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Inacreditável! Julgadora cita ‘problemas de afinação’ de Wander Pires como justificativa para retirada de pontuação da Mocidade

A Mocidade Independente de Padre Miguel não levou nenhuma nota 10 em harmonia. A Verde e Branca de Padre Miguel não ficava sem uma nota máxima no quesito desde o carnaval de 2016, quando eram apenas 4 jurados, um a menos que atualmente. O samba, um dos mais elogiados do pré-carnaval, vinha sendo abraçado pela comunidade na preparação do desfile de 2022.

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Uma das estratégias, bastante utilizada, também nos treinos, era a utilização das vozes femininas auxiliares com os microfones, tendo um pouco mais de destaque em relação aos outros intérpretes auxiliares por conta do estilo do samba. Este artifício utilizado também no desfile foi criticado pela julgadora Miriam Orofino, presente no último módulo de julgamento, que além de colocar na justificativa que Wander Pires não cantou em vários momentos também criticou a afinação da principal voz da Mocidade.

“Problemas de afinação do intérprete em alguns momentos do desfile. Durante boa parte da apresentação, o intérprete não cantou, deixando o canto sob a responsabilidade das vozes femininas (intérpretes auxiliares)”, colocou a jurada como causa para retirar um décimo da agremiação.

O jurado Bruno Marques do módulo 01 foi outro a criticar a afinação, dessa vez citando o conjunto de intérpretes e apontando também problemas com a bateria após retirar dois décimos no quesito.”Diversos problemas de afinação interna entre as vozes dos intérpretes, somados à afinação imprecisa em alguns finais de frase melódica (ex. ‘irmão de exu’, entre outros). Desencontro rítmico entre canto e bateria, o primeiro tendendo a atrasar em alguns momentos”, alegou Bruno.

O julgador Jardel Maia Rodrigues deu 9,8 para a escola e também citou a afinação como problema, além de criticar a imprecisão no canto de algumas alas.”A escola teve alguns problemas ao passar pelo módulo 3, que leva a descontar 0,2 (menos dois décimos). São fatores que interferem negativamente na harmonia: Afinação imprecisa em algumas partes do samba (menos 0,1), algumas alas não cantavam com entusiasmo e os integrantes não cantavam o samba em sua totalidade (-0,1). Alas penalizadas: 08 aos 35 min/ 13 aos 44 min/ 23 aos 54 min/ 26 aos 57min / 31 aos 58 min”, justificou Jardel.

Os jurados Deborah e Rodrigo apontaram a performance dos instrumentos no carro de som como problemático, atrapalhando a harmonia da Mocidade. Deborah Weiterschan Levy do módulo 2, justificou a retirada de um décimo da seguinte forma:”A base instrumental apresentou, durante todo o desfile, um excesso de desenhos de violão, especialmente nas regiões mais graves, que produziram um resultado de pouca clareza no conjunto harmônico e embolação nessas regiões”.

O julgador Rodrigo Lima do módulo 04 também retirou um décimo alegando os seguintes motivos: “O desequilíbrio entre o canto e os instrumentos de base acarretou por vários momentos numa perda de entrosamento e vibração na comunicação do samba-enredo ao longo do desfile. Por este motivo a escola teve uma despontuação mínima [- 0,1]”.

Entrevistão com presidente Almir Reis: ‘A Baixada Fluminense está em festa’

A relação de Almir Reis com a Beija-Flor é de muito amor, são mais de 25 anos de trabalho dedicados à sua escola de samba do coração. Alçado presidente no ano passado, ele diz que se sente feliz pelo reconhecimento e que o enredo deste ano é um pouco da história dele também. Projetando 2023, o mandatário promete manter o resgate da Deusa da Passarela e se diz feliz com o trabalho de Alexandre Louzada e André Rodrigues.

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Almir Reis recebeu a equipe do site CARNAVALESCO e falou um pouco sobre o resultado deste carnaval, para ele, o título da Grande Rio foi incontestável, foi ganho de forma merecida e deixou toda a Baixada Fluminense mais contente, sobre a azul e branca de Nilópolis, ele disse estar feliz com o segundo lugar, pois sentiu que a comunidade se orgulhou e comemorou com muita garra.

O que representa esse vice-campeonato para você e para a Beija-Flor?

“Pra mim representa muita coisa, eu venho trabalhando nos bastidores há muito tempo, hoje sendo presidente de fato e de direito, acho que foi um resultado plausível para o primeiro ano, apesar de que já venho acompanhando alguns títulos da escola desde os anos 2000. Foi bom demais, estou muito satisfeito com o que apresentamos. Todo mundo entra pra ser campeão, mas nós temos autocrítica. Para Beija-Flor, querendo ou não, foi um resultado bom, nós viemos de dois anos consecutivos mais ou menos, um ano de 2019 totalmente conturbado, todo mundo sabe a história, e depois viemos em 2020 em quarto lugar, agora conseguimos o segundo lugar. Foi bom, nós temos noção de onde nós erramos, foram pontuais. Isso só deixa provado que carnaval é na avenida, é o trabalho que você apresenta lá, tudo acontece na avenida, a grande verdade é essa, nós estamos satisfeitos, óbvio que queríamos o título, mas ao mesmo tempo está tudo tranquilo já que ficou pela Baixada Fluminense. A Grande Rio é muito merecedora, fizemos uma grande festa, chegamos em Nilópolis e até eu fiquei surpreso, tinham mais de 20 mil pessoas, todo mundo ovacionando a gente com aquele troféu, pelo o que sei, todos os componentes querem vir desfilar novamente”.

O sentimento do torcedor é de vitória e principalmente de resgate do estilo forte de desfile da Beija-Flor. Essa é a mensagem que vocês queriam deixar para todos: a Deusa da Passarela voltou?

“É sim, mas a primeira mensagem é sobre o nosso enredo, qualquer um que leu o nosso enredo, ouviu o nosso samba, viu que nós estamos passando uma grande mensagem, a ideia é que as pessoas comecem, ou pelo menos tentem rever seus conceitos, com certeza isso foi uma prova de que a Deusa da Passarela voltou e não vai mais deixar de estar lá, eu garanto isso”.

O enredo foi fundamental no sucesso do desfile. Você como preto o que sentiu desde o lançamento do enredo até o dia do desfile?

“Me senti como um dos pretos que tem uma história que é justamente aquilo ali, eu cresci dentro dessa escola carregando piano, é assim o termo que se usava, e hoje eu sou o presidente, eu tive a sorte de ter sido reconhecido por uma escola sempre teve uma dinastia branca, eu fui reconhecido pelo meu valor, pelo meu trabalho, então a história desse enredo é mais ou menos a minha história, me vejo nele, eu fui reconhecido, mas quantos outros não foram, quantos nunca serão? Passamos uma mensagem de que as pessoas reconheçam os valores, vejam que nós pretos temos muitos talentos, temos que mostrar isso para as pessoas”.

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Pretende manter essa linha de enredo para 2023? O que o torcedor pode esperar do próximo enredo da Beija-Flor?

“Tenho certeza que faremos um belo carnaval no ano que vem, mantendo a pegada desse ano e buscando sempre algo a mais”.

A Fabíola (esposa do Anísio, presidente de honra) abriu mão de desfilar no abre-alas, como foi ver sua família ocupando essa posição de destaque?

“Foi uma emoção muito grande, ver minha mãe e minha neta lá em cima, eu sou um privilegiado, tenho que agradecer a Deus todos os dias, foi muito bom, ver as duas ali. logo depois ver minha esposa, minha filha, meu filho, que estava no abre-alas também, então é muito bom e muito importante pra mim tudo isso na minha história, volto a dizer, tô me sentindo um cara privilegiado. A Fabíola sem palavras, foi um dos maiores exemplos relacionando ao nosso enredo, é só parar e pensar, é muito difícil você ver uma mulher da posição dela, dentro de uma escola de samba, abrir mão do seu lugar, do abre-alas, para dar voz ao povo preto, ali ela já mostra para todos o quanto as pessoas precisam rever os seus conceitos em relação a isso”.

A Beija-Flor conseguiu unir a experiência do Louzada com a juventude do André Rodrigues. A ideia é manter a dupla para 2023? O que você pode falar dos dois?

“Existe hierarquias, o Alexandre é o carnavalesco, o André é o diretor artístico, muito bom por sinal, o menino tem um futuro promissor, mas nós temos o carnavalesco que é o Alexandre Louzada, essa dupla vai continuar, sendo sabedor que o André cumpre as regras do Alexandre, mas com certeza não vai demorar muito e o Alexandre estará falando pro André tocar a vida dele, já aconteceu várias vezes. O próprio Alexandre já passou por aqui na época da comissão, Cid Carvalho, Vitor, que foi fazer carnaval em São Paulo, quantos passaram por aqui, aprenderam, tiveram seus ensinamentos e foram seguir sua carreira solo. Não pretendo que o André saia daqui não, quero até que ele fique, até porque todo mundo tem seu ciclo, daqui a pouco o Alexandre vai falar que está cansado, que não quer mais, e o André vai tá aí, tocando nosso desfile, ele tem toda capacidade pra isso. Esses dois vão continuar sim”.

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Foi difícil superar perdas importantes como o Bakaninha e o Leo Mídia antes do desfile, como a escola conseguiu superar?

“Pra gente foram perdas extremamente irreparáveis, hoje mesmo estávamos aqui e mais uma vez se tocou de quanto o Léo fez falta, arrisco a dizer para você que se ele tivesse aqui, aquilo não teria acontecido com o segundo carro, porque o Léo era um dos caras que mais se preocupava em pôr todos os componentes no carro, era a função dele, com o mapa na mão ele corria a escola toda, colocava as mulheres no lugar, ele se posicionava muito bem, como ele fez falta nesse desfile, mas não tô me lamentando, estava escrito. Volto a dizer que a Grande Rio foi merecedora do título, fez um desfilaço, mas acho que se não fosse esse erro, a disputa seria mais acirrada, se tivéssemos errado menos”.

Você citou o erro do segundo carro, os erros vistos no desfile oficial já foram identificados para o próximo sábado?

“Essas pessoas que não entraram no desfile oficial estão fora, já peguei as fantasias e vou colocar alguém da comunidade para desfilar, o lugar vai estar ocupado por pessoas mais comprometidas com a escola, isso é algo que conta muito pra gente, o nosso povo é muito comprometido. Quando acontece isso, você não sabe o quanto eu fui cobrado, minhas velhinhas todas falando que o povo de fora não deve desfilar, e tenho que concordar, tenho que dar a mão a palmatória. Rolou uma falta de comprometimento também do diretor de carro, mas agora já foi, vamos aprender com o erro”.

O que representa para a Baixada Fluminense o título da Grande Rio e o vice da Beija-Flor?

“A Baixada é um povo muito humilde, muito pobre, não estou dizendo que é um povo esquecido, mas o pessoal do Rio de Janeiro vê a Baixada de uma forma diferente. Quando acontece uma situação como essa é muito bom. Já estava predestinado, nós vamos desfilar no dia do aniversário da Baixada, desfile das campeãs, tudo acontece na hora certa, foi muito importante para o nosso povo, deu uma oxigenada para todo mundo de lá, a Baixada está toda ela em festa”.

Para fechar, o que achou do título da Grande Rio e a volta do Império Serrano?

“O título da Grande Rio é indiscutível, eles fizeram um carnaval para campeão, foram merecedores do que fizeram. O do Império é como se fossem duas vitórias pra mim, da Beija-Flor e do Império, eu nasci lá, sou de Vaz Lobo. Conheci várias personalidades antigas do Império, Mestre Fuleiro, Beto Sem Braço, Jorginho do Império, é praticamente minha casa, meu pai era imperiano doente, a família do meu pai era toda imperiana. Fui criado naquele ambiente, pra mim foi uma felicidade muito grande ver o Império subir, voltar ao lugar que é dele por direito, é uma escola de grande porte, é escola de comunidade, é raiz. Merece estar nesse lugar, vamos torcer que eles consigam permanecer no Grupo Especial”.

Fora das campeãs pela primeira vez, Leandro Vieira ainda não disse se fica ou sai da Mangueira

O desfile em homenagem a Cartola, Jamelão e Delegado produzido pela Mangueira não seduziu os julgadores e a escola ficou pela primeira vez desde 2015 fora das campeãs. Desde sua estreia no Grupo Especial em 2016, Leandro Vieira sempre conseguiu colocar a Mangueira entre as seis primeiras colocadas. Foi um sexto lugar em 2020, um quinto em 2018, um terceiro em 2017 e dois campeonatos em 2016 e 2019.

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O artista sofre muito assédio de várias escolas a cada ciclo que se inicia após um carnaval, mas sempre acaba renovando com a verde e rosa. Porém, até agora, ele não dissse se fica ou sai da escola. A eleição presidencial na Mangueira será no dia 29 de maio. É possível que o ex-presidente Chiquinho da Mangueira seja candidato.

Leandro é o terceiro carnavalesco mais longevo em sequência da história da Mangueira. Caso permaneça em 2023 será o sétimo desfile seguido dele pela escola. Max Lopes ficou oito carnavais seguidos entre 2001 e 2008 e Júlio Mattos permaneceu 12 anos ininterruptos na verde e rosa, entre 1963 e 1974. A maior sequência da Mangueira entre as campeãs foi de sete carnavais, entre 2001 e 2007.

Campeã e acesso! Chegou a hora da Terceiro Milênio e fundador multifunções comemora conquista

A grande favorita depois do que apresentou na pista do Anhembi, a Estrela do Terceiro Milênio confirmou situação favorável e finalmente chega à elite do carnaval de São Paulo. Mesmo com apenas 23 anos, a agremiação da Zona Sul de São Paulo já buscava essa conquista desde 2012 quando bateu na trave. Foram anos na caça, passando perto, mas com momentos de retorno ao Acesso II. Eis que o momento chegou para a comunidade, e o Terceiro Milênio vai disputar a elite pela primeira vez.

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O diretor de harmonia, Japonês muito emocionado e feliz com a conquista, relatou para o CARNAVALESCO a vitória: “Foi muita luta. A gente vem fazendo grandes carnavais há muitos anos. E hoje fomos consagrados, 22 anos lutando por esse sonho, e hoje o Grajaú. A Terceiro Milênio, extremo sul de São Paulo, está no Grupo Especial”.

Um dos grandes personagens da escola é Silvio Azevedo, conhecido como Silvão, que já fez de tudo e um pouco pela escola. “Fui carnavalesco, mestre sala, já fui de tudo. Hoje sou ajudante geral, mas está aí. A comunidade do Grajaú está de parabéns, eles merecem esse título, essa alegria e emoção, agora ir para a quadra e festar até o resto da semana”.

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Japonês reforçou sobre o trabalho feito pela escola: “Trabalhamos demais. Foram dois anos trabalhando, pandemia a gente trabalhou online. Trabalhamos muito com comunidade, obrigado comunidade, diretoria, esse título é para vocês”.

Após a apuração, Silvão foi só vibração: “Nem sei ainda, não sei se eu choro, se eu grito. Mas é uma emoção tremenda, esse momento é esperado há muitos anos. Esperava isso há 24 anos. A gente completa 24 anos dia 5 agora. Quando eu fundei, imaginei que tivesse esse momento, e chegou”.

Superando o incêndio de 2020, Independente Tricolor dá a volta por cima e conquista o acesso para o Grupo Especial

Segunda colocada do Acesso I, a Independente Tricolor conseguiu subir para o Grupo Especial. Foi uma apuração bem tranquila do ponto de vista das notas. Juntamente à Estrela do Terceiro Milênio, ambas as escolas se isolaram e disputaram ponto a ponto para ver quem conquistava a liderança. A escola tricolor está de volta após ser rebaixada no ano de 2018. Em 2020, a agremiação sofreu um baque gigantesco. Com o carnaval quase pronto e, apontada como uma das favoritas do título do Acesso, o barracão onde estava sendo confeccionado todo o desfile, sofreu um incêndio e todo o carnaval foi perdido. Sendo assim, a Independente foi isenta dos desfiles e ficou fora da disputa.

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Mesmo assim, a comunidade não desistiu. O investimento continuou e a escola seguiu forte e, assim, foi presenteada com o acesso. Uma verdadeira volta por cima da escola tricolor.

Emocionado, o diretor de carnaval Pê Santana, falou sobre o acesso da Independente Tricolor. “A gente fez um carnaval espetacular. Sofremos muito pra colocar na avenida. Fizemos tudo do zero. Pegou fogo, incendiou, não reciclamos nada. Foi do pneu até a última pluma. A gente tinha certeza que tinha feito um grande carnaval. Nosso presidente, o que ele fez por nós esse ano, foi fora da realidade”, disse.

Pê Santana, aproveitou para ressaltar o incêndio que feriu profundamente a comunidade e a colocação da escola em 2018. “A gente estava ferido, com o coração apertado e graças a Deus deu tudo certo e estamos de volta ao Grupo Especial. De um lugar que a gente fez um carnaval magnífico em 2018, o ano do terro e, que infelizmente, quebrou um ‘carrinho’, senão a gente ficava até em uma colocação bacana. Não tenho palavras”.

O diretor revelou que já está tudo adiantado para 2023. “Já tem enredo, já tem tudo e essa semana, se Deus quiser, vamos soltar tudo para a mídia”, completou.

Alessandro Oliveira, presidente da agremiação, também estava muito emocionado e ressaltou a superação da Independente Tricolor. “Esse segundo lugar para nós é um primeiro. A gente dedica aquele incêndio a 2020. O que a gente mostrou na avenida, dificilmente alguém iria tirar a nossa subida. Foi um ano difícil, muitas perdas. Em 2018, com o carnaval bem superior e com a queda da comissão de frente e, em 2020 o incêndio, e hoje a gente iria subir de qualquer jeito. Quem desacreditou, até mesmo os veículos de carnaval, não colocaram a Independente como nada, nem na briga. Só esqueceram que nossa comunidade é forte, unida e a gente leva nossa entidade como uma religião e, quem faz isso, é difícil bater de frente. A Independente veio pro Grupo Especial como a maior humildade, mas a gente veio para ficar. Quero retificar que todas as escolas do Acesso fizeram desfiles a nível de Grupo Especial. Parabéns pra todo mundo. Acho que ganhar ou perder, faz parte do jogo, mas chegou a nossa hora”, comentou.

Com muita vibração e emoção, Nenê volta ao Grupo de Acesso de São Paulo

A equipe do site CARNAVALESCO ouviu integrantes do Nenê de Vila Matilde. No desempate, a escola superou o Peruche e conquistou o título do Acesso II de São Paulo. O intérprete Agnaldo Amaral retornou para sua casa mesmo em uma fase complicada, e trouxe um relato bem sincero: “Sensação maravilhosa. Um samba antológico, que está aí desde 1997, reeditamos e fomos felizes. A Nenê veio muito bem. A briga acirradíssima, todas escolas boas. Sofremos ali no samba, dois 9.9, que depois vamos saber a justificativa. Mas o que interessa é o campeonato, trouxemos. Vamos trabalhar para o Acesso que está tudo pesado, cada dia é uma conquista”.

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Bem emocionado, o presidente Mantega desabafou após o resultado: “A execução desse projeto é de um povo todo, essa comunidade que se reergueu, se uniu, se juntou e caiu para dentro do samba. Meus amigos Bernardo, Cristiano, meus parceiros de harmonia, Dona Olívia, Helinho, comunidade toda, Rodrigo, Japonês. Não foi um carnaval sozinho, foi um carnaval que ficaram dias e noites sem dormir, se complicando para fazer isso. Essa briga injusta com uma verba irrisória, não dá para fazer nada, as escolas, todas aqui, um carnaval maravilhoso, fantástico, disputa incrível. Parabéns a todos e minha comunidade, obrigado a Nenê e ao povo do samba”.

O diretor geral de harmonia, Rodrigo Oliveira, ressaltou o trabalho além do acesso, mas de resgatar a Nenê em outro aspecto: “Sensação indescritível, sensação maravilhosa. A Nenê é uma escola de muita tradição, reeditou um enredo que passou por essa passarela em 97 de uma forma avassaladora e a comunidade abraçou, chegou, veio para cima. A comunidade teve o resgate e encontrou nesse enredo a maneira de reencontrar como escola de samba. Veio, abraçou, se uniu para passar com esse carnaval com muita emoção, identidade, foi um Narciso, uma maneira que a comunidade se reencontrou no seu enredo. A forma de ver a sua identidade, de uma escola de tanta história e tradição. Esse enredo é para toda a comunidade matildense que abraçou e trouxe além do resgate, dando a oportunidade de se reencontrar voltando para o Acesso I e em breve voltando para o Especial”.

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Por fim, o presidente da agremiação onze vezes campeã do Grupo Especial, comentou: “Não é uma conquista minha, é do meu povo, ninguém faz nada sozinho, tenho time, equipe, uma nação junto de mim. Esse é o sentimento de uma nação, eu tenho uma nação junto comigo”.

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Olhando o futuro, o diretor geral de harmonia da escola comentou: “Sem dúvida. Na verdade, a gente não quer atropelar as coisas. Já falar que no ano que vem iremos ganhar o Acesso, não é isso. A Nenê, como ela se reencontrou, com certeza ela vai conseguir fazer um ótimo trabalho em 2023, e se o título, ascensão vier, já ano que vem, será maravilhoso e resultado de um bom trabalho. Mas vamos buscar se manter e fazer um ótimo trabalho, reencontrando cada vez mais a nossa identidade e em breve estar de volta”.

Mocidade renova com o diretor Marquinho Marino

Na noite de quinta-feira, através das redes sociais, a Mocidade Independente de Padre Miguel anunciou a renovação com o diretor de carnaval, Marquinho Marino, considero um dos melhores do segmento.

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No dia anterior, o presidente da Verde e Branco de Padre Miguel, Flávio Santos, já tinha elogiado Marquinho Marino e isentado o diretor de qualquer culpa nos problemas enfrentados pela Mocidade no desfile de 2022.

“O Marquinho Marino foi fundamental para que as coisas não fossem piores. Em função do trabalho dele quase chegamos nas Campeãs. Os erros do desfile passam bem longe de ter culpa dele e vamos agir para que as coisas fiquem bem claras. Ele tem a minha total confiança e não precisa provar nada a ninguém, basta ver a transformação da escola nos últimos anos. O torcedor é passional e tem o direito de se manifestar, mas o Marino não tem culpa. Fez um ótimo trabalho”, disse.

Portela renova com os carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage

Martelo batido em Oswaldo Cruz e Madureira! A dupla de carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage renovou com a Portela e será a responsável pelo desenvolvimento do desfile do centenário portelense em 2023.

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Nas redes sociais, a escola anunciou a renovação com a dupla: “A Portela já está focada no Carnaval 2023 e vem a público anunciar as renovações dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage. A dupla chegou na Portela para fazer o carnaval de 2020 e assinou o enredo deste ano. Avante, Portela”.

Renato e Márcia fizeram os desfiles de 2020 e 2022 da Portela. A escola ficou este ano na quinta colocação e volta ao sábado das campeãs. O enredo desenvolvido foi “Igi Osé Baobá”.

Dragões da Real anuncia saída do mestre Tornado e presidente relata decisão difícil

Depois da apuração o vai e vem começa no carnaval de São Paulo. Um dos primeiros anúncios oficiais veio da Dragões da Real, 7ª lugar, que agradeceu o Mestre Tornado e anunciou sua saída da escola.

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Tornado viveu momentos intensos com a comunidade da Dragões, afinal assumiu em 2015 e neste período a escola ficou duas vezes no vice-campeonato em 2017 e 2019. Além de voltar para as campeãs em outras oportunidades.

A ligação do Mestre criado na Vai-Vai e com passagem marcante na Rosas de Ouro, foi grande com a Dragões da Real, trabalhando juntamente com a comunidade e formando novos ritmistas. Mas chegou ao fim a parceria desses tantos carnavais com o mestre.

Segue a nota da Dragões:

“Querido Mestre Tornado, Deixamos aqui os nossos profundos agradecimentos por tudo que fez pela Dragões. Nosso ciclo profissional encerrou-se, mas o nosso coração sempre estará com você! Obrigado por tudo que construiu e pela brilhante trajetória na comunidade de gente feliz! Que seu futuro seja brilhante, ora que seu grande talento é eterno! Obrigado por “incendiar” a bateria da nossa escola! Um grande abraço de toda comunidade de gente feliz! Sucesso grande Jorge!”

Em seguida, nos comentários, o presidente Renato Remondini, o Tomate, comentou: “Infelizmente na vida temos que tomar algumas decisões que não são fáceis, ainda mais quando se trata de alguém que tenho como amigo, mas é preciso seguir e saber separar as coisas. Hoje a escola entendeu que este seria o melhor caminho. Já te falei pessoalmente Tornado, mas repito nossa gratidão e respeito a tudo que você fez por nossa escola. Sucesso na sua caminhada Mestre”.

A rainha Karine Grum também comentou: “Muito obrigada mestre. Muito sucesso”.