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Leitores do CARNAVALESCO apontam parceria de Wagnão favorita para vencer na Ilha

A União da Ilha faz neste sábado sua final de samba-enredo para o Carnaval 2026. Cinco parcerias estão na disputa. A parceria de Wagnão, Rony Sena, João Vidal, Vinícius Moro, Renan Diniz, Paulo Beckham, Jotapê e Gigi da Estiva foi apontada favorita para vencer com 74,4% dos votos. A parceria de André de Souza, Leandro Pereira, Ricardo Castanheira, Bernardo Nobre, Luiza Vieira, Júlio Assis, Victor Latorraca e Vitor Lajas ficou com 18,6%.

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A parceria de Almir da Ilha, Claudio Russo, Tubarão, Paulo Gallo, Marcelo Martins, Junior Nova Geração, Rafinha da Ilha e Guga das Candongas teve 2,7%. A parceria de Romeu D´Malandro, Diego Nicolau, Carlinhos Fuzileiro, W. Corrêa, Geraldo M. Felício, Wilson Mineiro, Eli DR. e Richard Valença recebeu 2,2%. E a parceria de Queiroga, Filipe Zizou, Luciano Gomes, Maralhas, Marco Medeiros, Felipe Petrini, Sérgio Português e Beto Playmobil terminou com 2,1%.

SERVIÇO
Abertura do portões às 22h
Entrada gratuita até às 23h
Informações: (21) 98009-8449
Faixa etária: 16 anos

Balanço da ‘Noite dos Enredos’: muita música e dança, mas faltou conteúdo sobre os temas para o Carnaval 2026

O CARNAVALESCO traz abaixo o balanço da “Noite dos Enredos”, que aconteceu na última sexta-feira, na Cidade do Samba. Não faltou emoção para homenagear Arlindo Cruz e Bira Presidente, durante a Noite dos Enredos, com direito a um minuto de silêncio e diversas canções que marcaram as carreiras dos artistas. Como no ano passado, o local recebeu um público superior a oito mil pessoas e celebrou o encontro que é uma das prévias para os desfiles oficiais do ano que vem. Veja um resumo de cada exibição.

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Niterói abre a Noite dos Enredos com homenagem carregada de emoção a Lula
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A escola abriu a “Noite dos Enredos” com muita vontade. O público reagiu desde o início aos gritos de “Lula, Lula”. Apesar de algumas vaias, prevaleceu a ovação ao atual presidente do Brasil. O famoso Fabiano Trompetista esteve presente. O enredo foi apresentado de forma cronológica, passando pelo Nordeste, infância, desafios, chegada a São Paulo e, por fim, o momento político, destacando Lula como um dos maiores líderes da história do país. A exibição transmitiu um clima de euforia e terminou nos braços do povo, ao som de “Olê, Olê, Olá, Lula, Lula”. Fora da polarização, a escola cumpriu o objetivo de explicar o enredo e conquistar o público.

Mocidade emociona ao celebrar Rita Lee e aposta em repertório icônico
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A escola apresentou um conteúdo mais consistente em relação ao ano anterior. A abertura contou com a participação de Roberto de Carvalho, companheiro de Rita Lee, que declarou a felicidade e a honra da família com a homenagem. Um vídeo exibido no telão explicou o enredo com mais detalhes do que a performance no palco. A apresentação valorizou músicas de sucesso da cantora, incluindo efeito especial simulando lança-perfume. A bateria e o intérprete Igor Vianna se encaixaram com precisão na obra da roqueira. O “casal iluminado”, Diogo e Bruna, também participou. O encerramento trouxe “Santa Rita” e um vídeo com a cantora afirmando: “Acho que fiz um monte de gente feliz”.

Paraíso do Tuiuti encanta com teatralização e dança sobre o Ifá
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A escola baseou sua apresentação na dança, com movimentos intensos e expressivos, conseguindo atrair a atenção do público. A teatralização destacou a temática do Ifá, reforçada pela escolha de um narrador para explicar pontos do enredo. O casal Vinícius e Rebeca participou, e o intérprete Pixulé encerrou interpretando “Canto das Três Raças”, de Clara Nunes. Espetáculo do cantor!

Unidos da Tijuca dá aula de como apresentar um enredo
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A escola uniu teatralização e narrativa do enredo com falas marcantes e emocionantes. O conteúdo denso foi conduzido com firmeza pela porta-bandeira Lucinha Nobre. O trabalho das coreógrafas Bruna e Ariadne, em parceria com o carnavalesco Edson Pereira, teve excelente resultado. A apresentação serviu como exemplo de como transmitir um enredo, colocando a escola do Borel em destaque na noite.

Vila Isabel aposta em formato de musical e resgata identidade
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A apresentação foi marcada por trocas de cenários bem executadas e por um vídeo explicativo que complementou a performance de palco. O formato seguiu o estilo de musical, com destaque para coreografias. A Azul e Branco evidenciou um resgate de identidade, valorizando a cultura, a raiz do samba e a negritude. O encerramento trouxe Tinga interpretando o samba de 2012, sobre Angola.

Salgueiro relembra trajetória de Rosa Magalhães com criatividade
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A escola iniciou sua apresentação com o áudio que simula a fala de Rosa Magalhães: “Todo mundo sabe que sou salgueirense”. A participação de Cacau Protásio trouxe carisma e força à cena. O roteiro percorreu momentos de glória da carnavalesca em diferentes escolas, sempre intercalando sambas marcantes, com destaque para o travalho de Alemão do Cavaco, do intérprete Igor Sorriso e da equipe do carro de som. O encerramento foi feito com os sambas de 1990 e 1991, de desfiles criados por Rosa na própria Academia.

Mangueira leva o público ao Norte do Brasil com apresentação lúdica e musical
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A escola optou por uma abordagem lúdica e musical, iniciada com um vídeo narrando a trajetória da agremiação pelo Norte do Brasil. Coreografias e danças deram ritmo à apresentação. A bateria “Tem que respeitar meu tamborim” trouxe energia, e o intérprete Dowglas Diniz cantou o samba-exaltação. O encerramento ocorreu com samba-enredo e a participação do casal “Furacão”, Matheus e Cintya, arrancando aplausos calorosos.

Portela leva águia para o meio do público
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A apresentação começou com Gilsinho, a equipe do carro de som e a bateria executando o “Ponto de Xangô – Amarra os Inimigos e Dá um Nó”. O casal Marlon e Squel brilhou dançando o samba de 1995. Jerônimo da Portela entrou em cena como o “Príncipe do Bará” e, ao fundo, surgiu a tradicional águia, levando o público ao delírio. O encerramento aconteceu com o símbolo máximo da escola no meio da plateia.

Viradouro emociona ao celebrar mestre Ciça no palco
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A escola apostou na emoção e deu certo. Mestre Ciça, presente no palco, assistiu à apresentação e se comoveu. Um vídeo mostrou sua infância no Estácio, associando sons do cotidiano a instrumentos de bateria. O momento mais marcante foi o encontro do “menino” com Ciça no palco. Em seguida, Wander Pires interpretou sambas de escolas por onde o mestre passou. Casais de várias agremiações participaram, e o encerramento trouxe diversos mestres de bateria no palco, com os ritmistas da “Furacão Vermelho e Branco” no meio do público e o grito de “Pra cima, Ciça”.

Pitty de Menezes brilha em tributo a Ney Matogrosso na Imperatriz
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A apresentação destacou o talento de Pitty de Menezes interpretando canções de Ney Matogrosso. Com domínio de palco e interpretação precisa, o cantor é o grande nome do Grupo Especial. A escola optou por uma viagem musical sem narração explicativa, mas com coreografias e números de dança. O encerramento trouxe o casal Phelipe e Rafaela ao som de “Pro Dia Nascer Feliz”, de Cazuza e Roberto Frejat.

Grande Rio valoriza Manguebeat com figurinos e coreografia marcantes
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A vice-campeã apostou na força musical e coreográfica para valorizar o enredo sobre o Manguebeat. Figurinos elaborados e um efeito cênico com guarda-chuvas marcaram o número com “Da Lama ao Caos”, do Nação Zumbi. Assim como a Imperatriz, não utilizou narração, encerrando a apresentação com o samba de 2024.

Beija-Flor celebra o Bembé e exalta a ancestralidade
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A campeã abriu falando sobre o Bembé, exaltando a festa do povo preto e a ancestralidade, conectando-a à escola e ao maior candomblé de rua do mundo. A performance seguiu com foco em dança e música, incluindo momentos em que integrantes foram suspensos no ar. O intérprete Nino encerrou cantando “Reconvexo”, de Maria Bethânia.

Luto! Morre Arlindo Cruz, ícone do samba

O samba perdeu um de seus maiores mestres. Arlindo Cruz, cantor, compositor e multi-instrumentista que marcou gerações, morreu nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, aos 66 anos. O artista estava internado no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste da cidade. Em março de 2017, Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, após passar mal em casa. Ficou quase um ano e meio hospitalizado e, desde então, convivia com sequelas, enfrentando diversas internações. Longe dos palcos, não voltou a se apresentar profissionalmente.

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Foto: Divulgação

Trajetória de um “sambista perfeito”

Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho se tornou um dos nomes mais reverenciados do samba. Ganhou o apelido de “sambista perfeito”, inspirado em parceria com Nei Lopes, que, décadas depois, daria título à sua biografia lançada em 2024.

A carreira ganhou novo impulso quando Arlindo substituiu Jorge Aragão no grupo Fundo de Quintal, permanecendo por 12 anos. No período, gravou clássicos como Seja Sambista Também, Só Pra Contrariar, Castelo de Cera, O Mapa da Mina e Primeira Dama.

Paralelamente, se consolidou como um dos compositores mais gravados do país. Beth Carvalho eternizou canções como Jiló com Pimenta e A Sete Chaves, enquanto Zeca Pagodinho registrou sucessos como Bagaço de Laranja e Casal Sem Vergonha. Ao todo, Arlindo teve mais de 550 sambas gravados por diferentes intérpretes.

Apaixonado pelo carnaval, Arlindo brilhou nas disputas de samba-enredo, principalmente no Império Serrano, sua escola do coração. Venceu pela primeira vez em 1996, com o enredo E Verás Que Um Filho Teu Não Foge à Luta, e voltou a conquistar a agremiação em 1999, 2001, 2003, 2006 e 2007. Em 2023, foi homenageado como enredo da própria escola.

Em 2008, compôs para a Grande Rio no enredo Do Verde de Coari Vem Meu Gás, Sapucaí! e seguiu conciliando o carnaval com a carreira solo. Lançou DVDs e CDs marcantes, como Arlindo Cruz MTV Ao Vivo (2009), Batuques e Romances (2011) e Batuques do Meu Lugar (2012), com participações de Alcione, Caetano Veloso e Zeca Pagodinho.

Sob a proteção de Ogum e com estreia de Nino e Jéssica, Beija-Flor abre disputa de sambas para o Carnaval 2026

A quadra da Beija-Flor de Nilópolis transbordou emoção na primeira noite de disputa de samba-enredo para o Carnaval 2026. Mais do que o pontapé inicial rumo à Sapucaí, o evento marcou a estreia de Nino do Milênio e Jéssica Martin como intérpretes oficiais da escola, sucedendo Neguinho da Beija-Flor, que se despediu após cinco décadas como voz principal da agremiação nilopolitana. O clima era de expectativa e reverência. Para Jéssica, primeira mulher a assumir o microfone principal da atual campeã do Grupo Especial, o momento foi uma mistura intensa de sentimentos.

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Fotos: Marielli Patrocínio/CARNAVALESCO

“Olha, eu vou te falar, está sendo uma mistura de emoção maravilhosa. Estou muito feliz e realizada por substituir nosso mestre Neguinho e dar continuidade a esse legado. Hoje é a primeira vez que a gente canta para a nossa comunidade. Confesso que meu coração está palpitando, estou tremendo demais, sem saber como vai ser a reação deles, mas espero que seja incrível, lindo, dentro do amor, do respeito e da união que a Beija-Flor traz para a gente”, declarou, emocionada.

Nino do Milênio  destacou a responsabilidade e o orgulho dessa nova fase: “Muito feliz, como a Jéssica disse, é a primeira vez que a gente vai cantar para a comunidade nilopolitana. A gente sabe o tamanho da responsabilidade, sabe o tamanho da emoção e a gente sempre fica emocionado”.

A comunidade acolheu a nova dupla com entusiasmo, reconhecendo não apenas o talento, mas também o simbolismo da renovação. A primeira noite de disputa mostrou que, embora a voz histórica de Neguinho permaneça eternamente ligada à Beija-Flor, Jéssica e Nino já começam a escrever, com entrega, o próximo capítulo dessa história no carnaval carioca.

“Vamos nessa, que Deus nos abençoe. Quero aproveitar para deixar um grande beijo para o nosso mestre, Neguinho da Beija-Flor. A gente nunca esquece dele, está sempre lembrando, principalmente a cada samba que canta”, destacou Nino.

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O palco da apresentação foi montado em frente à imagem de São Jorge, santo guerreiro padroeiro da agremiação, que acompanha a história da Beija-Flor e é reverenciado por sua comunidade. Para Nino, a simbologia não poderia ser maior.

“Hoje a gente vai ter a bênção de Ogum. O samba vai ser em frente ao São Jorge e é isso: que nos abençoe muito, que hoje seja um dia maravilhoso. Boa sorte a todos os compositores. Graças a Deus temos grandes sambas na chave de hoje e na próxima”.

A decisão de posicionar o palco das apresentações das duas primeiras chaves diante do padroeiro da escola foi do diretor de carnaval, Marquinho Marino, que destacou o significado.

“É um fator simbólico para a gente começar no pé de Ogum, até pela força do enredo. Queremos pegar esse axé, essa energia. É o primeiro evento depois do título. A ideia foi buscar essa sintonia da escola, essa energia. Todo mundo que entra na quadra, a primeira coisa que faz é cumprimentar os santos e os orixás. Foi esse simbolismo que quisemos trazer”.

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Com o enredo de 2026 sobre o Bembé do Mercado, o maior candomblé de rua do mundo, que acontece em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, a primeira chave de sambas concorrentes da Beija-Flor contou com as apresentações dos sambas 73, 44, 51, 06, 02 e 39, nessa ordem. O público compareceu em peso e as torcidas estavam bastante animadas. Com uma safra elogiada, Nino comentou:

“A safra está maravilhosa e eu tenho certeza… Eu e Jéssica ficamos despreocupados, porque vamos ter um bom samba para cantar na nossa estreia. O samba é tudo. Se não for 50%, é 80% de um desfile”.

Marino reforçou que o verdadeiro teste de um samba é no chão da quadra: “Meu balanço é muito positivo, mas costumo dizer que é sempre na quadra. O pessoal ouve na internet, já escolhe o campeão, já diz que é estandarte de ouro, antológico… e o samba nem foi cantado na quadra. Principalmente na Beija-Flor, o samba só acontece na voz da comunidade. Temos que botar o povo para cantar, se familiarizar e, automaticamente, escolher o samba”.

Após conquistar o título no último desfile, a equipe musical se reorganiza para sustentar e ampliar o padrão de excelência que marca a agremiação. Marino explicou que a missão vai muito além de afinar vozes: “É um trabalho que começou no dia em que eles foram escolhidos. Já fomos para o estúdio e já fizemos uns 16 ensaios do carro de som. Acho que completou bem o time de vozes e, ouvindo aqui, o público vai entender o que queremos fazer”.

Para Jéssica, o desafio é proporcional ao orgulho e à sintonia com os colegas: “Está sendo um trabalho incrível. Nosso diretor Marino está sendo maravilhoso. Nosso diretor musical, Betinho, também. Está sendo tudo novo para mim, mas incrível. Há muita união e respeito. Tenho fé que, em 2026, vamos entrar com tudo na avenida junto com a nossa maravilhosa Beija-Flor e nossa comunidade”.

Nino completou: “A emoção está sendo diferente das que vivi nas outras escolas que me deram oportunidade. Eu e Jessy vamos dar o nosso melhor e, quem sabe, conquistar um título para consagrar a nossa estreia”.

‘Peso do pavilhão’ e estigma de vir do Acesso são alertas dos sambistas para estreia da Niterói no Grupo Especial no Carnaval 2026

A grande campeã do Grupo de Acesso, Acadêmicos de Niterói, já está se preparando para estrear no Grupo Especial em 2026. A vitória deste ano foi celebrada por torcedores e pela comunidade do Largo da Batalha, que agora terá uma escola na elite do carnaval carioca. Contudo, a novata precisa estar preparada para enfrentar alguns desafios já conhecidos, mesmo que não oficialmente assumidos, como o julgamento pelo “peso do brasão” e o estigma de que toda escola que sobe do Acesso cai no ano seguinte. O CARNAVALESCO ouviu a opinião de torcedores de agremiações consolidadas na elite sobre o assunto.

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Foto: S1 Comunicação

“Primeiramente, acho que tem que mudar isso de a escola que sobe ser a primeira a desfilar, pois, na televisão, esse desfile é transmitido em um horário muito cedo, o que não agrada ao público e deixa a agremiação em desvantagem, pela falta da devida atenção. Outro ponto é que o estigma é muito complicado para qualquer escola que chega à elite, e isso tem se repetido nos últimos anos. Todas as escolas que sobem se colocam no Grupo Especial para o ano seguinte, como, por exemplo, a UPM. A Niterói vem de um exímio carnaval e acredito que fará um excelente desfile no ano que vem, mas é muito difícil que consiga se manter. Para isso, precisa apresentar todos os quesitos impecavelmente”, afirmou o tricolor Leonardo Vieira.

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Tricolor Leonardo Vieira

O portelense Pedro Fontenele concorda com Leonardo: “Ela vai comprar uma briga muito grande, tais quais as que a UPM e o Império Serrano tiveram em 2023, e que, infelizmente, perderam. Sem citar nomes, sugiro que a Liga melhore a forma de julgamento e não tenha medo de rebaixar agremiações famosas. Se o peso da bandeira diminuir, escolas grandes que fazem desfiles ruins podem descer, e escolas menores que fazem desfiles muito bons podem permanecer no Especial”.

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Portelense Pedro Fontenele

Quem compartilha da mesma opinião é a niteroiense Ana Amélia, torcedora da Viradouro, que criticou o favoritismo de algumas veteranas.

“Nos últimos anos, aconteceram muitas injustiças. Tivemos a UPM, que foi muito bem e desceu, mesmo com um desfile bem executado, enquanto vimos escolas intocáveis, que desfilaram mal e não sofreram punições. Vai ser um caminho muito difícil para minha parceira de Niterói. Quero muito que a escola se mantenha, porque temos grandes exemplos, como o meu Viradouro, que subiu e se firmou, ou o Tuiuti, que está aí até hoje. É uma guerra de sangue e brilho, porque todo mundo quer ficar no alto, mas alguém tem que cair. A Liga tem que ser reformulada, com uma nova bancada, que passe a cortar quem realmente está errando. As escolas têm tradição, mas não podem ser intocáveis. Ter história e legado é importante, porque o carnaval é uma cultura de raiz, mas é preciso ter pulso com quem erra — como quando a Imperatriz errou, desceu e subiu de novo porque veio bem e mereceu”, declarou a jovem de 19 anos, que já desfila pela vermelha e branca do coração e pretende expandir sua jornada no carnaval desfilando em mais escolas.

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Niteroiense Ana Amélia, torcedora da Viradouro

Se a Azul e Branca conseguir superar esses obstáculos, pode não apenas se manter no Grupo Especial, mas também fazer história carnaval carioca.

Gestão colaborativa! Liga-SP abre diálogo com sambistas em encontro inédito para melhorar o carnaval

Na última quinta-feira ocorreu o primeiro encontro chamado “Liga de Portas Abertas”. O objetivo do projeto é reunir diversos sambistas que se inscreveram pela internet com o intuito de contribuir para a melhoria do Carnaval de São Paulo. A entidade considera que a visão externa é muito importante para os próximos passos da gestão. A dinâmica foi produtiva, e muitas questões foram debatidas, como segurança, iniciativas para turistas, melhorias no regulamento, critérios de julgamento, uso da Fábrica do Samba, reformas no Anhembi e outros assuntos variados.

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Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Na mesa, estiveram os presidentes Nanão (São Lucas), Carlão (Tom Maior) e Angelina (Rosas de Ouro), além do representante da velha-guarda, mestre Mercadoria, e do presidente da Liga-SP, Renato Remondini. Todos puderam interagir e expor suas visões sobre o futuro do Carnaval, respondendo às perguntas do público presente no auditório.

O CARNAVALESCO ouviu o presidente Tomate, que fez uma análise positiva. De acordo com o gestor, a intenção é escutar os sambistas e trabalhar a partir das críticas e sugestões.

“Eu acho que aqui é a casa do sambista. A Liga vai acertar e errar, mas, sobretudo, primeiro vai ouvir. Vamos fazer isso e respeitar. O princípio desse projeto é realizá-lo mensalmente, ouvir as pessoas, esclarecer as dúvidas, receber as críticas e trabalhar sobre elas para melhorar o processo. Vai ser uma ação contínua, ouvindo o sambista para que ele se sinta respeitado. Cabe a todos nós, por meio de debates, melhorar cada vez mais o processo do Carnaval como um todo”, disse.

Pensamento moderno

O mandatário afirmou ter gostado das perguntas feitas pelos presentes, ressaltando que a Liga-SP já está trabalhando em algumas delas. Tomate também destacou que o objetivo é sempre pensar adiante.

“A ideia é a gente permanecer pelo menos até outubro ou novembro. Devemos ter mais três ou quatro encontros. Acho que as perguntas foram extremamente pertinentes; muitos dos assuntos que eles trouxeram já estavam em andamento. É um processo evolutivo, e nós vamos melhorar e crescer a cada encontro. Todo ano traz novidades e novos desafios, e temos que nos debruçar sobre eles, entendendo que, se a Liga ficar estagnada, nada acontece. Precisamos sempre renovar, melhorar e pensar para frente”, declarou.

Gestão colaborativa

Sobre o principal desafio desde o início de seu mandato, Renato Remondini afirmou estar alcançando uma maior união entre presidentes e agremiações.

“Um desafio que estamos conseguindo superar é unir os presidentes e as escolas. Fazer com que todos se sintam participantes desse processo de gestão colaborativa. Acho que isso está acontecendo”, completou.

Talento e orgulho no comando da Furiosa! Guilherme e Gustavo miram perfeição e inspiração nos carnavais de Rosa Magalhães

Os mestres de bateria do Salgueiro, Guilherme e Gustavo, estão animados com mais uma preparação para o próximo carnaval, quando o Torrão Amado levará os carnavais de Rosa Magalhães para a Sapucaí com o enredo “A delirante jornada carnavalesca da professora que não tinha medo de bruxa, de bacalhau e nem do pirata da perna-de-pau”, do carnavalesco Jorge Silveira. No último sábado, o CARNAVALESCO conversou com a dupla sobre a preparação para 2026, as expectativas para a “Furiosa”, o trabalho em conjunto com a área musical da escola e a análise sobre o último desfile.

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Mestres Guilherme e Gustavo. Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

No Carnaval 2025, a “Furiosa” conquistou os 40 pontos na apuração da Quarta-Feira de Cinzas, mesmo com o Salgueiro fora do desfile das campeãs. Mestre Gustavo classificou o desempenho da bateria como impecável, destacando que a última temporada foi mais longa que o habitual. Já mestre Guilherme ressaltou a excelência do samba e do enredo, além da superação de qualquer dificuldade pós-carnaval para iniciar a preparação rumo a 2026.

“A gente esperava chegar um pouco mais à frente, voltar no sábado das campeãs, mas infelizmente não aconteceu. Fizemos um belíssimo carnaval, a bateria Furiosa veio impecável como sempre. Foi uma temporada um pouco mais longa, mas conseguimos levar de forma tranquila, leve, familiar, como é o nosso estilo aqui com a galera. E, assim, chegamos no Carnaval e alcançamos um resultado positivo”, comentou mestre Gustavo.

“Estávamos com um samba muito bom, o enredo também, e graças a Deus a gente chegou aos 40 pontos com a bateria Furiosa mais uma vez. Infelizmente, ficamos numa posição não muito boa com a escola. Agora é melhorar os pontos em que erramos para alcançar nosso objetivo, que é ser campeão”, completou mestre Guilherme.

A sintonia com o carro de som do Salgueiro também foi destacada. Os mestres ressaltaram a boa convivência com o intérprete Igor Sorriso e o diretor musical Alemão do Cavaco. Gustavo lembrou que a amizade com Igor vem desde os tempos de Aprendizes do Salgueiro, escola mirim da Academia. Para Guilherme, a harmonia entre todos é fundamental para o trabalho musical.

“O Igor é um amigo de longa data, foi do Aprendizes com a gente. É um dos melhores intérpretes do carnaval brasileiro. O Alemão é competente, íntegro, um ótimo maestro. É muito fácil trabalhar com eles”, disse Gustavo.

“Com o Alemão, estamos sempre em contato. Temos um grupo onde tratamos de todos os trabalhos do Salgueiro, e isso facilita muito. O Igor a gente já conhece há muito tempo, e essa proximidade é muito boa para nós. A gente só vai estar bem se eles estiverem bem também. Essa união é o principal do nosso trabalho”, afirmou Guilherme.

A dupla também falou sobre a evolução da Furiosa, que se torna cada vez mais “raiz”, com a presença crescente de ritmistas vindos do Aprendizes, assim como eles próprios.

“Eu gosto muito de ver o processo desde o início dos ensaios, trazendo a molecada da Aprendizes, da comunidade do Salgueiro, da Silva Telles, do Andaraí e de áreas próximas. Não é apenas questão de rítmica, mas de ter uma bateria 100% salgueirense. Quando chegamos no primeiro boxe e toca o samba-exaltação, vemos o ritmista chorando, se emocionando e tocando com o maior prazer e amor pela escola”, afirmou Gustavo.

Guilherme reforçou a importância da renovação entre um carnaval e outro, quando alguns ritmistas saem por motivos pessoais e outros chegam para ocupar as vagas.

“Esse é o momento de entender quem não vai continuar e começar a inserir novos ritmistas. Gostamos de trazer integrantes da escola mirim, da oficina que temos às segundas-feiras, e também pessoas de outras escolas. A cada ano a Furiosa se transforma, trabalhando coisas novas. A mente fica aguçada, vamos criando, estudando, aprendendo e trazendo tudo isso para o nosso trabalho na bateria”.

Por fim, os mestres comentaram as expectativas para o enredo sobre Rosa Magalhães. Eles já iniciaram conversas com Jorge Silveira e buscam referências para criar uma identidade musical inspirada nos carnavais da “professora”.

“Estávamos conversando sobre como esse enredo poderia nos oferecer material musical para abordar os temas propostos. Não é um enredo biográfico, mas sim que conta a carreira da Rosa. É um enredo que vai emocionar todo o mundo do carnaval, que é fã dela”, disse Gustavo.

“Algumas coisas são surpresa, mas estamos alinhando com o Jorge como o enredo vai se desenvolver. Ele vai abrir a ‘biblioteca da Rosa’ para mostrar toda a carreira dela. Pensamos em abrir também a ‘biblioteca da Furiosa’, resgatando carnavais antigos que ela desenvolveu, seja no Salgueiro ou em outras escolas. Assim, poderemos fazer homenagens a momentos marcantes que ela criou. Estamos em fase de pesquisa”, concluiu Guilherme.

Após ser anunciada como rainha de bateria do Jacarezinho, Karen Lopes segue como musa da Grande Rio no Carnaval de 2026

Karen Lopes está prestes a viver um dos momentos mais marcantes de sua trajetória no Carnaval. Após ser anunciada como rainha de bateria da Unidos do Jacarezinho para o Carnaval de 2026, a apresentadora e empresária também confirmou que segue como musa da Grande Rio, posição que ocupa com destaque há 9 anos na Marquês de Sapucaí. Em meio aos preparativos para sua coroação oficial no Jacarezinho, que promete ser um evento luxuoso, repleto de glamour e com atrações especiais que serão anunciadas em breve. Karen celebra com entusiasmo essa jornada dupla.

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Foto: Léo Cordeiro/Divulgação

“Estou imensamente feliz por continuar sendo parte da Grande Rio, uma escola que carrego no coração, e agora também assumir esse novo desafio e honra como Rainha da Unidos do Jacarezinho. Só gratidão aos presidentes e às comunidades por tanta confiança. É novo, é intenso, mas eu prometo entregar tudo que esse momento merece”, declara.

Aos 47 anos, Karen Lopes ocupa com orgulho dois dos postos mais cobiçados do carnaval carioca. Com carisma, elegância e força, ela rompe padrões e se consolida como uma grande referência feminina na folia, incentivando outras mulheres a se reconhecerem em seus próprios potenciais. “Quero mostrar que não existe idade para ser o que quiser. A beleza está na atitude, no respeito à trajetória e no amor pelo que se faz”, afirma.

Além do brilho na avenida, Karen também se destaca como apresentadora, influenciadora e empresária, sempre alinhando seu protagonismo com mensagens de empoderamento, autenticidade e propósito.

Imperatriz Leopoldinense realiza primeira eliminatória de samba para o Carnaval 2026

Terceira colocada no último Carnaval, a Imperatriz Leopoldinense realiza, excepcionalmente, neste sábado, sua primeira eliminatória da disputa de samba-enredo para 2026. Com 30 sambas na disputa, os portões da quadra da Rainha de Ramos abrirão às 13h, com entrada gratuita para todo público. Além das obras, o evento contará com a participação do Pagode do mestre Lolo e com os tradicionais quitutes do famoso Bar da Portuguesa.

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“Na última semana, tivemos a apresentação oficial dos sambas, mas agora é disputa pra valer. Um momento muito importante para a escola, e de grande responsabilidade. Então, fica aqui o meu convite para que toda a comunidade esteja com a gente nesse ponto de partida tão significativo, rumo a mais um vitorioso e camaleônico Carnaval”, afirma a presidente da Imperatriz, Cátia Drumond.

Confira a ordem de apresentação deste sábado:
Samba 1: Juruna e Parceria;
Samba 2: Waltinho Xavier e Parceria;
Samba 3: Nino Smith e Parceria;
Samba 4: Henrique César e Parceria;
Samba 5: Hélio Porto e Parceria;
Samba 6: Renan Gêmeo e Parceria;
Samba 7: Me Leva e Parceria;
Samba 8: Marquinho Lessa e Parceria;
Samba 9: Josimar e Parceria;
Samba 10: Jeferson Lima e Parceria;
Samba 11: Caio Sett e Parceria;
Samba 12: Luizinho das Camisas e Parceria;
Samba 13: Gabriel Coelho e Parceria;
Samba 14: Toni Bach e Parceria;
Samba 15: Ricardo Goes e Parceria;
Samba 16: Eduardo Medrado e Parceria;
Samba 17: Zé Mauro e Parceria;
Samba 18: Becca Lopes e Parceria;
Samba 19: Cláudio Ravel e Parceria;
Samba 20: Drummond e Parceria;
Samba 21: Roberto Dória e Parceria;
Samba 22: Ricardo Ferreira e Parceria;
Samba 23: Ari Nunes e Parceria;
Samba 24: Ian Ruas e Parceria;
Samba 25: Jurandir e Parceria;
Samba 26: Robert Farrow e Parceria;
Samba 27: Tião das Kombis e Parceria;
Samba 28: Katia Rodrigues e Parceria;
Samba 29: Bruno Faria e Parceria;
Samba 30: Taroba e Parceria;

As próximas fases eliminatórias, todas na quadra de ensaios, acontecem nas próximas sextas de agosto. A semifinal foi programada para o dia 06 de setembro, em feijoada. Já a grande final está marcada para o dia 19 de setembro.

Em 2026, a Imperatriz Leopoldinense será a segunda escola a desfilar no domingo de Carnaval, dia 15/02. A agremiação busca seu 10º campeonato com o enredo “Camaleônico”, em homenagem à obra e performance do cantor Ney Matogrosso. O enredo é de autoria do carnavalesco Leandro Vieira, que vai para o seu 4º desfile consecutivo na verde, branco e dourado.

Serviço: Eliminatórias de Samba da Imperatriz
Data: 09.08 (sábado)
Local: Rua Professor Lacé, 235, Ramos – Quadra de Ensaios LPD
Horário: a partir das 13h
Entrada: gratuita
Camarotes à venda pelo telefone: (21)98317-6137

Ingride Banzo segue como madrinha da União da Ilha no Carnaval 2026

A história de amor entre Ingride Banzo e a União da Ilha do Governador ganhou mais um capítulo emocionante. Radicada nos Estados Unidos, onde dá aulas de samba no pé e dança afro-brasileira, a artista confirmou que desfilará pelo quarto ano consecutivo como madrinha da escola no Carnaval 2026. Famosa por incorporar a capoeira em suas apresentações de samba, Ingride destacou a relação de afeto e respeito construída com a agremiação insulana desde sua chegada, há três anos.

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ingrid ilha
Foto: Divulgação

 

“Eu realmente me apaixonei pela União da Ilha. Ali eu me sinto acolhida por todos, desde a presidência até a comunidade. Ao longo desses quatro anos, fomos construindo uma relação de muito respeito, especialmente pelo trabalho que desenvolvo com todo carinho durante todos os meses que antecedem o carnaval. Para mim é um orgulho seguir como madrinha da escola”, afirmou.

A artista desembarcou no Brasil na última semana para prestigiar a coroação de Gracyanne Barbosa, que retorna ao posto de rainha de bateria da escola. Ingride, que também coordena a ala internacional da Ilha, composta por cerca de 40 alunas de diversas nacionalidades, aproveita o período no Rio para se dedicar a compromissos com a agremiação e a um novo projeto audiovisual, que será lançado em breve.

Entusiasmada com o próximo desfile, ela rasgou elogios ao carnavalesco Marcus Ferreira, responsável pelo enredo de 2026, e exaltou a conexão de Gracyanne com a comunidade.

“Sobre o enredo, eu acho o Marcus incrível e as ideias dele sempre são muito vanguardistas. Eu fico imaginando figurinos para apresentações como o ensaio técnico e o minidesfile. Inclusive, brinco dizendo que não moro nem no Brasil e nem em Atlanta, e sim dentro do avião quando chega o segundo semestre. Já sobre a Gracyanne, ela é muito mais do que eu imaginava, uma pessoa muito conectada com a comunidade. Quem estava na quadra viu que a escola está feliz em tê-la como rainha”, declarou.

Ingride Banzo retorna aos Estados Unidos no próximo dia 12, levando na bagagem a energia da quadra da Ilha e a expectativa por mais um carnaval de emoção e pertencimento.