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Participação intensa do ‘Povo do Samba’ e constância do canto reforçam credenciais da Vila Isabel

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A Unidos de Vila Isabel realizou seu segundo ensaio de rua nesta quarta-feira, 26 de novembro, no Boulevard 28 de Setembro, no bairro que nomeia a agremiação. Com presença maciça de seus componentes, a Azul e Branca mostrou muita força do seu chão, com o canto firme e constante durante todo o percurso. Tinga se destacou ao longo da noite, em um ensaio que também apresentou evolução bastante consistente. A escola de Noel levará para a avenida, em 2026, o enredo “Macumbembê Samborembá – Sonhei que um sambista sonhou a África”, em homenagem ao sambista e multiartista Heitor dos Prazeres. A Vila será a segunda escola a desfilar na terça-feira de Carnaval, terceiro dia de apresentações do Grupo Especial.

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Foto: S1 Comunicação/Divulgação Vila Isabel

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

O casal Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane demonstrou muita suavidade na dança desta quarta-feira no Boulevard. O bailado tradicional foi marcado por precisão, delicadeza e bastante ânimo, com movimentos sincronizados e leves, incluindo giros muito bem executados. Raphael e Dandara mostraram a firmeza e a cumplicidade que possuem, transmitindo segurança em cada movimento apresentado.

SAMBA E HARMONIA

O samba da Vila pegou forte na comunidade do Povo de Noel. Os foliões cantaram a plenos pulmões a obra de 2026 enquanto evoluíam pela rua, em diversos momentos com a Swingueira de Noel fazendo silêncio para que o canto sobressaísse, especialmente nos versos da segunda parte, na subida para o refrão final, como “De todos os tons, a Vila negra é; de todos os sonos, a negra Vila é”. Os refrões também ecoaram de forma muito vibrante pelos componentes.

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Tinga teve uma grande noite, conduzindo muito bem o samba e colocando garra na obra, mantendo o ritmo constante ao longo do treino. O bom entrosamento do carro de som com o intérprete foi outro ponto de destaque.

EVOLUÇÃO

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Foto: S1 Comunicação/Divulgação Vila Isabel

O Povo do Samba evoluiu muito bem durante a noite desta quarta-feira, sem maiores questões. Os componentes estavam soltos nas alas, brincando e demonstrando empolgação e alegria, sentimentos potencializados pela força do samba. A escola passou sem correria ou lentidão, fluindo tranquilamente pelas ruas de Vila Isabel e exibindo ótima organização ao longo do ensaio.

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Foto: S1 Comunicação/Divulgação Vila Isabel

OUTROS DESTAQUES

A “Swingueira de Noel”, comandada pelo mestre Macaco Branco, contagiou o Boulevard nesta quarta, pulsando firme para que os componentes da Vila cantassem ainda mais forte. A rainha Sabrina Sato não esteve presente. A comissão de frente, dirigida por Alex Neoral e Márcio Jahú, também não participou do ensaio.

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Foto: S1 Comunicação/Divulgação Vila Isabel

Festival ‘Dobras da Folia’ celebra os mestres do samba, dos enredos e leva a magia dos barracões para a Casa Brasil e Alpha Bar

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Em sua 2ª edição, o Festival Dobras da Folia chega com leveza e festa para ocupar a Casa Brasil (antiga Casa França-Brasil) e a Orla Conde, em frente ao Alfa Bar, no Centro do Rio de Janeiro, entre os dias 2 e 14 de dezembro. Organizado pela Caju, com produção da V Arte, curadoria geral de Daniela Name e curadoria adjunta do escritor Marcelo Moutinho e da jornalista Domi Valansi, o evento multiartístico propõe uma reflexão vibrante sobre os desfiles das escolas de samba, patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro, a partir da trajetória de figuras-chave, como o cantor Jamelão (1913-2008) e os carnavalescos Fernando Pinto (1945-1987) e Joãosinho Trinta (1933-2011).

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Foto: Léo Queiroz/Divulgação

Com o subtítulo “Pop e Popular”, esta edição celebra esses três artistas que transitaram entre a grandiosidade das avenidas e os circuitos culturais do samba carioca. Todos eles sabiam da importância da comunicação de massa: seus trabalhos dialogavam tanto com a multidão da Sapucaí quanto com o público televisivo, e tinham raízes profundas nos saberes da cultura popular brasileira.

“O ‘Dobras da folia’ é um festival que destaca, analisa e debate as múltiplas linguagens dos desfiles das escolas de samba, o maior patrimônio cultural do Rio de Janeiro”, diz a curadora Daniela Name. “Este ano demos dois passos importantes para a 2a edição do festival. Estamos de fato em festa, celebrando o samba em rodas, conversas cantadas e batucadas; e documentando o pensamento crítico sobre a visualidade da avenida em quatro livretos e uma publicação objeto”, avalia Name.

Uma ambientação que é desfile

Uma das salas da Casa Brasil receberá ambientação que evoca os desfiles de Fernando Pinto e Joãosinho Trinta, lembrando que eles introduziram, no corpo do enredo, a vocação para o delírio que sempre esteve no espírito do carnaval carioca, dos coretos de subúrbio aos antigos ranchos e sociedade. Neste espaço, onde são lembrados desfiles como A Lapa de Adão e Eva (1985), de Joãosinho, e Tupinicópolis (1987), de Fernando Pinto, estão programados debates e um seminário em parceria com a UERJ.

Também acontecem ali imersões gratuitas com carnavalescos como Leandro Vieira (fantasia), Jorge Silveira (desenho), Jack Vasconcelos e Annik Salmon (enredo) e Leonardo Bora e Gabriel Haddad (processos experimentais). As vagas são gratuitas e limitadas, com inscrição pela plataforma Sympla a partir das 10h do dia 27 de novembro, quinta-feira.

Conversas cantadas

O festival busca destacar que o carnaval e seus artistas detém saberes expressos de modos diversos, que não seguem padrões acadêmicos e europeis. Nada mais natural, então, que no universo que tem o samba como seu coração, as conversas sejam cantadas.

No dia 3, às 17h30, acontece a conversa-cantada “As Áfricas no samba enredo”, reunindo o historiador Luiz Antonio Simas e o intérprete Pixulé, do Paraíso do Tuiuti, na Casa Brasil.

No dia 4, às 18h, o Alfa Bar recebe uma celebração ao compositor Paulo César Feital, autor de sucessos como Saigon, gravada por Emilio Santiago, e Cinelândia, imortalizado por Beth Carvalho e também de sambas enredo como os da Acadêmicos de Niterói para 2026 e os da Mocidade Independente de Padre Miguel e da Viradouro em 2025. Considerado um dos maiores letristas da Sapucaí, Feital será acompanhado na conversa cantada pelo violonista Rubinho Jacob e o crítico musical Hugo Sukman.

Debate e autógrafos

No dia 11, também às 17h30, o pensador Milton Cunha, a artista Rafa BQueer e a crítica Daniela Name, debatem o “Delírio nos enredos de Fernando Pinto e Joãosinho Trinta”, seguido de lançamentos e sessões de autógrafos de livretos com ensaios críticos e depoimentos sobre Rosa Magalhães, Leonardo Bora e Gabriel Haddad Leandro Vieira, Renato Lage, e uma publicação-objeto para os homenageados Pinto e Joãosinho, com folders que viram pôsteres.

Oficinas

No dia 9, a mestra da Beija-Flor, Laísa, filha do grande Laíla, oferece uma oficina de tamborim às 17h, com 20 vagas gratuitas para portadores de um instrumento e aberta a todos que quiserem assistir.

No dia 12, às 16h, a rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos conduz a oficina aberta “O Pensamento que Dança”, ao lado da rainha de bateria do Império Serrano Quitéria Chagas convidando os participantes a refletir sobre como o pensamento de um carnavalesco se traduz em movimento, cor e ritmo.

Samba em rodas e cortejo e uma batucada para Ciça

No dia 6, sábado, acontece no Alfa Bar uma homenagem a Jamelão, com repertório que vai de Lupicínio Rodrigues a Dorival Caymmi e Ary Barroso, celebrando não só sua presença nos desfiles, mas também o legado fora da avenida, afinal, Jamelão é amplamente reconhecido por interpretar Lupicínio com grande maestria. Cantores convidados vão percorrer o repertório do grande intérprete da Mangueira em seus tempos de crooner.

No dia 13, às 15h, a Casa Brasil sedia “Uma batucada para Ciça”, dentro do programa FALA, MESTRE, que registra a memória dos mestres de bateria do carnaval carioca, coordenado pelo jornalista Carlos Gil. Mestre Ciça, enredo da Viradouro, conversará com o jornalista e com o carnavalesco Tarcísio Zanon e João Gustavo Melo. Além disso, mestres de todas as baterias do Grupo Especial serão convidados para “Uma batucada para Ciça” ao lado dos ritmistas da escola vermelho-e-branco de Niterói.

No encerramento, no dia 14, domingo, sai o Cortejo “Pra Você Heitor”: criado por Gabriel Haddad e Leonardo Bora, o desfile homenageará Heitor dos Prazeres, artista multifacetado: pintor, compositor, cenógrafo e figurinista. Heitor foi um dos pioneiros do samba carioca, cofundador de escolas como Estácio, Mangueira e Portela. O cortejo parte da Casa Brasil rumo ao Alfa Bar e culmina no Baile do Heitor, uma roda de samba com os sucessos icônicos dele como “Pierrot Apaixonado”.

DOBRAS DA FOLIA – SEMANA 1

DIA 2 DE DEZEMBRO, TERÇA – DIA DO SAMBA

10h Abertura OCUPAÇÃO DELÍRIOS, em homenagem a Fernando Pinto e Joãosinho Trinta – CASA BRASIL

10h às 13h – IMERSÃO LEANDRO VIEIRA: PROCESSOS DE CRIAÇÃO EM FANTASIA – 30 vagas gratuitas pelo Sympla – CASA BRASIL: SALA OCUPAÇÃO E CURSOS

DIA 3 DE DEZEMBRO, QUARTA

10h às 13h – IMERSÃO JORGE SILVEIRA: DESENHO – 30 vagas gratuitas pelo Sympla – CASA BRASIL – SALA OCUPAÇÃO E CURSOS

17h30 – ÁFRICAS NO SAMBA ENREDO – conversa cantada com LUIZ ANTONIO SIMAS + PIXULÉ – CASA BRASIL – SALA OCUPAÇÃO E CURSOS

DIA 4 DE DEZEMBRO, QUINTA

18h – PAULO CÉSAR FEITAL – SAMBA E SAMBA ENREDO – Conversa cantada mediada por Hugo Sukman – ALFA BAR

DIA 6 DE DEZEMBRO, SÁBADO

13h – HOMENAGEM A JAMELÃO com NINA ROSA E RODA JEQUITIBÁ repertório que vai de Lupicínio Rodrigues a Dorival Caymmi e Ary Barroso, celebrando não só a presença do grande intérprete da Mangueira no Carnaval carioca, mas também seu legado fora da avenida como crooner. – ALFA BAR

SEMANA 2

DIA 9 DE DEZEMBRO, TERÇA

14h às 17h – IMERSÃO – Annik Salmon e Jack Vasconcelos – Processos de enredo – 30 vagas gratuitas pelo Sympla – CASA BRASIL – SALA OCUPAÇÃO E CURSOS

17h30 – FALA, MESTRE – Oficina com Laísa, mestra de bateria Beija-Flor de Nilópolis – tamborim 20 vagas gratuitas pelo Sympla – CASA BRASIL – SALA OCUPAÇÃO E CURSOS

DIA 10 DE DEZEMBRO, QUARTA

10h às 13h PESQUISA EM DIÁLOGO – seminário em parceria com a UERJ com pesquisadores de Carnaval – CASA BRASIL – SALA OCUPAÇÃO E CURSOS

DIA 11 DE DEZEMBRO, QUINTA

10h às 13h – PESQUISA EM DIÁLOGO seminário em parceria com a UERJ com pesquisadores de Carnaval – CASA BRASIL – SALA OCUPAÇÃO E CURSOS

14h às 17h – IMERSÃO LEONARDO BORA E GABRIEL HADDAD – processos experimentais – 30 vagas gratuitas pelo Sympla – CASA BRASIL – SALA OCUPAÇÃO E CURSOS

17h30 – DELÍRIOS DE FERNANDO PINTO E JOÃOSINHO TRINTA – DEBATE COM Milton Cunha, Rafa BQueer e Daniela Name – CASA BRASIL

18h30 – Lançamento DOS LIVRETOS DOBRAS DA FOLIA – CASA BRASIL

18h30 – DJ Jorge Lz mesclando samba e outros gêneros musicais – CASA BRASIL

DIA 12 DE DEZEMBRO, SEXTA

10h às 13h – PESQUISA EM DIÁLOGO – seminário em parceria com a UERJ com pesquisadores de Carnaval – CASA BRASIL – SALA OCUPAÇÃO E CURSOS

16h – PENSAMENTO QUE DANÇA OFICINA E DEPOIMENTOS DE EVELYN BASTOS, Rainha de bateria da Mangueira, e QUITÉRIA CHAGAS, Rainha de bateria do Império Serrano CASA BRASIL

DIA 13 DE DEZEMBRO, SÁBADO

14h30 – BATUCADA PARA CIÇA – FALA, MESTRE – com a presença do carnavalesco Tarcísio Zanon, o enredista João Gustavo Melo e ritmistas da Viradouro, outros mestres de bateria do grupo especial participarão da homenagem à Ciça – CASA BRASIL

DIA 14 DE DEZEMBRO, DOMINGO

10h – Concentração PRA VOCÊ, HEITOR – Cortejo em homenagem a Heitor dos Prazeres, enredo da Unidos de Vila Isabel (Gabriel Haddad e Leonardo Bora) – CASA BRASIL

11h – Cortejo Heitor – Orla

Sympla aposta na folia e anuncia edital para blocos de Carnaval 2026

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O Carnaval de rua no Brasil segue como um dos eventos culturais mais relevantes do país, movimentando milhões de pessoas. De olho nesse cenário, a Sympla, maior marketplace de eventos do país, anuncia um edital para apoio a blocos licenciados para o Carnaval de 2026 nas cidades de Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). O incentivo de R$20 mil para a realização dos cortejos poderá ser destinado a despesas como estrutura, som, equipe, segurança, sustentabilidade e comunicação.

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Foto; Divulgação

Como parte do compromisso da empresa com a cultura popular e com a celebração da vida ao vivo, a iniciativa fortalece quem faz o Carnaval acontecer nas ruas e amplia o suporte da empresa aos blocos licenciados nas principais capitais do país. A campanha “Sympla coloca seu bloco na rua” reafirma o compromisso da empresa com os organizadores do Carnaval e com o espírito comunitário da festa, segundo o CEO Rodrigo Cartacho. Ele destaca que o objetivo é: “Ampliar o movimento da vida ao vivo no Carnaval, oferecendo aos produtores de blocos um apoio adicional para viabilizar seus desfiles e fortalecer uma celebração emblemática para nossa identidade cultural”.

Os blocos interessados podem se inscrever até 01 de dezembro e precisam atender às exigências previstas no regulamento oficial do edital. Os representantes serão contatados para entrevistas entre 3 e 10 de dezembro. A seleção será conduzida por uma comissão que avaliará documentos, critérios técnicos e alinhamento com as diretrizes do edital. O resultado será divulgado em 16 de dezembro no Instagram oficial da Sympla. Cada cidade poderá ter até três blocos contemplados.

Sobre a Sympla, marketplace líder no setor de eventos no Brasil

A Sympla oferece aos brasileiros a resposta para a pergunta ‘o que fazer’, com uma programação completa de eventos e experiências. Festas, festivais, corridas de rua, congressos, cursos, peças de teatro, espetáculos e opções culturais e esportivas: tudo em um só lugar, transformando a forma como as pessoas descobrem eventos e se conectam com o momento presente. Marketplace da vida ao vivo, conecta produtores de eventos a compradores promovendo, em média, 59 mil eventos de forma simultânea e gerando mais de 134 vendas por minuto em 4000 cidades brasileiras. Pioneira no Brasil, desde sua fundação em 2012 a Sympla já vendeu mais de 273.3 milhões de ingressos.

Serviço
Inscrições: de 25 de novembro até 01 de dezembro de 2025
Regulamento e edital: disponíveis no site da Sympla

Vanessa Rangeli recebe desenho da fantasia para estreia como rainha de bateria da Acadêmicos de Niterói

Para estrear em grande estilo no Grupo Especial do carnaval carioca, Vanessa Rangeli conheceu o figurino que usará à frente dos ritmistas da “Cadência de Niterói” em 2026. A rainha de bateria da Acadêmicos de Niterói recebeu diretamente das mãos do carnavalesco Tiago Martins o croqui da sua fantasia.

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Fotos: S1 Fotografia/Divulgação Acadêmcios de Niterói

“Já estava ansiosa demais para esse momento, mas valeu muito a pena esperar. Fiquei encantada com o figurino e achei ele ousado, mas com uma pegada de elegância. Com certeza terá um grande impacto na avenida e quero estar à altura da minha bateria e de todo o carnaval da escola”, revelou Vanessa.

A agremiação, que fará uma homenagem ao Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, abrirá os desfiles do Grupo Especial no carnaval carioca de 2026 com o enredo “Do alto do mulungu surge a esperança: Lula, o operário do Brasil”.

Desfile de carnaval na Marquês de Sapucaí pode se tornar Patrimônio Imaterial do Estado do Rio

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Os desfiles de Carnaval das escolas de samba na Marquês de Sapucaí estão mais próximos de serem oficialmente reconhecidos como patrimônio imaterial histórico, cultural, artístico e humanístico do Estado do Rio de Janeiro. A proposta está prevista no Projeto de Lei nº 5.219/25, de autoria do deputado Vinicius Cozzolino (União), aprovado em segunda discussão pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quinta-feira. O texto segue agora para análise do governador Cláudio Castro, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo.

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Foto: Léo Queiroz/Divulgação Rio Carnaval

O deputado destacou que o desfile é uma das manifestações culturais mais importantes do país e um dos maiores símbolos da identidade fluminense. “Não se trata apenas de um espetáculo monumental, mas de uma expressão viva da criatividade popular e da força cultural do nosso povo”, afirmou Cozzolino.

Desde 1984, quando o Sambódromo da Marquês de Sapucaí, projetado por Oscar Niemeyer, foi inaugurado, o desfile do Grupo Especial se consolidou como uma referência mundial de patrimônio cultural e um dos eventos mais emblemáticos da cultura brasileira.

O projeto nasceu após diálogo com o presidente da Liesa, Gabriel David, e representantes da Unesco. Segundo Cozzolino, para que o Carnaval do Rio possa futuramente receber o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, é fundamental que haja uma legislação estadual reconhecendo, protegendo e valorizando oficialmente o desfile. “É assim em todos os países que conquistaram esse título, e assim também precisa ser no Rio de Janeiro”, destacou.

O parlamentar reforça ainda o papel social das escolas de samba. “Mais do que uma festa, o desfile é expressão de resistência e valorização da cultura afro-brasileira, da periferia urbana e da ancestralidade dos povos que ajudaram a construir a nossa nação. As escolas atuam o ano inteiro como centros de formação cultural e de inclusão social”, concluiu.

Além do valor simbólico e cultural, o Carnaval fluminense tem grande impacto econômico. Segundo estimativas oficiais, a edição de 2025 movimentou R$ 5,7 bilhões apenas na capital. Na Sapucaí, o público atingiu recorde, com cerca de 120 mil pessoas por noite nos desfiles do Grupo Especial, entre pagantes, credenciados e participantes.

Na geração de empregos, o impacto também é expressivo: foram cerca de 32,6 mil vagas temporárias criadas em 2025, e aproximadamente 7% delas têm potencial de se tornar permanentes, fortalecendo a economia, gerando renda e transformando vidas.

Enredo para a história! João Gustavo Melo detalha criação da homenagem da Viradouro para Ciça

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O enredista da Viradouro, João Gustavo Melo, relembra a surpresa e a emoção ao saber que o mestre Ciça seria tema do enredo de 2026. Em entrevista ao CARNAVALESCO, ele detalha o processo de criação, comenta a repercussão da sinopse e fala sobre a parceria com o carnavalesco Tarcísio Zanon, marcada por sintonia, confiança e amizade.

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O que você sentiu quando soube que o Ciça seria enredo?

“Olha, primeiro foi um sentimento de surpresa, porque pensamos: ‘É muito inédito, como vamos fazer isso?’. Mas logo depois veio uma aceitação imediata. Primeiro encaramos como um desafio, mas rapidamente como um privilégio. Esse enredo vai ficar para sempre na história da Viradouro. Vai ser sempre inédito, sempre será a primeira vez que se homenageia um mestre de bateria ainda em atividade. A partir disso, desenvolvemos o trabalho com muito carinho e emoção redobrada”.

A sinopse do enredo gerou uma grande safra de sambas. O que você pensa do texto da sinopse?

“A ideia era fazer um texto ao mesmo tempo emotivo e direto, que entregasse o Ciça sem firulas. Muita gente poderia pensar em algo como “vai para a África”, inventar um tabu… mas não. O ponto de partida tinha que ser o Estácio, o bairro, a escola São Carlos e todas as entidades que formaram o Ciça. A partir daí, fizemos a trajetória dele. Isso foi fácil, porque podíamos pesquisar direto na fonte: o próprio Ciça, que está sempre na quadra e no barracão”.

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Existe o questionamento de o Ciça “dar” enredo ou não. O que você pensa sobre isso?

“Nós nunca questionamos isso. O que tivemos foi outro desafio: como condensar tanta história. São 70 anos de vida, 55 carnavais. É muita coisa para caber em um desfile. Esse foi o problema inicial, mas conseguimos resolver no roteiro. E estamos muito felizes com o resultado”.

A sua sinergia com o Tarcísio Zanon parece gigante. Como é esse trabalho na prática?

“O Tarcísio, primeiro, é um doce de pessoa, o que ajuda muito. Às vezes eu sou o mais estressado da equipe, mas ele mantém tudo sob controle. Eu sou apenas mais uma peça dentro do time, junto com os figurinistas, o pessoal do barracão… e todos respeitamos muito nossos papéis. Ele é extremamente generoso e, além de um parceiro de trabalho, se tornou um amigo que vou levar para a vida. Respeito demais a arte dele e corro atrás para acompanhar o que ele está pensando. Isso torna tudo muito mais fácil”.

Dupla de coreógrafos da Mangueira projeta comissão de frente ainda mais ousada para o Carnaval 2026

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A comissão de frente da Estação Primeira de Mangueira, que conquistou o público no último carnaval com emoção e inovação, já se prepara para os novos desafios de 2026. À frente do trabalho estão os coreógrafos Lucas Maciel e Karina Dias, responsáveis por conduzir um dos quesitos mais aguardados do desfile Verde e Rosa. Em entrevista ao CARNAVALESCO, eles avaliaram o ano passado, falaram sobre a parceria com o carnavalesco Sidnei França e adiantaram detalhes sobre o enredo que homenageará o Amapá e a Amazônia Negra.

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Foto: Juliana Henrik/CARNAVALESCO

Karina avaliou o último carnaval como um marco na trajetória da dupla. “Em nossa opinião, foi um ano muito positivo em termos profissionais, representando um ponto de virada em nossa carreira. Foi um ano rico, que nos proporcionou muitos resultados positivos. Não esperávamos que a apresentação emocionasse tanto as pessoas, que a mensagem fosse tão bem recebida. Foi uma grande e maravilhosa surpresa”.

Lucas destacou que o ciclo de 2025 trouxe aprendizado e motivação para os próximos passos. “A cada ano, viramos uma página e recomeçamos. Viramos o ano com alegria e gratidão, guardando boas lembranças, mas com o foco voltado para o futuro, buscando emocionar novamente”.

Sobre a parceria com o carnavalesco Sidnei França, Lucas ressaltou a sintonia do trabalho. “Ele sabe exatamente o que quer e como expressar sua proposta. Ele nos dá liberdade para criar em cima do enredo, mas também nos fornece detalhes que enriquecem nosso trabalho, tornando a troca de ideias muito proveitosa”.

Karina reforçou a importância dessa colaboração. “É um trabalho em conjunto. Assim que o enredo é definido, iniciamos a pesquisa e, com base nela, começamos a trabalhar. Essa parceria é muito positiva”.

O próximo carnaval está em andamento para a dupla, que mergulhou no enredo sobre o Amapá e a Amazônia Negra. Karina contou que a viagem de pesquisa abriu novos horizontes criativos. “Após estudar o enredo e vivenciar a experiência, nossa visão mudou completamente, abrindo um leque de possibilidades artísticas muito amplo. A viagem ao Amapá ampliou ainda mais as possibilidades de ideias, e fomos selecionando o que considerávamos mais adequado para contar a história do enredo em nossa apresentação”.

Lucas acrescentou que o processo de criação exige foco. “Precisamos direcionar nossos pensamentos e estabelecer uma linha de raciocínio para não nos perdermos diante da riqueza do enredo. Escolhemos um caminho e procuramos segui-lo. Nosso objetivo é que o público compreenda o trabalho que estamos desenvolvendo”.

Um dos grandes debates do momento é a adaptação à nova cabine espelhada para o julgamento da comissão de frente. Lucas avaliou a mudança como uma oportunidade. “Será um desafio para todos, mas já estávamos trabalhando em direção a uma apresentação 360 graus. Agora, com a possibilidade de jurados em ambos os lados, podemos criar uma coreografia que abranja toda a Sapucaí”.

Karina concluiu destacando a confiança da dupla para 2026. “É um desafio, pois é algo novo, e tudo que é novo gera certa insegurança, mas estamos confiantes de que tudo fluirá tranquilamente”.

Érica Ferreira comemora escolha de samba da Tom Maior por QR Code: ‘Voz do povo é a voz de Deus’

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O samba-enredo da Tom Maior para 2026 teve uma dinâmica completamente diferente para ser escolhido. A canção que embalará o desfile de “Chico Xavier — Nas entrelinhas da alma, as raízes do céu em Uberaba”, assinado pelo carnavalesco Flávio Campello, teve voz mais do que ativa da comunidade vermelha e amarela por meio da tecnologia. A reportagem do CARNAVALESCO conversou com Érica Ferreira, diretora de carnaval e de Harmonia da Tom Maior, sobre o pioneirismo da agremiação para escolher o hino da escola do Sumaré para 2026.

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Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Ideias e números

A reportagem conversava com Érica Ferreira sobre a escolha da agremiação quando a diretora surpreendeu: “Nós tivemos a audição no dia 03 de agosto, onde os três finalistas foram cantados e nossa comunidade ouviu cada um deles com a nossa Ala Musical. E nós fizemos esse ano um QR Code no qual a nossa comunidade podia votar. Nós recebemos aqui, na nossa quadra, toda a nossa liderança, nossos chefes de ala, nossos apoios, todos os departamentos da escola e componentes também”, revelou.

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Ela seguiu surpreendeu ao destacar os números que envolveram a escolha: “Das cerca de 700 pessoas que estavam naquele dia, nós tivemos 537 votos – e mais de 450 foram para o então Samba 4. É clichê, mas a voz do povo é a voz de Deus. Quem escolheu o samba, além de nós da diretoria, do carnavalesco, da bateria e de outros segmentos, toda a comunidade que escolheu o samba”, comemorou.

Lisura do processo

Além de falar sobre quem tinha acesso a voto, Érica comentou que havia uma particularidade sobre o código digital que tornava a dinâmica imune a erros e fraudes: “Nós fizemos o QR Code e ele foi distribuído na pasta onde tinham os sambas finalistas com todos os diretores de Harmonia, de Alegoria com os chefes de ala. Fora isso, nós também colocamos nos grupos das alas. Vale dizer que esse era um QR Code válido somente naquele dia: todos votaram e, quando deu meia-noite, encerrou”, finalizou, falando sobre a canção que será cantada no retorno de Bruno Ribas à Tom Maior.

Katarina Harmony é musa da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2026

A Unidos da Tijuca oficializou a entrada de Katarina Harmony no time de musas da escola para o Carnaval 2026. A sambista, que soma sete anos de atuação na agremiação do Borel como destaque de alegoria, passa a ocupar mais um posto de destaque pela amarelo ouro e azul pavão, para Katarina a frase Tijuca faz esse meu sonho acontecer… nunca foi tão verdadeira. Katarina iniciou sua trajetória no carnaval ainda criança, aos 7 anos, desfilando pela Estrelinha de Padre Miguel. A partir daí, consolidou um caminho de evolução dentro do universo do samba, acumulando experiências em diferentes funções e se firmou como destaque na Unidos da Tijuca, posição que seguirá exercendo, agora como musa.

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Foto: JL Comunicação/Divulgação

“Cheguei à Unidos da Tijuca como destaque de carro. Agora, depois de sete anos na escola, viver a emoção de desfilar como musa é muito especial. A Tijuca está realizando um sonho meu”, afirma Katarina.

A Unidos da Tijuca encerra o segundo dia de desfiles do Grupo Especial, no dia 16 de fevereiro de 2026, levando para a Sapucaí um enredo em homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus, desenvolvido pelo carnavalesco Edson Pereira.

Com a confirmação de Katarina Harmony como musa, a escola reforça seu elenco e valoriza uma trajetória construída com vínculo, continuidade e dedicação ao pavilhão tijucano.

Lei municipal transforma Botafogo Samba Clube em patrimônio imaterial da cidade

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O samba e o futebol, símbolos inseparáveis do Rio de Janeiro, se unem em mais uma conquista para a cultura carioca. O presidente da Câmara Municipal, vereador Carlo Caiado (PSD), oficializou ontem, segunda (25), a lei municipal que declara a Botafogo Samba Clube como patrimônio cultural de natureza imaterial da cidade. A escola de samba, a primeira a representar um time de futebol na Sapucaí, reafirma, com esse título, o papel da arte popular na identidade do município.

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Foto: S1 Comunicação

A proposta é de autoria do vereador Leonel de Esquerda (PT), que ressalta a importância da iniciativa: “É o reconhecimento de um projeto que une expressão artística, samba e futebol, paixões democráticas que fazem parte do dia a dia de pessoas de todas as classes sociais. É uma vitória da cultura carioca e uma forma de valorizar a cidade”.

A história da Botafogo Samba Clube começou em 2018, em um dia de clássico no Maracanã, na final do Carioca entre Botafogo e Vasco. Inspirados no recente título da Beija-Flor no Carnaval, um grupo de torcedores decidiu criar um bloco carnavalesco, que rapidamente evoluiu para um projeto maior. Com o apoio de outros botafoguenses, o sonho se tornou realidade em julho daquele ano, marcando o início oficial da instituição.

A agremiação fez sua estreia na Marquês de Sapucaí este ano, abrindo os desfiles da Série Ouro. Com o enredo “Uma gloriosa história em preto e branco”, apresentou a trajetória da Estrela Solitária, destacando as conquistas recentes da Libertadores e do Brasileirão. Em 2026, os alvinegros retornarão à avenida apresentando o tema “O Brasil que floresce em arte”, em homenagem ao legado artístico do paisagista Roberto Burle Marx. O samba-enredo foi apresentado oficialmente no mês passado.