Compositores: Gabriel Machado, Manoel Neto, Juliano Centeno e Leandro Gaúcho
Axé, salve a quilombola caminhada
Venho com fé, de alma lavada
Será que o samba está em nossas mãos?
Meu verso, é sangue de preto e não tá no mercado
Negro partideiro não manda recado
Não se vende a qualquer ilusão
Quero um novo manifesto, um pergaminho
Quilombo que refez nosso caminho
Um sonho com a benção de Candeia
Faz meu Império hoje a sua bandeira
Afoxé ô gira na roda lundu
Ginga jongueiro, maracatu
Pé no chão, onde a herança fez lugar
Capoeira, Capoeira
(Ê baiana) Mãe De Santo, manto, canto e oração
Se fez enredo da canção
A negritude em minha vida
Nas mãos do povo
A “Apoteose”, a “arte”, o ideal
Um samba enredo imortal Cicatrizando a ferida
Quilombo da batucada! Na avenida escravizada
Quilombo vem mostrar o seu lugar
A formiga é igualdade Da raiz um estandarte
Kizomba aos heróis da liberdade
Eu sou Império, agô
Um canto negro ecoou
O ressoar do meu tambor vai te guiar
Orayeye Oxum Docô
Pra mal algum me alcancar
Sou resistência, Sou Quilombo, Saravá