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Samba da comunidade! Portela destaca força musical e componentes dão espetáculo em mais um ensaio de rua

Nem mesmo a chuva desanimou. Empenhada, a Majestade do Samba realizou, na noite do último domingo, mais um ensaio de rua na Estrada do Portela com um grande número de componentes. O treino foi marcado pela força da comunidade, que do início ao fim cantou forte e intensamente. Agora, a agremiação de Madureira e Oswaldo Cruz se prepara para levantar a Marquês de Sapucaí no ensaio técnico, que acontece no próximo domingo. A escola de samba ainda vai realizar um ensaio de canto com a comunidade na próxima quarta-feira. Para o diretor de carnaval Júnior Schall, a Azul e Branco está preparada para o ensaio técnico de domingo. Ao CARNAVALESCO, ele destacou a força contínua do canto da comunidade e o impacto do samba-enredo.

“A chuva deu a benção que a gente precisou. É muito bom ver a continuidade e o crescimento da força do canto e da evolução portelense. E cada vez mais nós notamos que acontece a intensidade do canto e a manutenção dele por mais tempo. Não é cantar mais alto: é cantar bem alto durante toda extensão do samba. A comunidade também compra o samba para si. O samba é da comunidade e é a continuidade da celebração portelense nos ensaios de rua. A escola está muito bem preparada para o ensaio técnico”, avaliou Schall.

Com o enredo “Um Defeito de Cor”, dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga, a Azul e Branco será a segunda agremiação a desfilar no domingo de carnaval.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Como a comissão de frente ensaiou separadamente, o primeiro casal, formado por Marlon Lamar e Squel Jorgea, ficou responsável por abrir o ensaio de rua. Mesmo com o vento e a pista molhada, a dupla de mestre-sala e porta-bandeira mostrou muita imponência com uma coreografia que pontuava a letra do samba em diversos momentos. Destaque para as impecáveis meias-voltas e os torneados de Marlon.

Samba-enredo

Sem Gilsinho, que estava em São Paulo para comandar o carro de som da Tom Maior no ensaio técnico do Anhembi, o cantor de apoio Niu Souza assumiu o papel de intérprete oficial e conduziu muito bem o canto da escola. O ótimo desempenho do samba evidenciou o bom trabalho realizado ao longo dos últimos meses pelo carro de som e pela bateria comandada pelo mestre Nilo Sérgio. A obra, que já é considerada uma das melhores do ano pela crítica, facilita o trabalho e impulsiona a força portelense. Tem todos os ingredientes para levantar a Marquês de Sapucaí no próximo domingo.

Harmonia

Como se não bastasse o canto forte, a comunidade portelense manteve a intensidade ao longo de todo o ensaio de rua. Os componentes cantaram com muita paixão e elevaram o patamar do desfile. Nem mesmo a forte chuva que atingiu Madureira minutos antes do ensaio foi capaz de impactar a harmonia da Azul e Branco.

O diretor de harmonia da agremiação, Julinho Fonseca, avaliou o treino como positivo e acredita que a comunidade está praticamente pronta para o ensaio técnico na Passarela do Samba. Para ele, o grande samba facilita o trabalho realizado e levanta ainda mais o canto dos portelenses.

“Foi um ensaio maravilhoso. Choveu um pouquinho e antes chegamos a ficar na expectativa se teria ensaio ou não. Hoje, saio daqui com a alma lavada e me sentindo 90% pronto para domingo – é óbvio que o 100% só saberemos lá. Mas, graças a Deus, estamos no caminho certo. Gostei muito do canto, da evolução e da alegria. A escola está leve e vivendo um novo momento. O samba facilita muito a emoção, melodia. Tudo fica muito fácil para trabalhar”, afirmou o diretor de harmonia.

Evolução

A chuva e as poças formadas ao longo da via não impactaram o grande espetáculo portelense nesta noite. Alegres, os torcedores brincaram carnaval de forma leve e espontânea. Em diversas alas, componentes utilizavam adereços de mão. Alas coreografadas também chamaram a atenção com uma apresentação marcada por intensidade e sincronismo. Outro fator interessante foi a capacidade da agremiação em se adequar com as adversidades. Além do mau tempo, a Estrada do Portela é marcada por ondulações, buracos e baixa iluminação em determinados trechos. Do limão, uma limonada: apesar das dificuldades, o chão azul e branco conseguiu se destacar mais uma vez.

Para Schall, o calor da comunidade portelense e a força do bairro de Madureira impulsionam os ensaios de rua, inibem as dificuldades impostas pela via e resultam em uma evolução positiva. “A Estrada do Portela não tem a melhor composição para a técnica. O que no início pode parecer uma imperfeição é algo que reforça a alma de cada um na escola. A escola pulsa mais enquanto indivíduo. É um calor maior e a gente se reconhece nessa força de expressão de cada um”.

Outros destaques

Sob o comando do mestre Nilo Sérgio, a “Tabajara do Samba” tornou o samba-enredo ainda mais maravilhoso, fez uma apresentação em alto nível e deu um toque especial com a bossa. Os ritmistas mostram que vão, mais uma vez, buscar os 30 pontos na Avenida.

Mestre Nilo Sérgio contou que a bateria já está pronta para o desfile. O trabalho apresentado neste domingo é o planejado para a Sapucaí. Ele chegou a cogitar mais uma bossa, mas mudou de ideia. Agora, Nilo acredita em uma grande apresentação da Majestade do Samba na Avenida.

“Está maravilhoso. Conseguimos encaixar tudo – o arranjo com o samba e as bossas com a melodia. Acredito que a Portela vai fazer um grande desfile neste domingo. Já fizemos no setor 11 e foi legal e encaixou. A bateria está pronta e a escola vai surpreender a todos no próximo domingo. O samba facilita 99%. Os outros 1% é a escola cantando e a bateria fazendo o que deve ser feito, além da plástica. Pelo o que vi e estou vendo, os 100 anos ainda continuam. A Portela virá muito bem”, afirma o mestre de bateria da escola.

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