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União do Parque Acari homenageia Ilê Aiyê

Bloco afro mais antigo do país é homenageado na Série Ouro do Carnaval Carioca

O famoso bloco baiano Ilê Aiyê, pioneiro como o primeiro bloco afro do Brasil e símbolo de resistência cultural, comemora este ano seu jubileu de ouro. O bloco foi homenageado no carnaval do Rio, pela escola União do Parque Acari, na Série Ouro do desfile carioca.

Marcando a estreia da União do Parque Acari na Série Ouro, o enredo, desenvolvido pelo carnavalesco André Tabuquine, promete destacar a importância e o legado do Ilê Aiyê na história do carnaval brasileiro.

Ivanete Borges, aos 76 anos e componente da velha guarda da escola, comentou emocionada sobre a conquista que é ver a agremiação chegar na segunda divisão. “É um grande prazer, porque a gente estava esperando isso há muito tempo. Hoje nós conseguimos, e vamos continuar aqui, com este enredo que fala sobre religiosidade e ancestralidade”, declarou.

Completando 50 anos de história, o Ilê Aiyê é originário do bairro da Liberdade, hoje conhecido como Curuzu, o bloco transcendeu fronteiras geográficas e sociais, propagando uma mensagem de valorização da identidade negra e das raízes africanas da cultura brasileira.

“É muito legal essa conexão do Rio com a Bahia e celebrar um momento cultural, histórico e político da formação do primeiro bloco afro no Brasil, que mostra sua força, persistência e vínculo com a tradição cultural do povo brasileiro, seja na Bahia, seja no Brasil ou no Rio de Janeiro. Vamos fazer uma festa neste carnaval”, disse Prado Neto, de 63 anos, desfilando pela primeira vez na União do Parque Acari.

Os componentes da escola, reconhecem a importância de homenagear o bloco. Mas também, sonham com o lugar no Grupo Especial. Úrsula Martins tem 43 anos é advogada, ela comentou sobre a emoção de estar desfilando pela escola, que é apaixonada há mais de 10 anos.

“É muito importante estar aqui com essa escola, ainda mais que ela subiu agora. Dar esse apoio é muito importante. E é importante também destacar que a gente faz, a gente quer, no final, todo mundo tem que ser feliz. A gente não quer que ninguém desce”, afirmou Úrsula.

Os componentes também se encontram no enredo. Suelen Michael, de 34 anos e assistente de administração, comentou como acha a ancestralidade e se sente representada como enquanto mulher negra.

“O bloco representa muito para as mulheres, ressalta a beleza negra. Eu acho que é mais do que justo fazer essa homenagem. E eu estou muito feliz por estar aqui participando, falando de ancestralidade, dos nossos orixás. É a minha própria história, como uma mulher negra, com o legado da minha família, representando esse bloco tão lindo”, disse emocionada.

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