InícioGrupo EspecialGriô do samba! Martinho da Vila decreta: 'Vai ter carnaval em 2022'

Griô do samba! Martinho da Vila decreta: ‘Vai ter carnaval em 2022’

'Função que a escola de samba tem é que ela tenha uma mensagem, não só alegre, que ela emocione', disse o sambista

Presidente de honra e enredo da Unidos de Vila Isabel para o desfile do ano que vem, Martinho da Vila, participou do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, e decretou: “Vai ter carnaval em 2022”. Nosso Griô do samba, seu Zé Ferreira tem toda nossa confiança e quando ele fala, está falado.

Foto: Reprodução de TV

“A maior honraria que uma pessoa pode recebe em vida é ser enredo de uma escola de samba. Já fiz samba, criei enredos, e vou ser o tema. Vai ter carnaval! Acredito porque a vacinação está avançando. Pra mim, é mais emocionante, porque vou ser enredo da minha escola de samba. O problema é que não sei como vou me comportar no desfile. Cantar o samba, falando de mim mesmo. Vou fazer de conta que não sou eu (risos). Vai ser incrível”.

Martinho também falou sobre os preparativos para o desfile do ano que vem e a responsabilidade dos compositores que disputam o concurso da Vila Isabel. “Já tem um tempo que a Vila Isabel pensa em fazer isso (ter Martinho como enredo). Seria em 2010, mas eu não concordei, porque era o centenário de Noel Rosa. A diretoria abraçou a ideia, planejei o enredo e ainda fiz o samba-enredo. Foi muito legal. Agora, o Edson Pereira (carnavalesco) queria conversar comigo (sobre o enredo de 2022), mas eu disse que tenho várias biografias inscritas, e falei que ele poderia escolher um ângulo para moldar o enredo. Não queria participar, queria deixar todos livres. Ele insistiu muito e falou das coisas, quer que eu veja as fantasias e na próxima semana vou ver os protótipos. Os desenhos achei maravilhosos. A parte dos sambas (concorrentes) foi a melhor. Foram feitos 16 sambas, gostei de todos os sambas, alguns um pouco mais, mas o importante é o samba ser o melhor para Vila Isabel”.

Questionado sobre os sambas-enredo voltarem a ter posicionamento político, Martinho deu um panorama do gênero.

“A história do samba-enredo é longa. Já exaltaram o Brasil, os fatos históricos, depois os grandes nomes e foi mudando. A função que a escola de samba tem é que ela tenha uma mensagem, não só alegre, que ela emocione. O samba-enredo tem que ser alegre e ao mesmo tempo que emocione. O compositor tem que pensar em fazer música e que ela tenha uma mensagem, leve a reflexão”.

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