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A chama do braseiro! Parceria de Diego Nicolau vence disputa de samba-enredo da Mocidade

A Mocidade Independente de Padre Miguel escolheu na noite de domingo o samba-enredo da parceria de Diego Nicolau, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva, W Correa, Leandro Budegas e Cabeça do Ajax para o Carnaval 2023. A Verde e Branco vai levar para a Sapucaí o enredo “Terra de meu Céu, Estrelas de meu Chão”, desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira. A ideia é trazer o legado dos artistas do Alto do Moura, discípulos do mestre Vitalino. * OUÇA AQUI O SAMBA-ENREDO CAMPEÃO

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Fotos de Allan Duffes/site CARNAVALESCO

“Não só para mim, como para a minha parceria toda há um encontro de independentes. É uma vitória muito importante e estou grato por ter ganhado. É a quinta vez que ganho samba na Mocidade”, disse o compositor Diego Nicolau.

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“Ganhar nessa escola representa a Zona Oeste que é Mocidade. É a paixão, é a agremiação que chama. Sou tricampeão aqui e vale muito. Amo minha parceria e juntos vamos trazer mais um título para a Mocidade. É muito difícil saber qual parte foi crucial. O samba é todo maravilhoso, é difícil ter só uma parte boa, ele é incrível em tudo”, comemorou Orlando Ambrosio.

“É a escola do meu coração, eu nunca sonhei que fosse ganhar aqui no Maracanã do Samba. É o meu segundo título na escola. O nosso samba tem uma letra muito bem resolvida com o enredo, e vai consegue retratar muito bem esse maravilhoso enredo. Uma melodia muito bonita também”, comentou Gigi da Estiva.

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“É o meu tricampeonato, ganhei aqui ano passado, mas é como se fosse a primeira vez. Eu sou cria da Mocidade, para mim é uma emoção a cada ano que passa ver essa escolha. Eu estava aflito, eu estava agoniado. E quando sai o resultado a gente descarrega tudo. É uma emoção como se fosse a primeira vez. Tentamos botar poesia, fazer um samba para emocionar, a gente entendeu que o enredo não era um enredo para botar um samba alegre ‘pula-pula’, mas queríamos valorizar os artistas do Alto do Moura, e emocionar o público”, afirmou Cabeça do Ajax.

O vice presidente da Mocidade Independente de Padre Miguel, Luiz Claudio falou do desafio de fazer o desfile em 2023, para apagar os erros e o oitavo lugar que ficou bastante abaixo do que a escola projetava antes de entrar na Avenida.

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“Pra gente é motivo de orgulho e de grande prazer, depois de três anos a gente retornar ao Maracanã do Samba para escolher um samba. A escola está unida, como eu falei no dia da apuração, nós erramos no Carnaval 2022, assumimos o erros, reconstruímos a Mocidade, e a escola vem forte para o título. Esse enredo vai ser um sucesso na Avenida. Falar de Alto do Moura, falar de Caruaru, vocês podem ter certeza que a Mocidade vem forte, que com certeza juntos nós somos mais fortes”.

Sobre aporte financeiro, o dirigente revelou que a escola segue buscando e tem esperança que venha de municípios com relação ao enredo.

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“O prefeito de Caruaru esteve presente hoje na final do samba. Ele já sinalizou que está muito satisfeito, ele e todo o seu governo, todo o povo de Caruaru, e a gente espera também vir alguma ajuda que será muito bem vinda para a Mocidade”.

Recém chegado a Padre Miguel, o carnavalesco Marcus Ferreira revelou que o trabalho está indo a todo vapor no barracão da Mocidade.

“Já fizemos todos o protótipos de composição, de ala, a gente agora está na fase de reprodução, e alegoria sendo feitas. A Mocidade se organizou, aquilo que eu posso como profissional, orgulhar esse chão de estrelas, eu estou fazendo, está um clima muito bom no barracão entre as pessoas. A Mocidade vinha sempre conquistando as campeãs, houve um deslize esse ano, mas eles estão cientes de que são uma escola incrível, de um chão incrível, magnífica e eu só estou trabalhando com seriedade, amor, dedicação , para honrar a história da Mocidade”.

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Marcus também falou sobre como esse enredo é importante para sua trajetória, e como há uma sinergia entre o profissional e a escola em termos de pensamento de trabalho.

“Esse enredo era um sonho que eu já tinha desde 2017. Eu adoro a cultura popular, eu acho que é dever do carnaval carioca revelar novas histórias, como eu fiz “Ganhadeiras” com Tarcísio, e a minha trajetória no Acesso eu já vinha namorando temas que dão essa contribuição para o real brasileiro, o Brasil que a gente quer ver, quer viver. Quando eu trouxe essa ideia para a Mocidade, esse meu casamento com a escola, de olharmos temas de brasilidade, é um casamento certo. Eu tive muita cautela depois que eu saí da Viradouro, para uma escola que eu queria defender. Porque é um casamento, a gente está muito motivado para fazer uma Mocidade como ela gosta, também com a minha cara, e esse enredo é isso. A diretoria se enxerga no projeto. A gente está trabalhando muito e espera não errar”.

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Recepcionado com muito carinho pelos Independentes, o intérprete Nino do Milênio disse estar muito feliz com a chegada na Mocidade.

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“É a segunda vez que canto aqui no Maracanã do samba. Quando cheguei, minha apresentação foi aqui. É uma emoção muito grande, ainda mais para mim que sempre vim para cá defender samba. Hoje estou aqui como voz oficial da escola, além de estar realizando um sonho de estar na Mocidade, também estou dando um pontapé grandioso na minha carreira. Só tenho a agradecer a agremiação pela oportunidade e a Deus. A responsabilidade de substituir o Wander é maravilhosa. Mas é preciso lembrar que Wander Pires é insubstituível. Ele é um grande ídolo que tenho, respeito ao máximo a história dele. Agora espero fazer a minha história também. A Mocidade têm uma atmosfera muito leve. Digo isso por experiência própria, juro que já tiveram escolas que me senti pesado. Aqui a comunidade é maravilhosa, mesmo sendo exigentes. A torcida ao mesmo tempo que cobra, te dão oportunidade de mostrar o seu trabalho”.

O diretor de carnaval, Marquinho Marino, falou do aprendizado após o desfile deste ano e o planejamento para o ano que vem.

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“O que posso assegurar é que não vai ser igual o do último ano. Primeiro é fazer dignamente, e depois de terminar o projeto, é ter tempo para melhorar. O foco é consertar o que deu errado no carnaval passado. Temos um enredo denso, pois tem muita história e é emocional. É um enredo que toca no coração do pessoal de Caruaru. Quando fomos lá e comentamos do samba-enredo, as pessoas choravam quando a gente falava. E o samba campeão precisava trazer isso e foi o que aconteceu.Nós vamos começar os ensaios de bateria com o carro de som na próxima quinta-feira. E temos a gravação do cd e vamos ter todas as quintas o ensaio de bateria e carro de som. Aprimorar bem o canto com a comunidade, e começar os ensaios de rua em dezembro”.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diogo e Bruna, já conquistou os Independentes e a cada ano enche os olhos de todos com muito vigor e técnica na dança.

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“Nosso balanço é super positivo. Mas a gente nunca pode levar de um ano para o outro aquilo que foi bom ou ruim. Óbvio que temos que continuar a fazer o que já estamos fazendo, porém é preciso zerar porque no ano seguinte é outra história, outra visão. Em 2023 tenho certeza que irá ser melhor do que nós outros anos. A gente sempre inova na coreografia, pois não gostamos de mesmice. Fazer a mesma coisa no ano que passou, gostamos de inovar todo ano”, disse o mestre-sala.

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“Já conversamos com o carnavalesco, a fantasia está linda. Ela é incrível e virá lindamente assim como foi nos outros anos. Estamos melhorando cada vez mais para fazer um desfile encantador em 2023, assim como foi nos outros anos. Pretendemos fazer melhor ainda no próximo carnaval”, completou a porta-bandeira.

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Próximo do seu décimo primeiro ano no comando da Não Existe Mais Quente, mestre Dudu revelou que vê semelhanças com enredo e a possibilidade de bossas com outro carnaval da Verde e Branca da Zona Oeste.

“Pernambucópolis teve isso também. E algumas das melhores bossas nossas a gente faz em cima desse samba, que falava daquela parte também. É um enredo que me agrada muito, e a Mocidade esse ano vai acertar no desfile”.

Dudu também falou da chegada de Nino do Milênio e sobre o carinho que recebe diariamente da comunidade e diretoria.

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“Cada um tem sua característica, mas o Nino vem se superando, vem crescendo , está se soltando mais. É um talento jovem, tenho certeza que ele vai dar o melhor dele, tomara que seja aqui na Mocidade e por muitos e muitos anos. Eu fico feliz pelo reconhecimento da comunidade em relação ao meu trabalho, sou formado em casa, e jogar bola em casa é mais fácil. A comunidade me abraça, a escola em si, presidente, segmentos, isso é bom, me deixa muito grande e fico a vontade para criar paradinhas, bossas, ninguém se mete com a bateria, fico muito a vontade com isso. Indo para o décimo primeiro ano no comando da bateria, só perco para mestre André 14 anos, meu pai ficou nove. Isso é muito importante para mim, e cada ano que passa eu devo dar o meu melhor, trabalhando em cima de justificativa para manter o nosso nome”.

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A festa

A Mocidade Independente de Padre Miguel fez uma apresentação antes da disputa de samba propriamente dita voltada para valorizar sua história e a coletânea de obras antológicas que possui. De alguns mais antigos como “Chuê, Chuá, as águas vão rolar” , “Vira Virou” , até os mais recentes como “Elza Deusa Soares” , “Batuque ao Caçador”. Antes disso ainda, mestre Dudu fez um verdadeiro show com a “Não Existe Mais Quente”, com paradinhas, bossas e convenções, além do já conhecido ritmo da Mocidade.

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Durante os sambas históricos, aconteceu a já tradicional apresentação dos segmentos , velha-guarda, passistas, baianas e o casal de mestre-sala e porta-bandeira. A disputa de samba foi realizada com todas as três obras sendo cantadas pelo intérprete Nino do Milênio e o carro de som da Verde e Branca da Zona Oeste. As parcerias subiram ao palco e tiveram direito a ter um representante falando antes da apresentação para inflamar a torcida e continuaram no palco durante a apresentação animando o público. Entre as figuras importantes presentes na quadra , estava o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro.

Análise das apresentações na final

Parceria de Igor Leal: A parceria trouxe com sua torcida na parte visual um verdadeiro cenário com bandeirinhas de festa junina é uma grande estrela no alto. O samba mostrou boa interação com a quadra e a torcida cantou bastante alguns trechos principalmente o refrão do meio “Nois vai a luta'” que apresenta como licença poética uma variação linguística comum a certas regiões do sertão, além de seguir por uma boa linha melódica. No palco, os compositores mostraram bastante animação, interagindo muito com a torcida.

Parceria de Diego Nicolau: A segunda parceria a se apresentar no palco da finalíssima da Mocidade apostou nos balões nas cores da escola na parte visual. Neste samba, se viu mais interação de segmentos cantando a obra, velha-guarda, baianas, etc. O destaque ficou para o refrão do meio “Segue o carro de boi” em que a torcida e o público mostrava mais empolgação. Os compositores tentaram interagir em todos os lados do palco centralizado do Maracanã do Samba.

Parceria de Dudu Nobre: A última parceria a se apresentar no Maracanã do Samba teve uma grande resposta do público, torcida e segmentos que cantaram o samba desde o início. Destaque para o refrão principal “Terra de Meu Céu” que trazia o nome do enredo e fazia com que as pessoas fizessem até coreografia no “amassa com a mão”. Dudu Nobre, logo no início da apresentação, estava visivelmente emocionado, e chorava. Na parte visual, as torcidas trouxeram bandeiras e balões nas cores da escola.

Compositores da Mocidade esperam ansiosamente por grande decisão

Neste domingo o Maracanã do Samba vai estar lotado. A grande quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, localizada às margens da Avenida Brasil, vai receber a grande final de samba enredo que vai definir o hino da escola para o Carnaval 2023. Três parcerias seguem na disputa: “Dudu Nobre”, “Diego Nicolau” e “Igor Leal”. A obra escolhida vai embalar o enredo “Terra de meu Céu, Estrelas de meu Chão”, que está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira. Durante as eliminatórias, o site CARNAVALESCO conversou com um representante de cada parceria para entender o que eles podem dizer para defender sua obra e sobre a expectativa por ter um samba sendo apresentado pela Mocidade, na Sapucaí.

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Eduardo Hollanda/Divulgação

A parceria de Dudu Nobre conta também com os compositores Jefinho Rodrigues, Gustavo Clarão, Marquinho Índio, Ricardo Simpatia, J. Giovane, Prof. Renato Cunha e Luciano Chuca. Ricardo Simpatia convocou todos os independentes a se divertirem com o samba.

“Concorrendo com este samba a gente está fazendo arte aqui na Mocidade. Quero convocar todo mundo. Alô galera, vem fazer arte com a gente. Vem amassar com a mão. Vem com a Mocidade Independente fazer essa arte na Avenida Marquês de Sapucaí. A escola é a terceira a desfilar e a Marquês de Sapucaí quer alegria. E alegria é a Mocidade na Avenida, todo mundo evoluindo, e vai ser aqui como foi nas eliminatórias, todo mundo cantando, com alegria, foi um show”, finalizou o compositor.

Outra parceria é a de Diego Nicolau que concorre junto aos poetas Richard Valença, Orlando Ambrósio, Gigi da Estiva, W Correa, Leandro Budegas e Cabeça do Ajax. O compositor Diego Nicolau falou sobre o sentimento de compor para a Mocidade.

“Quando a gente compõe para a escola de coração, não adianta, é diferente. Às vezes, a gente acerta, às vezes não. Mas o importante é que nós estamos fazendo com amor pela escola. Todos os anos eu estarei aqui, ganhando ou perdendo, isso é certo. E eu estou muito feliz com o nosso samba, nossa parceria toda está muito feliz. Vamos fazer um trabalho bonito até o final e a escola sempre tem acertado na escolha do samba. A gente confia plenamente. Eu acho que o refrão do meio é uma parte que o pessoal está falando muito desse samba”, revela Diego Nicolau.

Por fim, na grande finalíssima da Mocidade, está a parceria de Igor Leal que também conta com os compositores Cristiano Plácido, Gabriel Teixeira, Rodrigo Medeiros, Bruno Serrinho, Guto Listo, Gilberto Monteiro e Wilson Paulino. Cristiano Plácido acredita que o samba da parceria tem agradado ao público que tem comparecido a Verde e Branca da Zona Oeste.

“Estou na escola há treze anos como compositor, e o legal é que a gente tem conseguido nas eliminatórias trazer a emoção para a quadra. Eu acho, minha opinião, que o nosso samba conseguiu agradar a todos, todos caíram no samba, o nosso samba conseguiu agradar, se vai ser campeão, é outra coisa. Mas eu acho que conseguimos atingir pelo menos o público, a gente fez o nosso papel. O refrão do meio que diz ‘nós vai a luta’, acho que isso arrebenta, faz com que a galera consiga dar um sacode, e a galera entrar em nosso samba, a melodia também é bacana”, entende Cristiano.

‘Um banho de axé!’ Parceria de Júlio Alves vence disputa de samba da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2023

A Unidos da Tijuca escolheu o samba-enredo da parceria de Júlio Alves, Claudio Russo e Tinga para o Carnaval 2023. O resultado saiu depois das 4h30 deste domingo. A escola do Borel vai apresentar na Avenida no desfile do ano que vem o enredo “É onda que vai… É onda que vem… Serei a Baía de Todos os Santos a se mirar no samba da minha terra”, de autoria e desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos. O desfile pretende trazer histórias da Baía de Todos os Santos. * OUÇA AQUI O SAMBA-ENREDO CAMPEÃO

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Fotos de Allan Duffes/site CARNAVALESCO

O compositor Cláudio Russo comentou muito a vitória, pois foi a primeira vez que assinou um samba na escola do Borel.

“O meu amigo e irmão Júlio Alves que é compositor antigo da escola me fez esse convite e ao Tinga também, e um convite de irmão, a gente não pode recusar. Eu estou muito feliz. Eu já ganhei outros sambas na Tijuca, mas assinando é a primeira vez, e o que vale é o que está assinado no papel. Eu estou muito feliz. Estou igual criança, como se fosse a primeira vez e está lindo. O diferencial foi ter um samba que remete muito a musicalidade da Bahia, daquela Bahia que vai pra rua, que brinca no trio elétrico, é um samba que não cai, o ritmo dele toca 30 minutos, toca uma hora e o samba não cai”, disse.

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Quem também estava radiante com a vitória era o compositor Júlio Alves.

“Essa vitória representa muita coisa para mim. Eu fiquei um tempo fora da Tijuca, então voltar sendo campeão e com um samba que é a cara da escola é um enorme prazer. Eu tinha muita vontade de vencer com esse samba e graças a Deus eu venci. Já fui campeão nove vezes na escola, mas isso não importa, já que cada ano é um sentimento e uma pegada diferente. Eu sou o maior fã desse samba, acredito que ele tenha tudo a ver com o enredo, bonito de ponta a ponta. Eu tive uma história ruim no início da disputa, quase desisti, mas acabei persistindo e agora estou aqui campeão. Nosso grande diferencial dos outros sambas foi sem sombra de dúvida o apoio enorme da comunidade e sua torcida”.

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Tinga também celebrou a conquista. “Foi a maior vitória minha em disputa de samba, uma emoção muito grande por causa de um sofrimento enorme para estar aqui essa noite e tudo deu certo. Só Deus sabe o que eu passei. Agora, é só festejar, como diz o samba. Já ganhamos muito sambas aqui, pelo menos uns seis, sem contar o hino que é nosso também. O samba é todo lindo, mas o refrão principal é muito bonito ‘Ilu ayê toca o sino da igrejinha’, maravilhoso”, comentou.

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O presidente Fernando Horta, em entrevista ao CARNAVALESCO, revelou que a escola ainda busca um aporte financeiro vindo da Bahia para ajudar no desfile. “Em relação a aporte a gente está tentando, para conseguirmos algum aporte nós estamos trabalhando em cima disso. Mas até agora não veio nada e não tem nada encaminhado, mas a gente espera que aconteça alguma coisa”.

Horta também fez questão de elogiar o carnavalesco Jack Vasconcelos, e acredita que tenha sido um acerto sua manutenção. “A Tijuca é uma escola conservadora. Eu não gosto de trocar de carnavalesco todo ano. Só que as vezes, eles pedem para ir embora, ou as vezes outra coisa. Mas eu acho que ele se adaptou bem a escola, e a gente a ele também, isso que é importante. É um grande artista. É um rapaz novo. Acho que ainda tem muito para dar e está mostrando e mostrou no carnaval que fez para Tijuca em 2022. E está fazendo um grande trabalho para o Carnaval 2023. A Tijuca vem sempre para disputar título. Esse ano a gente vai tentar, ano passado a colocação que a escola teve, eu não fiquei satisfeito, e acho que ninguém ficou. Mas, lógico que aquilo que a Tijuca quer, todas as outras querem. A disputa é difícil. Espero que a gente no dia esteja iluminado, a escola vai ensaiar muito, está fazendo um grande trabalho de fantasias e alegorias. Acho que escolhemos um bom samba e vamos para a luta”.

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Novamente, responsável pelo desfile da Unidos da Tijuca, o carnavalesco Jack Vasconcelos explicou a mensagem que quer passar com o enredo de 2023. O artista também falou do sucesso do desenvolvimento dos enredos que produz na Avenida.

“A mensagem do enredo é sejam felizes e conheçam a Baía de Todos os Santos, porque ela merece ser vista, visitada e sentida. As pessoas merecem conhecer um pouco mais da nossa história, o início da nossa história como povo e nação. Podem esperar um carnaval alegre, pra cima e colorido. Vai ser um carnaval com uma pegada de brasilidade bem grande. O segredo dos meus enredos é muita pesquisa e dedicação”, garantiu Jack.

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Ao lado da filha Wic Tavares, o intérprete Wantuir falou do desfile de 2022 e projetou 2023. “Foi maravilhoso, eu aprendi desde menino que tudo que é feito em família é mais prazeroso, ainda mais vendo a ascenção, o apogeu que a Wic conseguiu nesse carnaval. Muita felicidade, pois a maior felicidade de um pai é ver seu filho bem, trilhando um caminho de paz, beleza e sucesso. Se você for agora ao nosso barracão, você já se assusta por tudo que já está pronto, muito bem adiantado e trabalhado. Vai ser um carnaval lindo, maravilhoso e sensacional para poder representar a Baía, nada mais nada menos que a Baía de todos os santos, que vamos representar com muita beleza, amor, carinho e samba no pé”.

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Wic Tavares analisou o desfile de 2022, citou a relação com o pai e ainda abordou a preparação para 2023. “O Carnaval de 2022 representou uma etapa de renovação na minha vida. Ganhei meu filho e logo depois ganhei esse presentão da Tijuca em forma de oportunidade. Só me resta gratidão por toda a escola e pela possibilidade de quebrar tabus ao mostrar para outras mulheres que elas também podem. Ter meu pai comigo é fundamental. É muito difícil ingressar no samba sendo mulher, então a presença do meu pai acaba sendo mais que importante para mim nesse meio. Minhas expectativa para 2023 é a maior possível. Acredito que vai ser de fato a confirmação do meu trabalho. Minha intenção é fazer mais bonito ainda e mostrar para o povo do samba que mulher também sabe cantar sambas-enredo”.

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A escola do Borel terá um novo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira no ano que vem. Denadir e agora terá o jovem Matheus, que era o segundo e foi efetivado como primeiro.

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“O sentimento da estreia é o melhor de todos. Aguardei sete anos como segundo mestre-sala para ter a oportunidade de um dia defender o primeiro pavilhão da escola. Foi uma surpresa e é uma felicidade muito grande, estou muito feliz pela oportunidade que a escola está me concedendo”, disse o mestre-sala.

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“A qualidade do Matheus é que ele ouve bastante e a dança está bem legal. É uma troca de experiência, pois o Matheus é novo mas ele já tem uma certa experiência, só aqui na Tijuca são sete anos. Está sendo maravilhoso, estou gostando e muito feliz”, completou a porta-bandeira.

Diretor de carnaval e harmonia tijucano, Fernando Costa, contou o planejamento para o desfile de 2023 e ainda enalteceu o trabalho realizado em 2022.

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“Pode ter certeza que a Tijuca vem para brigar pelo título no próximo ano. Estamos mordidos desse último carnaval, podem esperar uma Tijuca com bastante alegria, fantasias e carros belíssimos e bastante garra na avenida. Só voltaremos a ensaiar na rua a partir de janeiro, mas manteremos nossos ensaios de quadra, que inclusive, a partir do dia 26 de outubro, irão se concretizar nas quartas ao invés das quintas. Meu segredo é fazer com amor tudo o que eu faço. É um grupo que já está junto há bastante tempo e muda pouco durante os anos. Ter um bom samba também acaba ajudando, e nós tínhamos um grande samba em 2022, que também saiu da apuração sem ganhar nenhuma nota 10”.

A festa

A disputa de samba começou com os dois intérpretes oficiais da Unidos da Tijuca, Wantuir e Wic Tavares, cantando por dez minutos cada os sambas de cada parceria finalista. A escola iniciou seu show em seguida com alguns sambas que remetem a Bahia como “samba da minha terra” , “Marinheiro só”, “É D’Oxum” de Elba Ramalho e “Ê baiana” de Clara Nunes.

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A apresentação também teve a participação de um bloco de axé da Bahia. Depois, Wic e Wantuir abriram a parte de sambas-enredo com o “É segredo” de 2010 seguido de “Agudás” de 2003. Destaque para Wic que trocou de roupa diversas vezes no show da Unidos da Tijuca, representando sempre alguma figura no espetáculo. A escola aproveitou para apresentar o segundo casal Rafael Gomes e Lohane Lemos, ao som do samba de 2020 “Onde moram os sonhos”. E no seguinte, ao som do samba de exaltação da agremiação, o presidente Fernando Horta promoveu oficialmente Matheus André, anteriormente segundo mestre-sala da Unidos da Tijuca em primeiro para dançar ao lado de Denadir Garcia.

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Após a apresentação do samba de 2022, a Tijuca deu início a sua disputa com três parcerias cantando sua obra por 30 minutos. O resultado foi anunciado próximo das cinco da manhã de domingo e teve festa e um desfile da bateria até a Avenida Francisco Bicalho.

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Apresentações dos sambas na final

Parceria de Totonho: A parceria que também conta com a participação de Dudu Nobre, teve como intérprete oficial Wander Pires. Com uma atuação bastante intensa do time de vozes no palco, a parceria recebeu uma boa resposta do público. Na torcida, o que pode-se ver foi um colorido de bandeiras e bexigas em diversas cores. Destaque para o refrão do meio “Tocam atabaques, axé de ilê”, além de um bonito trecho na segunda do samba que começa com o “Oraieiê Oxum Doçura a desaguar”, ambos trechos bastante cantados.

Parceria de Júlio Alves: A parceria teve como voz principal um dos autores do samba, Tinga. A obra conseguiu promover uma boa interação com o público e com os segmentos na quadra. Muita gente inclusive da harmonia estava cantando o samba. A torcida veio incrementada e trouxe a réplica de um barco com uma mulher dentro além de muitos balões e bandeiras na cor da escola. Destaque para o refrão do meio que começa no “Iluayê toca o sino da igrejinha”, que segue uma bonita linha melódica. Outro trecho de destaque foi “Opaí ó! É carnaval, onde a fantasia é eterna”, também cantando com bastante entusiasmo em preparação para o refrão principal, que também teve seu brilho “Um banho de axé…”.

Parceria de Leandro Gaúcho: O samba da última parceria a se apresentar na grande final da Tijuca tinha como intérpretes principais Emerson Dias, Rafael Tinguinha e Evandro Malandro. A obra teve um bom desempenho no trabalho do palco, mas não interagiu tanto com os segmentos, em um momento que a quadra já estava um pouco mais vazia. Na parte visual, a torcida trouxe balões e bandeiras com as cores da escola. O destaque para o samba ficou com o refrão principal “Chama gente, vem pra rua, tem sorvete na Ribeira” e o refrão do meio que começava com o “Brisa leve, a maresia às escadas do senhor” que possuía uma linha melódica diferente mas bonita”.

Compositores da Tijuca vivem expectativa por conhecerem parceria vitoriosa

A Unidos da Tijuca recebeu inicialmente 11 obras inscritas em seu concurso de sambas-enredo. Hoje, sobraram apenas três que irão disputar a grande final: “Totonho”, “Leandro Gaúcho” e “Julio Alves. O site CARNAVALESCO conversou com um representante de cada parceria para ouvir um pouco da expectativa e saber como anda a ansiedade para o resultado final.

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Divulgação / Unidos da Tijuca

A parceria de Totonho conta também com os compositores Dudu Nobre, Kadu Gomes, Dino Coutinho e Fadico. O poeta Totonho falou um pouco sobre como a parceria tem encarado essa disputa.

“Sempre é uma expectativa muito grande. A Tijuca tem uma grande ala de compositores. Sempre tem grandes sambas na disputa. Já estou aqui há mais de 15 anos, mas sempre tem aquele frio na espinha. Para a gente ver se está agradando não só aos desfilantes da Tijuca, mas à diretoria de um modo geral. Sempre há uma preocupação em relação a isso. A gente sempre busca produzir um samba que esteja à altura da Unidos da Tijuca. O que mais acho que vai impressionar o povo é o nosso refrão final que vira para a cabeça do samba. Aquela parte é muito bonita”, entende Totonho.

Outra parceria na disputa é a de Júlio Alves que também conta com os poetas Cláudio Russo e Tinga. Claudio falou um pouco sobre a experiência de fazer samba para a Unidos da Tijuca.

“O enredo ajudou, estou muito feliz, foi um convite do meu irmão Júlio Alves para a gente assinar junto. Eu estou chegando na Tijuca agora, assinando com ele e o Tinga. E nós estamos vivendo todo esse período de preparação com muita alegria, quintas e depois aos sábados, sabendo que a escola tem uma tarefa árdua que é escolher o samba, mas nós estamos na disputa”, acredita Cláudio.

Por fim, também na grande final, a parceria de Leandro Gaúcho que conta com os compositores Luciano Fogaça, Marcus Lopes, Hélio W Rocco e Porkinho e a participação especial de Gustavinho Oliveira. Gustavinho explicou um pouco sobre as características do samba-enredo.

“Nosso samba é muito valente, é muito alegre, traz a cara da escola. Eu venho buscar meu tricampeonato, já ganhei dois. A gente tem muita valentia. É um samba resgatando uma cara da Tijuca, porque o enredo é muito bom. E o refrão do meio ‘Brisa leve a maresia’, é a parte que acho que vai emocionar o público”, promete o compositor.

Deu quitandinha de erê! Parceria de Igor Leal vence samba-enredo da Grande Rio para o Carnaval 2023

A Grande Rio, atual campeã do carnaval carioca, escolheu na manhã deste sábado, por volta de 2h40, o samba-enredo da parceria de Igor Leal, Arlindinho, Diogo Nogueira, Myngal, Mingauzinho e Gustavo Clarão para embalar o desfile da escola em 2023. A agremiação aposta na figura de Zeca Pagodinho para levar o segundo título para Caxias, o enredo: “Ô Zeca, o pagode onde é que é? Andei descalço, carroça e trem, procurando por Xerém, pra te ver, pra te abraçar, pra beber e batucar!” dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. * OUÇA AQUI O SAMBA-ENREDO CAMPEÃO

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Fotos de Allan Duffes/site CARNAVALESCO

“Eu disse que ia parar de fazer samba, mas a Grande Rio veio falar do Zeca, que é meu padrinho, me moldou como compositor. O Zeca um cara que me ajudou e eu precisava compor pra ele, não tinha discussão. Fico feliz que o samba tenha caído nas graças do público, é o mais ouvido até agora, espero que ele seja responsável por ajudar Caxias a conseguir mais um ótimo resultado. Contando com o meu pai já são seis vitórias”, afirmou Arlindinho.

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“Hoje, eu tenho certeza que essa é a maior final da minha história, a maior vitória, a maior final que já estive na vida. Tenho muito fé de que o bicampeonato virá para Caxias. Essa é a segunda vez que ganho e se Deus esse será o segundo campeonato nosso. Falar de Zeca é fácil, ele é a gente, cantando, bebendo, compondo e comemorando. Falar do povo é muito fácil e está aí, todo mundo feliz”, celebrou Igor Leal.

“Muito feliz com mais essa vitória. Foi a escola que me projetou, que abriu as portas para mim. Tinha um jejum de 10 anos esperando essa vitória, e ela veio. Essa é a nova vez que venço, fora o samba exaltação. Estou muito feliz, muito obrigado a Grande Rio, falar do Zeca foi fácil, ele é uma pessoa sem igual pro mundo do samba e os carnavalescos deram todo o subsídio para gente construir o samba”, garantiu Myngal.

Artistas responsáveis, mais uma vez, pelo desfile da Grande Rio, Leonardo Bora e Gabriel Haddad, falaram do trabalho no barracão e a relação dos enredos apresentados em Caxias por eles.

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“O nosso componente e torcedor podem esperar para o conjunto de alegorias e fantasias uma grande festa e celebração da vida, da alegria e da felicidade. Além disso, grandiosidade, beleza, volume, colorido. Em resumo, muita alegria mesmo. Queremos transmitir esse sentimento de leveza levando em consideração que a obra que o Zeca canta é sobre um Brasil em que é possível ser mais fraterno, humano e belo. O nosso trabalho todo, desde o carnaval de 2020 na Grande Rio dialoga como um todo. Ogum é o segundo samba a descer na gira depois de Exu, então, vamos celebrar muito isso e cantar a alegria do título, celebrando esse grande artista da cultura popular brasileira”, disse Bora.

“O torcedor pode esperar da escola um enredo que transmite muita energia e que apresenta toda a força do samba. Zeca Pagodinho é um representante de um estilo tão importante para nossa cultura. Quando o carnaval chegar na avenida, que possam se olhar no espelho e nos enxergar nesse canto de alegria”, completou Haddad.

O presidente Milton Perácio celebrou o momento da Grande Rio, após o título, e projetou o sucesso do desfile em homenagem ao sambista Zeca Pagodinho.

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“Olhando para nossa história, vejo o quão impressionante é nossa evolução. Fico imaginando quando começamos e pensávamos em ser essa potência, essa agremiação forte que os sambistas do município pudessem rir, ter um sorriso no rosto e festejar com muita vontade e muita alegria. O sentimento é que conseguimos com esses 34 anos. O povo está feliz, Caxias está radiante, ou seja, a cidade como um todo. Ter o Zeca como nosso enredo representa tudo, é o samba em sua essência. E é com essa força que vamos entregar um grande carnaval. Digo para toda nossa comunidade que aguardem: estamos pensando no bicampeonato e vamos na busca incessante por mais essa marca em nossa história. O povo de Caxias pode ficar satisfeito”.

O diretor de carnaval, Thiago Monteiro, frisou que trabalhou muito bem feito em 2022 seguirá para o ano que vem.

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“Em relação aos preparativos para o próximo carnaval, eu posso dizer que time que está ganhando não se mexe. Queremos manter o mesmo trabalho e sabemos que o bicampeonato é mais difícil que o campeonato. A escolha do samba é o momento chave, então queremos manter o mesmo trabalho, estratégia, tranquilidade e atentos em tudo o que possa vir a acontecer para manter uma linha. Trabalhamos com grande afinco”.

Ele afirmou que ser a segunda escola a desfilar no domingo de carnaval não assusta.

“Desfilar como segunda escola do domingo não tem diferença alguma. A história recente do carnaval nos mostra isso. Seguimos o mesmo pensamento. Desfilar domingo é a mesma coisa que a segunda-feira e é até um componente a mais, afinal, temos que chegar com tudo, fortes, com samba valente, pisando firme. Queremos marcar nossa presença naquele espetáculo maravilhoso. Dia 8 de novembro será nosso primeiro ensaio de quadra efetivo da comunidade por conta do feriado da semana anterior. Teremos reunidos todos os nossos segmentos e em dezembro começaremos na rua. No barracão, protótipos finalizados. Já tem carro na madeira e todos entraram no ferro. Estamos num cronograma tranquilo”.

Mestre Fafá comentou da missão da escola e da bateria em 2023. “Nós temos uma grande missão pela frente, somos a segunda a escola a desfilar. A bateria vem mantendo sua média em todos anos. E esperamos quem em 2023 vamos manter essa mesma média. Ainda não sei sobre as bossas. Hoje foi a final, estávamos esperando saber qual seria o samba campeão. Agora vamos trabalhar, pensar um pouco e relaxar a mente para saber direitinho o que vamos fazer para 2023”.

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O mestre falou também sobre o andamento tão elogiado da bateria. “O andamento é o mesmo de todo ano, 142 BPM. É o que vem dando certo, a escola foi vice campeã e depois campeã. Nós conseguimos as notas máximas. Espero que continue dando certo, e que a escola consiga alcançar voos mais altos. Sabemos que temos muito trabalho a fazer, pois tem muita bateria boa, nota 10. E nós vamos conseguir mais uma vez esse resultado”.

Craque no comando do carro de som, o intérprete Evandro Malandro festa o acolhimento que recebe na Grande Rio.

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“Eu fico muito feliz pela minha trajetória, pelo acolhimento que a Grande Rio me fez. A história que a escola tem e os nossos orixás quiseram que esse momento viesse agora. Fico muito lisonjeado pelo carinho e feliz por esse acontecimento nessa época, pois viemos de uma pandemia”.

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Ele também explicou o sucesso da parceria com mestre Fafá para o bom desempenho do samba.

“O segredo é o carinho, respeito, ser franco com o seu amigo. E principalmente ser fã dele também. Sou muito fã do trabalho do Fafá, quando saímos para fazer show, acho incrível a forma como ele trabalha. Acredito que o segredo é esse. Ser carinhoso, admirar o trabalho do seu amigo e estar sempre em conjunto. Nós estamos nos comunicando sempre, nas eliminatórias ele me pedia opinião sobre o andamento, as bossas e eu falava como ficava melhor. Esse respeito mútuo precisa acontecer”.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Daniel e Taciana, apesar de muito jovem, já figura entre os melhores. A dupla comentou o momento.

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“É uma honra ouvir das pessoas essas palavras. É fruto do trabalho duro, dedicação e de muito amor pelo pavilhão. É um trabalho de equipe, pois não fazemos nada sozinhos. Toda conquista, todo mérito e tudo de positivo que ouvimos é fruto de uma união de pessoas”, disse Taciana.

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“Pra mim é importante a gente ter esse reconhecimento. É uma equipe, um conjunto de trabalho para hoje estarmos chegando ao nível de grandes mestre-sala e porta-bandeira. Poder representar e dar continuidade a essa arte na avenida é muitos importante. Agradeço o carinho de todos, da nossa equipe e também da presidência da escola por confiar no nosso trabalho”, completou Daniel.

Festa em Caxias

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A Grande Rio preparou um show especial para a final deste ano, além dos sambas tradicionais da escola, muitas músicas de Zeca Pagodinho, homenageado no enredo do próximo carnaval. A bateria preparou uma apresentação especial para a música “Pra São Jorge”, nesse momento toda a quadra se apagou e os presentes acenderam lanternas.

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A comissão de frente, vencedora do Estre do Carnaval em 2022, se apresentou com a fantasia usada no desfile campeão e arrancou aplausos da quadra.

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A rainha da bateria, Paolla Oliveira, esteve presente e sambou bastante a frente dos ritmistas de mestre Fafá, outras musas também marcaram presença. Evandro Malandro passeou por diversos sambas históricos.

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Análise das apresentações dos sambas

Parceria Toninho Gerais: a primeira parceira a apresentar passou de forma linear, durante as 10 passadas. O samba foi cantando com vigor pela torcida, porém, a empolgação caiu com o passar do tempo, vale destacar o grande número de bandeiras e bexigas. O refrão principal foi a parte mais cantada, não só pela torcida, mas também por boa parte da quadra.

Parceria de Igor Leal: a segunda parceira da noite teve Igor Sorriso no comando do carro de som, antes mesmo do início, os torcedores já gritavam “É Campeão”.  Durante a apresentação o samba foi cantando de forma avassaladora, o refrão do meio já caiu no gosto do popular, o “quitandinha de erê” se transformou em uma verdadeira catarse. Além da torcida, que era bem numerosa, toda a quadra cantou o samba, inclusive, segmentos da agremiação.

Parceria Derê: a última parceria a se apresentar contou com Bruno Ribas na condução do carro de som, o samba começou com força, principalmente pelo refrão principal. A torcida foi numerosa e contou com muitas bandeiras. Foi possível observar vários integrantes da harmonia da escola cantando o samba. Porém, ao longo da apresentação, o samba perdeu um pouco de força.

Grande Rio define nesta sexta samba para buscar o bicampeonato no Carnaval 2023

A Grande Rio, atual campeã do carnaval carioca, define nesta sexta-feira o samba-enredo que irá embalar o desfile da escola em 2023. A agremiação aposta na figura de Zeca Pagodinho para levar o segundo título para Caxias, o enredo: “Ô Zeca, o pagode onde é que é? Andei descalço, carroça e trem, procurando por Xerém, pra te ver, pra te abraçar, pra beber e batucar!” dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. A quadra da Grande Rio fica localizada na Rua Almirante Barroso, 5 – Centro, Duque de Caxias.

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Divulgação

O presidente da tricolor de Caxias, Milton Perácio, falou sobre os objetivos da escola no próximo carnaval. Ele acredita que repetir o desfile de 2022 é difícil, já que foi uma catarse total, mas que a escola vai desfilar com muita alegria em busca do bicampeonato. Sobre o samba, disse que não pode faltar alegria ao falar de Zeca Pagodinho.

“A reponsabilidade é enorme, muito maior, mas a Grande Rio está consciente disso e vai fazer outro grande desfile, talvez incomparável como o de 2022, mas um desfile em que nós vamos brigar novamente para trazer esse vice campeonato. Falar sobre o Zeca é uma importância muito grande, não pode faltar alegria nesse samba, nós estamos felizes, o povo da cidade está feliz pelo título, vamos desfilar com muita alegria para trazer o bicampeonato para casa”, disse Perácio.

Favoritismo

A parceria de Igor Leal, Arlindinho, Diogo Nogueira, Myngal, Mingauzinho e Gustavo Clarão foi eleita a favorita para vencer por 73,5% dos leitores. A parceria de Derê, Dudu Nobre, Marcelinho Santos, Licinho Jr, Robson Moratelli, Rafael Ribeiro e Toni Vietnã ficou com 14,5% e a parceria de Toninho Gerais, Dunga, G Martins, Jailson da Grande Rio, Eduardo Queiroz, Jorge Fernandes e Sérgio com 12%.

Compositores finalistas na Grande Rio falam da emoção de disputar decisão pela escola

A Acadêmicos do Grande Rio define nesta sexta-feira o samba que irá embalar o desfile da escola para o Carnaval 2023. O enredo da tricolor de Caxias é “Ô Zeca, o pagode onde é que é? Andei descalço, carroça e trem, procurando por Xerém, pra te ver, pra te abraçar, pra beber e batucar!” dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação

O site CARNAVALESCO conversou com representantes das três parcerias finalistas no concurso para saber o que representa chegar até a final e para que cada um possa destacar o que mais gosta em seu samba.

Parceria Igor Leal: “Zeca Pagodinho é meu padrinho, cresci vendo ele lá em casa compondo, é uma honra escrever pra ele, nessa escola que me deu o sonho de ser campeão do carnaval. Já fiz sambas aqui, meu pai já foi campeão aqui, eu junto com ele, então eu tenho a Grande Rio como uma escola do coração. Sempre que o meu Império ia para o segundo grupo eu colocava samba aqui, esse ano o Império fala do meu pai, então eu não poderia fazer, então optei por inscrever aqui nessa homenagem ao Zeca, tô muito feliz com a repercussão do samba”, disse Arlindinho Cruz.

Parte favorita: “O refrão do meio eu fico muito feliz porque foi uma proposta minha para nossa parceria por eu ser o mais macumbeiro da turma. Era uma aposta, nós trouxemos uma imagem para o enredo, no início alguns parceiros não queriam, outros abraçaram, e acabou virando o samba do quitandinha, fico muito feliz, foi uma honra estar com vários amigos, eu gosto dessa parceria porque ela é muito leve.”

Parceria Dudu Nobre: “É uma gratidão, ano passado tive a honra de ganhar na homenagem ao Martinho, esse ano estamos tentando novamente com o Zeca. É uma forma de agradecer a tudo que ele fez por mim e pelo mundo do samba de uma maneira geral.”

Parte favorita: “Eu gosto de tudo, é difícil destacar.”

Parceria Toninho Gerais: “É um sucesso pra gente, graças a Deus. Um sonho realizado, vamos juntos nessa final.”

Parte Favorita: “Eu gosto da parte que fala do Arlindo, o parceiro do Zeca, é muito importante.”

Baixada em ato de rebelião! Parceria de Léo do Piso vence disputa de samba da Beija-Flor para o Carnaval 2023

A Beija-Flor escolheu na madrugada desta sexta-feira o samba-enredo da parceria de Léo do Piso, Beto Nega, Manolo, Diego Oliveira, Julio Assis e Diogo Rosa para o Carnaval 2023. Vice-campeã de 2022, novamente, a azul e branco prepara um enredo de forte apelo popular e com pegada crítica. A escola pretende levar para a avenida um novo olhar sobre a Independência do Brasil, através do enredo: “Brava Gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência”, de autoria dos carnavalescos Alexandre Louzada e André Rodrigues. * OUÇA AQUI O SAMBA-ENREDO CAMPEÃO 

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Fotos de Nelson Malfacini/site CARNAVALESCO

“É uma coisa muito significante esse título aqui pela Beija-Flor, nós tivemos uma safra muito boa, 23 sambas na disputa, chegamos com três maravilhosos sambas e qualquer um deles que fosse escolhido a escola iria estar muito bem representada. Fico muito honrado, foram muitas noites de sono sem dormir, muita luta, muito cansaço, para que a Beija-Flor tivesse o melhor hino para o carnaval 2023. Ela escolheu nosso samba que agora é da comunidade nilopolitana, deixa Nilópolis cantar. Virei bicampeão nesse solo sagrado”, comemorou o compositor Léo do Piso.

“Ganhar um samba na Beija Flor é uma emoção muito grande e uma responsabilidade desde o início da feitura do samba até depois do resultado. O resultado é isso aí, “deixa Nilópolis cantar”. É minha sétima vitória na agremiação e o diferencial que nos levou à essa conquista é o pensamento da escola e comunidade na história do povo sofrido e guerreiro”, contou o compositor Diogo Rosa.

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Diretor de carnaval da Beija-Flor, Dudu Azevedo disse que após o vice de 2022 a preparação será ainda maior para conquista do título. “Em 2022, nós perdemos pontos em dois quesitos que foi alegoria e comissão de frente. Para o próximo carnaval, vamos buscar esses pontos. Em alegorias, foram perdas de ponto por erro nosso. Estamos em cima disso. Do lado de cá, fizemos algumas alterações do time e vamos trabalhar pesado nesse aspecto para o próximo ano. Vamos fazer nosso primeiro ensaio de quadra na próxima quinta depois da gravação do CD, que será dia 27. Dia 3 de novembro começam os ensaios de quadra e a expectativa é de que no último sábado do próximo mês vamos para a rua pela primeira vez. E aí após o final do ano, seguimos direto até o carnaval”, explicou.

O carnavalesco André Rodrigues, que assina o desfile com Alexandre Louzada, revelou o queo nilopolitano pode esperar do desfile do ano que vem. “O nilopolitano pode esperar um carnaval que fale sobre as lutas diárias do povo que representa essa comunidade. Eu diria que o desfile em seu conjunto de alegorias e fantasias será petulante, como disse a tia Débora, presidente da velha guarda. Petulância da estética e dos signos que serão representados. Estamos focados e trabalhando para entregar um carnaval de alto nível e que seu discurso reverbere por muito tempo”.

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Louzada completou: “A Beija-Flor é uma escola representada pelas suas diversas vivências por meio de projetos sociais de cada um que faz parte dessa comunidade. E levantar essa criticidade é uma característica da escola já muitos anos, sempre foi crítica. Eu julgo o segredo do sucesso do enredo pela paixão mesmo de cada componente pela escola e do orgulho que sentem. Dessa forma conseguimos desenvolver um trabalho super empolgados. É a vez do André Rodrigues, me sinto super confortável. Respeitando a ideia do autor eu proponho as minhas sugestões, discutimos e encontramos a melhor maneira de inserir. Ele fez a proposta do enredo e agora estamos trabalhando para entregar o melhor”.

Mestre Rodney fez um balanço da bateria no desfile de 2022 e projetou o ritmo da “Deusa da Passarela” no ano que vem.

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“Em 2022 fizemos um carnaval maravilhoso. A escola toda, para falar a verdade, tanto que conquistamos um vice campeonato. Agora é intensificar os trabalhos para em 2023 e chegarmos mais uma vez fortes. Em time que está ganhando não se mexe. É manter o trabalho e buscar trazer o caneco para Nilópolis”.

Rodney falou também da mudança à frente bateria com a saída de Raissa e a entrada de Lorena.

“A Raissa fez um trabalho maravilhoso na frente da nossa bateria. Mas agora a Loreninha está chegando com força total. É cria nossa. Nasceu aqui na quadra A Lorena já sabe o que fazer, sabe cultuar nosso pavilhão e nosso chão. É uma menina iluminada”.

A porta-bandeira Selminha Sorriso conversou com o CARNAVALESCO sobre o enredo de 2023, a parceria com Claudinho e revelou que o casal nilopolitano ainda estuda seu posicionamento no desfile.

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“Quando eu conheci o enredo, eu pensei que tinha muito para estudar. Eu só não sabia que seria tão rico. É inacreditável a quantidade de lutas, histórias mulheres de destaque que foram invisibilizadas. Sobre minha parceria com o Claudinho, não temos acomodação, buscamos trabalhar diariamente para defender a ancestralidade de mestre-sala e porta-bandeira. Para 2023, ainda estamos estudando nossa posição no desfile, a fantasia está em processo de produção, e sabemos que é leve”, garantiu.

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O mestre-sala também falou sobre o enredo e a parceria com Selminha. “A Beija-Flor tem a característica de gritar o povo. É só ver como nossos enredos são ao longo dos anos. Temos esse traço de dar dignidade e esse ano não vai ser diferente. O segredo da parceria com a Selminha é humildade. Mas também é preciso ter foco e estar com a família Beija-Flor. São todos juntos e unidos com garra e determinação”, garantiu Claudinho.

Show em Nilópolis

A Beija-Flor montou uma estrutura especial para a final, um grande palco foi instalado no centro da quadra, nele todos os segmentos da escola se apresentaram, durante mais de uma hora vários sambas históricos da agremiação foram cantados. Claudinho e Selminha Sorriso bailaram com a garra de sempre e arrancaram muitos aplausos de todos os presentes.

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Após o show da escola, foi a vez da coroação de Lorena Raissa como rainha de bateria da Soberana. Vencedora do concurso “rainha da comunidade”, ela foi coroada por sua mãe, Aline Souza, e por Raissa de Oliveira, que deixou o posto.

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Aieny Mendes e Flávia Custódio, finalistas do concurso, foram coroadas princesas da ala de passistas. Nesse momento grandes musas do carnaval carioca subiram ao palco. Quitéria Chagas e Evelyn Bastos entregaram a faixa para Aieny Mendes, enquanto Bianca Monteiro e Mayara Lima entregaram para Flávia Custódio, todas foram aclamadas pelo público.

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“Foi incrível ser coroada pela Raissa recebendo a bênção da minha mãe. Para mim, ser rainha da bateria é apresentar a bateria, samba no pé e o amor que temos pelo nosso pavilhão. E que eu consiga ajudar a conquistar mais pessoas para o nossa escola, Beija-Flor”, disse Lorena.

O momento de maior surpresa ficou reservado para o final já que ao longo da semana Neguinho da Beija-Flor informou que faria um grande anúncio durante a final. O mistério foi revelado quando o intérprete convidou a cantora Ludmilla para subir ao palco e cantar com ele. Ela agora faz parte do carro de som da escola e desfilará ao lado de Neguinho no próximo ano.

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Ao CARNAVALESCO, Neguinho da Beija-Flor falou sobre a parceria com Ludmilla para o desfile do ano que vem.

“A participação das vozes femininas no carnaval começou com Elza Soares na Mocidade Independente de Padre Miguel, aí depois foi sendo banido, foi sumindo a voz feminina do carnaval. A Beija-Flor tem sambas que pedem a voz feminina, de repente uma nota aguda que pode ir lá pra baixo, a voz feminina segura os graves. A Ludmilla negra, veio também da origem do samba, das comunidades, favelas, hoje é a rainha, o motivo desse convite é que eu tenho certeza que ela como rainha do funk e do pop, agora também no samba, vai acrescentar positivamente com a participação dela no carnaval”.

Análise das apresentações dos sambas

Parceria de Junior Trindade: o primeiro samba a se apresentar teve no carro de som um trio de peso, Wantuir, Igor Sorriso e Igor Vianna. Do início ao fim foi uma apresentação impressionante, a torcida tomou conta da quadra e cantou o samba a capela antes da apresentação começar. Durante todo o tempo a obra foi cantada a plenos pulmões, não só pela torcida, mas também por todos os presentes na quadra. Os refrões eram cantados com tanta força que em alguns momentos os cantores não eram ouvidos. A parceria apostou também no uso de bastante pirotecnia para engrandecer ainda mais o show.

Parceria de Theo M. Neto: o segundo samba a se apresentar contou com Emerson Dias no comando do carro de som. Em comparação com a parceria anterior, foi possível perceber um número menor de torcedores, mesmo assim o início da apresentação foi bem satisfatório, porém, com o passar do tempo a obra perdeu força e não conseguiu sustentar o canto do início. Vale destacar que a parceria levou vários personagens da história do Brasil para o palco, fazendo uma alusão ao enredo.

Parceria de Léo do Piso: o último samba da noite teve como intérpretes Tinga e Pitty de Menezes. Foi sem dúvida a parceria com o maior número de torcedores e desde a entrada na quadra já estavam com o samba na ponta da língua. Durante os 20 minutos de apresentação o que se viu foi pura catarse, além da torcida, outros presentes na quadra também cantavam com muita empolgação, a parte que diz “deixa Nilópolis cantar” foi gritada a plenos pulmões. O canto se manteve extremamente vigoroso do início ao fim, foi uma apresentação fortíssima.

Beija-Flor define nesta quinta-feira samba campeão para o Carnaval 2023

Leitores apontam parceria de Junior Trindade favorita para vencer

A Beija-Flor de Nilópolis realiza nesta quinta-feira sua grande final do concurso de samba-enredo para o carnaval 2023. Novamente, com um enredo de forte apelo popular e com pegada crítica, a escola pretende levar para a avenida um novo olhar sobre a Independência do Brasil, através do enredo: “Brava Gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência”, de autoria dos carnavalescos Alexandre Louzada e André Rodrigues. A quadra da Beija-Flor fica localizada na Rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1025, Nilópolis – RJ.

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Eduardo Hollanda/Divulgação

O presidente da agremiação, Almir Reis, disse em entrevista, que para o próximo a escola virá ainda melhor do que em 2022, quando conquistou o vice-campeonato, ele disse ainda que o samba campeão deve conter tudo o que a escola tem como característica principal, a garra.

“Não posso te falar o que estamos projetando pro próximo, mas vai ser um trabalho muito bonito, vamos fazer um grande espetáculo, podem aguardar, em 2022 nós fizemos um bom trabalho, perdemos por erros bobos, erros nossos, pecamos, vamos corrigir para que no ano que vem a gente alcance nosso objetivo, que é o título. A nossa meta, do grupo inteiro, tudo aqui fazemos em conjunto, nossa missão é fazer um espetáculo maior do que em 2022. Nesse samba campeão não pode faltar, garra, força e dedo na cara, que é nossa marca registrada”, disse o presidente.

Dudu Azevedo, diretor de carnaval da azul e branca da Baixada, disse que busca um samba que uma métrica e melodia que facilitem o canto do componente, para ele, isso é fundamental para que a escola evolua com perfeição e que a harmonia seja constante.

“Quero ver o samba que vai ser gritado pela minha comunidade, assim nós escolhemos o samba do ano passado, as vezes o samba tem uma melodia linda, mas não tem uma métrica fácil de ser cantada pelo povo, então eu busco um samba que tenha uma métrica boa, uma melodia que o povo embarque, que abra os braços e cante, que venha do pulmão aquela vontade cantar, a gente tem a evolução, a gente canta, dança, tem harmonia e evolução nota 10”, pontua Dudu.

Favoritismo

A parceria de Junior Trindade, Romulo Presidente, Thiago Portela, Andrezinho C., Daniel Pereira e Silvio Romai foi apontada a favorita para vencer a disputa por 72, 4%, seguida da parceria de Léo do Piso, Beto Nega, Manolo, Diego Oliveira, Julio Assis e Diogo Rosa com 17, 6% e a parceria de Theo M. Neto, Lucas Gringo, Serginho Sumaré, Xande Ribeiro, Neilson Oliveira e Cláudio Vagareza ficou com 10%.

Compositores finalistas na Beija-Flor falam da emoção de disputar decisão pela escola

A Beija-Flor de Nilópolis define nesta quinta-feira em sua quadra o samba que irá embalar o desfile da escola no próximo carnaval. O Enredo da agremiação é “Brava Gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência”, de autoria dos carnavalescos Alexandre Louzada e André Rodrigues.

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Eduardo Hollanda/Divulgação

O site CARNAVALESCO conversou com representantes das três parcerias finalistas no concurso, para saber o que representa chegar até a final e também para que cada um possa destacar o que mais gosta em seu samba.

Samba 01: “Pra mim é uma emoção muito grande porque a gente participa de um dos concursos mais difíceis no mundo do carnaval, então o quanto mais fomos avançando, mais confiantes ficamos”.

Parte preferida: “Sem dúvidas o ‘Deixa Nilópolis cantar, pela nossa independência, por cultura popular’ esse é o trecho do carnaval, pode anotar”.

Samba 05: “Mais do que disputar samba na Beija-Flor e chegar nessa fase do concurso, pra mim ser Beija-Flor representa o meu universo dentro do samba, eu nunca gostei de funk, nunca gostei de rock, nunca gostei de sertanejo, eu sempre gostei da Beija-Flor, eu sou Beija-Flor desde criança, pra mim a Beija-Flor em matéria de samba e cultura é tudo. Chegar nessa fase é muito gratificante, a gente briga muito, a gente investe bastante no nosso sonho, as pessoas as vezes criticam, mas o que a gente investe de mais precioso é o nosso sonho, o nosso anseio em ter o hino da escola, eu sou muito feliz por ser Beija-Flor e por estar aqui desde que me entendo por gente”.

Parte Preferida: “O que eu mais gosto é ‘sou da baixada, fiel na batalha’.

Samba 26: “O que acontece conosco, compositores, é que temos um leque de trabalhos, mas você estuda um mês, dois meses o enredo, em cima dele você vai trazendo os personagens, nos inspira muito a comunidade, é trazer novas coisas, o carnaval e arte é uma coisa só e através do carnaval a gente pode rever mudanças, eu já fui campeão de samba aqui, já fui campeão com Roberto Carlos, faço parte do time”.

Parte preferida: “Eu gosto do samba todo, esse samba foi feito a quatro mãos, todo mundo contribuiu, até mesmo quem está cantando deu palpite e deu super certo”.