixonada e mostrou isso. Se Deus quiser vamos para a Avenida fazer outro grande ensaio, preparar para o ensaio técnico, e ajustar as coisas para a escola fazer um grande carnaval”.

Harmonia e samba-enredo

O samba-enredo de 2022, tão criticado desde a escolha e divulgação oficial, já havia provado seu valor no mini desfile realizado na Abertura do Rio Carnaval, na Cidade do Samba, e, mais uma vez, esteve na boca do portelense no ensaio de rua. As alas cantaram de uma forma uníssona e constante, durante todo o ensaio, apoiando o carro de som que foi conduzido pelo cantor Edinho Gomes. O artista falou ao site CARNAVALESCO sobre a responsabilidade de substituir uma voz tão importante e única como a de Gilsinho.

“É uma grande responsabilidade, a gente trabalha a bastante tempo no carro de som. Sempre trabalhamos unidos para fazer um grande ensaio, para substituir ele em qualquer momento que precisar. Mas, ele é insubstituível, né? A voz dele é única. Mas, a gente está aí para trabalhar todo mundo junto, o carro de som coeso, para fazer um grande ensaio para a comunidade”, explicou.

Fábio Pavão também aprovou o canto da comunidade, mostrando confiança que o samba ainda vai crescer mais até o dia do desfile.

“A escola cantou o samba inteiro, todas as alas cantando de maneira uníssona. Aqui na Estrada do Portela tem uma curva, uma descida, às vezes a gente perde a referência do carro de som, já aconteceu várias vezes isso. E a direção de harmonia tem que segurar o samba na marra, vamos dizer assim, para o samba não atravessar. Mas, hoje não. Hoje a escola cantou do início ao fim e em nenhum momento o canto destoou um pouco, a harmonia foi perfeita. Para um primeiro ensaio foi muito bom”, entende o dirigente.

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Ele também vê a possibilidade do canto e do samba melhorar ainda mais pelo tempo que a escola ainda tem até o desfile oficial e a possibilidade da realização de mais treinos até abril.

“Nós estamos trabalhando com esses sambas para 2022 bem mais do que a gente estava acostumado a trabalhar. Os sambas foram escolhidos no final de setembro, a gente começou a preparação normal, veio o adiantamento e temos mais dois meses de trabalho para chegar redondinho na Avenida, e pelo o que vimos hoje, a gente está no caminho certo”.

Comissão de Frente e casal de mestre-sala e porta-bandeira

Nos últimos anos, a comissão de frente tem sido o calcanhar de Aquiles da Portela, admitido pela diretoria e confirmado nos resultados. Em 2020 e em 2019, a escola não obteve nenhuma nota 10 no quesito. Por isso, para o próximo carnaval, desde o final de dezembro, a aposta foi na volta da dupla de coreógrafos Leo Senna e Kelly Siqueira, que comandaram a comissão de frente em 2017 no título da Azul e Branca de Madureira. O que se pode ver neste primeiro ensaio de rua que a dupla participou foi a apresentação de alguns passos com uma pegada de dança mais africana, com algumas referências a danças ancestrais e ao mesmo tempo a postura de guerreiros. Um dos momentos mais bonitos foi quando a comissão se virou para o casal que vinha logo atrás como que prestando respeito e ao mesmo tempo o guardando.

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Já o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Portela, Marlon Lamar e Lucinha Nobre, que já vem trabalhando em ritmo forte desde dezembro, ensaiando todos os dias, o sentimento é retomar o protagonismo depois de em 2020 não ter conseguido nenhuma nota 10. Durante o ensaio na Estrada do Portela, o casal mais uma vez mostrou o entrosamento na troca de olhares e nos momentos de maior interação com o público. Com movimentos sincronizados e já apresentando um pouco da coreografia que pretendem mostrar no desfile ainda que se poupando um pouco por conta do solo irregular da Estrada do Portela, com curvas e descidas. Em alguns passos pode-se ver uma postura aguerrida, com o casal batendo no peito no trecho do samba no refrão que dizia “Portela é baobá no congá do meu amor”.

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Antes do ensaio, Marlon falou ao site CARNAVALESCO que a dupla trabalha para apagar o 2020, e as notas ruins do último carnaval são um combustível a mais para a preparação para o próximo desfile.

“Você não tem noção como a gente está extremamente ansioso para o carnaval 2022. Eu acho que 2020 foi uma pedra no nosso sapato. É difícil de digerir, até hoje é difícil para gente falar sobre o carnaval 2020, até pelas justificativas. A gente conseguiu entender que elas foram em cima do bebê, em cima da gravidez. Então, a gente acaba percebendo que fugiu do nosso controle aquilo ali, e em 2022 a gente quer voltar para as raízes daquilo que nós sempre apresentamos. Nós sempre tivemos boas notas, 2019, 2018. Então, 2022 vai ser uma espécie de reprise de 2019, assim Clara Nunes e águia, a gente vai “pro” lado extremamente romantizado, extremamente aquela coisa aguerrida que eu e Lucinha gostamos de levar para Marquês de Sapucaí, e 2022 a gente realmente está com sangue nos olhos para passar na Avenida”, revelou Marlon.

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A porta-bandeira Lucinha Nobre falou um pouco sobre a roupa e o retorno a um estilo mais tradicional na vestimenta para o desfile de 2022. “A fantasia é tradicionalíssima, dentro da energia do enredo. A gente está super feliz, mais uma vez eu e o Fernando Magalhães estamos comemorando 10 anos, são 10 fantasias que a gente tem juntos, então eu estou super feliz. Já fiz a última prova, está aprovado”, conta a porta-bandeira.

O casal também falou sobre a nova dinâmica de preparação para o desfile. Por conta da faculdade de medicina de Marlon em São Paulo, Lucinha tem permanecido na capital paulistana durante a semana para que a dupla possa ensaiar todos os dias. Marlon explica que foi a melhor solução que os dois encontraram para que o trabalho para o desfile não fosse prejudicado.

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“A gente conseguiu uma academia, inclusive, que tem até uma sala de dança inclusive, que tem aulas de ritmos, e a gente está ensaiando lá desde antes de começar as aulas. A gente sempre utilizou este espaço, e agora com essa mudança do carnaval para abril, caiu bem após as minhas provas, porque as minhas provas são em março. Então, você imagina o desespero que foi. Se não tivesse isso, não teria tido problema nenhum. E a Lúcia foi para São Paulo. A gente fica lá de segunda a sexta, vem na sexta-feira e fica sábado e domingo aqui”, explicou.

Lucinha Nobre contou um pouco sobre sua nova rotina em São Paulo e como a mudança afetou seu dia a dia. ”É diferente porque não é o que a gente está acostumado, mas foi a única forma que a gente encontrou de continuar ensaiando sem que ele perdesse as aulas, ele é bolsista, o trabalho dele é muito importante para ele, e a gente não queria que ele perdesse o ano na faculdade por causa disso e a solução foi que eu fosse para lá e já estou adaptada. Eu vou na academia, e durante o dia trabalho um pouco online com o meu irmão fazendo produção. De tarde vou à academia e de noite a gente ensaia. É diferente, mas está dando certo”, entende Lucinha.

Evolução

Com a mudança do lugar do ensaio da Estrada Intendente Magalhães para a Estrada do Portela, o treino do quesito ficou um pouco prejudicado por conta das irregularidades da via, por ser em uma descida e ter algumas curvas além do espaço para componentes e fãs ser bem menor. Tudo acabou tendo que ser arranjado em cima da hora, mas houve bastante organização durante o treino por conta da equipe de harmonia da Portela. O que se pode ver da evolução da escola, foi uma Portela alegre e espontânea. Algumas alas eram coreografadas, já se pode perceber a partir da primeira ala, que vinha atrás do casal, mas isso não impedia a evolução dos componentes já que no geral a coreografia somente era realizada em uma pequena parte do samba. No resto, os foliões puderam evoluir de forma mais solta, ainda que organizada, sem ninguém invadir o espaço de ninguém e sem deixar buracos.

Fábio Pavão também explicou sobre a avaliação do quesito evolução que a direção de carnaval faz em cada tipo de ensaio. “Eu acho que todos os quesitos que dá para avaliar aqui no ensaio da Estrada do Portela foram muito bem. A gente realiza os ensaios na Estrada do Portela e na Intendente Magalhães. Na Intendente Magalhães dá para gente fazer reprodução das cabines, tem uma ideia melhor para trabalhar a evolução. Aqui se trabalha mais a harmonia e do que a gente pode avaliar aqui, o desempenho foi excelente”.

Bateria

Mestre Nilo Sérgio, a frente da Tabajara do Samba desde 2006, mostrou o domínio de sempre dos naipes e daquilo que a bateria precisa fazer para ajudar o samba a crescer. No ensaio a bateria levou o andamento com desenvoltura e fez uma coreografia nos versos do samba “Nessa mironga tem mão de ofá, Põe aluá no coité e dandá”, com um bonito desenho do agogô. E também antes do refrão principal, no último verso “vem nos orgulhar” em que a bateria para toda e as vozes fazem o trecho sozinho para voltar tudo no refrão.

Ele falou à reportagem do CARNAVALESCO, antes do ensaio, sobre aquilo que pretende levar de andamento para Sapucaí em 2022 e também comentou sobre o uso de metrônomo na cabine de julgamento.

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“O andamento que a gente está botando aqui é 146 bpm (batidas por minuto), mas com a fantasia, no dia do desfile a gente bota 145, 144 (bpm). Esse samba aí, se colocar muito para trás ele vai arrastar no final. Então, por isso que a gente está botando um pouco mais para frente. E sobre o metrônomo dos jurados, eu acho que atrapalha porque é a máquina julgando o homem. E, é complicado isso, porque nós somos seres humanos. E o andamento é a emoção. E, se vai botar a máquina para julgar, então não precisa de jurado, bota a máquina lá para julgar”.

Em 12 horas de festa, Imperatriz celebra aniversário em um clima muito especial

O bairro de Ramos, Zona Norte da capital carioca, foi contagiado na tarde do último domingo com a festa de 63 anos da verde e branco da região, a Imperatriz Leopoldinense. Contando com um evento de 12 horas de duração, a comunidade festejou toda a trajetória de uma das agremiações mais tradicionais do carnaval. Atualmente, a escola vive uma nova fase, através da gestão da presidente Cátia Drumond, que faz um trabalho de resgate, tornando nítida a satisfação desta “nova Imperatriz” no olhar de cada componente.

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Fotos: Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

Ao site CARNAVALESCO, a presidente diz ver o futuro da escola no presente: “Não quero projetar nada! O que eu penso hoje é fazer um bom desfile e voltar entre as seis (sábado das campeãs). O futuro da Imperatriz nasceu no dia que eu assumi, é difícil, e, eu não imaginava que seria tanto assim, mas eu tenho certeza que é um futuro brilhante. É muita responsabilidade. A Imperatriz é minha vida, ela é minha casa! A gente abre mão da nossa família para viver isso aqui. Quando o meu pai entrou na escola eu tinha apenas cinco anos de idade, respiro e penso na Imperatriz sempre”.

joao drumond

Um dos responsáveis por este resgate, João Drumond, filho de Cátia Drumond, falou ao site CARNAVALESCO sobre a sua responsabilidade e o que projeta para o futuro da escola ao longo de dez anos: “Já me fizeram essa pergunta há um tempo e eu disse que não queria dar um passo maior do que perna, porque o foco sem dúvida meu e de todos que assumiram a escola é o carnaval de 2022. O marco será o que vamos apresentar, vamos brigar pelo título”, garantiu.

Ele ainda ressaltou a responsabilidade de ser tão novo e estar à frente da gestão da escola. “Os próximos anos eu não costumo pensar, eu creio que o futuro da nossa comunidade é muito promissor e se nós continuarmos com os pés nos chão, o céu é o limite. Eu sou o cara mais feliz do mundo! Tudo o que eu vivo hoje é o que eu sempre quis na minha vida. Acho que quando você respeita a história de quem chegou antes da gente, tudo fica mais fácil e conseguimos enteder o que todos querem; aquela imperatriz da década de 90 e anos 2000 e isso nos deixa à vontade para trazer esse sonho”.

brunoribas arthurfranco

Recém-chegado na Imperatriz, o intérprete Bruno Ribas é uma das apostas no conjunto de profissionais desta nova renovação. Ele disse sempre estar contagiado com cada ensaio. “Em tão pouco tempo que cheguei na escola, todos os momentos vividos aqui vem me marcando. Eu chego aqui é um dia de ensaio explosivo, no outro emocionante, num outro eletrizante e tudo isso é um conjunto que me marca bastante. A minha verdadeira estreia será no dia do desfile lá na Sapucaí, mas, viver junto de todos essa história de 63 anos, me faz me sentir muito alegre, a Imperatriz proporcionou muitos momentos felizes para esse povo”.

Arthur Franco, que dividirá o comando do carro de som com Bruno Ribas, elogiou o parceiro. “É uma honra muito grande ser, principalmente, cantor da Imperatriz Leopoldinense, uma escola com uma torcida imensa e apaixonada. Estar à frente desse microfone junto com o meu amigo Bruno Ribas é uma honra de ambas as partes. Eu já vivi muitos momentos aqui, mas quando a sirene tocou lá na Sapucaí para o desfile de 2020, foi um momento maravilhoso de poder tá trazendo – junto com toda equipe – novamente a Imperatriz de volta paro Grupo Especial. Quando demos a primeira passada do samba, tivemos a certeza de que seríamos campeões”, revelou Arthur Franco.

rafaela mariahelena thiaguinho Além das centenas de pessoas presentes na comemoração, a quadra ficou tomada por muita emoção com a presença de uma das maiores porta-bandeiras da história do carnaval, Maria Helena, sendo mecioanda como referência pelo atual casal de mestre-sala e porta-bandeira, Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro. “Poder defender um pavilhão que foi de um dos maiores casais da história (Maria Helena e Chiquinho) é uma responsabilidade muito grande para nós”, disse Rafaela.

Perguntada sobre o que mais a emocionou na escola, a porta-bandeira citou: “Eu estou há 12 anos aqui e hoje me emociona muito plantar uma sementinha que é o projeto social e dentro dele a escola de mestre-sala e porta-bandeira, onde o nosso terceiro casal vem dele”.

Já o mestre-sala afirma ser mais marcante a sua chegada na agremiação: “Tudo aqui dentro tem sido muito especial, mas o que mais me marcou foi a minha chegada na escola. Quando o Salomão, da Renascer de Jacarepaguá, me levou na casa do Luizinho Drumond para conhecê-lo, cheguei lá era para eu assumir a vaga de mestre-sala daqui. Eu achei aquilo surpreende, um presidente abrir mão de um profissional para outro, e, eu me senti lisonjeado, foi um marco na minha vida de Imperatriz”, comentou.

rafaela thiaguinho

A estrela Maria Helena citou sua alegria de ver a escola com a chama acesa como em tempos passados: “São 55 anos de Imperatriz, praticamente eu vivi aqui dentro. Eu sofri muito para chegar onde cheguei e ter esse reconhecimento, mas foi essa minha escola que me ajudou a ser isso tudo. Fico muito feliz em ver esse trabalho que está sendo feito, olha tem coisas que vejo agora e que até queria que fosse na minha época [riu] acho que poderia ter vindo antes, sendo que a maior felicidade que tive foi ser campeã em 1989 com a minha escola”, afirmou.

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Um dos pontos altos da festa de aniversário foi a desenvoltura de mestre Lolo, que teve a missão de tocar com a sua bateria os sambas das onze coirmãs do Grupo Especial nas apresentações com os respectivos carros de som e seus pavilhões. Conseguindo imprimir a indentidade de todas as outras baterias sem nenhum erro e levando o público a se sentir em todas as quadras. “Para mim é a maior satisfação. Hoje o meu maior desafio será dar nota máxima, seremos a primeira escola e os julgadores vem com o peso na caneta”, disse o comandante de uma das melhores baterias do carnaval carioca.

Integrante da comissão de carnaval, André Bonatte, é um exemplo de caminho dentro da escola, passando por vários setores até chegar ao atual cargo. “Eu sou apenas uma peça desta grande engrenagem; já fui tamborim, da ala das crianças, presidente da ala dos compositores, harmonia e não interessa onde estou… essas cores são as minhas alegrias. A escola está sempre me proporcionando inúmeras coisas, como conhecer a minha esposa, ir na Europa, mas, sem dúvida, o que mais me marcou foi ver a minha escola chegar no Grupo do Acesso no ano de 2020 e não se envaidecer por todos os seus títulos e levar a sério está divisão com um carnaval justo e levando o título”.

Soberana! Vai-Vai mostra conjunto afinado em ensaio de rua

A comunidade do Vai-Vai apareceu em peso para tomar conta da Rua Rui Barbosa durante o ensaio na tarde do último sábado. Com a missão de abrir o segundo dia de desfiles em abril no Anhembi, a “Escola do Povo” mostrou a força dos seus 92 anos de história, dando um show ao som da bateria Pegada de Macaco. O site CARNAVALESCO acompanhou a apresentação por todo o percurso de quase 1km até a Praça Dom Orione. Até mesmo a forte chuva que caiu pouco antes da hora marcada prontamente parou para apreciar a escola do Bixiga. Enquanto os componentes chegavam na concentração, no encontro com a Rua João Passaláqua, o diretor de Harmonia Edson Buiú falou da importância de fazerem um ensaio aos moldes do desfile oficial.

“Estamos ensaiando nos (Sindicato dos) Bancários, que é uma quadra de futebol de salão. Graças a Deus é um local coberto que está nos dando a oportunidade de fazer um trabalho de canto e de algumas alas coreografadas. Mas aquilo que sempre fizemos aqui, que é na rua, espaçamento, andamento, distanciamento de componentes, nós tínhamos perdido. Então como esse ano o carnaval está muito atípico, e cada escola só tem dois ensaios no sambódromo e só em março, pedimos para as autoridades liberarem esse ensaio. A ideia é trabalhar em cima dos quesitos que temos em julgamento, que é evolução, harmonia. A proposta é muito mais o andamento da escola, a compactação das alas e treinar o recuo da bateria. A ideia é essa nesse trabalho de hoje”, disse.

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O diretor também expressou seu sentimento sobre o carnaval em abril. “O sentimento que temos é que nós precisaríamos ter a igualdade que está sendo tratada em todos os outros setores. Parece, para mim, que a covid está apenas na (avenida) Olavo Fontoura. Eu vi algumas coisas acontecendo no dia de carnaval que me fizeram acreditar que poderia ter acontecido o carnaval sim. Vamos para abril para não deixar o nosso povo sem a festa popular, que é o carnaval. Mas o sentimento é esse: Que tratem o povo do samba com respeito. Que isso aqui é cultura, não é folia. E queremos ser respeitados como todos os outros são”, concluiu.

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Enquanto se preparava para iniciar o ensaio, o intérprete da escola, Luiz Felipe, falou para o CARNAVALESCO o que esperava do ensaio. “A expectativa é grande. A gente já é da rua, e toda vez que vamos pra rua é uma emoção gigantesca. Relembrando a nossa velha e querida Rua São Vicente, onde fomos muito felizes. Então estar na rua novamente pra nós é estar em casa”, explanou.

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O cantor também mostrou tranquilidade quanto a presença da comunidade naquela tarde. “A Vai-Vai é uma escola que você não precisa pedir para o povo. O povo nos abraça de uma forma maravilhosa. Então a ideia é fazer o de sempre, e cada domingo ir crescendo mais e mais. Para quem está vindo desde novembro até hoje vê que a cada domingo o samba cresce mais. É uma coisa contínua que todo mundo sabe o resultado e esperamos que um dia dê certo”, respondeu.

Cria do Vai-Vai, Luiz expressou seus sentimentos de estar à frente do carro de som da escola. “Olha, eu não gosto muito de falar disso porque eu choro muito (risos). Mas não tem palavras. Voltar pra rua, com essa comunidade, com o chão. Vai-Vai ensaiava aqui antigamente, desfilava antigamente. Então refazer isso para nós e para os moradores que estão todos na janela esperando é realmente uma coisa emocionante”, finalizou.

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Diante de uma apresentação marcada pelo grande número de alas muito bem coreografadas e bastante entrosamento de toda comunidade, o presidente da Saracura, Clarício Gonçalves, expressou como a escola incorporou o significado do enredo nos trabalhos para o desfile. “Nós estamos chegando até uma hierarquia do nosso próprio enredo, que é “Sankofa”, retornar ao passado. E esse momento aqui no Bixiga é voltar a fazer ensaios como o Vai-Vai fazia na época de Chiclé, Sólon Tadeu. Nós fazíamos ensaio aqui na (Rua) Rui Barbosa e depois paramos. E já aproveitando essa ênfase do “Sankofa”, nós estamos pegando todas as coisas que podemos trazer do passado, principalmente o ensaio aqui na Rui Barbosa”, declarou.

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Sobre a expectativa da participação da comunidade no ensaio, o presidente demonstrou otimismo. “Vai cantar porque o samba, graças a Deus, é escolha da comunidade. Foi um dos melhores, porque realmente já está na boca do povo e a comunidade já está cantando com a maior garra e isso daí pra nós que é importante”, concluiu.

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O Vai-Vai abrirá a temporada de ensaios técnicos no sambódromo do Anhembi com sua apresentação que ocorrerá na próxima sexta-feira, dia 11 de fevereiro, às 21h45.

MAIS IMAGENS DO ENSAIO

Viviane Araújo lamenta Salgueiro e Mancha Verde desfilarem no mesmo dia e explica decisão sobre o desfile

‘Rainha das rainhas’ do Carnaval, Viviane Araújo viveu um dilema para desfilar em 2022. Com a mudança no calendário dos desfiles para abril, Salgueiro, no Rio, e Mancha Verde, em São Paulo, se apresentam no mesmo dia e horário. Ao CARNAVALESCO, a atriz lamentou a situação, mas afirmou que irá sair na escola carioca.

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Foto: Leonardo Damico/site CARNAVALESCO

“Infelizmente, não tem como (desfilar nas duas). São Paulo sempre fez carnaval sexta e sábado, e esse ano o Rio resolveu fazer sexta e sábado. Calhou ser Mancha e Salgueiro no mesmo dia e horário, aí fica complicado. Vou desfilar no Salgueiro. A Mancha entende, eles são uma família, são meus amigos. E tem a Dudinha, que é a princesa lá e vai representar muito bem”, disse Viviane.

Uma das principais personalidades do carnaval, Viviane Araújo desfila no Salgueiro desde 2008. Coincidentemente, a Vermelho e Branco sempre voltou do desfile das campeãs desde então, mostrando a força da escola. A atriz, que anunciou no último mês que será mãe, comentou a expectativa de desfilar grávida na Sapucaí:

“Eu não sei como vai ser quando eu entrar na Avenida, só de imaginar eu já quero chorar. Mas vou deixar pra pensar lá quando acontecer”, concluiu Viviane Araújo, que está grávida do marido e empresário Guilherme Militão. Os dois estão juntos desde maio de 2021 e anunciaram gravidez através das redes sociais.

Grandes personalidades salgueirenses comemoram 69 anos da escola

Uma das escolas de samba mais tradicionais do Brasil completou mais um ano de vida no último sábado. Com direito a uma grande festa na quadra, o Salgueiro comemorou aniversário de 69 anos. A escola, fundada em 1953, realizou evento com a presença das coirmãs Mancha Verde e Mangueira e deu show na Rua Silva Teles. A festa contou a presença de grandes personalidades da escola, como: Tia Glorinha, Sidiclei, Marcella Alves, Quinho, Emerson Dias, Carlinhos do Salgueiro, Viviane Araújo, mestre Gustavo e o diretor de harmonia Jô Casimiro. Todos esses conversaram com exclusividade com o CARNAVALESCO, assim como presidente André Vaz.

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“Não tem nem o que falar, é uma emoção muito grande participar disso. O Salgueiro é uma instituição gigante, uma potência do Brasil na cultura e é uma honra poder presidir essa escola. Só tenho a agradecer a pessoas lá atrás, como Djalma Sabiá, que nos deu oportunidade de ficar apaixonado por essa escola. Com os 70 anos em 2023, com certeza a data vai ser lembrada. Dá pra pensar em várias coisas, se não for enredo, em alguma coisa, vai participar. Não dá para deixar uma data como essa passar em branco”, disse André, que emendou:

“O maior desafio do Salgueiro, desde que nós assumimos, é colocar a escola em ordem. Pagar as contas é uma obrigação, o combinado não sai caro. Temos que acertar as dívidas do passado, que não são poucas. Estamos com algumas ações na Justiça, que estamos tentando negociar com essas pessoas. Em um futuro próximo, o Salgueiro vai estar zerado de dívidas e podendo investir muito mais na escola”, completou o presidente.

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Desde 2008 como rainha de bateria do Salgueiro, Viviane Araújo é um dos grandes nomes da escola. A atriz de 46 anos, que está grávida do primeiro filho, esteve presente e pôde brilhar à frente da Furiosa, além de comandar a Puro Balanço, bateria da Mancha Verde, agremiação que a rainha desfila em São Paulo.

“Me sinto muito orgulhosa e muito honrada de fazer parte da história do Salgueiro, que é uma escola brilhante, família, que recebe bem as pessoas e que tem uma história incrível no carnaval. Foram vários campeonatos, sempre com boas colocações, brigando pelo título e hoje tem uma emoção especial, que foi receber a minha escola de São Paulo, a Mancha Verde”, contou Viviane.

quinho

Lenda do Carnaval e do Salgueiro, Quinho também esteve presente no evento realizado neste sábado. O intérprete esteve nos últimos dois títulos conquistados pelo Salgueiro, em 1993 e 2009. Ao todo, cantor soma mais de 20 anos na Academia do Samba. Aos 64 anos, Quinho comentou a relação com a agremiação e elegeu o momento mais marcante com a escola.

“O Salgueiro é tudo na minha vida, me deu notoriedade, visibilidade e me fez o Quinho do Salgueiro há mais de 30 anos. Com a escola, eu consegui dois campeonatos, junto com o carro de som. O ano de 1993 eu nunca esqueço, do ‘Explode Coração’, avenida toda cantando, mas 2009, com Tambor, também foi maravilhoso, com o mago Renato Lage. Que venham mais títulos”, disse Quinho.

Confira declarações de outras grandes personalidades do Salgueiro:

carlinhos

CARLINHOS DO SALGUEIRO
“A cada ano é uma emoção diferente. Eu penso que não vou emocionar, mas quando chega na hora bate uma emoção muito grande, aí eu choro. Esse ano é a minha despedida do Makulelê, eu não venho mais a frente deles. Nós vamos representar um bairro, que é Madureira, com muito funk, e vou chamar todos os Makulelês antigos para fazer essa minha despedida da ala”.

sidclei

MESTRE-SALA SIDCLEI
“Eu não o que eu represento para o Salgueiro, porque a escola é muito grande. Mas estar entre os baluartes de um dos segmentos eu me sinto lisonjeado. Agora, o Salgueiro pra mim representa tudo. Eu comecei garoto, com 17 anos, como segundo mestre-sala e hoje sou o primeiro da escola do meu coração. E a nação salgueirense me abraçou. Já estamos há 12 anos aqui. O Salgueiro está no meu coração, na minha vida e na minha alma. Quero sempre ajudar a escola. Sou privilegiado por estar aqui. As emoções aqui foram várias, mas a principal está por vir, que vai ser o título que eu ainda não conquistei aqui. Poder ajudar a conquistar um título, com nota máxima, acho que vai ser a maior emoção da minha vida”.

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TIA GLORINHA
“Eu sou do samba desde a barriga da minha mãe. Comecei saindo como cabrocha, dali fui para a ala, e da ala para as baianas, onde fiquei por 23 anos. Hoje estou nessa função de diretoria, sendo responsável pela ala. É uma responsabilidade muito grande, tem que ter sabedoria, carisma, carinho e amor. Não é só vestir a camisa, tem que ter amor”.

harmonia salgueiro

JÔ CASIMIRO
“Essa é uma dádiva que minha família tem, que estamos conseguindo manter. Somos uma bandeira dentro do mundo do samba, que eu, meus primos e irmãos estamos conseguindo manter elevada. O cargo aqui dentro da escola é o que menos importa. Temos que nos fazer úteis, para sempre elevar o nome do Salgueiro. A gente consegue isso atuando em várias áreas. A nomenclatura é só um detalhe. Emoções são tantas, nascemos aqui e todo ano é uma emoção diferente. O dia que eu não sentir mais isso, vou pendurar a chuteira”.

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EMERSON DIAS
“Carregar o microfone do Salgueiro é de um peso muito grande. Uma escola de quase 70 anos, com uma legião de apaixonados pelo mundo a fora. Eu acho que o mais difícil é conquistar esse povo todo, e estou conseguindo isso e estou muito feliz de estar aqui. O ano de 1993 foi único para o salgueirense, foi uma catarse. Agora o meu momento mais emocionante, como puxador, foi quando cantei Xangô. É um samba que atravessou barreiras. Fico feliz de ter dado voz a esse samba e ter voltado para a escola”.

marcella alves

MARCELLA ALVES
“É mais do que uma honra defender o Salgueiro e ser hoje a porta-bandeira que por mais anos representou a escola. Não tem mais como separar o Salgueiro da minha vida. Faz parte da minha história. A escola esteve junto comigo no meu maior sonho, que era ser mãe. Estar à frente do pavilhão do Salgueiro hoje e poder comemorar mais um aniversário da escola me dá muito orgulho. E muita responsabilidade também, de saber que minha apresentação representa toda uma nação que lutou muito para tornar o Salgueiro no que ele é hoje. Eu sou só uma semente em uma árvore gigante que é essa escola. Não tenho dúvidas que o carnaval de 2019 foi o mais emocionante para mim. Foi quando o presidente André me trouxe de volta. Foi um momento muito desafiador também, porque na semana do desfile do Salgueiro, minha filha estava fazendo dois meses de vida. Mesmo tendo feito cesariana, Deus quis que eu estivesse lá para defender as cores do Salgueiro”.

mestre gustavo

MESTRE GUSTAVO
“É emocionante participar disso tudo. Eu sou nascido e criado aqui na Silva Teles, fui diretor e mestre da escola mirim, fui ritimista e diretor até chegar ao posto de mestre da Furiosa. Eu zerei o jogo da bateria do Salgueiro. É o sonho de qualquer moleque que cresce dentro de uma escola. Estamos conseguindo fazer um bom trabalho, e mantendo o nível da bateria do Salgueiro, que é uma das referências no Rio. Lógico que bate o nervosismo sempre de estar de frente na bateria, mas nós já fazíamos parte do trabalho desde sempre, então acaba sendo um pouco mais tranquilo. Nosso desafio é sempre manter o alto nível, e toda diretoria não mede esforços para nos ajudar nisso. Estava tudo pronto para o desfile de fevereiro, mas já que agora temos mais quase dois meses, a gente está pensando em mais algumas coisas que podem vir aí, quem sabe uma surpresinha”.

Lins Imperial anuncia a chegada do diretor de harmonia Décio Bastos

A Lins Imperial apresenta a dupla que comandará a Harmonia da escola no próximo carnaval. O reforço é em busca de um grandioso desfile no retorno à Sapucaí. O segmento que já possuía Carlson Renato no comando, recebeu a pouco mais de 40 dias para o carnaval, o reforço do diretor Décio Bastos no comando do segmento. “Visando o fortalecimento do segmento agora seremos uma dupla. Tenho certeza que teremos uma boa química”, informa Carlson Renato, popularmente conhecido como Renatinho.

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Foto: Maurício Dias/Divulgação Lins

Décio Bastos, novo contratado, chega num momento importante para a agremiação. A verde e rosa contará com a experiência e competência de Décio. No meio carnavalesco há quarenta anos, o novo profissional da casa é experiente e renomado dentro do mercado. Décio tem passagem pelo Lins Imperial na Comissão de Frente entre 1989 a 1993 Entre as escolas que já trabalhou como Diretor Geral de Harmonia: Unidos de Vila Isabel, Unidos de Padre Miguel e Acadêmicos do Cubango. Atualmente é coordenador de Concentração da Liesa, nos desfiles do Grupo Especial.

“Aceitei o desafio de comandar a harmonia da Lins Imperial atraído pelo projeto ambicioso, belo enredo e excelente samba-enredo que a escola possui. Será a primeira vez que dividirei o comando de um segmento e o projeto é dar continuidade ao trabalho feito até aqui, incluindo a minha experiência. Cada harmonia terá a sua responsabilidade dentro do seu setor, da sua área. A Lins está numa crescente e estou com muito gás para ajudar e contribuir nesse retorno à Sapucaí. Vamos trabalhar juntos para que o resultado seja o almejado”, informa o novo diretor.

A escola será a primeira a desfilar na quinta-feira, 21 de abril, dia do feriado de Tiradentes pela Série Ouro, da Liga RJ, homenageando Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido pelo nome artístico, Mussum. Humorista, ator, músico, cantor e compositor brasileiro.