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Pitty de Menezes deixa a Porto da Pedra e acerta com a Imperatriz

Novidade na Imperatriz. O jovem Pitty de Menezes, premiado como melhor intérprete da Série Ouro, segundo o Estrela do Carnaval, do site CARNAVALESCO, é o novo contratado da Verde e Branco da Leopoldina, como foi informado primeiramente pelo site “Carnavalize”. O desligamento do cantor da Porto da Pedra foi anunciado na manhã desta quinta-feira pela direção da agremiação de São Gonçalo.

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“A Unidos do Porto da Pedra, em nome do seu presidente, Godzilla, comunica oficialmente que o intérprete, Pitty de Menezes pediu seu desligamento da agremiação. Agradecemos a Pitty, toda a dedicação, talento e respeito ao tigre de São Gonçalo. Desejamos muito sucesso em sua carreira profissional. Informamos, que o nome do novo intérprete será informado em breve”.

Em 2022, além do Porto da Pedra, Pitty de Menezes fez parte do carro de som da Unidos da Tijuca.

Falta de carnavalização em componentes de última alegoria do Salgueiro é citada por quase todos os jurados de Alegorias

O Salgueiro não recebeu nenhuma uma nota máxima em Alegorias e Adereços neste carnaval. Um dos pontos fortes em 2020, com apenas uma nota diferente de 10, descartada, atingindo os 30 pontos, em 2022, a situação é completamente diferente. A escola recebeu de três jurados o 9,9, e de outros dois a nota 9,8. Entre as justificativas mais comentadas está a falta de carnavalização no figurino de componentes que vinham na quinta e última alegoria “A resistência continua” que trazia uma cena de protesto, onde manifestantes envolvem a alegoria e tomam o cenário urbano formado por uma praça e os prédios no entorno. Também foram citados problemas de acabamento no Abre-Alas “Salgueiro, o griô do samba” e no tripé “Pequena África”. Mais de um jurado também expressou como justificativa a dificuldade de visualização das figuras de composição na terceira alegoria ” A arte de resistir”.

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Ao tirar um décimo das alegorias do Salgueiro ,Tereza Piva justificou: “Alegoria 2 – A palavra RESPEITO que é chave na temática ficou parcialmente coberta. Alegoria 3 – As figuras de composição (casal de bailarinos) localizadas na parte superior não estavam com boa visibilidade, uma vez que elementos decorativos encobriram os mesmos”

Madson Oliveira, no segundo módulo 2, tirou um décimo também e escreveu: “Conjunto alegórico bem concebido. No entanto, foram observados problemas de acabamento em : a) Abre-alas, com forro do piso do platô traseiro se soltando, b) Alegoria 3, com cúpulas do Theatro Municipal desiguais, c) alegoria 5, com componentes vestindo trajes pouco carnavalizados”

Fernando Lima foi mais rigoroso e tirou um décimo de concepção e um de realização, totalizando para o Salgueiro um 9,8 com as seguintes justificativas:” Tripé ‘Pequena África’ houve falha na aplicação sobre o balaústre da fachada inclinada, somado à emenda da face traseira da última fachada, prejudicaram a alegoria. Alegoria 02, material no entorno da palavra ‘respeito’ descolando e rachado. Alegoria 03, os bailarinos(casal) tiveram sua visualização prejudicada pelo nível do piso entre as torres e o frontão do ‘Theatro Municipal’. Alegoria 05, faltou carnavalização , importante na vestimenta dos componentes da alegoria “.

Soter Bentes do quarto módulo deu 9,9 alegando o seguinte:”No tripé 1, na traseira da estrutura mais alta aparece uma emenda transversal mal acabada e o vendedor de laranjas estava pouco expressivo na composição da proposta do tripé”.

E por fim, Walber Ângelo de Freitas do último módulo tirou dois décimos em realização, justificando pelos seguintes motivos:”Penalizada em dois décimos em realização: alegorias 02,03 e 05. Alegoria 02: a saia do platô que servia de suporte para a roda das mãos pequenas estava rasgada e desprendida. Alegoria 03: houve superposição de elementos cenográficos que prejudicou a leitura da alegoria. Ex. bailarinos encobertos pelos elementos. Alegoria 05: ausência da carnavalização necessária nos figurinos dos manifestantes que compunham a alegoria. Entende-se que as fantasias dos figurantes podem ser desenvolvidas com dose certa de carnavalização mesmo quando retratam a realidade”.

Exu pode se tornar Patrimônio do Rio

Um projeto de lei, que será votado pela Câmara Municipal do Rio, reconhece Exu como Patrimônio do Rio. Proposta pelo vereador Átila A. Nunes (PSD), a iniciativa busca desmistificar o preconceito contra a divindade afro-brasileira.

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“Com muita coragem, a escola de Duque de Caxias levou para a Sapucaí um desfile que fala dos Exus, que tanto são olhados de uma forma completamente errada. Eles nada mais são do que protetores. Temos que respeitar aqueles que têm nos Exus os seus protetores. E tenho certeza de que a Grande Rio deu uma lição e, por coincidência ou não, ganhou e foi brindada com essa vitória, que carrega uma mensagem de rompimento do preconceito religioso”, afirmou Átila Nunes.

Para a Mãe de Santo, Carla de Oxum, o projeto se faz ainda mais necessário devido aos casos de intolerância religiosa.

“Diariamente um irmão de crença denuncia que a sua casa ou um dos seus filhos sofreu um ataque nas redes sociais ou pessoalmente. Estamos cansados de tratarem os nossos Exus como demônios, quando na verdade, o preconceito é o verdadeiro mal da sociedade”, afirmou Mãe Carla.

O projeto de lei foi protocolado na última quarta-feira e depois de aprovado, em duas votações pelo Plenário da Câmara Municipal do Rio, seguirá para sanção do prefeito Eduardo Paes.

Julgadores questionaram problemas de afinação no canto e cacos no desfile da Tijuca

De forma surpreendente, todos os julgadores do quesito “Harmonia” tiraram décimos da Unidos da Tijuca no Carnaval 2022. Confira abaixo o que cada jurado disse na sua justificativa.

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Ao tirar 0,2 décimos, Bruno Marques citou “afinação geral do canto bastante imprecisa durante todo o desfile, tanto das linhas melódicas quanto dos contracantos (alguns destes inclusive fora do tom). Iso se agravou com a recorrência do problema em quase todos os refrões e voltas à cabeça da forma. A persistência e relevância do problema causaram despontuação maior”.

Para a julgadora Deborah Weiterschan Levy, que tirou 0,1 décimo, “a escola apresentou imprecisões de afinação do canto em passagens da melodia, bem como nos “cacos” e comentários ao longo de todo o desfile, prejudicando o conjunto harmônico.

Jardel Maia Rodrigues também tirou 0,1 décimo e comentou: “Falta de igualdade do canto do samba pelos componentes de algumas alas. Faltou vibração e alguns só cantavam o refrão. Alas penalizadas: 04 aos 27 min, 05 aos 28 min, 23 aos 48 min e 26 aos 51 min”.

O jurado Rodrigo Lima tirou 0,1 décimo e apontou: “Com problemas de afinação recorrentes no seguinte trecho da letra do samba: ‘Alto céu’ e ‘um lugar’ e por não se tratar de um fato isolado a escola teve uma despontuação mínima”.

Mirian Orofino Gomes também tirou 0,1 décimo citando: “problemas de afinação no canto em alguns momentos do desfile. No começo do desfile, o canto dos intérpretes auxiliares resultou num conjunto vocal muito interessante, mas após algum tempo o intérprete principal iniciou várias chamadas de animação (cacos) que prejudicaram a beleza do samba-enredo”.

Jurados retiram décimos em sambas de Mocidade e Grande Rio por repetição de melodia e tom baixo em alguns versos

O quesito samba-enredo tirou décimos de dois dos sambas mais elogiados no pré-carnaval. As obras que embalaram os desfiles de Mocidade e Grande Rio, perderam respectivamente dois e três décimos, ambas nos mesmos dois jurados, com a principal justificativa de repetição de melodia ou pouca variação melódica em alguns trechos das músicas. Em relação à agremiação de Caxias, vencedora do carnaval, o quesito foi o único que a escola perdeu pontuação fazendo com a Grande Rio terminasse com 269,9 no quadro geral. Samba foi o quarto quesito lido, momento em que a Beija-Flor, que gabaritou esta avaliação, chegou a ficar à frente da campeã.

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O jurado Clayton Fábio Oliveira, do módulo 1, deu 9,9 para a Mocidade e Grande Rio. Na justificativa para a Verde e Branca de Padre Miguel, Clayton tirou meio ponto da melodia e criticou o tom baixo do início da cabeça do samba. “(Melodia – 0,1 ) O tom baixo para a pronúncia das palavras nos três primeiros versos da primeira estrofe fica evidente no retorno do segundo refrão quanto o cantor é coberto pelo arranjo, tornando difícil a compreensão da letra”, justificou Clayton.

Já em relação à campeã do carnaval de 2022, Clayton criticou uma semelhança melódica que encontrou entre o refrão principal e o verso “as sete chaves vêm abrir meu caminhar”, alegou Clayton. “(Melodia – 0,1) À partir do vigésimo nono verso a linha melódica da estrofe é muito semelhante a melodia do refrão final e não deixa claro a passagem entre as partes”

Outro jurado que retirou pontuação das duas escolas no quesito foi Felipe Trotta. Para a Grande Rio, Felipe chegou a dar um 9,8 criticando a repetição de frases melódicas como “Fala Majeté” e a modulação da segunda parte do refrão do meio.

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“Melodia – Há no samba uma frase melódica que aparece diversas vezes produzindo a sensação de que a melodia não evolui, sempre apoiada na mesma frase (‘Fala Majeté’, ‘Caboclo, andarilho, mensageiro’, ‘O Ifá nas entrelinhas do odus’, ‘malandro da encruzilhada’, ‘Laroyê, laroyê, laroyê’). Essa sensação é reforçada pela pouca variação de acordes do samba, apesar de umas poucas inclinações breves. (-0,1) Apesar disso, o trecho que teria função de contraste (‘Sou capa preta, Tiriri… até ‘…amei a lua, Marabô, Alafiá’) tem uma modulação mal resolvida, resultando em uma afinação imprecisa e pouco clara (-0,1)” , escreveu Felipe.

Em relação ao samba da Mocidade, Felipe Trotta retirou um décimo criticando a repetição de uma estrutura de acordes considerando que o fato contribuiu para que o samba ficasse, segundo ele, sem contrastes no canto e repetitivo.

“A melodia do samba está construída em cima de uma mesma sequência de três acordes fundamentais (Im, IVm, V) , tendo apenas uma parte diferente, depois do primeiro refrão. Mesmo quando vai pro modo maior e o refrão principal, a mesma estrutura de acordes é mantida (I, IVm, V). O resultado é que a música fica ‘plana’, durante todo o desfile, sem contrastes no canto e repetitiva”, alegou Felipe.

Os jurados Alessandro Ventura, Alfredo Del-Penho e Alice Serrano não retiram pontuação dos dois sambas.

Jurados não aprovaram desenvolvimento do enredo da Mangueira e citaram falta de coesão narrativa

Dos cinco julgadores do quesito “Enredo” quatro tiram décimos da Estação Primeira de Mangueira. Apenas Nilton Santos da Silva deu nota 10 para o trabalho de Leandro Vieira. Veja abaixo todas justificativas.

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Ao tirar dois décimos da Mangueira, a julgadora Carolina Vieira Thomaz disse: “o vasto universo da vida e das obras dos baluartes foi pouco aprofundado/explorado. Além das homenagens a Cartola e Jamelão terem sido mais trabalhadas do que a homenagem ao Delegado, não sendo abordados aspectos da sua vida pessoal. A repetição de mesmos elementos, como os chapéus das alas 10 e 16 e das alas 5, 14 e 20, dificulta a percepção da mensagem individual de cada uma. Ainda, na na 19, não fica clara a intenção pretendida por sua fantasia”.

O julgador Johnny Soares também tirou 2 décimos e comentou: “Retira-se 0,1 décimo pelo desequilíbrio na narrativa em relação à importância dos 3 homenageados. O setor 3 apresenta a ala 10 abordando a infância de Jamelão, porém o mesmo não ocorre nos setores 2 (Cartola) e 4 (Delegado). A infância e ocupação desempenhadas pelos dois antes da vida artística só é representada na belíssima e criativa comissão de frente. Como a proposta do enredo é conferir o mesmo peso às 3 personalidades a existência de uma ala que reforça um aspecto do homenageado apenas contradiz a promessa original e compromete a coer~encia da roteirização. Retira-se também 0,1 décimo pela falta de um desfecho para o enredo, que termina de forma abrupta com a alegoria 4, sem unir no final a trinca da trindade mangueirense que dá título ao desfile, enfraquecendo a coesão do enredo”.

O julgador Arthur Gomes também penalizou a Verde e Rosa em dois décimos. “Desconta-se 0,1 décimo pela incoerência na roteirização do desfile. A proposta de interligar as trajetórias individuais e artísticas de um poeta, um cantor e um mestre-sala desenvolveu-se de forma irrregular, pela ausência de alas que tratassem da infância de Cartola e Delegado, assim como foi feito em relação a Jamelão, na ala 10. Desconta-se mais 0,1 pela incoesão da narrativa, ao se encerrar de forma repentina o cortejo, sem um fechamento que integrasse os três setores anteriores, fazendo com que a homenagem a eses artistas parecessem quadros independentes, dificultando o entendimento da relação entre o todo e as partes”.

Para Marcelo Figueira, que também tirou 0,2 décimos da Mangueira, “o enredo não foi desenvolvido de forma que deixasse clara a influência dos três baluartes mangueirenses na trajetória de vida de atuais moradores da comunidade da escola. A bela homenagem aos três personagens não demonstra que os seus legados tornem o povo de Mangueira em potências criativas e artísticas. Restou clara a falta de uma conclusão à narrativa que se inicia com a exposição das legítimas tradições mangueirenses, seguidas das três celebrações, para se chegar ao entendimento acima”.

Julgadores explicam motivo de tirarem décimos da bateria da Viradouro

Os julgadores Mila Schiavo e Rafael Barros Castro, do quesito “Bateria”, tiraram 0,1 (1 décimo) cada da bateria da Viradouro, comandanda por mestre Ciça, no desfile do Carnaval 2022.

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Ao tirar 0,1 (1 décimo), a julgadora Mila Schiavo disse: “No módulo 1 houve oscilação no andamento da bateria. A percepção é que o grupo de vocalistas estava acelerando e houve desencontro entre o andamento da bateria e o “naipe vocal”.

Já no segundo módulo, o julgador Rafael Barros Castro também tirou 0,1 da bateria de Ciça e citou: “A acentuação rítmica das caixas com os seus acentos característicos que configuram o “swing” peculiar da bateria ficaram sem o referido destaque”.

O jurado Philipe Galdino não tirou nenhum décimo, mas citou que a bateria da Viradouro passou pelo módulo 1 e não se apresentou. “Sei que não existe essa obrigação, mas gostaria de ter tido a oportunidade de apreciá-la melhor”.

Apuração do Especial na TV Globo marca 28 pontos de audiência no Rio de Janeiro

A transmissão da apuração das notas das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro marcou 28 pontos de audiência, com 54% de participação. Sendo mais 10 pontos (+56%) de audiência e mais 16 pontos de participação no comparativo com a média da faixa das quatro terças-feiras anteriores. A apuração, que consagrou a Grande Rio como campeã do carnaval carioca, resultou na maior audiência desta faixa (16h03 às 18h39) desde 20 de fevereiro de 2022, e às terças, foi a maior audiência da faixa desde 2 de novembro de 2021.

mari milton