Compositores: Evandro Malandro, Davison Jaime, Antônio Neto, Wilson Silva, Tabajara Ortiz, Ivan Coelho e Wagner Amaral

Sou Preto-velho mirongueiro
Que chegou nesse terreiro
Uma história vou contar
Lá, onde meus irmãos viviam
Nasceu o cafezinho que perfuma o cazuá
Ê gira mundo, gira como um jongueiro
A realeza se rendeu ao seu sabor
Da Europa chega ao solo brasileiro
Meu “fio”, ouro negro aqui chegou
E o baronato prosperou

Preto “trabaiava” na lavoura do café
Se alimentava de pirão e de axé
Ele plantava o bem, colhia o mal
No tambor do batuqueiro se curava em ritual

O grão alumiou um novo dia
Trilhando sonhos, espalhando energia
A escravidão se foi, imigração floriu
Retratos dessa pátria mãe Gentil
Dois lados da mesma moeda
Uma falsa guerra que a crise consumiu.
Na tela és pro artista a inspiração
Fel que agrada o paladar
Mostra o futuro desse pavilhão.
Com fé encontrei meu caminho
Vou, mas não custo voltar
Adorê as almas, saravá!

Ô menino, Preto-velho vem pro samba
No aroma do café
Ô menino, samba é a voz do povo
Na ginga da Tatuapé!

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