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União da Ilha presta homenagem para carnavalesca Maria Augusta

A União da Ilha, através das redes sociais, prestou homenagem para a carnavalesca Maria Augusta, que faleceu nesta sexta-feia. A artista fez história na agremiação insulana. Veja o texto abaixo.

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“A União da Ilha se solidariza com parentes, amigos e admiradores pela partida de Maria Augusta, carnavalesca, comentarista, jurada do Estandarte de Ouro e ícone do Carnaval Carioca. Não existiria União da Ilha como nós a conhecemos sem Maria Augusta – esse é o exato tamanho de sua importância para nossa história.

Essa relação essencial começou quando nossa escola ainda era uma jovem agremiação do antigo grupo 2, sonhando em chegar à elite do samba pela primeira vez. “A Festa da Cavalhada” (72) e “Y Juca Pirama” (73) foram seus dois primeiros enredos na tricolor.

Maria Augusta voltou a assinar um desfile insulano, a Ilha já estava em seu segundo ano n 1ª divisão, 1976. O desfile “Poemas de Máscaras e Sonhos” seguiu uma linha mais tradicional, com as cores da escola predominando ao longo da apresentação, inovação essa adotada definitivamente.

O momento mais glorioso da história de amor entre União da Ilha e Maria Augusta, porém, veio mesmo em 1977. Existe um Carnaval antes e depois daquele dia ensolarado em que uma grande escola de samba se apresentou para o mundo. Ela empreendeu uma revolução temática que imprimiu à nossa escola, para sempre, a sua identidade, sua marca registrada. Em vez de um enredo folclórico, ela preferiu a simplicidade e decidiu provar que o dia da semana dedicado ao descanso poderia ser o tema de uma apresentação de escola de samba. “Domingo” foi um desfile objetivo, evidente, próximo ao real, sem qualquer luxo, mas sem deixar de ser “carnavalizado”. O estilo jovial e comunicativo se estampou a partir dali, alçando da Ilha à disputa do título – que não veio, restando o 3° lugar, embora até hoje haja quem diga que o Carnaval seria diferente se a “sutileza do amanhecer” estivesse no topo do pódio. O sucesso seria repetido com “O Amanhã”, quarto lugar em 1978, mantendo o estilo transparente e comunicativo, mas excursionando pelo terreno conceitual do mistério e da humana com o futuro.

Neste dia de despedida, a União da Ilha só pode dizer: obrigado, Maria Augusta! Nosso amanhã sempre estará iluminado por aquele domingo de outrora, colorido pelo Sol. Maria Augusta conquistou com a União da Ilha uma glória maior que o campeonato: a eternidade”.

Morre carnavalesca Maria Augusta, dona de um legado de originalidade e amor ao carnaval

Faleceu nesta sexta-feira, aos 83 anos, a carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, uma das maiores referências da história do carnaval carioca. Ela estava internada no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. As informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.

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Foto: Reprodução de internet

Maria Augusta marcou gerações com seu talento e sensibilidade na criação de desfiles memoráveis, sobretudo nas escolas de samba Salgueiro e União da Ilha do Governador. Figura central na transformação estética do carnaval a partir dos anos 1970, ela é considerada uma das mulheres pioneiras a ocupar com protagonismo a função de carnavalesca nas grandes escolas de samba do Rio.

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A trajetória artística ganhou força quando ela ingressou na Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi aluna de Fernando Pamplona. Sob sua mentoria, Maria Augusta foi inserida no universo do carnaval carioca, atuando ao lado de nomes como Arlindo Rodrigues, Rosa Magalhães e Joãosinho Trinta.

Ela passou pelo Salgueiro, União da Ilha, Tuiuti, Tradição e Beija-Flor. Foi autora de desfiles históricos, como “Eneida, amor e fantasia” (Salgueiro 1973), “Domingo” e “O Amanhã” (1977 e 1978 na Ilha) e “Uni-duni-tê, a Beija-flor escolheu: é você” (Beija-Flor em 1993).

Além de carnavalesca, Maria Augusta também atuou como comentarista em diversos veículos de mídia e, nos últimos anos, era jurada do prêmio Estandarte de Ouro.

Em 2025, foi homenageada pela escola mirim Aprendizes do Salgueiro com o enredo “Uni-duni-tê, o Aprendizes escolheu você”, celebrando seu legado com o mesmo carinho com que a artista formou gerações de foliões e artistas.

Maria Augusta deixa um legado de criatividade e amor pelo carnaval. Sua trajetória é marcada pela originalidade e pela paixão pela cultura brasileira.

Ano das homenagens: veja os enredos das escolas do Grupo Especial do Rio para o Carnaval 2026

O ano de 2026 será marcado por grandes homenagens na Marquês de Sapucaí. Dos 12 enredos que compõem o desfile do Grupo Especial do Rio de Janeiro, a maioria presta tributo a personalidades históricas, figuras da cultura popular, artistas consagrados e manifestações religiosas e afro-brasileiras. Confira os temas de todas as escolas que vão sacudir a Sapucaí.

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A Acadêmicos de Niterói, que estreia no Grupo Especial após conquistar o título da Série Ouro, vai abrir os desfiles com um tema que promete dar o que falar. A escola apresentará o enredo “Do Alto do Mulungu Surge a Esperança: Lula, o Operário do Brasil”, uma homenagem à trajetória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desfile desenvolvido por Tiago Martins.

A Imperatriz Leopoldinense com o enredo “Camaleônico” homenageará Ney Matogrosso, destacando sua carreira multifacetada, sua liberdade estética e seu papel na quebra de tabus. A proposta é assinada pelo carnavalesco Leandro Vieira.

A Portela apresentará o enredo “O Mistério do Príncipe do Bará”. A agremiação de Madureira vai contar a história de Custódio Joaquim de Almeida, o Príncipe Custódio, figura vinda do Benin que se tornou um dos pilares da cultura afro-gaúcha. André Rodrigues assina o desenvolvimento do desfile.

A Estação Primeira de Mangueira levará para a Sapucaí uma celebração à sabedoria da floresta amazônica. O enredo “Mestre Sacacá do Encanto Tucuju – o Guardião da Amazônia Negra” exaltará a figura do curandeiro paraense conhecido por seus saberes ancestrais e seu domínio das ervas e raízes da floresta. A criação é do carnavalesco Sidnei França.

Já a Mocidade Independente de Padre Miguel mergulha no universo do rock nacional com o enredo “Rita Lee, a Padroeira da Liberdade”. A escola da Zona Oeste celebrará a cantora como símbolo de irreverência, ousadia e independência feminina, em um desfile assinado por Renato Lage.

A campeã do último carnaval, a Beija-Flor de Nilópolis, aposta na força da religiosidade ancestral. Com o enredo “Bembé do Mercado”, a azul e branca vai retratar essa manifestação religiosa afro-brasileira realizada há mais de 130 anos no Recôncavo Baiano, reconhecida como patrimônio imaterial da cultura nacional. O desenvolvimento é de João Vitor Araújo.

A Viradouro vai levar às arquibancadas uma homenagem à sua própria história. O enredo “Pra Cima, Ciça” exaltará o mestre de bateria Moacyr da Silva Pinto, o Ciça, figura icônica do carnaval e responsável por dois títulos da escola. O desfile é assinado por Tarcísio Zanon.

A Unidos da Tijuca escolheu como tema a potente história de Carolina Maria de Jesus. Com o enredo “Carolina Maria de Jesus”, a escola homenageia a escritora mineira que revolucionou a literatura ao retratar, com crueza e poesia, a vida nas favelas brasileiras. A criação é do carnavalesco Edson Pereira.

O Paraíso do Tuiuti fará um mergulho na espiritualidade afro-cubana com o enredo “Lonã Ifá Lukumi”. A proposta de Jack Vasconcelos é apresentar essa vertente religiosa pouco conhecida no Brasil, ressaltando sua força ancestral, sua estética ritualística e as pontes culturais entre América Latina e África.

A Unidos de Vila Isabel apresentará um desfile onírico e ancestral com o enredo “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um Sambista Sonhou a África”. A escola prestará tributo ao multifacetado Heitor dos Prazeres, artista que se destacou como pintor, compositor e sambista, em uma narrativa assinada por Gabriel Haddad e Leonardo Bora.

A Acadêmicos do Grande Rio voltará os olhos para o movimento Manguebeat. Com o enredo “A Nação do Mangue”, a tricolor de Duque de Caxias vai explorar as raízes do movimento que revolucionou a cultura pernambucana nos anos 1990, misturando regionalismo, crítica social e inovação. O tema será desenvolvido por Antônio Gonzaga.

O Acadêmicos do Salgueiro fará uma emocionante homenagem à carnavalesca Rosa Magalhães. O enredo “A delirante jornada carnavalesca da professora que não tinha medo de bruxa, de bacalhau e nem do pirata da perna-de-pau” celebrará o legado da artista, maior campeã da história da Sapucaí, falecida em 2023. O carnavalesco Jorge Silveira será o responsável pelo desfile.

Justiça determina que Alerj e Governo do Estado se manifestem sobre decreto que muda administração do Sambódromo

O desembargador Benedicto Abicair, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, estabeleceu prazo de cinco dias para a Alerj e o Governo do Estado do Rio se manifestarem sobre a representação de inconstitucionalidade, com pedido de liminar, proposta pelo deputado estadual, Luiz Paulo Corrêa da Rocha.

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Foto: Léo Queiroz/Rio Carnaval

A ação pede que seja concedida liminar para suspensão da eficácia da Lei Estadual nº 10.855 de 03 de julho de 2025 que transfere para o Estado a administração da área localizada na Cidade Nova, englobando o Centro Administrativo São Sebastião e o prédio anexo ao CASS, o Sambódromo e o Centro Operacional da Prefeitura. Na ação, o deputado Luiz Paulo também pede que a lei seja decretada inconstitucional no momento da votação do mérito.

“Considerando a existência de pedido liminar, notifique-se o representado para se manifestar, em 05 (cinco) dias, sobre a medida liminar postulada. Com a resposta, ou decorrido o prazo legal, dê-se vista à Procuradoria-Geral do Estado e à Procuradoria de Justiça, para manifestação especificamente acerca do pleito cautelar. A seguir, retornem os autos conclusos para exame da medida cautelar e demais providências pertinentes.”

A Lei Estadual nº 10.855 revogou o Decreto-lei n.º 224 de 18 de julho de 1975, que reconhecia ser “de domínio do Município do Rio de Janeiro os imóveis de que era titular a antiga Prefeitura do Distrito Federal ou o antigo Estado da Guanabara, situados no município, na área definida e delimitada no projeto de alinhamento e loteamento da “Cidade Nova”.

Mocidade levará óculos em homenagem à Rita Lee para Festival de Rock no Uptown

A procissão da Padroeira da Liberdade segue firme pela cidade maravilhosa. Depois do sucesso durante o lançamento do enredo e estar presente em rodas de samba da cidade, o icônico óculos da Rita Lee, tema da Mocidade para o próximo carnaval, ocupa as ruas, mais uma vez. A escola divulgará seu enredo no Festival Rock na calçada, do Uptown, shopping localizado na Barra da Tijuca. O evento comemorará o dia do Rock e agitará o público com shows e atrações no sábado e domingo.

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Os Independentes ainda poderão comprar os produtos oficiais da escola, a icônica camisa em parceria da Kappa. O evento contará com um espaço destinado a Boutique oficial da Estrela Guia de Padre Miguel.

O diretor de marketing da Mocidade, Bryan Clem, ressalta a importância de trabalhar o enredo nas ruas.

“A nossa missão é contar a história do momento que lançamos o enredo até a avenida. E Rita Lee é de uma riqueza gigante. Ficamos muito felizes com todo sucesso da ação com os óculos e ainda mais em podermos levar o samba para um festival de rock importante pra cidade. Seguiremos ocupando as ruas até nosso desfile!”

Serviço
Evento: Festival Rock na Calçada
Local: Uptown – Avenida Ayrton Senna, 5500 – Barra da Tijuca
Horários: sábado e domingo, das 16h às 21h
Entrada gratuita

Unidos da Ponte contrata diretor de logística para o Carnaval 2026

A Unidos da Ponte anunciou Vinicius Mozer como novo integrante de sua equipe para o Carnaval de 2026. O profissional assumirá o cargo de diretor de Logística na azul e branca de São João de Meriti. Com passagens por outras agremiações, Vinicius reforçará a equipe da escola para o seu próximo desfile na Marquês de Sapucaí.

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Foto: Magaiver Fernandes/Divulgação Ponte

No último carnaval, Vinicius foi diretor de Carnaval do Império da Tijuca, onde foi premiado com o título de “Desfile do Ano” pelo Estrela do Carnaval, do CARNAVALESCO. Também teve passagens como diretor comercial da Em Cima da Hora, integrou a equipe de Carnaval da Lins Imperial e atuou na direção de Carnaval da Guerreiros Tricolores.

“Chego com todo gás na Unidos da Ponte, uma escola de grande potência no Carnaval e no município de São João de Meriti. Levarei toda a minha experiência e garra para somar com o time forte da agremiação rumo ao campeonato da Série Ouro. Agradeço o convite e a confiança de toda a diretoria e vamos rumo ao Grupo Especial”, revela Mozer.

Para o Carnaval de 2026, a Unidos da Ponte apresentará na Marquês de Sapucaí o enredo “Tamborzão – O Rio é baile! O poder é black!”, desenvolvido pelo carnavalesco Nícolas Gonçalves.

Vigário Geral apresenta Johny Matos como novo primeiro mestre-sala

A Acadêmicos de Vigário Geral anuncia a chegada de Johny Matos como novo primeiro mestre-sala da escola. Com experiência em diferentes agremiações, Johny chega para defender o 1º pavilhão da escola ao lado da porta-bandeira Isabella Moura no Carnaval 2026.

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Foto: Divulgação/Vigário Geral

Johny deu seus primeiros passos na Independente da Praça da Bandeira, seguindo para a Unidos da Ponte. Em 2011, integrou o quadro de casais do Império Serrano como terceiro mestre-sala. Ao longo dos anos, também desfilou pelo Boi da Ilha do Governador, Acadêmicos do Grande Rio e defendeu com destaque o primeiro pavilhão da União de Maricá, ajudando a escola a conquistar seu espaço na Série Ouro.

Mais recentemente, Johny atuou por dois carnavais como primeiro mestre-sala da Em Cima da Hora e, na última temporada, esteve na Unidos do Porto da Pedra. Agora, inicia um novo capítulo em sua carreira ao aceitar o desafio de defender o pavilhão da Acadêmicos de Vigário Geral.

“Para mim, é um motivo de muita alegria estar defendendo as cores da Vigário. Sinto-me honrado por ter sido escolhido para essa missão e vou defender esse pavilhão com muito amor, carinho e garra. Desde já, agradeço a oportunidade de fazer parte desse time. Vamos rumo à vitória!”, declarou o mestre-sala.

A Acadêmicos de Vigário Geral será a última escola a desfilar na Marquês de Sapucaí na sexta-feira de carnaval e levará para a avenida o enredo “Brasil Incógnito – O que os seus olhos não veem a minha imaginação reinventa”.

Superliga confirma: Série Prata volta a ter dois dias na Intendente Magalhães e desfiles começam às 18h no Carnaval 2026

O presidente da Superliga Carnavalesca do Brasil, Luiz Vinícius Macedo, conversou com o CARNAVALESCO durante o sorteio da ordem dos desfiles das Séries Prata e Bronze para o Carnaval 2026, realizado na Intendente Magalhães. Ele destacou mudanças na organização, como o retorno dos desfiles da Série Prata para dois dias (domingo e segunda de carnaval) e o novo horário de início: às 18h.

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Foto: Divulgação/TV Brasil

Vinícius explicou que a decisão foi tomada em conjunto com os presidentes das escolas, em uma série de conversas, e contou com a aprovação da Riotur. Segundo ele, o principal problema do antigo modelo, com três dias de desfiles, era a necessidade de reabertura da Intendente Magalhães. Já os desfiles da Série Bronze acontecerão na sexta-feira e no sábado após a data oficial do carnaval. O Grupo de Avaliação será realizado na terça-feira de carnaval.

“Foi um pedido dos presidentes para que fosse dessa maneira. Sempre tentamos atender o que a maioria solicita. Precisávamos apenas do aval do órgão público, que foi solícito e atendeu. Consegui ajudar e atender esse pedido”, disse o dirigente.

Ainda sobre as mudanças para o próximo carnaval, Macedo falou sobre os acessos e descensos nas Séries Prata e Bronze, definidos em plenária com os presidentes das agremiações. O objetivo, segundo ele, é tornar o carnaval da Intendente mais competitivo, com grupos menos inchados. A previsão é de redução gradual no número de escolas nos próximos anos:

Em 2027, a Série Prata contará com 24 agremiações;
Em 2028, serão 20 escolas;
Em 2029, o grupo terá 16 agremiações.

“Estamos organizando a diminuição dos grupos, sempre com diálogo em plenária. Os presidentes aprovaram, e estamos avançando para tornar a Intendente Magalhães cada vez mais forte. As escolas também compreendem que grupos muito grandes dificultam a disputa. Estamos buscando melhorias para as próprias agremiações”, afirmou.

Sobre o Grupo de Avaliação, Macedo lembrou que, no último carnaval, ele ocorreu em dias fracionados antes dos desfiles das séries principais. Agora, será concentrado na terça-feira de carnaval. Ele também espera ampliar o número de agremiações no grupo.

“Temos uma negociação com a prefeitura porque precisamos entregar a avenida. Estou trabalhando para aumentar esse número de escolas. Acho que estamos bem encaminhados na negociação. A ideia é oxigenar o carnaval, já que estamos reduzindo o tamanho das Séries Prata e Bronze. Devemos ter uma resposta até agosto. Assim que isso acontecer, faremos o sorteio para dar tempo às escolas de se prepararem”.

Veja abaixo a ordem da Série Prata e Bronze para o Carnaval 2026

SÉRIE PRATA

15/02 | Domingo
1. Mocidade Unida do Santa Marta
2. Arrastão de Cascadura
3. Tubarão de Mesquita
4. Renascer de Jacarepaguá
5. União do Parque Curicica
6. Independente da Praça da Bandeira
7. Chatuba de Mesquita
8. Vizinha Faladeira
9. Unidos de Lucas
10. Independentes de Olaria
11. Tradição
12. Lins Imperial
13. União de Jacarepaguá
14. Acadêmicos do Cubango

16/02 | Segunda-feira
1. Império da Tijuca
2. Flamanguaça
3. Feitiço Carioca
4. Siri de Ramos
5. Acadêmicos da Abolição
6. Império de Nova Iguaçu
7. São Clemente
8. Acadêmicos do Dendê
9. Acadêmicos do Engenho da Rainha
10. Unidos de Santa Tereza
11. Acadêmicos da Rocinha
12. Acadêmicos de Santa Cruz
13. Alegria do Vilar
14. Leão de Nova Iguaçu
15. Império da Uva

SÉRIE BRONZE

20/02 | Sexta-feira
1. Concentra Imperial
2. Acadêmicos do Recreio
3. Rosas de Ouro
4. Império de Braz de Pina
5. Sereno de Campo Grande
6. Leão de Quintino
7. Flor da Mina
8. Unidos de Cosmos
9. União Cruzmaltina
10. Alegria de Copacabana

21/02 | Sábado
1. Caprichosos de Pilares
2. Unidos de Vila Rica
3. Boi da Ilha do Governador
4. Imperadores Rubro Negros
5. Unidos do Cabuçu
6. Unidos da Vila Kennedy
7. Acadêmicos do Peixe
8. Novo Império
9. Mocidade de Vicente de Carvalho
10. Unidos da Barra da Tijuca

Acadêmicos de Niterói estreia no Grupo Especial no Carnaval 2026 com enredo sobre o presidente Lula

Campeã da Série Ouro em 2025 e com a responsabilidade de abrir os desfiles do Grupo Especial no domingo de Carnaval em 2026, a Acadêmicos de Niterói promete fazer história logo em sua estreia na elite do samba carioca. Com o título “Do alto do mulungu surge a esperança: Lula, o operário do Brasil”, a agremiação campeã da Série Ouro vai levar momentos marcantes da vida de Luíz Inácio Lula da Silva para a Marquês de Sapucaí. O tema será desenvolvido pelo carnavalesco Tiago Martins e o enredista Igor Ricardo.

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Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação PR

Com o anúncio, a Acadêmicos de Niterói se junta a um grupo de escolas que em 2026 apostam na valorização de grandes figuras brasileiras como forma de construir seus desfiles. Estão previstas homenagens a nomes como Rita Lee (na Mocidade), Rosa Magalhães (no Salgueiro), mestre Ciça (na Viradouro), mestre Sacaca (na Mangueira), Ney Matogrosso (na Imperatriz), Carolina Maria de Jesus (na Tijuca) e Heitor dos Prazeres (na Vila Isabel).

A escolha por Lula, uma figura central na história recente do Brasil, coloca a Niterói sob os holofotes já no início do carnaval. A agremiação aposta em um enredo com grande potencial de comoção e debate, mirando uma estreia marcante na Sapucaí.

Vida de Lula: do sertão à Presidência

Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Caetés (na época, distrito de Garanhuns), no interior de Pernambuco, em 1945. Migrou com a família para São Paulo ainda criança, fugindo da seca e da pobreza extrema. No ABC Paulista, se formou torneiro mecânico e começou a atuar no movimento sindical, ganhando projeção nacional durante as greves do fim da década de 1970.

Em 1980, fundou o Partido dos Trabalhadores (PT) e, após três derrotas consecutivas, foi eleito presidente do Brasil em 2002. Reeleito em 2006, deixou o governo com altos índices de aprovação. Após passar por um período de prisão e processos judiciais que dividiram o país, foi absolvido e voltou à Presidência em 2022, tornando-se o primeiro brasileiro a ocupar o cargo por três mandatos.

Agora, sua trajetória atravessará a Avenida pelo olhar artístico da Acadêmicos de Niterói. Uma estreia com ousadia, simbolismo e o peso de uma das biografias mais marcantes da história do Brasil.

Opinião: ‘Vila Isabel sonha África, macumba e samba: um projeto de ruptura estética e reconexão ancestral’

A Vila Isabel virou a página. Depois de um 2025 difícil, com um samba que não tocou o coração da Sapucaí e a ausência no sábado das campeãs, a escola do bairro de Noel decidiu encarar 2026 com alma e um projeto que já emociona antes mesmo de virar alegorias e fantasias. Com o enredo “MACUMBEMBÊ, SAMBOREMBÁ. Sonhei que um Sambista Sonhou a África”, a Azul e Branco não apenas presta homenagem a Heitor dos Prazeres, ela convoca o passado, o presente e o sagrado para sonhar o carnaval que quer viver. * LEIA AQUI A SINOPSE DO ENREDO

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Foto: Divulgação/Vila Isabel

A chegada da dupla Gabriel Haddad e Leonardo Bora à escola simboliza mais do que uma troca de carnavalesco. Representa a abertura de um novo ciclo artístico, onde a estética se mistura à ancestralidade e à urgência de contar nossas histórias com verdade e coragem. O enredo é um mergulho profundo na raiz negra do samba, nas memórias que se fizeram tambor e nas imagens que Heitor eternizou com tintas, notas e versos. É mais que uma sinopse: é um convite à gira.

E onde a Vila apresentou esse sonho ao mundo? Na Pedra do Sal. Não poderia haver lugar mais simbólico. Ali, no coração da Pequena África, o anúncio do enredo virou ritual. Foi mais que divulgação. Foi afirmação. A escola foi à sua origem, olhou nos olhos dos ancestrais e afirmou: “estamos prontos para ouvir, cantar e recontar nossa história”.

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A escolha de Heitor dos Prazeres como fio condutor é potente. Ele não aparece como figura biográfica, mas como entidade inspiradora, mestre de cerimônias de uma África sonhada e real, pintada e vivida. A escrita sensível de Vinícius Natal, enredista da escola, transforma cada parágrafo em tambor. Lê-se o texto como quem escuta um ponto, um samba de roda, um chamado à memória. É macumba, samba, Brasil.

Mas para que esse sonho se realize de verdade, a Vila sabe que precisa de um samba-enredo à altura. Em 2025, esse foi o grande calcanhar de Aquiles. Agora, o enredo oferece uma paleta riquíssima de possibilidades: o título já canta como refrão: “Macumbembê, Samborembá”. É a senha para os poetas da Vila se debruçarem com respeito e emoção sobre a missão de criar uma melodia que faça jus ao poder da história contada. O samba precisa voltar a ser o coração pulsante da escola.

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A expectativa para o desfile é alta. Haddad e Bora já provaram que sabem costurar desfiles com impacto visual e profundidade temática. Com eles, a Vila deve ganhar uma assinatura estética nova, vibrante e coerente com seu enredo. Não se trata apenas de impressionar com alegorias, mas de emocionar com discurso, verdade, identidade.

A Vila Isabel acerta ao mirar longe. Sonhar a África de Heitor dos Prazeres é, no fundo, sonhar com a própria alma do carnaval. E se o sonho é o que nos move, que a escola volte a ser aquela que tira o fôlego da Sapucaí com canto forte, beleza arrebatadora e alma vibrando em cada ala.

Porque o samba, como dizia o próprio Heitor, nasceu da macumba. E é nesse reencontro com a fé, com a arte, com o povo, que mora a grande chance da Vila renascer ainda mais forte em 2026.

“Eu sou Heitor dos Prazeres. Heitor dos Prazeres é meu nome!”. Que a Vila também diga, em alto e bom som, seu nome no próximo carnaval.