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Afiada! Viradouro faz ensaio de rua com canto avassalador da comunidade e performance impecável dos quesitos

A Unidos do Viradouro realizou, na noite do último domingo, seu segundo ensaio
técnico do ano de 2024, na tradicional Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Niterói. O forte canto da comunidade, alinhado ao excelente desempenho do samba-enredo e o carro de som da Vermelha e Branca, comandado pelo intérprete Wander Pires, foram destaques no treino. Mesmo com contingente reduzido, a bateria “Furacão Vermelho e Branco”, de mestre Ciça, deu espetáculo. A apresentação da escola durou cerca de uma hora. Em 2024, a Unidos do Viradouro será a sexta e última escola a passar pelo Sambódromo da Marquês de Sapucaí na segunda-feira de carnaval, dia 12 de fevereiro, encerrando os desfiles do Grupo Especial. A agremiação levará para a avenida o enredo “Arroboboi, Dangbé”, sobre a energia do culto ao vodun serpente, que será desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, em seu segundo carnaval solo na Vermelha e Branca.

Fotos: Gabriel Gomes/CARNAVALESCO

“Ensaio maravilhoso. A escola vem desenvolvendo bem os quesitos, ensaio correto, sem
nenhum tipo de problema, isso falando de quesitos. Agora falando de energia, que vale
tanto quanto os quesitos, mais uma vez um show da escola, comunidade cantando, samba
bonito, com energia, com vontade. A escola tem tudo para fazer um carnaval excelente, é
isso que a gente vem buscando e vem confirmando a cada domingo. Agora, é tentar no dia
do desfile, no ensaio técnico antes, reproduzir exatamente o que a gente vem fazendo
aqui”, comentou o diretor-executivo da Viradouro, Marcelinho Calil.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos do Viradouro, Julinho
Nascimento e Rute Alves, realizaram mais uma grande apresentação no ensaio de rua da
escola. A dupla mostrou muita garra e experiência para superar o forte vento que acometia
a Avenida Amaral Peixoto na noite do último domingo. Rute e Julinho vestiam uma bela
roupa vermelha.

Nos pontos marcados como cabines de julgadores, o casal realizava forte dança e apresentação, com fortes giros, muito entrosamento e elementos que remetiam a letra do
samba-enredo da Viradouro. No bis anterior ao refrão da obra, o do “Ê Alafiou…”, o casal
realizava sincronizados movimentos para um lado e para o outro. Em certo momento, também eram feitos movimentos com as mãos em alusão à serpente.

Harmonia

Avassalador! Assim, pode ser definido o canto da comunidade da Unidos do Viradouro no
segundo ensaio de rua do ano de 2024. A cada ensaio, é perceptível o aumento gradual na
força da harmonia da Vermelha e Branca. De todos os pontos da Avenida Amaral Peixoto, a
força do canto podia ser percebida. Impulsionada por um excelente desempenho do carro
de som, comandado pelo intérprete Wander Pires, o samba-enredo da escola, que possui
uma bela letra, mostrou força e funcionalidade. A bateria “Furacão Vermelho e Branco”, de
Mestre Ciça, também contribuiu para o quesito. Em certos momentos, quando a bateria da
escola realizava “apagões”, o canto da escola sobressaia ainda mais.

“Hoje, sem dúvidas, podemos definir esse ensaio como uma verdadeira avalanche de canto
e evolução. Sem dúvidas, desde o primeiro ensaio, dia 5 de novembro, hoje a gente
alcançou um nível bem alto, mesmo. Todas as alas, da primeira até a final, a resposta foi
muito positiva e dentro do que a gente espera para esse estágio, faltando apenas 22 dias
para o nosso desfile. É isso, daqui para lá, é sempre melhorar. Cada jogo, é uma final de
Copa do Mundo”, comentou Jefferson Coutinho, Diretor Geral de Harmonia da escola.
“Eu venho na frente da escola e dá para perceber o canto da comunidade, foi fantástico. A
escola balançando muito, foi maravilhoso. O caminho é esse, nós fizemos alguns ajustes e
está dando resultado. Eu acho que até chegar no desfile, nós estamos prontos”, salientou
Marcos Mendes, diretor geral de Harmonia da Viradouro.

Evolução

De maneira muito fluida, coesa e sem erros, os componentes da Viradouro desfilaram pela
Avenida Amaral Peixoto. A evolução da escola não apresentou qualquer buraco, clarão ou
espaçamento. Muito bem ensaiadas e sincronizadas, as alas coreografadas da Vermelha e
Branca deram um show. Muitas delas, inclusive, portavam adereços e elementos que
contribuíram para a coreografia. A se destacar, no quesito, a ala de passistas da Viradouro,
vestidos de vermelho e branca, que esbanjaram espontaneidade e samba no pé durante os
cerca de uma hora de ensaio.

Samba-enredo

Composto por Claudio Mattos, Claudio Russo, Julio Alves, Thiago Meiners, Manolo,
Anderson Lemos, Vinicius Xavier, Celino Dias, Bertolo e Marco Moreno, o samba-enredo da
Viradouro, muito elogiado no pré-carnaval por sua bela letra, comprovou, mais uma vez, ser forte e funcional. A obra contribuiu com maestria para o ensaio da Vermelha e Branca, com a excelente condução de Wander Pires e seu carro de som. No time de canto, destaque para as vozes femininas, que deram um toque especial na melodia do samba. O refrão principal, sobretudo o trecho do “Pra vitória da Viradouro”, foi cantado a plenos pulmões pelos componentes, assim como o bis anterior “ê alafiou, ê alafiá…”.

Outros Destaques

Mesmo com contingente reduzido, a bateria “Furacão Vermelho e Branco”, de mestre Ciça,
realizou grande apresentação na Amaral Peixoto. Com andamento mais cadenciado,
contribuiu de forma maestral para a condução do samba-enredo da Vermelho e Branca.
Quem compareceu ao ensaio, também pôde notar mais um teste do experiente Mestre Ciça
na “bossa dos atabaques”, realizada no refrão do meio do samba. Em certos momentos,
quando era realizada a convenção, na qual os ritmistas se ajoelham e permanecem os dos
atabaques de pé, algumas meninas também permaneciam de pé, vestidas de preto, e
realizavam coreografias dentro da bateria.

“Passo a passo. Fizemos o setor 11, foi muito bonito, foi muito proveitoso. Agora, são coisas pequenininhas, detalhes mesmo. Vamos ensaiar segunda-feira agora, na terça-feira
também tem nosso ensaio, e depois é reta final mesmo, ensaio técnico também, que não é
um ensaio técnico, na verdade, é uma competição, porque o ensaio técnico que eu conheço
é parar, para consertar, e infelizmente hoje não é assim. Mas, estamos prontos para fazer
um grande desfile”, disse Mestre Ciça.

A sempre presente rainha de bateria da Viradouro, Erika Januza, marcou presença com
uma roupa deslumbrante.

Os integrantes da comissão de frente da Unidos do Viradouro não estiveram presentes no
ensaio de rua da escola no último domingo. Os coreógrafos da Vermelha e Branca,
Priscila Motta e Rodrigo Negri, foram e marcaram o espaço e o tempo da apresentação nos pontos onde eram marcadas as cabines de jurados.

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