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Amigos e companheiros lamentam falecimento de Wanderson Sodré, diretor de harmonia da Vila Isabel

O carnaval perdeu um de seus grandes apaixonados. Morreu Wanderson Sodré, um dos diretores de harmonia da Unidos de Vila Isabel, diretor-geral de harmonia da Em Cima da Hora e diretor de carnaval da Fla Manguaça. Ele foi hospitalizado na tarde desta quarta-feira após passar mal, e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Aos 42 anos, ele deixa filhos e a esposa.

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Foto: Divulgação/Fla Manguaça

Cria do bairro de Noel, Wanderson fazia parte do departamento de harmonia da Vila Isabel desde 2014. Neste ano, foi convidado para compor a comissão que comanda o quesito. Na Em Cima da Hora, ele assumiu a direção-geral de harmonia também neste ano, mas a relação com a agremiação de Cavalcanti e o mundo do carnaval não era de agora: Sodré foi mestre-sala da Azul e Branco no Carnaval de 2001. No pavilhão, iniciou no projeto do mestre Dionísio e passou pela Lins Imperial, Caprichosos de Pilares, Viradouro e Unidos de Padre Miguel. Esteve como diretor de harmonia e carnaval pela União do Parque Curicica, Jacarezinho e Cubango.

Na Vila a notícia pegou todos de surpresa. Membros da escola de samba receberam a informação logo após o término do ensaio de rua, e o clima de luto tomou conta da quadra. Descrito como uma pessoa ímpar, ótimo profissional e amante do carnaval, o diretor de harmonia era querido por todos da agremiação.

“Era um amigo. É uma perda imensa e profunda não só para a Vila, porque ele era um amante do carnaval e também defendia outras escolas. Todo mundo aqui está triste e sem palavras, fomos pegos de surpresa. Eu estava no meio da bateria, o telefone tocava e eu não escutava. Recebi uma mensagem da esposa dele dizendo que ele faleceu. O cara estava com a gente ontem, a vida é inexplicável. Eu cheguei no primeiro ano do Paulo Barros, 2017, e ele já estava aqui. É um cara que estava na escola há bastante tempo, superativo e importante para todos nós. É uma perda inexplicável e que nos deixa sem palavras”, disse o diretor de carnaval da Vila Isabel, Moisés Carvalho.

Na harmonia da agremiação, o sentimento também não poderia ser outro. Júlio Ramos, 60 anos, membro do segmento, comenta sobre a paixão de Wanderson pelo bairro e a escola de samba.

“O Wanderson era uma pessoa ímpar na Vila Isabel. Ele era praticamente nascido aqui e a escola para ele era tudo. Todos nós sentimos muito essa falta. Ele era um grande profissional e dedicado à Vila. Ele vai fazer muita falta para todos nós”, diz Júlio, emocionado.

Wilson, Rei Momo do carnaval do Rio de Janeiro por cinco anos e também cria da Vila, estava no ensaio de rua da escola quando recebeu a notícia. “Eu fico consternado. Ele vai fazer uma enorme falta para a Vila Isabel, e ele tinha acabado de ser projetado para uma nova oportunidade – fazia parte do grupo que era responsável pela harmonia da escola. É uma enorme perda, ele era uma mente pensante e brilhante. Deixo meus sentimentos para a família e para a minha família Vila Isabel. Vamos perder muito com a ausência dele”, comenta.

Nas redes sociais, a Vila Isabel lamentou a morte de Sodré e ressaltou a enorme competência do dirigente, além de sua paixão pelo pavilhão.

“É com uma dor profunda que a Unidos de Vila Isabel comunica o falecimento precoce do nosso diretor de harmonia Wanderson Sodré, após uma complicação repentina de saúde na tarde desta quarta-feira (06/12).

Wanderson Sodré era nascido e criado no bairro de Vila Isabel e fazia parte do nosso Departamento de Harmonia desde 2014. Em setembro deste ano, ele foi convidado a integrar o sexteto da nossa nova Comissão de Harmonia, cargo que, neste breve período, exerceu com uma competência exemplar e uma paixão imensurável pelo nosso pavilhão.

Wanderson sempre será lembrado como um profissional excepcional, componente apaixonado pela nossa escola e pessoa de um coração sem tamanho.

Neste momento de muita dor, desejamos a todos os familiares, amigos e colegas de trabalho o nosso abraço generoso e todo o afeto possível”.

Além da Vila, a Em Cima da Hora, agremiação em que ele era diretor de harmonia, e a Fla Manguaça, onde ele era diretor de carnaval, também lamentaram o falecimento.

Viradouro recebe a Vila Isabel na feijoada deste sábado

A próxima edição da Feijoada da Viradouro neste sábado, 9, terá como convidada a Unidos de Vila Isabel. O encontro das agremiações na quadra da vermelha e branca, em Niterói, terá shows das duas escolas com seus principais segmentos, ao som de clássicos que marcaram os desfiles da Marquês de Sapucaí e dos sambas para o Carnaval 2024. Mestre Ciça vai receber Macaco Branco, comandante da bateria da azul e branco, enquanto Wander Pires dará as boas-vindas a Tinga, intérprete da Vila. Na programação musical, estão incluídos também Bráulio DJ e o grupo Remandiola.

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Foto: Divulgação/Viradouro

O evento começa às 14h. A entrada é R$ 20 (antecipada, à venda na quadra). O prato de feijoada, servido até as 17h, custa R$ 25. Informações sobre reservas de mesas e camarotes pelo (21) 2828-0658.

A quadra da Viradouro fica na Avenida do Contorno, 16, no Barreto. A classificação etária é de 6 anos, com menores acompanhados por responsáveis.

Feijoada da Viradouro com a Vila Isabel
Data: 09/12
Horário: 14h
Endereço: Avenida do Contorno, 16, Barreto, Niterói
Atrações: Shows da Viradouro e da Vila Isabel, e do grupo Remandiola e Bráulio DJ
Entrada: R$ 20 (antecipada, à venda na quadra)
Classificação etária: 6 anos, com responsáveis
Informações: (21) 2828-0658.

Festa dos Passistas do Tuiuti acontece neste domingo

O final de semana será de muito samba no pé na quadra do Paraíso do Tuiuti. A ala de passistas da escola realizará a oitava confraternização de alas, que receberá passistas de coirmãs de todo o Brasil. A festa acontece no domingo, a partir das 14h, e terá apresentação de Milton Cunha.

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Foto: Divulgação/Tuiuti

Para animar o público presente, o evento contará com grupo de pagode, premiação Passistas Samba no pé e apresentação da bateria SuperSom e segmentos da escola. Encerrando a noite, um grande show completo do cantor Rodriguinho.

“Nossa festa já virou uma tradição que todos aguardam. É uma grande celebração receber passistas de todo Brasil em nossa quadra. A união do segmento é o que move o samba. Será um dia de festa, alegria e não faltará samba no pé”, conta Alex Coutinho, diretor da ala e anfitrião do evento.

Os ingressos estão à venda por R$30. Passistas não pagam com o nome na lista enviada pelo coordenador. Informações e reservas pelo (21) 98107-3401. A quadra do Paraíso do Tuiuti fica no Campo de São Cristóvão, 33.

Serviço
Festa dos passistas do Tuiuti
Dia: domingo, 10 de dezembro
Horário: 14h
Local: Quadra do Paraíso do Tuiuti
Valor: R$ 30

Superliga lança capas dos álbuns das escolas da Intendente Magalhães

A menos de 100 dias para o desfile das escolas de samba, a Superliga Carnavalesca do Brasil dá uma mostra do que o público pode esperar das apresentações que acontecerão entre os dias 11 e 20 de fevereiro na Estrada Intendente Magalhães, conhecida popularmente como a Passarela do Povo e lança as capas dos álbuns das séries Prata e Bronze. Em seu primeiro ano de gestão, Pedro Silva, atual presidente da entidade, comentou sobre a escolha das personagens, que reflete os objetivos que a instituição tem para os próximos anos.

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“A gente se presenteou com esse resultado, duas capas com representatividade, mulheres em dois segmentos, uma na figura de porta-bandeira e outra na figura de passista, ambas demonstrando a sua arte com alegria, sorriso no rosto e muito poder. E esse é o caminho que queremos para a Superliga, tornando-a cada vez mais forte, com um carnaval competitivo e, acima de tudo transparente”, diz.

Executadas pelo designer gráfico Sergio Ayres, as capas dos compactos trazem, representando Série Prata, Juliana Lázaro, porta-bandeira da Renascer de Jacarepaguá, terceira colocada do grupo este ano; representando a série Bronze, Cindyane França, musa do Imperadores Rubro-Negros. Daniel Thompson, Diretor de Marketing, responsável pelo projeto, a proposta é fazer uma homenagem às mulheres, através de sua força e representatividade dentro da folia.

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“Estou muito feliz com o resultado. Buscamos trazer a representatividade nas duas capas, nas figuras das mulheres como protagonistas, além do amor e emoção que, claramente, elas demonstram por suas escolas. Quero parabenizar todo time de comunicação e marketing pela entrega, especialmente ao Sergio Ayres, designer responsável pela arte final”, comentou.

As fotos são de Andy Manhães (Prata) e Alexandre Macieira (Bronze). A partir do dia 16 de dezembro, as faixas já estarão disponíveis em todas as plataformas de streaming.

Freddy Ferreira: ‘Quer saber o andamento ideal da bateria? Escute o que o samba diz’

O andamento da bateria é uma questão musical delicada que carece de uma boa dose de alinhamento dentro de uma agremiação. Por mais que normalmente quem faça essa escolha seja o mestre da bateria, o intérprete é uma parte interessada, já que será responsável direto pela execução vocal do samba-enredo. Muitas escolas, inclusive, possuem diretores musicais, que também costumam ter voz ativa na escolha do BPM ideal para o desfile.

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Freddy Ferreira é colunista de bateria do CARNAVALESCO

Batidas por Minuto ou Batimentos por Minuto (BPM) é uma velocidade rítmica. Serve para medir a pulsação do coração humano ou mesmo o andamento musical. No universo rítmico, um metrônomo é o aparelho que mede o BPM das baterias e hoje em dia todos os jurados do segmento possuem esse recurso dentro da cabine julgadora. No entanto, é importante ressaltar que bateria de escola de samba envolve, sobretudo, sentimento humano. Isso torna a oscilação uma reação humana natural. É normal, por exemplo, diretores de bateria pedindo para a galera do ritmo “segurar a onda” assim que a bateria sobe. Nessa hora, a emoção normalmente domina as ações dos ritmistas, que tanto ensaiaram para vivenciar aquele momento dentro do primeiro recuo.

Alguns ritmos possuem, até por tradição e característica, andamentos específicos previamente definidos. Como exemplo é possível citar a bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel. Com uma batida de caixas de guerra peculiar, o charme musical de sua execução reside na acentuação do toque com a mão invertida. A mão considerada “fraca” acentua a batida, ritmando o toque que precisa necessariamente de um andamento mais cadenciado para ser apresentado de forma limpa e enxuta. Caso contrário, essa questão técnica pode ser prejudicada, deixando o toque com som da baqueta arrastando evidente na sonoridade produzida.

De forma geral, costuma ser relativamente mais fácil encaixar batidas em andamentos mais para trás, além da propagação sonora ser positivamente impactada pela cadência. Quando um ritmo possui um andamento muito acelerado, dependendo do toque de caixa, pode ocorrer prejuízo musical no resultado final da propagação sonora. Por vezes, nesses casos, é possível identificar uma sonoridade mais mecânica, “quadrada” e sem valorizar a beleza rítmica envolvendo todas as acentuações da batida. Outro prejuízo sonoro de um andamento mais acelerado costuma ser na execução de bossas. Por mais interligada que esteja à música ao arranjo, executar paradinha com andamento muito para frente pode deixar a convenção “suja”. É como se a própria integração musical fosse prejudicada e a falta de fluidez sonora na bossa deixasse o arranjo mais bruto. Lapidar musicalmente as paradinhas, dependendo do caso, pode ser conseguido só jogando o ritmo um pouco mais para trás, garantindo assim uma integração musical plena.

Outro fato que deve incomodar mestres que estão buscando cadenciar seus ritmos são as prejudiciais análises que sentenciam que determinada bateria tocando para trás vai “matar o samba”. A situação é ainda mais ingrata quando se trata de ritmo que costuma ser acelerado e o mestre busca uma adaptação à cadência. Pois aí existe também a questão de identificação cultural de uma agremiação com um ritmo historicamente mais para frente. É normal, nesses casos, que role um estranhamento inicial. Esse processo, por mais trabalhoso que possa ser, pode representar uma repaginada musical no ritmo da bateria. Toda mudança carrega consigo uma parcela de resistência. Basta ter persistência naquilo que acredita e resiliência para se manter seguro durante as inevitáveis pancadas durante o processo.

Não existe receita de bolo que deixa um andamento de um ritmo predefinido. A adaptação rítmica ao samba-enredo da agremiação é um verdadeiro processo. É possível dizer, inclusive, que seu funcionamento se dá pelo método de tentativa e erro. Ao longo de toda uma temporada de ensaios ajustes vão sendo realizados e cada vez mais escolas se integram através de um alinhamento musical interno. O velho e bom bate papo entre mestre de bateria, diretor musical e intérprete. Como sambista gosta de resenha faz parte da cultura rítmica das agremiações essas avaliações informais. O mestre de bateria necessariamente, por reger o ritmo, acaba não tendo oportunidade de avaliar de fora a execução do samba do ano. O intérprete, por ter que cantar a todo instante, também não consegue ter uma percepção externa de como está fluindo o samba. Isso mostra como pode ser relevante o trabalho do diretor musical, pois sua avaliação neutra e de fora é suficientemente capaz de auxiliar musicalmente a bateria em definir o melhor andamento possível para sua obra, levando sempre em conta o canto e a dança dos componentes.

No fundo, não é segredo de ninguém que quem dita o andamento é o samba. Uma bateria é responsável por acompanhar ritmicamente o samba-enredo, permitindo que a canção seja cantada em coro, enquanto os componentes evoluem se expressando com o corpo. Todo samba-enredo tem um determinado andamento que permite fluidez no seu canto e proporciona a melhor evolução possível para toda agremiação. Encontrar o andamento ideal de desfile é uma missão que exige um esforço envolvendo percepções. Dar um grau mais para frente ou mesmo colocar um pouquinho mais para trás é uma decisão importante para qualquer escola. Sentir o samba-enredo enquanto produz ritmo é a forma mais verdadeira de seguir uma filosofia musical. Samba é o tipo de gênero, até pelo fascínio que cada um tem por sua escola, que carrega sentimento. É vital ter feeling para tomar essa decisão, confiar no instinto musical e, principalmente, dar ao samba o que ele pede.

Luto! Morre Wanderson Sodré, diretor de harmonia da Vila Isabel

A Vila Isabel informou na noite desta quarta-feira o falecimento de Wanderson Sodré, diretor de harmonia da escola. Ele foi vítina de um infarto fulminante. Veja abaixo o pronunciamento da agremiação.

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“É com uma dor profunda que a Unidos de Vila Isabel comunica o falecimento precoce do nosso diretor de harmonia Wanderson Sodré, após uma complicação repentina de saúde na tarde desta quarta-feira (06/12).

Wanderson Sodré era nascido e criado no bairro de Vila Isabel e fazia parte do nosso Departamento de Harmonia desde 2014. Em setembro deste ano, ele foi convidado a integrar o sexteto da nossa nova Comissão de Harmonia, cargo que, neste breve período, exerceu com uma competência exemplar e uma paixão imensurável pelo nosso pavilhão.

Wanderson sempre será lembrado como um profissional excepcional, componente apaixonado pela nossa escola e pessoa de um coração sem tamanho.

Neste momento de muita dor, desejamos a todos os familiares, amigos e colegas de trabalho o nosso abraço generoso e todo o afeto possível”.

Porto da Pedra contrata profissional para conduzir perfomances cênicas nas alegorias

Investindo alto para o desfile que vai exaltar a importância do saber popular através do enredo “Lunário Perpétuo: a profética do saber popular”, tema escolhido pelo carnavalesco Mauro Quintaes para abrir o desfile do Grupo Especial em 2024, a Porto da Pedra traz mais um nome de peso para juntar-se ao seu time de profissionais que vem trabalhando duro para apresentar um trabalho de excelência na Sapucaí. Arthur Rozas, coreógrafo, diretor cênico, ator, cantor e bailarino chega para ser o responsável pelas perfomances que acontecerão nos carros alegóricos que contarão a história do livro secular bastante difundido no Nordeste conforme pesquisa foi feita por Diego Araújo.

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Foto: Ana Victoria/Divulgação

Experiente e com um currículo vasto, Rozas, começou sua trajetória como bailarino da comissão de frente da escola em 2008. A partir de então, o profissional coleciona passagens de sucesso em escolas como a Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel e Portela; na São Clemente e na Beija-Flor, Arthur ganhou destaque interpretando o Marquês de Sapucaí, personagem que dá nome à Passarela do Samba.

“É mais que uma honra voltar à Porto da Pedra para agregar ao projeto artístico riquíssimo que está sendo desenvolvido, dando vida e movimento às alegorias. Vejo este momento como um desafio delicioso, cujo trabalho será feito com amor e muita dedicação. Faremos um Carnaval inesquecível, e o público pode esperar por um grande espetáculo do nosso Tigre”, diz Rozas, que atualmente é o coreógrafo das Comissões de Frente do GRES Independente Tricolor, escola do Grupo Especial (SP) e do GRES Caprichosos de Pilares.

Formado em Artes Cênicas , pós-graduado em dança e pós graduando em direção teatral, Rozas se divide há 15 anos entre Rio e São Paulo no Carnaval, teatro e TV. Ele também integra o corpo de ballet da Rede Globo, tendo passagens por novelas e programas da emissora, além de shows e uma vasta experiência em teatro musical. O profissional é jurado do quesito mestre-sala e porta-bandeira no Carnaval do Espírito Santo.

Melhor da história! Público destaca evolução e melhora na organização dos minidesfiles de São Paulo para o Carnaval 2024

Evento já tradicional do carnaval paulistano, o lançamento do CD de sambas-enredos das escolas filiadas à Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) movimentou a Fábrica do Samba, na Zona Oeste de São Paulo, no último sábado – agraciado por ser, inclusive, o Dia Nacional do Samba. Na edição de 2023, as apresentações tiveram intervalos (algo inédito) entre as divisões de agremiações e uma nova cerveja patrocinadora. No entendimento do público ouvido pela reportagem do CARNAVALESCO, o que marcou a festividade foi a evolução em relação a anos anteriores.

* LEIA AQUI: Tom Maior e Mocidade Alegre se destacam em minidesfiles na Fábrica do Samba

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Foto: Magaiver Fernandes/CARNAVALESCO

Houve também quem arriscou ir de carro ao evento. Foi o caso de Maria Vilany da Silva, 50 anos, supervisora escolar e torcedora da Estrela do Terceiro Milênio. “Foi tranquilo chegar até aqui. É claro que tem o trânsito na Marginal Tietê, que é normal. Estacionei na rua e deixei com os flanelinhas olhando”, afirmou, relatando problemas cotidianos na maior cidade da América do Sul.

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Maria Vilany da Silva, 50 anos, supervisora escolar e torcedora da Estrela do Terceiro Milênio

É claro que a resolução de um grande desafio não teria unanimidade. Algumas pessoas tiveram algumas dificuldades para chegar ao evento. Todas elas, entretanto, tinham motivos para que o desafio fosse maior. Leandro Santos, 37 anos, auxiliar de estoque e torcedor da Império de Casa Verde, é um exemplo.

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Leandro Santos, 37 anos, auxiliar de estoque e torcedor da Império de Casa Verde

“Eu tive dificuldades para chegar, trouxe minha mãe, baiana do Império. Ela tem certa dificuldade para locomoção, então tive dificuldade. Tive que deixar meu veículo próximo ao barracão da minha escola e fazer o restante do percurso a pé. Estacionar por aqui estava bem difícil”, pontuou, destacando o caminho de cerca de um quilômetro e meio entre os dois locais.

* VEJA AQUI: Análise dos mini desfiles do Grupo Especial de São Paulo para o Carnaval 2024

Moradora de Belém, Camila Fonseca, 32 anos, geóloga e sem escola de samba favorita, preferiu utilizar aplicativos. “De fato tive dificuldade, foi trabalhoso chegar até aqui. Não tem metrô próximo, ao menos não apareceu para mim. Desci no metrô e peguei o Uber, mas achei longe”, pontuou. É importante destacar que, de carro, o trajeto entre a estação Palmeiras-Barra Funda, do Metrô e da CPTM, é realizado em cerca de oito minutos e tem pouco mais de dois quilômetros de duração.

* LEIA AQUI: Povo fala! Império de Casa Verde é a favorita do público nos minidesfiles de São Paulo

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Moradora de Belém, Camila Fonseca, 32 anos, geóloga e sem escola de samba favorita, preferiu utilizar aplicativos

No fim, é sempre importante consultar informações prévias disponibilizadas pela própria Liga-SP. Foi o que fez Deives de Melo, 44 anos, gerente de call center e torcedor da Estrela do Terceiro Milênio. “Tivemos dificuldade para estacionar o carro. Estacionamos um pouco longe daqui. O site já informava que não teria estacionamento, porém. Achei interessante a exposição, só fiquei na dúvida para saber se as fantasias são de 2023, 2024 ou de outro ano”, pontuou, abordando a exibição de fantasias de escolas de samba e fazendo um interessante apontamento.

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Deives de Melo e Denis Soares

Junto com Deives estava Denis Soares, 35 anos, analista financeiro e torcedor da Leandro de Itaquera – atualmente no Grupo Especial de Bairros da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), quarta divisão do carnaval da cidade de São Paulo. “Arriscamos vir de carro por ser mais cômodo, também. A comida está boa, mas achei o refrigerante quente… achei isso preocupante”, pontuou.

Direitos garantidos

Dentre os ouvidos, de fato, apenas Denis teve reclamação em relação ao que foi consumido. “Comi e bebi, estava tudo muito gostoso… sem reclamações quanto a isso”, resumiu Ariane. “Tanto bebida quanto comida estavam bons e com fácil acesso, tudo muito bom”, concordou Maria Vilany.

O acesso às comidas e bebidas, por sinal, também teve destaque. “Comidas e bebidas estavam bastante acessíveis, não tive dificuldade alguma referente a isso. Foi bem tranquilo, nada negativo referente a esse ponto”, comentou Leandro. “O que eu bebi estava tudo normal, bom. Bebidas geladas, comi pastel… várias pessoas vendendo, também. Tudo tranquilo”, disse Sergio Aparecido.

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Sergio Aparecido

Nos anos anteriores, muitas pessoas que compareciam à festa reclamavam da dificuldade para estacionar carros e/ou de problemas para chegar à Fábrica do Samba. Em 2023, aparentemente, tal desafio foi muito bem solucionado. Alguns dos presentes utilizaram o transporte público e/ou a condução oferecida pela Prefeitura de São Paulo. É o caso de Ariane Raíssa, 22 anos, torcedora da Unidos do Peruche. “Não tive dificuldade nenhuma pra chegar aqui, cheguei com o ônibus da escola e não tive problema algum”, relatou. A experiência foi semelhante com Sergio Aparecido Evangelista, 50 anos, condutor de transporte público e apoiador da Dragões da Real. “Não tive dificuldade para chegar, achei bem tranquilo. Peguei o ônibus no horário, o trânsito estava tranquilo, o tempo ajudou… foi tudo tranquilo”, destacou.

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Ariane Raíssa, 22 anos, torcedora da Unidos do Peruche

Sempre importante, a segurança do local foi pontuada por Camila. “Tudo que eu peguei em bebida e comida estava gostoso, os locais estão bem organizados. Seja lá fora ou aqui dentro, no galpão onde está sendo feito a exposição de fantasias, não tive dificuldade alguma. Também me senti muito segura, está tudo ótimo em relação aos pontos em que se circula”, comemorou.

Sempre em evolução

Absolutamente todas as pessoas ouvidas pela reportagem que estavam na edição de 2022 do mesmo evento concordaram que houve um salto de qualidade em 2023. “O evento esse ano está melhor, está mais gostoso de vir. O clima está bacana, tem um pagodinho… as outras atrações colaboraram bastante para isso”, destacou Ariane, citando o ato litúrgico realizado pelo padre Luiz Fernando, o desfile do afoxé Filhos da Coroa de Dadá, os desfiles das cortes adulta e infantil do carnaval, o show de Billy SP e a passagem de autoridades presentes no local.

Maria Vilany concordou com a perucheana. “A estrutura está bem melhor nesse ano. Tirando reformas, que acontecem na cidade inteira, tudo está melhor: acesso, visibilidade… é a primeira vez que eu desfilo no dia do lançamento do CD, mas foi tudo muito tranquilo”, disse. Também puxando pelas adequações feitas no local, Leandro Santos elogiou a organização do evento. “Pelo que eu vejo, nesse ano estão com uma estrutura melhor que no ano passado. Acredito que melhorou, sim; tem um espaço maior, dá para receber mais pessoas. Está, também, mais acessível”, pontuou.

Mesmo quem foi mais comedido nos elogios destacou algo – caso de Sergio Aparecido. “Não senti aquela evolução toda, mas senti que nesse ano tinha mais gente vendendo e trocando tickers de bebidas e comidas. O atendimento está muito bom, acho que a grande evolução foi no aspecto do preparo dos profissionais”, afirmou.

Outras questões pertinentes

Leandro, cuja mãe é baiana da Império de Casa Verde, relatou que a acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida está bastante adequada na Fábrica do Samba. “Uma vez que chegamos aqui, foi tranquilo. Eu desembarquei minha mãe e fui procurar uma vaga para estacionar o carro. Aqui, não tive problema algum com ela. Deixei aqui, bem mais confortável… fiz o restante do percurso e guardei o carro depois disso”, pontuou.

A qualidade do som também foi elogiada por Camila. “Eu estava na cara do palco, então eu ouvi muito bem tudo que estava acontecendo. Eu conseguia ver e ouvir tudo adequadamente, sem estar nem alto demais nem baixo, foi bem tranquilo”, pontuou a belenense, que foi buscar o CD triplo das escolas de samba e aproveitou para conferir os minidesfiles.

Dia Nacional do Samba: Segundo dia de evento na Cidade do Samba é elogiado pela organização

O Dia Nacional do Samba foi comemorado com grande festa na Cidade do Samba. A segunda noite de minidesfiles do Grupo Especial, no último sábado, brindou o público com apresentações das escolas que desfilarão na segunda-feira de carnaval, roda de samba do Beco do Rato e Cacique de Ramos. Na visão do público ouvido pelo site CARNAVALESCO, o evento foi um grande sucesso.

* VEJA AQUI: ala a ala como foram os mini desfiles do segundo dia do Grupo Especial

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Foto: Thiago Valladares/Divulgação Rio Carnaval

A inclusão dos minidesfiles no calendário anual da cidade é consenso entre os sambistas. No evento, no entanto, problemas no som, na venda de bebidas e no espaço destinado ao público foram alvos de críticas.

O casal Rosana e Jeferson Calandrini, da cidade de Macaé, no Norte Fluminense, saiu da Cidade do Samba somente com elogios ao evento. Presente nos três anos de minidesfiles, os dois apontam as melhorias a cada ano, na organização do evento.

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Casal Rosana e Jeferson Calandrini, da cidade de Macaé, no Norte Fluminense

“Estou adorando, está bem organizado. Os lugares para sentar eu achei que foi uma boa ideia e estou amando. Desde a primeira vez que eu vim, já queria que acontecesse todo ano porque é muito bom e graças a Deus, pude vir nas três até agora”, destacou Rosana. “Está bom, está legal, tudo muito bonito e a cada ano, está melhorando, isso que é importante”, completou Jeferson.

* LEIA AQUI: ‘Carnaval de 2024 tem tudo para ser o melhor dos últimos anos’, diz Luís Gustavo Mostof, vice-presidente da Riotur

Carioca do Catete, Daniele Moreira, 33 anos, ativa torcedora da Portela, cobra a realização do evento anualmente, com a inclusão no calendário da cidade. O som, para Daniele, foi o destaque negativo da noite. A Azul e Branca de Madureira, escola do coração da carioca, foi uma das mais prejudicadas pelo sistema de áudio do evento.

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Carioca do Catete, Daniele Moreira, 33 anos, ativa torcedora da Portela

“Estou achando o evento maravilhoso, eu vim nos outros dois e a cada ano que passa, o evento evolui, isso precisa ser mantido aqui no Rio de Janeiro, principalmente no dia de hoje. O carro de som poderia melhorar. O som está prejudicando um pouquinho as escolas”, comentou Daniele.

* LEIA AQUI: Apresentações das baterias no segundo dia de mini desfile do Especial

Emília Leite, do bairro da Tijuca, esteve, no último sábado, pela primeira vez nos minidesfiles. A torcedora do Paraíso do Tuiuti se mostrou encantada com o evento, apesar de críticas ao espaço destinado ao público.

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Emília Leite, do bairro da Tijuca, torcedora do Tuiuti

“Eu estou adorando as escolas desfiles aqui dando uma prévia do que vão fazer nos desfiles oficiais. É a primeira vez que venho aos mini desfiles. Poderia ter um espaço melhor para as pessoas se acomodarem, poder ver melhor porque é meio complicado, um empurra-empurra”, ressaltou.

Da cidade de Santos diretamente para à Cidade do Samba, Inga Rabelo, 38 anos, portelense, elogia a organização do evento. A falta de mais espaços para a vende drinks é criticada.

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Luna Rabelo e Inga Rabelo

“De organização eu achei muito tranquilo. Só daria a sugestão de ter outro lugar de drinks, é a única coisa que posso reclamar porque estavam todos desesperados no cantinho que tinha. De resto, achei até melhor q ano passado”, salientou.

O elogio de Inga é corroborado por Luna Rabelo, carioca de 45 anos e também portelense. A sambista clama por mais tempo de esquenta para as escolas. “Bem melhor que o do ano passado. O esquenta foi muito rápido, o primeiro mini desfile, em 2020, teve um esquenta maior. Esse foi muito rápido”.