Em decisão inédita na escola, Unidos de Padre Miguel faz junção dos sambas de Chacal do Sax e de Thiago Vaz para o Carnaval 2025
Por Matheus Morais e Rhyan de Meira. Fotos: Allan Duffes
Foi com quadra lotada que a Unidos de Padre Miguel definiu seu samba para 2025. A direção da escola anunciou uma ação inédita: a união dos sambas dos compositores Thiago Vaz, W. Corrêa, Richard Valença, Diego Nicolau, Orlando Ambrósio, Renan Diniz, Miguel Dibo e Cabeça Do Ajax com o samba da parceria de Chacal do Sax, Julio Alves, Igor Federal, Caio Alves, Camila Myngal, Marquinhos, Faustino Maykon e Claudio Russo para formar uma única obra para 2025. * OUÇA AQUI O SAMBA DA UPM PARA 2025
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A diretora de carnaval, Lara Mara, comentou sobre a decisão. “Essa junção é uma forma de celebrar a diversidade e a união do nosso samba. Queremos que a força dos dois sambas se transforme em algo ainda mais poderoso”, afirmou Lara Mara, diretora de carnaval da UPM.
Galeria de fotos da final de samba da Unidos de Padre Miguel para o Carnaval 2025
Os compositores Chacal do Sax e Diego Nicolau festejaram a conquista das parcerias com a junção dos sambas-enredo pela direção da Unidos de Padre Miguel. “O sentimento é de alegria, gratidão, uma escola que eu amo de paixão, e estou muito feliz dessa junção. O samba 13 também é maravilhoso, a junção ficou perfeita. Aqui na UPM eu participei quatro vezes, e estou ganhando a terceira vez”, disse o compositor Chacal do Sax.

“Emoção imensa ganhar. Fui cantor aqui, nunca tinha feito samba para UPM, voltei como compositor e venci. A escola optou por uma junção e está lindo. A Vila Vintém merece um grande samba. A comunidade merece muito essa volta ao Grupo Especial. É muito forte. Estou muito feliz de fazer parte disso tudo”, comentou o compositor Diego Nicolau.
A escola, que retornará à elite do carnaval carioca após 52 anos, levará para a Marquês de Sapucaí o enredo Egbé Iyá Nassô, de autoria dos carnavalescos Alexandre Lousada e Lucas Milato. O enredo promete uma viagem pela história e tradição afro-brasileira, ao destacar o legado de Iyá Nassô e o papel fundamental do Ilê Axé Iyá Nassô Oká, considerado o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento.
Bruno Ribas enaltece volta da cantora Lissandra
Experiente no carnaval, o intérprete Bruno Ribas respondeu sobre o sentimento de estar com a Unidos de Padre Miguel no Grupo Especial. Ele também falou da volta da cantora Lissandra, que estava no Salgueiro, e volta para equipe do carro de som do Boi Vermelho da Vintém.
“A experiência é das melhores. Não consigo nem descrever a satisfação que é crescer junto com essa escola ao longo de tanto tempo, desde os anos no Grupo de Acesso. Festejo também a volta da Lissandra. Ela é o nosso pilar. É quem comanda o nosso carro de som com muita dedicação e competência. Cito também o Júlio Assis, que é o nosso diretor musical, o trabalho dele é essencial, impecável, é um cara fantástico”, afirmou Bruno Ribas.
Lara Mara: ‘Nós merecemos muito o que estamos vivendo’
Cria da Vila Vintém, Lara Mara, diretora de carnaval, citou a emoção de pisar na quadra na final de samba para o desfile no Grupo Especial, citou o andamento da produção no barracão e prometeu uma performance cheia de energia na Sapucaí.
“Eu sou cria dessa escola, desse chão. Tenho uma paixão enorme pela UPM, e ver a escola alcançar esse nível é a realização de um sonho. Hoje, quando entrei na quadra, passou um filme na minha cabeça. Eu acredito que Deus não atrasa e nem falha, tudo acontece na hora certa. Nós merecemos muito o que estamos vivendo. Eu acho que estamos empreendendo e fazendo um belo trabalho. Estou muito feliz com tudo o que está sendo feito, e acredito que não vamos nos decepcionar. Estamos com muita garra. Abrir um desfile é um grande espetáculo. Quando você faz a abertura de um show, especialmente do carnaval, está trazendo a energia que vai definir o tom do evento. Eu acredito que 2025 vai ser grandioso. As fantasias estão deslumbrantes, verdadeiros escândalos! E quanto às alegorias, vocês sabem que o Alexandre Louzada sempre traz coisas exuberantes e grandiosas e tem a parceria com o Lucas Milato. Temos que manter a energia em alta, com fogo no coração. Nosso samba é aguerrido, alegre, conta a história de Iyá Nassô, e, principalmente, celebra a comunidade da Vila Vintém”, afirmou a dirigente.
Ao lado da filha Lara Mara, Cícero Costa comanda a direção de carnaval da Unidos de Padre Miguel. Ao CARNAVALESCO, ele falou do trabalho para o desfile do ano que vem.
“Podem esperar uma escola aguerrida, valente, sem medo de ser feliz. A gente está trabalhando para que possamos abrir os desfiles jogando sarrafo lá no alto, como vem dizendo por aí no mundo do samba. Temos um samba valente. Sobre o desfile o que vamos mudar em relação aos anos anteriores é que teremos a vontade será ao cubo. Quem já conhece o trabalho da UPM, somado mais o trabalho do Louzada com o Lucas Milato pode esperar alegorias imponentes e alegorias bem acabadas. O trunfo é a comunidade, que é o forte, o pilar da Unidos de Padre Miguel, é a sua comunidade”, disse o diretor.
Ensaios de rua no início de novembro
O diretor de harmonia, Marcelo Marques, projetou o início dos ensaios, após o samba-enredo escolhido e também falou sobre o número de alegorias que a vermelho e branco levará para Sapucaí no ano que vem.
“A diferença para o Grupo Especial é grande. A gente estava acostumado a desfilar, como uma gigante no Acesso. Hoje, eu digo que a gente está engatinhando no Especial, é uma luta bem maior, mas a Unidos já é uma escola que faz carnaval gigante. A luta é grande, mas a gente está se preparando bem. Teremos seis alegorias e três tripés. Provavelmente, no início de novembro, vamos iniciar nossos enredos de rua. Estamos felizes com o nosso samba. Ele tem garra, boa melodia, o refrão é forte, a obra possui todas as características para impulsionar a escola na avenida”.
Casal não vai perder a essência
Com a responsabilidade de dançar no Grupo Especial, o casal de mestre-sala e porta-bandeira da UPM, Vinícius e Jéssica (já dançou no grupo pela Renascer de Jacarepaguá), está trabalhando a todo vapor, com muito foco em apresentar a dança tradicional do quesito, que é tão pedida pelos julgadores.
“A essência a gente não pode perder. Ela é a mesma. Mas, é um sonho realizado. Poder estar no grupo especial com a nossa escola. É algo que a gente se emociona. Sempre que a gente sai de qualquer evento, lembra que está no Grupo Especial com a nossa escola. Esse sentimento é muito bom ter. É um sentimento novo. Agora, com o samba escolhido, a gente vai começar a preparar a coreografia. A gente sempre estuda todo ano os casais. Temos essa preocupação. Mas, estamos com uma coreógrafa (Vânia Reis) maravilhosa. Confiamos muito no trabalho dela”, comentou a porta-bandeira.
“O coração está mil por hora. Eu vim falando com a minha porta-bandeira: ‘Jéssica, é minha primeira final no Grupo Especial’. Todo evento que tem aqui, eu não sei decifrar. Eu não sei explicar porque eu vivi aqui. Aqui é minha escola, é minha casa. A gente batalhou muito por esse momento. Qualquer coisa que eu vá dizer não é o suficiente perante a tudo que eu estou vivendo. É a minha escola. O que a gente pode mudar para o Grupo Especial é dançar mais, treinar mais. Eu costumo brincar com a minha porta-bandeira que não mudou, é o mesmo lugar de desfile. Claro, com mais rigorosidade. Mas a gente está se preparando bem para isso, e o nosso caminho é a tradição. Vamos seguir a tradição”, garantiu o mestre-sala.
Comandante da bateria “Guerreiros”, mestre Dinho falou ao CARNAVALESCO do trabalho na UPM para o desfile de 2025.
“A gente vai fazer um grande carnaval. Na verdade, a UPM já faz grandes carnavais, desde o Acesso. Isso gera o espelho para o Especial. Pode ter certeza que nós vamos chegar lá grandiosos, bonitos e organizados. Não vou mudar nada bateria. Eu já desfilo com 250 ritmistas desde 2012”.
Novidade na UPM para o desfile de 2025, o coreógrafo Sérgio Lobato comandará a comissão de frente no ano que vem. O artista falou do trabalho na escola.
“Com a experiência também de um tempo trabalhando, primeiro precisamos buscar algo que seja impactante e com sentido, junto com o enredo, com a escola, mas também com a beleza e poesia; com uma dança muito envolvente, com atrações a cada minuto. Eu normalmente já começo a pensar em testes da coreografia antes de escolher o samba. Depois eu vou encaixando melhor quando o samba for escolhido. A gente vai fazer o melhor possível no sentido de ir para o público, para o espectador, mas ainda estou estudando algumas coisas. A ideia é sempre trazer algo mais compactado, que possa ser 360 graus de visão, a nível de altura de prismas”.
Veja apresentações das parcerias na final
Parceria de Thiago Vaz: Fez uma apresentação arrebatadora na final. Igor Sorriso, maestro da obra, conduziu muito bem o samba na parceria com Tem-Tem Jr. O apoio de cantores foi impecável. Todos muito sincronizados e “cantando com a alma”. A obra possui versos impactantes e muito bem trabalhados na melodia. Além disso, uma das maiores virtudes é contar o enredo com excelência. A segunda parte é uma obra-prima. Muito merecido ter a maior parte do samba campeão na obra de Thiago Vaz e parceiros.
Parceria de Chacal do Sax: A cantora Lissandra deu um espetáculo de interpretação no início da apresentação. Tinga, como sempre, um monstro nas disputas de samba. Aula máxima. O refrão principal, que tem o verso “Vila Vintém é terra de macumbeiro” não poderia ficar fora do samba vencedor. Sem dúvida, acrescentará grande potência para o desfile do Boi Vermelho da Vintém.
Parceria de Jefinho Rodrigues: Wander “A Voz” Pires conduziu muito bem o samba. A obra é forte, valente e mostrou na final que tinha totais condições de também vencer o concurso. A torcida cantou o tempo inteiro. Uma apresentação cheia de vigor e que deixou no ar uma grande dúvida no público que estava na quadra sobre o resultado. Comprova a grande final de samba feita pela UPM.
Alexandre Ramagem promete aumentar subvenção das escolas de samba se for eleito prefeito do Rio
O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL, Alexandre Ramagem, concedeu entrevista ao CARNAVALESCO onde apresentou suas respostas aos questionamentos da nossa reportagem sobre suas ideias e propostas para o carnaval. O candidato reconheceu a festa como um importante motor econômico e cultural da cidade. Ramagem afirmou que o evento deve ser tratado como um movimento contínuo e não apenas uma festa sazonal. Ele defendeu a ampliação do empreendedorismo no setor para fomentar a economia, destacando que o carnaval movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos.
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Ramagem também apresentou propostas para fortalecer a infraestrutura do carnaval, como a expansão da Cidade do Samba e a melhoria das condições ao redor do Sambódromo. Ele prometeu aumentar a subvenção das escolas de samba e integrar a Região Metropolitana no planejamento cultural, trazendo mais investimentos para o carnaval. Além disso, propôs medidas para equilibrar o impacto dos megablocos de rua na cidade, com rotas estratégicas e maior organização, visando criar um ambiente temático que envolva o Rio de Janeiro durante todo o período carnavalesco. Confira a íntegra da entrevista com Alexandre Ramagem.
O carnaval é o principal evento da cidade do Rio de Janeiro e traz um retorno em impostos que ajuda o município o ano todo. Eleito prefeito, como você pretende fomentar o maior evento cultural da cidade?
“Eu sou um admirador do carnaval do Rio. O meu pai torcia pela Imperatriz Leopoldinense, eu frequentei muito a quadra do Salgueiro e a minha esposa Rebeca também gosta muito do carnaval. Então tentamos sempre aproveitar um pouco a Marquês de Sapucaí, assistir os desfiles das escolas de samba.
Para mim, carnaval é prioridade de gestão e um importante agente cultural. Não podemos tratá-lo como algo esporádico, realizado em poucas semanas. Ele é um movimento cultural e tradicional, um produto muito importante para a economia. Defendo o empreendedorismo como forma de fomento à economia.
Cada vez mais o carnaval tem sido um grande mobilizador da economia, gerando empregos e promovendo a circulação de dinheiro na cidade. Foram movimentados R$ 5 bilhões no carnaval deste ano. Ao todo, R$ 500 milhões de impostos no setor de turismo arrecadados, geração de 50 mil empregos diretos.
No meu governo, o programa Cultura Carioca vai proporcionar a capacitação de profissionais de comunidades do Rio para atuação em escolas de samba, além de formar artistas, técnicos e gestores culturais, que serão empregados não só no carnaval, mas também em outros grandes eventos. Desde já o nosso governo vem se debruçando sobre o carnaval, entendendo todos os detalhes para melhorar a gestão dessa festa e tratá-la com o destaque que merece”.
As obras da Cidade do Samba 2 já começaram. Mas são muitas agremiações em outros grupos que não tem um teto digno para construir seu carnaval. Sua candidatura tem proposta para essas comunidades?
Nós temos que oferecer condições para as agremiações produzirem os melhores desfiles, seja no Grupo Especial, seja na Série Ouro, com a Cidade do Samba 2, seja nos grupos da Intendente Magalhães. Mais do que as escolas do Grupo Especial, que conseguem construir os seus desfiles e têm uma estrutura para isso, as pequenas escolas precisam de incentivos e apoio.
Precisamos criar ambientes e cuidar dos que já existem. A Cidade do Samba, na Zona Portuária, é maravilhosa, mas está subaproveitada. O potencial da área é enorme, mas os investimentos não foram bem feitos. Precisamos dar um pontapé inicial para que a região se desenvolva mais, dar incentivos fiscais e fazer com que as empresas cheguem, que o comércio se fortaleça, ocupar a região. Vamos trazer bares e restaurantes, e assim a Cidade do Samba pode ser uma Lapa diferente. Há projetos para isso. Vamos trabalhar e fazer”.
O Sambódromo completou 40 anos em 2024. Obras de infraestrutura no local são pedidas há anos. Há previsão de alguma intervenção?
O entorno do Sambódromo está muito aquém do espetáculo que ele recebe. O lado ímpar, por exemplo, tem muitos problemas de mobilidade, iluminação e segurança. Já o lado par também tem questões complexas, como o acesso dificultado. Acreditamos que, trabalhando em conjunto com a Liesa, com o Governo do Estado e com as escolas de samba e entendendo as demandas, podemos tornar muito mais agradável a chegada ao Sambódromo.
O asfalto precisa ser melhorado para que as alegorias circulem melhor. Na dispersão, são comuns os relatos de assalto. Então precisamos atuar para melhorar a segurança. São detalhes que não estão recebendo a atenção necessária e que podem fazer diferença na experiência de quem vai até a Marquês de Sapucaí e merece esse cuidado por parte da prefeitura do Rio”.
A subvenção para as escolas de samba será mantida na sua gestão? Há previsão de aumento? Você pensa em usar as quadras das agremiações para atividades e projetos sociais da prefeitura?
“Não apenas mantida, mas aumentada. O Rio de Janeiro é uma cidade com um orçamento em torno dos R$ 40 bilhões, aumentando cerca de 10% a cada ano. Há espaços para mais investimentos em entretenimento, cultura e eventos. Vamos conversar, estabelecer diálogos e entender a melhor maneira de fazer.
Hoje, a prefeitura do Rio precisa trazer toda a Região Metropolitana para o debate. Quantas escolas de samba hoje são de fora da cidade? Temos três, de Nilópolis, Duque de Caxias e Niterói. Então precisamos trazer os municípios juntos e aumentar ainda mais esses investimentos. Lógico que o Rio vai ficar responsável pela maior parte, por ter um orçamento maior. Mas vamos ouvir, dialogar e interagir. Não se pode pensar na cidade do Rio de maneira isolada.
Nós vamos trabalhar para que os ganhos das vendas de ingressos venham como retorno para investimentos futuros no ano seguinte. Hoje, sabemos que um desfile de escola de samba, para ser competitivo, não custa menos do que R$ 15 milhões. Dos quase R$ 10 milhões repassados às escolas no último carnaval, pouco mais de R$ 2 milhões vêm da prefeitura. Podemos mais”.
Quais as suas ideias para o fomento do carnaval de rua e como equilibrar os megablocos durante o carnaval com a vida da cidade?
“Equilibrar grandes blocos de carnaval com o cotidiano da cidade é um desafio que exige planejamento e alinhamento entre organizadores, autoridades e moradores. Vamos pensar em rotas de menor impacto no trânsito e em horários e locais adequados, evitar a concentração de blocos em uma mesma área, aumentar as equipes de segurança e limpeza e dialogar com a comunidade.
O carnaval de rua é uma expressão popular, democrática, um direito de todos os cariocas que tomam esses espaços para celebrar. Assim, a prefeitura precisa preparar e adaptar toda a infraestrutura urbana para acomodar esses eventos de forma integrada e funcional. Muito além de segurança, mobilidade e sinalização, precisamos envelopar o Rio de Janeiro, assim como acontece em outras cidades do mundo durante grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíada. Aeroportos, ruas, ônibus, outdoors… tudo criando um ambiente temático que faz com que as pessoas vivam o carnaval a todo momento.
Turismo é a cara do Rio. É a força motriz da cidade, a qual fortalece toda a indústria de serviços. Somando todo esse trabalho à zeladoria, organização, segurança e ordem pública, o carnaval só tende a brilhar ainda mais”.
Veja a agenda de ensaios técnicos de São Paulo para o Carnaval 2025
A temporada de ensaios técnicos para o Carnaval SP 2025 já tem data para começar. A partir do dia 18 de janeiro, as 32 escolas de samba filiadas à Liga-SP passam pelo sambódromo do Anhembi. Ao todo, são mais de 50 ensaios técnicos abertos ao público, com entrada gratuita, de quinta a domingo. A grade de ensaios está sujeita à alteração.
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17h50 – RAÍZES DO SAMBA
18h40 – UNIDOS DE SÃO LUCAS
19h40 – VAI-VAI
20h45 – COLORADO DO BRÁS
21h50 – IMPÉRIO DE CASA VERDE
22h55 – BARROCA ZONA SUL
19/01 – Domingo
17h50 – X-9 PAULISTANA
18h50 – ROSAS DE OURO
19h55 – ESTRELA DO TERCEIRO MILÊNIO
21h00 – CAMISA VERDE E BRANCO
25/01 – Sábado
17h00 – IMPERATRIZ DA PAULICÉIA
17h50 – UNIDOS DE VILA MARIA
18h40 – TOM MAIOR
19h40 – ÁGUIA DE OURO
20h45 – CAMISA VERDE E BRANCO
21h50 – BARROCA ZONA SUL
22h55 – VAI-VAI
26/01 – Domingo
17h00 – CAMISA 12
17h50 – MOCIDADE UNIDA DA MOOCA
18h50 – IMPÉRIO DE CASA VERDE
19h55 – MOCIDADE ALEGRE
21h00 – MANCHA VERDE
31/01 – Sexta-feira
21h35 – NENÊ DE VILA MATILDE
22h40 – COLORADO DO BRÁS
01/02 – Sábado
17h00 – TORCIDA JOVEM
17h50 – DOM BOSCO DE ITAQUERA
18h40 – UNIDOS DE SÃO LUCAS
19h40 – ESTRELA DO TERCEIRO MILÊNIO
20h45 – ACADÊMICOS DO TUCURUVI
21h50 – GAVIÕES DA FIEL
22h55 – ROSAS DE OURO
02/02 – Domingo
17h00 – PRIMEIRA DA CIDADE LÍDER
17h50 – INDEPENDENTE TRICOLOR
18h50 – ACADÊMICOS DO TATUAPÉ
19h55 – DRAGÕES DA REAL
21h00 – MANCHA VERDE
07/02 – Sexta-feira
20h30 – BRINCO DA MARQUESA
21h35 – MOCIDADE ALEGRE
08/02 – Sábado
17h00 – UNIDOS DO PERUCHE
17h50 – X-9 PAULISTANA
18h40 – UNIDOS DE VILA MARIA
19h40 – ÁGUIA DE OURO
20h45 – MANCHA VERDE
21h50 – BARROCA ZONA SUL
22h55 – CAMISA VERDE E BRANCO
09/02 – Domingo
17h00 – PÉROLA NEGRA
17h50 – MOCIDADE UNIDA DA MOOCA
18h50 – ACADÊMICOS DO TATUAPÉ
19h55 – COLORADO DO BRÁS
21h00 – GAVIÕES DA FIEL
14/02 – Sexta-feira
21h35 – NENÊ DE VILA MATILDE
22h40 – VAI-VAI
15/02 – Sábado
17h00 – IMPERADOR DO IPIRANGA
17h50 – DOM BOSCO DE ITAQUERA
18h40 – TOM MAIOR
19h40 – ACADÊMICOS DO TUCURUVI
20h45 – MOCIDADE ALEGRE
21h50 – GAVIÕES DA FIEL
22h55 – IMPÉRIO DE CASA VERDE
16/02 – Domingo
17h00 – MORRO DA CASA VERDE
17h50 – INDEPENDENTE TRICOLOR
18h50 – ROSAS DE OURO
19h55 – DRAGÕES DA REAL
21h00 – ESTRELA DO TERCEIRO MILÊNIO
Os Desfiles das Escolas de Samba de São Paulo retornam ao sambódromo do Anhembi nos dias 22 e 28 de fevereiro, 1, 2 e 8 de março. A entrada para assistir às agremiações do grupo de Acesso 2, no sábado, 22 de fevereiro, é gratuita. Garanta um lugar em www.clubedoingresso.com/carnavalsp/
Negro Rei vive! Musical conta a vida de Martinho da Vila em São Paulo
Na última quinta-feira, estreou em São Paulo, o espetáculo “Martinho, Coroação de Rei – o Musical”, com direção de Miguel Falabella, Jô Santana e dramaturgia de Helena Theodoro. A apresentação da obra, que ocorreu no Teatro Sérgio Cardoso, na Bela Vista, foi realizada para convidados. O público poderá acompanhar o musical a partir desta sexta-feira. Fato é que é um lindo espetáculo. As encenações retratam a vida de Martinho corretamente. Quem é fã do sambista, sairá do local ainda mais apaixonado. Quem é apenas um admirador, com certeza irá virar fã de carteirinha. O espetáculo retrata bastante a negritude de Martinho, a ancestralidade e a África com a cultura nacional. Danças afros, músicas com instrumentos do continente e orixás dão o tom do show.
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O espetáculo é feito em vários momentos. Começa com um griô exaltando a África e, após, os atores que interpretam Martinho da Vila entram em cena o tempo todo. Todos atuam de forma brilhante, mas vale destacar o ator Alan Rocha, que reproduz uma voz idêntica a do homenageado, além da aparência lembrar o músico nos anos 1970 e 1980.
Todos sabem da forte ligação que Martinho da Vila tem com a escola de samba Unidos de Vila Isabel. Por isso, um ator representando Noel Rosa, icônico personagem do bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, também aparece para contar em forma de ‘setores de desfile’. Ele se manifesta na figura de um anjo, mas com uma personalidade caricata. A atriz, que simboliza a mãe do homenageado, Teresa de Jesus, diversas vezes entra em cena.
Há muitas outras coisas, vários sucessos do artista são cantados e outras encenações importantes da vida de Martinho são mostradas. Encerrando o musical teve uma roda de samba com presença das filhas Mart’nália, Analimar Ventapane e Maíra Freitas, além da neta Dandara Ventapane fazendo parte do elenco do musical. Vale destacar que a obra estará disponível para o público em geral a partir desta sexta-feira e terá o seu encerramento na próxima segunda-feira.
“É lindo. Fazer esse espetáculo é muito bonito, trazer Martinho para luz é muito importante. Essa africanidade que ele traz eu tentei recriar no palco. É um ícone do Brasil, está tudo no espetáculo e com certeza as pessoas devem assistir”, disse o diretor Miguel Falabella.
Exaltando a negritude
O ator Jô Santana é especialista em produzir musicais em tributo a artistas, trabalhando pela empresa Fato Produções Artísticas. De acordo com um dos responsáveis pela obra, foi um trabalho grandioso e é uma honra falar sobre a história do Brasil junto com Martinho. “É uma honra contar a história do Martinho. Fazer isso é contar a história do Brasil. Fazer esse recorte. É contar a nossa ancestralidade, como está no espetáculo. Não dá para contar a história do Martinho, a história do Brasil, sem falar do negro. É um trabalho muito grandioso que foi feito no coletivo, com a direção do Miguel Falabella e da nossa querida assistente, Iléa Ferraz”, declarou.
Outra profissional que atuou na linha de frente do projeto, Iléa Ferraz, falou sobre a importância de tudo que envolve Martinho da Vila, sobretudo a África com o Brasil. “Falando da dramaturgia, da construção deste musical, é beber das raízes da África para trazer a história do Martinho, trazendo também a história do Brasil, ressignificando a partir da ótica de um homem negro que trouxe a realeza. É contar a história negra de uma maneira muito positiva, trazer as raízes, todas as grandes influências da cultura popular, trazer a folia de reis, trazer os itans, as lendas africanas para contar a história desse grande brasileiro que fez a obra dele um caminho para se falar sobre África e sobre o Brasil. A dramaturgia se centra exatamente nisso, onde a África é o berço do mundo e da cultura brasileira”, explicou.
A diretora explicou os ensaios e a exigência que um artista deve ter para trabalhar em uma peça deste tamanho. “Normalmente, o ensaio musical dura dois meses. Foram aproximadamente 70 dias de muita dança, muita atuação, muita música, muita pesquisa, muita conversa e muitos ensaios. Um artista de musical tem que cantar, dançar e atuar com excelência. A exigência é muito grande. Você tem que ser forte em todos os sentidos”, contou.
Iléa exaltou o talentoso elenco estrelado quase que inteiramente por pessoas negras e, de acordo com ela, é de honraria ver pessoas dessa importância crescendo cada vez mais no ramo. “É um elenco extraordinário. É lindo ver uma geração nova de atores negros galgando nesse caminho do musical. O Brasil é o quinto país que mais produz musicais no mundo. A presença do artista negro está realmente chegando agora, e a Fato Produções é muito responsável por isso, porque ela tem contado as nossas histórias. Tem inserido as histórias dos grandes personagens negros nos musicais. É uma grande honra e eu fico muito feliz. Eu como uma artista mais velha, ver essa geração de artistas negros e potentes, tem sido muito gratificante”, comentou.
Ótimo elenco e emoção de assinar primeira obra
O coreógrafo da peça, Rafael Machado, relatou emocionado que o musical do Martinho é a primeira obra que ele assina oficialmente, apesar de ter feito vários outros trabalhos. O dançarino contou suas experiências para se inspirar na feitura do tributo. “A emoção é imensa, porque é a primeira vez que eu assino a coreografia de um musical, depois de 18 musicais na minha carreira. É fantástico falar de Martinho, sobre essa cultura preta maravilhosa que é a minha. Outro dia me perguntaram como foi a inspiração. Digo que foi a minha vida toda. Eu fiz dança de salão, estudei ballet, dança afro, jazz e está tudo aí embasado na obra genial do Miguel Falabella e Jô Santana, alicerçado pela mestra Helena Teodoro… Mas é muita emoção. Eu fui pai agora também. Tem sido fantástico na minha vida”, destacou.
Rafael diz que os ensaios foram fortes, visto que há muita dança na apresentação. Houve participações de outras pessoas, segundo o coreógrafo. “Foi pesado, porque é um espetáculo bem dançante. A gente teve duas semanas só de dança. Tivemos aula com a Tainara, tivemos aula com a Geisa Ruiz de ballet… E aí é muita dança. Ensaiamos dois meses e duas semanas, mais ou menos. Mas é um elenco muito maravilhoso. Foi delicioso”, contou.
O profissional agradeceu profundamente o seu elenco, exaltando a qualidade de todos os envolvidos. “O bom é a gente ter o privilégio de trabalhar com gigantes. Nós temos no elenco pessoas gigantes. Eles são generosos, talentosos, valentes, disponíveis. Aí fica fácil trabalhar. Agradeço muito a eles”, afirmou.
Revolução do samba e grandes elogios à obra
O evento contou com uma presença ilustre do mundo do carnaval. O ex-intérprete e ex-presidente do Vai-Vai, Thobias da Vai-Vai, compareceu para assistir ao espetáculo. Um dos maiores cantores de samba-enredo que já passou pela Tiradentes e Anhembi elogiou o teatro. “Eu quero fazer aqui o meu elogio pela iniciativa do Jô. Eu pude vir em todos os musicais que ele fez, desde o primeiro, que foi sobre o Cartola. Eu fiquei sabendo antes, quando ainda era um projeto na cabeça dele e torci muito para dar certo. Ele fez o primeiro, o segundo e aí chegamos aqui no Martinho da Vila. Para mim o samba é dividido em duas partes: Antes e depois do Martinho da Vila. É um sambista diferenciado, é um homem que colocou o nosso samba em outro patamar de A a Z. Todo mundo gosta e conhece o Martinho. É sucesso nacional e internacional. O arranjo dessa produção está muito bonito. O Miguel Falabella e o Jô fizeram uma dobradinha muito legal”, disse.
Thobias é um grande admirador de Jamelão. O saudoso intérprete carioca foi retratado em determinado momento da peça junto com o ator de Martinho. O vai-vaiense aprovou a atuação e disse que voltou no tempo. “Eu estou fazendo um tributo ao Jamelão, que eu convivi com ele há alguns anos. Foi o meu incentivador, sempre me respeitou e eu sempre respeitei. A gente teve algumas histórias muito engraçadas juntas. Foi muito legal a interpretação do ator fazendo o Jamelão. Passou um filme na minha cabeça”, contou.
Apesar de todos os elogios, o cantor lamentou a falta de reconhecimento que o samba tem sofrido. Segundo Thobias são muitas promessas que não saem do papel, além da falta de apoio para fazer mais espetáculos como o tributo ao Martinho da Vila. “Infelizmente a gente não tem esse reconhecimento todo. Eu fico vendo esse elenco maravilhoso e falo como o nosso povo é talentoso. Eu vejo muito discurso, mas poucas ações. Tem essa história de ‘não basta não ser racista, tem que ser antirracista’, mas na hora de procurar apoio para poder desenvolver a sua arte, é complicado. A nossa cultura é muito rica, mas o que falta é investimento”, finalizou.
SERVIÇO
Teatro Sergio Cardoso – Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista
Bilheteria física do teatro sem taxa de conveniência
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 14h às 19h. Em dia de espetáculo, das 14h até o horário de início da sessão.
Contato: (11) 3288-0136
Bilheteria on-line: www.sympla.com.br
Reservas para grupos: [email protected]
Classificação: 16 anos
Sessões
Sexta-feira e segunda-feira, às 20h00
Sábado, às 15h e às 20h
Domingo, às 16h
VALOR DE INGRESSO
Setor Canta, Canta, Minha Gente
R$ 15,00 e R$ 60,00
Setor Casa de Bamba
R$ 100,00 e R$ 200,00
Setor Tom Maior
R$150,00 e R$75,00
‘Tem Criança no Samba’: Evento vai celebrar escolas de samba mirins do Rio de Janeiro
Reconhecer o comprometimento com a promoção da cultura e dos direitos fundamentais das crianças é o objetivo da entrega de moções para as escolas de samba mirins do Rio de Janeiro na solenidade “Tem Criança no Samba”, que vai acontecer na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na próxima segunda-feira, dia 23 de setembro, às 18h. Promovido pela vereadora Thais Ferreira (PSOL/RJ), o evento vai homenagear os diretores das seguintes agremiações: Mangueira do Amanhã, Herdeiros da Vila, Tijuquinha do Borel, Aprendizes do Salgueiro e Virando Esperança.

É importante destacar que a solenidade tem também como proposta ressaltar o papel fundamental na organização e no desenvolvimento de atividades das escolas de samba mirins. Tal iniciativa se deve ao fato das atividades realizadas ao longo dos anos que enriquecem a vida cultural das crianças, proporcionando momentos de aprendizado, expressão e alegria. Compondo a mesa de homenagens do evento como convidado de honra estará Manoel Dionísio, presidente e fundador da 1ª Escola de Mestre-Sala, Porta-Bandeira e Porta-Estandarte do Rio de Janeiro.
Vale ressaltar que assim como no futebol, as escolas de samba mirins do Rio de Janeiro são reconhecidas como celeiro de talentos. Elas são um tipo de agremiação recreativa e cultural, semelhante a uma escola de samba tradicional, mas voltada para crianças. Além disso, geralmente são ligadas a uma escola mãe e costumam ter cunho social, a fim de ocupar as crianças com atividades sócios-culturais.
Serviço: Solenidade “Tem Criança no Samba”
Data e horário: 23/09 às 18h
Local: Câmara Municipal do Rio de Janeiro- Praça Floriano, S/N- Centro
Noite em alto nível técnico na eliminatória da Beija-Flor
A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, acompanhou mais uma etapa da disputa de samba-enredo da Beija-Flor para o Carnaval 2025. Por um problema técnico no sistema de som, nenhuma parceria foi eliminada. Seis obras vão se apresentar novamente apenas no dia 3 de outubro na quadra. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES
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Parceria de Kirraizinho: O primeiro samba da noite foi dos compositores Kirraizinho, Dr. Rogério, Ronaldo Nunes, Clay Ridolfi, Miguel Dibo e Ramon via 13. A torcida marcou grande presença e mostrou o samba na ponta da língua. Charles Silva e Pitty de Menezes mostraram um entrosamento perfeito e cantaram demais. O palco do samba 23 chamou muita atenção pela força, pois também tinha Igor Vianna, Tem-Tem Jr e Igor Pitta. A noite começou em alto nível com esta obra que possui muita qualidade. O pré refrão foi um dos pontos que impulsionaram a apresentação “Quando a saudade apertar/Lembre que amor não tem fim/Nós somos um só, você vive em mim”. O fortíssimo refrão principal foi o grande destaque, passando como um “trator” na quadra “Obákossôkao, Kabecilê/Orum ordenou, tem festa no ayê/Laila eternamente soberano/No coração do Nilopolitano”. O refrão de meio também teve um rendimento positivo, assim como a cabeça do samba. A melodia empregue nos primeiros versos no início da segunda parte faz com que o samba não caia em nenhum momento. O som prejudicou um pouco a parceria, pois o microfone do Pitty estava baixo e só aumentou na terceira passada. Mas isso não tirou o brilho da apresentação que foi de muita qualidade, sendo um dos destaques da noite. O samba rendeu muito bem na quadra.
Parceria de Júnior PQD: o segundo samba da noite teve a assinatura dos poetas Júnior PQD, Nando Souza, Robinho Donozo, Nathan Walace, Daniel Colete e Andrezinho da Beija-Flor. A torcida fez a festa e cantaram principalmente o refrão de cabeça. O palco do samba 2 foi prejudicado pelo som, interferindo na apresentação. O diretor Marquinho Marino logo percebeu que tinha algo errado e optou por não cortar nenhuma obra nessa noite. Atitude sensata do diretor carnaval da Beija-Flor que é craque no que faz. O destaque foi o refrão de cabeça que animou a torcida “De todos os santos, de todos os sambas/De ogum padroeiro, irmão de Xangô/Eparrey Oyá!/Laíla é o canto do meu Beija-Flor”. Uma apresentação que com certeza iria ter mais êxito, se não fosse o problema no som.
Parceria de Romulo Massacesi: O terceiro samba da noite foi assinados pelos compositores Romulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar, Centeno, Ailson Picanço, Gladiador e Felipe Sena. A torcida simplesmente deu um show, cantando até mesmo antes de começar a apresentação. Chamou atenção o ator representando o Laíla, pois o jeito era idêntico. Nino do Milênio e Bruno Ribas tiveram ótimo desempenho na condução do samba. O samba 5 tem o objetivo de emocionar o Nilopolitano, e foi visível a emoção de vários na quadra. O refrão principal teve um ótimo desempenho “Da casa de ogum, Xangô me guia/Da casa de Ogum, Xangô me guia/Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor/Terreiro de Laíla meu griô”. Outra parte que teve um rendimento de destaque foi a chamada para o refrão principal “Chama João pra matar a saudade/Vem comandar sua comunidade/Oh Jakutá, o Cristo preto me fez quem eu sou/Receba toda gratidão Obá, dessa nação nagô”. Um ponto que teve uma melhora significativa comparando com outras apresentações do samba 5 foi a primeira parte do samba, onde o rendimento foi muito bom e teve fluidez. A melodia tem nuances que conquistam a galera, como por exemplo “Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada”. A parceria realizou a sua melhor apresentação nas eliminatórias desse ano e foi outro destaque da noite.
Parceria de Sidney de Pilares: O quarto samba da noite foi dos compositores Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, Marcelo Lepiane, Valtinho Botafogo, João Conga e Dr. André Lima. A torcida fez a parte dela, cantando bastante a obra, com direito a uma vibrante coreografia. Zé Paulo com toda a sua garra e alegria foi fundamental para a apresentação. Vale destacar também o desempenho do intérprete Bico Doce no palco. O refrão principal foi um dos destaques “Guarda a encruzilhada, abre os caminhos/Exu da baixada, de volta pro ninho/Quem busca a vitória, não teme quebranto!/Laroyê! Laíla de todos os santos!”. A segunda parte do samba chama atenção pelas inúmeras variações melódicas e por trazer desfiles importantes da carreira de Laíla. O refrão do meio teve um rendimento muito bom “Preto velho me ensinou a caminhar/Quem não quer guerra sabe guerrear/O valor do meu lugar é lição do professor/Naê rainha do meu Beija-Flor”. O samba cresceu na disputa e vai disputar um lugar na final.
Parceria de Diogo Rosa: O penúltimo samba da noite foi assinado pelos poetas Diogo Rosa, Julio Assis, Diego Oliveira, Manolo, Julio Alves e Léo do Piso. A torcida deu um show e teve um canto de arrepiar. Os intérpretes Tinga e Emerson Dias conduziram o palco que foi fantástico. É impressionante o conjunto de apresentações do samba 1, onde o rendimento vem sendo absurdo. O samba possui muita força e isso já fica evidente no refrão principal “A ê bàbá!/Àjàká máa bè Kaô/Àjàká máa bè kaô/Beija-Flor é seu gongá/ Se tenho a história que você respeita/Que a justiça seja feita “Foi Laíla o orixá”. Na primeira parte do samba a melodia é fluida e certinha, com um grande destaque para o preparo para o refrão de meio “Dos ibejis à magia cigana/Okê caboclo! Flecha soberana!”. O refrão de meio teve um rendimento muito bom “Gabgazumba ê! Luiz!/Reparação do gueto, a minha raiz/A voz das vozes silenciadas/Comandante preto da nação Baixada”. Tem uma variação melódica que chama muita atenção na segunda parte “Verdade, o samba fez a dor passar”. O final da segunda teve um rendimento ótimo “Meu velho, da encruza até a quadra/Há macumba arriada/Não há chama que lhe forge/Saiba já está tudo preparado/Pra você ser assentado/Bem ao lado do São Jorge”. Foi mais uma apresentação de muita qualidade e do samba 1 que foi outro destaque da noite nilopolitana.
Parceria de Serginho Sumaré: Para fechar a noite de eliminatória da Beija-Flor, o último samba foi assinado pelos compositores Sérginho Sumaré, Marcelo Guimarães, Rogério da Mata, Neilson Oliveira, Léo Freire e Ademir. A torcida marcou presença com as tradicionais bandeiras e bandeirões. O intérprete Gilsinho, com todo o seu talento, conduziu muito bem a obra. Mais uma vez, o refrão principal foi o principal destaque “Ogum patakori, já fiz o meu orô/E hoje estou aqui, a rua prateou/De todos os santos e todos os sambas/Eternamente um Beija-Flor”. Já o refrão do meio, possui uma melodia um pouco diferente do habitual nos versos “Pra Nossa Senhora, Oxum/E a Cigana peço proteção/Batizado no ardor da fé e banhado de axé”. O desfecho é bom com a chamada para o refrão de cabeça “Eu nunca vi igual/O rolo compressor do Carnaval”. Foi uma apresentação satisfatória da parceria para fechar a noite de eliminatória.
Decisão na Vintém! Unidos de Padre Miguel escolhe samba hoje e leitores apontam favoritismo para parceria de Chacal do Sax
Nesta sexta-feira, 20 de setembro, a Unidos de Padre Miguel escolherá o seu hino para o Carnaval de 2025. A escola, que retornará à elite do Carnaval Carioca após 52 anos, levará para a Marquês de Sapucaí o enredo Egbé Iyá Nassô, de autoria dos carnavalescos Alexandre Lousada e Lucas Milato. O enredo promete uma viagem pela história e tradição afro-brasileira, ao destacar o legado de Iyá Nassô e o papel fundamental do Ilê Axé Iyá Nassô Oká, considerado o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento. Em pesquisa feita com os leitores do CARNAVALESCO, a parceria de Chacal do Sax, Julio Alves, Igor Federal, Caio Alves, Camila Myngal, Marquinhos, Faustino Maykon e Claudio Russo foi apontada por 43% como favorita para vencer o concurso. A parceria de Thiago Vaz, W. Corrêa, Richard Valença, Diego Nicolau, Orlando Ambrósio, Renan Diniz, Miguel Dibo e Cabeça Do Ajax recebeu 30,3% e a parceria de Jefinho Rodrigues, Samir Trindade, Ribeirinho, Jonas Marques, Dr. Castilho, Fábio Bueno, Domingos PS e Igor Leal ficou com 26,7%.
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“Estamos muito empolgados para esta escolha. A final promete ser um grande espetáculo e uma celebração do nosso retorno à elite do Carnaval”, destacou Cícero Costa, diretor de carnaval da escola.
A festa começará às 22h, com um show do grupo PegaBlack e apresentações dos segmentos da UPM. Baianas, passistas e os casais de mestre-sala e porta-bandeira se apresentarão ao som do intérprete oficial Bruno Ribas, que interpretará sambas antológicos da escola, acompanhados pela bateria “Guerreiros da Unidos”, de mestre Dinho. Além disso, uma apresentação especial está sendo preparada pela direção artística da escola, em seguida, a direção dará início à última etapa do concurso. A entrada para a grande final será gratuita até à meia-noite. Após esse horário, o ingresso custará R$ 20,00 (vinte reais). A quadra da Unidos de Padre Miguel está localizada na Rua Mesquita, 08 – Padre Miguel, próximo ao Hospital Municipal Albert Schweitzer. A classificação é para maiores de 18 anos.
Parcerias finalistas na Unidos de Padre Miguel defendem suas obras
SERVIÇO
FINAL DE SAMBA UNIDOS DE PADRE MIGUEL
Data: 20 de setembro
Local: Quadra da UPM – Rua Mesquita, 08 – Padre Miguel
Horário: A partir das 22h
Preço: Grátis até 00h // depois R$ 20,00 (vinte reais)
Classificação: 18 anos
Mestre Dinho, da ‘Guerreiros’, recebeu medalha Pedro Ernesto
CARNAVALESCO faz programa especial com entrevistas, sambas e muita opinião sobre a final da Unidos da Tijuca
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Vote: Qual parceria é favorita para vencer a disputa de samba na Unidos da Tijuca?
Ouça os sambas finalistas da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2025
Confira a sinopse do enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2025
Leandro Vieira apresenta figurinos dos casais, destaques e rainha de bateria da União de Maricá
Numa tarde marcada pela alegria, a União de Maricá realizou no barracão de alegorias, localizado em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, a apresentação dos figurinos de seus casais de mestre-sala e porta-bandeira, destaques e da rainha de bateria para 2025. Desenhadas pelo carnavalesco Leandro Vieira, as fantasias fazem parte do planejamento da agremiação para o próximo carnaval. A escola se prepara para levar à Sapucaí o enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”, na Série Ouro.

Leandro Vieira expressou sua satisfação ao revelar os desenhos aos componentes da escola. Para ele, a ocasião representa um momento de celebração, além de um passo importante na preparação para o desfile.
“Fico feliz com a possibilidade de entregar os figurinos aos destaques das alegorias e aos casais de mestre-sala e porta-bandeira e perceber o entusiasmo dos mesmos com aquilo que pensei em vesti-los. É bom, após um dia de encontros para apresentar propostas de fantasias, ficar com a sensação de que todos se sentem realizados com aquilo que proponho. É um dia de alegria para todos nós que acreditamos no carnaval que virá como uma possibilidade de nos apresentarmos à altura dos anseios da escola”, disse Leandro.
Os figurinos foram entregues ao primeiro casal Fabrício Pires e Giovanna Justo e ao segundo casal Gugu e Bia Strella. As fantasias serão confeccionadas pelo Ateliê Aquarela Carioca. Além dos casais, os destaques Fabri, Saluá, Kevin Martins, Márcia Frey e Amaro Sérgio também conheceram suas indumentárias, assim como a rainha de bateria Rayane Dumont.
Em 2025, a União de Maricá será a sexta escola a desfilar na sexta-feira, 28 de fevereiro, exaltando Seu 7 de Lira, famosa entidade da umbanda carioca e que tinha como médium a mãe de santo Cacilda de Assis.