O Carnaval de Vitória 2020 acontece entre os dias 13, 14 e 15 de fevereiro, no Sambão do Povo em Vitória e nesta segunda-feira,dia 3, os Ensaios Técnicos começam, e a expectativa é grande, tanto para as agremiações quanto para a comunidade e a organização. “É uma antecipação do que será apresentado em um dos eventos mais concorridos do Estado”, afirma o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (LIESGE), Edvaldo Teixeira. “Além disso, é um grande teste para as Escolas”, garante Edson Rodrigues de Freitas Neto, presidente da Liga Espírito Santense das Escolas de Samba (LIESES). Os Ensaios começam às 21 horas e acontecem no Sambão do Povo, sendo aberto ao público.
Para o presidente da LIESGE, Edvaldo Teixeira, o capixaba pode esperar uma festa linda e surpreendente neste ano. “Para quem gosta da folia, o Carnaval está a todo o vapor, tenho acompanhado o trabalho nos barracões e estou surpreso em como as escolas estão adiantadas, nem a chuva atrapalhou”, garante Teixeira. “Os desfiles serão surpreendentes pelo que vi, pois as fantasias e alegorias que já apreciei, estão belíssimas e com esculturas bem vistosas, com tamanhos enormes que vão encantar os presentes, estou bem animado”, conta.
Sobre a estrutura que está sendo montada para o Carnaval de Vitória 2020, segundo um dos organizadores, Raimundo Nonato, o cronograma está dentro do previsto: “A montagem já está adiantada, a iluminação, parte elétrica como um todo e a sonorização”, afirma.
Ensaios Técnicos
Os ensaios acontecem entre os dias 3 e 9 de fevereiro, no Sambão do Povo, às 21 horas e são gratuitos. Abaixo a ordem e o horário.
(Durante a Semana) – Horário concentração 20h30 / Início: 21h
Sábado e Domingo – Horário concentração 18h30 / Início: 19h
A reportagem do CARNAVALESCO foi ao barracão do Colorado do Brás e entrevistou Leonardo Catta Preta, que irá para o seu quarto ano na escola, sendo mais uma vez responsável pela montagem do desfile da agremiação. A escola, que irá para seu segundo ano consecutivo na elite do carnaval paulistano, abordará desta vez o enredo “Que rei eu sou?”, uma homenagem a Dom Sebastião.
“Esse enredo é uma ideia que eu tinha há algum tempo e esse ano o presidente Ka me deu a oportunidade de trazer um enredo próprio pra escola. Além de ser um trabalho que eu faço pra agremiação, também tem essa questão de ser uma ideia minha, então tem um amor a mais nessa questão do enredo”.
Leonardo explicou como faz para transformar um enredo “mais pesado” por conta das guerras que envolve a história de Dom Sebastião, em algo mais descontraído.
“A história de Dom Sebastião nós iniciamos ela em uma guerra, só que quando eu projetei esse enredo, quem acompanha o meu trabalho sabe que eu não faço enredo crítico e nem essa parte política, e eu transformei um enredo que automaticamente seria crítico, com essa parte pesada das guerras, eu transformo em algo lúdico, em colorido, que é a minha pegada. Também quebro a paleta de cores, não sigo nenhum padrão, muitas pessoas me perguntaram ‘Léo, vai ter muito dourado?’ Não, pelo contrário, eu vou fazer a mesma coisa do ‘Hakuna Matata’, que era África, todos imaginaram algo voltado pra essa questão do preto e eu quebrei também, e esse ano não será diferente, eu quebro essa questão da paleta de cores, venho com algo mais lúdico e brinco com o enredo na avenida”.
O Colorado do Brás teve a responsabilidade de abrir o carnaval paulistano, além do fato de a agremiação não ter disputado o Grupo Especial desde 1993 até então, o que joga uma certa pressão, mas a escola veio bem e está tentando se firmar cada vez mais na elite do carnaval de São Paulo.
“Na verdade, eu sabia que eu tinha a responsabilidade de abrir o carnaval do Brasil, eu trabalhei em cima desse enredo, voltado para o projeto de abrir, mas dessa vez eu não vejo como diferente, eu abro o carnaval para o Paulo Barros, que eu sou fã, então eu sei que vem um trabalho belíssimo e é uma honra ser novo como carnavalesco e abrir para um cara que é um marco, não tem o que falar desse profissional e está sendo uma honra, um grande trabalho, então eu fiz o carnaval do Colorado pra abrir para o Paulo Barros. Então a mesma questão da comissão de frente que abriu o desfile do Colorado, eu me baseei pra esse ano, então eu tenho uma grande abertura, que vai gerar o mesmo impacto do ano passado e preparei esse carnaval pra gente se manter, o que é difícil. Muitas pessoas podem falar que deu sorte, que o enredo ajudou, mas esse ano eu estou fazendo o trabalho pra permanecer com o Colorado e quem sabe, buscar o lugar ao sol”.
Leonardo também afirmou que faz um carnaval voltado para o manual que as escolas recebem, para poder alinhar a visão de quem está assistindo no Anhembi, do telespectador e jurados. O carnavalesco ressalta que o uso do colorido facilita a leitura de todas as vertentes.
“Eu faço um carnaval direcionado pelo manual que nós temos e eu trabalho com essa coisa lúdica, colorida, que é mais fácil de leitura também. Eu faço algo que não só eu entenda, mas que quem está assistindo possa identificar o que eu estou levando pra avenida. Esse enredo como tem bastante parte histórica, poderia se tornar um pouco difícil na questão de alegorias e fantasias, mas eu fiz uma coisa mais leve, pegando apenas pinceladas deste século, pois muita gente não conhece a história, mas o pincelei tudo isso para fazer fantasia leves e que seja de fácil entendimento”.
Abertura e encerramento serão destaques do desfile da agremiação
O carnavalesco falou sobre o andamento do barracão e comentou sobre as injustiças que as escolas que estão localizadas na Fábrica do Samba II, sofrem.
“É o que eu sempre falo para as pessoas que me perguntam e hoje eu posso dizer que está 80% pronto, mas assim, o Colorado me dá a oportunidade de fazer um carnaval grande, porque eu venho da Império de Casa Verde e tenho essa pegada do gigantismo.
A única coisa que atrapalha e de a gente não ter finalizado o trabalho, é a questão do ambiente, o barracão nosso todo mundo sabe que é pequeno ainda, diferente das outras que estão na Fábrica do Samba, então a gente perde um pouco disso e eu sinto uma injustiça em relação a isso. Algumas tem um espaço melhor do que as outras, mas isso também não tira o nosso mérito, nós estamos fazendo um trabalho digno do Grupo Especial e eu acho que até no dia do desfile, estará tudo pronto”.
Leonardo Catta Preta disse que, para surpreender o público, assim como no ano passado, a abertura do desfile será gigante, assim como o encerramento, onde fará uma união entre Brasil e Portugal.
“O que eu preparei para esse desfile do Colorado foi uma grande abertura, eu julgo que hoje é muito importante prender as pessoas que estão te assistindo e terei essa ‘big’ abertura. É uma coisa minha, eu gosto de misturar essa coisa de Brasil e trago esse ano Portugal, então será uma mistura entre os dois países, especialmente no Nordeste, eu trago São Luís do Maranhão. Depois o grande impacto vai ser a última alegoria, em que eu faço a união de Dom Sebastião com a Praia dos Lençóis, como foi a aranha no ano passado. Então nós criamos essa ideia de impactar no início e no fim do desfile”.
Conheça o desfile:
A escola levará 2200 componentes, em 23 alas e 5 alegorias.
SETOR 1: ENCANTARIAS
“No setor 1 nós falaremos das encantarias de Dom Sebastião. Na verdade, a gente faz a junção dos três anos até os vinte e quatro anos quando ele desapareceu. Nós também vamos trabalhar com essa questão do céu, do encantado e traremos também São Luís do Maranhão. Essa será a abertura da escola”.
SETOR 2: MARROCOS
“No meu segundo setor eu abordo a questão da guerra, dizem que ele desapareceu, que é o Marrocos, e eu conto todas as pessoas que ajudaram, todos os países que estavam junto com ele e com Portugal nessa guerra”.
SETOR 3: IGREJA CATÓLICA
“No terceiro setor eu conto a questão da religião de Dom Sebastião, que ele era muito católico. Falo da questão da inquisição, o caça às bruxas, o poder da igreja católica na época. Coloco também o fato da monarquia e o clero estarem juntos”.
SETOR 4: LENDAS DO REI
“No setor quatro eu já conto as lendas que partiram depois que ele sumiu. Criaram lendas que o rei foi pra Veneza, pro Egito, então tudo que envolve o sumiço do rei, estará neste setor”.
SETOR 5: DOM SEBASTIÃO NO BRASIL
“E no último setor eu já trago ele pro Brasil, então eu já trago Antônio Conselheiro, o boi-bumbá, que é uma referência, a lenda do boi encantado. Toda essa parte do rei do Brasil estará representada no meu último setor”.
O tradicional ensaio da Estação Primeira de Mangueira no Palácio do Samba teve um toque de realeza. Convidadas pela rainha de bateria da Verde e Rosa, Evelyn Bastos, estiveram presentes na quadra da Mangueira para a “Noite das Rainhas”, além da anfitriã, Viviane Araújo, do Salgueiro; Aline Riscado, da Vila Isabel; Raíssa de Oliveira, da Beija-Flor; Raíssa Machado, da Viradouro; Raphaela Gomes, da São Clemente; Giovana Angélica, da Mocidade; Gracyanne Barbosa, União da Ilha; Jullia Farias, princesa da Tuiuti; e a eterna rainha Luma de Oliveira, um show de simpatia e samba no pé na Quadra da Mangueira.
FOTOS: Thiago Mattos
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A festa no Palácio também contou com a corte do carnaval carioca. O Rei Momo Djeferson Mendes da Silva, a Rainha Camila Aparecida da Silva e as princesas Deisiane Jesus e Cinthia Aparecida Martins de Oliveira, estiveram no palco da Mangueira durante a apresentação das rainhas, com sambas de suas agremiações.
O domingo foi de chuva forte na cidade do Rio e não foi diferente em Niterói. Na Amaral Peixoto, a Viradouro ensaiou exalando garra. O canto da escola não caiu nenhum minuto de rendimento e a bateria de mestre Ciça segue dando um show.
“O ensaio foi maravilhoso, a chuva dificulta algumas coisas, principalmente, a logística para chegar até aqui mas tivemos um contingente muito bom, escola praticamente toda na avenida, tecnicamente o ensaio foi muito bom, mesmo com a chuva. Bateria conseguiu manter o andamento, comunidade cantando e evoluindo, desenvolvendo o quesito harmonia de forma perfeita junto com o carro de som. Escola feliz antes de tudo e ciente do que tem que fazer. O brilho no olhar e o samba na ponta da língua”, falou o presidente Marcelinho Calil.
Samba-Enredo
Segue na crescente. Zé Paulo joga o hino de 2020 para as cabeças e consegue tornar o samba prazeroso em ouvir. O trecho que antecede o refrão principal é o trecho mais cantado e joga o samba para cima dando um gás a mais na comunidade que abraçou o samba.
Harmonia
Nem a chuva desanimou o componente da escola que apesar do mal tempo apareceu quase que por completo para o ensaio e não deixou a desejar em nada. O canto pode-se ouvir alto e forte do início ao fim do treino. O carro de som, a bateria e o canto da escola estão em total sintonia, resultado de muito ensaio.
“De alma lavada. A escola está feliz, está em harmonia e temos uma estrutura maravilhosa de trabalho que afeta diretamente no trabalho da harmonia e chega no componente. O componente que ensaia feliz ajuda muito mais no desenvolvimento da escola. Sempre tem uns detalhes para acertar mas com certeza estaremos prontos na avenida”, explicou Mauro, diretor de harmonia.
Evolução
Parece que a chuva deu gás para o componente, com a alma lavada, dançou e evoluiu com alegria. Pode-se notar que a escola conta com diversas alas coreografadas, que por sinal, estão muito bem entrosadas e sincronizadas. O andamento do ensaio se mantém do início ao fim.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Julinho e Rute dançam juntos há 13 anos, e, na Viradouro vivem um momento grandioso na carreira. A união entre a elegância do mestre-sala e a garra da porta-bandeira nos brinda com uma apresentação emocionante. Em sua dança, Rute traduz o empoderamento presente no enredo e presenteia o público com sua dança.
Bateria
Ciça segue desenvolvendo seu trabalho em alto nível e a bateria Furacão Vermelho e Branco realizou seu ensaio executando bossas do início ao fim. O destaque fica por conta da bossa em cima dos timbais que valoriza o canto da escola.
“É bom treinar na chuva também. Sabemos que sempre cai um pouco da afinação mas fomos no andamento 147 BPM (batidas por minuto) do início ao fim, estamos numa levada boa para fazer um grande desfile. Eu estou muito feliz com o resultado”, explicou o mestre.
Quer desfilar pela Portela, mas não sabe como? As seis alas comerciais da escola são as melhores opções para quem não conseguiu vaga nas alas de comunidade, ou mesmo para quem mora fora do Rio e não pode ensaiar regularmente. Turistas estrangeiros também são bem-vindos.
Faltando poucos dias para o desfile, a Portela ainda tem fantasias a preços que cabem no seu bolso. Os contatos devem ser feitos diretamente com os responsáveis pelas alas comerciais. Todos os telefones e fotos dos figurinos se encontram no site oficial da agremiação (www.gresportela.com.br). As alas comerciais são a Mocotó, Amor e Paz, Águia na Folia, Explode Coração, Raízes da Portela e Sambola. O preço, em média, é de R$ 1.500.
Maior campeã do carnaval carioca, a Azul e Branco de Oswaldo Cruz e Madureira será a sétima escola a desfilar na Sapucaí, no domingo de Carnaval. O enredo é “Guajupiá, Terra Sem Males”, dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage. A concentração será pelo lado do prédios dos Correios.
O Salgueiro programou seu ensaio para a rua Conde de Bonfim, na noite de domingo, e, nem mesmo o temporal que alagou diversos ruas do bairro fez a agremiação cancelar seu treino.
Para segurança dos seus componentes, a escola optou por não andar por toda extensão programada. o que foi visto foi uma comunidade em plena devoção ao ensaio e cantando forte, em todas as alas, e sem parar. Veja abaixo o vídeo:
Última agremiação a ensaiar na noite de sábado, no Anhembi, o Império de Casa Verde passou no Sambódromo sob muita expectativa, principalmente, por dois fatores. O primeiro era que repetissem o nível de treino do último carnaval, e, segundo, era o fato de ser a única agremiação das cinco melhores que ainda não tinha passado pelo Anhembi.
Com o céu limpo, a agremiação trouxe um número grande de componentes, uma evolução mais solta em comparação ao ano passado e carro de som com uma passagem bastante eficiente. Antes de iniciar o alusivo do samba de 2020, Carlos Júnior discursou e enfatizou: “Vamos deixar de soberba, precisamos colocar os pés no chão e fazer um grande desfile. Não somos melhores que ninguém”.
Na segunda passagem do samba, a comissão de frente já estava na monumental. Uma clara estratégia da escola pra não cometer o mesmo erro do ano anterior, principalmente pela largura do abre-alas.
Evolução
A escola traz muitas variações de coreografias entre as alas, porém com um número menor de alas coreografadas que 2019. Pôde-se notar uma escola mais solta, mais leve durante o trajeto. A primeira ala tem coreografias bem realizadas e com ótimo sincronismo. A entrada na recuo ameaçou causar algum problema, até pelo pequeno buraco que se abriu na ala da frente. Mas, como os diretores de harmonia estavam atentos, o detalhe foi concertado rapidamente. Logo no início do refrão de cabeça, os componentes realizam um jogo de braço feito com bastante entrosamento. Porém, logo no último setor notou-se uma queda de animação dos desfilantes.
Comissão de frente
A ala tem ótimo pontos a serem observados, principalmente no desfile. O quesito evolui com 5 caixas, cada uma mede por volta de 1 metro. No ensaio, os integrantes retiravam uma espécie de bandeja de dentro. Os bailarinos também misturam danças da cultura libanesa. Os homens estavam com os lenços tradicionais do enredo e as mulheres vestidas como dançarinas do ventre.
Samba-enredo
O desempenho e tranquilidade do intérprete Carlos Júnior foi um dos grandes destaques da noite. O cantor estava literalmente brincando de ensaiar, fez aberturas de vozes, pediu animação dos desfilantes e palmas para arquibancada, e até ameaçou uma batida de funk com a boca em frente à monumental. A ala musical do Império também teve créditos. Os cantores seguraram firmemente a afinação sem deixar de fazer aberturas e contracantos, como no trecho “Guardiões da terra prometida”.
“Eu to muito feliz com a ala musical esse ano. Se fosse colocar na pista do lápis, não daria pra juntar todas essas vozes. Sentamos, conversamos e demos um jeito. Até por isso estou conseguindo sair dos ensaios com mais voz. Hoje eles mostraram que eu posso ficar a vontade. Estou muito feliz. Claro que ainda faltam alguns dias, mas acho que vai vir coisas boas pra ala musical”, promete o intérprete Carlos Júnior.
Harmonia
Os primeiros setores apresentaram um bom domínio da letra do samba e clareza na pronúncia. Porém, conforme os próximos setores chegavam, o nível de domínio foi caindo. Alguns componentes não cantavam e sentiam dificuldades de acompanhar. O trecho “Oh meu Brasil” é um dos trechos mais cantados com entusiamo.
“A gente tinha que tirar essa expectativa, todo mundo já tinha passado e a gente não. Tem a questão do nervosismo, mas a gente tratou isso. Hoje pra nós foi um desfile. Foi muito legal, claro que tem pontos a serem corrigidos, estamos satisfeitos”, contou Serginho, Diretor de Harmonia.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal Rodrigo Antonio e Jessica Gioz trabalharam com dois tons do azul. O mestre-sala vestiu um terno com a cor mais escura, e a Jessica bailou com um vestido azul mais claro. A dança do casal seguiu uma característica mais clássica, com maior atenção aos movimentos e finalização. O espaço do casal é bem extenso, mas são preenchidos por guardiões, todos eles com coreografias.
“A gente vem trabalhando bastante desde Julho, com acompanhamento de coreógrafa. Estamos bem tranquilos, bem leves e com uma dança diferenciada”, disse Rodrigo.
“O andamento da escola ajudou bastante, foi de acordo com o planejado. Isso facilitou e fez com a gente saísse bem satisfeito”, finalizou Jessica Gioz.
Bateria
A Barcelona do Samba ensaiou com um ritmo firme e ótima sustentação do andamento. A bateria traz duas bossas, com chamadas de repiques com bastante informação, explosão no ataque das caixas e desenhos de tamborins seguindo a melodia.
“É a primeira vez que a bateria faz o técnico aqui nessa temporada. Claro,a gente tem muito o que melhorar, temos mais um técnico de bateria aqui e dia 14 mais um geral. Mas fizemos um bom ensaio, mas ciente das coisas que devemos melhorar”, finalizou Mestre Zoinho.
Outros destaques
Assim como citado logo no início, abre-alas é um dos grandes destaques do desfile. Questionado durante o ensaio, Flávio Campello revelou que alegoria terá 75 metrôs de largura. O início traz passistas e na parte de trás uma ala coreografada.
O Águia de Ouro realizou neste sábado seu primeiro ensaio técnico no Sambódromo do Anhembi para o carnaval de 2020. O treino contou com uma garoa no começo, mas depois parou. O quesito destaque foi a harmonia. A escola cantou com muita clareza e sincronismo, algo que é priorizado pela agremiação, seja em qualquer local que estejam ensaiando. Outro destaque foi o carro de som, que é formado por três intérpretes renomados no carnaval: Tinga, Douglinhas Aguiar e Darlan Alves. O trio se mostrou bem entrosado neste ensaio e todos tem seu momento certo de destaque dentro do samba.
“Sempre tem o que melhorar, foi um ensaio legal, mas não podemos nos deitar com a cabeça no travesseiro pensando que está ótimo, tem muita coisa pra gente correr atrás e melhorar, nós vamos ver se conseguimos fazer essa melhora pro próximo ensaio técnico. Sobre o canto, não é de hoje a maneira como a gente trabalha na quadra, o temos de forte é nossa comunidade. A chuva não atrapalhou em nada, e na verdade nós nunca fizemos um ano sem ter chuva, todo ano enfrentamos um ensaio com chuva, e no próximo ensaio de repente a gente até pegue de novo”, declarou o presidente Sidnei Carrioullo.
Samba-Enredo
O Águia de Ouro resolveu apostar em carro de som com nomes de peso para 2020, trata-se do intérprete carioca Tinga e dos experientes intérpretes paulistanos Darlan Alves e Douglas Aguiar. O trio está bem entrosado e unido, ninguém atravessa o outro, estão todos trabalhando para o Águia de Ouro alcançar seus objetivos. O samba tem um cronograma, onde a primeira parte fala sobre a como conquistar o poder do saber, e na segunda parte conta que o futuro e a nova era começaram, ou seja, o homem atingiu seus objetivos em questão de inteligência.
“A comunidade está feliz com o samba, o que é muito importante, uma energia maravilhosa. Temos sempre que melhorar, cada hora temos que buscar o melhor em busca do nosso objetivo, desse sonho do Águia de Ouro. A parceria com o Douglinhas e Darlan é maravilhosa, estamos bem unidos e nos damos muito bem, isso é muito importante, cada um respeita seu espaço e estamos trabalhando em prol do Águia de Ouro, e não poderia ter pessoas melhores pra gente trabalhar. Sobre a ponte aérea, estou acostumado, a gente ensaia bastante, canta bastante. A Vila Isabel tem um ensaio só que é na quinta e aqui é aos domingos, então dá pra descansar bem”, disse o intérprete Tinga.
Bateria
Mestre Juca está há muitos anos na agremiação e tem uma identificação enorme com a comunidade. A bateria executou algumas bossas, destaque para o arranjo situado nos três últimos versos, onde a bateria e o carro de som param para a comunidade cantar em uma só voz. Vale ressaltar as coreografias que a bateria realiza ao longo do samba, principalmente os ritmistas do chocalho.
“Ensaio é sempre positivo, mesmo que aconteça alguns erros, aliás o ensaio é pra isso mesmo. Eu acho que foi muito bom, a comunidade do Águia de Ouro canta muito, acho que isso é um ponto forte, positivo, temos algumas coisas pra corrigir, mas temos mais alguns treinos por aí. O canto da comunidade é fruto de muito ensaio na quadra, a comunidade do Águia de Ouro nunca esteve tão comprometida como está no carnaval de 2020, e o time de canto é seleção, não é sempre que se junta Darlan, Douglinhas e Tinga em um carro de som, isso conta muito também. A ideia é fazer bossas durante o trajeto todo, o regulamento prevê que nós seremos julgados somente no campo de audição dos jurados, mas não sabemos aonde começa e aonde termina e de repente podemos ser penalizados por isso, mas eu estou feliz com o novo regulamento, era o que maioria dos mestres queriam e isso quem ganha é o público”, falou o mestre Juca, diretor de bateria do Águia de Ouro.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal entrou debaixo de uma garoa, que logo passou, mas a pista estava molhada, o que dificultou a apresentação. O casal executou giros rápidos e coreografia dentro do samba, e mesmo com tal dificuldade passaram seguramente na avenida. Foi um dia especial para a porta-bandeira Ana Reis, ensaiando com a sua escola no dia de seu aniversário.
“Eu já estou acostumada, porque sempre os nossos ensaios são marcados nessas datas, entre dia 31 e 1 de fevereiro, e é um presente, nada melhor do que a gente estar fazendo o que a gente ama, é uma satisfação, uma honra”, declarou a porta-bandeira Ana Paula.
“Faltam 20 dias exatamente pro carnaval e a gente não para, estávamos até agora discutindo detalhes que seja importante e essencial para conseguirmos a nota máxima. A gente não quer conquistar e sim consagrar essa nota, então os ensaios continuam intensos, e esse ano com a melhora do critério vai ser melhor pra gente conseguir desempenhar um bailado mais coeso, mais preciso, com mais finalizações, que é isso que o regulamento agora pede e estamos caminhando pra fazer um grande desfile”, disse o mestre-sala João Carlos.
Harmonia
Foi o quesito destaque do treino. Historicamente, a agremiação prioriza muito o canto, isso vem principalmente de ensaios de rua e de quadra, os harmonias trabalham intensamente neste quesito e fazem com que o componente dê o melhor de si, e neste ensaio não foi diferente, a escola demonstrou muita intimidade com o samba para o carnaval de 2020, reflexo também do trabalho do conjunto musical.
Evolução
A escola passou segura neste quesito, não tiveram alas desorganizadas e presença de buracos. A agremiação aposta bastante em alas coreografias, e vale chamar a atenção que a maioria das alas usavam algum adereço de mão. Em questão de tempo, o Águia de Ouro passou correto e não teve muitas complicações.
Comissão de Frente
Foi um dos quesitos destaque da noite. A ala usa o tripé que separa os integrantes em duas partes, e a apresentação teatral se divide, onde na primeira parte aparentemente os componentes simbolizavam o ser humano na pré-história, e na outra parte, a comissão trocavam de integrantes, simbolizando o homem evoluído, e nesta parte também, há mais presença de coreografias dentro do samba.
Segunda escola do Grupo Especial a realizar o ensaio técnico, na noite de sábado, no Anhembi, os Gaviões da Fiel entraram na avenida ainda com chuva, que amenizou durante o treino. Em comparação ao primeiro ensaio, a agremiação demonstrou maior organização no quesito evolução. Canto forte, coreografia da comissão de frente, postura da bateria, que se destacaram anteriormente, mantiveram a qualidade. A dupla de carnavalescos, Paulo Barros e Paulo Menezes, esteve presente no treino.
Comissão de Frente
O quesito promete muitas novidades para o desfile, principalmente, por trazer um enorme tripé totalmente coberto. A ala traz duas coreografia e 30 componentes, mas apenas 15 se apresentam de cada vez. No treino, os bailarinos vestiram uma regata simples. É importante destacar que, a coreografia trabalha o sincronismo e reações no rosto. Interação com a plateia também foi bastante visto.
Bateria
Diferente do “padrão”, a bateria subiu apenas depois da segunda passagem do samba. A Ritmão trouxe uma variedade de bossas, arranjos e desenhos de tamborins bem elaborados, mas sem exceder na ousadia. A paradinha no trecho “Quantos sentimentos me levam” chamou a atenção. A bateria fecha no primeiro tempo, contém desenhos de surdos de marcação e frases de caixas.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal Wagner Lima e Gabriela Mondjian bailou com a tradicional roupa preta, mas dessa com detalhes dourados. Pelo fato a pista estar molhada, o mestre-sala optou por remover os sapatos e evoluir com usando apenas meias. A porta-bandeira dançou com tênis. Observados em frente ao setor A, a dupla demonstrou bom entrosamento, passos clássicos e cortejo realizado com segurança.
Harmonia
Assim como foi no primeiro técnico, o quesito manteve a ótima qualidade. O samba tem pontos de explosão e melismas estratégicos, sem exageros. Ou seja, a estrutura do samba facilita o componente cantar e respirar. Por exemplo, o refrão principal exige um canto explosivo. Agora, o início da segunda estrofe já é mais cadenciado, e proporciona uma sensação de descanso até chegar na parte “Eu sou”. Baseando exclusivamente na intensidade do canto, a ala 04 demonstrou muita força.
Evolução
O quesito apresentou uma evolução considerável, mesmo com a chuva atrapalhando os componentes em alguns momentos. Primeiro ponto de destaque: organização até com a separação das cores das bexigas. Cada ala trazia os desfilantes com o objeto nas mãos, porém a cor alterava conforme as alas. A única que diversificou foi a ala 14. Outro ponto: harmonias a frente das alas. Em muitos momentos, eles eram os responsáveis por evitar a invasão de alas, principalmente, nos componentes dispersos. Além disso, eles também ditaram o ritmo. No segundo refrão, a escola realiza um passo que, observado por cima, causa um agradável efeito visual.
Samba-enredo
Assim como citado acima, o samba se destaca pela fácil compreensão. Além de servir como um guia bastante claro do desfile, a obra é facilmente decorada. O carro de som teve um desempenho seguro e objetivo. As cordas tem pequenos arranjos durante o samba.
Outros destaques
O primeiro destaque positivo dos Gaviões foram as baianas. As mulheres estavam vestidas com uma camiseta com o logo da escola e saiote dourado, que brilhava conforme as luzes do Anhembi refletia. Cerca de 50 baianas ensaiaram. O segundo ficou por conta do segundo casal. Mesmo com a chuva, a dupla ensaiou fantasiada e, como ostentavam o pavilhão do enredo, o vermelho e amarelo combinaram da dupla combinaram perfeitamente. O terceiro destaque foi a ala 23. As mulheres vestiam saiotes e seguravam uma bandeira com o mastro na cintura. Considerando a proposta do enredo, imagina-se um uma ala que retrata o amor pela escola de samba.