728x90
InícioSérie OuroImpério da TijucaAla do Império da Tijuca utiliza Morte e Vida Severina para falar...

Ala do Império da Tijuca utiliza Morte e Vida Severina para falar da fome

morteevidaseverinaimperio2

Encerrando os desfiles da Série A na noite de sábado, o Império da Tijuca homenageou Evandro dos Santos, que recolheu mais de 50 mil livros das ruas, do lixo ou através de doações. O Homem Livro, como ele é conhecido, fundou uma biblioteca na Vila da Penha com as obras que acumulou durante sua vida. A escola utilizou a educação para homenagear grandes obras literárias.

‘Morte e Vida Severina’ e ‘Quimera da Fome’ foi a 14ª ala da escola a entrar na avenida, fazendo alusão ao livro-poema de João Cabral de Mello Neto, que narra a dura vida de um retirante sertanejo em busca de abrigo, querendo recomeçar a vida e vencer a fome. Alexandre Souto, 38 anos, que está desfilando pela segunda vez na escola, e foi categórico; “nossa arma é poesia.”

A fantasia era colorida, com predominância do vermelho. Cada componente da ala vestia um chapéu de palha, que tinha um vaso com flores laranja por cima. Nos ombros dos integrantes via-se fios de palha, com o crânio de um boi pendurado na altura da barriga, remetendo a obra prima de João Cabral. Ana Paula Monteiro, de 49 anos, desfilou pelo terceiro ano na escola da Formiga, e advertiu: “A educação é o caminho pra qualquer país sério”, disse Ana Paula que continuou.

Ela comentou a importância do enredo sobre livros e educação neste carnaval.

“Na escola eu cheguei a fazer uma peça sobre (Morte e Vida Severina)… É a história do Brasil. O ressurgimento em meio às dificuldades, a garra da mulher nordestina, a fome que assola nosso país. Nada muito diferente do que ainda tem”.

Alexandre também elogiou o enredo. “Achei brilhante… Eu apoio um projeto da UERJ de doação de livros. Isso é fundamental. A educação é a solução em todos os aspectos. Os nossos governantes tem que valorizar a leitura, o conhecimento, valorizar os professores e todas as categorias. Sem a educação a gente não tem nada, a gente não constrói uma sociedade justa, igualitária.”

- ads-

Dedê Marinho: A rainha da bateria que brotou do chão da Vintém

Aos cinco anos, Andressa Marinho caminhava pelas ruas de sua comunidade quando ouviu o som contagiante de uma batucada. Curiosa, perguntou à mãe sobre...

De olho nos quesitos: confira mudanças nos critérios de julgamento de Alegorias e Fantasias

As regras de julgamento dos quesitos Alegorias e Fantasias sofreram ajustes para o próximo carnaval, tornando a avaliação mais criteriosa. No caso das alegorias,...

Série Barracões: União da Ilha acredita na força do enredo e do trabalho plástico para subir ao Grupo Especial

O CARNAVALESCO entrevistou o artista da União da Ilha do Governador Marcus Ferreira. O bate-papo ocorreu no barracão da escola, no Caju, Zona Norte...