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Independente de Olaria brilha no canto, mas falhas e estouro de tempo comprometem o desfile

Por Márcio Guilherme

Primeira escola da noite, a Independente de Olaria levou para a avenida o enredo, ”Vagalume: O lumiar do rio negro”, desenvolvido pelos carnavalescos Ariel Portes e Ester Domingos, foi uma homenagem a Francisco Guimarães um dos raros jornalistas negros e cronista do século XX, ao qual ganhou destaque por documentar os aspectos sociais de uma cidade em constante transformação.

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A agremiação se apresentou na avenida Intendente Magalhães com o canto forte dos seus componentes, contudo apresentou falhas individuais e na evolução, prejuízos esses que acarretaram no estou de tempo do seu desfile.

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Comissão de frente

Comandada pela coreógrafa Ranna Jallahs, se apresentou em todos os módulos de jurados com muita sincronia, uma encenação forte como exigida pelo tema ao qual retratou bem o regime militar, sob a ótica da personagem do desfile, com muita leveza e leitura clara do enredo. Foi muito bom o trabalho. Foram dispostos a conseguir a nota máxima.

Mestre-sala e porta-bandeira

O casal Gabriel Galvão e Laís Menezes, vinham se apresentando com muita técnica e sincronismo, até que durante a apresentação diante do segundo módulo, a Porta-bandeira perdeu o equilíbrio e caiu durante a sua apresentação, por conta do peço da sua fantasia e por não estar usando o salto adequado, o que gerou uma certa insegurança no decorrer das suas apresentações no desfile.

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Harmonia e Evolução 

Os componentes vieram vibrantes e cantando o samba da escola, até mesmo em alguns momentos agitando a arquibancada.

No decorrer do desfile, houve problemas com os carros alegóricos, ocasionando aberturas e espaçamentos entre as alas. O peso das fantasias comprometendo a performance individuais como da porta-bandeira, das baianas com clara a dificuldade de execução, o que acarretou nos atrasos, gerando a correria no ultimo treco do seu desfile, na tentativa de evitar o estouro do tempo, nada adiantou. Encerrou o seu desfile em 41 minutos.

Samba

O samba dos compositores Romeu D’Malandro, Gabriel Simões, Rodrigo Tinoco, Renan Diniz, Geraldo M. Felício, Gabriel Machado, Josy Pereira, Denis Moraes, Ricardinho Professor, Marcelo Mineiro, Telmo Augusto, Gilsinho da Vila, Silvano e Laura Texeira, passou muito bem a leitura do enredo. De fácil linguagem e melodia leve, foi uma obra muito bem interpretada pelo Rodrigo Tinoco e todo o seu carro de som, fizeram o grande diferencial contagiando os componentes.

Outros destaques

As brilhantes apresentações do intérprete Rodrigo Tinoco e do carro de som foram os grande diferenciais no desfile ao cativar os componentes a cantar o samba. Na regência do mestre Marquinhos Swing, os ritmistas foram pontuais e precisos nas nuances. Determinantemente ousados nas bossas, ao qual enriqueceram juntamente com o carro de som o samba. Foi um casamento perfeito de sincronismo.

Império de Nova Iguaçu encanta com comissão de frente e Bruno Ribas, mas falhas de evolução comprometem desfile

Por Márcio Guilherme

O impacto da comissão de frente e a excelente interpretação do Bruno Ribas, foram os destaques da Império de Nova Iguaçu, mas problemas de Evolução comprometeram o seu desfile. Terceira escola da noite e estreante da Série Prata, a Império de Nova Iguaçu levou para a avenida o enredo “O paraíso Noçokem” desenvolvido pelos carnavalescos Larissa Pereira e Hugo Ribeiro, contou sobre a fantástica viagem à floresta encantada no coração da Amazônia, protagonizada pela Nação Sateré-Mawé. O que começou como um grandioso desfile, acabou sendo prejudicado por conta dos erros de evolução da escola.

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Comissão de frente

Comandada pela coreógrafa Alinne Kelly, se apresentaram com muita performance e sincronismo; com efeitos especiais para abrilhantar mais ainda a encenação de um verdadeiro e beirando a realidade do ritual indígena. Se apresentou muito bem, dispostos a ganhar a nota máxima.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Yago Silva e Lohane Lemos fizeram prevalecer toda a experiência dançando juntos. Com muita performance e sincronismo, em excelência se apresentaram e defenderam com muita determinação o pavilhão da escola diante de todas as cabinas de jurados e trazendo o público da intendente para o desfile. Foram em busca da nota máxima.

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Harmonia e Evolução 

Os componentes apresentaram oscilações de canto entre as alas e não absorveram a emoção do samba, mesmo com a excelente interpretação do Bruno Ribas e do carro de som.

A agremiação vinha se apresentando bem, mas com uma certa lentidão, ao qual ocasionou a corrida e vários espaçamentos entre as alas no final do seu desfile para evitar a o estouro do tempo que nada adiantou. A agremiação terminou o seu desfile em 43 minutos e 17 segundos.

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Samba

A composição de Samir Trindade, Rene Barbosa Herval Neto e Daniel Paixão, interpretada por Bruno Ribas e carro de som, deu conta do recado ao transmitir toda a emoção do samba. Com uma letra de linguagem fácil e de nuances melódicas, fizeram dessa obra completa. Uma verdadeira poesia.

Outros destaques

A brilhante apresentação de Bruno Ribas mais o carro de som e a apresentação da comissão de frente foram os pontos altos do desfile. Os ritmistas comandados por Marven Almeida, se apresentaram com muita ousadia nas bossas que trouxeram um resultado muito positivo em complemento ao carro de som, ao fazer do samba mito rico. Excelente performance.

Acadêmicos de Santa Cruz empolga com comissão de frente, mas ‘excesso de alegorias’ quase compromete o desfile

Por Juan Tavares

A Acadêmicos de Santa Cruz despertou o melhor na sua comunidade com direito à torcida organizada com bandeira e tudo. Claro que, o público foi bastante respeitoso às demais agremiações que percorreram antes o trajeto da Intendente. A comissão de frente chegou chegando com uma caracterização única e marcante, com seus componentes vestidos nas cores verde e branco, as mesmas da escola. David Lima, responsável pela coreografia da comissão, merece um prêmio pelo modo em que pensou os passos deste ano.

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

O problema mesmo ocorreu no final, por conta da variedade de carros alegóricos que a escola apresentou. A exuberância, graciosidade e pompa atrapalharam de forma sutil o fim do desfile que por pouco não estoura o tempo estabelecido pela Superliga Carnavalesca.

Comissão de Frente

Os componentes vestidos de verde, como uma espécie de peixes dançaram e performaram bem a coreografia proposta por David Lima. Não houve um erro sequer no tempo nem na execução, os componentes mantiveram a sintonia até o fim da apresentação da escola.

Mestre-sala e porta-bandeira

Diego Falcão e Jaqueline Gomes foram excepcionais na apresentação. O casal esteve conectado, pareciam feitos um para o outro. A parceria se renovou para 2025 e, provavelmente, se repetirá em outros carnavais. A maestria como deles apresentou, ao mesmo tempo delicadeza e robustez. Eles podem e devem ser tidos como referência para as próximas gerações que postulam o cargo.

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Harmonia

As alas estavam em perfeita harmonia umas com as outras. Os intérpretes colocaram torcedores e os componentes a cantarem a plenos pulmões sem cansar. Era notável o amor à escola não só pelos detalhes feitos à mão nas alegorias e fantasias, como também pela verdade com que todos presentes ali se entregavam de coração à mistura de cores, passos e sons. A bateria performou com qualidade, de tanto ensaiarem repetidamente o modo de fazer Carnaval. Afinal, por mais que a perfeição não exista, tenta-se chegar o mais próximo dela.

Evolução

A evolução esteve boa na maior parte do tempo, com carros alegóricos cheios de pompas, a escola cantando o tempo todo, as alas unidas, apesar de diferentes em aspectos técnicos e de fantasia. No final, Santa Cruz ficou mais acelerada para terminar a apresentação no tempo cravado pela SuperLiga.

Samba

Este ano a escola escolheu como samba a canção “Os Sagrados Altares Tupiniquins” dos autores Elias Andrade, Rafael Lima, Samir Trindade, Aurelio Brito, Zé Gloria, Pierre Perez, Luiz Brasilia e Carla Barreira e interpretada por Roninho Remandiola.

O trecho do enredo: “Eu tenho Maria e Oxalá Jesus. Eu tenho Zumbi, pajés e Exus. Erês e Caboclos, axé da história e a Santa Cruz no congá da vitória” mostra como o preconceito religioso vindo da Europa pelo mar criou a intolerância ao povo negro e indígena, acima de tudo às suas religiões tachadas como demoníacas, perversas. Ao mesmo tempo, a música exalta a essa mistura de credos que existem no Brasil.

Outros Destaques

A rainha de bateria Letícia Guimarães entregou muito, mas muito carisma, beleza e samba. Além disso, ela conseguiu mostrar aos torcedores (súditos) da escola como é reinar com elegância, humildade e responsabilidade de desempenhar um papel tão importante numa escola.

As musas Juliana Ribeiro e Paula Lacer também abrilhantaram o desfile. Elas foram essenciais para a evolução da escola na noite de ontem. Não faltam elogios a serem tecidos à dupla pela simpatia, visual e interpretação na escola.

Com garra, Leão de Nova Iguaçu supera desafios e faz bom desfile na Intendente Magalhães

Por Julia Fernandes

Na madrugada desta terça-feira, o Leão de Nova Iguaçu atravessou a Avenida Intendente Magalhães com imponência, reafirmando sua identidade e sua força na Série Prata. Com o enredo “O Grande Obá”, a escola trouxe para a pista um desfile carregado de simbolismo, exaltando Xangô na figura de Aganjú e suas conexões com o sincretismo de São Jerônimo.

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Comissão de Frente

A comissão de frente foi um verdadeiro convite para adentrar o universo místico do enredo. Com coreografias dinâmicas e uma plástica envolvente, os componentes encarnaram a força de Aganjú, demonstrando sua coragem e sabedoria. A coreografia, assinada por Maicon Teixeira, soube traduzir com maestria a essência do enredo em movimentos marcantes. Durante a apresentação, houve uma troca de figurinos, o que adicionou um elemento surpresa ao desfile. No entanto, a execução não foi perfeita: algumas roupas da comissão caíram e a sincronização dos componentes não foi uniforme, o que comprometeu parte da apresentação.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Ângelo Virtude e Sued Monteiro brilharam sob os holofotes, conduzindo com graça e respeito o pavilhão da escola. O casal demonstrou uma conexão forte e carisma inquestionável, o que encantou o público e os jurados. Sued, com um figurino majestoso, evocava a realeza africana, enquanto Ângelo dançava com leveza e precisão. No entanto, o chapéu da porta-bandeira caiu no meio da evolução, o que pode impactar na nota do casal.

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Harmonia

A comunidade do Leão de Nova Iguaçu mostrou que canta com alma, mas sua participação poderia ter sido mais intensa. O samba-enredo ecoou forte na Intendente Magalhães, mas em alguns momentos, percebeu-se que a escola cantou pouco, o que pode comprometer a avaliação geral. Ainda assim, o coro dos componentes e do público ajudou a sustentar o desfile.

Evolução

O Leão atravessou a avenida sem percalços, mantendo uma evolução fluida e bem distribuída. Os componentes demonstraram organização e empolgação, sem deixar buracos ou problemas de espaçamento. O entrosamento entre as alas e a bateria foi essencial para que a escola passasse com garra, sem comprometer a apresentação. No entanto, observou-se que as alas eram pequenas, o que impactou a grandiosidade visual do desfile.

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Outros Destaques

A bateria, sob o comando de Mestre Nilson Simões, foi um dos pontos altos do desfile. Com cadência e pegada envolvente, os ritmistas incendiaram a avenida, impulsionados pela energia contagiante da rainha Índia Zurich e do rei de bateria Anderson Reis, que deram um verdadeiro show de samba no pé. Apesar disso, a bateria desfilou com fantasias simples, mas se destacou pela organização e sincronia impecáveis.

As musas Nininha Tavares, Kelly Christina, Helen dos Santos e Andressa Fonseca esbanjaram simpatia e brilho, incorporando a essência do enredo em suas fantasias e evolução.

Os carros alegóricos, assinados pelo carnavalesco Leno Vidal, deixaram a desejar em termos de grandiosidade e acabamento. Simples e com detalhes mal finalizados, as alegorias não conseguiram impactar tanto visualmente.

Alegria de Copacabana desfila sem alegorias e luta para permanecer na Série Prata

Por Julia Fernandes

A Alegria de Copacabana atravessou a avenida Intendente Magalhães com muitos desafios, na madrugada desta terça-feira, pela Série Prata. Com o samba-enredo “Carnaval, a Alegria de Copacabana”, a agremiação reviveu os carnavais históricos do bairro mais emblemático do Rio de Janeiro.

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No entanto, o presidente da escola, Maurício Dias, declarou publicamente que a prefeitura impediu a entrada dos carros alegóricos na avenida. Contudo, a própria escola não entregou as alegorias dentro do prazo estipulado, o que justificou a interdição. O presidente também mencionou que muitos componentes acabaram indo embora antes do desfile, o que afetou a força da escola na avenida.

Comissão de Frente

Sob a coreografia de Léo Oliveira, a comissão de frente abriu o desfile com um belíssimo número teatral, representando a evolução do carnaval em Copacabana. As fantasias eram muito simples, mas a coreografia bem elaborada e extremamente sincronizada compensou a falta de luxo.

Mestre-sala e Porta-bandeira

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Estephani Rufino e Fábio Rodrigues protagonizaram um verdadeiro espetáculo na pista, conduzidos pela orientação da coreógrafa Fernanda Costa. O casal demonstrou um vínculo forte, com movimentos bem conectados e uma sintonia que transpareceu em cada giro e evolução. A bandeira da escola foi defendida com garra e elegância, em perfeita harmonia com o enredo.

Harmonia

A comunidade cantou sem força e empolgação o samba interpretado por Francisco Ribeiro, o Chicão. Além disso, foi possível notar que muitos componentes desfilaram de “cara amarrada” e sem animação. O samba-enredo, de melodia contagiante e letra envolvente, ganhou corpo e emocionou na voz do puxador.

Evolução

A Alegria de Copacabana manteve um bom ritmo do início ao fim do desfile, sem espaçamentos ou falhas perceptíveis. As alas, apesar de pouco animadas, estavam bem organizadas, garantindo uma apresentação coesa. O conjunto visual contribuiu para a fluidez da apresentação, com fantasias bem estruturadas e com uma paleta de cores vibrante.

Nos minutos finais do desfile, a escola precisou correr muito para concluir sua passagem, o que acabou comprometendo a evolução e levando a um estouro de três minutos no tempo máximo permitido.

Outros Destaques

A bateria “Furacão da Alegria”, sob comando do mestre Júnior Mikão, foi um show à parte. O ritmo envolvente e os paradãos bem executados incendiaram a avenida. A rainha de bateria, Escarlet Cristina, esbanjou carisma e samba no pé, com um figurino deslumbrante.

Vizinha Faladeira emociona com enredo sobre miscigenação, mas corre contra o tempo na evolução

Por Ana Júlia Agra

A Vizinha Faladeira levou à Intendente Magalhães, na madrugada da última segunda-feira, pela Série Prata, um samba-enredo que abordava a miscigenação e a construção do povo brasileiro. Jorge Vinícius e Jéssica Barreto, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, mostrou sincronia e entrosamento para os jurados, uma coreografia leve e fluida. Já na evolução, a escola acabou enfrentando alguns problemas, com a escola acelerando para não estourar o tempo.

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Comissão de frente

Sob o comando do coreógrafo Tony Tara, a comissão de frente da Vizinha Faladeira, envolveu o público com uma coreografia que apresentava com o característico humor e personalidade do brasileiro os elementos da nossa cultura carnavalesca para o rei Hassan II, em sua chegada à Mesquita Marroquina. Enquanto dançavam, os componentes entoaram com força e autoconfiança os versos do samba-enredo “Lá vem vizinha/Pioneira/Brasileira/Vencer/É faladeira sim/Não se omite não/Sonhando mais um sonho de João” celebrando. Utilizaram da ilusão de ótica com a mudança de roupa de seus componentes durante a coreografia; baianas que se transformaram em passistas e o rei Hassan II com uma roupa leve, tirando suas vestes reais para curtir o carnaval brasileiro.

Mestre-sala e porta-bandeira

Jorge Vinícius e Jéssica Barreto, apresentaram uma dança cadenciada, com movimentos leves e fluidos. O casal mostrou conexão com o enredo e entre si. A coreografia foi bem executada, entretanto, a saia da porta-bandeira apresentou algumas falhas visíveis na barra de sua fantasia, faltando algumas plumas amarelas, deixando uma parte da estrutura à mostra.

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Harmonia e Samba

O canto da comunidade oscilou durante sua passagem pela Intendente. Já os intérpretes Enzo Belmonte e Marcelinho conduziram de forma satisfatória o samba envolvente. A bateria comandada pelo mestre Renatinho do Batuque passou pela Passarela Popular do Samba empolgando os foliões que assistiam da arquibancada, com um ritmo contagiante.

Evolução

A escola passou com carros alegóricos grandiosos e muitas alas, o que ocasionou certa correria na escola, para que pudesse fechar o desfile dentro do tempo regulamentar, sem penalidades, o que aconteceu. Contudo, alguns buracos foram feitos em frente aos últimos módulos julgadores.

Acadêmicos da Rocinha leva mensagem ambiental à Intendente, mas enfrenta problemas de evolução e harmonia

Por Ana Júlia Agra

A Acadêmicos da Rocinha levou à Passarela Popular do Samba, na última segunda-feira, na Intendente Magalhães, um desfile que ressaltou a importância dos insetos e da preservação da biodiversidade, que independente de seu tamanho, cada um tem seu papel no mundo. Incentivando o público a cuidar da natureza em cada detalhe. A apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira, mostrou o amor e respeito ao pavilhão. Apesar da comunidade entoar forte o samba, a escola apresentou problemas de harmonia e evolução, estourando o tempo regulamentar.

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Comissão de frente

Rocinha apresentou sua comissão de frente com uma bela coreografia representando os insetos e suas particularidades, com destaque para a borboleta, símbolo da escola. A componente que estava representando-a foi erguida no final de cada apresentação, perante aos módulos julgadores por outros dois integrantes. O canto forte e apaixonado de seus componentes abrilhantou a apresentação.

Mestre-sala e porta-bandeira

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, apresentou uma dança cativante e delicada, com movimentos suaves e sincronizados, mostraram conexão e intimidade e mais uma vez a borboleta, símbolo da escola, foi destacada, já que durante as apresentações, o casal reverenciava a estampa do inseto na bandeira quando o samba entoava a palavra “borboleta”. A fantasia do casal estava vibrante e repleta de plumas e pedrarias.

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Fotos: S1 Comunicação/CARNAVALESCO

Harmonia e Samba

A harmonia da escola conseguiu desenvolver o canto forte de seus componentes, entretanto, a correria da escola acabou comprometendo a evolução e beleza de seu desfile, principalmente perante aos módulos julgadores.

O intérprete conduziu com maestria o samba intitulado como “O menor espetáculo da Terra”, levando animação e fácil contágio para o público presente, acompanhado da comunidade que mesmo enfrentando problemas anunciados desde o início do desfile no carro de som, estava empolgada. A bateria encaixou perfeitamente com o samba: leve, animado e envolvente.

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Evolução

A escola teve atraso para chegada e início de seu desfile, apresentou desorganização e correria de seus componentes e no trânsito dos carros pela Passarela Popular do Samba, deixando buracos visíveis em frente aos jurados, principalmente próximos ao terceiro e quarto módulos. Rocinha encerrou seu desfile estourando o tempo regulamentar em um minuto e quatorze segundos.

Camarote King recebe Xande de Pilares e celebra a magia do Carnaval Carioca na segunda noite de desfiles do Especial

A segunda noite de desfiles do Grupo Especial também teve muito samba no Camarote King. O cantor, compositor e salgueirense Xande de Pilares foi um dos grandes destaques da noite.

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Ao CARNAVALESCO, o sambista revelou que acompanhou a trajetória do King desde 2017, ano em que foi inaugurado na Marquês de Sapucaí.

“Conheço o King desde o começo. A experiência de ver o desenvolvimento e de ver a coisa acontecendo é legal. É muito bacana você ver um profissional começando no primeiro degrau e querendo chegar ao degrau de cima. O Camarote King é uma coisa que está evoluindo cada vez mais e, ainda bem, sou testemunha disso”, contou Xande.

Xande também comentou a emoção dupla de cantar em um dos camarotes da Sapucaí e ter assinado o samba da sua escola do coração, o Salgueiro.

“É muito emocionante, porque eu comecei aqui (Sapucaí) ornamentando camarote entre 1982 e 1983 para ganhar um trocadinho. Hoje, ser um dos parceiros da escola de samba que eu amo – que trabalhei no barracão e empurrei carro alegórico – é muito legal. Eu procuro passar isso para a molecada que estou vendo crescer para que não desanimem. É muito bom você gostar de fazer uma coisa e conseguir se tornar protagonista disso”, revelou.

Ao todo, MC Maneirinho, Entre Elas, Juliana Diniz e Chacal do Sax se apresentaram no camarote nesta segunda-feira. Cerca de 2.500 foliões marcaram presença.

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E também teve artista estreante na Passarela do Samba. O cantor, DJ e produtor FP do Trem Bala foi um dos convidados do King para acompanhar de perto o segundo dia de desfiles da elite do Carnaval carioca. Torcedor da Mocidade Independente de Padre Miguel, ele disse estar encantado com a recepção e o espetáculo.

“Eles (as escolas) se preparam o ano todo para fazer o desfile para o público. Carnaval é cultura, é alegria e paz. A recepção aqui no Camarote King está demais. Ver isso tudo aqui de pertinho é surreal, estou amando. Está aprovadíssimo, nota mil”, comentou, empolgado, FP.

Um levantamento feito pelo camarote revelou que cerca de 50% dos clientes de 2025 já estiveram no King em anos anteriores e afirmam retornar pela qualidade do serviço. É o caso da mangueirense Priscila Lisboa, de 42 anos.

“Vim pela primeira vez na Série Ouro, no ano passado. A experiência foi maravilhosa. Carnaval e samba têm tudo a ver. Até prefiro ficar lá dentro, no ar-condicionado, com o Xande (risos). A expectativa está ótima”, afirmou.

TOM MAIOR VENCE ACESSO 1 E ESTÁ DE VOLTA AO GRUPO ESPECIAL DE SÃO PAULO

Com 269,8 pontos, a Tom Maior e a campeã do Grupo de Acesso 1 do Carnaval de São Paulo e está de volta ao Grupo Especial em 2026.

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Em seguida, ficou a Mocidade Unida da Mooca com a mesma pontuação e que também vai desfilar na elite paulistana no próximo carnaval.

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São rebaixadas para o Acesso 2 a X-9 Paulistana, com 269 pontos e a São Lucas, com 268,9.

 

Presidente Erica Ferro, do Camisa: ‘O sentimento é de campeã, de dever cumprido’

Foi um desfile emocionante! Ter a responsabilidade de homenagear um dos grandes artistas do país não é para qualquer um. Coube ao Camisa Verde e Branco cantar e contar a história de Cazuza no Anhembi.

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Após permanecer no Grupo Especial em 2024, o Camisa termina o ciclo de 2025 na quinta colocação, o que dá direito ao trevo a retornar nas campeãs no próximo sábado.

Ao CARNAVALESCO, a presidente Erica Ferro declarou que a sensação é de dever cumprido com a comunidade.

“O sentimento é de campeã, de dever cumprido. Trabalho foi concluído com a comunidade por parte da diretoria. O Camisa ficou anos no acesso, permanecemos no especial e agora voltamos entre as 5. Esse é um grande presente para minha comunidade”.