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Unidos da Ponte erra em evolução em ensaio técnico com destaque positivo para casal de mestre-sala e porta-bandeira

A Unidos da Ponte foi a terceira escola a pisar na Sapucaí no último sábado, segundo dia de ensaios técnicos da Liga-RJ. A agremiação de São João de Meriti cometeu alguns erros de evolução que prejudicaram o conjunto do ensaio, ao menos três buracos foram observados na altura do primeiro módulo de julgamento. O destaque positivo foi o desempenho do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Emanuel Lima e Thainara Mathias. O treino oficial da agremiação teve duração de cerca de 43 minutos. Com o enredo “Liberte nosso sagrado: o legado ancestral de Mãe meninazinha de Oxum” que está sendo desenvolvido pelos carnavalescos Rodrigo Marques e Guilherme Diniz, a azul e branca de São João de Meriti quer passar uma mensagem de respeito e ir contra a intolerância religiosa neste carnaval. * VEJA AQUI FOTOS DO ENSAIO

“Nós fizemos poucos ensaios, apenas um ensaio na nossa avenida lá em São João de Meriti. Nosso canto vai ser mais intensificado, isso aí temos que melhorar e com certeza no carnaval vamos vir berrando o nosso samba”, disse o diretor Mauro Tito.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Emanuel Lima e Thainara Mathias, foram o destaque positivo da escola no ensaio desta noite, ambos demonstraram muita sintonia e entrega, a dança deles foi firme, os giros tiveram muita precisão e a sincronia dos dois foi nítida. Thainara manteve sempre o pavilhão bem esticado e Emanuel encantou pelos passos bem marcados, os dois estavam com uma dourada, com destaque para o vestido da porta-bandeira, apesar de jovens e do pouco tempo juntos, eles demonstraram ter muita confiança um no outro.

Fotos: Nelson Malfacini/Site CARNAVALESCO

“Desde que pisei estava uma energia muito gostosa, todas as pessoas que vieram do nosso lado adicionaram essa energia, a gente veio brincando, foi muito gostoso. Sempre tem o que melhorar, a gente conseguiu ver o posicionamento na primeira cabine de jurados e não foi como a gente desejava, mas foi a única coisa nesse momento que sentimos, depois vamos ver os vídeos para ver outros defeitos, porque a gente nunca acha que está bom sempre vemos defeitos e é isso mesmo a gente sempre tem que querer melhorar, não pode ficar na zona de conforto”, disse a porta-bandeira.

“Uma energia muito boa. Esse aqui é o verdadeiro termômetro para o desfile e a gente ficou muito feliz com o resultado”, completou o mestre-sala.

Comissão de Frente

A comissão liderada pela coreógrafa Alessandra Oliveira se apresentou apenas com mulheres no elenco, todas elas com saias brancas e pintura corporal. A correta atraiu olhares do público presente e gerou uma boa expectativa para o desfile oficial.

Evolução

A escola meritiense enfrentou grandes problemas nesse quesito e vai precisar dar uma grande atenção para que os erros observados não ocorram no desfile oficial. Ao menos 3 grandes buracos foram abertos ao longo do ensaio, o que gerou apreensão e certo nervosismo por parte dos diretores da escola. No ínicio do ensaio houve um grande espaço entre a musa e o elemento que simbolizava o carros abre-alas, logo depois, durante a saída da bateria do primeiro recuo de bateria, os componentes seguiram e mais um grande espaço se formou, nem mesmo a ala de passistas conseguiu contornar a situação, após esses imprevistos, não foi observados novos buracos, porém, a evolução se manteve inconstante, algumas alas não conseguiam se manter alinhadas e alguns clarões surgiram. No final, um fato curioso, a bateria não entrou no segundo recuo e o ensaio da escola terminou com 43 minutos.

Samba-Enredo

O samba dos compositores Junior Fionda, Tião Pinheiro, Tem-tem Jr, Marcelo Adnet, Léo Freire, Marcelinho Santos, Carlos Kind, Bruno Castro e Vitor Hugo tem sido bastante elogiado nesse pré-carnaval, porém, foi observado muitos componentes passando sem cantar o samba, vale destacar a parte “Que Oxossi atire a flecha e atinja os corações… Pra que haja mais respeito entre as religiões”, versos que antecedem o refrão principal. Fazendo sua estreia no carnaval carioca, o intérprete Kleber Simpatia conduziu bem o carro de som da escola, o cantor atualmente também é intérprete oficial da Novo Império e demonstrou bastante sintonia com a bateria do mestre Branco Ribeiro.

Harmonia

Apesar do bom desempenho do carro de som, a harmonia foi um outro quesito com alguns problemas para a escola, apesar do bom samba, o canto da escola se manteve irregular durante todo o ensaio, a maioria dos componentes cantava apenas os refrões, o que levantou a dúvida de que muitos não conheciam o samba por completo. As alas com melhor desempenho foram que estavam próximas a bateria.

“Para mim foi um ótimo ensaio. Da minha parte, da bateria e da energia proposta para ser colocada, foi maravilhoso. A escola passou cantando. Agora, sempre tem um detalhe para ser corrigido, e aqui é o lugar para ensaiar. Às vezes, o pessoal acha que é desfile, e não é. Aqui é o momento de acertar, corrigir alguns erros. Creio eu que a minha escola fez exatamente isso aqui”, disse o intérprete Kléber Simpatia.

Outros Destaques

A bateria do mestre Branco Ribeiro realizou bossas que mexeram com o público, em uma delas, os ritmistas faziam uma coreografia arrojada onde trocavam de posição, nesse momento, o público presente nas frisas e arquibancadas aplaudiam muito.

“Ensaio é tentativa, é erro. A gente veio proposto a isso mesmo: testar as nossas ideias, testar o nosso projeto e ver o que realmente podemos investir, já que a temporada para nós é mais curta até o carnaval. No meu ponto de vista a gente ainda tem que melhorar um pouco a questão da limpeza dos arranjos que estão sendo executados, muito pela questão da bateria da Unidos da Ponte não ter uma bateria base, de ter componentes que fazem parte de outras agremiações. É um trabalho de tijolinho em tijolinho, mas a gente aos poucos vai tentar agregar e tentar limpar para chegar da melhor forma possível. Nós temos que trabalhar dentro da questão do samba enredo. Nós trouxemos uma paradinha que é o ‘Alujá’ no refrão do meio, que faz uma referência a questão afro do enredo. E mais duas paradinhas: uma na cabeça do samba que é um pouco mais ousada, e uma na parte de baixo que está mais ligada a melodia e a métrica do samba”, comentou o mestre, que levará 220 ritmistas para Avenida e revelou ser opção da escola não entrar no recuo.

Colaboraram Augusto Werneck, Cristiano Martins e Raphael Lacerda

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