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Sobre a regência de Léo Capoeira e Tinguinha, Em Cima da Hora grava samba com a cara da escola para o álbum da Liga-RJ

Conhecida pela sua irreverência e pela sua predisposição a desenvolver temas populares em seus carnavais, a Azul e Branca de Cavalcante vai levar para a Marquês de Sapucaí no ano que vem o enredo “A Nossa Luta Continua!”. Será uma ode ao trabalhismo no Brasil, contra a precarização do trabalho, reafirmando a luta da classe operária. O samba desenvolvido através de encomenda faz juz a algumas obras que a agremiação já levou para a Avenida como no carnaval de 1984, reeditado recentemente em 2022, com o icónico refrão “Não é tão mole andar de pingente no trem”, ou o mais famoso de todos “os sertões” de 1976 com o “os jagunços lutaram até o final defendendo Canudos naquela guerra fatal”. Agora, espera-se que o “Não é mole não, não é mole não, desfilar a fantasia, ver brilhar meu barracão” faça o mesmo sucesso e possa render à Em Cima Da Hora uma colocação melhor que os dois 13º lugar que a agremiação conseguiu em dois desfiles na Série Ouro, desde o retorno a Marquês de Sapucaí. Para isto, o protagonismo está com dois talentos do carnaval carioca e que já vem brilhando no Grupo de Acesso: mestre Léo Capoeira e o intérprete Rafael Tinguinha.

Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

Pela primeira vez em voo solo, após dividir o microfone com Lucas Donato, na Lins Imperial nos dois últimos carnavais, com o rebaixamento da escola, Tinguinha recebeu o convite para comandar o carro de som da Em Cima Da Hora. O intérprete, durante as gravações do álbum da Liga RJ, se disse muito feliz pelo carinho que recebeu de componentes, diretoria e comunidade.

“A recepção foi maravilhosa, a melhor possível. Estou muito feliz de ter recebido esse convite da Em Cima Da Hora, uma escola forte, uma escola de nome, e toda a escola me recebeu muito bem, os segmentos, a comunidade, a apresentação no dia 15 com o lançamento do samba foi ótima, me ajudou a ficar ainda mais por dentro de tudo que está acontecendo em relação ao termômetro da escola, em relação a mim, e fazendo essa troca com a comunidade, que eu já agradeço, a todo mundo de Cavalcante por ter me abraçado, tanto fisicamente, quanto na internet desde o anúncio pela escola”, conta o cantor.

O jovem cantor tem em seu DNA a veia sambista trazida do espetacular Tinga, ao qual inclusive usa o apelido e fez adaptação ao “Solta o Bicho” do pai, com o grito de guerra com “O bicho tá solto”. Se obviamente, Tinguinha tem em quem se espelhar em casa, o intérprete já dá seus passos sozinho, mostrando sua personalidade, não só por estar sozinho dessa vez comandando o microfone de uma escola tradicional como a Em Cima da Hora, mas pela sua participação em disputas de samba com diversas parcerias, nem sempre no grupo de Tinga. Gravando rapidamente e com muita qualidade musical, Tinguinha contou à reportagem do site CARNAVALESCO que não tem muito mistério em seus cuidados com a voz, o descanso é o grande segredo.

“Eu faço aula de canto e acho que não tem muito mistério não, descansar é o principal, dormir bastante para poder estar com a voz limpinha e poder fazer o melhor, tacar o couro no samba(risos)”, explica Tinguinha.

Sobre o samba desenvolvido para o carnaval 2024, o cantor tem boa expectativa para o desfile. O obra tem a cara da escola como citado acima e quem ouvir a faixa oficial da LIga Rj vai poder perceber que a composição ganhou bastante destaque e potência na voz do cantor.

“O mundo do carnaval pode esperar um verdadeiro ‘sambão’, e a força que o samba está, ele tem umas passagens de destaque melódicas, é muito melodioso, é muito bonito, mas ao mesmo tempo ele mostra uma força que impressiona, vocês podem esperar um grande trabalho na nossa gravação, vamos levar para a Sapucaí um grande samba. Podem esperar um ‘desfilão’, e conta com a presença de todo mundo, vamos agregar a comunidade para cair dentro com a gente nos ensaios, tenho certeza que vamos fazer um grande desfile”, promete Rafael Tinguinha.

Léo Capoeira prepara ainda surpresas para a Sapucaí

Pelo segundo ano consecutivo à frente da Sintonia de Cavalcante depois de passagens por Unidos de Bangu e União do Parque Curicica, mestre Léo, também com passagens como diretor em escolas do Grupo Especial, busca agora ter estabilidade para dar uma cara à bateria da Em Cima Da Hora. Em termos de resultado, a proposta é manter o trabalho que rendeu quatro notas 10 no desfile de 2024. Léo Capoeira se disse muito satisfeito com a gravação.

“A gravação mais uma vez foi muito produtiva, estamos tendo a possibilidade de mostrar o nosso trabalho, a nossa cara, e ficamos a vontade para colocar no álbum aquilo que a gente tem de ideia. E é positivo para a gente divulgar até o nosso trabalho para a galera que às vezes mora em outro estado, que não consegue vir sempre. Mais uma vez a expectativa é muito positiva pelo resultado final do álbum, dessa gravação, a gente se organizou da melhor forma”, conta o profissional.

O samba esse ano veio através do formato de encomenda produzido pelos poetas Richard Valença, Lucas Macedo, Aldir Senna, Orlando Ambrósio, Serginho Rocco, Luís Caxias, Marquinho Bombeiro, Julio Cesar e Marcio Lêleko. Já mais familiarizado com a obra e dando início ao trabalho, Léo Capoeira na gravação da Série Ouro preferiu simplificar um pouco mais e dar destaque ao ritmo, andamento propriamente dito. Para o desfile, ainda haverá muitas surpresas.

“O samba chegou um pouquinho em cima, mas optamos por trabalhar bastante a base, o ritmo, por isso a gente não sujou muito, não fizemos tantas coisas, mas o que a gente deixou na gravação já dá um estalo para o desfile e para o carnaval, ensaio técnico, desfile, já vai ter algumas outras situações já. Temos para a ideia do desfile a colocação de duas bossas. Estamos ensaiando todo sábado no portão quatro do Parque Madureira, de 18h30 até 20h30 ou 21h, debaixo do viaduto de Rocha Miranda”, esclarece o comandante da Sintonia de Cavalcante.

Escola aposta em equipe recém formada para o carnaval 2024

De diretoria nova para o Carnaval 2024, a Em Cima da Hora já anunciou os reforços dos intérprete Rafael Tinguinha, do carnavalesco Rodrigo Almeida , do casal de mestre-sala e porta-bandeira Marcinho Souza e Winnie Lopes, da coreógrafa da comissão de frente Luciana Yegros, além do diretor de Harmonia Wanderson Sodré. O vice-presidente e diretor de carnaval Gustavo Barros falou mais sobre os profissionais que a Azul e Branca de Cavalcante trouxe para produzir o desfile de 2024.

“Conseguimos formar uma equipe para o carnaval muito forte. Trouxemos a Luciana Yego para a comissão de frente, campeã com a Ilha e Viradouro no grupo de acesso, Léo Capoeira renovado, nosso casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcinho e Winnie, Marcinho já passou na Sapucaí com Estácio de Sá, Sossego. Tinguinha chegando para somar conosco. O Vanderson Sodré também chegando na Harmonia, então, estamos montando um time de muita qualidade, Rodrigo Almeida nosso carnavalesco que está montando esse enredo com muito trabalho, muita dedicação, a gente montou uma equipe de carnaval muito forte para conseguir colocar a Em Cima Da Hora de fato no patamar que ela merece”.

Gustavo também elogiou o samba, em seu resultado final e no processo de confecção através da encomenda que segundo o diretor apresentou uma obra com a cara da Em Cima Da Hora.

“Esse ano o nosso carnaval vem falando sobre os trabalhadores, é uma homenagem a classe operária, o trabalho está a todo vapor, as fantasias já estão em reprodução, nosso samba foi feito por uma equipe de compositores capitaneada pelo Orlando Ambrósio, Richard Valença, Serginho Rocco. Atendeu o que a gente queria, a nossa expectativa para o samba-enredo. A expectativa é a melhor possível para o nosso carnaval. Fizemos no dia 15 de novembro o aniversário da escola, apresentamos o nosso samba oficialmente e será um carnaval com muitas surpresas para 2024”, promete o dirigente.

Em 2024, a Em Cima Da Hora será a segunda escola a pisar na Sapucaí na segunda noite de desfiles da Série Ouro.

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