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Ministra Sonia Guajajara confirma presença no desfile do Salgueiro

O Acadêmicos do Salgueiro recebeu a confirmação da presença da Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, no desfile oficial da agremiação, que neste Carnaval vai levar para a Marquês de Sapucaí o enredo “Hutukara”, desenvolvido pelo enredista Igor Ricardo e pelo carnavalesco Edson Pereira. A vermelho e branco fará uma defesa do povo Yanomami, reivindicando o fim da crise que ameaça a sobrevivência dos indígenas.

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Foto: Divulgação

O convite oficial à ministra foi feito pelo Presidente André Vaz. Ela aceitou participar como destaque no desfile da escola, no dia 11 de fevereiro. Para André Vaz, a presença da ministra na Academia do Samba reforça o manifesto salgueirense em prol dos povos indígenas, em uma das maiores representações culturais do mundo:

“A presença da Sonia em nosso desfile traz um impacto significativo ao chamar a atenção para as questões indígenas, aumentando a conscientização sobre os desafios enfrentados por essas comunidades. A visibilidade em um evento de grande magnitude como o desfile das Escolas de Samba é uma oportunidade para amplificar as vozes e chamar atenção para as demandas dos povos indígenas no Brasil”, destaca o administrador.

Em 2024, o Acadêmicos do Salgueiro vai levar para a Avenida a história e a luta do povo Yanomami com o enredo Hutukara, de autoria do carnavalesco Edson Pereira. A Academia do Samba faz um alerta em defesa da Amazônia e em particular dos Yanomami, que sofrem efeitos da ação de garimpeiros na sua região. Hutukara significa “a floresta construída dos yanomami”. O enredo é baseado no livro “A Queda do Céu”, de Davi Kopenawa, xamã e líder político do povo yanomami.

Porto da Pedra apresenta Pipa Brasey como madrinha do carro de som

Com foco permanente em apresentar um grande espetáculo na Marquês de Sapucaí, no dia 11 de fevereiro, a Porto da Pedra garante mais um reforço de peso para o time que vai defender o hino oficial no Carnaval, trazendo Pipa Brasey para integrar o carro de som liderado por Wantuir Oliveira.

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Foto: Ana Victória/Divulgação Porto da Pedra

A cantora brasileira é radicada na Suíça, onde tornou-se uma das principais propagadoras do samba e da música basileira. O convite para que Pipa desfilasse pela escola partiu do próprio intérprete, cuja relação de amizade com a artista começou há cerca de quatro anos, durante um tour de Wantuir pela Europa, mais precisamente Londres, onde o intérprete defende o microfone da Paraíso London School, tradicional escola de samba inglesa.

“Pipa é uma grande artista. Nosso primeiro contato foi por conta de um compromissos profissional e ali já me impressionou a potência da voz dela. Dali surgiu uma amizade e ma grande parceria que culminou com a minha participação no DVD dela e em alguns shows que ela fez no Brasil. Em Londres, desfilamos juntos na Paraíso e também cantamos juntos no carnaval parisiense e, sempre que temos a oportunidade de cantar juntos, é sempre um prazer”, diz Wantuir.

O convite feito pelo intérprete foi a oportunidade para que Pipa revisitasse o passado, quando desfilou pela Porto da Pedra no enredo que homenageava Nelson Mandela (2007).

“Fiz uma viagem inacreditável no tempo porque eu ja desfilei na escola e foi uma emoção sem igual. Quando o Wantuir me fez o convite eu nem pensei duas vezes para aceitar”, diz a artista.

Shopping Boulevard inaugura espaço cultural com exposição da Herdeiros da Vila

Uma mostra que celebra as raízes de Vila Isabel, as próximas gerações e o legado do samba no bairro: A escola de samba mirim Herdeiros da Vila inaugurou, na última quarta-feira uma exposição no Shopping Boulevard para celebrar o Carnaval. A mostra “Herdeiros da Vila: a Esperança de Oxalá” é uma celebração vibrante da festa popular carioca, que oferece uma visão cativante dos momentos significativos no epicentro do samba, até o dia 18 de fevereiro. O shopping fica na Rua Barão de São Francisco, 236 e a entrada para a exposição é gratuita.

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Foto: Divulgação

A mostra fica na Galeria Boulevard, localizada no 2º piso, próximo ao fraldário do shopping. O espaço abrigará ao longo do ano diversas exposições e ativações culturais ligadas ao bairro e à região, além de celebrar manifestações artísticas diversas.

“Estamos muito felizes em inaugurar esse espaço cultural em nosso empreendimento. O bairro que abriga o nosso shopping tem uma importância história enorme para os cariocas, é considerado um dos berços do samba, terra de Noel Rosa e Martinho da Vila. Não podíamos inaugurar com exposição melhor que essa homenagem à Vila, uma das escolas mais importantes do carnaval carioca”, celebra Isabella Colonna, coordenadora de Marketing do Shopping Boulevard.

A mostra “Herdeiros da Vila” retratará momentos marcantes no berço do samba, como os ensaios de rua e do morro. Além de fotos históricas espalhadas pelo local, também estarão disponíveis cinco fantasias da agremiação para o próximo Carnaval, reforçando a importância das crianças para um mundo melhor com a proteção de Oxalá, um elo mágico com o samba “Gbalá – Viagem ao Templo da Criação”, criado originalmente para 1993 e que será reeditado pela Unidos de Vila Isabel neste ano.

“A Herdeiros da Vila, assim como a Unidos de Vila Isabel, quer estar sempre perto da sua comunidade. Por isso, nada melhor do que presentear os moradores da região com essa exposição cultural no principal centro de comércio do bairro. Vamos nos entregar à candura das crianças, resgatar a paz do criador e propagar essa mensagem juntos”, ressalta o presidente da escola mirim, Philipe Duarte.

As fotos da mostra proporcionam uma narrativa visual envolvente, capturando a essência do amor que une os membros e a comunidade desta escola de samba premiada. Ao capturar a atmosfera vibrante do samba, a exposição transcende a mera documentação visual. Ela se torna uma experiência sensorial que conecta o visitante emocionalmente com a tradição, a inovação e a paixão intrínseca à Unidos de Vila Isabel e a Herdeiros da Vila. Estas imagens não apenas contam histórias, mas também nos imergem no legado dessas escolas, destacando o papel vital que o samba desempenha na rica tapeçaria da cultura carioca.

Serviço
Exposição “Herdeiros da Vila: a Esperança de Oxalá”
Quando: De 17 de janeiro a 18 de fevereiro
Onde: Galeria Boulevard | 2º piso do Shopping Boulevard
Horários: Segunda a Sábado: 10h às 22h | Domingos e Feriados: 13h às 21h
Entrada: Gratuita

Comunidade do Salgueiro comparece em peso no primeiro ensaio de 2024 e dá show de harmonia com o samba do ano

Quem passou pela Rua Maxwell, no Andaraí, na noite de quinta-feira, pôde presenciar mais um espetáculo proporcionado pelo Acadêmicos do Salgueiro em seu ensaio. Como já é costumeiro, o local estava com muitos espectadores, que interagiram com a escola enquanto ela passava. O ponto alto do treino, sem dúvida, foi a comunidade salgueirense. Comparecendo em grande número, os desfilantes deram um show de canto e evolução. O belíssimo samba-enredo, na ponta da língua de todos, mostrou mais uma vez que deverá ser o diferencial da agremiação. Carro de som e bateria seguiram sustentando a obra com maestria. A poucos dias de seu ensaio técnico, que será realizado no próximo domingo, na Marquês de Sapucaí, é fácil perceber que o Salgueiro está pronto.

No carnaval de 2024, o Salgueiro levará para a avenida o enredo “Hutukara”, de autoria do carnavalesco Edson Pereira. A escola falará sobre a mitologia Yanomami, defendendo os povos originários e a preservação da Amazônia. A vermelho e branco será a terceira a desfilar no domingo de carnaval.

“O Salgueiro vai mostrar que tem a melhor comissão de frente com o Patrick, que a gente tem o melhor casal de mestre-sala e porta-bandeira, a Marcella e o Sidcley, vamos mostrar que temos o melhor carro de som e a melhor harmonia do carnaval. A única que ganhou 40 pontos no ano passado. No domingo, a gente vai mostrar que temos a melhor bateria do carnaval, a Furiosa do Salgueiro. Vamos mostrar que nós temos o melhor samba-enredo do carnaval. Um samba-enredo que tem uma mensagem forte. E essa mensagem forte que a gente está defendendo. No domingo, a gente vai mostrar que o Salgueiro tem uma comunidade apaixonada, que encara a escola como uma religião. Vamos lá, Salgueiro!”, discursou o diretor de carnaval Wilsinho Alves pouco antes do ensaio começar.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Sidcley Santos e Marcella Alves, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira do Salgueiro, novamente tiveram a missão de abrir o ensaio de rua, visto que os integrantes da comissão de frente não se fizeram presentes. A dupla segue mostrando porque é considerada uma das melhores do carnaval carioca. Eles mostraram uma dança clássica com muita leveza, parecendo flutuar na pista. Alguns movimentos coreográficos pontuais estiveram presentes no número. Impressionou a segurança dos giros e das interações entre os dois. Sempre com muitos sorrisos e troca de olhares, a dupla também interagiu bastante com o público, que festejava a cada movimento.

Samba-enredo

Eleito pelos leitores do site CARNAVALESCO como o melhor do carnaval, o samba salgueirense teve mais um ótimo rendimento no ensaio de rua. Com uma letra que passa uma mensagem bastante forte, aliada a uma melodia valente, a obra musical é um grande acerto e tem tudo para impulsionar o desempenho da escola no desfile oficial. O time de cantores, bateria e comunidade estão perfeitamente integrados na execução do samba.

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Fotos: Rafael Soares/CARNAVALESCO

“Tenho a expectativa de mais um ensaio técnico quente. A comunidade botando para cima, cantando o samba de uma forma espetacular. É o Salgueiro na avenida. Se o samba é o melhor do carnaval, a gente vai ter que comprovar na avenida mesmo. Porque sendo campeão, aí sim eu acho que é o melhor do carnaval. E a gente está brigando muito por isso, dá muita força”, disse Emerson Dias sobre a expectativa de cantar o samba salgueirense na Sapucaí.

Harmonia

Ponto alto do ensaio desta quinta-feira. A comunidade salgueirense compareceu em peso e mostrou que irá defender o samba-enredo com unhas e dentes. Não se percebeu ninguém calado. Todas as alas passaram cantando a obra com muita potência. Destaque ficou para o refrão principal, que mostrou uma força incrível através da harmonia de seus componentes. O carro de som, comandado pelo intérprete principal Emerson Dias, guiou o samba com muita segurança. O cantor mostrou sua empolgação costumeira, levantando ainda mais a energia dos desfilantes.

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“O trabalho do Salgueiro está sendo conhecido desde a escolha do samba até a gravação. A gente tem um time muito competente de músicos, cantores, intérpretes, e tem sido bem tranquilo. A gente tem conseguido executar muita coisa. Eu costumo dizer, já com a experiência que tenho de carnaval há tantos anos, que a gente ensaia às vezes 12, 14 músicas pra uma banda pra fazer um show. A gente está ensaiando uma música há quatro meses. Então, é inadmissível que não esteja perfeito. Ou o mais próximo possível do perfeito. Estou muito feliz e com uma expectativa muito boa”, falou Alemão do Cavaco, diretor musical da escola.

Evolução

Quesito defendido de forma exemplar pelo Salgueiro. A escola exibiu uma evolução muito fluida e competente. Logo na primeira ala, já foi feita uma coreografia valente, que dava o tom do que viria a seguir. Um cortejo potente e solto para brincar seu carnaval. O ritmo do ensaio foi ótimo, sem qualquer tipo de correria ou lentidão. Também não foi notado espaçamento entre alas, o que mostrou uma escola compacta, mesmo estando grande numericamente.

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“Dia 21 de janeiro do ano passado foi o dia em que o mundo tomou conhecimento da tragédia Yanomami. Não existe coincidência. Nosso ensaio técnico foi marcado também para o dia 21 de janeiro deste ano. Exatamente um ano depois. Importantíssimo o que a gente vai fazer agora no próximo domingo. A palavra para domingo é nós sermos incontestáveis. Não deixar margem para contestação, margem para discussão”, disse Wilsinho sobre a expectativa para o ensaio técnico.

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Outros destaques

A bateria do Salgueiro segue em grande fase. Os ritmistas, comandados pelos mestres Gustavo e Guilherme, deram mais um show de cadência. O andamento utilizado continua se mostrando excelente, dando espaço para o samba brilhar na voz dos componentes da escola. As bossas são muito bem planejadas para dar ainda mais força ao desfile da vermelho e branco.

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Com canto e evolução em destaque, Unidos da Tijuca mostra a força do Borel em mais um ensaio de rua

O Morro do Borel cantou forte. O ensaio de rua da Unidos da Tijuca, na noite desta quinta-feira, foi marcado pela grande melhora da harmonia da escola, além de um desempenho positivo na evolução e mostra, aos poucos, a força do povo tijucano. A diretoria da agremiação acredita que mais de 1200 componentes estiveram presentes. Agora, a escola de samba busca evoluir ainda mais para fazer um bom ensaio técnico na Marquês de Sapucaí, no dia 28 de janeiro.

O ensaio de rua desta quinta começou por volta das 22h e teve cerca de uma hora de duração. Além do canto e da evolução técnica, o diretor de carnaval da escola, Marquinho Marino, elogiou a performance do carro de som e da bateria Pura Cadência. Ele acredita que o desempenho da comunidade, somado ao que foi preparado no barracão, vai resultar em um grande desfile. Confiante, o dirigente ainda afirmou que a agremiação vai brigar pelo título.

“Hoje, a bateria e o carro de som tiveram um desempenho espetacular. Isso me dá alegria, porque eu sei o que temos dentro do nosso barracão. Tendo um projeto tão bonito, bem feito e adiantado, além disso que aconteceu aqui na rua, nos dá a certeza que o trabalho que teve início em maio está certinho. Agora, é entrar no dia do desfile com essa energia que tivemos hoje. Desejar posição é demais, mas acredito que a gente briga pelo título”, disse Marino.

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Fotos: Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

Antes da arrancada, Marino informou aos componentes que todas as fantasias já estão prontas e serão entregues a partir do dia 2 de fevereiro, após o último ensaio de rua da escola. A data, de acordo com ele, foi escolhida de forma estratégica pelo presidente Fernando Horta para que o último ensaio seja uma celebração entre a escola e seu chão. As alegorias, segundo o dirigente, estão praticamente prontas. A escola finaliza o último carro.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Como a comissão de frente ensaiou separadamente, a dupla ficou responsável por abrir o ensaio de rua da Tijuca. Com o ensaio técnico da Sapucaí e o grande dia do desfile se aproximando, o primeiro casal da escola, formado por Matheus André e Lucinha Nobre, ensaiaram com adaptações da fantasia. A porta-bandeira treinou utilizando anágua de peso, enquanto o mestre-sala usou uma capa. Mais uma vez, a experiência de Lucinha somada ao vigor de Matheus promete resultar em um grande desfile do casal tijucano.

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“Hoje fizemos pela primeira vez o ensaio com anágua de peso e capa. Estamos na reta final, por isso resolvemos fazer as adaptações da fantasia – que já está pronta. Ontem ensaiamos com ela, daí hoje viemos treinar. Estamos alinhando tudo para que possamos fazer o nosso melhor no desfile”, comentou a porta-bandeira.

“Agora é reduzir os erros, limpar o máximo que der e fazer os últimos ajustes. Hoje foi para sentir a temperatura com a fantasia – a capa. Também ventou um pouco e ameaçou chover. É forçar mais um pouquinho para chegar no desfile e arrebentar”, completou o mestre-sala.

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Harmonia

A evolução do canto da comunidade foi o grande destaque da noite. Já elogiada pela melhora durante os últimos ensaios de 2023, o chão tijucano mostrou que está com o samba na ponta da língua. Durante todo o ensaio de rua os componentes cantaram forte e com muita emoção. Destaque também para o carro de som, comandado por Ito Melodia, e a bateria “Pura Cadência”, do mestre Casagrande, que têm contribuído e muito para o sucesso do canto da escola.

O diretor de harmonia da Unidos da Tijuca, Fernando Costa, ressaltou que a harmonia e evolução da agremiação têm ganhado destaque a cada treino. Para ele, a escola terá um grande desempenho no ensaio técnico na Passarela do Samba.

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“A cada ensaio temos sentido uma evolução no canto, no andamento e na evolução em si. Ainda teremos mais um treino antes do nosso ensaio técnico na Marquês de Sapucaí. Pelo o que vi hoje acredito que iremos chegar na Avenida, no dia 28, em um nível muito bom. Tanto o canto como a evolução estão muito satisfatórios”, destacou Costa.

Evolução

Como Fernando Costa comentou, a evolução também foi outro quesito que disparou e mostrou grande melhora. Além do canto intenso, os componentes demonstram alegria e brincam carnaval ao longo da avenida. Também havia alas coreografadas, como a 28, que levou uma apresentação bastante entrosada e realçava a alegria entre a comunidade.

Para Marino, o resultado do ensaio desta quinta-feira é fruto do trabalho conjunto da escola, que teve início em maio. Agora, o diretor de carnaval acredita que a Tijuca busca acertar detalhes para realizar um grande ensaio técnico no dia 28 de janeiro.

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“Um dos pontos mais importantes é que o componente assimilou o samba. Ele não só canta, mas coloca a alegria para fora, evolui e se diverte. Acredito que quando chega neste ponto, o objetivo é alcançado. Estou muito feliz, porque a escola está em um momento muito bom e de muita união – tanto eu, como Fernando Costa, mestre Casagrande, Ito. É importantíssimo que a gente fale a mesma língua”, afirmou Marino.

Samba-enredo

O intérprete Ito Melodia e sua equipe de carro de som foram fundamentais para o bom desempenho da obra durante o ensaio. Grande puxador, Ito conseguiu levantar o clima entre os componentes ainda no aquecimento. O samba-enredo inicialmente criticado – e de início com razão -, foi abraçado pela comunidade tijucana e levantado pelo carro de som e a bateria. O sucesso da canção também é fruto do trabalho realizado pela equipe de harmonia da escola sob o comando de Fernando Costa.

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Ito Melodia afirmou que ficou em êxtase com o desempenho da comunidade tijucana. Para ele, o resultado é fruto do trabalho da diretoria da escola e da equipe que comanda o carro de som. Pelo o que foi apresentado pela agremiação, o intérprete acredita que o desfile será vibrante e marcado por garra, técnica, leveza e muito canto.

“Eles cantam, se envolvem e mostram como é ganhar carnaval. Vocês podem perceber o crescimento que o samba está tendo e a emoção de cada componente. Estou levando isso com tanto amor que a vontade que dá é cantar o tempo inteiro. O ensaio acaba e se deixar, a gente canta por mais uma hora. Acredito que todo o grupo do carro de som está muito preparado, tanto no canto como na interpretação, na letra, emoção e garra. Isso é transmitido e trocado com toda a comunidade da escola. Podem ter a certeza que teremos um ensaio técnico maravilhoso e um desfile maior ainda. Nos aguardem que vem coisa boa por aí”, disse Ito.

Outros destaques

O show da bateria “Pura Cadência” não poderia ficar de fora dos destaques. Os ritmistas mostraram um alto nível de entrosamento. À frente da bateria, a rainha Lexa também se destacou na avenida: mesmo com o salto quebrado, a majestade seguiu com seu samba no pé durante todo o ensaio.

Bateria e carro de som impulsionam alto desempenho do canto da comunidade em ensaio de rua da Mangueira

A Mangueira vem trabalhando forte desde que escolheu o samba em outubro do ano passado, e se a obra em um primeiro momento não esteve nas listas da que mais se destacavam pela crítica, a composição de Lequinho e Cia vem crescendo a cada ensaio, e, o principal, está na boca do componente que tem cantado com muita força e muita paixão o samba em homenagem a Alcione. Na noite da última quinta-feira, a Verde e Rosa fez mais um ensaio em que, apesar de outros quesitos terem passado muito bem, a harmonia e o samba seguem como principais destaques impulsionados por um trabalho de bateria dos mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto que tem trazido toda a musicalidade do enredo para a obra, além de um trabalho muito forte do carro de som comandado por Marquinho Art’Samba e Dowglas Diniz, mas contando também com nomes experientes no time de apoios. O diretor de carnaval Junior Cabeça avaliou o desempenho no ensaio como uma evolução gradativa que vai colocar a escola nas condições necessárias para brigar lá em cima no dia do desfile.

“Tecnicamente é o que eu venho falando toda a semana, nós estamos vindo em uma crescente muito boa, o samba já aconteceu, hoje é considerado um dos três melhores sambas do carnaval, isso muito em função do nosso trabalho, da nossa direção musical, pelos nossos mestres de bateria, de toda a nossa harmonia, e principalmente de toda a nossa comunidade que comprou a ideia, comprou o nosso samba e a cada ensaio a gente vê melhorando para chegar pronto no dia do desfile”, avalia Cabeça.

O diretor de carnaval Amauri Wanzeler também vê a escola quase pronta para entrar na Sapucaí e disputar o título e aproveita para questionar as críticas que o samba-enredo escolhido para 2024 recebeu logo após a disputa de samba.

“A gente tem evoluído muito graças ao trabalho do departamento musical, o Vitor Art, o Digão, garotos frutos da Mangueira do Amanhã, fizeram um grande trabalho, nós recebemos várias críticas pela escolha do nosso samba-enredo e acho que a prova maior está aí, hoje em dia ninguém mais fala nada do samba da Mangueira. A Mangueira está provando que é a Estação Primeira de Mangueira com o canto da sua comunidade, com a sua harmonia, com a sua evolução. Ainda não estamos 100%, a verdade é que o 100% vamos buscar no dia do desfile, estamos muito felizes com os ensaios realizados aqui às quintas e domingos”, revela o diretor.

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Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

Já o diretor de harmonia Helton Dias procurou exaltar o enredo e a homenagem a Alcione como um gás a mais na entrega que o componente tem realizado na preparação para o próximo carnaval.

“O canto da comunidade vem do chão da escola, é um show à parte. O trabalho que é feito, nosso chão, a comunidade, esse enredo, é uma cereja de bolo, falar da Alcione fez com que a comunidade abraçasse ainda mais , como se fosse um centenário da escola, digamos assim. O canto da escola está afiado, cada semana está melhorando, algumas coisas a gente como diretor acredita que sempre tem uma coisinha para acertar. Mas na Avenida vai funcionar muito, tenho certeza, graças ao canto da escola”.

Neste ano, a Mangueira vai levar para a Marquês de Sapucaí o enredo “A Negra Voz do Amanhã”, dos carnavalescos Guilherme Estevão e Annik Salmon, e será a quarta agremiação a desfilar na segunda-feira de carnaval.

Comissão de frente

Comandada por Lucas Maciel e Karina Dias, a comissão de frente trouxe uma coreografia mais intensa e possivelmente mais dentro do que deve levar para a Sapucaí. Uma das bailarinas claramente parecia ter um papel de destaque que pode se tratar de representar a homenageada. Os bailarinos em seus movimentos muitas vezes pontuavam algumas partes do samba como “encantados a girar” na primeira do samba em que alguns componentes faziam o movimento. Ou no “e vai provar que o samba é primo do jazz”, em que acontecia passos mais próximos do ritmo norte americano. A equipe também procurou simular um possível elemento cenográfico através de uma corda que fazia o espaço entre a comissão e o casal e que na apresentação a corda ficava mais próxima do lugar que simulava a cabine julgadora.

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Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal muitas vezes chamado furacão fez jus ao apelido com muita intensidade nos movimentos, mas com um cuidado perceptível para manter a correção nos passos e trazer a tradicionalidade do bailado de um casal de mestre-sala e porta-bandeira. Uma das partes mais fortes era no “ê bumba meu boi”, pelo giro da dupla. Cintya Santos mostrou muito vigor, mas também muita delicadeza, no final da apresentação nos módulos, sozinha, mais próxima do lugar onde seria a cabine, foi muito aplaudida pelas bandeiradas finais que tinham muito da marca de sua dança. Matheus Olivério como sempre deslizava no chão quase que se não houvesse nenhum atrito com a postura e elegância de sempre. Apresentação muito forte.

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Harmonia

A Mangueira, mais uma vez, viu seu componente cantar o samba com muita garra, com muita vontade e intensidade, durante todo o ensaio. Os “harmonias de ala” a todo tempo incentivavam os componentes a entregar um pouco a mais e os foliões respondiam quase berrando a obra, mas com muita alegria. Importante destacar o trabalho musical da Mangueira, a arrancada foi de arrepiar pelo trabalho conjunto do carro de som e da bateria, muita musicalidade envolvida, time bem ensaiado e que trouxe beleza para o momento. A equipe de apoio de Marquinho Art’Samba e Dowglas Diniz é muito boa e conta com cantores experientes que cantam na Série Ouro como principais, o caso de Daniel Silva, do Império da Tijuca e Leandro Santos, da São Clemente. Além disso, Bico Doce segue reforçando os apoios, além da jovem e talentosa Cacá Nascimento, que abriu o samba representando a homenagem às vozes femininas. Parabéns a diretoria e ao trabalho realizado pela direção musical de Vitor Art e Digão. O diretor de Harmonia Helton Dias também salientou o trabalho da direção musical e do carro de som.

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“Quanto ao carro de som, tem que ressaltar que o trabalho do Vitor (Art) e do Digão são dois músicos sensacionais, tem um ouvido muito apurado, e conseguiram formar um carro de som ainda melhor que o ano passado. Estão fazendo com que esse time do carro de som consiga sustentar esse samba, fazendo com que cada nuance do samba tenha a dicção perfeita. A gente tá no estúdio 24 horas, toda semana estúdio, muito ensaio e acho que a boa harmonia não vem só do nosso trabalho mas de toda a equipe musical que fazem um grande trabalho. E o Dowglas e o Marquinhos já são muito queridos da comunidade, o Dowglas é cria do morro e o Marquinhos já está na escola desde 2019. Eles fazem um trabalho que tem que aplaudir”, finaliza o profissional.

Júnior cabeça também foi por este viés e lembrou das aquisições feitas pela direção que reforçaram a equipe da Mangueira.

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“O trabalho da nossa direção musical está muito forte. A presidente não mediu esforços, trouxe pessoas de grande porte também para ficar de apoio no carro de som, por isso o Daniel Silva está com a gente , tem nomes bem conhecidos. O trabalho está andando, está sendo bem feito, a parte harmonia da escola tanto no carro de som, quanto na comunidade está pronta e agora é só esperar o dia do desfile e a gente ir se aperfeiçoando para ganhar os 40 pontos nesse quesito e nos outros também, e a gente levar a Mangueira para a disputa do título”.

Evolução

A evolução da escola foi correta e no geral bem espontânea. As alas coreografadas deram um molho e uma dinâmica diferente ao desfile, trazendo coreografias que ressaltam a musicalidade de Alcione e pontuando a letra do samba. O único ponto a se atentar é o espaço entre as alas e as musas que alguns momentos ficou um pouco demasiado porque a ala da frente andava e algumas vezes a escola não acompanhou, mas não se configurando em buracos. Porém, a Verde e Rosa tem um mecanismo luminoso que em geral consegue corrigir isso no desfile. No mais, só destacar a alegria do mangueirense que tem sido contagiante, mostrando uma escola feliz com o trabalho que vem sendo realizado.

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Samba-enredo

O samba, como citado acima, não esteve entre os “hits” deste carnaval, em relação a opinião da crítica e dos sambistas em geral, mas tem crescido muito e o trabalho da bateria tem sido fundamental. A paradinha com o tambor de crioula e o uso dos xequerês na bossa do “Ê bumba meu boi…” dão muita musicalidade ao samba e as retomadas tem sido muito com cara de Mangueira com o surdo um explodindo e marcando bem. Excelente Trabalho de Taranta Neto e Rodrigo Explosão. A segunda parte mais melódica também tem sido valorizada, já que a explosão da obra e as bossas mais potentes tem vindo antes, o que valoriza a melodia da segunda do samba. E por fim, mais uma vez elogiar o trabalho da equipe musical e carro de som, vozes de apoio, que também tem tirado a obra do lugar comum.

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Outros destaques

Evelyn Bastos, mais uma vez, reinou como poucas à frente da “Tem Que Respeitar Meu Tamborim”, fazendo inclusive coreografia com a ala de xequerês e sendo muito atenciosa com as crianças no final do treino. Algumas crianças da Mangueira do Amanhã apareceram sambando com ela já nos últimos momentos de ensaio, a escola mirim veio em peso também na última ala cantando o samba e mostrando muita alegria.

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Destaque para a ala das baianas que giravam bastante, algo que nem sempre é comum de se ver nos ensaios de rua de outras agremiações, ainda mais pelo calor que tem feito. Os passistas também mostraram muito samba no pé durante o treino. Uma das alas, trazia muito da cultura do Maranhão, terra natal da homenageada, com saias enormes e com as moças girando em um bonito bailado.

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Com presença de Eli Corrêa no ensaio técnico, Águia de Ouro canta forte

Por Gustavo Lima e fotos de Fábio Martins

Na noite desta quinta-feira, houve um ensaio técnico geral solo no Anhembi. O Águia de Ouro colocou a sua comunidade da Pompeia para treinar visando o desfile de 2024. Dentro disso, se viu uma comunidade bem forte em seu canto. Fez valer o estereótipo de ser uma das escolas que mais coloca a voz para fora. Outro ponto importante foi a bateria de mestre Juca, que ao longo do ensaio, soltou várias bossas, o que não era corriqueiro da “Batucada da Pompeia”. O ensaio marcou a presença da porta-bandeira Monalisa Bueno, que fez a sua estreia junto a comunidadeia, após a saída de Lyssandra Grooters.

O presidente Sidnei Carrioulo falou sobre o ensaio. “Fizemos um ensaio razoável, a escola tem um potencial muito maior do que isso, mas não vou dizer para você que eu não fiquei satisfeito não. Gostei do astral, gostei da energia que foi mais importante. Lógico, sempre tem muita coisa para corrigir, muita coisa pra gente resolver, mas temos mais um ensaio técnico”, avaliou.

De acordo com o presidente, a energia da escola foi importante. “A energia da escola foi boa, quando a escola está com a energia boa, tudo fica melhor, fica mais fácil. Foi bom, isso para mim me deixou muito satisfeito”, comentou.

Comissão de frente

A ala, que é coreógrafa por Ruy Oliveira, não apresentou tantos elementos consideráveis para uma análise profunda. O grupo evoluiu de um lado para o outro e saudou o público a todo instante, sendo de forma sincronizada. O diferente é que havia dois integrantes (um homem e uma mulher) logo atrás, onde ficava acenando para as arquibancadas e beijando a camisa. Suponha-se que represente o futebol no rádio.

Vale ressaltar que o coreógrafo Ruy Oliveira retornou recentemente, pois Marcelo Gomes, que estava comandando a ala, teve o seu desligamento da agremiação.

AguiaDeOuro et Comissao

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal João Camargo e Monalisa Bueno fez uma dança segura. Foi a estreia da porta-bandeira com o pavilhão da Pompeia. Nitidamente a dupla ainda está se entendendo, visto que a dançarina foi apresentada nesta última terça-feira, véspera do ensaio, em decorrência da saída de Lyssandra Grooters. O casal se mostrou sorridente e realizou os giros horário e anti-horário, sem dar prioridade à coreografia dentro do samba.

“A gente teve poucos dias de ensaio, como vocês já sabem, mas tudo foi dentro do que a gente ensaiou. Vai ter muitos consertos, a gente vai se conectar e se entrosar muito mais. Agora é ensaiar muito para conseguir um resultado positivo”, disse a porta-bandeira.

AguiaDeOuro et PrimeiroCasal

“Foi o nosso quarto ensaio junto, mas posso dizer que foi muito positivo. Obviamente, como qualquer outro casal, a gente tem ajustes a serem feitos, mas nós estamos satisfeitos com a entrega como casal. É muito importante a gente falar sobre entrega, energia, conexão, não soltar a mão do outro e entender o processo que está acontecendo com a gente. A pista é um pisto de emoções. Independente de prazo, estamos nos entregando um para o outro. É isso que faz a magia do casal acontecer”, concluiu o mestre-sala.

Harmonia

Foi o ponto alto da escola no ensaio. Os componentes da Pompeia fizeram valer o título de ser uma das melhores escolas de harmonia de São Paulo. O canto é um quesito que a agremiação sempre pode contar com a sua comunidade. As alas demonstraram um alto volume com uma constância do início ao fim. Vale destacar o “Oiiii Gente”. Tal parte tem uma entonação que se estende, mas tudo foi feito corretamente. Era um receio.

AguiaDeOuro et Interpretes

Porém, houve uma falha considerável devido à falta de carro de som. Quando a bateria estava no recuo, soltou uma bossa. As últimas três alas que estavam entrando em frente ao setor A, se embolaram de uma maneira em que tiveram que parar o canto para ver onde estavam. É uma parte em que a escola deve se atentar para fazer as devidas correções.

Evolução

O Águia prioriza por um andamento compactado e enfileirado. Com exceção das alas coreografadas, tudo é feito bastante em linha reta desde que entra na pista. E isso também ocorreu no último ensaio. As fileiras foram feitas corretamente, sem espaços entre elas, mas é bastante ‘militarizado’. Não é um erro, mas vale ressaltar o estilo de evolução que a escola gosta de impor.

AguiaDeOuro et 10

Samba-enredo

O carro de som, liderado pelos intérpretes Douglinhas Aguiar e Serginho do Porto, teve um grande rendimento neste ensaio. É uma grande sintonia que a dupla tem. Fazem poucos cacos e não atropelam uns aos outros. Isso ajuda bastante o samba, pois é uma obra com melodia acelerada o tempo todo. Por consequência, ajuda a comunidade, que consegue entender melhor o que é cantado.

As partes mais cantadas pelos componentes foram o refrão de cabeça, que é uma explosão na letra, principalmente no “Oiii gente” e os últimos versos do samba – “Águia de Ouro: A sua estação/Ligada no seu coração/Esse amor não se acabou/E no futuro assim será”.

AguiaDeOuro et 8

“Eu gostei bastante, como foi o primeiro aqui na passarela do samba, no Anhembi, eu acho que ainda tem coisas que a gente precisa realmente dar uma melhorada. Mas no geral, a escola se comportou muito bem. Hoje não era dia de desfile. No próximo ensaio a gente já vai fazendo um clima mesmo de como se estivesse valendo. Hoje é ajustar alguma coisinha, mas me agradou demais, nossa escola cantou, bateria veio bem e nosso carro de som veio bem também. Eu não tive a oportunidade de prestar muita atenção em outros setores que vem na nossa frente. Comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira, mas acredito que tenham vindo bem também”, disse o intérprete Douglinhas Aguiar.

AguiaDeOuro et Baiana

O seu companheiro, Serginho do Porto, completou dizendo que foi ótimo e está ansioso pelo segundo, pois vai ser com o som inteiro da avenida. “Para um primeiro ensaio nosso aqui no Anhembi, foi maravilhoso, porque a gente já vem fazendo isso dentro da quadra e no ensaio de rua também. A pegada foi muito boa, a gente precisava ter essa conexão aqui dentro para sentir a pressão do samba, para sentir esse termo todo e foi ótimo. E no dia 27 vai ser melhor ainda porque a escola já vem mais da vontade, é mais cedo e o som todo da avenida já vai estar. Vai ser uma coisa bem gostosa, e assim, eu estou muito feliz. O Águia tem uma comunidade muito forte, que canta muito, e isso é importante para qualquer escola de samba”, finalizou.

Outros destaques

A bateria “Batucada da Pompeia”, regida por mestre Juca, soltou mais bossas do que o normal. Fizeram até um ‘algo a mais’, quando todos agacharam em frente ao setor monumental em um breque. Também fizeram isso uma vez no recuo.

AguiaDeOuro et MestreJuca

Juca avaliou o ensaio. “Foi um bom ensaio. As bossas estão sincronizadas com o samba. Lógico que tem algumas coisas que a gente deve corrigir até o dia 27 ainda, mas no dia do desfile, se Deus quiser, conseguir a nota”, disse.

De acordo com o mestre, o movimento é pensado para fazer o recuo de bateria. “A bateria do Águia de Ouro sempre foi uma bateria que soltou bastante bossas, só que recentemente a gente estava vindo com o regulamento debaixo do braço. Estava dando certo. Mas esse ano a gente preferiu ousar um pouquinho mais. A entrada da bateria antigamente não era julgada, mas agora está sendo. O que a gente está fazendo ali na hora é passar todos os instrumentos leves para trás. Logicamente é uma brincadeira que o público vai gostar.

AguiaDeOuro et RainhaVanessa

A rainha de bateria, Vanessa Alves se mostrou bastante emocionada durante todo o ensaio

A escola teve a presença de Eli Corrêa, radialista que é a cara do enredo. Ele discursou e soltou o seu bordão “Oi gente”.

Como foi dito, harmonia foi o destaque, mas vale destacar três alas que realmente era perceptível um forte canto. São elas: ‘Ala Methanol’ e ‘Ala Amigos do Ouro’.

AguiaDeOuro et EliCorreaPresidenteSidnei

Outro fato que vale uma observação é a ‘Ala Águia Maria’, que é composta somente por mulheres.

Barracões Acesso 1 SP: Colorado do Brás traz a força do mandacaru para falar do povo nordestino

O povo nordestino é forte como as raízes do mandacaru, planta típica do sertão que é capaz de sobreviver às difíceis provações que o semiárido proporciona. Histórias, costumes e a fé das pessoas dessa região estarão presentes no Sambódromo do Anhembi em 2024 através do desfile da Colorado do Brás, que apresentará o enredo “Os Encantos da Raiz do Mandacaru”. O carnavalesco Anselmo Brito recebeu o site CARNAVALESCO para falar a respeito do projeto da escola como parte da Série “Barracões”.

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Fotos: Lucas Sampaio/CARNAVALESCO

Raiz forte de mandacaru

Anselmo Brito explica que o enredo da Colorado do Brás faz uma analogia entre o mandacaru e os nordestinos para falar da formação histórica e cultural do Nordeste.

“A Colorado do Brás convida todo mundo para uma viagem muito bem arretada e divertida, como tem que ser quando se fala de Nordeste. É mostrar um povo que a gente tem um carinho imenso. Um povo muito aguerrido, construtor e cheio de histórias. Vamos começar a falar de história, prosear um pouco. Nós escolhemos como tema de enredo uma das raízes mais importantes do Nordeste, que é o próprio mandacaru. Uma raiz muito típica do Nordeste, marcante pela sua força, por se dar em lugares não tão esperados e levando sua beleza para aquele lugar. Nós vamos fazer uma analogia dessa raiz com o povo nordestino, porque o povo nordestino é isso. Ele é resistência, ele é força, ele tem histórias e gosta de história”, declarou.

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O mandacaru no desfile se fará presente através dos contos de cordel, com a comissão de frente tendo o papel de apresentar o personagem que conduzirá a narrativa do enredo inspirado na força que a planta representa.

“Dentro desse enredo a gente estará vendo o povo nordestino através do mandacaru, mas a gente vai ter a presença do mandacaru no meio dessa história. Nós vamos ter na comissão de frente, aonde vamos trazer o cordel. O cordel retrata bastante isso, e nós vamos criar a história de um repentista. O repentista vai estar aos pés do mandacaru para fazer essa analogia”, contou Anselmo.

Folclore, fé e festividades: A Colorado em setores

A Colorado do Brás fará um desfile dividido em três setores, e o primeiro deles abordará o folclore nordestino. O principal destaque será uma história do período colonial inventada para espantar invasores de outros países interessados nas terras nordestinas.

“Nós vamos dar início ao nosso desfile onde a ambição aportou o mar. Quando os colonizadores avançam ao mar a encontro das Índias, e o destino fez com que eles se perdessem. O nordestino não fala que acredita no acaso, mas que era para ser assim. As caravelas chegam em território brasileiro, e quando chegam muitas delas encontram um mar muito hostil, revolto. Muitos desses navios não estavam preparados para essas condições e muitos deles naufragaram. Só que o português, ao chegar em terras nordestinas, se encantou com tudo aquilo que viu, e ali ele recebeu uma notícia. ’Olha, os holandeses também estão vindo para cá’, e como uma maneira de não ter novos invasores e não dar de mão, até porque na época os holandeses tinham uma estrutura naval muito maior do que os portugueses, eles criaram uma historinha que funcionou bastante. Eles começaram a espalhar que muitos navios lusitanos acabaram naufragando em mares brasileiros, especificamente do Nordeste aonde monstros, serpentes, engoliam esses navios e levavam para as profundezas do mar. Isso assustou os holandeses, que foram para outro caminho. Então você vê que uma história contada pelo povo nordestino, mas que faz parte do povo lusitano. É isso que nós vamos mostrar, que esse povo é rico em cultura, é rico em folclore. Nós vamos mostrar a importância da cultura nordestina”, explicou Anselmo.

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O segundo setor passará a abordar a fé do povo nordestino, com destaque especial para o tradicional ritual da Lavagem do Bonfim, que ocorre todo mês de janeiro em Salvador, na Bahia.

“Em um outro momento nós vamos mostrar a importância da fé. Não tem povo que tem mais fé do que o povo nordestino. Ele chama por Mãinha, ele chama por Oxalá, ele chama por Buda, ele chama por tudo. É um povo que acredita em todas as crenças. É um momento em que na nossa segunda alegoria nós vamos mostrar isso. Nós vamos mostrar a lavagem do Bonfim, que é um ato de fé realizado em Salvador diante da Baía de Todos os Santos, onde baianas fazem a lavagem daquela escadaria todo mês de janeiro para pedir paz, purificar o corpo, trazer coisas boas, lavar tudo de ruim. Nessa mesma alegoria nós vamos contemplar a questão católica, que é muito forte. Toda casa nordestina tem que ter seja Padim Cícero ou Nossa Senhora, mas tem que ter. Tem que ter alguma coisa religiosa, e nós vamos trazer a figura de Nossa Senhora retratada no Auto da Compadecida e caracterizada de forma bem nordestina. O manto dela vai ser de chita para estar como se ela estivesse levando no seu próprio manto todo o povo nordestino, protegendo todos eles”, detalhou o carnavalesco.

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A cultura do Nordeste ilustrada através das tradicionais festas populares será a encarregada de encerrar o desfile da Colorado do Brás, e Anselmo Brito garante que a alegria do povo nordestino será elemento de grande destaque nesse setor.

“Vamos terminar o nosso desfile no terceiro setor com muita alegria, como são as noites de São João. O céu enfeitado de balões, de bandeirinhas e a quadrilha das festas de São João. Também retrataremos a arte de Mestre Vitalino com os seus bonecos de barro, as bandas de pife, que se fazem muito presente no Nordeste todo. Nós vamos apresentar dessa forma a alegria, a dança e a cultura do povo nordestino, de um povo bem arretado. No último carro o mandacaru sendo presente, só que ele já não vai estar mais no chão rachado. Ele vai estar num espaço cultural, enraizado na cultura. É como se brotasse do chão numa noite de São João para dizer que essa é a raiz, esse é o fundamento disso, de uma raiz, e que ela está presente em todo momento”, afirmou.

Cordel e humor do nordestino encantam Anselmo Brito

Ao longo do processo de pesquisas para a construção do enredo, Anselmo Brito se deparou com incontáveis elementos da rica cultura nordestina, e uma das mais populares formas de expressão regional conquistou o carnavalesco.

“Foram muitos, mas eu me encantei com o cordel. Eu acho que o cordel é a maneira mais divertida e mais didática para você conhecer o Nordeste e o próprio nordestino. Eu me apeguei em obras de muitos artistas, através do próprio elemento, e mais do que isso. Da pesquisa de um dos personagens mais importantes do Nordeste, que é Ariano Suassuna. As obras dele são incríveis, e ele retrata muito bem isso”, revelou.

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Além da cultura, uma característica do povo nordestino que encantou Anselmo é o humor. A forma alegre de levar a vida e falar de si próprio se fará presente ao longo do desfile da Colorado do Brás.

“O sorriso, a alegria do povo nordestino e o humor, que acho muito engraçado. O povo nordestino é muito divertido, ele conta até as suas mazelas de uma forma divertida, tanto é que o nosso Abre-alas é uma paródia de um momento trágico, que são os navios chegando para colonizar as nossas terras com um único objetivo, da ambição. A ambição aporta em terras nordestinas, e mesmo assim esse povo conta isso de uma forma engraçada e divertida. Eles criaram até lendas. Lendas contadas pelo seu próprio povo. Isso é uma tradição nordestina que a gente vê refletida aqui em São Paulo no Centro de Tradições Nordestinas. A gente tem um pedacinho de Nordeste ali”, concluiu.

Ficha técnica
Enredo: “Os encantos da raiz do mandacaru”
1.600 componentes
13 alas
3 alegorias

Série Barracões SP: Barroca conta o próprio Jubileu de Ouro na ótica de Pé Rachado

O número cinquenta tem um ar quase que cabalístico. Por ser “fechado”, simples, a metade de uma centena… as explicações são inúmeras para que tal numeral tenha tanta força. Por consequência, completar um aniversário de meio século de vida é motivo de muitos festejos. Para uma escola de samba não é diferente. E, em 2024, quem fará uma grande festa de aniversário para si própria é o Barroca Zona Sul. Fundada no dia 07 de agosto de 1974, a verde e rosa apresentará o enredo “Nós nascemos e crescemos no meio de gente bamba. Por isso, que somos a Faculdade do Samba. 50 anos de Barroca Zona Sul” no segundo horário da sexta-feira de carnaval – 09 de fevereiro. Para contar mais sobre tudo que estará no desfile, o CARNAVALESCO conversou com exclusividade com Pedro Alexandre, popularmente conhecido como Magoo.

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Uma nova ótica

Para entender o enredo, é necessário ter um mínimo conhecimento sobre a fundação da agremiação – e, também, do carnaval de São Paulo. Tudo porque o desfile será desenvolvido através da ótica de Sebastião Eduardo do Amaral, popularmente conhecido como Pé Rachado. Ele, ex-presidente do Vai-Vai e com passagens por escolas de samba do quilate de Nenê de Vila Matilde e Camisa Verde e Branco, queria fundar a própria agremiação por conselho de um dos maiores sambistas da história: Angenor de Oliveira, o Cartola. As cores não são à toa: a escola-madrinha do Barroca é a Estação Primeira de Mangueira – a instituição pela qual o carioca torcia.

A morte de Pé Rachado, por sinal, é um momento de passagem na história contada na avenida. “O enredo comemora os 50 anos de Barroca Zona Sul. Nós vamos contar de uma forma um pouco diferente: tudo vai ser contado pela ótica do fundador da escola: Sebastião Eduardo do Amaral, o Pé Rachado. Todo o enredo, toda a história da desses 50 anos de Barroca Zona Sul e até antes: como que foi o processo de fundação da escola, com a participação da Mangueira e do Cartola. Tudo vai ser contado pelo fundador. Ele faleceu em 1990, então ele não chegou a ver a Barroca no Sambódromo. Daí por diante, já começa aquela coisa lúdica: ele contando diretamente do céu, como seria a visão dele ele enxergando todos os bons momentos do Barroca, aquele período no qual a escola passou por uns problemas, ficou alguns caindo e até essa fase da retomada, nos dias de hoje. Vai ter umas coisas que pega pela emoção. O pessoal que é mais antigo da escola, a gente passa o resumo do enredo pra eles, como vamos fazer… vai ser um enredo marcado pela emoção. Quem gosta do Barroca Zona Sul vai se identificar com pelo menos algum trecho desse desse desfile”, afirmou Magoo.

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Como o pontapé inicial, por lógica, é a própria fundação do Barroca, nada mais natural que o enredo vá se desenrolando de maneira cronológica. E, conforme isso acontece, o desfile relembra todos os momentos da instituição. “A gente dividiu o desfile para não ficar uma coisa maçante e nós dividimos por períodos. Tem um período que é o dos tempos da Tiradentes, os carnavais marcantes nessa avenida. Tem um trabalho de pesquisa: como que o pessoal se vestia naquela época, as fantasias, o estilo… depois, tem os primeiros desfiles no Anhembi: como que foi, as referências. Depois, tem essa fase da retomada da escola. A gente dividiu dessa forma para contar a história por meio de fantasias e alegorias. É para mergulhar mesmo, para ter uma identificação daquelas pessoas. Pra falar que lembra desse desfile, de algum detalhe… a gente tomou um cuidado para trazer todos esses elementos certinho e o pessoal se identificar”, comentou Magoo.

Setorização natural

Não há muito segredo quanto à setorização barroquense em 2024. Cada setor representa, basicamente, uma “fase” da escola. E os primeiros remetem não apenas à fundação da escola – como, também, a uma era que traz saudade em muitos foliões paulistanos. “Tem a primeira fase, que foi a fundação do Barroca. A gente já começa com as primeiras alas contando a fundação do Barroca Zona Sul. Vem abre-alas, baianas e comissão contando esse evento. Daí já entra a parte de avenida Tiradentes, os desfiles lá, depois os primeiros desfiles no Sambódromo… tem elementos que a gente vai distribuir em esculturas e nas próprias alegorias que vão remeter a esses períodos. No final, tem aquela surpresa da retomada do Barroca: tem uns elementos que a gente está levando que, quem já viu, curtiu pra caramba. Tomara que tenha esse efeito Legal na avenida, principalmente da parte da retomada como um momento de choque”, relembrou Magoo.

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Aqui, é importante destacar: quando o carnavalesco fala em “retomada da escola”, ele não está brincando. A agremiação chegou a desfilar na União das Escolas de Samba de São Paulo (UESP), instituição que reúne as escolas do samba abaixo da terceiro divisão paulistana. E isso também será relembrado. “Não foram 50 anos de alegria. Nenhuma escola tem só vitórias, só períodos bons. Todas as escolas de samba têm o seu período ruim e o Barroca tem um período muito complicado, que ela foi caindo de grupo e foi pra rua. Desfilou no Butantã, perdeu quadra… o Barroca passou por um período muito conturbado. Aí, um grupo de pessoas começou o passo a passo, ano após ano, subindo e melhorando. Em termos de estrutura, a agremiação conseguiu a sua quadra, onde está até hoje. Isso é um orgulho pro pessoal: ver a escola chegar no fundo do poço e depois só subir e chegar no Especial, já há três anos estabelecida no Grupo Especial. Até os mais novos de Barroca têm muito orgulho da escola que ficou tão pra baixo e teve forças para renascer e voltar a ficar entre as grandes do carnaval de São Paulo”, exaltou o carnavalesco.

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Surgimento do enredo

Em diversas entrevistas, Ewerton Rodrigo Ramos Sampaio, o Cebolinha, presidente do Barroca desde 2014, destacou que, desde quando ele assumiu a escola, todo o esforço era para que o desfile do Jubileu de Ouro fosse o melhor possível. Pois bem: chegou a apresentação dos 50 anos. E, para desenvolver o enredo, o carnavalesco pediu um encontro com pessoas históricas da agremiação. E foi nessa ocasião que o fio condutor do desfile surgiu. “Na primeira reunião que eu tive com o presidente, o Cebolinha pediu para que eu falasse no que eu gostaria de ajuda. Eu respondi que a única coisa que eu quero é uma reunião com as pessoas mais antigas da escola. Não uma reunião, um bate-papo. Entrar lá e conversar. Eu começava a perguntar da história do Barroca e eu, até então, tinha alguma coisa na minha mente, uma linha de pensamento, eu já tinha feito uma pesquisa e tal, mas a partir dessa conversa eu comecei a perceber o que o barroquense acha importante, o que que ele acha legal, o que que ele se orgulha, os momentos marcantes da história da agremiação. Foi aí que eu mudei bastante coisa que eu tinha na minha cabeça. Foi aí que eu via o respeito que eles tinham pelo Pé Rachado. Eles falavam coisas como “Ah, se o ‘Pé’ tivesse vivo nessa época”… e, nisso, eu imaginei ele próprio contando a história da instituição. Foi daí que surgiu a ideia. Esse bate-papo foi importantíssimo para o desenvolvimento desse enredo”, destacou Magoo.

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Exaltação aos baluartes

Gravada no final de 2023, a entrevista foi realizada dias antes da morte de Gerado Sampaio Neto, o Borjão, dos grandes nomes da história barroquense. No dia 05 de janeiro, a verde e rosa perdeu um dos grandes nomes da própria história. E, na ocasião, ele foi muito citado como uma das pessoas que mais colaboraram para manter o Barroca ativo – e, também, pela transformação da agremiação. “Além de pessoas como o Cebolinha, Borjão e Fernando Negão, tem o João Neguinho, vice-presidente, uma pessoa importantíssima. Tem as pessoas-chave de cada departamento, os cabeças. Normal um ou sair por coisa de família, por exemplo… mas esse grupo, na sua maioria, permanece – e esse grupo, que permanece unido, é o pessoal que toma as decisões do Barroca, Zona Sul. É um pessoal que sofreu na pele os momentos ruins, mas eles batalharam. O presidente Cebolinha tem uma participação gigantesca nisso, o Borjão também – o nome do Borjão e o respeito que a comunidade tem por ele e tem outros personagens, a própria Velha Guarda da escola, baianas… tem vários segmentos da escola e a gente vai fazer uma homenagem especial para eles”, pontuou o carnavalesco.

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Muito comentado, o momento da “retomada” começou em 2014, quando Cebolinha (filho de Borjão) assumiu a presidência do próprio pai. E, na visão do carnavalesco, eles são a síntese do que é a agremiação. O profissional que estava na agremiação desde 2020 e que foi substituído por Magoo também foi citado com muito respeito e admiração. “O próprio Presidente Cebolinha e o Borjão eu tinha mais contato e conhecia de fora. Quem tá no mundo do carnaval acaba sabendo um pouquinho de cada escola. Eu acompanhei mais ou menos essa essa luta. Uma coisa que eu tinha em mente é que o Barroca é uma escola que o pessoal arregaça as mangas, vai para cima… e eu vi que esse grupo existe mesmo. Você olha e tem um pessoal fanático, que respira Barroca Zona Sul e isso é muito legal. É muito legal você conviver com essas pessoas. O Rodrigo Meiners é meu amigo, ele faz parte dessa retomada e ele foi um dos grandes responsáveis por isso. Ele fez carnavais muito bons aqui no Barroca Zona Sul, ele já deixou o nome dele na história da escola. Ele foi o carnavalesco que se destacou e ele deixou muita coisa boa no barracão do Barroca Zona Sul. Chegando aqui, eu só tive a certeza daquilo que eu deduzia, e com o tempo eu comecei a perceber que eu virei mais um desses. Um operário que respira a escola. É impressionante isso, vai contagiando, contagiando, contagiando…. foi bem legal mesmo chegar aqui e fazer parte desse desse time, fazer parte do Barroca Zona Sul nesse período”, destacou.

Na prática

Pensando no desfile em si, Magoo detalha os números envolvendo a apresentação barroquense. “São quatro alegorias, mas só o o abre-alas são três bases acopladas. A gente vem em uma média de 2.000 2.100 componentes, mais ou menos, divididos em dezoito alas. Não viremos com tripés, mas tem umas umas surpresinhas nos carros, uns efeitozinhos que a gente vai fazer que vai ser vai ser bem legal”, explicou.

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Perguntado sobre como é a rotina enquanto carnavalesco, Magoo destaca que está se entregando de corpo e alma para produzir o desfile – sobretudo no barracão. “Eu gosto bastante de colocar a mão na massa, eu não fico muito só acompanhando. Gosto de forrar, fazer a escultura… sou bastante presente no barracão; na parte de fantasias, muito dessas alas foram feitas aqui na Fábrica do Samba, tem um time muito bom comigo que me ajuda visitando ateliê e etc – às vezes eu mesmo vou pro ateliê e visito. Sobre o meu dia a dia: eu chego muito cedo (por volta das 08h) aqui no barracão e vou no final da noite embora. No final de semana também estou aqui. Na quadra eu não tenho uma frequência muito grande, é muita responsabilidade aqui no barracão. Em 90% do tempo eu estou para o lado da Zona Oeste, aqui é onde – fico mais aqui do que na minha casa, na minha casa eu só vou para tomar banho, comer e dormir. O resto é vivendo o Barroca Zona Sul – e a tendência até o carnaval é ir aumentando”, afirmou o carnavalesco.

Recados

Em tom confessional, Magoo destacou o quanto o envolvimento que teve com os barroquenses foi importante não apenas para a produção do desfile, mas para ele como pessoa. “Contar essa história de 50 anos… é uma responsabilidade muito grande, porque eu não vivi esses 50 anos. Eu não estava no Barroca em nenhum desses momentos dos 50 anos. É por isso que a minha estratégia foi conversar com quem viveu Barroca, focar no sentimento de cada um, o que é importante. Não para mim, um leigo que, de fora, poderia perfeitamente fazer uma pesquisa, montava um texto em cima disso, mas ia ser uma coisa fria. Falar do Barroca sem falar de emoção, não é falar de Barroca. Eu tive que viver e sair, conviver com essas pessoas. No meio de uma conversa, tirar uma coisinha aqui, outra acolá, compor tudo e escrever esse enredo. Até agora, está todo mundo gostando, todos estão curtindo muito. Está dando super certo e tomara que na avenida seja a celebração desse projeto. Que a gente conte da melhor forma possível e termine o desfile com todo mundo se sentindo homenageado”, confidenciou.

Por fim, instigado a deixar um recado para todos que acompanham carnaval, Magoo destacou que o nível do Grupo Especial será altíssimo e que o Barroca, em especial, merece destaque. “A gente conversa bastante com o pessoal de outras escolas e eu tenho a convicção que vai ser um espetáculo muito bom. Vai, se não for o melhor, vai ser um dos melhores carnavais que São Paulo já teve. O nível está muito alto. É o profissionalismo: você não vê mais aquela coisa que tinha alguns anos de alguma escola estar bem abaixo. Todo mundo tem seus trunfos. Quem desfila pode ter certeza que vai participar de um grande espetáculo, independentemente da escola que você esteja. Para quem não desfila, que vai acompanhar pega o seu ingresso, assista ou desfile: vai valer a pena. O carnaval de São Paulo vai estar muito legal em 2024. E, para o pessoal do Barroca Zona Sul… é uma coisa que já virou jargão: você conversa com todo carnavalesco do Rio e de São Paulo e eles falam que vamos fazer o melhor carnaval da nossa história. Balela, né? Isso aí todo mundo fala. Mas tenha certeza que nós estamos fazendo um carnaval para o barroquense se orgulhar. O barroquense, quando falar qual desfile foi marcante para eles, ele vai identificar esse desfile em 2024. A gente quer fazer um desfile de celebração mesmo, que eles sintam o orgulho de ser Barroca Zona Sul”, finalizou.

Ficha técnica
Componentes: 2000
Alas: 18
Alegorias: 04

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