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Especial gravações 2024: Na boca da comunidade, reedição de Gbalá traz tom lúdico para faixa da Vila no álbum da Liesa

Composto por Martinho da Vila para o carnaval de 1993, desenvolvido pelo carnavalesco Oswaldo Jardim, pode se dizer que “Gbalá – Viagem ao Templo da Criação” já está na ponta da língua do componente há uns 30 anos. Esta, sem dúvida, foi uma das razões para que a direção da Unidos de Vila Isabel escolhesse a obra para ser a primeira reedição de samba-enredo que a escola do bairro de Noel levará para a Sapucaí. Primeira agremiação a gravar a faixa oficial para o Carnaval 2024, na Cidade das Artes, o clima trouxe um olhar lúdico, infantil, como pede o enredo. Com o cavaquinho fazendo a intenção de uma flauta logo na introdução do samba, e com voz infantil no coro, o restante ficou por conta da potente voz de Tinga e dos ritmistas da “Swingueira de Noel” comandados pelo ótimo mestre Macaco Branco. Com muita alegria e leveza, o samba contagiou todos que presenciaram a gravação na sala de ensaios três do complexo cultural localizado na Barra da Tijuca.

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Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

Sendo mais uma vez a voz oficial da Vila em um disco da Liesa, o intérprete Tinga comandará em 2024 pela décimo sexta vez o carro de som da agremiação, somando as duas passagens pela escola. Para o cantor, a possibilidade de levar o samba de 1993 no próximo carnaval é um grande presente. Tinga também explicou como se deu o processo para colocar a obra em um formato que se adeque ao carnaval atual.

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“Para mim é uma honra estar cantando um grande samba do Martinho da Vila. A adaptação é colocar nos moldes de hoje mesmo. Hoje a bateria está um pouco mais para frente, mas o samba mesmo, a melodia, a gente procurou não mexer muito, não mudar muito, porque é um clássico. A gente está muito feliz em poder cantar o samba do jeito que ele é. É mais fácil de trabalhar, a gente já conhece bem, a comunidade está feliz demais, cantando com muita alegria, com muita força. É um enredo maravilhoso, vai ser muito bonito cantar esse samba com muita garra, a garra do componente da Vila Isabel”, promete o cantor.

Tinga contou que a preparação para a gravação não é só exclusiva do cantor oficial. Na Vila Isabel, todo o restante do coro, que acompanha o intérprete, precisa ter um cuidado especial com a voz.

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“Não só eu como todo o carro de som faz fonoaudióloga, faz aula de canto. A gente sempre está procurando fazer o melhor para chegar na Avenida e dar conta do recado. Agora após a gravação é só ensaiar mesmo, a comunidade está chegando juntinho já, o mais importante é a comunidade estar firme e forte na Avenida, cantando esse samba no gogó, e mostrando a força da nossa escola e a força da comunidade do Morro dos Macacos”, entende Tinga.

O arranjo preparado para a gravação oficial da Liesa foi desenvolvido pelo diretor musical da Vila, Douglas Rodrigues. O músico esclareceu que procurou trazer um tom lúdico, infantil para a gravação, como pedia o enredo, a obra, mas também valorizando a comunidade que habita o entorno da escola do bairro de Noel. Douglas confessou que a equipe procurou não ouvir tanto o que foi desenvolvido para 1993 para não ficar preso a ideias já produzidas, e se permitiu dar uma nova roupagem sem descaracterizar a obra.

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“O arranjo foi feito para interagir com a comunidade. Usamos palma da mão, solo, canto, para todos entrarem juntos e ter aquela interação. É muito legal quando você faz um arranjo que todos participam, não é só as cordas, ou não é só o canto, todo mundo participando, da bateria, até o cara que vai lá para conhecer o samba na quadra, a comunidade. O arranjo foi criado a partir desse entendimento, é um toque lúdico por conta das crianças. O cavaquinho dá a intenção de uma flauta. E em relação a gravação original, a gente não ouviu muito para também não ficarmos presos. Mas a gente não pesou a mão. Porque se pesar a mão vai ter aquela comparação. Foi uma parada bem tranquila. A roupagem já está na voz do Tinga. O Tinga já dá uma outra visão do samba. A gente só vai acompanhando”, explicou o diretor musical.

Preparação contemplou ensaios desde decisão por reedição

Presente à gravação na Cidade das Artes, o diretor de carnaval da Vila Isabel, Moisés Carvalho, relatou à reportagem do site CARNAVALESCO de que forma a escola se preparou para este importante passo no processo de desenvolvimento de um carnaval.

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“Desde que o presidente decidiu que o samba seria a reedição de Gbalá, todo o time, carro de som, parte musical, tem batido papo, indo para estúdio, para a gente achar o melhor caminho para fazer essa reedição em alto estilo. A gente está botando em prática nesta gravação tudo que vem ensaiando durante todos esses meses. Acho que encontramos o ponto ideal. Também já começamos nossos ensaios na 28 de setembro, ali vamos imprimir o ritmo que vamos levar para o desfile”, informa o diretor.

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Moisés Carvalho também explicou mais sobre o cronograma de trabalho da escola no que diz respeito ao trabalho de canto e evolução na preparação para o Carnaval 2024.

“Como já tínhamos o samba escolhido e na ponta da língua da galera, a gente conseguiu antecipar os nossos ensaios, não só de quadra, como também do Boulevard 28 de setembro, a fim de a gente chegar na excelência máxima que é o samba na ponta da língua, o carro de som entrosado com a bateria de mestre Macaco Branco que também participa das reuniões junto com o Tinga, com o Douglas (Rodrigues), com o preparador vocal, com nosso presidente Luizinho (Guimarães). Todos estão afinados para os ensaios e para o nosso CD, que tem a proposta de mostrar o samba, a letra do samba, com alguma coisa de bateria, mas focado na letra. O samba a gente fez da forma como executamos nos ensaios de quadra, de bateria”, concluiu Moisés.

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Intérprete oficial de 1993 é figura ilustre do carro de som

Uma presença especial na gravação foi do cantor Gera, que já faz parte há algum tempo do carro de som da Vila como uma das vozes de apoio do intérprete Tinga. Gera foi o responsável ao lado de Martinho da Vila por cantar Gbalá durante o desfile de 1993. O experiente cantor dá nome ao palco localizado na quadra da Vila no Boulevard 28 de Setembro e falou sobre a emoção de participar deste processo além de compartilhar algumas lembranças daquele carnaval de 1993.

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“Eu fiquei muito orgulhoso por estar com saúde. Trinta anos atrás eu cantei esse samba, eu e o Martinho da Vila. A gente gravou juntos. Agora estou com a garotada, dando esse apoio ao Tinga, para mim é um prazer muito grande . Eu quero ver na Avenida e eu acho que vai ser muito bacana porque o samba está com uma pegada maior, está mais em cima o tom, e a pegada muito firme. Eu me sinto muito orgulhoso por estar com a rapaziada. Choveu muito naquela noite, mas o carnaval era tão bonito produzido pelo nosso carnavalesco da época Oswaldo Jardim . Imagina o que virá agora com o Paulo Barros, com essa criatividade que ele tem. Naquele ano o samba rolou maravilhosamente bem. Ganhou prêmios e levou a escola bem, mesmo com toda a chuva que teve. Acredito que 2024 vai superar aquele desfile “, acredita Gera.

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Comandando a “Swingueira de Noel” desde o carnaval de 2019, mestre Macaco Branco participa de sua quinta gravação à frente dos ritmistas. Experiente no mundo musical, Macaco gravou de forma tranquila e explicou o que pensou para a faixa oficial da Liesa.

“A gente colocou um andamento mais orgânico, como é uma gravação ao vivo não tem como a gente estar medindo muito o andamento. Está ali na casa de 141, 142 BPM, que é para gente já ter a noção do que é um andamento perfeito para o samba da Vila Isabel. Os arranjos estão muito bonitos, bem encaixados na métrica, na melodia do samba. O projeto é lindo demais, usamos os instrumentos tradicionais de escola de samba, tem uma hora que a gente coloca palmas, em um jongo que tem muita relação com a temática do samba. A introdução tem bastante a ver com aquela gravação que a escola fez, mas há algumas diferenças que vocês vão perceber e espero que gostem”, deseja o mestre.

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Terceira escola a pisar na Sapucaí na segunda noite dos desfiles de 2024, a Vila vai levar para a Avenida o enredo “Gbalá” que está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros.

Mais fotos da gravação da Vila

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Carnaval Impacta e Transforma a Economia Brasileira

O Carnaval, mais do que uma celebração cultural, é uma força motriz na economia brasileira. Esta festa anual, conhecida por sua energia vibrante, fantasias coloridas e música contagiante, não é apenas um ícone cultural, mas também um gigante econômico. Explorar como o Carnaval, em suas diversas facetas, impulsiona significativamente a economia do país, desde o turismo até setores menos óbvios, como as apostas online, é uma rica viagem pelo aspecto financeiro desta importante festa.

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Foto: Alexandre Macieira/Riotur

Turismo e Hospitalidade: Os Benefícios Diretos

O Carnaval é um magnetismo para turistas, tanto nacionais quanto internacionais. Durante essa época, cidades como Rio de Janeiro, Salvador e Recife veem um aumento exponencial no número de visitantes. Esse influxo de turistas impulsiona uma série de setores econômicos, especialmente a hotelaria, restaurantes, e serviços de transporte. Hotéis e pousadas geralmente operam com capacidade máxima, enquanto restaurantes e bares experimentam um aumento significativo nas vendas.

Além disso, o Carnaval gera uma demanda considerável por serviços de transporte, incluindo companhias aéreas, empresas de ônibus e serviços de táxi e aplicativos de carona. Essa festa proporciona um estímulo econômico vital para muitas cidades, contribuindo para o emprego e a geração de renda em várias indústrias.

Indústria da Moda e Artesanato: Criatividade que Gera Lucro

O Carnaval é uma vitrine para a moda e o artesanato brasileiros. Os elaborados trajes e fantasias são um aspecto crucial da festa, gerando uma demanda significativa por designers, costureiros e artesãos. Esse período do ano é crucial para pequenas empresas e trabalhadores autônomos que se especializam na criação de trajes de Carnaval, acessórios e souvenirs.

Além das roupas, o Carnaval também estimula a indústria de maquiagem e beleza. Salões de beleza e profissionais de maquiagem têm uma demanda incrivelmente alta durante o período, com muitos trabalhando horas extras para atender aos foliões. Além disso, há um aumento na venda de produtos de beleza, incluindo maquiagem à prova d’água, glitter e adereços.

Os artesãos locais também se beneficiam, produzindo uma variedade de mercadorias como bijuterias, lembranças e decorações temáticas. Esse impulso na economia criativa não apenas gera renda, mas também promove a cultura e a arte brasileiras.

Apostas Online: Um Novo Participante na Economia do Carnaval

Curiosamente, até mesmo o mundo das apostas esportivas online encontrou um nicho no Carnaval. Sites de apostas agora oferecem a oportunidade de apostar nas escolas de samba vencedoras dos desfiles. Esta tendência crescente não apenas adiciona uma nova dimensão à experiência do Carnaval, mas também movimenta a economia digital.

Essas apostas, embora menos tradicionais, geram receita e atraem um público que talvez não participe fisicamente dos eventos, mas que ainda deseja estar envolvido na emoção do Carnaval. A integração das apostas online com o Carnaval reflete a natureza em constante evolução da festa e sua capacidade de se adaptar às novas tendências econômicas. Para aqueles que querem se aventurar nas apostas no carnaval, mas não querem gastar seu próprio dinheiro para começar a brincar, é possível conseguir em alguns site de apostas 10 reais grátis para apostar em promoções.

O Carnaval Como Motor Econômico do País no Início de Cada Ano

O Carnaval vai além de uma celebração cultural; é um fenômeno econômico. De hotéis lotados a ateliês de costura agitados, de restaurantes cheios a plataformas de apostas online, o Carnaval gera uma onda de atividade econômica que atravessa diversos setores. Ele não apenas celebra a rica história cultural do Brasil, mas também desempenha um papel crucial na economia do país. À medida que o Carnaval continua a evoluir, seu impacto econômico também se expande, solidificando seu lugar como um dos eventos mais importantes e lucrativos do Brasil.

Cante com a Beija-Flor: samba para o Carnaval 2024

O intérprete Neguinho da Beija-Flor canta o samba-enredo da escoal de Nilópolis para o Carnaval 2024. A azul e branco levará para Avenida o enredo “Um delírio de carnaval na Maceió de Rás Gonguila”.

Cante com a Porto da Pedra: samba para o Carnaval 2024

O intérprete Wantuir canta o samba-enredo da Porto da Pedra para o Carnaval 2024. A escola de samba levará para Avenida o enredo “Lunário Perpétuo: A Profética do Saber Popular”.

Cante com a Unidos da Tijuca: samba para o Carnaval 2024

O intérprete Ito Melodia canta o samba-enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2024. A escola de samba levará para Avenida o enredo “O conto de fados.

Samba-enredo tem funcionamento avassalador e impulsiona quesitos de chão em mais um ensaio de rua da Imperatriz

Arrebatadora! Essa simples palavra sintetiza o que foi a apresentação da Imperatriz Leopoldinense no fim da tarde e início da noite do último domingo. A comunidade da Rainha de Ramos mais uma vez compareceu em peso na Rua Euclides Faria e mostrou toda a sua força neste terceiro treino a céu aberto na temporada para o Carnaval de 2024. O samba-enredo, conduzido com maestria pelo intérprete Pitty de Menezes, teve um rendimento espetacular, que se refletiu em um canto extremamente potente dos componentes e uma evolução bastante solta. A bateria “Swing da Leopoldina” também teve outra grande performance, contribuindo para esse sucesso do hino oficial junto aos desfilantes e espectadores. Em entrevista concedida com a reportagem do site CARNAVALESCO, o diretor de carnaval André Bonatte, que divide a função com Mauro Amorim, fez uma análise desse ensaio e ressaltou o trabalho a longo prazo visando o desfile do ano que vem.

“Eu venho falando isso a cada semana, eu acho que o trabalho é crescente. Nós fizemos uma boa largada. Na semana passada, mesmo com chuva, a escola superou o primeiro ensaio e, na minha avaliação, hoje nós superamos os outros dois. Então, é esse o caminho que a gente tem até o dia 11 de fevereiro. A gente tem que se superar a cada dia. Sempre olho assim e acho que a comunidade está de parabéns. Hoje, eu vejo o samba consolidado. Os componentes da Imperatriz estão cantando com muita força. A questão da harmonia, que é uma coisa que a gente avalia muito aqui, está funcionando extremamente bem, assim como a evolução. No ensaio desta semana, a escola mais uma vez caminhou bem, sem nenhum tipo de tropeço, a gente conseguiu fazer todas as paradas técnicas que tínhamos que fazer, mas eu sempre acho assim, é isso, é o caminho. Precisamos pensar sempre no que a gente pode melhorar e esse vai ser o meu trabalho até fazer a curva da Avenida. A ideia é buscar a perfeição”, defendeu André Bonatte.

No ano que vem, a Imperatriz Leopoldinense apresentará o enredo “Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da cigana Esmeralda”, assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira. O tema tem como base um pequeno folheto que foi escrito há mais de 100 anos por Leandro Gomes de Barros, autor paraibano de cordéis que inspiraram o dramaturgo Ariano Suassuna a escrever o “Auto da Compadecida”. A proposta dá continuidade ao interesse da agremiação em se debruçar sobre o Brasil e sobre obras populares que souberam dar contorno à imaginação de caráter fantástico como uma extraordinária vocação do povo brasileiro. A Rainha de Ramos será a sexta escola a desfilar no domingo de Carnaval, dia 11 de fevereiro, encerrando o primeiro dia do Grupo Especial do Rio, em busca do bicampeonato.

Comissão de frente

O show leopoldinense teve início com a apresentação dos integrantes da comissão de frente. O coreógrafo Marcelo Misailidis trouxe, mais uma vez, uma performance elaborada especialmente para os ensaios, que serve de base de criação para o trabalho que será levado por eles no desfile oficial. O número contou com a participação de dez componentes no treino desse domingo, divididos em cinco casais. As mulheres vieram com um figurino composto por saias longas estampas, top e lenço amarrado na cabeça; enquanto os homens tiveram como indumentária uma calça branca e uma camisa do enredo. A coreografia tinha como referência a cultura cigana, mesclando passos de danças típicas com movimentos um pouco mais acrobáticos. A dança alternou entre momentos em dupla e de grupo, todos marcados pela intensidade e sincronia. O ponto alto ficou para o efeito causado pela saia das bailarinas, seja na hora dos giros ou nos deslocamentos.

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Mestre-sala e Porta-bandeira

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, novamente se destacou durante a passagem da Rainha de Ramos neste terceiro treino a céu aberto da temporada. A dupla, que após sete anos longe reatou a parceria no último Carnaval, segue demonstrando um aprimoramento, tanto na técnica, quanto no entrosamento entre si. Os dois apostaram em uma dança predominante mais tradicional, que teve como característica a intensidade e a velocidade. Apesar dessa força no bailado, a elegância nos gestos, a precisão dos movimentos e a delicadeza nos momentos de cortejo também estiveram presentes no decorrer da apresentação. Um dos segredos dessa evolução foi a chegada da primeira bailarina do ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Ana Botafogo, como diretora artística do primeiro casal. Em conversa com a reportagem do site CARNAVALESCO, logo após a conclusão do treino, os defensores do pavilhão principal rasgaram elogios para a profissional e ressaltaram o impacto do trabalho realizado por ela.

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“Está sendo incrível. Hoje, eu me vejo uma nova Rafaela. Acho que muitas pessoas julgaram quando a Ana Botafogo chegou na família Imperatriz. Ela veio para somar e tem sido uma grande responsável pelo resgate do casal Phelipe e Rafaela. Depois de sete anos afastados, a gente retomou a parceria no último Carnaval, fomos campeões, porém só agora e aos poucos que a gente vê mais o Phelipe e Rafaela, aquele casal que iniciou aqui na Imperatriz. E tem sido muito positivo esse trabalho, porque ela em nenhum momento está deixando a dança tradicional do casal de mestre-sala e porta-bandeira se perder, como muitos acharam. A Ana veio para agregar com seus movimentos, braços, olhares, dar mais segurança e firmeza para o casal. Era isso que a gente estava precisando”, declarou Rafaela.

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“A Ana Botafogo é uma profissional incrível, não só na área dela, que é o ballet, o pas de deux. Ela traz muito dessa dualidade, desse lado postural do casal de mestre-sala e porta-bandeira para gente. Como a Rafaela falou, é uma conexão que a gente está encontrando novamente, depois de sete anos separados, conseguimos ser campeões no nosso reencontro, com um trabalho bom, mas o que a gente vem fazendo de conexão, de postura e de entendimento da nossa arte, dos movimentos que a nossa arte tem, é incrível. A Ana Botafogo, no meu ponto de vista, é a melhor bailarina do Brasil e eu tenho a sorte de hoje poder trabalhar com ela”, pontuou, em seguida, Phelipe.

Samba-enredo

O motor propulsor da performance avassaladora da Imperatriz Leopoldinense foi o samba-enredo. A obra de autoria de Renne Barbosa, Antonio Crescente, Miguel da Imperatriz, Luiz Brinquinho, Gabriel Coelho, Me Leva, Jeferson Lima, Rômulo Meirelles, Jorge Goulart, Silvio Mesquita, Carlinhos Niterói e Bello teve mais um desempenho espetacular neste terceiro ensaio de rua, sendo entoado com extrema força pelos componentes gresilenses e propiciando uma evolução leve. Para que isso fosse possível, a parte musical da agremiação foi fundamental. A bateria “Swing da Leopoldina” explorou com maestria o desenho melódico da composição, através de bossas e nuances, conseguindo dessa forma contagiar não só os desfilantes como também os torcedores que assistiam a passagem da escola pela Euclides Faria. Além dos comandados de mestre Lolo, o intérprete Pitty de Menezes, junto a todo o time de apoio do carro de som, imprimiu uma performance vibrante e aguerrida com o intuito de manter o alto rendimento do hino oficial para o ano que vem no decorrer de mais de uma hora de treino. Ao final do trajeto, o cantor principal da Rainha de Ramos falou com a reportagem do site CARNAVALESCO e fez um balanço do trabalho em cima do samba desde a junção.

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“Fico muito feliz com o sucesso que o samba está tendo. A gente sempre soube o que estava fazendo e tínhamos certeza que esse samba ia dar certo. A Imperatriz tem uma equipe que trabalha muito. A gente, várias vezes, antes de confirmar a junção, trabalhou muito em cima dela. Fizemos ensaios e a gente sabia do potencial que esse samba iria atingir. E não está sendo diferente agora. A comunidade está muito feliz, a Imperatriz é uma escola que está feliz. Tanto componente, quanto o torcedor da escola, já abraçou o samba. Hoje foi mais um exemplo de como a escola está cantando muito. Somos uma agremiação diferenciada. É bonito ver quando tem essa dúvida, você trabalha e o resultado dá certo, dá orgulho, dá gosto. A vontade de cantar se torna maior ainda e é isso que a escola está sentindo. A felicidade vem da presidência até toda a comunidade. Isso está contagiando todo mundo, por isso que o ensaio está sendo desse jeito aí, avassalador, todo mundo cantando muito. Com todo o respeito as outras coirmãs, mas a Imperatriz está trabalhando muito para conquistar esse bicampeonato. A comunidade está acreditando, então é isso, a felicidade está reinando. É o Carnaval do amor, a escola está se amando muito. Parece aquela pessoa apaixonada, amor à primeira vista, está assim. A comunidade está apaixonada pela escola novamente e, por isso, está dando certo. Estou muito feliz, eu saio de todos os ensaios com vontade de voltar para o ensaio de novo para começar. Dá gosto de vir para o ensaio e ver a comunidade cantando desse jeito”, relatou Pitty de Menezes.

Harmonia

O chão da Imperatriz Leopoldinense, mais uma vez, deu uma aula no ensaio de rua. A comunidade mostrou estar com o samba na ponta da língua e manteve um canto afiado ao longo das mais de uma hora de apresentação. Até mesmo alas que tradicionalmente não apresentam um canto tão forte, como é o caso das baianas, entoaram com bastante vontade a obra, tornando árdua a missão de apontar uma ou outra ala como destaque. O refrão principal, composto pelos versos “Vai clarear!/Olha o povo cantando na rua/A Imperatriz desfila com a sorte virada pra Lua”, foi a parte do samba que mais rendeu, sendo berrado pelos desfilantes. Além dele, o falso refrão que antecede o principal, “O que é meu é da cigana, o que é dela não é meu/Quando chega fevereiro meu caminho é todo seu”, e o refrão do meio, “O destino é traçado na palma da mão/E a vida se equilibra em cada linha/Andarilho, sonhador/Na corda bamba do amor/Encontrei minha rainha”, também se sobressaíram e foram entoados a plenos pulmões.

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Foto: Diogo Sampaio/CARNAVALESCO

Evolução

No embalo da excelente performance do samba-enredo, a evolução da verde, branca e ouro foi marcada pela alegria, descontração e leveza. Os componentes vieram totalmente soltos dentro das alas, brincando, pulando e cantando com bastante euforia. O uso de acessórios e adereços pelos desfilantes, como balões e leques, por exemplo, deram todo um charme a mais para a passagem. Nem mesmo alguns momentos mais coreografados da escola, como quando todos batiam palmas no trecho “O que é meu é da cigana, o que é dela não é meu/Quando chega fevereiro meu caminho é todo seu”, tiraram a espontaneidade da comunidade, que demonstrou estar completamente entregue e vivendo ao máximo o ensaio. E mesmo com esse clima mais relaxado, a agremiação passou extremamente correta, sem abrir buracos, ocorrer clarões e embolamentos. Quanto ao andamento, as paradas para simular as apresentações nas cabines de jurados, assim como a entrada e saída da bateria do recuo, aconteceram sem nenhum transtorno e não atrapalharam o ritmo fluindo da Rainha de Ramos. Mantendo essa pegada cadenciada durante toda a passagem, a Imperatriz Leopoldinense concluiu o percurso pela Euclides Faria, entre o Largo do Itararé até a altura da Rua Doutor Miguel Vieira Ferreira, em 68 minutos, tempo este que a direção de carnaval ainda pretende reduzir nas próximas semanas.

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“Pretendemos reduzir o tempo de desfile para 66 minutos. O problema é que a gente tem que entender que não adianta também correr com a escola. Hoje, a gente fez o percurso em 68 minutos e a meta é ir baixando esse tempo. Apesar do nosso andamento atual estar bom, temos que pensar em imprevistos. No ano passado, nos programamos para encerrar o desfile com 64 minutos, até porque o samba era um pouquinho menor. Para 2024, a ideia é trabalhar com o tempo de 66 minutos, pois o samba tem algo entre 15 a 16 segundos a mais cada passada na comparação com o de 2023, que tinha em torno de dois minutos. Então, precisamos ganhar uma passadinha aí, mas sem sacrificar o ritmo da escola. Acho que a gente consegue, é mais questão de tempo mesmo, e ver aonde a gente pode ganhar isso”, afirmou André Bonatte em conversa com a reportagem do site CARNAVALESCO.

Outros destaques

A “Swing da Leopoldina” deu mais um show no ensaio de rua desse domingo. Os ritmistas liderados pelo mestre Lolo mostraram novamente o motivo de colecionarem notas máximas ao longo dos últimos anos e agitaram o público presente na Rua Euclides Faria. Entre as bossas executadas, a que simulava uma seresta foi uma das que mais chamou a atenção. Outro momento de destaque ocorreu quando a bateria fazia uma parada e deixava o som do violino, que veio junto ao carro de som, tocando sozinho durante os versos “Ao som de violão e violino/O verso da mais pura inspiração”.

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Quem também roubou a cena neste terceiro treino ao ar livre da Imperatriz Leopoldinense foi a rainha de bateria Maria Mariá. A beldade, que veio com um figurino simples nas cores branco e prata, esbanjou beleza e carisma à frente dos ritmistas, ostentando todo o seu gingado e muito samba no pé. Atenciosa, ela fez questão de atender vários apelos dos espectadores durante a sua passagem com a escola, tirando fotos, dando abraços e dançando com as pessoas.

Comunidade mantém canto forte no ensaio de rua e samba é combustível para novo pacto entre Viradouro e componentes

A Avenida Amaral Peixoto tem cinco faixas para veículos, extensa em comprimento e largura, a via localizada no coração do Centro de Niterói ficou pequena, mais uma vez, no último domingo para tamanha animação e energia do folião da Viradouro. A escola pisou pela quarta vez nesta temporada no solo da via para confirmar a força de canto que sua comunidade possui e que tem ajudado a escola nos últimos anos a se manter no topo sempre visando a disputa do carnaval. O samba, muito elogiado desde a escolha, mais uma vez esteve na boca do povo e foi ingrediente principal para uma evolução eficiente e potente dos componentes. Como diz a letra do samba escolhido para 2024 “Ê alafiou, Ê alafiá, é o ninho da serpente preparado para lutar”, a comunidade do Barreto está realmente preparada para lutar por esse campeonato e além do brilho no olhar já característico, neste ensaio pode se ver o sangue nos olhos do componente. Em uma noite um pouco mais fria na cidade de Niterói, a Vermelha e Branca do Barreto esquentou o clima e terminou o ensaio com um show final da bateria de mestre Ciça tocando para os passistas e o público em geral se acabar e aproveitar o finzinho do domingo.

O diretor executivo da agremiação, Marcelinho Calil, viu mais um grande ensaio da escola neste domingo, destacando a energia do componente no treino como algo a ser desenvolvido para chegar ainda mais forte na Sapucaí em 2024.

“Achei outro grande ensaio, a gente realmente faz o nosso planejamento para chegar em fevereiro no ápice, no melhor que a escola pode oferecer, acho que para novembro já temos feito ensaios espetaculares, esse foi mais um. A escola evolui bem, a escola responde bem ao andamento do samba, à qualidade do samba, consegue ter a energia necessária, pelo o que vemos aqui, para levar a escola a um grande carnaval. Essa energia vai ser muito facilmente vista com a parte plástica da escola, e o nosso papel aqui é fazer com que ela também seja sentida quando a escola passar na Avenida. Vejo como um saldo muito positivo o ensaio de hoje , como todos os que fizemos na Avenida Amaral Peixoto até agora. Pelo tempo que estamos trabalhando, está até melhor do que eu imaginei”, revela o dirigente.

Sobre o trabalho de canto desenvolvido pela agremiação e os resultados colhidos no ensaio, o diretor de carnaval Dudu Falcão, que divide a direção com Alex Fab, definiu esse processo como uma grande parceria entre comunidade e diretoria.

“Resumir em um recorte só desse ano, eu acho muito pouco, nós estamos na escola há 7 anos e há 7 anos que nós estamos fazendo essa troca com a comunidade, tanto tratando eles no máximo possível bem, entregando fantasias bonitas, no prazo, respeitando a comunidade, e eles respeitando o nosso trabalho. Com isso, em 2023, se preparando para 2024, a escola canta muito, porque é um trabalho feito desde muito tempo atrás para que chegue agora. O samba é bom, e quando a obra é boa já é mais um diretor de harmonia em nosso favor, e essa continuidade, essa troca direto com a comunidade faz com que eles cantem cada vez mais com amor e tudo que se faz com amor vai alto mesmo”, entende Dudu.

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Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

Em 2024 a Viradouro levará para a avenida o enredo “Arroboboi, Dangbé”, sobre a energia do culto ao vodum serpente. Criado e desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon. Assim como no último carnaval, a escola terá a missão de encerrar os desfiles pelo Grupo Especial na segunda noite de espetáculo.

Comissão de Frente

Devido ao desgaste dos ensaios diários para o desenvolvimento e aprimoramento da coreografia, além da aproximação de datas dos próximos compromissos como o mini desfile na festa de lançamento do álbum oficial da Liesa marcado para o próximo fim de semana, a dupla de coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri preferiu preservar seu bailarinos para este treino especificamente, ficando a cargo do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira abrir o teste deste domingo na Avenida Ernani Amaral Peixoto.

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Mestre-sala e Porta-bandeira

Sempre muito intensos e com postura impecável, Julinho Nascimento e Rute Alves, brindaram o público na Avenida Amaral Peixoto com mais uma grande apresentação neste trabalho de preparação para o desfile de 2024. Elegantes, a dupla foi para o ensaio em vestimentas em tons mais claros. O vestido de Rute que alternava o preto e o branco produzia um bonito efeito nos giros da porta-bandeira. Os movimentos eram rápidos, mas graciosos, a potência do enredo e o lado mais visceral também estavam presentes. Em um momento de grande ápice, a dupla girava cada um em seu eixo de forma bastante veloz, mas com muita técnica. Outro ponto alto, foi em um momento mais coreográfico, em que o casal executava passos de danças referentes à religião de matriz africana, bem pertinente à temática do enredo. Uma grande exibição, ainda deixando um gostinho de que tem mais coisa boa por vir. Um importante destaque a ser feito é ao segundo casal da escola Thiaguinho Mendonça e Amanda Poblete que vinham logo a frente da bateria e quando possível executavam uma destacada coreografia.

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Harmonia

A Viradouro mais uma vez se mostrou uma escola pronta para desfilar com todas as alas sempre cantando o samba, mostrando facilidade e desenvoltura com a obra, mesmo possuindo alguns trechos mais densos e com termos menos conhecidos. Mesmo em uma acústica mais aberta pelo tamanho da via em que a escola desfila, uma das Avenidas principais de Niterói, impressiona por ser notório a facilidade com que se tem percepção do canto da comunidade e se observa ele de forma empolgada. Alas como baianas, velha-guarda e até mesmo a bateria também participaram de forma intensa do canto da escola e nas deixas da bateria isso ficou ainda mais destacado. O carro de som também foi digno de elogios o entrosamento, com as vozes de apoio sempre prontas para entrar no momento certo do samba, com bom encontro de timbres, apresentando boas construções melódicas e deixando o brilho principal para o intérprete Wander Pires. Sobre essa relação comunidade e carro de som, o diretor executivo Marcelinho Calil apontou que percebeu também uma evolução dos últimos ensaios para cá.

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“O encaixe carro de som, bateria e comunidade, ele vem, graças a Deus, semana a semana ficando com uma sinergia maior. Acho que a gente consegue do domingo passado para esse ter uma sinergia ainda maior, o que reflete nessa manutenção de uma qualidade musical e de uma qualidade de desenvolvimento e evolução da escola, e também do mais importante que é o espírito e energia do folião respondendo na Avenida. O ponto alto para mim foi o conjunto do que foi mostrado”, acredita o dirigente.

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Evolução

Mesmo não contando com a comissão de frente neste ensaio, não houve impressão de uma escola mais rápida ou mais devagar para compensar algo. A evolução se deu de forma fluida, espontânea e com a cara que o enredo pede: potente, intensa, aproveitando os trechos do que o samba chama o componente a desenvolver uma postura mais visceral. Destaque neste domingo também para as alas coreografadas que, sem exageros, protagonizaram um bonito efeito e ajudaram a dar mais corpo de desfile ao ensaio. Em uma delas os componentes carregavam bastões e reproduziram passos voltados para a temática ancestral, com ênfase nas expressões faciais e tudo. Outros componentes levavam bolas nas cores da escola. Não se percebeu nenhum buraco e muito menos alas emboladas. A evolução da Viradouro foi outro ponto destacado pelo diretor de carnaval Dudu Falcão em conversa com o site CARNAVALESCO no final do treino.

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“A evolução da escola é uma evolução muito solta, o componente hoje brinca de verdade, você vê o componente se divertindo no ensaio, e a bateria e nosso carro de som sempre com o ápice do trabalho. E gostaria de destacar hoje também as nossas alas coreografadas que tem feito um trabalho bacana, crescente e cada vez mais vamos ver o impacto mais direto na evolução da escola. É um conjunto de fatores que faz com que as pessoas saiam daqui sempre impressionados com o ensaio”, entende o diretor.

Samba-enredo

Muito elogiado pela escolha, a obra escolhida pela Viradouro para o carnaval 2024 mais uma vez foi um destaque da noite. Com o uso de atabaques na bateria de mestre Ciça, toda a potência e musicalidade africanas estavam presentes no decorrer da apresentação da obra que teve mais uma vez na voz de Wander Pires e de seus carro de som um rendimento muito bom com a composição sendo bastante explorada naquilo que pode entregar na avenida. O uso de terças e as vocalizações de Wander deram outro brilho enquanto as vozes de apoio colocavam potência na obra quando entravam, principalmente nos trechos que mais pediam. Do componente, se viu a letra sendo bastante valorizada, cantada ao máximo, com o destaque sempre natural para o refrão principal “Arroboboi meu pai…”, além do bis anterior “ê alafiou, ê alafiá…”. O intérprete oficial Wander Pires mais uma vez falou sobre as qualidades da obra.

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“Esse samba parece que a gente foi meio que vidente, digo a gente, quando falo dos patrões, seu Marcelo Cali, seu Marcelinho Calil, a direção de carnaval, Alex Fab, Dudu Falcão, a bateria de mestre Ciça, o diretor musical Hugo Bruno, já tinham mais ou menos uma visão do que ia acontecer e a gente está totalmente surpreendido, cada vez mais feliz vendo o resultado, é mais do que a gente esperava. O samba está na boca do povo, na boca da comunidade, na boca da escola, daqui a pouco vai estar na boca da Sapucaí, daqui a pouco na boca do Brasil”, projeta o cantor.

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Outros destaques

A emissora responsável pela transmissão dos desfiles e patrocinadora fez uma gravação para produtos internos antes do ensaio com o cantor Wander Pires, com a bateria e mestre Ciça, além de alguns componentes. O comentarista de carnaval Milton Cunha esteve presente no ensaio ao lado da equipe de TV e foi bastante tietado pelos componentes e por quem assistia o ensaio. Mesmo sem a comissão de frente, os coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri participaram do treino, logo à frente da escola, ajudando na organização, em geral, do evento. Sem a rainha Erika Januzza, coube às rainhas da Unidos do Viradouro Mirim a honra de vir à frente da Furacão Vermelho e Branco de mestre Ciça.

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Os ritmistas, aliás, além do bom ritmo, mostraram a intenção de algumas coreografias que devem levar para a Sapucaí. No esquenta, Wander Pires cantou o ” Eu vou me acabar…” de 2001 , além da ” Carta” de 2022 e o samba que homenageia a Santa Rosa Maria Egipcíaca do desfile passado. Em seu discurso motivacional antes do início propriamente dito do desfile, o presidente de honra Marcelo Calil convocou os componentes, lembrando que não se ganha carnaval só com a diretoria, mas a partir do trabalho de três mil pessoas, entre profissionais da escola e os desfilantes.

Se cobrando ao máximo, Império de Casa Verde ensaia frisando a primeira colocação

O Império de Casa Verde vem se preparando cada vez mais para o Carnaval 2024. O ensaio do último domingo, foi marcado pelo astral que a comunidade impôs no samba-enredo do início ao fim. A escola, que homenageará Fafá de Belém, canta forte o hino embalado pelo intérprete Tinga. Houve uma rigorosa mudança no cronograma dos treinos da agremiação. Há muitos anos os ensaios eram realizados aos sábados em sua quadra, seja a antiga ou nova, algo que os componentes estavam totalmente adaptados. Entretanto, para o diretor de carnaval, Tiguês, essa alteração foi benéfica na dinâmica. “Para a gente foi muito positivo, porque sabíamos que tinha muita gente que começava tarde. Ensaio do Império era o Corujão, a gente sabia que era madrugada, então a galera acabava, de repente um casamento, tinha alguma coisa, trabalhou o dia inteiro, estava cansado e não vinha. E agora é domingo e começando cedo assim, acabando até 21h está bem tranquilo, a gente gostou bastante da experiência”, disse.

Perguntado sobre o ponto alto da escola no momento, o diretor, que é muito influente em absolutamente tudo dentro da agremiação, declarou que o samba novamente está sendo potencializado pela comunidade, mas que as cobranças de ajustes estão sendo feitas. “Acho que o ponto alto até agora é o samba, que virou mais uma vez. Os compositores foram muito felizes tanto na escrita quanto na melodia. É um grande enredo, é um grande projeto e agora a gente está acertando detalhes. Mesmo assim de cobrar canto, de componente, questão às vezes de uma coreografia ou outra, de tirar ou inserir coreografia, mas nada que seja preocupante. Então por enquanto só ponto positivo esperando as coisas chegarem”, completou.

Dança com permissão para criatividade

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rodrigo Antonio e Jessica Gioz, vai entrar na avenida no sábado de carnaval defendendo os 40 pontos conquistados em 2023. A dupla falou da preparação. Na fala da dançarina, já tem a opinião dela sobre as mudanças que se passam no quesito. “Esse processo está sendo muito bacana porque o tema que a escola escolheu é muito divertido, é muito amplo e a gente consegue colocar toda essa diversidade na nossa dança, na nossa coreografia, na nossa criatividade. A gente está gostando, participamos dessa mudança desde o início, com votação, com muita conversa. E para a gente vai ser bacana, porque entrou alguns tópicos diferentes, como ritmo, como dança, como criatividade. E a gente está bem confortável com isso, porque era uma coisa que a gente já vinha brigando pelo quesito e agora que foi concretizado, vamos ver o que vai dar”, declarou a porta-bandeira.

ImperioCasaVerde et CasalPrincipalRodrigoJessica 2

“Eu sou de candomblé, eu sou de Umbanda, minha mãe veio de Umbanda desde criança, então é um aprendizado, né? Porque quando eu falei, Murió, é o renascer das águas, é Oxum trazendo a vida novamente. Então a gente renasce para uma nova situação, uma nova postura de dança, é totalmente diferente do que foi o ano passado, que falou de tambor africano, Oxum vem com aquela leveza, com a calma. A gente vem trabalhando uma outra situação, mesmo os explosivos como a gente vê, que todo mundo fala, nossa, eles são muito, mas a gente está vindo com uma diversidade totalmente diferente, né? Que é parar as águas, mesmo as águas sendo fortes e calmas, a gente vem trazendo uma calmaria e uma explosão. Então vai ser super diferente, a gente trabalhando e que Oxum, que as caboclas sempre abençoem a gente, vamos para cima, vai ser uma surpresa diferente esse ano”, completou o mestre-sala.

ImperioCasaVerde et CasalPrincipalRodrigoJessica2

‘Sem balanço’ do Tigre

O intérprete Tinga está cada vez mais empolgado junto à nação imperiana. No ensaio ele não parava de agitar os componentes. Ele está fazendo um trabalho que é além de um intérprete: Colocando todas as alas para vibrar intensamente. “A comunidade está chegando bonita, cantando forte, está muito feliz com o nosso samba e com nosso enredo, que é essa homenagem à Fafá de Belém. Se Deus quiser vamos fazer um grande desfile mais uma vez e levar a força da nossa comunidade. Vai ser mais um desfile lindo como no ano passado”, declarou.

ImperioCasaVerde et interpreteTinga

De acordo com o cantor, o samba para 2024 será igual ao do último carnaval, que foi uma sensação de São Paulo. Um samba lindo. A rapaziada faz encomenda, mas sempre tem a preocupação de fazer o melhor. Esse ano eu estava lá com eles na composição e tinha a preocupação, porque o samba do ano passado era muito bom. Esse ano tinha que pelo menos chegar perto do nível, mas eu acho que ficou igual. Ficou alegre, melodia bonita, letra forte e se Deus quiser vai ficar bonito na avenida”, afirmou.

ImperioCasaVerde et ComissaoDeFrente

‘É Casa Verde, vem ouvir a batucada’

A bateria ‘Barcelona do Samba’, junto com o samba-enredo foi uma das sensações do último carnaval. Com bossas juntas de coreografias, levantou as arquibancadas do Anhembi. O responsável por isso, mestre Zoinho, comentou de possíveis mudanças visando 2024. “A gente pegou um samba que, querendo ou não, ele marcou a história, né? É um dos sambas que vai entrar para a galeria dos que marcaram a história no Samba de São Paulo, no Carnaval de São Paulo. É um samba muito cantado, a gente consegue perceber isso em todo lugar que a gente vai se apresentar. A galera se amarrou muito nesse samba de 2023. A gente não ganhou o campeonato, mas é um samba que marcou. Isso aí foi importante e não tem como negar. Agora, esse ano é uma outra história, né, cara? A gente vem com um samba popular também, um samba que vem falando de uma artista, que é a Fafá de Belém, muito popular, muito querida. Mas é um outro samba, é uma outra história, é um outro apelo. Mas a gente está fazendo um bom trabalho. E o trabalho, aos pouquinhos, a gente está conseguindo colocar no mesmo patamar do ano passado”, declarou.

ImperioCasaVerde et MestreZoinho

O músico diz ter estudado Fafá de Belém para ter noção do que implantar na avenida. “A gente estudou bastante. Tudo o que ela faz, a musicalidade dela e os ritmos também. Então a gente está preparando algumas surpresas aí e vocês podem aguardar que é a bateria do Império com certeza. A bateria é aquela surpresa bonita, a galera fica esperando. É uma galera que espera a bateria do Império fazer alguma coisa ousada. E esse ano não vai ser diferente. A gente está se preparando aí e a galera pode esperar que vai ter coisa boa, vai ter novidade. Vamos levantar a galera lá no Anhembi”, contou.

ImperioCasaVerde et AlaTigreShow

Por fim, o mestre falou que tem ótima relação com o intérprete Tinga, e que isso vem antes do trabalho no Império de Casa Verde. “É um time entrosado já. Eu estou entrosado com o Tinga há anos. Não é de agora, porque a gente trabalha junto já faz um bom tempo. Só que agora estamos juntos dentro do Império. E assim, o entrosamento veio desde o primeiro dia do Tinga até hoje, a gente se entrosou legal. Falamos a mesma língua, entendeu? Eu sei como é que ele gosta de cantar, eu sei como é que a bateria tem que agir com o canto. Então, pra gente ficou muito mais fácil”, finalizou.

ImperioCasaVerde et Bateria

Outros destaques

Ao todo, foi um ensaio bem produtivo da escola. Notou-se que as lideranças estão ensaiando bastante a entrada na introdução do samba-enredo. Os componentes dançam de um lado para o outro da quadra no refrão do “emoriô” e depois entram após os acordes corretos do cavaco. Esse movimento foi repetido duas vezes com sucesso e, após, o treino começou para valer.

ImperioCasaVerde et Componente 2

Também chamou atenção o intérprete Tinga, indicando como o componente deve se comportar no ensaio. O tempo todo ficava dizendo “balança o corpo de um lado para o outro”. O cantor está sendo bem atuante e importante nessa questão da evolução e canto da escola.

ImperioCasaVerde et Criancas

No final do ensaio, o diretor de carnaval, Tiguês elogiou o desempenho, mas cobrou ainda mais preparo, pois sentiu que o ritmo caiu durante o ensaio, e que isso não pode acontecer na avenida. Também frisou que todos devem melhorar a cada semana que passa com o objetivo de conquistar o título. O discurso é que não vai aceitar bater na trave novamente, visto que nos dois últimos anos, a agremiação ocupou a terceira colocação.

ImperioCasaVerde et DiretorCarnavalTigues

Vale destacar a ala ‘Tiger Show’, que estava animada a todo instante e com traje típico da região norte, como cocares nas cabeças simbolizando os indígenas.

Mais fotos do ensaio

ImperioCasaVerde et Ala ImperioCasaVerde et Baianas ImperioCasaVerde et RainhaTheba ImperioCasaVerde et SegundoCasal ImperioCasaVerde et VelhaGuarda

ImperioCasaVerde et Tigre
Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO

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‘Abraçado’! Samba-enredo impulsiona ensaio de rua da Portela para o Carnaval 2024

Com um espetáculo da comunidade e o samba-enredo na boca do povo, a Portela realizou na noite do último domingo seu terceiro ensaio de rua. O treino ocorreu na Rua Carolina Machado, teve início em frente a estação de trem de Oswaldo Cruz, e terminou na Rua Clara Nunes, onde fica a quadra da agremiação. A duração foi de 60 minutos. Com o enredo “Um Defeito de Cor”, dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga, a Majestade do Samba será a segunda agremiação da segunda-feira de carnaval que vai desfilar na Marquês de Sapucaí. Para o diretor de carnaval da escola, Junior Schall, o canto da comunidade está em uma crescente, o que contribui para o desempenho na Passarela do Samba.

“A gente está incentivando – e a harmonia trabalhando muito bem – para que o componente tenha liberdade para poder não só evoluir em direção à Praça da Apoteose, mas lateralmente e de forma mais solta. De uma forma que ele possa ter a expressão da felicidade mais manifestada nessa evolução. Isso agrega o canto, o volume dele e, consequentemente, a felicidade. É fator preponderante: as pessoas têm que estar felizes conosco quando estão ensaiando na Portela. Entendemos que, por ser uma obra musical, precisamos fazer etapas e processos do aumento do volume desse canto e da intensidade. Não é só cantar muito durante um momento, é cantar muito durante todos eles para fazer uma grande Apoteose no dia do desfile”, afirma Schall.

Harmonia

A cada ensaio a comunidade canta o samba ainda mais forte. Destaque para a ala 19, coreografada, que cantou durante todo o ensaio e animou o público presente. Não tão diferente – do primeiro ao último setor – o portelense deu um verdadeiro show na Rua Carolina Machado. No refrão “Saravá Keindhe! Teu nome vive!/Teu povo é livre! Teu filho venceu, mulher!/Em cada um de nós, derrame seu axé!”, uma explosão entre os componentes dava ainda mais emoção ao hino.

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“A cada semana melhoramos um pouquinho mais. Acredito que é um processo gradativo para que possamos estar prontos para fazer, no dia do desfile, um grande carnaval. Destaco sempre o canto da escola, que está cada vez mais forte. A evolução também está aparecendo muito. A escola está com muita vontade e isso é bastante importante. A cada treino e ensaio vamos tentando chegar a um nível de excelência para melhorar, porque hoje o carnaval é muito competitivo. Sabemos que temos que trabalhar muito para fazer um grande carnaval no dia do desfile”, afirma o vice-presidente, Junior Escafura.

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Fotos: Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

Evolução

Com 60 minutos de duração – formato adotado para os ensaios de rua da escola até aqui – a evolução da Portela foi boa. Apesar da rua não comportar o grande público que é arrastado pela Azul e Branca, todos os segmentos conseguiram aproveitar o ensaio. Algumas correções ainda são necessárias, o que é normal para o terceiro ensaio de rua.

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“O segredo é um bom samba. É fruto de um trabalho que começámos lá atrás, há quatro meses. Graças a Deus a comunidade está correspondendo à altura. Ainda temos muita coisa para acertar, estamos nos ajustes de andamento e ajustando o carro de som. Hoje entramos com a primeira introdução que vamos levar para a Avenida. Deu tudo certo, todos trabalharam bem e tivemos uma evolução quase perfeita. Vamos em busca da nota”, diz o diretor de harmonia da escola, Julinho Fonseca.

Samba

Abraçado desde a disputa, o samba ganha cada vez mais força entre os portelenses. De fato, a obra caiu nas graças do portelense, que já canta ao pé da letra, e tem tudo para levantar a Passarela do Samba no dia do desfile. Vale ressaltar a longa parceria entre o intérprete Gilsinho e o mestre de bateria Nilo Sérgio, que contribui ainda mais para o bom desempenho do samba.

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“Sempre vamos proporcionar um grande desfile quando todos estão cantando em sintonia. A nossa escola, graças a Deus, está cantando o samba muito bem. O carro de som está com um bom desenvolvimento. Toda semana acompanhamos a evolução da comunidade, que canta com muita alegria – o que é mais importante. Eu e o Nilo trabalhamos muito juntos, daí fica fácil de trabalhar o samba e compor o que faremos na Avenida”, comenta o intérprete Gilsinho.

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Outros destaques

Destaque para a rainha de bateria, Bianca Monteiro, que esbanjou simpatia e samba no pé. Em determinado momento do ensaio, ela sambou junto com a irmã, a pequena Laiz Inês, que se tornou um mascote do povo portelense.

As musas também deram um grande show de samba no pé. Vick Campos, que representou a Majestade do Samba no último concurso de Rainha do Carnaval, e Amanda Oliveira, musa da comunidade, ressaltaram a força e o bailado do DNA portelense e contagiaram a comunidade de Oswaldo Cruz. Wenny Isa, que vai desfilar na Portela pela primeira vez, não pode deixar de ser citada. A jovem demonstrou uma grande evolução e conquistou o público presente.