COMPOSITORES: Gean Souza, Igor Medeiros e Marcos Falcão
Intérprete: JotaPê
Cheguei na negra poesia partideira
O canto imponente de um rei
Talvez esconda o desbotar de uma bandeira
Falso quesito, não faz mais bonito
Valores vendidos, produto do estado
A verdade do meu povo, jamais irão calar
E assim nasceu o preto manifesto de Candeia
Na viola de Paulinho, nos versos de Nei e Moreira
Irmanados quilombolas, resistência e união
A nova escola, meu velho samba
Felicidade, pés no chão
A negritude rege a arte, amor (do pavilhão)
Nas cores transbordam a paz (em cada coração)
Batuque ancestral ecoa, repousa em liberdade
É preto o sonho vivo de cumplicidade
Tecidos baratos vestem nossos sonhos
Sorrisos estampados são cultura popular
A arte negra nas telas e nos palcos
São como arautos para a paz reinar
Sou do povo de santo, da macumba
Zumbi, Mahin e Ganga Zumba
Salve os heróis da liberdade
Vida com dignidade hoje aflora em nossa cor
Orgulho das origens e heranças
Num canto de esperança
Quilombo é Kizomba, tambor
Sou a luz, sou Candeia
Quilombola na ginga
Axé, Tijuca! ser Formiga é ser paixão
Raiz do verdadeiro samba
Povo abençoado por Conceição