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Acadêmicos do Tatuapé homenageia a cidade de Paraty em 2023

A cidade da Flip, da arquitetura colonial, do Caminho do Ouro, da natureza exuberante, Patrimônio da Humanidade, da gastronomia criativa, dos caiçaras, indígenas e quilombolas é, também, do Carnaval paulistano. Paraty, no litoral fluminense, é o enredo da Acadêmicos do Tatuapé para 2023.

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Foto: Divulgação

“Tatuapé Canta Paraty. Patrimônio da Humanidade!” foi anunciado pelo próprio prefeito da cidade, Luciano Vidal, nesta terça-feira (12), após uma reunião com representantes da agremiação. No vídeo divulgado em conjunto com a escola, o prefeito exalta os títulos da cidade histórica: “Hoje, a cidade é criativa em gastronomia, patrimônio mundial, cultura e biodiversidade”, introduz.

Paraty, sua cultura e a biodiversidade tornaram-se o primeiro sítio misto brasileiro com o título de Patrimônio Mundial em 2019. O reconhecimento pela Unesco considera a cultura viva do local, que é diferente de um sítio arqueológico. A cidade equipara-se em valor histórico e ambiental, por exemplo, a Machu Picchu, no Peru.

Ainda antes, em 2017, Paraty entrou para a Rede de Cidades Criativas, também da Unesco, por conta da gastronomia. O destaque vai para a farofa de feijão, prato típico local e essencial para os tropeiros do Caminho do Ouro.

“Nosso objetivo, a cada ano — e não vai ser diferente neste ano, com a parceria, com o apoio e a confiança de vocês — é fazer sempre o melhor desfile da nossa vida. E neste ano, vamos fazer, mais uma vez, com a graça de Deus e com o apoio de vocês”, diz Eduardo Santos, um dos presidentes da Acadêmicos do Tatuapé no vídeo de anúncio, ao lado do prefeito da cidade homenageada.

Elenco para 2023

“Tatuapé Canta Paraty. Patrimônio da Humanidade!” vai contar com o mesmo elenco do Carnaval SP 2022. A agremiação renovou todos os artistas e profissionais envolvidos no último desfile e segue, portanto, sem alterações.

Carnaval SP 2023

Com uma homenagem à cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, a Acadêmicos do Tatuapé vai disputar seu terceiro título de campeã do Carnaval paulistano e é a 2ª escola a desfilar no sambódromo do Anhembi no dia 17 de fevereiro, sexta-feira, primeira noite do grupo Especial. Você já pode garantir um lugar nas arquibancadas no lote promocional de lançamento. Acesse www.clubedoingresso.com

Inocentes de Belford Roxo divulga sinopse e samba fica nas mãos de Claudio Russo

A Inocentes de Belford Roxo definiu novamente que o compositor Claudio Russo definará a parceria para confecção do samba-enredo “Mulheres de barro” para o Carnaval 2023. A escola não realizará disputa de samba na quadra. Este será o quinto ano que ele recebe a missão dada pelo presidente Reginaldo Gomes.

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“Só tenho que agradecer a confiança e a amizade do presidente Reginaldo Gomes e do presidente de honra Rodrigo Gomes. Mais uma vez, irei me dedicar para fazer um samba bonito, valente e emocionante, como o belíssimo enredo merece. Tenho que agradecer também, a comunidade que em todos esses anos abraçam minhas obras e atravessam a avenida cantando com muita alegria”, disse o compositor Claudio Russo.

A Inocentes será a oitava agremiação a desfilar, no Sábado de Carnaval, no Sambódromo, em 2023, na Série Ouro da Liga-RJ, com o enredo “Mulheres de Barro”, do carnavalesco Lucas Milato e enredista Leandro Thomaz, que fala sobre as paneleiras de Goiabeiras, de Vitória, Espírito Santo. Grandes mulheres artesãs, que produzem panelas de barro. Confere abaixo a sinopse.

JUSTIFICATIVA

A missão da Inocentes de Belford Roxo, enquanto escola de samba e entidade cultural, é mostrar a verdade do Brasil para o brasileiro, levando-o a perceber sobre o seu país aquilo que está além do que o senso comum é capaz de compreender. Assim, a Caçulinha da Baixada vai apresentar uma das muitas histórias perdidas na nossa vasta imensidão cultural e territorial, que merecem reconhecimento por parte de seu próprio povo: AS MULHERES DE BARRO.

As Paneleiras de Goiabeiras são mulheres artesãs que herdaram o saber de confecção das panelas de barro de suas ancestrais. Esse saber, passado de geração a geração, é um conjunto de técnicas milenares, de pelo menos 2500 anos, oriundas dos povos originários habitantes da região de Vitória, no Espírito Santo, os Tupi-Guarani e os Una. A história dessas mulheres é um cartão-postal da região de Goiabeiras Velha, que ficou famosa pela divulgação e exportação das tradicionais panelas de barro e da moqueca capixaba, iguaria que só alcança um alto nível de qualidade gastronômica e de representatividade cultural quando cozinhada em uma feita por elas.

O texto de nossa sinopse é uma mensagem às mulheres artesãs do Brasil. Nela reproduzimos o diálogo de uma paneleira com uma trabalhadora do carnaval da Inocentes de Belford Roxo. Nossa ideia é a de que as histórias dessas mulheres, nascidas em lugares distintos, são complementares. A artesã da escola reconhece a sua própria luta na luta da paneleira, que também se reconhece na luta da artesã. Elas moldam materiais diferentes, mas que resultam na mesma criação de vida. Nosso enredo é uma grande homenagem a essas mulheres, artistas-trabalhadoras, que dão sentido à própria vida, entre a força e a fragilidade, na maleabilidade do barro.

SINOPSE

Eu preciso falar de um Brasil que aprendi a moldar com as minhas próprias mãos. Nos caminhos do tempo, nossas ancestrais nos ensinaram a recriar o nosso pequeno grande mundo através do barro. Sempre me disseram que o homem veio de lá, sabe? Eu tenho muito orgulho de ser artesã da matéria-prima da criação, de onde surgiu a existência humana. Do barro, tudo se cria, ganha vida. Nessas linhas que cortam os meus dedos, moça, eu guardo as linhas do tempo. Quando ainda era pequena, eu me dei conta da importância desse ofício. Ah, como eu me lembro. Sentada à beira da calçada, nessa mesma rua de Goiabeiras, minha velha me abraçou com as mãos pintadas de argila e os olhos banhados de sentimentos, e com as palavras um pouco arrastadas pelo tom da emoção, me contou sobre a arte das primeiras artesãs. Lá por outras curvas do tempo, quando a natureza moldava o ciclo da vida, havia um povo em comunhão com a sua terra, que do próprio chão retirava o sustento e a arte. Herança una e tupi-guarani. Do trabalho das artesãs indígenas, a sabedoria da arte da cerâmica se moldou às mãos pretas, calejadas pela escravidão no nosso país, e desde então, geração a geração, foi passada até os dias de hoje. Povos de força, que mesmo com a chegada dos invasores portugueses, fizeram o legado resistir. Somos filhas da natureza, e a ela retribuímos o nosso dom.

A minha vida eu ganho assim desde nova, ‘tá’ vendo? Tudo aqui é feito do fundo do peito, e cada parte do processo revela um pouquinho do que eu sou. Eu nasci dentro de uma panela de barro e passei a enxergar o mundo através dela. A minha essência vem do Vale do Mulembá, de onde extraímos as lágrimas da terra. Emerge do solo o início de uma trajetória de reflexão, muito esforço e suor. As mãos experientes rasgam o chão. O corpo grita, mas a alma vibra. No espelho do Vale, eu vejo refletida a nossa luta. Paneleira que é paneleira sabe a qualidade da matéria só pelo toque. Eu posso ouvir a argila escorrendo sobre os meus poros, moça. Ela não pode ser nem muito fina, nem muito grossa. Desse jeito aqui, consegue sentir? Logo depois, os barcos viajam pelas águas dos manguezais capixabas. Eles passam o dia todo lá. Da casca do Mangue-Vermelho, vem a cor da nossa obra. Na modelagem, o barro ganha corpo sob os meus olhos, mas esse movimento aqui a gente chama mesmo é de puxada. É a minha verdade que se desenha sobre uma peça pronta para tomar forma. O que eu faço é complemento de meu corpo, parte de mim. Após o sonho ganhar molde, o calor do astro-rei se encarrega de secar as novas peças, e depois é a vez de fazer o polimento. Com as pedras de rio, encontradas às margens das águas doces, as impurezas e as más energias ficam de lado. Depois dessas etapas completas, montamos a fogueira para o açoite. É o momento onde as chamas terminam de esculpir os últimos acabamentos da nossa obra. Falando assim parece até rápido, ‘né’, moça? Mas é tempo que leva, viu. E tem mais: todo esse conhecimento é representação do que somos. Constituímos uma grande árvore do saber, onde você tem que regar as raízes, se conectar a elas, para que os frutos se multipliquem.

A panela de barro é o símbolo da minha terra, senhora. Qualquer pessoa aqui é capaz de se reconhecer nela. Nosso povo é assim: orgulhoso, festeiro, sabe? É lindo de ver a cultura que sai em cortejo pelas ruas de Goiabeiras Velha. A identidade em movimento do território que abriga a nossa esperança. Cultura viva em êxtase. Todo sexto dia de janeiro, a bandeira da Folia de Reis passa de casa em casa trazendo muita benção para as nossas famílias. Um pouco antes, no dia do nascimento do Deus menino, “São Benedito vai abrindo meu caminho”. A fé em nossas vozes acompanha a banda de Congo, que leva o nome do maior tesouro de Goiabeiras: Panela de Barro. A gente louva para lembrar quando um grupo de pretos, sufocados pelas águas da escravidão, se salvou agarrado a fé e a imagem de São Benedito. Você precisa ver a alegria desse povo quando o nosso boi Estrela passa. Ele vem saudando os moradores ao som das toadas interpretadas pelas cantadeiras, mas a estrela da nossa celebração é mesmo a panela de barro. Na Festa das Paneleiras, convidamos pessoas de todo lugar para ver de perto o nosso trabalho. Música, arte e poesia dão o sabor da tradicional moqueca capixaba. ‘Cê’ já experimentou? Eu te garanto que igual à daqui ninguém encontra não. Como disse uma vez um jornalista: “moqueca é capixaba, o resto é peixada”. Olha, essa terra traz tanta memória boa. Eu lembro que, antigamente, em época de carnaval, voltávamos do Barreiro em um caminhão. É porque era muita gente, e muita coisa, sabe? Na volta, enquanto estávamos passando na rua, desfilava também o bloco dos Barreiros, que hoje em dia é escola de samba. A gente cantava as músicas de carnaval vestidas de alegria e pintadas de barro, e o povo acenava como se fosse um grande carro alegórico. Eu me sentia uma colombina de barro, menina! No fim das contas, o que parecia sujo virava fantasia também. Era uma festança só!

Mesmo com toda essa história que te contei, moça, tem gente que ainda tenta tomar o que é nosso e não reconhece o verdadeiro valor das paneleiras. Isso aqui é como se fosse religião, o nosso dom nos faz sacerdotisas do barro. Tempos atrás, todas nós fazíamos as panelas em nossos quintais, no coração de nossas casas, mas com a modernização aqui da área, o fluxo de venda se transformou também. Cada vez mais compradores queriam conhecer o nosso produto, e aí ficou difícil, ‘né’? A gente precisava lutar por melhores condições de trabalho, e fazer com que a nossa arte fosse tratada com o respeito que ela merece. Olha, não foi fácil. Por muitas vezes, tentaram anular a nossa trajetória e tomar nosso Vale, mas paneleira não tem medo de defender o que é seu não. A gente fazia barulho mesmo. Com as bênçãos da nossa Banda de Congo, manifestamos por justiça, levando nas mãos cartazes e clamores por dias melhores. Fomos buscar apoio, porque o nosso bem precisava e precisa sempre ser preservado. Atrás de toda panela de barro, existe uma paneleira, uma mulher guerreira, que faz do seu trabalho uma expressão direta do coração. É por amor que dedicamos nossas vidas a essa arte. Enquanto moldamos o futuro, resistimos contra a ignorância. Eu luto para que essa gente que tenta nos diminuir lembre que ninguém tem o direito de passar por cima de um saber que é patrimônio vivo. Somos uma família envolta em laços de sangue e de barro: avós, mães, filhas, amigas que choram, vibram, trabalham umas pelas outras. Foi a partir dessa cumplicidade que erguemos nossa associação, e com ela, o Galpão das Paneleiras. É o templo do nosso ofício, onde nos sentimos em casa, e abrimos as portas para todas as artesãs que constroem o Brasil com as marcas das pontas dos seus dedos. E assim, nós deixamos tatuadas no tempo as nossas identidades. Afinal, imagina quantos sonhos e lutas cabem na palma das mãos. Sou instrumento da arte assim como você. O meu galpão é extensão do seu barracão de escola de samba, onde ganham vida as fantasias. Da mesma forma que eu me enxergo em suas alegorias, você consegue ver o reflexo da sua arte em minha panela de barro. Juntas faremos história no dia-a-dia e em noite de Carnaval.

Olha, antes de você ir embora, leva contigo esse pedacinho de papel que eu trouxe com um poema rabiscado, que é ‘pra’ você mostrar a todo o povo de Belford Roxo e também sempre lembrar desse nosso encontro.

“Todo capixaba tem um pouco de beija flor no bico
Uma panela de barro no peito
Uma orquídea no gesto
Um cafezinho no jeito”
(Elisa Lucinda)

Enredo: Lucas Milato e Leandro Thomaz
Texto / fala: Berenice Correia, Jecilene Correia, Lucas Milato, Leandro Thomaz e João Francisco Dantas.
Pesquisa e desenvolvimento: Lucas Milato, Leandro Thomaz, João Francisco Dantas e Caio Araujo.
Revisão: Rosa Maria Leandro
Agradecimentos: Jamilda Bento (Historiadora), Valdemiro Sales (Mestre da Banda de Congo Panela de Barro), as Paneleiras de Goiabeiras, e toda a população capixaba!

‘Tem a história da obra do Arlindo e a ligação dele com a escola’, diz Alex de Souza sobre homenagem que o Império Serrano levará para Sapucaí em 2023

Passado o carnaval de 2022 e a conquista incontestável da Série Ouro, que deu acesso ao Grupo Especial, o Império Serrano anunciou para 2023 o enredo “Lugares de Arlindo”. Apresentado pelo carnavalesco Alex de Souza em conjunto com o diretor de carnaval Wilsinho Alves e toda a equipe de direção de carnaval da escola, o enredo traz a trajetória artística de Arlindo Cruz e carrega esse nome, porque a sua obra “O Meu Lugar”, irá nortear o desfile. * LEIA AQUI A SINOPSE DO ENREDO

sinopse imperioserrano
Foto: Walter Farias/Site CARNAVALESCO

“É um enredo sem muita firula. Esse enredo tem a história da obra dele e a história da ligação dele com a escola. Eu acredito que será um enredo que terá muita emoção e eu quero isso mesmo. Eu quero ver aquela emoção de fã aparecendo. Essa emoção com certeza vai existir e é engraçado que eu li a sinopse mais ou menos pronta para Babi e ela se emocionou, depois me deu a garantia de que eu estava no caminho certo”, disse Alex para o CARNAVALESCO.

Mas mesmo sem firulas, o Império apresentará com muita poesia a trajetória artística de Arlindo. Até mesmo porque, não seria possível homenagear um poeta, sem apresentar a poesia. Arlindo também está tendo seu lado amigo e companheiro pensado e sendo desenvolvido pela equipe imperiana. A respeito disso, o diretor de carnaval da escola, Wilsinho Alves, exemplifica o pensamento comum entre carnavalesco e direção de carnaval.

“Esse enredo é uma sinopse dos lugares que moldaram o Arlindo. Não necessariamente lugares físicos, mas lugares da emoção, da fé… esse ano o Império Serrano vai incorporar na avenida. Lá no sorteio do desfile, quando eu vi a Grande Rio perto da gente, eu fiquei bolado, mas depois eu pensei que, na verdade, nós temos tudo para fazer o maior desfile da história do Império Serrano. Como a Grande Rio fará um desfile espetacular também, eu acredito que faremos uma abertura de desfile espetacular… imagina só se o Império e a Grande-Rio resolverem revolucionar e apresentar desfiles que conversam?”, comenta Wilsinho.

Assim, Alex e Wilsinho pediram aos compositores da escola que para disputa do samba, estejam inspirados pela emoção característica nas composições de Arlindo e que não esqueçam que o trabalho terá como base a famosa canção “O Meu Lugar”, que é considerada pelo próprio Arlindo a sua maior inspiração.

“Antes da entrega dos sambas, quero lembrar a vocês mais uma vez que ‘O Meu Lugar’ é a base desse enredo, mas é um enredo que vai pincelar diversas outras obras e canções dele. Vamos mostrar a Madureira que ele fala, mas não vamos deixar de passear pelo Cacique, pelo subúrbio e pela própria história”, lembra Alex de Souza.

Deste modo, os interessados em participar da disputa do samba deste ano deverão ter em mente que a escola aceitará no máximo seis compositores por samba e as datas ficaram estipuladas assim:

Datas para tirar possíveis dúvidas sobre o enredo e os sambas: 26 de julho, 2 de agosto e 9 de agosto;
Data para entrega dos sambas: 18 de agosto às 22 horas na quadra do Império Serrano;
Data do início da disputa: 20 de agosto (em conjunto com a feijoada da escola);
Data final: Ficou em aberto, mas a direção de carnaval informa que haverá no máximo sete datas e pretende ter o samba definido até o final de outubro.

Presidente da Superliga faz balanço do Carnaval 2022, abre as portas para a Santa Cruz desfilar e projeta melhorias na Intendente Magalhães

A Superliga Carnavalesca realizou na noite da última terça-feira o sorteio da ordem de desfiles das Séries Prata e Bronze do carnaval carioca 2023. Antes da definição da ordem dos desfiles, duas plenárias com os representantes das escolas foram realizadas, nelas foram escolhidos os pares e algumas regras do sorteio. A indefinição ficou por parte da Acadêmicos de Santa Cruz, rebaixada da Série Ouro em 2022, a escola não enviou representantes e por enquanto não desfila no próximo carnaval.

presidente clayton superliga
Foto: Luan Costa/Site CARNAVALESCO

Ficou definido que as agremiações desfilarão no dia 24 de fevereiro (sexta) e 25 de fevereiro (sábado) de 2023. Assim como em 2022, as escolas da Série Prata buscarão duas vagas para o acesso à Marquês de Sapucaí. Para equilibrar a disputa, novamente haverá uma campeã por dia, sendo assim, a campeã de sexta e a campeã de sábado sobem para Série Ouro em 2024. A quantidade de escolas rebaixadas não foi definida.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, o presidente da entidade, Clayton Ferreira, fez uma avaliação dos desfiles deste ano, segundo ele, foi um ano muito bom e as escolas que subiram fizeram por merecer, ele ainda fez questão de enaltecer o regulamento, para ele, ao ter uma campeã por dia o resultado fica mais justo.

“Balanço muito positivo, muito positivo mesmo, é a gente teve desfiles maravilhosos, tivemos problemas, claro, se não tiver problema na Intendente Magalhães não é Intendente, nós tivemos problema de som, as escolas que desfilaram na da Série Prata principalmente dando muito problema com chuva e foram muito prejudicadas, e o regulamento que alguns não entendiam acabou que serviu, porque as escolas foram julgadas dentro do mesmo parâmetro, mesma régua, aquelas escolas que desfilaram na sexta-feira tiveram o mesmo nível de avaliação do que as escolas de sábado, é um balanço muito positivo acredito que ganhou as melhores escolas principalmente, aquelas da Série Prata que ascenderam a Sapucaí, fico feliz com a falta do Arranco e fico feliz também com a Jacarepaguá que sempre sempre faz bons carnavais. Foram duas escolas que mereceram, passaram firmes, suas comunidades merecem. E nos outros grupos a mesma coisa”, pontuou o presidente.

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Projetando o próximo carnaval, Clayton prometeu melhorias na Intendente Magalhães, principalmente na sonorização, uma das principais queixas das escolas, ele ainda confirmou a TV Alerj na transmissão dos desfiles e contou ter o projeto da criação da TV da Superliga em andamento.

“Agora, a gente começa um novo ciclo, um novo projeto para 2023. Sempre melhorias na Intendente é possível. Assim, quando me fala, qual o principal problema na Magalhães? Item som. Porque assim, é por fazer igual falha pra outra, ele prejudica uma escola, prejudica a harmonia, o campeonato dessa escola. Então, o item número um é melhorar a qualidade de som da Intendente Magalhães, com certeza é isso. Isso vem sendo conversado, tenho certeza que serão feitas melhorias e mais uma coisa, a Superliga esse ano pro Carnaval 2023 estará junto à empresa responsável, a gente quer isso, estar junto com a empresa, será contratada para montagem e oferecimento de equipamentos de Magalhães, para nós também podermos opinar sobre aquilo. A TV Alerj vai continuar a transmissão, continuará com uma grande parceira para transmissão desse canal aberto e também pela internet, e nós pretendemos inaugurar a TV da Superliga, esse é um projeto que a gente tem também para 2023”, disse Clayton.

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A grande polêmica da noite ficou por conta da Acadêmicos de Santa Cruz, contrariada com o resultado do carnaval deste ano, a escola não se filiou a Superliga e consequentemente não enviou representantes para o sorteio, porém, o presidente Clayton afirma que a vaga da agremiação está em aberto e que ainda é possível que ela se filie.

“A questão da Santa Cruz é que ela não se filiou, ela ainda pode filiar, só que não foi tirada a bola dela por uma interpretação no nosso campo jurídico de que como a gente não teve procuração para representar nós não poderíamos retirar bola, mas se ela quiser ela voltará, tem um dia que tem uma vaga ainda e aí a gente vai levar pra plenário, se vai ser, qual é a posição de ordem do desfile dela, se é a primeira ou se é a última”, finalizou o presidente.

Galeria de fotos: sorteio das séries Bronze e Prata para o Carnaval 2023

Sem Santa Cruz filiada, Superliga definida ordem dos desfiles da Série Prata no Carnaval 2023

A Superliga definiu na noite desta terça-feira a ordem dos desfiles da Série Prata para o Carnaval 2023. Na abertura, o presidente Clayton Ferreira explicou que a Acadêmicos de Santa Cruz, rebaixada na Série Ouro em 2022, não se filiou e não desfilará no grupo no ano que vem. Os desfiles acontece nos dias 24 (sexta) e 25 de fevereiro (sábado das campeãs), na Intendente Magalhães. * VEJA AQUI FOTOS DO SORTEIO – As campeãs de cada dia sobem para Série Ouro e desfilam no Sambódromo no ano seguinte. Veja abaixo a ordem oficial.

Sexta-feira, dia 24 de fevereiro
Parque Acari
Vila Santa Tereza
Raça Rubro-Negra
Abolição
Acadêmicos de Jacarepaguá
Peixe
Rocinha
Jacarezinho
Caprichosos
Maricá
Leão de Nova Iguaçu
Praça da Bandeira
Rosa de Ouro

Sábado, dia 25 de fevereiro
Botafogo Samba Clube
Curicica
Renascer
Sereno de Campo Grande
Arame de Ricardo
Santa Marta
Império da Uva
Dendê
União Cruzmaltina
Diversidade
Cubango
Alegria da Zona Sul
Olaria
Arrastão de Cascadura

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Carnaval 2023: definida ordem dos desfiles da Série Bronze

Em sorteio realizado na noite desta terça-feira, na sede da Superliga, foi definida a ordem dos desfiles da Série Bronze para o Carnaval 2023. As agremiações vão desfilar nos dias 20 e 21 de fevereiro, na Intendente Magalhães. * VEJA AQUI FOTOS DO SORTEIO – As escolas da Série Bronze decidiram recepcionar escolas de samba pela Liga Livres e por conta da tragédia de Petrópolis, as escolas de forma unânime cancelaram o rebaixamento da Série Bronze do Carnaval 2022.

Veja abaixo a ordem oficial da Série Bronze no Carnaval 2023

Segunda-feira
Unidos de Lucas
Guerreiros Tricolores
Imperadores Rubro-Negros
Tubarão de Mesquista
Unidos de Manguinhos
Feitiço Carioca
Mocidade Unidade da Cidade de Deus
Vila Kennedy
Barra da Tijuca
Gato de Bonsucesso
Vicente de Carvalho

Terça-feira
Concentra Imperial
Difícil é o nome
FlaManguaça
Boi da Ilha
Cabral
Jardim Bangu
Império Ricardense
Villa Rica
Império de Petrópolis
Bangay
Chatuba de Mesquita

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Sinopse do Império Serrano sobre Arlindo Cruz para o Carnaval 2023

No dedilhar das cordas, nascia o músico e, nos festivais, o compositor.

A luz de Candeia (1) iluminou o caminho, que o levou ao seu lugar.

Onde fica esse lugar?

Fica no samba de roda, na roda de amigos, num bloco de caciques (2) brincando o carnaval.

No fundo de quintal (3), onde o “bom aprendiz” (4), recebeu a maior “Lição de Malandragem” (5): a de ser um artista popular.

Junto ao partido-alto, ao batuque e ao pagode.

Em Madureira, sorriso, paz e prazer de um suburbano nato orgulhoso, do povo do gueto, dos becos e vielas.

Na fé de quem tem o corpo fechado. Na arte que vem do batuque dos terreiros, na tradição dos tambores de Xangô. Na herança cultural e religiosa que dá o tom de sua música.

Dentro do coração de um romântico Orfeu, senhor e cativo nas artes da paixão.

Em plena passarela, na “festa da massa” (6), que cantava seus hinos, onde imperou sua porta-bandeira, o grande amor.

No glorioso Império Serrano, que, com a proteção de São Jorge Guerreiro, também retorna ao seu verdadeiro lugar.

A recordar aquarelas de Silas, Mano Décio da Viola, com Beto Sem Braço, Aluísio Machado e Roberto Ribeiro. Está na Rainha Ivone, cantando ao alvorecer e lembrando que a Pérola Negra (7) passou por aqui.

Está no palco com os amigos de sempre, seus parceiros e intérpretes.

O lugar de um “sambista perfeito” (8), neste show que jamais se encerrará. (9)

Concentra-se na força desse homem que nada derruba e sabe que “ainda é tempo pra ser feliz”. (10)

Esse lugar se encontra, enfim, em um de seus versos: “Sou eu, sou eu, sou eu, sou eu”.

Carnavalesco – Alex de Souza
Editor e pesquisador – Leonardo Lichote

1 Antônio Candeia Filho, mais conhecido como Candeia (Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1935 — Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1978), foi um sambista, cantor e compositor brasileiro. Considerado por Arlindo Cruz, seu padrinho musical.
2 O Cacique de Ramos é um dos mais conhecidos e tradicionais blocos de carnaval do Rio de Janeiro.
3 Fundo de Quintal é um grupo de samba brasileiro formado no Rio de Janeiro na década de 1970. Surgido a partir das rodas de samba na quadra do bloco carnavalesco Cacique de Ramos.
4 Compositores: Arlindo Cruz/ Arlindo Neto.
5 Primeiro samba de Arlindo Cruz a ser gravado, em LP de David Corrêa de 1981. É uma parceria de Arlindo com Rixxa.
6 Referência a “A Festa é da Massa”, samba gravado por Arlindo Cruz. Compositor: Jorge Aragão.
7 Jovelina Pérola Negra, Jovelina Farias Belfort, foi uma cantora e compositora brasileira.
8 Compositores: Arlindo Cruz/ Nei Lopes.
9 Referência a “O show tem que continuar”. Compositores: Arlindo Cruz/ Luiz Carlos da Vila/ Sombrinha.
10 Trecho da letra de “Quem Sabe de Mim sou Eu”. Compositores: Arlindo Cruz/ Marquinhos PQD/ Sombrinha.

Gabriel David sobre sorteio da ordem dos desfiles do Grupo Especial: ‘formato do evento foi um equívoco’

Diretor de marketing da Liesa, Gabriel David, fez publicações nas redes sociais, nesta terça-feira, não concordando com o evento realizado na Cidade do Samba, na noite de segunda-feira, para o sorteio da ordem dos desfiles do Carnaval 2023. Ele não esteve presente no local por estar fora do país. Em seu texto, o diretor deixou claro que não concordou com a realização como foi feita, ou seja, sempre a presença dos sambistas e sem transmissão ao vivo no YouTube.

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“Acompanhei de longe o sorteio da ordem dos desfiles do @RioCarnaval pra 2023. Hoje, já no RJ, preciso lembrar que o formato do evento foi um equívoco. Por causa disso, acho que os sambistas e o povo da folia carioca merecem um pedido de desculpas por mais uma vez ficarem de fora de um momento importante da construção do espetáculo. Tds as escolas chegam a esse momento cheias de expectativa, mesmo que sejam vistas da mesma maneira pelos jurados, seja qual for a posição. Seria justo que comunidades vivessem a emoção tb. Se tentamos mobilizar pessoas em torno da festa e garantir apoio popular, não faz sentido gastar dinheiro da Liesa com um evento que não inclui o povo. Componentes e artistas (de quadras e barracões) não devem ficar do portão da Cidade do Samba pra fora (e nem de lugar algum). Defendi e continuo defendendo um modelo diferente pra iniciativas como essa, o lançamento do CD de sambas-enredo e tantas outras em que o Carnaval carioca precisa se aproximar de seu público. Não vou abrir mão de continuar dizendo isso. Espero que a gente possa continuar trabalhando pra alcançar mais e mais pessoas, como fizemos nos ensaios técnicos deste ano: acessíveis e com transmissão ao vivo pra td o Brasil. Esse modelo sim atende ao que as pessoas esperam da maior festa popular a céu aberto do planeta.