Nos preparativos para homenagear a cidade de Japeri no carnaval de 2024, integrantes da Império da Uva se reuniram no domingo, na quadra no bairro Carmary, em Nova Iguaçu, para a apresentação dos sambas-enredo. A final será no dia 8 de outubro.
Foto: Divulgação
O enredo “Dos trilhos do passado a Um Novo Tempo: Japeri” conta a história geral do município, desde sua criação, emancipação e desenvolvimento atual. A prefeita do município, Fernanda Ontiveros, marcou presença e não conteve a emoção ao chegar vestindo a camisa da agremiação.
“Estou muito feliz de estar aqui. Agradeço ao presidente Portuga por ter nos dado esta oportunidade. Nossa cidade sendo cantada e apresentada na Avenida no carnaval de 2024 é um verdadeiro sonho. Meu município é muito rico em cultura e deve ser explorado cada vez mais”, mencionou a gestora.
O presidente de honra, Hernalton Portuga, relatou que a Império da Uva tem um perfil de falar da trajetória das cidades da Baixada e Japeri foi escolhida por ter uma história tão rica.
“Nossa função é mostrar a cultura da cidade. E Japeri tem uma história muito linda com atrativos que até mesmo a população não faz ideia que existe. Vamos fazer o melhor carnaval da história”, enfatizou.
A Mocidade Unida da Mooca é uma agremiação que vem trilhando um forte caminho em busca da primeira vez no Grupo Especial. Mas desde 2019, quando chegou no Grupo de Acesso I, vem batendo na trave, na estreia no 5ª lugar, mas depois três anos no 4ª lugar e sempre bem próximo da agremiação que subiu. O presidente da MUM, como é conhecida carinhosamente a agremiação da Mooca, Zona Leste de São Paulo, Rafael Falanga conversou com o site CARNAVALESCO e relatou sobre como funciona a escola que era presidida por seu pai Roberto Falanga até 2012.
Foto: Fábio Martins/CARNAVALESCO
“É uma construção na verdade, a MUM chega no Grupo de Acesso I, uma escola mais jovem de acesso, no ano passado por exemplo nós tínhamos um grupo com títulos que o Grupo Especial, na somatória, então a MUM é uma construção. Acreditamos muito no processo, esse que nos trouxe até o acesso e é o que vai nos levar até o Especial. É isso, continuidade, é trabalho, a comunidade precisa continuar acreditando e vamos chegar”.
Um dos pontos que orgulha muito a MUM nos últimos carnavais é na construção de seus enredos sempre com resgates importantes da história, como o presidente Rafael Falanga citou em conversa conosco ‘trazer histórias apagadas que dialoguem com a sociedade’, e explicou todo esse contexto construído pela agremiação da Mooca.
“Muito curioso que desde o enredo do Xangô, fizemos os três santos Reis na verdade que era ‘A Santíssima Trindade de Oyó’ que falava sobre sincretismo religioso em uma época que ninguém falava sobre intolerância religiosa. Nós trouxemos esse enredo, no ano seguinte trouxemos o ‘Manto Sagrado’ trazendo a história dos sambas de São Paulo através dos pavilhões, paninho, história de seu Fernando Penteado. Depois viemos com ‘Aruanda’, outro enredo de extrema importância para o momento, que se falava de religião, aceitação, das religiões de matrizes africanas, de racismo. Trouxemos Abdias do Nascimento, uma história apagada, um dos grandes negros deste país, intelectual, foi senador, enfim. A ideia da MUM é trazer histórias apagadas que dialoguem com a sociedade e que tragam de fato a importância da representatividade dos personagens que abordamos. Buscamos resgatar isso, as histórias apagadas, os enredos e homenageados que merecem de fato estarem em uma posição de um carnaval, sendo homenageados. Tenho falado muito sobre isso internamente, fazer um enredo de homenagem, seja ele cultural, de forma rasa, já fizemos muito e já vimos muito”.
Completando sobre o momento que vive a vermelho, branco e verde, Falanga disse: “Então é momento de construir algo mais profundo e a MUM vem nesta vertente, acredito que vem acertando, agora trazendo, depois de um grande enredo de Chaguinhas, um enredo de uma história apagada também, de um negro paulistano, trazendo agora a professora Helena Theodoro, uma das maiores intelectuais pretas deste país. É uma construção de DNA, de identidade, de uma escola que busca uma afirmação, de dentro para fora, e estamos muito felizes”.
Para 2024, a MUM renovou boa parte da sua equipe, teve uma troca na porta-bandeira, Graci Araújo deixou a escola, e Paulinha Penteado, nome forte carnaval paulista, que esteve no Vai-Vai em 2022, retornará para o Anhembi na escola. O presidente Falanga comentou que ainda terão novidades.
“O Gui e o Clayton se completam, é o arroz e o feijão, uma coisa muito especial. O Clayton com toda qualidade musical dele, o Gui com todo astral, clima, e com todo talento que ele tem, nas composições, ele é um dos grandes responsáveis por esses últimos anos, da discografia da MUM. E a Paulinha vem para somar, uma grande porta-bandeira, talvez uma das maiores porta-bandeiras do carnaval de São Paulo, grande história, vem para agregar muito nesse time da MUM, e ainda tem muita coisa para chegar. Ainda embora tenha lançado o samba um pouco antes do que o costumeiro, foi também por uma questão de estratégia, vamos aumentar um pouquinho a escola, então vamos começar mais cedo a trabalhar. Ainda tem bastante coisa para acontecer, bastante gente para chegar e várias novidades”.
Com o enredo “Oyá Helena”, a Mocidade Unida da Mooca será novamente a última agremiação a desfilar no Sambódromo do Anhembi, ou seja, fecha o carnaval de São Paulo no domingo, dia 11 de fevereiro.
O vice-presidente da Liesa, Helio Motta, realizou uma visita técnica ao local das gravações com a equipe de produção, os mestres de bateria e diretores das agremiações. A Cidade das Artes está pronta para receber nossas escolas de samba!
Vem aí o álbum do Rio Carnaval 2024!
A equipe de produção, os mestres de bateria e os diretores das agremiações já estão nos preparativos para as gravações, que começam em outubro.
Responsável pela comissão de frente da Vila Isabel, ao lado de Márcio Jahú, o coreógrafo Alex Neoral foi convidado pela pela Secretaria de Estado e Economia Criativa (Secec) do governo do Rio de Janeiro para participar do Festival Hola Rio, com sua companhia a Focus Cia de Dança. O evento acontecerá nos dias 14 e 15 de setembro, na Casa de América. Será exibido o carro-chefe da companhia, a consagrada coreografia “As canções que você dançou pra mim”, dedicada ao repertório do cantor Roberto Carlos.
Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO
Especialmente para homenagear a plateia em Madri, as canções “Detalhes” e “Emoções”, dois clássicos de Roberto Carlos, serão em versão espanhola. O musical já foi assistido por mais 300 mil pessoas em 11 anos. A Focus Cia de Dança apresentou também a performance “Trupe” na Casa de Vacas e fez residência artística com a coreógrafa Carmen Larraz na semana de 4 a 9 de setembro.
Na volta da Espanha, a Focus Cia de Dança encara a maratona de itinerar em outubro e novembro para apresentações e celebração dos 70 anos da Petrobras. Serão exibições em Natal, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis, Canoas, Caxias do Sul, Rio de Janeiro, Macaé e Curitiba.
A Unidos da Tijuca realiza nesta quinta-feira, 14 de setembro, a partir das 19 horas, mais uma etapa eliminatória da disputa que irá definir o samba-enredo que a agremiação desfilará no Carnaval 2024, servindo de trilha sonora para o enredo “O Conto de Fados” do carnavalesco Alexandre Louzada. Sete obras seguem na disputa e uma será eliminada. A grande final está marcada para sábado, 21 de outubro, a partir das 21h.
Quem quiser assistir a festa, basta comparecer à quadra da agremiação situada na Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo. Até às 20h30 a entrada é franca, após R$ 10,00. A mesa para 4 pessoas custa R$ 50,00 e os camarotes (inferiores e superiores) com capacidade para 10 pessoas saem por R$ 200,00. A venda antecipada é no televendas 21 96492-0940 ou na bilheteria, durante o evento.
Abrindo a noite, o tradicional show dos segmentos do Pavão, embalados pela voz de Ito Melodia, no ritmo da bateria Pura Cadência de mestre Casagrande. Em seguida, as sete parcerias subirão ao palco e terão cada uma 20 minutos de tempo de apresentação.
Serviço:
Eliminatória de Samba-Enredo da Unidos da Tijuca
Data: 14/09/2023
Horário: 19h às 0h
Local: Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo
Valor: Entrada Franca até 20h30, após R$ 10,00 – Mesas p/4: R$ 50,00 – Camarotes p/10 – R$ 200,00
Classificação LIvre
O Sesc Madureira exibe, de 23 de setembro a 10 de dezembro, a Exposição Cartografias de Augusta. A mostra apresenta o acervo e o legado artístico da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, de 81 anos. A exposição presta uma homenagem ao itinerário da artista e a sua dedicação à maior festa popular do país. A carnavalesca é responsável por apresentações históricas do carnaval, como “Domingo” e “O Amanhã”, ambas na União da Ilha do Governador. Pelo Salgueiro, participou das comissões de carnaval que marcaram época durante as décadas de 1960 e 1970. Além do período da Revolução Salgueirense e da Ilha, Augusta teve passagens por Tradição, Paraíso do Tuiuti e Beija-Flor de Nilópolis. A curadoria é de Eduardo Gonçalves e Leonardo Antan e produção do coletivo Carnavalize. A mostra foi contemplada pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar.
Foto: Divulgação
“É muito importante lançar um olhar sobre a trajetória de Maria Augusta no Carnaval, trata-se de um nome pioneiro e responsável por inúmeras transformações. Além de ser um dos poucos nomes femininos entre os “grandes carnavalescos da festa”. Seu trabalho ficou marcado pela originalidade e sempre esteve à frente do seu tempo. Foram desfiles com temas inéditos, uma linguagem lúdica e formas arrojadas. O revisitar da sua obra na exposição ressalta a atualidade do seu legado, que segue influenciando jovens artistas”, destacam os curadores que fizeram uma vasta pesquisa no acervo da homenageada durante mais de três meses para selecionar as obras.
A exposição conta com desenhos, documentos, projetos e registros das produções da artista ao longo de sua carreira. A mostra visual também é composta por obras inéditas de outros integrantes das escolas de samba, demonstrando como o trabalho de Augusta ainda ressoa nas produções contemporâneas do carnaval. Além disso, a presença de artistas oriundos de outras linguagens simboliza um intercâmbio entre a cultura popular e elementos da cultura canônica. São alguns dos nomes da mostra: Alex de Souza, Carila Matzenbacher, Jorge Silveira, Julia Gonçalves, Mulambo, André Vargas, Felippe Moraes, Andrea Vieira e Penha Lima.
O projeto é realizado pelo Carnavalize, coletivo que valoriza os aspectos culturais e artísticos do carnaval brasileiro, incentivando o processo de resgate da história de uma das nossas mais importantes manifestações. Além de um trabalho realizado em diversas redes sociais e em site com ensaios e crônicas sobre a folia, o projeto atua como selo literário e produtor cultural. Ao longo dos últimos anos, realizou uma série de eventos, exposições, palestras, seminários, oficinas, intervenções urbanas e rodas de conversa sobre grandes personalidades e artistas da folia, além de promover discussões sobre os rumos e a memória das escolas de samba. A múltipla equipe idealizadora de curadoria e produção é integrada por Ana Elisa Lidizia, Alice da Palma, Débora Moraes, Eduardo Gonçalves, Felipe Tinoco, Jacqueline Melo, Leonardo Antan e Thomas Reis.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em segunda discussão, nesta quarta-feira, o Projeto de Lei 5.845/22, do deputado Carlos Macedo (REP), que obriga a instalação de sinalizadores sonoros e visuais para alerta de carros alegóricos das escolas de samba no Carnaval. O texto segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo.
Foto: Site CARNAVALESCO
Os sinalizadores deverão ser utilizados durante as manobras no trânsito, exceto durante o desfile. O texto também obriga a presença do operador de sinalização ou sinaleiro para auxiliar na manobra dos carros. Os profissionais deverão estar com equipamentos de segurança pessoal. A obrigatoriedade vale para os veículos que tenham mais de 50 m² de área ou motorizados.
No momento da concentração e da dispersão, os carros deverão ser escoltados por profissionais de segurança, para que impeçam a aproximação de pessoas que não estejam envolvidas na locomoção dos veículos. Caso o carro não tenha a sirene, ele não poderá participar do desfile. A proposta, caso sancionada, precisa da regulamentação do Executivo.
O projeto foi proposto após o acidente com carro alegórico que matou Raquel Antunes da Silva, uma menina de 11 anos, na dispersão do Sambódromo no Carnaval de 2022.
“No momento da manobra, não havia sinalização de alerta ou segurança adequada para que fosse evitado o acidente”, comentou Macedo.
A quadra do Tuiuti recebe nesta sexta-feira, as escolas de samba Salgueiro e Portela. As duas agremiações vão se apresentar durante mais uma edição do “Encontro no Paraíso”. O evento começa a partir das 22h, com entrada a R$ 30.
Estarão presentes todos os principais segmentos de cada uma das escolas, como casais de mestre-sala e porta-bandeira, bateria, baianas, passistas, Velha Guarda, entre outros.
O Tuiuti será a quinta escola a desfilar na segunda-feira de carnaval com enredo “Glória ao Almirante Negro!”, uma homenagem a João Cândido, marinheiro brasileiro que atuou na liderança da Revolta da Chibata. O desenvolvimento do tema é do carnavalesco Jack Vasconcelos.
Serviço:
Encontro no Paraíso com Salgueiro e Portela
Sexta-feira, 15 de setembro, a partir das 22h
Quadra do Tuiuti: Campo de São Cristóvão, 33, São Cristóvão
Ingresso: R$ 30
Classificação etária: 18 anos
A Acadêmicos do Grande Rio realizou, na noite dessa terça-feira, a primeira eliminatória do concurso de samba-enredo para o Carnaval de 2024. A reportagem do site CARNAVALESCO, como parte da série “Eliminatórias”, esteve presente e acompanhou essa fase inicial da competição promovida pela tricolor de Duque de Caxias. Ao todo, onze obras se apresentaram e cada uma teve o direito a três passadas, sendo uma sem e duas com bateria. Entre as regras previstas no regulamento da disputa, as parcerias não puderam contar com intérpretes do Grupo Especial, além de não terem a obrigação de levarem torcida. O anúncio das que seguem no páreo será feito na próxima quinta-feira, às 18h, nas redes sociais da agremiação. Já a etapa seguinte ocorrerá na terça-feira que vem, dia 19 de setembro. * OUÇA AQUI OS SAMBAS NA VERSÃO ESTÚDIO
Foto: Nelson Malfacini/Site CARNAVALESCO
No ano que vem, a Grande Rio será a quarta escola a cruzar o Sambódromo da Marquês de Sapucaí no domingo de Carnaval, dia 11 de fevereiro, pelo Grupo Especial. A agremiação irá em busca do segundo título de campeã da folia carioca com o enredo “Nosso destino é ser onça”, assinado pela dupla de carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. A proposta é fazer uma reflexão sobre a simbologia da onça no cenário artístico-cultural brasileiro, tocando em temas como antropofagia e encantaria.
Parceria de Paulo Onça: O primeiro samba a se apresentar na noite de eliminatória da tricolor de Caxias foi o composto por Paulo Onça, Paulo César Feital, Jefinho Rodrigues, Marquinho Índio, Ricardo Cabral e Yedo Simões. O intérprete Bruno Ribas, voz oficial da Unidos de Padre Miguel, foi o responsável por conduzir a obra, que teve um desempenho apenas mediano na quadra. Com bandeiras e bandeirões nas cores da agremiação, a torcida se mostrou animada ao longo da apresentação, mas deixou a desejar no canto. Vale mencionar que o refrão principal, com os versos “Bate o cajado nesse chão, ôô luar/Pra fazer revolução, iluminar/Mergulhei na Grande Rio, correnteza de paixão/Lá vai meu coração”, foi o ponto alto do samba.
Parceria de Mariano Araújo: O samba assinado por Mariano Araújo, Moisés Santiago, Dionísio, Aldir Senna, Hélio Porto e Marquinho Bombeiro foi o segundo a se apresentar na primeira eliminatória da Grande Rio. O intérprete Ciganerey é quem defendeu a obra, que teve os refrões como destaque. Entre os dois, o refrão principal, com os versos “’Ruge’ o tambor! Grande Rio vira aldeia/Eu tenho garra, meu cajado é protetor/Alma guerreira de um curumim/E vou lutar prá humanidade não ter fim!”, foi o de melhor rendimento. Quanto à torcida, assim como ocorreu na primeira parceria, o grupo veio com bandeiras e bandeirões nas cores da escola. Eles demonstraram empolgação e fizeram até coreografias. Em relação ao canto, só ficava mais forte justamente nos refrões.
Parceria de Elias Bililico: A terceira obra a se apresentar na quadra foi a de autoria de Elias Bililico, Dunga, Doc Santana, Dinny da Vila, Sergio Daniel e Henrique Tannuri. O samba teve uma performance mediana, tendo como maior destaque o refrão do meio, com os versos “Auê…auê cuaraci cocar de fogo/Queima o sol no infinito nas cantigas do pajé/Auê…auê brilha a lua de jaci/Cai a noite nas batalhas de maíra e sumé/Segue a fera em seu instinto”. Outro trecho que se sobressaiu foi “Flecha de cabloco, som da mata que me guia/E o faro do animal no batuque da folia”, presente na segunda estrofe da obra, realçado graças ao desenho melódico. Em relação a torcida, a parceria trouxe um grupo pequeno. Fazendo uso de bandeiras e bandeirões nas cores da tricolor caxiense, eles cantaram e sambaram ao longo da apresentação, especialmente durante os refrões.
Parceria de Derê: A obra composta por Derê, Marcelinho Júnior, Robson Moratelli, Rafael Ribeiro, Tony Vietinã e Eduardo Queiroz foi a quarta a se apresentar na primeira eliminatória do concurso de samba-enredo promovido pela tricolor de Caxias. O intérprete Tem Tem Jr. comandou o microfone principal e teve um excelente desempenho na condução do samba na quadra. Os dois refrões se destacaram, em especial o refrão do meio, com os versos “É preta, parda é pintada feita a mão/Sussuarana no sertão que vem e vai/Maracajá, jaguatirica ou jaguar/É jaguarana, onça grande mãe e pai”. Vale mencionar também o trecho de subida para o refrão principal, com o versos “Kiô… kiô, kiô, kiô kiera/É cabocla, é mão -torta/Pé- de- boi que o chão recorta, travestida de pantera/Kiô… kiô, kiô, kiô kiera/A folia em reverência/Onde a arte é resistência/Sou Caxias, bicho fera!”, sendo outro grande momento da obra. Em relação a torcida, a parceria contou uma das maiores da noite. Com bandeiras e bandeirões nas cores da escola, eles pularam e cantaram o tempo inteiro. Houve ainda uso do recurso da chuva de papel picado e de serpentina.
Parceria de João Carlos: Na sequência das apresentações, o samba assinado por João Carlos e Isabel Fonseca foi o quinto da noite de eliminatória. Apesar dos esforços do time de cantores, a obra não rendeu na quadra, chegando a ficar arrastada na terceira e última passada. Formada por um número pequeno de pessoas, a torcida também se mostrou desanimada. O grupo até dançou e agitou as bandeiras que trouxeram como adereços de mão, mas o samba foi pouco cantado. Vale mencionar o refrão do meio, com os versos “A onça em metamorfose quem é? Sumé/O filho de andejo quem é? É jaci/Senhor do cocar de fogo quem é? É cuaraci/Cuaraci que também é poxi”, como um ponto positivo, uma vez que foi o trecho de melhor rendimento do samba.
Parceria de Thiago Mainers: O sexto samba a se apresentar na eliminatória da Grande Rio foi o de autoria de Thiago Meiners, Marco Moreno, Denilson Sodré, Bertolo, Domingos OS e Dilson Marimba. A dupla de cantores formada por Igor Sorriso e Igor Vianna defendeu com segurança a obra, que teve ótima performance na quadra. O refrão principal, com os versos “Ôôôô ôôôô/Panteão tupinambá, Grande Rio, eu sou/Kiô kiô canidé-iouue/Ouça o grito de Caxias ao rugido do tambor”, foi o maior destaque, tendo sido entoado a plenos pulmões pela torcida da parceria presente no local. Aliás, os torcedores pularam e cantaram do início ao fim da apresentação. Bastante empolgados, o grupo veio com bastões ornamentados por balões verdes, vermelhos e brancos, que serviam como adereços de mão e foram usados em diversas coreografias.
Parceria de Igor Leal: A sétima obra a se apresentar foi assinada por Igor Leal, Arlindinho Cruz, Diogo Nogueira, Inácio Rios, Igor Federal e Gustavo Clarão. O intérprete Nêgo, da União da Ilha do Governador, foi o responsável por conduzir o samba na quadra. Mesmo sem ornamentações, a torcida deu o seu recado. Eles sambaram e cantaram ao longo de toda a apresentação. Assim como o time de cantores, a maioria dos torcedores veio uniformizada com uma camisa estampada com a frase “Caxias encarna um povo devorador”, presente no refrão principal da obra. Aliás, esse refrão foi um dos pontos altos do samba. Os versos “Bate o cajado no chão… deixa rugir o tambor/Caxias encarna… um povo devorador/Pro nosso mundo não se acabar/A encruzilhada protege o luar” foram berrados pela torcida e contagiaram outras pessoas presentes no local.
Parceria de Myngal: Dando prosseguimento nas apresentações, o oitavo samba foi o composto por Myngal, Fredy Vianna, Wladi, Xandinho Nocera, Clay Siri e Felipe Mússilli. Por não se tratar de uma obrigatoriedade, a parceria optou por não trazer torcida. E, mesmo sem torcedores, a obra teve um bom desempenho na quadra. O time de cantores, que contou com a presença de Fredy Vianna, um dos autores da obra e voz oficial da Mancha Verde na folia paulistana, soube preservar as características e variações melódicas da obra, sem que ela ficasse arrastada. Destaque para o refrão principal, com os versos “Canta Caxias!/Sou indomável, selvagem Grande Rio!/Ferve o sangue felino/Farejando a vitória, escrevendo o meu destino!”, trecho de melhor performance do samba.
Parceria de Sílvio Adesoji: A nona obra a se apresentar na eliminatória da tricolor caxiense foi a de autoria de Sílvio Adesoji, Thiago de Lima, Marcos Dias, João Batista, Caio King e Naldo professor. Assim como ocorreu na parceria anterior, os compositores não trouxeram torcida. Porém, diferentemente do outro caso, o samba não conseguiu ter um bom desempenho na quadra. O trio de cantores demonstrou não estar entrosado entre si. Eles não souberam conduzir de maneira harmônica a obra, o que prejudicou a performance. Vale citar com um ponto alto o refrão do meio, com os versos “E aí vem Tupã manda descer o aguaceiro/Confronta o fogo valente guerreiro/Cordilheiras e mares deu a onça liberdade/Assim que nasceu a terceira humanidade”, um dos únicos trechos que funcionaram na apresentação.
Parceria de Edson Brasil: Composto por Edson Brasil, Rui Vaz, Adê Zorahia, Nilmar Romano, Sérgio Bebeto Português e Marina, o décimo samba a se apresentar na primeira eliminatória da disputa promovida pela Grande Rio teve um desempenho mediano na quadra. Os refrões funcionarem bem, especialmente o principal, com os versos “A luz encadeia minha poesia/Grande Rio eu sou caxias/Nas garras da onça a realidade/Índio por convicção/Caraiba por necessidade”. No entanto, as estrofes longas contribuíram para que a obra sofresse uma queda de rendimento acentuada entre eles. Em relação a torcida, apesar de pequena em quantidade de pessoas, ela não fez feio. Ornamentados com bandeiras nas cores da agremiação, além de balões coloridos, os torcedores dançaram e cantaram o tempo inteiro.
Parceria de João Diniz: O samba assinado por João Diniz, Jailson da Grande Rio, Fabrício Fontes, Fred Camacho, Diego Nicolau e Francisco Aquino encerrou as apresentações na primeira eliminatória promovida pela escola. A obra contou com um time estrelado de cantores, formado por nomes como Thiago Brito, Leozinho Nunes e Diego Nicolau, este último também um dos compositores. Os intérpretes souberam conduzir o samba de uma forma “para cima”, sem que ocorresse prejuízo ao desenho melódico. Prova disso foi o refrão principal, com os versos “Grande Rio vira onça, vira que eu quero ver/Homem-bicho,bicho-homem/ Tenho fome de vencer/Resistir é lutar, sob a luz do luar/ O cajado bater”. Quanto à torcida, a parceria trouxe uma quantidade pequena de pessoas. A maioria delas veio com bandeirões nas cores da tricolor caxiense. Os torcedores também não deixaram de cantar, principalmente, nos refrões.
Para o desfile no Carnaval de 2024, a Fla Manguaça, atualmente integrante da Série Prata, levará para a avenida o enredo “Quer apostar?” enaltecendo o lado desafiador do ser humano em acreditar em si próprio, nas suas intuições, seus palpites e na probabilidade em buscar seus anseios e conquistas por ser um grande apostador da vida e do viver. Veja abaixo o logo do enredo.