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Camisa 12 encerra apresentações no Bicentenário com Rainha chamando o público para sambar

Era dia de final da Copa do Mundo, a França empatava a partida na reta final, enquanto a Camisa 12 se preparava para sua apresentação no domingo (18). Os pênaltis aconteciam no Qatar, na Fábrica do Samba, e a Camisa 12 mostrava sua força na Fábrica do Samba. Uma das diretoras de harmonia da escola, Ligia Negreiros, foi a responsável por organizar a comunidade e falou sobre o evento.

“É muito interessante. O carnaval é resistência, é cultura, então toda oportunidade que a gente tem de mostrar nossa escola, nossa comunidade, é importante. Trazer essa oportunidade de visitar uma exposição”.

Outro panorama foi do diretor de carnaval da Camisa 12, Demis Roberto, que aprovou o espaço: “Gostei da exposição, quando estava montando já tinha vindo aqui dar uma olhada. E agora montada é a primeira vez que venho, gostei muito do espaço da apresentação, acho legal a gente poder utilizar esse barracão, o espaço na Fábrica do Samba. Inclusive para outros eventos que tenham muito mais apresentações, pois aqui é um espaço de cultura, que precisa estar liberado para o povo. A gente fica muito feliz quando as pessoas vem aqui na Fábrica, pois perdemos o contato, o carnaval perdeu um pouco do contato com o povo. E tendo esse espaço para que a população, o público em geral, escolas de samba, blocos carnavalescos, todo mundo, toda população possa vir conhecer os trabalhos das escolas de samba é muito importante”.

A apresentação foi interativa com o público

A Camisa 12 fechou as apresentações no evento da exposição do Bicentenário e foi em ritmo de uma grande festa, a escola fez uma montagem diferente, fora do espaço da apresentação, os setores iam entrando um a um de acordo com o que os intérpretes Tim Cardoso e Benson cantavam. Primeiro casal, depois comissão de frente, baianas, por fim musas e passistas. Lígia comentou o desafio para a harmonia de trazer os setores da escola para o evento.

“Achei que fosse mais difícil, mas a comunidade abraçou a ideia, explicamos a importância, todos passaram pela exposição, foram curiosos e empolgados também em fazer esse esquenta para o grande dia que é o nosso desfile”.

A comissão de frente comandada por Yáskara Manzini, que esteve presente, fez seu show à parte no espaço. Assim como o grupo de passistas e musas que despertou atenção de todos os presentes pelo samba no pé e simpatia. Mas o principal destaque ficou com a rainha Tatá Soares que interagia com o público presente, cada hora em um grupo chamando para dançar, levando até mesmo pessoas que se destacavam no samba para o meio da bateria.

Um momento legal foi com membros do Gaviões da Fiel indo até o espaço da exposição e fizeram reverência ao casal presente da Camisa 12.

Para 2023

A Camisa 12 perdeu décimos cruciais por terminar o desfile depois do tempo permitido, para 2023 vai cantar: “Da inclusão à superação. Todos somos iguais. Sou um Campeão”, e vai usar o aprendizado para buscar o tão sonhado acesso ao Grupo de Acesso I. A diretoria Ligia Negreiros relembrou o erro no último desfile, mas como aprendizado.

“Chegamos com esse aprendizado, mas focando no projeto de 2023, mas para acertar. Estamos vindo para ganhar, então é importante olhar para trás, mas olhar para frente”.

Já Demis Roberto explicou o contexto do enredo que chama atenção: “Estamos com o desenvolvimento de enredo diferente do que vínhamos falando nos últimos anos. A ideia é falar da inclusão em diversos aspectos, estamos falando de nordestinos que a gente sabe que é um povo que precisa de inclusão, estamos falando de xenofobia, dos paraolímpicos que são os maiores ganhadores de medalhas nas Olimpíadas do Brasil, sempre o nosso esporte paraolímpico, está ganhando muitas medalhas para o país. E nem sempre tem o reconhecimento necessário. Então nossa ideia é falar desse país que é tão diverso, plural, e que muitas vezes esquece da inclusão das pessoas, sabemos que tem calçadas que não são inclusas, temos a maioria das escolas de samba que não tem inclusão em sua quadra. É difícil um cadeirante ter acesso, um cego ter acesso, e em alguns momentos da história do país, a gente sabe, estamos vivendo um momento esquisito do país que é um momento de preconceito”.

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