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O samba vence! Público celebra a volta dos mini desfiles na Cidade do Samba

Torcedores de agremiações da primeira noite falam sobre a emoção em estarem próximos às escolas de samba no evento

Sucesso na primeira edição, os mini desfiles voltaram. Depois de alguns meses, a Cidade do Samba recebeu novamente o evento criado pela Liesa para o lançamento do álbum com a safra de sambas-enredo do Carnaval 2023. Ao longo da primeira noite, se apresentaram Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Mocidade Independente de Padre Miguel, Acadêmicos do Salgueiro, Unidos da Tijuca e Estação Primeira de Mangueira. O CARNAVALESCO ouviu o público sobre a percepção desta nova edição, realizada na semana em que se celebra o Dia Nacional do Samba. * CONFIRA AQUI GALERIA DE FOTOS DO PRIMEIRO DIA

Luciane: ‘eventos como o mini desfile, são emocionantes pela aproximação do torcedor para com a escola de samba’

O casal Luciane e Rosemberg Gonçalves, 60 e 53, moradores do Centro do Rio de Janeiro, demonstraram êxtase e brilho nos olhos ao longo da festa, além de aguardarem a passagem da escola do coração, Unidos da Tijuca. “Essa interação entre a escola de samba e as pessoas é fantástica. O samba faz parte da nossa cultura popular e nada mais representa o Brasil do que isso aqui que ocorreu hoje. E o samba abraça as pessoas, indiferente de classe social, raça ou qualquer outro ponto. O samba é isso”, garante Luciane.

Para ela, eventos como o mini desfile, são emocionantes pela aproximação do torcedor para com a escola de samba. “Só o samba possui essa capacidade de unir as pessoas e quando isso acontece, como nesta noite, é único. Eu vim aqui com o meu marido, em que compartilhamos esse amor para nos divertimos e também conhecer um pouco mais do que cada escola tem preparado para o próximo carnaval, além da Tijuca, claro”, exalta.

Rosemberg Gonçalves: ‘A essência do Rio de Janeiro é essa e deveriam ocorrer mais encontros ao longo do ano’

Gonçalves garante que esse amor ultrapassa as barreiras do carnaval e faz parte da sua vida. “Sou casado com a Luciane e compartilhamos juntos desse amor pelo carnaval e pelas escolas de samba. Inclusive, umas das coisas que mais me atraem é a bateria. Infelizmente nunca tive a oportunidade de desfilar, mas, se um dia acontecer, tenho certeza de que será o segmento que vou escolher. O mini desfile nos ajuda em colocar todo esse povo dentro do carnaval. Não costumo frequentar as quadras, apesar de morar no berço da boêmia carioca. Rodas de samba, partido alto, sempre frequento. A essência do Rio de Janeiro é essa e deveriam ocorrer mais encontros ao longo do ano todo”, diz.

Não temos tantos eventos, é preciso aproveitar

Já a dupla de amigos, Ricardo e Renata Sales, 66 e 44, são independentes de corpo e alma. “Sou de Padre Miguel e convivo desde pequena com essa energia que a escola de samba proporciona para quem ama a sua história, a sua comunidade. Para mim, a Mocidade Independente de Padre Miguel é um local em que eu tive a oportunidade de fazer grandes amigos, me divirto e extravaso. Sem isso, no dia a dia não temos tanta oportunidade para que pudesse acontecer”, diz a torcedora.

Renata, que é de Padre Miguel, fala que a paixão pelo carnaval não vem de hoje

Renata, que é de Padre Miguel, fala que a paixão pelo carnaval não vem de hoje. “É um amor de infância. Lógico que além da Mocidade, é muito importante conhecer mais dos enredos e de como se prepara cada escola para o desfile do ano seguinte. É uma oportunidade para quem não conhece o nosso carnaval, estar presente, mesmo que seja apenas um dia. Não temos tantos eventos de samba, é preciso aproveitar. O carnaval é o nosso maior bem. Para fechar, acredito que pessoas que nunca foram à Sapucaí, podem sentir mais vontade de estar por lá no grande dia”, pontua.

E é essa paixão que Ricardo expõe. Ele, que mora no Rio, mas é de João Pessoa, na Paraíba, sente-se feliz em poder viver momentos como esse. “Nosso samba vem de berço, faz parte da ancestralidade do povo brasileiro como ponto máximo da nossa cultura popular. Desde menino eu sou um apaixonado por carnaval e, mesmo de longe, acompanhava cada escola de samba que passava na televisão. Aqui eu consigo me libertar, em uma festa linda, cheia de energia e muito amor. É isso que o carnaval tem para nos oferecer: muito amor. Samba e carnaval são vida. Festas assim poderiam ocorrer todos os meses, afinal, assim como o futebol, o carnaval possui esse poder de unir as pessoas”, garante.

Ricardo: ‘Festas assim poderiam ocorrer todos os meses’

Da história de vida, também vem a paixão de Ivanir, 55, moradora de Duque de Caxias e hoje, componente da Grande Rio, sua escola de coração. “Eu sou nascida e criada no berço do samba, então faz parte de quem eu sou e das minhas raízes. O samba me trouxe amigos e muitas alegrias ao longo dos anos e poder celebrar essa festa, mais um ano, é uma das coisas que mais me deixam feliz. Com oito anos de idade eu fui porta-estandarte e rainha de bateria. Então, faz parte da minha história de vida. Já tem 43 anos que eu torço para a Grande Rio, mesmo antes dela se chamar assim, mesmo quando ainda era apenas um bloco. Essa paixão, ao longo dos anos, me tornou uma componente. Eu era passista e hoje faço parte da ala LGBTQIAP+ da agremiação”, finaliza.

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