A segunda noite de desfiles da Série Ouro confirmou o favoritismo da Unidos de Padre Miguel na disputa pelo título, a escola da Zona Oeste fez um desfile irretocável, com destaque para o impacto visual e se colocou na disputa pelo inédito acesso ao Grupo Especial. Porém, a disputa promete ser forte com outras escolas, o Império Serrano entrou na disputa após encerrar os desfiles nos braços do povo, o Reizinho de Madureira promoveu um grande Xirê de orixás na avenida, mas problemas de acabamento em alegorias podem comprometer o tão sonhado título. Outra agremiação que passou pela avenida com muita força, foi a tradicional União da Ilha, a harmonia em alto nível e a apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira foram os destaques em um desfile extremamente coeso da insulana.

opina segunda ouro24

O Arranco do Engenho de Dentro fez um desfile surpreendente nesta noite e a homenagem à Nise da Silveira passou pela avenida evidenciando a criatividade do carnavalesco Nícolas Gonçalves, o conjunto visual fugiu do óbvio e foi extremamente autoral. Outro desfile agradável foi o da Em Cima da Hora, a escola de Cavalcanti levou para avenida um enredo que exaltou a classe operária, a passagem da azul e branca teve um ótimo canto, porém, erros em evolução e acabamento das alegorias distanciam a escola do sonho por voos mais altos. Duas escolas passaram pela avenida com problemas em seus desfiles, mas nada que possa fazer com que elas briguem na parte de baixo da classificação, são elas, a São Clemente, que prestou uma justa homenagem ao compositor Zé Katimba, e a Unidos de Bangu, que levou para a avenida um enredo sobre São Jorge. O desfile mais crítico da noite ficou a cargo da Sereno de Campo Grande, a escola abriu os desfiles e enfrentou muitas dificuldades durante sua apresentação, o conjunto alegórico apresentou falhas de acabamento, o canto não foi uniforme e a evolução foi comprometida diversas vezes por conta de inúmeros buracos ao longo do desfile. Veja abaixo como passou cada escola.

SERENO DE CAMPO GRANDE

A escola foi a primeira a se apresentar na Marquês de Sapucaí neste sábado de carnaval da Série Ouro. A azul e branco levou o enredo “4 de Dezembro” para a avenida. O desfile da agremiação ficou marcado pelos inúmeros problemas de evolução, com muitos buracos abertos em vários pontos da pista, inclusive em frente às cabines de jurados, por conta da dificuldade de locomoção das alegorias. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA

EM CIMA DA HORA

Com o enredo “A Nossa Luta Continua”, do carnavalesco Rodrigo Almeida, a Em Cima da Hora foi a segunda agremiação a desfilar neste sábado de carnaval. Marcada por um desfile com um ótimo desempenho do carro de som e canto positivo entre os componentes, a agremiação de Cavalcanti pecou na evolução e apresentou falhas no acabamento das alegorias. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA

ARRANCO

O Arranco do Engenho de Dentro foi a terceira escola a pisar na avenida no segundo dia de desfiles da Série Ouro. A aposta em soluções estéticas diferentes deu certo e a escola demonstrou extremo bom gosto no uso de materiais alternativos para compor seu conjunto visual, com destaque para as fantasias. Foi a estreia do carnavalesco Nícolas Gonçalves na agremiação e a escolha se mostrou um grande acerto, desde a escolha do enredo até a apresentação na noite deste sábado. Além da criatividade, vale destacar também o trabalho harmônico realizado, o entrosamento do carro de som e bateria impulsionou o samba-enredo e fez com que a comunidade passasse de forma leve, espontânea e feliz. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA 

UNIÃO DA ILHA

A União da Ilha foi a quarta a se apresentar na Marquês de Sapucaí neste sábado de carnaval da Série Ouro. A tricolor insulana levou o enredo “Doum e Amora: Crianças para Transformar o Mundo” para a avenida. A União da Ilha entrou com muita força na avenida. Já na comissão de frente foi apresentado um ótimo trabalho, em um número cheio de significado e representatividade. O casal de mestre-sala e porta-bandeira foi destaque, ao mostrar um bailado forte, limpo e veloz, com belas coreografias. O samba-enredo foi fortemente entoado por todo o conjunto da escola, resultando em uma harmonia de excelente nível. A bateria deu uma verdadeira aula de ritmo e de bossas, com alta qualidade musical, impulsionando ainda mais a agremiação, que também teve no carro de som uma atuação firme e competente. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA

UNIDOS DE PADRE MIGUEL

A Unidos de Padre Miguel foi a quinta escola a pisar na avenida no segundo dia de desfiles da Série Ouro. A escola entrou na avenida com gritos de ‘é campeã’ e saiu aclamada após realizar um desfile irretocável. O impacto visual esteve presente desde o início do desfile com a comissão de frente, o enorme tripé chamou atenção e mostrou que a escola estava disposta a conquistar o tão sonhado acesso ao Grupo Especial, na sequência, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Vinícius Antunes e Jéssica Ferreira mantiveram o padrão. O que se viu em seguida foi uma escola extremamente bem vestida, com apuro estético de impressionar e acabamento de primeira. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA

SÃO CLEMENTE

A São Clemente levou para a avenida o enredo “Que grande destino reservaram para você!”, do carnavalesco Bruno de Oliveira, e exaltou a carreira e vida do baluarte e compositor Zé Katimba. Fantasias, leitura do enredo e o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira foram os destaques. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA

BANGU

A Unidos de Bangu foi a sétima a se apresentar na Marquês de Sapucaí neste sábado de carnaval da Série Ouro. A vermelho e branco levou o enredo “Jorge da Capadócia” para a avenida. O desfile da agremiação se mostrou bem problemático. As alegorias eram simples e tinham graves defeitos de acabamento, com esculturas quebradas e panos rasgados. As fantasias tiveram bom uso de cores, mas irregularidade no acabamento. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA

IMPÉRIO SERRANO

Coube ao Império Serrano a missão de encerrar os desfiles no segundo dia da Série Ouro. Após o rebaixamento considerado injusto por muitos no ano passado, o Reizinho de Madureira entrou na avenida disposto a mostrar que de fato é uma escola de Grupo Especial. A ancestralidade trazida no enredo contagiou o imperiano, que pisou no Sambódromo emocionado, aguerrido e com muito gás. Impulsionado pela “Sinfônica do Samba”, comandada por mestre Vitinho, o samba-enredo foi um dos protagonistas do desfile. * LEIA AQUI A ANÁLISE COMPLETA