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Com super-heroína na comissão de frente, Imperador do Ipiranga faz ensaio técnico no Anhembi

Único evento da escola na passarela antes do desfile oficial foi marcado por boa exibição de muitos quesitos e alguns poucos pontos de atenção para a agremiação

Por Will Ferreira e fotos de Fábio Martins

O feriado que marca o aniversário da cidade de São Paulo teve ensaio técnico da escola que de samba que representa o bairro em que nasceu o Brasil independente. Nesta quinta-feira, a Imperador do Ipiranga pisou no Anhembi para fazer a única apresentação antes do desfile oficial do enredo “Desperte a Criança que Há Dentro de Você”, idealizado pelo carnavalesco Ivan Pereira. A agremiação será a nona escola a desfilar no Grupo de Acesso II – em 03 de janeiro. Apresentando a agremiação, a comissão de frente se destacou entre os quesitos.

Comissão de frente

Com um pequeno tripé, que veio para o ensaio técnico inteiro no ferro e aparentava algo próximo de uma gaiola, os componentes executavam duas coreografias distintas. Em uma delas, o protagonista era um adulto, que interagia com outros bailarinos; quando ele saía de cena, era a vez de uma criança aparecer. Chamou atenção, além do sincronismo entre todos, o momento em que a garotinha recebia um pavilhão da escola e era erguida ao colocar a bandeira da agremiação nas costas, tal qual uma super-heroína.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Com a típica garoa paulistana, Vitor Barbosa e Naiomy Pires tiveram uma exitosa epopeia no Anhembi. Enfrentando uma passarela úmida, em cada módulo o casal passou por uma sensação diferente. Com total sincronia e com o mestre-sala sambando bastante, o primeiro módulo foi superado; no segundo, a dupla começou a preparar a apresentação já no final do recuo da bateria, em local bem à frente do que a maioria dos casais estão fazendo no novo formato do Anhembi; tal qual no anterior, a terceira cabine teve muito vento (logo, muita dificuldade para a porta-bandeira), desafio superado por Naiomy; e, no quarto, ela fez sinal perguntando em qual lado o módulo estava posicionado. Em todos eles, giros bastante rápidos e boa execução dos movimentos propostos.

Samba-enredo

A temática do desfile de 2024 é muito semelhante a uma famosa apresentação da agremiação – em 2001, a Imperador do Ipiranga focou a exibição, sobretudo na relação das crianças com os brinquedos em geral. Parecia ter sido a deixa: a canção foi muito bem recebida pelos componentes – que, em sua maioria, cantava em bom som a canção. O carro de som, comandado por Rodrigo Atração, colaborou bastante com a boa execução do samba, focando na interpretação do mesmo e sem muitos cacos.

Harmonia

No começo do ensaio, tal quesito parecia ser o grande Calcanhar de Aquiles da agremiação. Sem setores que cantam com veemência e sem alas na cabeça da escola (no jargão carnavalesco, o início da instituição), até o abre-alas, o canto era bastante baixo. Ao ultrapassar o primeiro carro alegórico, o cenário mudava completamente. Absolutamente todas as alas passaram a cantar em ótimo volume, abrilhantando ainda mais o ensaio técnico. Se fica o alerta para os primeiros representantes da agremiação, também é necessário elogiar a ótima resposta de boa parte dos demais – a ala à frente do terceira casal de mestre-sala e porta-bandeiro foi o destaque negativo, com canto em volume mais baixo.

Evolução

Durante toda a apresentação, o grande espaço entre a comissão de frente e o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira intrigou – ele, por vezes, dimunuía, mas sempre existia. Entre a Arquibancada Monumental e o Setor C, a distância entre os dois setores era equivalente ao camarote que os separa. Também vale destacar o recuo da Só Quem É, bateria da agremiação. Comandada por Mestre Thiago Praxedes, ela avançou até ocupar completamente o espaço da passarela à frente do box, aguardou todos os ritmistas virarem o corpo para a esquerda e, de costas, todos recuaram. Até a Ala das Baianas, que vinha na sequência, ocupar o espaço à frente, o movimento completo durou cerca de 120 segundos. A instituição da Zona Sul fechou a apresentação em 53 minutos – dentro do limite de 55 do Grupo de Acesso II.

Outros destaques

Perto de outras coirmãs, a Só Quem É voltou “cedo” para a pista, antes de um carro alegórico e duas alas. Dentre os ritmistas, é importante destacar um que tocava prato – instrumento cada vez mais raro no carnaval paulistano. A corte da bateria contou com três destaques: Kananda Santos (rainha), Jéssica Bueno (madrinha), Sarah Cristina Pereira Azevedo (miss simpatia) e Victorya Menezes (princesa). Por fim, a instituição dedicou o ensaio técnico a dois baluartes da agremiação que morreram recentemente: Eliane Tejeda e David Poeta.

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