A Mocidade Independente de Padre Miguel anunciou nesta segunda-feira o enredo que embalará o Carnaval de 2025. Assinado pelos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, a verde e branca fará uma viagem intergaláctica, onde se reconectará com seu brilho mais intenso, o de uma Estrela jovem, para questionar os próximos passos em um manifesto pelo futuro da humanidade.
“Vivo uma grande expectativa de poder voltar a ser feliz com a Mocidade. Estou com muita vontade de fazer ainda mais história aqui. O carinho que recebo dos Independentes é um combustível a mais para seguirmos”, declarou Renato Lage.
“É um prazer imenso estar retornando ao carnaval, ainda mais a uma escola com a qual temos muita relação. Queremos fazer uma Mocidade alegre e com sua identidade, para que possamos retornar ao lugar que a Estrela merece”, completou Márcia Lage.
Após 22 anos, Renato Lage retorna à escola, onde se consagrou três vezes campeão e embalou tradicionais sambas, como “Vira virou, a Mocidade chegou” em 1990, “Chuê, Chuá, as águas vão rolar” em 1991 e “Sonhar não custa nada” em 1992.
O enredo conta com todo o apoio da comunidade: “É a Mocidade relembrando o que ela tem de melhor, a sua identidade, mas olhando para o futuro com muita consciência e expectativa do que está por vir. Para o próximo carnaval, a comunidade pode esperar muito trabalho e muito carinho de nossa parte. Jogaremos juntos em todos os momentos, para fazer nossa Estrela brilhar no lugar que ela sempre precisa estar”, afirmou o diretor de Carnaval, Mauro Amorim.
A divulgação da sinopse acontecerá durante a reunião com todos os compositores no dia 07 de maio às 19h no barracão da escola, na Cidade do Samba.
Apresentação do elenco para o Carnaval 2025
A apresentação do time responsável pelo Carnaval 2025 será realizada no próximo domingo, 5 de maio, durante a tradicional feijoada da escola. Entre eles, estarão os carnavalescos Renato e Márcia Lage, que retornam à escola, o diretor de Carnaval Mauro Amorim, o coreógrafo da comissão de frente Marcelo Misailidis e os novos membros que irão compor o carro de som ao lado de Zé Paulo.
O público poderá ainda prestigiar o show dos segmentos da Mocidade Independente de Padre Miguel, além da presença da atual campeã da Série Ouro, a Unidos de Padre Miguel.
Os ingressos para o evento custa R$ 10,00, exceto para aqueles que estiverem vestindo a camisa da estrela-guia de Padre Miguel ou da escola convidada Unidos de Padre Miguel. Essas pessoas terão entrada gratuita até às 16h. A promoção não inclui o valor da feijoada que custará R$ 25.
Em um anúncio através de suas redes sociais, a Vizinha Faladeira revelou o enredo que levará para a avenida no Carnaval 2025: “Carnaval para Gringo Ver”. Após dois carnavais dedicados ao rico legado da região da Pequena África, a agremiação conhecida como “Pioneira do Samba” optou por uma abordagem diferente para o próximo desfile.
Segundo a escola, a sinopse do enredo promete uma viagem única e emocionante através dos olhos de quem experimenta o carnaval pela primeira vez. Inspirado na perspectiva de estrangeiros que visitam o Rio de Janeiro durante a festa mais emblemática da cidade, o enredo busca capturar a essência, a magia e a exuberância dessa celebração única.
Veja abaixo a publicação da escola.
“Em um cenário onde a cultura e as tradições cariocas se entrelaçam, a Vizinha Faladeira promete surpreender e encantar o público com um desfile repleto de cores, ritmo e emoção. Com uma mistura cativante de elementos folclóricos, música envolvente e performances vibrantes, a escola promete transportar os espectadores para dentro de um verdadeiro espetáculo carnavalesco.
A decisão de abordar um tema tão singular reflete a constante busca da Vizinha Faladeira pela inovação e pela valorização da cultura popular. Com sua história rica e sua dedicação ao samba, a agremiação promete mais uma vez brilhar na avenida e deixar uma marca indelével no coração de todos os que testemunharem seu desfile.
Com o enredo “Carnaval para Gringo Ver”, a Vizinha Faladeira se prepara para levar o público em uma jornada inesquecível, celebrando a diversidade, a alegria e a paixão que fazem do Carnaval uma das festas mais icônicas do mundo.
A Vizinha Faladeira celebra no Carnaval 2025 as tradições de brasilidade dos grandes shows de Carnaval promovidos no passado por sambistas ilustres nas Casas de Show Plataforma, Scala, Oba-Oba e Roda-Viva. Inspiração para os grandes espetáculos para o Rei de Marrocos.
Hassan II – Rei do Marrocos, se tornou símbolo poderoso de atribuir a alguém poderes especiais de deuses e heróis – em 1986, João Jorge Trinta cerimônia as Festas para o tal Rei:
Imagine uma caravana de sambistas saídos dos mais variados Reinos de plebeus cariocas às terras de Maomé? Viemos de um país cuja a geografia tem o formato de um grande coração. Coração que começa a bater quando aqui se encontraram três sangues: do índio dono da terra, do invasor europeu e, finalmente, o fortíssimo sangue dos nossos antepassados pretos vindos de África. A mistura desses três sangues criou a civilização brasileira, envolvida numa energia muito poderosa, a alegria que oferecemos ao sangue vivo de Maomé.
Nossa antiga sede, localizada na Praça Marechal Hermes, serviu de local para confecção de fantasias e adereços assinados por Viriato Ferreira e enviadas para realização da Festa do Rei, ou de um grande Carnaval”.
Após conquistar a Série Bronze do Carnaval de 2024, o Boi da Ilha do Governador segue se reforçando para tentar voltar a Marquês de Sapucaí. E para isso, segue montando um time de peso, visando a Série Prata de 2025 e o mais novo nome do casting Boaideiro é o carnavalesco Fran Sérgio.
Oito vezes campeão do Grupo Especial na comissão de carnaval da Beija-Flor de Nilópolis e com passagens por Caprichosos de Pilares, Acadêmicos de Santa Cruz, Inocentes de Belford Roxo, Unidos de Lucas e no carnaval paulistano com Rosa de Ouro e Vila Maria, chega ao Boi para assumir o desafio de colocar a escola da Freguesia para brigar pelo terceiro título nos últimos quatro carnavais que disputou.
Multicampeão do carnaval, Fran Sérgio destaca a felicidade com o convite de assumir a agremiação:
“O Boi é uma escola com muita tradição e comunidade muito participativa. É uma honra participar do carnaval 2025”.
O presidente Marcelo Santos ressaltou a importância da chegada do carnavalesco
“Fran Sérgio dispensa maiores comentários. Possui grande experiência e tem grandes trabalhos realizados. Para o carnaval 2025 será ótimo para escola contar com seu talento e experiência”.
Em breve a escola irá divulgar seu enredo visando o carnaval de 2025.
A Mocidade Independente de Padre Miguel definiu e divulgou nesta segunda-feira o enredo para o Carnaval 2025. O título é “Voltando para o futuro – Não há limites pra sonhar”, que será desenvolvido pelos carnavalesco Márcia e Renato Lage. Veja abaixo a publicação da escola.
“Aos Independentes, o meu enredo: Para o carnaval de 2025, a Mocidade fará uma viagem intergaláctica, onde ela se reconecta com seu brilho mais intenso, o de uma Estrela jovem, para questionar os próximos passos em um manifesto pelo futuro da humanidade”.
Aos Independentes, o meu enredo:
Para o carnaval de 2025, a Mocidade fará uma viagem intergaláctica, onde ela se reconecta com seu brilho mais intenso, o de uma Estrela jovem, para questionar os próximos passos em um manifesto pelo futuro da humanidade.
Às 05h10 de um domingo, São Paulo costuma estar vendo uma série de jovens saindo de bares, baladas e festas por meio do metrô, dos trens (que já estão em funcionamento no horário) e dos ônibus – que são gratuitos no primeiro dia da semana. Neste dia 28 de abril, entretanto, ninguém que estava no Limão e na Freguesia do Ó, na Zona Norte da cidade, queria sair de onde estava. Na Arena Morada, quadra da Mocidade Alegre, acontecia a Festa das Campeãs, organizada pela escola anfitriã e com a presença de diversas agremiações – duas delas cariocas: a Unidos de Padre Miguel e a Unidos do Viradouro – juntamente com a instituição paulistana citada, a Estrela do Terceiro Milênio e a X-9 Paulistana, todas elas vencedoras dos grupos nos quais estavam.
No exato minuto destacado no começo deste texto, ouviu-se a já histórica introdução de “Arroboboi, Dangbé”, samba da Unidos do Viradouro que sagrou-se campeão do carnaval do Rio de Janeiro de 2024. Absolutamente todos os presentes na Arena Morada cantaram junto de Wander Pires, intérprete da escola niteroiense, do “Ê alafiou, ê alafiá” até o final do refrão da canção em uníssono. Tal momento é apenas um dos tantos nos quais as escolas do outro lado da Via Dutra encantaram quem lotou o espaço da atual bicampeã de direito do carnaval paulistano.
Musicalidade em evidência
Para boa parte dos foliões entrevistados pelo CARNAVALESCO, o grande destaque das agremiações cariocas estava na ala musical – ou seja: sambas-enredo, bateria e intérpretes. Residentes em Piracicaba (cerca de 170 quilômetros distante), o casal Henrique (43 anos, vendedor) e Milene Becaro (42 anos, comerciante), ambos torcedores da Mocidade Alegre, se surpreenderam com os ritmistas das agremiações do Rio de Janeiro: “Dá pra sentir que a bateria deles é diferente, tem uma energia especial. A primeira batida é diferente, tem pegada e sentimento”, descreveu Milene. Já Henrique fez um elogio para a Guerreiros, bateria da UPM: “Achei muito top, não conhecia e gostei muito do que ouvi”.
Os ritmistas também foram a principal diferença sentida por Rodrigo Maciel (26 anos, engenheiro civil) e Leandro Leal (27 anos, dentista), ambos também torcedores da atual bicampeã de direito do carnaval paulistano: “Eu não sou ritmista, mas senti muita diferença no surdo de segunda das baterias cariocas”, destacou Rodrigo. Leandro completou: “Acho que as duas baterias são bem completas, me parece que dá pra ouvir melhor cada um dos instrumentos – e, aí, dá pra sentir melhor a bateria que as paulistanas”, destacou – citando, também, a Furacão Vermelho e Branco, da Viradouro.
Torcedor do Vai-Vai, Rafael Lopes, que tem 20 anos e trabalha no Instituto Dante Pazzanese, se atentou para outro dos grandes destaques das escolas de samba cariocas ao falar sobre as diferenças entre as apresentações: “Sei que cada escola tem o seu show, gostei do que vi e ouvi da Unidos de Padre Miguel, mas a Viradouro tem o Wander Pires… não tem como, ele é o homem”, afirmou, fazendo referência ao intérprete da agremiação niteroiense – que também já cantou na própria Saracura, Acadêmicos do Tatuapé e Unidos de Vila Maria em São Paulo.
Músicos em pauta
Citado por um folião, Wander Pires destacou o quanto o intercâmbio entre escolas de samba paulistanas e cariocas ajuda o carnaval como um todo: “A gente acaba se tornando mais conhecido, dá mais experiência para a gente – que se reformula a cada ano, já que temos que fazer um bom trabalho em diversos locais. São Paulo tem um grande carnaval, assim como o Rio de Janeiro e outras localidades”, destacou.
Intérprete principal da Unidos de Padre Miguel no evento (o oficial da agremiação, Bruno Ribas, se recupera de uma cirurgia), Juan Briggs “Hoje em dia é bastante normal esse intercâmbio entre intérpretes – o próprio Igor Sorriso cantará a Mocidade Alegre e os Acadêmicos do Salgueiro em 2025. É só a gente se cuidar direitinho, fazer o trabalho certinho, ver o sorteio, que dá tudo certo”, pontuou.
Principal comandante da Guerreiros, Mestre Dinho também acredita que o intercâmbio é benéfico para todos os envolvidos: “Acho que é um privilégio muito grande, já que o samba não tem fronteira e nem uma única raiz. Essa junção de Rio de Janeiro e São Paulo, além de outros estados, é importantíssimo para todos. Venho sempre para São Paulo, tenho amigos aqui, e a porte está sempre aberta. Temos que ter essa sincronia e essa harmonia entre todos os segmentos em todos os sentidos”, comemorou.
Dos mais experientes e admirados comandantes de ritmistas do carnaval brasileiro, Mestre Ciça, da Furacão Vermelho e Branco, concordou com Dinho: “O intercãmbio é maravilhoso, São Paulo está em um patamar muito elevado também em baterias, com ótimos mestres. Não deve nada a ninguém do Rio de Janeiro. Estamos sempre aprendendo, de um lado e de outro. Essa amizade não pode parar nunca, essa troca de mensagens entre baterias é muito importante”, destacou o profissional que foi muito apupado e aplaudido pelos presentes quando teve o nome anunciado.
Os sambas-enredo também tiveram destaque quanto à comunicação com o público presente na Arena Morada. Além dos sambas campeões em 2024, cabe destacar o canto forte da quadra na execução de “Viradouro de Alma Lavada” (que rendeu o segundo dos três títulos da agremiação, em 2022″, “E a Magia da Sorte Chegou” (Viradouro 1992) e “Ossain: O Poder da Cura” (UPM 2017).
Duplas afinadas
Os dois shows das escolas de samba cariocas também tiveram a presença do pavilhão oficial de cada uma delas. A Unidos de Padre Miguel trouxe o principal casal de mestre-sala e porta-bandeira do Boi Vermelho, Vinícius Antunes e Jéssica Ferreira, que também destacaram o quanto o intercâmbio entre os duos também existe – e é muito bom para todos os envolvidos: “É muito bonito de se ver essa união, é importante até para a progressão da nossa arte e da cultura dentro do carnaval. Essa parceria e troca de experiências existe (eu, particularmente, tenho muitos amigos em São Paulo e Brasil afora) e todo conhecimento é muito válido”, destacou Vinícius. Jéssica pontuou o peso que ambos carregam para fins de apuração: “Também acho essa união muito importante, já que nós somos um quesito inteiro composto por duas pessoas apenas. Quanto mais a gente se unir e se falar, é importante”, afirmou.
A Viradouro chegou a São Paulo com Thiaguinho Mendonça e Amanda Poblete, segundo casal da agrmeiação – e que, por dois anos, foram os principais guardiões do pavilhão da União da Ilha do Governador. E, para eles, a troxa de experiências vai além do profissional – quando a reportagem chegou para entrevistá-los, ambos estavam conversando com Diego Motta, primeiro mestre-sala da Mocidade Alegre: “Eu e o Thiago temos bons amigos em SP, principalmente do nosso segmento. Vejo esse intercãmbio da melhor forma possível, é maravilhoso estar interagindo com eles. Gostamos de vir para cá também para curtir, mas também para dar aula – recentemente, estivemos aqui dando uma aula intitulada ‘Bailado em Conexão’, com mais de quarenta alunos. É algo muito interessante, já que é a mesma arte vista e executada de formas diferentes, então sempre buscamos entender como funciona aqui – buscando algo para levar para o Rio de Janeiro”, contou.
Thiaguinho também deu um importante testemunho sobre o tema: “É importante termos essa relação não apenas com os casais, mas com todos de São Paulo. Quando cheguei ao Grupo Especial do Rio de Janeiro, em 2017, [na Imperatriz Leopoldinense], depois de entender meu lugar na escola, eu vim para São Paulo fazer aula com muita gente daqui, quis aprender como acontece o bailado aqui. Nesse período, começou uma amizade muito forte – que dura até hoje. Trocamos vídeos e mensagens, tento entender tudo que acontece e vamos trocando ideias. Acho importante a ligação com o carnaval de São Paulo”, refletiu.
Shows completos
Outro ponto muito elogiado pelos paulistanos foi a magnitude de cada uma das apresentações cariocas. Mestre Dinho destacou que tal situação é normal para a Unidos de Padre Miguel: “Onde a UPM passa, ela faz um grande show. A gente tem uma bateria sólida, um canto muito bom, ala das baianas, ótima Harmonia. Podem ter certeza que fizemos o nosso melhor”, pontuou.
Jéssica concordou com o mestre de bateria da própria agremiação: “Encantamos do começo ao fim. Foi tudo muito pensado com muita cautela, atenção a cada detalhe, cada paradinha na bateria, cada coreografia de passistas, roupas… tudo para que a gente conseguisse interagir, convidar, brindar esse público”, rememorou.
Juan preferiu focar na força da comunidade da Vila Vintém: “Trouxemos uma quantidade bacana de gente, a gente veio pesado. Tem algo que encanta muito no nosso show que é o samba de Ossain. Todo mundo conhece, todo mundo canta, todo mundo pula. E o Boi Vermelho, que, em qualquer lugar que a gente vai, é um estouro”, disse.
Ao ser perguntado sobre a apresentação da Viradouro, Mestre Ciça exaltou a unidade niteroiense: “O samba desse está sendo bem cantado, também teremos o samba da carta [“Não há tristeza que possa suportar tanta alegria”, 2022], esse é um samba que mexe muito com as pessoas da escola e com quem gosta de carnaval. A Viradouro é o todo, trouxemos tudo”, pontuou.
Amanda concordou com o mestre de bateria: “O nosso show é super completo, ele por inteiro é fantástico. Tem vários momentos, cada samba tem um momento diferente para chamar atenção. A cereja do bolo, porém, é o nosso samba campeão, que eu acho que vai levantar todo mundo”, disse, antes de ser complementada por Thiaguinho: “Essa é a energia de Niterói, meu parceiro. A gente atravessou a Dutra não à toa, a gente trouxe uma energia para contagiar todo mundo que estiver assistindo”, energizou.
Organização, feijoada e receptividade elogiadas
Realizada em uma das quadras mais novas do carnaval de São Paulo (inaugurada em setembro de 2022), a Festa das Campeãs também chamou atenção dos cariocas pela dinâmica do evento: “Até a nossa chegada aqui, foi tudo perfeito. Eu só tenho elogios a fazer por onde passei”, enfatizou, também citando a recepção que teve.
Ao contrário do que pensava Nelson Rodrigues (que, certa vez, afirmou que “Não há pior solidão que a companhia de um paulista”), a hospitalidade da cidade também foi elogiada: “Fui muito bem recebida, antes daqui passamos na Fábrica do Samba e comemos uma feijoadinha deliciosa, todos estão muito carinhosos com a gente. Está tudo maravilhoso”, revelou Jéssica. Vinícius assentiu: “O pessoal foi muito receptino, externo aqui meu agradecimento em nome da Unidos de Padre Miguel e também da Unidos do Viradouro. Está sendo tudo muito legal, até tomei um susto com a casa tão cheia, o pessoal batendo foto com a gente”, surpreendeu-se.
Outro a citar a feijoada na Fábrica do Samba foi Mestre Ciça: “Está tudo ótimo, não está faltando nada para a gente. A estrutura é bacana para caramba, a rapazeada jantou a feijoada e elogiou bastante. O meu caso é diferente já que eu cheguei aqui na quinta-feira para passear um pouquinho, foi tudo muito bom”, comentou.
Juan foi na mesma linha: “A qualidade do evento é fantástica, desde a recepção e a estadia para as outras quatro campeãs do carnaval. É a primeira vez que a UPM está saindo do Rio de Janeiro e a experiência está sendo maravilhosa. Estão todos de parabéns”, finalizou.
Ao citar momentos nos quais sentiu a quadra com mais energia, Wander se alongou: “Eu fiz um teste na hora do meu grito de guerra e a galera veio junto – tanto que eu fiz duas vezes. Tiveram outros: a hora que a gente cantou a introdução do samba de 2024, o pessoal foi ao delírio, a Morada veio junto com a gente. Também fiquei feliz quando a presidente Solange [Cruz Bichara Rezende, da Mocidade Alegre] anunciou a escola e me anunciou, senti a emoção das pessoas. Tenho uma gratidão muito grande por momentos assim com os meus fãs e escolas que passei. É o meu povo”, tocou-se.
Em meio aos preparativos para o Carnaval de 2025, a Unidos de Bangu anunciou a renovação do seu segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Alessandro Silva e Cris Soares. Este será o segundo carnaval em que o casal defenderá junto, o segundo pavilhão da agremiação.
Foto: Divulgação/Bangu
“Pra mim é uma alegria imensurável seguir o trabalho e parceria para 2025. Nossa escola pode estar certa de que seguirei dedicada e honrada por defender seu pavilhão e comunidade junto ao meu querido mestre-sala. Bangu é uma família e sou muito feliz por fazer parte dela!” contou Cris Soares.
Alessandro, que está entrando em seu terceiro ano na agremiação, expressa sua gratidão e entusiasmo em continuar na escola:
“Quero agradecer à Unidos de Bangu por mais um ano defendendo este pavilhão e com muita alegria poder estar com a minha comunidade. Estou grato por mais um ano de parceria com a minha porta-bandeira Ana Cristina que, como sempre, está me dando as mãos e sendo uma porta-bandeira incrível. Estou grato e muito feliz. Vamos com tudo neste carnaval de 2025.”
Além da renovação do casal, a escola também anunciou a permanência dos intérpretes, mestre e rainha de bateria, diretor de carnaval, direção de harmonia, coreógrafo da comissão de frente, diretora de passistas, e também a chegada do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira e dos carnavalescos.
A Unidos de Padre Miguel anunciou Hugo Gonçalves como seu novo Diretor Artístico para o Carnaval de 2025. Com uma vasta experiência no mundo do samba, Gonçalves irá liderar toda a parte coreográfica da escola, incluindo carros alegóricos e alas coreografadas, que desfilarão na Sapucaí.
Foto: Divulgação/UPM
Com uma trajetória de 15 anos envolvido no Carnaval carioca, Hugo Gonçalves é um nome reconhecido e respeitado no cenário artístico carnavalesco. Sua jornada começou como integrante da equipe de bailarinos da comissão de frente da Unidos da Tijuca, e desde então ele tem deixado sua marca em diversas agremiações.
Bailarino e assistente coreográfico da Acadêmicos do Salgueiro durante quatro anos, o novo contratado da UPM também fez parte das Comissões de Frente da Renascer de Jacarepaguá e Porto da Pedra, sob o comando da renomada Alice Arja, conquistando títulos expressivos. O jovem também acumula passagens pela Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Vila Kennedy, Arame de Ricardo, entre outras, sempre contribuindo para a excelência artística das escolas por onde passa.
Seu trabalho desafiador como integrante da comissão de frente da Unidos de Padre Miguel em 2019 marcou o início de uma parceria com a agremiação, culminando em sua integração à equipe coreográfica em 2020 e em sucessivos trabalhos de destaque nos anos seguintes.
“É com grande entusiasmo que recebo o convite para assumir a Direção Artística da Unidos de Padre Miguel. Estou comprometido em contribuir com toda a minha energia e experiência para elevar ainda mais o nível artístico da escola e proporcionar ao público momentos inesquecíveis no Carnaval”, afirmou Hugo Gonçalves.
Estreante no Grupo Especial do Rio de Janeiro, o carnavalesco Sidnei França, vencedor em São Paulo, chega na Mangueira para desenvolver o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões”. O artista falou sobre a proposta para o desfile do ano que vem da Verde e Rosa.
”O entendimento da nossa terra revela a verdade sobre corpos assolados pelo apagamento de sua identidade preta. A alma carioca, atrevida por essência e banhada da ancestralidade bantu, é forjada por tantas dores e paixões, carregando na memória a cruel violência, mas também as experiências revolucionárias de liberdade, que nos ensinam a desafiar a morte, celebrar a vida e fazer carnaval!”, destaca França.
Idealizado pelo carnavalesco Sidnei França, o enredo do Mangueira vai explorar as pesquisas que buscam desde os registros de milhões de escravizados, um resgate e uma valorização dos saberes e fazeres banto no Brasil até a construção de um cotidiano carioca a partir de suas violências e prazeres que traz à tona um olhar sobre as experimentações das camadas populares e invisibilizadas nas práticas socioculturais da cidade.
Por Gustavo Lima e Will Ferreira. Fotos: Fábio Martins
A tão aguardada Festa das Campeãs foi um sucesso. Após tanta espera, finalmente veio o encontro das vencedoras paulistanas e cariocas. Realmente, um evento de consagração ao samba, mostrando que não tem fronteiras. São todos juntos buscando exaltar uma só bandeira, que é a cultura do carnaval. Todas as agremiações fizeram sua ida valer a pena, mostrando suas discografias para o público cantar a uma só voz. Com a casa lotada, a comunidade da Mocidade Alegre pôde receber grandes agremiações para comemorar o seu bicampeonato. * VEJA AQUI FOTOS DO EVENTO
A comunidade da Mocidade deu um show, cantou todos os sambas que o intérprete Igor Sorriso puxava, sendo dos mais variados anos. A todo momento os presentes no local gritavam “bicampeão” e o troféu estava exposto no palco. Participaram do evento a X-9 Paulistana, vencedora do Acesso II e Estrela do Terceiro Milênio, que venceu o Acesso I. Também foram as convidadas cariocas, Unidos de Padre Miguel, que ganhou a Série Ouro e a grande campeã do carnaval carioca, Unidos do Viradouro.
“Graças a Deus ocorreu tudo bem, festa linda e sem nenhuma ocorrência como sempre. Minha Morada é demais, fico muito feliz com o meu pessoal por conta disso. Todo mundo se respeita. É incrível… A UPM veio em massa, que show lindo da Milênio, a X-9 com aqueles sambas maravilhosos que todo mundo conhece. Foi uma festa de sambista onde vimos gente cantando muito sambas-enredo. Isso é para quem gosta, quem curte e quem vive carnaval. Estou feliz justamente por acolher tantos sambistas em uma festa maravilhosa em uma casa cheia. Isso só significa que tudo que a Mocidade Alegre planta, graças a Deus a gente colhe”, declarou a presidente Solange Cruz.
A gestora completou dizendo que segurou a venda dos ingressos antecipados por alguns fatores, mas enalteceu a felicidade de ver a casa cheia. “A gente até parou de vender ingressos antecipados justamente por várias situações e de muitas escolas estarem vindo. Eu fiquei muito feliz por tanta gente presente. O pessoal já fica carente de samba. Acaba o carnaval e a galera já quer saber onde tem um samba para colocar uma roupa e sair para curtir”, concluiu.
Grajaú em peso
A Estrela do Terceiro Milênio abriu o trabalho das visitantes. Com a comunidade do Grajaú em peso, houve até ensaio para a presença no evento. Os componentes do extremo sul de São Paulo cantaram forte todos os sambas entoados pela dupla Grazzi Brasil e Darlan Alves.
Japa, diretor de harmonia, comentou da importância que é estar no evento desse porte. “Tenho que agradecer meu presidente Silvão Leite, minha diretoria e toda a comunidade. Para nós é mais uma conquista ser campeão do Grupo de Acesso e retornar ao Especial. Claro que para nós é muito importante estar aqui trazendo a nossa comunidade toda para estar participando dessa festa grandiosa”, afirmou.
O diretor de carnaval da Estrela do Terceiro Milênio, Carlão, falou sobre a ida da agremiação do Grajaú ao evento. Segundo o líder, é fundamental que a escola esteja acostumada a participar dessas festas, pois vem em uma crescente no Anhembi. “É uma história muito importante estar aqui, porque a Terceiro Milênio vem de bons carnavais e tem que se acostumar com esse processo de estar nas grandes escolas e fazer ótimas apresentações. É mais um título da escola que a gente comemora junto com a Mocidade Alegre, que é uma agremiação super parceira. Toda a diretoria, presidente Solange… Temos grandes amigos. É um prazer estar aqui. A gente espera conseguir representar a altura da festa com a nossa apresentação. O pessoal ensaiou bastante. Além disso, é uma emoção para mim também, porque eu fui formado aqui. Voltar para cá e estar participando desse evento é muito importante”, disse o diretor.
Sentimento de vitória
A X-9 Paulistana, campeã do Acesso II foi a segunda a se apresentar com a sua vasta discografia de sambas-enredo, com destaque para 1997 e o seu hino, que praticamente todo o sambista paulistano sabe cantar. O presidente Adamastor enalteceu o trabalho feito no Carnaval 2024. “Eu só tenho que agradecer, porque foi um trabalho muito árduo. A régua do Acesso II cresceu demais. Nós termos conquistado o título é um motivo de muito orgulho. Por incrível que pareça, nós demos 10 passos para trás, para dar um passo muito forte para frente. Isso faz com que uma comunidade muito desacreditada, nos dê a possibilidade de disputar o título para subir ao Especial”, comentou.
O gestor exaltou a grandeza da escola e agradeceu o convite da presidente Solange para fazer parte da festa. “É muito fácil levar uma X-9. É uma escola acostumada com grandiosidade. Isso para nós só traz uma felicidade a mais de estar em uma festa como essa e agradecer a oportunidade que obviamente a Solange nos deu para vir aqui e agradecer a Deus pelo resultado”, completou.
Crescimento da UPM e inspiração em Solange Cruz
Primeira agremiação carioca a se apresentar na Arena Morada, a Unidos de Padre Miguel encantou o público com a sua discografia, tendo destaque óbvio para o samba de 2024, que fez muito sucesso entre os sambistas de São Paulo. A diretora de carnaval, Lara Mara, contou a sensação de estar na Capital Paulista e suas inspirações que tem na presidente Solange Cruz. “É uma honra! Eu estou encantada, é a minha primeira vez aqui. A Solange é uma mulher que eu me inspiro muito em questão de gestão e de empoderamento também. São poucas as mulheres que ocupam esse cargo no carnaval. E a comunidade do Boi Vermelho está muito feliz de estar aqui. A gente veio brincando e vamos embora brincando”, declarou.
Como citado antes, o Carnaval 2024 da UPM, que rendeu o título da Série Ouro e acesso ao Grupo Especial carioca, extrapolou o Rio de Janeiro. Não é muito comum escolas das divisões inferiores terem os seus sambas tão exaltados. Entretanto, o “Redentor do Sertão”, encantou os paulistanos neste ano. De acordo com Lara, isso foi uma surpresa. Disse não ter segredo, apenas o amor da comunidade. “Eu acho que não tem receita. Eu acho que é o amor que a comunidade tem. O samba desse ano foi até mais sucesso do que eu mesmo esperava. Eu cheguei aqui em São Paulo e nem sabia que eu era conhecida aqui também. Mas isso tudo é fruto de uma comunidade que é apaixonada pela sua escola. Eu acho que esse é o segredo que todas as escolas de samba devem seguir. Dar valor a sua comunidade, que aí as coisas fluem”, concluiu.
‘O samba não tem fronteiras’
Para fechar com chave de ouro, a última agremiação que se apresentou na Festa das Campeãs foi a grande campeã do carnaval carioca. A Unidos do Viradouro, com o seu grande repertório de sambas e sua ala musical liderada pelo renomado Wander Pires, levantou o público presente na Arena Morada, especialmente com os sambas que tem feito sucesso nos últimos anos, de 2020 em diante.
O diretor de carnaval da Viradouro, Alex Fab, falou que é uma honra estar presente no solo paulistano para se apresentar com a escola. O profissional também elogiou o trabalho feito pela Morada. “Para gente é uma satisfação, é uma honra. Eu acho que tudo isso é fruto do trabalho que as agremiações fazem. Primeiro para manter a questão da harmonia entre as escolas. O samba não tem fronteiras e a gente se sente muito honrado pelo convite de uma escola gigante, que assim como a gente, fez um trabalho muito digno. Então para gente somar essas energias e participar desse encontro, sempre é uma honra e uma satisfação. Dia 11 de maio nós vamos ter o prazer de receber a Mocidade Alegre lá na nossa feijoada e manter esse elo cada vez mais vivo”, disse.
Alex enalteceu o nível de disputa que o carnaval vem tendo e, de acordo com o próprio, o resultado para a vitória em 2024 foi um grande trabalho reconhecido por todos. “A gente tem que agradecer muito. Todas as escolas trabalham bastante. Isso nos honra muito. Ganhar cada vez, mas no alto nível de competitividade que existe hoje, isso demanda muito trabalho, muito suor, muito planejamento, mobilização, muito talento… Toda uma comunidade, os quesitos, uma união muito grande, talento e finalização. Então, qual é o segredo? Nós não temos segredo. A gente tem feito um trabalho e a gente tem sido reconhecido. Mas outras escolas também têm feito um grande trabalho. E a gente se sente muito honrado por essa colocação, por esse reconhecimento dos julgadores e de todo o público em geral”, finalizou.
Lançamento do enredo
Antes das escolas cariocas se apresentarem, a Mocidade Alegre anunciou o seu enredo junto a uma apresentação feita com o Grupo Miscigenação. O teatro, que durou cerca de quatro minutos, contou com vários figurinos. Após, houve a aparição da logo do enredo no telão e o discurso da presidente Solange Cruz. A reação positiva da comunidade foi imediata. Gritos de felicidade a todo instante.
O tema para o Carnaval 2025 da Mocidade Alegre é intitulado como “Quem não pode com mandinga não carrega patuá”, levando ao Anhembi a história de objetos de fé que guiam as pessoas no dia a dia.