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Mocidade aproveita sucesso do samba de 2024, conquista fãs nas redes e coloca Castorzinho ensinando o passinho do caju

Em um clima especial após o anúncio do samba-enredo campeão para o Carnaval 2024 a Mocidade Independente de Padre Miguel vem trabalhando com perfeição a divulgação da obra sobre o enredo “Pede caju que dou… Pé de caju que dá!”, desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira. A obra dos compositores Diego Nicolau, Paulinho Mocidade, Marcelo Adnet, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva, Lico Monteiro e Cabeça do Ajax, com as participações especiais de Márcio de Deus e W. Corrêa estimulou a equipe digital da Verde e Branco que atua ativamente nas redes sociais.

“O impacto é extremamente positivo porque o samba encaixa perfeitamente na nossa estratégia de comunicação. Nossa intenção é levar a energia do samba para todas as nossas ações até o desfile. Vai ser uma overdose saborosa de caju. A partir do momento que o samba foi escolhido, ainda na manhã de domingo, já começamos toda estratégia de divulgação. Começamos pelo vídeo do Adnet dançando que viralizou e todo dia de lá pra cá inserindo alguma ação que tenha link com nosso samba. Dentro do plano, nós vamos trabalhar ele massivamente até o carnaval. Acreditamos muito na força que ele tem para ‘furar a bolha’. E nos eventos de maior impacto seguir criando campanhas específicas, como o ensaio técnico, que aliás já temos um plano para o novo LollaMacoomba e PermamBahia. Os Independentes podem esperar uma farofa muito gostosa nas interações com eles durante esse período”, prometeu Bryan Clem, diretor de marketing.

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

Agora, a novidade fica por conta do Castorzinho, mascote da escola, dançando o passinho do samba de 2024 em ritmo de funk. O diretor de marketing da Mocidade explica a proposta. “A ideia surgiu ainda no after do anúncio. A nossa escola prepara uma festa pós samba e lá tocamos a versão com um funk improvisada. Agora é fomentar usando nosso personagem Castorzinho para aproximar ainda o público do samba. O Independente pode esperar que teremos todo mês uma novidade com a nossa obra. Vamos levar alegria através desta letra”.

Perguntado sobre a referência para o presidente Lula no samba, no verso para Luiz Inácio, o diretor da Mocidade fez mistério. “O samba tem diversas citações que usaremos em ações comerciais e institucionais até o carnaval. Não podemos dar spoilers por aqui, mas pode esperar que vamos tentar executar tudo que estamos planejando para esse e outros tópicos da nossa obra”.

Confira abaixo o papo com o intérprete Zé Paulo sobre o samba de 2024

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De que forma esse apoio, mais uma vez, dos torcedores impacta em você na hora de conduzir o samba?

Zé Paulo: “Acho que o apoio, da comunidade, de qualquer escola de samba, é a engrenagem principal pra que as coisas caminhem da melhor forma possível. Estou muito feliz na Mocidade, parece que estou lá ha muito tempo. Foi um casamento perfeito, tanto para Mocidade, quanto pra mim, são viradas de chave, novos rumos, e eu estou muito feliz, com muita vontade. A escola também está com essa vontade, não está satisfeita com o que aconteceu no carnaval de 2023, sabe dos erros que cometeu e acho que esse é o primeiro passo para que conserte esses erros, entender, assumir e saber onde foi que errou. A comunidade é imprescindível em qualquer lugar que você esteja. E, na Mocidade, principalmente, por ter uma comunidade tão participativa, tão apaixonada, e que te carrega mesmo no colo. Me sinto hoje um independente, um louco de paixão, no sentido da palavra mesmo, e é por isso que as coisas estão fluindo bem e vão continuar fluindo, porque o meu jeito de trabalhar é esse, perto da comunidade, eu gosto de estar no meio deles, gosto de vê-los, de saber quais são as demandas deles, no que eu puder ajudar também estou para ajudar, e é assim que eu faço. Também posso ser um elo de comunicação da comunidade com a direção da escola, é uma coisa que eu gosto de fazer, de estar presente no dia a dia da escola, no barracão, dia a dia da comunidade, atendendo as pessoas da melhor maneira possível. Tenho certeza que isso aí é o principal ingrediente dessa receita”.

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Você fala em trazer a alegria de volta ao carnaval, mas isso quer dizer que sambas mais densos e políticos morreram e agora pode ser um novo ciclo?

Zé Paulo: “Não quer dizer que o enredo mais leve não tenha profundidade, seriedade e o caju é a prova disso. É um enredo leve e que foi conduzido de forma leve pelo Marcus Ferreira e pelo Fabato, mas cheio de conteúdo saboroso, carnudo, como diz a propaganda do samba. E foi digerido glote a baixo pelos compositores, com muita maestria, principalmente, pelo samba vencedor que soube retirar desse grande enredo o puro suco do fruto do nosso amor que é o caju e a Mocidade, que é a cara do Brasil. Não quer dizer que os enredos densos não tenham popularidade e que os enredos sérios não sejam populares. Vide Beija-Flor 2018, Mangueira 2019, Grande Rio 2022 e tantos outros. Eu acho que a popularidade está na construção. A Mocidade, na minha opinião, fez um golaço na escolha do enredo, na forma que conduziu o enredo. Muitos até criticaram, duvidaram, mas a qualidade dos sambas provou que o enredo é muito bom. A gente tinha quatro sambas sambas com muita capacidade de escolha da Mocidade. O samba escolhido foi uma catarse na quadra. A gente tem que deixar isso bem frisado, que foi um verdadeiro abraço da comunidade. O mundo do samba também começou a abraçar o samb. Isso que falta para o carnaval e um pouco mais de divulgação dos sambas que a gente que está tentando, trabalhando muito para que isso aconteça, fazendo de várias formas, com várias ações. A Mocidade deu um passo gigantesco para que a gente possa ter samba com a cara do povo. Agora é trabalhar muito, muito, porque a gente já viu os sambas serem ovacionados, chegar no desfile e não renderem. A gente tem muito trabalho pela frente. Temos que fazer nossa parte, que é ensaiar bastante, fazer com que a comunidade cante cada vez mais. Acho que tudo é muito bom, tudo é muito positivo, desde que feito da melhor maneira possível. Temos espaço para todos, mas hoje eu sinto a falta desse samba popular. Acho que esse é o caminho, um caminho de resgate. Dentro do carnaval, hoje, os enredos com mais densidade, já estão fincados na história e também tem muita propriedade para fazer grandes desfiles e se tornarem premiados e campeões do carnaval”.

Debaixo de chuva, Vila Isabel abre temporada de ensaio de rua nos ‘braços de Gbalá’

A Unidos de Vila Isabel abriu, na noite dessa quarta-feira, a temporada de ensaios de rua no Boulevard 28 de Setembro visando o Carnaval de 2024. Mesmo debaixo de chuva, os componentes compareceram em peso e mostraram toda a sua força, entoando com vontade os versos do clássico “Gbala – Viagem ao Templo da Criação”. A reportagem do site CARNAVALESCO acompanhou este primeiro treino, sem fazer análise quesito a quesito, e conversou com os segmentos sobre a importância de iniciar essa preparação ainda no mês de outubro, assim como o simbolismo de defender uma obra de autoria do cantor e compositor Martinho da Vila, maior baluarte vivo da agremiação, marcante na história da azul e branca do bairro de Noel e da folia carioca.

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Fotos: Diogo Sampaio/CARNAVALESCO

“Esse ano a gente começou bem antes, até por já ter o samba há bastante tempo. Ano passado, a gente começou no final de novembro, então a gente está começando com um mês de antecedência. Ou seja, é mais tempo para treinar, aprimorar, botar em prática tudo o que a gente entende que deve ser feito, para corrigir os erros e implementar nossa linha de trabalho. Basicamente, vamos repetir aquilo que a gente entende que deu certo em 2023 e melhorar o que não deu certo. Aqui no ensaio de rua a gente consegue testar quase todos os quesitos. O fato de ser ‘Gbala’ facilita de certa forma esse trabalho, afinal temos um grande samba, um samba antológico que marcou uma era, não só na escola, mas no Carnaval como um todo. Obviamente, esse samba vai ser cantado de uma outra forma, adequada para atualidade, mas a gente acredita muito nele. Estamos muito confiantes e acreditando que vai dar super certo para 2024”, declarou o presidente da Vila Isabel, Luiz Guimarães.

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O calendário antecipado da agremiação nos trabalhos para o Carnaval de 2024 não ficou restrito aos ensaios de rua. Um exemplo disso é a bateria “Swingueira de Noel”, comandada pelo mestre Macaco Branco, que iniciou os treinos visando o desfile do ano que vem ainda no mês de junho. Em entrevista concedida para a reportagem do site CARNAVALESCO, o comandante destacou a importância de manter essa rotina de preparação a longo prazo e celebrou a escolha da escola de levar “Gbala – Viagem ao Templo da Criação” novamente para a Avenida.

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“É um samba que marcou a história da Vila Isabel como um dos maiores. Para gente é um orgulho poder estar cantando isso outra vez. No meu caso, eu era uma criança em 1993, era pequenininho, então está sendo uma experiência nova. E poder estar representando e cantando uma grande obra do Martinho da Vila, como é ‘Gbala’, é sempre uma honra. E não tem muito mistério, a gente começa até mais cedo os ensaios de rua porque o trabalho já está bem encaminhado. A bateria, por exemplo, começou a ensaiar em junho, então está tudo bem amarradinho com o carro de som. E treinar na 28 de Setembro é maravilhoso, é praticamente um ensaio técnico. A gente faz basicamente como no desfile, na Avenida. É muito legal para gente ter um parâmetro do que podemos fazer, algumas marcações, só agrega”, ponderou Macaco Branco.

O intérprete Tinga está atualmente em sua segunda passagem pela azul e branca do bairro de Noel. Somando as duas, ele fará no ano que vem o seu décimo sexto desfile defendendo o microfone principal, tendo participado de dois dos três títulos da agremiação no Grupo Especial. Com uma trajetória tão extensa e marcada por grandes momentos, o cantor mais uma vez fará história com a escola ao entoar a reedição de um clássico de Martinho da Vila.

“O Boulevard 28 de Setembro é o nosso templo, o nosso lugar de ensaio. A comunidade fica muito feliz sempre quando vem para rua. Chovendo, com sol, aqui é o nosso lugar de qualquer forma. E cantar ‘Gbala’ é uma emoção muito grande, sempre é maravilhoso. É um samba que tive a oportunidade de cantar por muitos anos na escola como intérprete ou como integrante do carro de som em eventos ou em algum esquenta, mas agora poder desfilar com ele é a realização de um sonho Vamos juntos, toda a comunidade. Só temos que agradecer a Deus pela possibilidade de cantar esse grande samba do mestre Martinho”, relatou Tinga.

O cantor Gera foi o responsável por defender o samba em 1993 na Marquês de Sapucaí e também estará presente no desfile de 2024, desta vez como um dos apoios de Tinga no carro de som da Vila Isabel. Na conversa com a reportagem do site CARNAVALESCO, o intérprete veterano ressaltou o clima de felicidade entre os segmentos e torcedores com esta reedição, algo fundamental para o sucesso da empreitada no Carnaval do ano que vem.

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“Para mim é uma honra a escola estar reeditando esse grande samba. No dia do desfile, em 1993, choveu muito, mas mesmo assim o samba aconteceu e a escola como um todo funcionou. Acredito que agora em 2024, com toda a tecnologia atual, o clima do samba, a escola cantando, vai ser outra emoção, vai ser muito bacana. A escola está muito animada, muito unida. Isso é extremamente importante quando você bota um samba reeditado. Eu cantei um samba de reedição lá na Portela que foi muito legal, mas tinha gente que não comprou a ideia, o que acaba afetando. Mas tenho certeza que ‘Gbala’ vai funcionar, porque a escola não está dividida em nada, todo mundo apoiou o samba”, garantiu Gera.

O Carnaval de 2024 irá marcar o terceiro ano do casal de mestre-sala e porta-bandeira Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas defendendo o primeiro pavilhão da Vila Isabel. Já familiarizados com a agremiação, a dupla comemorou o atual momento deles e da azul e branca da terra de Noel.

“É um samba emblemático, é um Carnaval muito especial. Apesar do resultado não ter sido o esperado na época, é um desfile muito adorado pela comunidade de Vila Isabel. Eu nasci nesse ano, então estou tendo o prazer de reviver um pouco dessa energia que eu estava lá nascendo e agora vou poder passar na Avenida defendendo esse pavilhão maravilhoso que é do meu coração”, afirmou Marcinho.

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“A escola abraçou a gente e poder participar desse momento é uma emoção muito grande. O primeiro ensaio de rua foi lindo e a chuva só veio nos abençoar. Aliás, mais uma vez, né? Afinal, nosso ensaio técnico, nossos ensaios de rua, quase sempre é com chuva. Bom que vem para lavar a alma para gente começar com o pé direito a nossa temporada bem linda”, assegurou Cristiane Caldas.

A chuva também não foi empecilho para a baiana Tânia Machado, de 64 anos. Morada do bairro de Rocha Miranda, a aposentada desfila há cinco anos na Vila Isabel. Em conversa com a reportagem do site CARNAVALESCO, ela não escondeu a felicidade de poder defender um samba como “Gbala – Viagem ao Templo da Criação” e avaliou como positivo esse primeiro ensaio de rua.

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“A resposta da ala, da escola em geral, foi maravilhosa. Todo mundo está com o samba na ponta da língua. E a gente está com um gás, com uma garra, que nós vamos vir para ganhar. No mínimo ficaremos entre os três primeiros. E essa chuva não atrapalhou em nada. Essa é a nossa marca. Não adianta, toda vez que tem ensaio de rua, tem que chover”, pontuou Tânia.

A presidente da velha-guarda da azul e branca do bairro de Noel, Cheila Rangel, também se disse contente com o resultado do primeiro treino de rua. Benemérita da escola, ela está há 41 anos na Vila Isabel e participou do histórico desfile de 1993, na ocasião como integrante da ala de passistas. No bate-papo com a reportagem, Cheila festejou a possibilidade de entoar “Gbala – Viagem ao Templo da Criação” mais uma vez no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

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“É emocionante. Eu quando escutei o samba gravado novamente, as lágrimas correram. Foi muito bonito, muito importante. E esse primeiro ensaio, como sempre, foi maravilhoso, mesmo com chuva. A 28 de Setembro tem uma energia que só quem é Vila Isabel sabe. É bom demais”, disse Cheila.

Criado e desenvolvido em 1993 pelo carnavalesco Oswaldo Jardim, o enredo “Gbala – Viagem ao templo da criação” terá a assinatura desta vez do multicampeão Paulo Barros. A azul e branca do bairro de Noel será a terceira escola a cruzar o Sambódromo da Marquês de Sapucaí na segunda-feira de Carnaval, dia 12 de fevereiro, em busca do quarto campeonato no Grupo Especial.

Emocionante! Cinebiografia sobre Mussum tem pré-estreia na Mangueira, grande paixão do humorista

A quadra da Estação Primeira de Mangueira se transformou em cinema, na noite de quarta-feira, para a exibição da cinebiografia “Mussum, o Filmis”, que conta a história de um dos filhos fiéis da Verde e Rosa, o sambista-humorista, Mussum, ele que desfilou por anos com a comunidade e, inclusive, atuou como diretor da ala das baianas foi uma das inúmeras personalidades a levar a Mangueira para todos os cantos do Brasil. Dirigido por Silvio Guindane e protagonizado por Ailton Graça, a estreia está marcada para 2 de novembro, porém, a comunidade da Mangueira pôde conferir em primeira mão a emocionante homenagem. Ao final, houve ainda um show com os principais segmentos da agremiação, nele, todo elenco presente do filme sambou ao som dos sambas marcantes da verde e rosa, principalmente, Ailton Graça.

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Fotos: Luan Costa/CARNAVALESCO

A comunidade, como esperado, marcou presença em peso para acompanhar a exibição do filme, com cenas gravadas na quadra, foi como se as pessoas se reconhecessem em cena, o filme acerta em retratar de forma fiel a discriminação que o samba sofreu no passado e principalmente a importância da escola de samba na formação de muitas crianças.

Mussum nunca escondeu o amor que sentia pela Verde e Rosa, inclusive, ao lado de Alcione, foi um dos fundadores da Mangueira do Amanhã, projeto social que conta com a participação de crianças e adolescentes oriundas da comunidade. O filme mostrou a relação do humorista com o morro e consequentemente com a agremiação. Para todos os moradores, ele era conhecido como Mumu da Mangueira, tamanha era a identificação que tinha com a escola.

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Um dos momentos mais bonitos e que fizeram o público presente se emocionar foi quando Cartola, interpretado brilhante pelo ator Flávio Bauraqui, fez uma participação, alguns foram às lágrimas durante a cena e a caracterização do ator impressionou.

Grande entusiasta do carnaval e principalmente da Mangueira, onde já participou do concurso de samba-enredo no último carnaval, o ator Ailton Graça deu vida ao personagem título do filme. Completamente entregue, ele mostrou que se dedicou de corpo e alma para entregar ao público um trabalho rico em detalhes. Para quem não conheceu Mussum, basta ir ao cinema que vai encontrar uma representação a altura de quem ele foi.

“Esse trabalho, dentro dessa gigante escola de samba foi de muita responsabilidade, agora estar aqui hoje ao lado de tantos gigantes, com tanta gente preta reunida foi um dos grandes presentes que recebi nessa vida”, frisou o ator.

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Em sua fala, Ailton também destacou a felicidade de ter sido o escolhido para representar Mussum e falou como foi importante para ele ter a pré-estreia do filme na quadra da Mangueira. Contou ainda que vem tentando controlar a ansiedade e nervosismo com a estreia, e desejou que todos os presentes pudessem se emocionar com a história, além de compartilhar para que mais pessoas fossem aos cinemas assistir.

“Estar aqui hoje é muito importante pra mim, em um dos períodos do Mussum, ele ficou conhecido como o Mumu da Mangueira, isso traz pra gente uma responsabilidade muito grande, enquanto estava ali em cima (camarotes), ouvi algumas histórias de como ele era importante para a Mangueira do Amanhã junto com a Alcione. É um prazer estar, eu estou ansioso, nervoso, vibrando o tempo todo com esse filme, com a história desse filme e em como nossas vidas estão sendo transformadas com a repercussão desse trabalho que ainda nem estreou. Espero que todos os presentes aqui sintam isso, que compartilhem com o próximo para que o máximo de pessoas possa assistir essa homenagem ao nosso querido Mussum”, disse Aílton.

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Quem assistir o filme vai se encantar também pelo pequeno Thawan Lucas, o ator interpretou com maestria o Carlinhos, ou seja, o Mussum em sua fase criança, a sintonia com a atriz Cacau Protásio proporcionou inúmeras cenas sensíveis. O ator contou que é torcedor da Mangueira e disse estar muito feliz por estar presente na quadra.

“Eu me sinto muito honrado de estar homenageando esse grande humorista, comediante, compositor brasileiro, são muitas características e se eu ficar aqui falando vou até amanhã, só tenho a agradecer, principalmente, ao meu diretor que me convidou para esse papel, foi uma equipe maravilhosa. Estou muito feliz de estar aqui hoje com tantos amigos, eu amo a Mangueira”, disse o jovem.

Cria da Mangueira desde sempre, a aposentada Deise Lucy, de 65 anos, esteve presente para acompanhar o filme e se emocionou com o que viu, ela, que é filha de um dos baluartes da verde e rosa, cresceu na quadra e ressaltou a importância que Mussum teve em difundir a escola para outras pessoas, Deise aprovou o filme e vai recomendar para os amigos.

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“Cada vez que eu piso na quadra é uma emoção diferente, o meu pai é baluarte, eu cresci aqui, é sempre muito especial, a Mangueira é vida, ela é tudo pra gente. O Mussum foi um dos precursores a falar da Estação Primeira de Mangueira, a enaltecer, a tentar acabar com o paradigma do samba mal falado, mal visto. Me sinto privilegiada de estar aqui hoje assistindo esse filme, me emocionei em vários momentos e vou recomendar para todos”, disse a aposentada.

A mangueirense de coração, Viviane Mendes, foi outra a demonstrar muita felicidade e emoção ao final da exibição do filme, segundo ela, foi um grande presente ter tido a oportunidade de assistir o filme antes do grande público, ela também destacou a representatividade de Mussum para todos da comunidade e disse que o filme retrata fielmente a história dele e sua relação com a verde e rosa.

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“Pra gente foi uma grande homenagem ser uns dos primeiros a ver o filme aqui na quadra, o Mussum é cria da Mangueira, foi um dos criadores da Mangueira do Amanhã que é uma instituição tão importante pra gente daqui, eu senti emoção do início ao fim, revivi minha infância, ele foi um dos primeiros a falar abertamente do seu amor pela Mangueira, hoje somos reconhecidos muito por conta da contribuição dele, o filme é lindo, retrata direitinho aquela época, tô feliz demais”, contou Viviane.

“Mussum, o Filmis” estreia dia 02 de novembro nos cinemas em todo o Brasil, vale destacar que ele foi o vencedor de Melhor Filme, no Festival de Gramado, e promete emocionar o grande público, visto o sucesso de sua pré-estreia.

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Sambista, Karine Alves vai apresentar os desfiles do Grupo Especial do Rio na TV Globo no lugar de Maju Coutinho

Sambista declarada, inclusive, cantando em rede nacional, a jornalista Karine Alves foi escalada pela TV Globo para apresentar os desfiles do Grupo Especial do Rio na TV Globo no Carnaval 2024. Ela entra no lugar de Maju Coutinho. A informação foi revelada pelo site TV Pop. Ao lado de Karine, Alex Escobar segue na equipe, além do comentarista Milton Cunha.

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Foto: Reprodução

A emissora também fará mudanças na equipe de São Paulo, mas os nomes ainda não foram divulgados. A TV Globo falou das mudanças: “Levar o público para dentro da experiência dos sambódromos, com um novo olhar 360º. A transmissão será feita para quem gosta de acompanhar da arquibancada ao camarote, dos bastidores ao grande show das avenidas”.

Brunna Gonçalves recebe figurino para desfile da Beija-Flor no Carnaval 2024

Após ser anunciada como a mais nova destaque de chão da Beija-Flor de Nilópolis, a influencer Brunna Gonçalves esteve no barracão da agremiação, na Cidade do Samba, nesta quarta-feira, para conhecer o croqui do figurino que ela usará no próximo Carnaval. A bailarina recebeu o desenho diretamente das mãos do carnavalesco da escola, João Vitor Araújo, o artista responsável pelo desenvolvimento do enredo e das fantasias que serão utilizadas pelos componentes da escola.

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Foto: Eduardo Hollanda/Beija-Flor

Ao ver o desenho, Brunna se surpreendeu e comemorou pela imagem estar de acordo com o que ela esperava. “Está a coisa mais linda. Eu amei demais a proposta, está exatamente como eu queria usar no ano que vem. Vai ser uma honra representar algo tão significativo. Estou muito muito feliz”, declarou.

Em 2024, a Beija-Flor de Nilópolis homenageará a cidade de Maceió através da história de Rás Gonguila, um folião natural da capital alagoana, com o enredo “Um Delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila”. A fantasia da influencer representará o artesanato local e contará com muitas cores e rendas.

Essa não é a primeira vez que Brunna desfila na agremiação. Ela já havia desfilado em 2011 e, em 2022, quando foi destaque no carro alegórico da escola após sua participação no Big Brother Brasil.

A Beija-Flor será a segunda escola a desfilar no domingo de Carnaval, dia 11 de fevereiro de 2024.

Theatro Municipal do Rio terá edição de revista dedicada ao carnaval com curadoria de Milton Cunha

Milton Cunha será o curador da primeira edição da revista interdisciplinar do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a “Ritmo”. O convite foi feito pela presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, e prontamente foi aceito pelo artista. A publicação, que tem lançamento previsto para fevereiro do ano que vem, é fruto de uma parceria com a Escola Livre de Direito, Arte e Filosofia, projeto de extensão vinculado ao Programa de Pós-graduação em Direito, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGD/UERJ), e visa ampliar o debate sobre a importância do local para o imaginário da cultura carioca, fluminense e brasileira, com o incentivo à pesquisa e à produção sobre temas ainda pouco pesquisados.

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Comentarista Milton Cunha

“Assim que recebi o convite, imediatamente aceitei. Afinal, é o primeiro número da revista e o fato da temática ser o Carnaval é algo muito lindo. Pode falar sobre os bailes, a relação do Theatro com o Carnaval, a escola de samba, é maravilhoso. Então, logo depois que aceitei o convite, fizemos uma reunião com os criadores da revista, que é um setor lá da Uerj, lá do Direito, e ficou combinado, então que teríamos nesta primeira edição dez autores convidados e seis concorrendo através de edital. Com isso, a ideia é abrir para alunos que estão iniciando, dando essa oportunidade de fazerem parte do projeto. É uma alegria esse espaço acadêmico e popular”, relatou Milton Cunha, em conversa com a reportagem do site CARNAVALESCO.

A escolha da relação entre o Theatro Municipal e o carnaval carioca como tema da edição inaugural da “Ritmo” ocorreu por conta de seu histórico indissociável. Os concursos de decoração, fantasia e marchinhas do Theatro; a presença dele na Marquês de Sapucaí; as comissões de seleção dos bailes de gala com participações de Portinari, Manoel Bandeira e Burle Marx; são apenas alguns dos tópicos que serão abordados na publicação. Para desenvolver artigos sobre esses e outros assuntos, a lista de autores convidados contempla nomes como Rosa Magalhães, Felipe Ferreira, João Gustavo Melo, Leonardo Bora, Samuel Abrantes, Vinícius Natal e Tania Clemente.

“Assim que me deparei com esse maravilhoso desafio de montar uma seleção de craques que pudessem, cada um a seu olhar, ver o Theatro Municipal e o Carnaval, comecei a procurar por testemunhas oculares. Quem viu os bailes? Eu queria dois confessionais mesmo, tipo ‘eu fui ao baile’ ou ‘eu decorei o baile’, então os primeiros nomes convidados foram Rosa Magalhães e Haroldo Costa. Porém, o seu Haroldo, por motivos de outros compromissos, não pode aceitar o convite, então eu fiquei só com um testemunho ocular que é o da Rosa. Uma outra coisa que eu queria também fazer era, depois de abrir com o olhar pessoal, eu queria um autor que apresentasse uma linha do tempo muito aprofundada, muito pesquisada. E assim, na minha opinião, o melhor deles é o Felipe Ferreira, que lançou o ‘Livro de Ouro do Carnaval’. Ele é profundo, é historiador, gosta dessas envergaduras de pesquisas e o trabalho dele dá uma visão para o leitor de quando começou, quando acabou, o que aconteceu entre uma coisa e outra. Então, os artigos da Rosa Magalhães e do Felipe Ferreira eram os dois que me norteavam. Com eles certos, a partir disso, eu fui para os detalhes. Um exemplo é o Leonardo Antan, que tem uma pesquisa enorme sobre Mercedes Batista, Salgueiro 70 anos, por isso pedi para um texto sobre a Mercedes, o minueto. Já o nome do Luiz Carlos Magalhães surgiu da importância de ter a Liga, a Liesa, dentro do projeto, então ele ficou com o artigo sobre como a Sapucaí viu nesses 40 anos o Theatro Municipal, seja em alas ou em carros alegóricos. E aí, aos poucos, vieram os outros nomes, porque eu não queria tema repetido desses meus dez convidados. E um deles, em especial, era muito caro para mim, que era sobre quem não foi ao Municipal, quem não tinha dinheiro, falando dessa conflagração econômica e social. Pedi ao Mauro Cordeiro e a Sthefanye Silva Paz para escreverem um texto crítico sobre o elitismo”, contou Milton Cunha.

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Fotos: Divulgação/TV Globo

A expectativa é que o lançamento oficial da revista “Ritmo” aconteça com uma grande festa em data no final de fevereiro, após os desfiles do ano que vem. A ideia é que o evento conte com palestras dos autores dos artigos para que estes possam dialogar mais abertamente sobre os seus temas com o público. Além disso, os textos publicados também serão disponibilizados de forma online para que mais pessoas tenham acesso aos conteúdos.

“O carnaval como arte popular, como voz das comunidades, sempre tem que aproveitar quando o cânone, que é a voz hegemônica da universidade, do teatro clássico, abre espaço. E não é que isso referende o samba não, até porque ele é maior que tudo isso. O samba vive e pulsa na cidade toda, ele é cantado, ele arrasta multidões. No entanto, o Brasil tem que fazer um esforço para entender essa força do samba também na universidade, também no teatro clássico. É preciso que o Brasil olhe sem desprezo, sem preconceito, e tente estudar essa manifestação”, defendeu Milton Cunha.

A revista “Ritmo” fará chamadas de quatro em quatro meses, para que pesquisadores e acadêmicos possam propor artigos com temas específicos, relevantes para a construção da relação entre a própria instituição e o público. A chamada para a submissão de textos para essa primeira edição ficará aberta até o dia 30 de novembro. Os interessados em participar podem conferir as informações no site e nas redes sociais do Theatro Municipal do Rio.

Resenha CARNAVALESCO com o intérprete Tinga, o cara das finais de samba

O intérprete Tinga, da Vila Isabel, participou do “Resenha CARNAVALESCO“, gravado no Bar Vizinhando Mané, em Vila Isabel, e falou da história na escola, a homenagem para Gera no palco e o que será a reedição de “Gbalá” em 2024.

Salgueiro realiza audição para ala do Maculelê

Após a escolha do samba-enredo que levará para a Avenida em 2024, o Acadêmicos do Salgueiro agora se prepara para mais um desfile e, para isso, vai dar início a um novo processo seletivo para uma das alas mais conhecidas e esperadas pelo público na Sapucaí: o Maculelê.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

Comandada pelo coreógrafo, mestre Carlinhos, a ala vai realizar no dia 31 de outubro, às 20h, uma audição para novos integrantes que queiram desfilar em 2024, defendendo as cores da Academia do Samba. O processo seletivo busca homens e mulheres com mais de 18 anos, que tenham noções de dança.

Alem dos ensaios com a comunidade, o grupo se apresenta semanalmente na quadra da Vermelho e branco, e também em outros eventos, participando do show da escola. Além do “samba no pé”, os candidatos também precisam ter muita disposição:

“O Maculelê não é só uma ala, é um grupo show, uma companhia de dança, onde a gente faz inúmeras apresentações. Além das noções de dança, é necessário ter disponibilidade, pois o Maculelê não fica preso só ao desfile, a gente faz shows, são várias apresentações. É necessário ter entrega e dedicação para fazer parte do Maculelê”, ressalta Carlinhos.

De acordo com Carlinhos, seis jurados com ampla experiência em dança, vão selecionar 15 dançarinos. O processo seletivo vai ser feito por meio de uma sequência coreográfica que será apresentada na hora. Durante a execução, a banca julgadora irá avaliar quem está apto a fazer parte da ala.

Para participar do processo seletivo, basta comparecer à quadra do Acadêmicos do Salgueiro, na Rua Silva Teles, 104, Andaraí, no próximo dia 31 de outubro, às 20h.

Em 2024, o Acadêmicos do Salgueiro vai falar sobre a cultura e a luta Yanomami através do enredo “Hutukara”, de autoria do Enredista Igor Ricardo, desenvolvida artisticamente pelo carnavalesco Edson Pereira.

Porto da Pedra faz mais um ensaio de quadra nesta quinta-feira

De volta ao Grupo Especial, a Unidos do Porto da Pedra realiza nesta quinta-feira, 19, a partir das 20h, mais um ensaio reunindo seus segmentos, diretoria e a comunidade apaixonada de São Gonçalo, com o objetivo de fazer com que o samba que ilustra o enredo “O Lunário Perpétuo: A Profética do Saber Popular”, caia de vez na boca do povo e marque a história vitoriosa da vermelha e branca que representa o município.

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Foto: Ana Victória/Divulgação

Ao som da Bateria Ritmo Feroz de Mestre Pablo, os componentes irão cantar e evoluir preparando-se rumo às notas máximas no desfile da Sapucaí em 2024. Para fechar a noite, o grupo Vem Pro Meu Ritmo entra em cena tocando o melhor do pagode. A entrada é gratuita.

Os interessados em desfilar defendendo o Tigre de São Gonçalo no próximo carnaval, poderão fazer as inscrições durante os ensaios de quadra. Basta procurar um dos diretores de ala ou representante da Harmonia para mais informações. Em caso de dúvida, o folião também poderá ser atendido através do telefone (21) 98531-5102.

Desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Quintaes e pelo enredista Diego Araújo, o tema que a Porto da Pedra levará para a Marquês de Sapucaí no próximo carnaval, entra para a lista de grandiosos enredos que a vermelha e branca mostra em seus desfiles, desde a sua fundação.

A agremiação será a primeira a se apesentar no domingo de Carnaval, dia 11 de fevereiro, em busca do título do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro.A quadra da Porto da Pedra fica na Travessa João Silva, 84.

Tuiuti recebe Mocidade e Vila Isabel nesta sexta-feira

A quadra do Tuiuti recebe nesta sexta-feira, as escolas de samba Mocidade Independente de Padre Miguel e Vila Isabel. As duas agremiações vão se apresentar durante mais uma edição do “Encontro no Paraíso”. O evento começa a partir das 22h, com entrada a R$ 30.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

Estarão presentes todos os principais segmentos de cada uma das escolas, como casais de mestre-sala e porta-bandeira, bateria, baianas, passistas, Velha Guarda, entre outros.

O Tuiuti será a quinta escola a desfilar na segunda-feira de carnaval com enredo “Glória ao Almirante Negro!”, uma homenagem a João Cândido, marinheiro brasileiro que atuou na liderança da Revolta da Chibata. O desenvolvimento do tema é do carnavalesco Jack Vasconcelos.

Serviço:
Encontro no Paraíso com Mocidade e Vila Isabel
Sexta-feira, 20 de setembro, a partir das 22h
Quadra do Tuiuti: Campo de São Cristóvão, 33, São Cristóvão
Ingresso: R$ 30
Classificação etária: 18 anos