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Unidos de Padre Miguel recria a chegada dos negros no Cais do Valongo em abre-alas de impacto

A trajetória da capoeira foi o tema do enredo da Unidos de Padre Miguel em 2020. A agremiação, quinta a entrar na Avenida na segunda noite de desfiles das escolas da Série A, mostrou toda a força histórica do esporte de raízes africanas que é praticado por todo o Brasil e reconhecido por todo o mundo. Seu abre-alas representou a chegada dos escravos no país, em uma alegoria impactante e de muitos significados.

Dois carros acoplados retrataram uma mescla entre um navio negreiro e os arredores do Cais do Valongo, local onde os negros desembarcavam depois da viagem realizada em condições desumanas. Na frente do Abre-Alas estava a proa da embarcação, em tons dourados e com detalhes em vermelho. Nas laterais, alusões aos muros de pedra pertencentes ao cais, com componentes vestidos como comerciantes locais.

“Nós estamos representando as doceiras e os vendedores. Adorei a alegoria e a minha fantasia, toda a coordenação da escola é maravilhosa”, afirmou a componente Maria da Glória, de 50 anos.

No meio do carro uma coroa, símbolo do império conivente com a escravidão, transformou-se em uma prisão de sangue, com componentes pintados dos pés a cabeça de vermelho para retratar o martírio dos negros que foram forçados a deixar suas raízes para serem vendidos como mercadoria. Rodrigo Balbino, de 28 anos, foi um dos participantes dessa representação.

“Nosso ato significa a dor e o sofrimento passado pelos escravos nesses barcos. O carro está esplêndido, assim como todo o enredo!”, afirmou.

A parte final da alegoria foi toda elaborada em tons de marrom, com detalhes de imagens de tribais africanos em vermelho, preto e branco. Nas laterais, peças douradas que retratavam a popa da embarcação, que combinava com a proa do início do carro.

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