O CARNAVALESCO abre espaço para os candidatos a vereador pela cidade do Rio de Janeiro. Evandro Bocão (PSB), ex-presidente da Vila Isabel, apresenta suas propostas. Os candidatos que são ligados a escolas de samba podem nos procurar pelo e-mail [email protected] – o espaço está aberto para todos, mas repetimos que é fundamental ter ligação com as escolas de samba.
Por que se candidatar a vereador?
“Estou nisso há muito tempo. Quantos baluartes morreram a míngua? Nossa candidatura nasce de um pedido das comunidades, muitas pessoas recorriam a mim, quando tinham uma necessidade de emprego ou algum outro tipo de socorro junto ao poder público, eles sabiam que eu já tinha ajudado muitos outros políticos, daí recorriam a mim. Perceberam que precisavam de um representante do bairro, um verdadeiro síndico, então recebi essa missão de defender os interesses da comunidade e prontamente aceitei ser candidato a vereador”.
O que você eleito vai propor que seja relacionado ao carnaval e escolas de samba?
“O Carnaval é uma oficina de talentos, que muitas vezes são vistos somente no período dos desfiles. Nós precisamos, utilizar os espaços destinados ao carnaval e criar oficinas com os profissionais do carnaval, com parceria público privada, criar mecanismos que viabilizam que aquela mão de obra do carnaval, tenha seu ofício aproveitado não apenas no período de confecção e produção do carnaval, mas também, nos outros meses do ano, seja se qualificando, ou ainda, qualificando pessoas, sendo renumerados para tal”.
Por que falta representatividade das escas de samba na Câmara?
“Estamos aqui pra mudar essa estatística, não tem como cada agremiação colocar mais de 3000 componentes na avenida e não conseguir colocar um vereador na câmara. Acredito que o componente, o folião, os profissionais do carnaval, precisam se sentir representados e eu sou o candidato que conseguirá representar e bem todos os seguimentos do carnaval, o eleitor pode ter certeza disso”.
Em entrevista concedida ao CARNAVALESCO, o candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Queiroz (PP), apresentou seu conjunto de propostas para o carnaval carioca, com destaque para a remoção do viaduto 31 de março, que há anos causa apreensão na entrada das escolas de samba no Sambódromo. Queiroz afirmou que pretende lançar um concurso em parceria com o CREA para eleger o melhor projeto de intervenção no local, visando dar mais igualdade à disputa entre as agremiações e melhorar a infraestrutura para os desfiles.
O candidato também abordou a importância de criar condições mais favoráveis para as escolas de samba ao longo de todo o ano, propondo investimentos contínuos para os ensaios técnicos e uma estrutura jurídica que permita às agremiações disputar investimentos privados e públicos. Ele destacou ainda planos para concluir a Cidade do Samba 2 e promover um calendário de eventos anuais, visando movimentar a economia e ampliar o alcance cultural do Carnaval. Confira a entrevista completa com Marcelo Queiroz.
O Sambódromo completou 40 anos em 2024. Obras de infraestrutura no local são pedidas há anos. Há previsão de alguma intervenção no equipamento caso você seja o prefeito?
“Estou pronto para fazer o que ninguém teve coragem até agora. Em parceria com o CREA e as outras associações de classe dos engenheiros, arquitetos e urbanistas, vamos promover um concurso para eleger o melhor projeto para tirar do caminho das escolas o viaduto 31 de março, pedra dos sapatos de todas as escolas que concentram no lado do edifício Balança mas não cai. Podemos suspender mais ou transformar em mergulhão, quem sabe. Mas isso vai dar mais igualdade à disputa e melhorar a entrada dos carros alegóricos no Sambódromo. E com as escolas como parceiras, vamos avaliar e viabilizar as outras intervenções para engrandecer ainda mais a nossa maior festa popular”.
O carnaval é o principal evento da cidade e traz um retorno em impostos que ajuda o Rio o ano todo. Eleito prefeito, como você pretende fomentar o maior evento cultural da cidade?
“O Carnaval é muito mais que o maior espetáculo da Terra. E acho que precisamos ter um olhar que vai além do subsídio para as escolas de samba. Meu plano de governo traz os planos para o Carnaval, que foram alinhados e escritos em conjunto com sambistas que fazem parte das associações de segmentos. Compromisso que assinei na Associação das Velhas-Guardas, na Abolição. Precisamos criar mecanismos para que as escolas tenham estrutura jurídica e contábil, tornando-as grupos prontos, com documentação e requisitos para disputar investimentos, não só públicos, mas também da iniciativa privada. Com isso, viabilizar para que programas de cultura, turismo, esporte e assistência social da prefeitura possam funcionar nessas agremiações para suas comunidades, sem que precisem se adequar, todos os anos, aos editais de lei de incentivo. Para que a batida do samba de fato ecoe o ano todo, vamos ajudar nos ensaios técnicos noturnos dos segmentos, como os de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Comissão de Frente, e alas coreografadas. Vamos dar estrutura para estes grupos fazerem seus treinos e investir na coordenação da agenda de uso do Sambódromo de abril a dezembro (em janeiro o espaço já recebe os ensaios técnicos abertos e testes de luz e som). Já passou da hora de a prefeitura enxergar as escolas como parte da engrenagem da prefeitura para promover bem-estar pros cariocas”.
As obras da Cidade do Samba 2 já começaram. Mas são muitas agremiações em outros grupos que não tem um teto digno para construir seu carnaval. Sua candidatura tem alguma proposta para essas comunidades?
“Sim, e não só para as fábricas de Carnaval. Vamos concluir a Cidade do Samba 2 que está em curso, mesmo que tenha sido um projeto anunciado de forma eleitoral pela atual administração. E vamos além: vamos construir, finalmente, os barracões das escolas de samba Mirins, reestruturar os barracões de escolas que desfilam na Avenida Intendente Magalhães e hoje funciona na Rua Carlos Xavier. Aliás, a passarela da Intendente Magalhães vai ganhar uma estrutura que leve dignidade aos componentes das escolas que lá desfilam. Pretendemos construir com as ligas e as escolas um calendário real de eventos o ano todo, movimentando ainda mais a economia e trazendo mais recursos para a cidade e para as agremiações conseguirem terminar suas apresentações no azul”.
A subvenção para as escolas de samba será mantida na sua gestão? Há previsão de aumento? Você pensa em usar as quadras das agremiações para atividades e projetos sociais da prefeitura
“Sim. A subvenção é fundamental para as agremiações. Mas, quem conhece o mundo do samba, sabe que não dá pra apostar todas as fichas somente no Grupo Especial, mas lembrar, sempre, de todos os segmentos e suas demandas para manter viva nossa identidade cultural. A Associação das Velhas-Guardas, por exemplo, que representa a origem de tudo, precisa ser lembrada todos os dias. Mas vive esquecida, traída, como outros serviços importantes da prefeitura como os servidores, em especial a Guarda Municipal, que tem atuação especial durante o Carnaval. Vamos levar incentivo também para associações que reúnem os grupos de harmonia, passistas, intérpretes, baianas e os casais de Mestre-sala, porta-bandeira e porta-estandarte”.
Quais as suas ideias para o fomento do carnaval de rua e como equilibrar os megablocos durante o carnaval com a vida da cidade?
“Muito importante dizer, antes dos megablocos, que já no próximo ano vamos trabalhar no fomento aos Blocos de Enredo e Blocos Afro que desfilam no Rio. Vamos melhorar esse planejamento e dialogar com os blocos e as associações que os representam. Um dos grandes pontos que podemos intensificar é a atuação da Guarda Municipal e de equipes do Segurança Presente no Carnaval. Vamos apoiar de verdade o Estado no Plano de segurança na esperança de reduzir os pequenos delitos como roubo de celular, por exemplo. O Rio tem estrutura e tem opção. Vamos juntos por esse Rio mais moderno, mais eficiente, mais diverso e mais Caramelo”.
O CARNAVALESCO abre espaço para os candidatos a vereador pela cidade do Rio de Janeiro. O primeiro é Diego Vaz (PSD), o Didi Vaz, ex-subprefeito da Zona Norte. Os candidatos que são ligados a escolas de samba podem nos procurar pelo e-mail [email protected] – o espaço está aberto para todos, mas repetimos que é fundamental ter ligação com as escolas de samba.
Foto: Álbum pessoal
Por que ser vereador pelo Rio de Janeiro?
“Acima de tudo, sou um carioca suburbano. E, como tal, um apaixonado pelas escolas de samba. O destino me levou a ser o gestor da região por três anos e meio, onde orgulhosamente nasci e fui criado. Portanto, não foi obra do acaso que a soma desses fatores me pusesse na condição de ter um olhar diferenciado para o carnaval”.
O que você eleito vai propor que seja relacionado ao carnaval e escolas de samba?
“Uma das minhas principais propostas, que inclusive venho defendendo e falando em reuniões, é a criação de uma lei garantindo estrutura para rodas de samba e ensaios de rua das escolas de samba. Essa ideia surge pois acompanhei de perto a dificuldade das escolas, principalmente as que têm menores investimentos, de conseguir estrutura para seus ensaios de rua, além das rodas de samba, que giram a economia local não só no carnaval, mas durante todo o ano! Acredito que, atuando nessa questão, a gente consegue ajudar no princípio das coisas, na base, onde nem sempre se tem um olhar mais atento e cuidadoso”.
Por que falta representatividade das escolas de samba na Câmara?
“Me coloco aqui a disposição de ser uma voz ativa das escolas de samba e do próprio carnaval na Câmara Municipal ano que vem, caso eu seja eleito. Acredito que inúmeros fatores levam a essa falta de representatividade, desde fatores culturais, de região, etc, mas como disse no início, trago muito viva essa cultura em mim, por ser um cara que nasceu no subúrbio e que viveu de perto o carnaval de rua, ensaio das escolas, além de ser ritmista. Tenho uma ligação muito forte com o carnaval e desejo ser um representante ativo dessa expressão cultural gigante que temos em nossa cidade”.
Um evento recheado de emoção, com pavilhões consagrados, aconteceu na Fábrica do Samba. Vai-Vai, Camisa Verde e Branco, Nenê de Vila Matilde e Unidos do Peruche, juntas, fizeram uma grande festa com um leque de sambas-enredo. Todas estas escolas são resistência do carnaval paulistano. As velha-guarda, com exceção da Águia da Zona Leste, aqueceram a festa e cantaram sambas históricos, principalmente, os de roda, que costumavam fazer na época.
Os sambistas da época sofreram todo o preconceito da cultura do carnaval. Eram marginalizados, mas resistiram. Nomes como mestre Tadeu e Fernando Penteado no Vai-Vai ainda estão ativos na agremiação. Dentro do Peruche, Seo Carlão é um ícone e será enredo no Carnaval 2025. Já no Camisa Verde e Branco, pessoas como Carlos Alberto Tobias e Zulu, residem na memória dos sambistas. Por fim, o saudoso Seo Nenê, tão importante para a cultura do samba, também está na memória. Essas são poucas das grandes personalidades das gigantes agremiações fundadas entre os anos 1930 e 1950.
Para tanto, um festival de samba-enredo foi preparado pelo Vai-Vai após a apresentação das fantasias. As baterias das quatro escolas se posicionaram cada uma em um canto do palco e os intérpretes se revezavam cantando sambas-enredo históricos, especialmente dos anos 70, 80 e 90. Todos os cantores oficiais estiveram presentes: Luiz Felipe (Vai-Vai), Igor Vianna (Camisa Verde e Branco), Agnaldo Amaral (Nenê de Vila Matilde) e Renan Bier (Peruche).
É tradição e o samba continua
Presidente do Vai-Vai, Clarício Gonçalves se diz feliz em ter todas estas entidades juntas em um evento. O gestor ainda pondera que, mesmo com as dificuldades que todas vêm enfrentando, seria gratificante tê-las no Grupo Especial, pois são pavilhões que nunca deveriam ter saído do mais alto patamar. “Eu acho que isso é mais gratificante para mim, porque era um sonho de reunir essas escolas para um evento. Eu queria fazer um evento aberto onde a gente sentisse realmente a parceria, e aqui infelizmente o chão é meio abafado, mas conseguimos reunir essas raízes do carnaval, não menosprezando as coirmãs. Mas seria interessante se nós tivéssemos todas essas agremiações no Grupo Especial. Não que a disputa não seja saudável com as outras coirmãs, mas é interessante essa coisa raiz. Quem viveu lá atrás é uma emoção diferente pelas condições de cada uma, que é um sofrimento tanto para mim quanto para eles para tentar colocar a entidade deles em lugar que não deveria ter saído”, afirmou.
Antigamente havia relatos de forte rivalidade entre as escolas, mas Clarício afirmou que isso só existe dentro da pista. “A rivalidade, como é o discurso de todos os presidentes, só existe quando se passa a linha amarela. Fora disso, todas são irmãs”, disse.
O carnavalesco Sidnei França preza muito pela história do carnaval paulistano. Desde sempre foi um estudioso da história. O artista deu um longo depoimento, exaltando a força das matriarcas do samba, que segundo o próprio tem muito a ensinar às escolas novatas. O profissional também citou a Lavapés, agremiação dos anos 30 fundada por Deolinda Madre, nome dado à Fábrica do Samba. “Quando decidimos fazer o evento, ficamos pensando quais atrações poderiam vir. Juntou a necessidade de ter uma atração para uma festa importante para, com a necessidade também de reunir essas quatro matriarcas carnaval de São Paulo. Aliás, eu preciso dizer que sinto muito da Lavapés não estar, porque é uma escola que eu também tenho muito respeito, mas eu tenho certeza que ela também vai galgar seu caminho e retomar estrutura. É uma festa que o Vai-Vai promove, convida as coirmãs, no intuito de criar mais ainda o encontro, sinergia, o entendimento das tradicionais como guardiãs da tradição, como escolas que têm fundamentos muito densos. São escolas que têm um lastro histórico que também tem muito a ensinar para o carnaval atual, porque hoje ele é muito tomado por escolas novatas e elas obviamente vão muito bem na pista, desenvolvem o desfile de uma forma magistral em todos os quesitos. Mas eu acho que a tradição nunca pode ser deixada de lado. A gente não pode pensar que uma escola nova pise no sambódromo sem entender os fundamentos, sem pedir licença para Exú. É muito sério a se discutir e hoje acho que essa manutenção da tradição é muito importante para estabelecer a perpetuação da força do carnaval de São Paulo”, declarou.
Estou falando de você…
O presidente Mantega, da Nenê de Vila Matilde, falou do prazer de fazer parte do evento e relembrou os títulos das agremiações para exaltar a grandiosidade das entidades. “É um prazer enorme estarmos aqui, pois é uma festa grandiosa e pesada. Nenê, Vai-Vai, Camisa e Peruche. É a tradição do carnaval de São Paulo. Realmente Nenê e Vai-Vai tem o maior número de títulos, têm um peso grande. Camisa também, são nove títulos, ainda mais o Peruche… Se for contar a história só de títulos tem carnaval que não acaba mais”, destacou.
O gestor contou da amizade que as escolas vivem entre si. “Nossa relação é muito boa, tanto Vai-Vai, Camisa e Peruche. São só amigos, não só dos dirigentes, mas da comunidade também. Temos uma relação boa com todos da comunidade. Sempre frequentei Vai-Vai, Camisa e Peruche, como sambista, como amigos que temos em todas as escolas e a relação é muito boa. Hoje é bacana encontrar todos”, comentou.
O mandatário, que comanda a Águia da zona leste desde a década passada, relembrou histórias que viveu com estes pavilhões na sua vida de sambista e, assim como disse Clarício Gonçalves, a rivalidade só fica na passarela. “O que temos são só histórias boas. Estamos aqui eu como presidente, sambista, componente de harmonia de escola de samba que é a minha origem, a minha essência. Já pulei na pista para ajudar o Peruche uma vez que eles tiveram um problema com o carro alegórico, o Vai-Vai, o Camisa, temos uma relação muito boa. Graças a Deus são amigos, em todos os lugares que nós vamos. O Camisa, a barraca do coquinho que íamos, coisa de mil anos atrás. Era a rua do samba… Toda a diretoria do Vai-Vai aí são parceiros, somos amigos há uns três ou quatro anos. Aqui no samba não tem rivalidade. Somente na faixa amarela é uma querendo superar a outra. Querendo ser melhor, mas sem querer que a outra seja pior. É alegria, samba e confraternização em todos os momentos”, completou.
Sagrado manto
O presidente da Unidos do Peruche, Alessandro Zóio contou que a festa foi o início de um projeto que provavelmente vai acontecer mais vezes em eventos das outras escolas. ”Arrepia só de entrar e saber que tem as quatro matriarcas do samba. As outras coirmãs também tem o nosso respeito, o Peruche, Camisa e Nenê, fazem a diferença. É uma festa que precisa acontecer mais vezes. É um projeto que a gente está aqui, vai passar pelas outras entidades. Vai acontecer no Peruche e acho que vai acontecer também no Nenê e no Camisa”, revelou.
Zóio disse que são escolas que ajudam a Filial do Samba. Os presidentes das agremiações ligam constantemente para saber da situação de carnaval, e que pode contar com a ajuda. “Além de ter o respeito que é gigante, são escolas que desde quando eu assumi a nossa gestão em 2019, são as três escolas que ajudam o Peruche. Entenderam a necessidade e eu conto com a ajuda delas todo ano. Eu colho material e corpo humano também. O próprio Mantega, o Clarício e a Érica, sempre estão entrando em contato perguntando como estão as coisas, falando que pode contar com eles”, comentou.
O gestor falou das relações de sambista que teve com as escolas. De acordo com Alessandro, frequentava ensaios de todas as coirmãs e tinha um tio presidente da velha-guarda, especialmente no Camisa Verde e Branco para ver o seu tio presidente da velha-guarda. “Eu sou frequentador de ensaios. Antigamente acabava o Peruche e eu ia para o Camisa. Meu tio Bolão, que é o presidente da velha guarda no Camisa, eu ia lá para ver. O Vai-Vai quando eu ia na Bela Vista era aquela emoção total. Eu frequentava mesmo a zona leste, até pela distância, sou da Casa Verde. Mas sempre que tive essa oportunidade, sempre estava também no terreiro da Nenê. Novamente, respeito todas as coirmãs, mas essas quatros fizeram o samba de São Paulo”, finalizou.
Com foco no carnaval de 2025, a Portela anuncia suas Alas Comerciais. As vendas já estão abertas, e os interessados podem adquirir suas fantasias diretamente com os responsáveis pelas alas. A partir de agora, os portelenses que estão distantes têm a oportunidade de realizar o sonho de desfilar na Majestade do Samba e buscar o caminho que leva ao sol. Confira a seguir os nomes dos responsáveis por cada indumentária e seus contato:
A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) está inovando mais uma vez na divulgação do carnaval, propondo a criação de um material audiovisual inteiramente gravado ao vivo, com o objetivo de capturar de forma autêntica a magia dos desfiles das escolas de samba. Este novo projeto visa alcançar um público ainda maior, consolidando a presença digital do carnaval paulistano em diferentes plataformas. Com base no sucesso de produções anteriores, como o “Esquenta de Bateria” no YouTube e o “Som da Avenida” nas principais plataformas de streaming, a Liga-SP aposta em formatos curtos e dinâmicos que têm gerado grande engajamento.
O material proposto incluirá vídeos de 15, 30 e 45 segundos, que são os formatos com melhor desempenho nas redes sociais. Além disso, será produzido um conteúdo de maior duração, com 5 minutos e 35 segundos, garantindo uma cobertura completa e rica em detalhes do samba-enredo de 2025 de cada agremiação.
“Acreditamos que os vídeos curtos têm um potencial enorme para engajar o público, especialmente quando utilizamos introduções dinâmicas que capturam a atenção nos primeiros 20 segundos. Queremos utilizar essa estratégia para não só fortalecer nossa base de seguidores, mas também atrair novos públicos e potenciais patrocinadores”, explica Jairo Roizen, Gerente de Comunicação da LIGA-SP.
As gravações na Fábrica do Samba com as escolas do Acesso 1 e do Grupo Especial começam nesta sexta-feira, contando com grande elenco de cada escola. Sob a produção de Guma Sena, o projeto pretende elevar o padrão da cobertura audiovisual do Carnaval paulistano.
“Nosso objetivo é criar um material que não só capture a essência dos desfiles, mas também proporcione uma experiência imersiva para o público, de forma que ele sinta toda a energia do samba. A estratégia de combinar conteúdos curtos com gravações mais elaboradas é essencial para engajar tanto o público que já é fã quanto novos seguidores”, explica Guma”.
O projeto, além de potencializar a divulgação do carnaval nas redes sociais, será uma importante ferramenta de prospecção, contribuindo para a expansão do carnaval paulistano e da cultura do samba.
“Com essa iniciativa, a Liga-SP reforça seu compromisso em valorizar e promover o trabalho das escolas de samba, levando a arte e a tradição do carnaval para um público ainda maior, de forma inovadora e acessível”, afirma Sidnei Carriuolo, presidente da Liga-SP.
A notícia de que se tornariam mestre-sala e porta-bandeira da Unidos de Vila Isabel foi uma surpresa para o até então casal da escola-mirim Herdeiros da Vila. Rayra Guarinho e Kayo Figueiredo souberam do novo posto de 3º casal já no palco da quadra da escola durante a final da disputa de samba-enredo para o Carnaval 2025.
“Eu não imaginava, nunca nem passou pela minha cabeça. A gente sempre acreditou no nosso potencial, mas a Vila Isabel é uma escola gigante. Eu fiquei desacreditado. Foi um misto de emoções!”, contou Kayo, que é aluno do Instituto Celeiro de Bambas há cerca de dois anos.
O projeto social oferece aulas gratuitas ministradas pelo 1° casal de mestre-sala e porta-bandeira da azul e branca do bairro de Noel, Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas. Juntos, a dupla acumula quase meio século de experiência no Carnaval.
“Eu comecei as aulas em 2022 e aprendi tudo do zero com eles. Ter o apoio da Cris e do Marcinho foi essencial para o meu amadurecimento e evolução rápida como porta-bandeira”, afirma Rayra, de 18 anos.
Agora, ambos contam os dias para a estreia na elite do Carnaval carioca. “A Vila é minha escola do coração. É onde eu cresci, me criei e onde passo os dias me esforçando e treinando. Saber que isso está sendo valorizado é muito gratificante. Vai ser uma super realização estar na Avenida em 2025”, planeja a recém-anunciada porta-bandeira.
Para Kayo, é a realização de um sonho: “Hoje eu tenho o privilégio de segurar um pavilhão de peso. A Vila Isabel foi a primeira a me dar a oportunidade de desfilar na escola-mirim e agora a primeira me dar a oportunidade no Grupo Especial. Sempre foi a Vila Isabel! A expectativa para o Carnaval 2025 é sair da Sapucaí com o título”, disse.
O Instituto Celeiro de Bambas realiza projetos sociais, culturais e educacionais voltados para inserção de novos talentos no Carnaval do Rio de Janeiro. Entre as oficinas gratuitas oferecidas, estão aulas de cavaquinho, jiu jitsu, dança, percussão e chapelaria.
O Governo do Estado lançou o maior pacote de editais para o Carnaval fluminense, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, nesta terça-feira. O “Folia RJ 3” trará um investimento de mais de R$ 23 milhões, divididos entre 634 vagas e quatro editais. O incentivo representa um aumento financeiro de 30,5% em relação a este ano. Para participar, os proponentes devem realizar as inscrições até as 18h do dia 18/10.
“Esse investimento é muito importante para permitir que o Carnaval seja um movimento cultural cada vez mais democrático no estado do Rio. Os editais incentivam nossas manifestações culturais e o turismo regional, fortalecendo a economia criativa e estimulando a participação popular”, ressalta o governador Cláudio Castro.
O fomento será destinado às chamadas “Bloco nas Ruas RJ 3”, “Não Deixa o Samba Morrer RJ 4”, “Turmas de Bate-Bolas RJ 3” e “Folia de Reis RJ 3”. E mais uma novidade: neste ano, os Afoxés e Blocos Afro, que foram registrados como patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro em 2023, terão uma categoria própria e não precisarão concorrer com os demais projetos.
Se em 2024, o investimento do Estado foi capaz de chegar a quase 40 cidades fluminenses, no próximo ano a expectativa é que a maior festa popular do país cresça ainda mais. Aumentamos o número de vagas e esperamos uma agenda de festividades que valorize as manifestações tradicionais de todas as regiões, de forma plural e rica culturalmente – destaca a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros.
As inscrições devem ser feitas de forma on-line, através da plataforma Desenvolve Cultura, no link: http://cultura.rj.gov.br/desenvolve-cultura
Conheça os editais:
Turmas de Bate-Bolas RJ 3
A chamada é voltada para pessoa jurídica, inclusive MEI, que seja comprovadamente representante de uma turma de bate-bola, e vai premiar 100 projetos, com valor de R$ 25 mil cada, somando R$ 2,5 milhões.
É considerado turma de bate-bola um grupo artístico-cultural que possui atuação comprovada na produção e realização de manifestações populares do Carnaval de rua, a partir da confecção de indumentárias que combinem elementos materiais típicos, característicos das tradições da figura bate-bola.
Bloco nas Ruas RJ 3
O edital é voltado para pessoas jurídicas, inclusive MEI, e será dividido em três categorias. Na categoria A, direcionada para blocos individuais, serão distribuídas 80 premiações de R$ 30 mil, totalizando R$ 2.4 milhões. Já na B, primeira categoria exclusiva para Blocos Afro e Afoxés, será destinada a mesma quantidade de vagas e valores. Fechando, na categoria C, voltada para associações, federações ou ligas, serão 20 propostas contempladas, com o valor de R$ 130 mil, totalizando R$ 2.6 milhões. Somadas, as três categorias vão investir R$ 7.4 milhões.
A proposta deverá prever pelo menos uma ação cultural dos blocos de carnaval, relativa ao desenvolvimento e manutenção do setor, podendo ser desfile ou apresentação, contribuindo para o fazer cultural e mantendo as tradições carnavalescas.
Blocos Afro e Afoxés terão uma categoria própria neste ano.
Não Deixa o Samba Morrer RJ 4
O proponente deverá desenvolver uma ação cultural relativa ao desenvolvimento e manutenção do setor, podendo ser desfile ou apresentação de escola de samba. Na categoria A, serão ofertadas 16 premiações de R$ 80 mil para escolas de samba pertencentes à LIGA RJ (Série Ouro), totalizando valor de R$ 1.28 milhão.
Já na categoria B, 60 premiações serão concedidas para escolas de samba pertencentes à Superliga (Séries Prata, Bronze e Grupo de Avaliação) no valor de R$ 50 mil cada, totalizando investimento de R$ 3 milhões. Na C, voltada para escolas de samba mirins, serão 18 propostas contempladas, também de R$ 50 mil, totalizando R$ 900 mil.
Para finalizar, na categoria D, voltada às escolas de samba pertencentes a outras ligas, ou independentes, serão ofertadas 60 vagas, no valor de R$ 50 mil cada, totalizando R$ 3 milhões. Somando as categorias, o edital vai investir R$ 8,18 milhões.
São consideradas escolas de samba: agremiação cultural e social de cunho popular, associada ao contexto do Carnaval, que se caracteriza em manter o legado das tradições do Samba, predominantemente em caráter competitivo. As escolas de samba representam comunidades geograficamente delimitadas, bairros ou temas culturais e são formadas por uma estrutura hierárquica que inclui diretores, passistas, mestre-sala e porta-bandeira, ritmistas, carnavalescos, entre outros componentes que desempenham papéis específicos.
Folia de Reis RJ 3
Para contemplar esta tradicional manifestação popular, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro disponibiliza o edital “Folias de Reis RJ 3”. A chamada pública vai garantir 200 premiações de R$ 25 mil, somando investimento total de R$ 5 milhões.
São consideradas Folia de Reis: manifestação cultural em forma de auto que reúne em sua composição cantadores e instrumentistas como figuras de reis magos, palhaços, bandeireiro, festeiros e coro, em cortejo público, liderados por um mestre-folião e um contramestre, realizado por um grupo de no mínimo 12 pessoas.
A Mocidade Independente de Padre Miguel lançou, em seu canal no YouTube, o clipe com os quatro finalistas que concorrem para ser o samba-enredo da escola para o Carnaval de 2025. As composições ganharam vida na voz de Zé Paulo Sierra, cantor oficial da agremiação.
“A ideia foi dar uma noção de como as obras semifinalistas soariam com a minha interpretação, ajudando na decisão final. Foi tudo muito rápido, cerca de três horas para gravar cinco sambas, incluindo a edição e a mixagem”, destacou Zé, que também ressaltou a qualidade dos sambas apresentados: “Fiquei feliz em contribuir e estou confiante de que teremos um grande samba para o Carnaval de 2025, assim como tivemos em 2024”.
O diretor de carnaval da escola, Mauro Amorim, comentou sobre o momento de gravação: “Levamos para o estúdio, na quarta-feira passada, as cinco parcerias que se apresentaram no sábado para gravar o conteúdo audiovisual dos sambas na voz do Zé Paulo. Foi um momento ímpar, onde as parcerias confraternizaram bastante. Foi muito bonito ver a empolgação do Zé Paulo, a produção sempre técnica e apaixonada de nossa equipe musical e o carinho que nossos segmentos colocaram nesse trabalho”.
A próxima eliminatória do concurso acontece nesta sexta-feira, às 22h, na quadra da Vintém, localizada na Rua Coronel Tamarindo, 38, em Padre Miguel.
Em 2025, a Estrela Guia será a primeira escola a entrar na Avenida, na terça-feira de Carnaval, dia 4 de março, com o enredo “Voltando para o Futuro – Não Há Limites para Sonhar”, desenvolvido pelos carnavalescos Renato e Márcia Lage.
A Portela faz na sexta-feira a final de samba-enredo para o Carnaval 2025. Três parcerias estão na decisão. A escola, em 2025, homenageará o cantor e compositor Milton Nascimento com o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”. Abaixo, você pode ouvir os finalistas, ver as apresentações na disputa, conferir nossas análias, além de votar e indicar a parceria favorita para vencer. Vamos divulgar o resultado na manhã de sexta-feira.