A Grande Rio deu início à distribuição dos donativos arrecadados até o momento em sua campanha em prol da população carente de Duque de Caxias. Foram 2200 kits com alimentos e material de higiene que atenderam às comunidades do Centenário, Corte Oito, Mangueirinha e Sapo, além dos componentes da agremiação e da escola mirim Pimpolhos da Grande Rio que se encontram em situação de insegurança alimentar.
Grande Rio faz a distribuição de 2200 cestas básicas para comunidade
Patrick Carvalho é o novo coreógrafo do Império Serrano
O premiadíssimo coreógrafo do Carnaval carioca está de casa nova, Patrick Carvalho chega para se juntar ao novo elenco que irá defender a bandeira verde e branca no carnaval 2021.
O profissional comandou a comissão de frente da azul e branca de Noel nos últimos dois anos. Ele comandará também a comissão de frente do Salgueiro.
Projeto social da Rosas de Ouro pede doações para crianças da comunidade
Pioneiro entre as escolas de samba de São Paulo, há 21 anos, o projeto social Samba Se Aprende na Escola, coordenado pela psicóloga Vanessa Dias, atende a comunidade da agremiação e, esse mês, vai intensificar as ações de auxílio às pessoas que estão precisando de produtos de primeira necessidade para suas crianças.
“Pedimos a colaboração de todos os membros, simpatizantes da nossa escola, pessoas do bairro e quem puder ajudar pois, com o isolamento, algumas famílias tiveram seu orçamento comprometido ”, explica Vanessa Dias.
A partir das próxima quinta-feira, dia 16, 26 e 30 de abril, a diretora Vanessa Dias vai iniciar uma campanha de arrecadação de fraldas descartáveis (tamanhos M, G, GG e XG), lenços umedecidos e sabonetes para atender as primeiras necessidades das crianças. A entrega das doações deverá ser feita na sede do projeto, na Rosas de Ouro, das 7h às 11h, mesmo horário em que são entregues os leites do programa Vivaleite, do governo do Estado de SP.
Algumas atividades do projeto como as aulas da Escola de Beleza estão suspensas até a segunda ordem das autoridades médicas do nosso país sobre o isolamento.
Serviço
Projeto Social Samba Se Aprende na Escola
Rua Coronel Euclides Machado, 1066
Data: 16, 26 e 30 de abril, às quintas-feiras
Horário: das 7h às 11h
Produtos necessários: fraldas (M, G, GG e XG), lencinhno umedecido e sabonetes.
Rafael Tinguinha e Lucas Donato são as vozes oficiais da Lins Imperial no Carnaval 2021
A Lins Imperial, agremiação que retorna a desfilar na Marquês de Sapucaí em 2021 pela Série A, terá como vozes oficiais para o próximo carnaval o intérprete Rafael Tinguinha, pelo quarto ano consecutivo, e o intérprete Lucas Donato, estreante na Verde e Rosa. A escola do Lins aposta nas novas vozes do samba. (Foto: Rodrigo Barionovo/Divulgação)
Tinguinha chegou à agremiação como reforço para o Carnaval 2017. Filho do intérprete oficial da Unidos de Vila Isabel, Rafael é cantor e compositor. Oriundo da Herdeiros da Vila, escola de samba mirim pela qual cantou dos oito aos 18 anos de idade, Tinguinha já teve passagem também pela escola de samba mirim Tijuquinha do Borel. No Grupo Especial já cantou ao lado de Tinga, seu pai, na Unidos de Vila Isabel e na Unidos da Tijuca, como apoio.
“Lucas Donato é um grande amigo. Somos parceiros de composição de sambas em outras escolas. Estamos preparados para entrar na Sapucaí, compondo um carro de som da melhor qualidade para fazer o melhor trabalho possível para o retorno da agremiação ao palco principal”, avisa o intérprete.
Cria do Império do Futuro, escola mirim do Império Serrano, Lucas Donato já foi da ala das crianças, ritmista e hoje é intérprete e compositor. Vencedor cinco vezes no Império Serrano, Lucas tem sambas assinados também em escolas de samba de São Paulo, Porto Alegre e Vitória, além de outras escolas cariocas. Sobrinho de Roberto Ribeiro, Donato já cantou no Arranco do Engenho de Dentro, Engenho da Rainha, Jardim Bangu, Tradição Serrana (ES), Rosas de Ouro (ES), Império Serrano (Uruguaiana) e Copacabana (Porto Alegre) como intérprete oficial. Como apoio já passou por Grande Rio, Império Serrano, Tradição, Uirapuru da Mooca (SP) e Império da Zona Norte (Porto Alegre).
“Sobre somar com o Tinguinha, é uma honra poder estrear na Marquês de Sapucaí numa grande escola de samba e ao lado de uma pessoa que faz parte da mesma geração que a minha. Já somos amigos e tenho certeza que faremos uma grande dupla”, informa o novo intérprete.
A agremiação aguarda o fim da quarentena para divulgar o calendário de eventos e a apresentação oficial da equipe 2021.
Águia de Ouro renova com carnavalesco campeão de 2020
A Águia de Ouro, atual campeã do Grupo Especial de São Paulo, renovou o contrato do carnavalesco Sidnei França. O artista comemorou que segue na escola.
“Sou só gratidão… Vamos juntos nessa nova aventura… Rumo a 2021”, disse.
Veja a publicação da escola:
Porto da Pedra mantém a direção de harmonia para 2021
A Unidos do Porto da Pedra renovou o contrato dos diretores de harmonia, Aluízio Mendonça, Luiz Borges e Miguel Jr. Desde 2012 comandando a harmonia da Porto da Pedra, Aluizio confiança em seu time para 2021. O diretor falou sobre as propostas que tem para o ano que vem.
“Nosso segmento sempre teve a tradição em trazer para São Gonçalo a nota máxima, e em 2020 não foi diferente, mas não tivemos o mesmo êxito em evolução. Por isso, iremos treinar forte com a comunidade, para trazermos os 80 pontos, em harmonia e evolução”, contou Aluízio.
Em seu terceiro ano no comando do segmento, Luiz Borges aposta na afinidade do trio de diretores com a comunidade.
“Assim como nos anos anteriores, iremos trabalhar intensamente com a comunidade, para mantermos os 40 pontos, que conquistamos este ano”, garantiu Luiz.
Assim como Luiz, Miguel Jr. irá comandar a harmonia do tigre pelo terceiro carnaval consecutivo. Ele aposta no aprendizado que conquistou, aliado a garra e a união dos segmentos com a comunidade vermelha e branca.
“Agradeço ao Presidente Fabio Montibello pela confiança na continuação do trabalho. Graças à Deus conseguimos conquistar os 40 pontos em Harmonia em conjunto com Pitty e toda a galera do carro de som que fizeram um trabalho fantástico, defendendo muito bem o samba e empolgando nossos componentes. Mas uma frase que eu uso muito em nossas reunioes de equipe é que temos sempre que buscar a excelência. Vamos aguardar as justificaticas pra ver onde erramos que nos fizeram perder 0,2 em evolução e trabalhar forte para em 2021 conquistar os 40 pontos também nesse quesito e ajudar o Tigre a conquistar o título”, disse Miguel Jr.
A Unidos do Porto da Pedra apresentou no carnaval 2020 o enredo “O que é que a baiana tem? Do Bonfim à Sapucaí”, desenvolvido pela carnavalesca Annik Salmon. O tigre de São Gonçalo conquistou a terceira colocação da Série A do carnaval do Rio de Janeiro.
Unidos de Padre Miguel divulga sinopse do enredo para 2021
IROKO – É TEMPO DE XIRÊ
Iroko Kisselé! Eró Iroko Issó, Eró!
No princípio, havia eternidade.
E, na eternidade, tempo ainda era silêncio.
Dança antiga da criação, o Aiyê fez-se nos mistérios do Axé.
O tempo começava a falar.
Plantou-se a primeira árvore, Iroko, Iggi Olórum, e ele passou a escutar a voz do tempo.
Genitor do sagrado, raízes para o alto e para baixo, Aiyê e Orun ligados.
Orixá da Árvore, Árvore Orixá – e os outros Orixás por ele descendo ao Aiyê!
Árvore-Orixá dos mistérios, raízes ancestrais no fundo da terra e também bailando ao vento pelos céus.
Orixá-Árvore do infinito, do início e do fim, mestre de todas as Árvores, e todos os Osa Iggi curvam-se à sua existência.
Árvore da vida do que é, do que foi, do que virá a ser, e a vida seguindo sendo vida. Irmão de Ajé, a feiticeira mãe de um passarinho, e de Ogboí, a mulher com dez filhos, é a Árvore das mulheres-pássaros iamis, semeadoras rígidas das respostas aos pedidos.
Germinou como lar e guardião da ancestralidade, enquanto ele reside mesmo é no tempo, sem amarras, nem clausuras. Quando os oluôs pediram para Iroko fazer parte do Axé, não quis ele casa alguma: viveria livre junto ao Povo de Santo, junto a todas as Nações.
No balanço do tempo, Iroko acolhe os temores e consola as aflições. Justiceiro, Iroko dá, Iroko tira. Engole os devedores. Corrige as desfeitas. É clemente com os arrependimentos. Conforta suas iaôs…
…E guarda a natureza!
Foram os Orixás ao encontro de Iroko e então Iroko-Árvore, Morada dos Orixás. Grande e belo, Iroko protege da tempestade e conversa com o vento, através dele suspirando seus chamados e espalhando sua dádiva.
Iroko, Orixá do Morim, cabendo aos homens abraçá-lo com o ojá. Na Dança da Avania, andando Iroko pelo Aiyê, conta o que viu e o que ouviu, quando amou e quando guerreou, ao fim fincando-se no chão, a Grande Árvore Sagrada.
Iroko dos ciclos, da terra, do ar, do fogo; do sol que brilha quente e forte queimando o mundo, às folhas mortas que caem sob o desígnio do tempo rotundo; do frio gelado que castiga com dores na alma, às flores do recomeço da cicatrização da ferida; da vida sem vida dos minerais, à magia da água como fonte mãe alimento do Axé da vida da natureza.
Irôko Issó! Eró! Irôko Kissilé!
Iroko dos caminhos. Caminhos que vem e vão, e o mundo rodando à sua vontade. Na floresta, ao lado de Ossain, declama com seus galhos e folhas os retorcidos mistérios do verde universo. Orixá se transmuta em árvore, árvore se torna Orixá e o povo virando no Santo! O Grande Guardião e a vida em louvação.
Orixá Árvore das trilhas em cruzamento e Iroko Senhorio do Otim. Árvore também vivenda dos mortos, com Icú revelando-se indomável aos seus pés durante a noite. Árvore-Cemitério, dos ajejês, dos abicus, lança sua sombra cobrindo os términos dos ciclos, em junção com os segredos de Nanã e Obaluayê.
Generoso, grande amor de Yewá, Iroko também brilha e vibra possibilidades de renovação. Senhor do que recomeça, do que o vento leva e traz no toque do atabaque da transformação, pois ele ouve o tempo e o tempo segue, ciclo eterno de mudança.
O branco, a sua cor, união de todas as cores do arco-íris da sua ligação com Oxumarê, o mesmo branco do sangue dos ibis. Ele, a brasileira Gameleira, em comunhão com Obatalá.
Assim, a Árvore-Orixá da fartura e da fertilidade, feliz, dá frutos: Árvore Maior, Iroko é e será para todo o sempre a abundância na plenitude dos dois mundos. De sua copa frondosa, resplandece o equilíbrio sobre tudo, Iroko regenerando a vida infinitamente, fazendo triunfar a união na paz de Oxalufã, cujo opaxorô é feito de um de seus galhos.
Enfim, rigoroso, caem as folhas como lágrimas de desespero, implacável contra aqueles que cultivam o erro. O Orixá que brada a guerra quando não é tempo de perdoar. Todavia, Iroko também sabe curar, sempre disposto a ouvir.
E como gosta de ouvir! Lamentos, pedidos, choros, rezas, agruras, dores, tristezas. Paciente, escuta-os. Reto, cobra as alegrias e as farturas atendidas. Mulheres e homens, nas raízes e tronco sob as folhas, batem cabeça pelas bênçãos do seu Axé, por perdão pelos erros cometidos.
Os antigos ainda contam, por fim, que Iroko soprou através do vento um chamado a uma jovem que dançou e rodopiou, indo girando ao seu encontro para tornar-se Filha…
… E hoje, em sua homenagem, Ela, a Unidos de Padre Miguel, pede licença!
Com o Estandarte resplandecendo o vermelho do nosso sangue fervendo Carnaval e o mesmo branco do ojá de Iroko, pedimos licença para celebrar a felicidade da devoção e oferecemos o banquete da alegria de viver sob a sombra da Árvore Sagrada.
A Unidos de Padre Miguel, emocionada e aguerrida na gira da Vila Vintém a passar pela Sapucaí, canta os mitos e estórias sagrados, festejando as raízes, o tronco, os galhos, as folhas e o Axé da Grande Árvore, ajoelhando-se respeitosa aos pés de Iroko pelas graças abençoadas do Orixá!
Aqui e agora, tributo ao Senhor da Árvore, é Tempo de Xirê!
“No tronco da Gameleira,
Meu Iroko eu vou louvar!”.
GLOSSÁRIO
“Iroko Kisselé! Eró Iroko Issó, Eró!” & “Irôko Issó! Eró! Irôko Kissilé!” Saudações a Iroko: “Salve Grande Iroko! O Senhor de todas as Árvores!”
Eró calma!
Iggi Olórum árvore do Senhor dos Céus
Osa Iggi Orixá(s) da Árvore
Oluôs advinhos
Otim cachaça
Iamis (ou Yamis) mulheres-pássaros e feiticeiras
Abicus espíritos de crianças marcadas por reiteradas mortes
Icú morte
Dança do Avania viagem de Iroko pelo Aiyê, na qual são narradas todas as suas aventuras. Representação ritualística da viagem.
Ajejê (ou axexê) ritual fúnebre
Ojá tira de pano branco que é amarrada ao redor do tronco do pé-de-Iroko, em ritual ao Orixá.
Morim pano branco de algodão
Aiyê terra
Orun céu
Opaxorô “cajado” de Oxalá
Ibis tipo de caracol, animal de Oxalá.
“No tronco da gameleira, Meu Iroko eu vou louvar” trecho do Ponto “Iroko”, na voz e ritmo de Juliana D Passos e a Macumbaria (letras.mus.br/juliana-dpassos-e-a-macumbaria/iroko/)
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
MARTINS, Cleo; MARINHO, Roberval. Iroco – “O Orixá da Árvore e a Árvore Orixá”. Coleção Orixás. Rio de Janeiro: Pallas, 2010.
BASTIDE, Roger. As Religiões Africanas no Brasil. 2 vol. São Paulo: Pioneira, 1985.
GOLDMAN, Márcio. Possessão e a construção ritual da pessoa no Candomblé. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, URFJ, 1984.
PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. Companhia das Letras: São Paulo, 2001.
VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás – Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo. Salvador: Corrupio, 2002.
VERGER, Pierre Fatumbi. Notas sobre o culto aos Orixás e Voduns. São Paulo: EDUSP, 2000.
Carnavalesco: Edson Pereira
Enredo: Edson Pereira e Comissão Artística
Sinopse e pesquisa: Edson Pereira, Victor Marques e Clark Mangabeira
Luto no mundo do samba! Morre Tantinho da Mangueira
O samba está de luto pelo falecimento de Devani Ferreira (72 anos), o Tantinho da Mangueira, baluarte da Estação Primeira de Mangueira, na noite deste domingo. O sambista faleceu por complicações com diabetes.
Nascido e criado na Morro de Mangueira, na favela de Santo Antônio, frequentador assíduo das rodas de partido-alto no Buraco Quente, Chalé e Três Tombos, favelas que também integram o morro, onde conviveu desde pequeno com personagens emblemáticas da localidade, Cartola, Nelson Cavaquinho, Dona Neuma, Padeirinho, Nelson Sargento, Pelado, Carlos Cachaça, Geraldo das Neves e Jorge Zagaia, entre outros.
A Estação Primeira de Mangueira se pronunciou pela perda do sambista. “É com imensa tristeza que informamos o falecimento de nosso baluarte e grande compositor Tantinho da Mangueira. Uma perda enorme para a Estação Primeira e para o samba. Nascido e criado no Morro de Mangueira, na favela de Santo Antônio, era frequentador assíduo das rodas de partido-alto no Buraco Quente, Chalé e Três Tombos, favelas que também integram o morro, onde conviveu desde pequeno com personagens importantes da localidade, como: Cartola, Nelson Cavaquinho, Dona Neuma, Padeirinho, Nelson Sargento, Pelado, Carlos Cachaça, Geraldo das Neves e Jorge Zagaia, entre outros. Descanse em paz mestre Tantinho”.
Jornalistas, políticos e sambistas postaram homenagens para Tantinho da Mangueira.
Tantinho da Mangueira, sambista, cantor, compositor, partideiro, nos deixa hoje por complicações com diabetes. A cultura popular perde um grande artista e uma grande pessoa. Nossa solidariedade a amigos e famílias. pic.twitter.com/xaJt8L6sfn
— Tarcísio Motta (@MottaTarcisio) 13 de abril de 2020
A gigante @TeresaCristina está neste momento liderando, na live da quarentena (da qual já foi pioneira), um gurufim para Tantinho da Mangueira, que nos deixou no domingo. O que essa mulher tem espalhado de bem não está escrito.
— Flávia Oliveira (@flaviaol) April 13, 2020
Confirmado que Tantinho da Mangueira partiu. Tristeza. Pessoa querida, raiz do samba, voz divina. Que Deus e todos os orixás o acolham. Meu abraço a todos os familiares. pic.twitter.com/BuUC9JtfTZ
— Chico Alencar (@50ChicoAlencar) April 13, 2020