A Rosas de Ouro fechou a sexta-feira de desfiles no último carnaval. Entretanto, foi mais um ano que a escola da Brasilândia ficou em uma posição na tabela que não é digna do tamanho do pavilhão que ostenta sete títulos. A Roseira amargou o décimo primeiro lugar, ou seja, subiu apenas uma casa em relação a 2023. O CARNAVALESCO conversou com o vice-presidente Osmar Costa e ele falou sobre erros, acertos, contratações para 2025 e o que pode fazer para melhorar, mas mantém cautela em relação ao futuro, visto que a Liga-SP não tem um corpo de jurados e manual de julgador concreto.
Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP
Reconhecendo erros e o trabalho totalmente entregue ao carnavalesco
O vice-presidente avaliou o último carnaval. Segundo ele, houve problemas no gerador da alegoria e na evolução, apesar de ter entregue o trabalho que o carnavalesco Paulo Menezes havia desejado. “Com relação ao balanço do último carnaval, para mim a gente conseguiu realizar 98% do nosso projeto da parte visual. A gente acabou tendo outro problema na entrada, que foi um problema com o gerador e alguns detalhes da evolução. Algumas notas que foram descartadas, eventualmente mexeram com o resultado do carnaval, mesmo tendo jurados declarando que erraram no julgamento. Então isso para a gente é importante, porque também dá um norte com relação a algumas coisas. Nós procuramos fazer uma entrega diferente, saímos um pouco do lugar comum, principalmente nas alegorias. Eu acho que a gente pelo menos entregou o que o carnavalesco Paulo Menezes acabou colocando no papel”, disse.
Fechando o desfile com êxito, mas problemas no manual do julgador
Como citado anteriormente, a Rosas de Ouro não alcançou bons resultados na tabela após a apuração e, na opinião de Osmar, a colocação deveria ter sido melhor, pois nenhuma escola fechou a noite de desfile como a Roseira fez em 2024. “Ninguém quer ficar em décimo primeiro lugar. Todo mundo almeja um espaço no Desfile das Campeãs. Às vezes o resultado é sempre mais positivo. Eu acredito que esse manual, que é um grande problema nosso, às vezes é a interpretação do próprio manual do jogador. Então, a gente está vivendo o dia a dia. Às vezes ficam avaliando de que forma que o jogador vai olhar para a gente, porque parece que são olhares diferentes. Então, para mim, gostar da colocação, não posso. Acho que merecia um pouco mais. Nos últimos anos ninguém fechou uma noite de desfile como a Rosas de Ouro. É uma façanha que não é para qualquer escola. Eu acho que a minha escola é gigante. Muita gente cantando, muita gente chorando, muita gente emocionada com o que estava passando lá na frente. O que a gente sonha é mexer com as pessoas. Fazer as pessoas sentirem a emoção ao assistir nosso espetáculo”, contou.
Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO
Contratações para solucionar problemas
Mudanças estão acontecendo. A diretoria contratou o carnavalesco Fábio Ricardo, coreógrafo Arthur Rozas e o projetista Yago Duarte, além de ter renovado com o seu time de harmonia, carro de som e mestre-sala e porta-bandeira. De acordo com o gestor, essas contratações chegam para solucionar os problemas que ocorreram no último desfile. Osmar, em tom de brincadeira, disse que se pudesse faria ainda mais aquisições. “A gente não consegue falar muito de futuro a partir do momento em que você não tem uma cartilha pronta. A gente não tem um manual de jogador, não tem um corpo de jurados, mas teoricamente a gente respira em cima do que tem ideia e do que a Liga das Escolas de Samba pretende com relação ao seu concurso. A gente vai trabalhar em cima disso. Com a possibilidade de trazer mais profissionais para agregar ao nosso time. Isso me deixa um pouco mais tranquilo, principalmente onde a gente teve problema. A gente precisava de um pente fino um pouco melhor na hora de finalizar essas alegorias, principalmente com relação a essa coisa da parte de geradores, que a gente acabou tendo um problema. Então, o que eu puder fazer com relação à contratação, é isso. Se eu pudesse, contrataria mais meia dúzia”, finalizou.
A modelo e atriz Quitéria Chagas retornará ao posto de rainha de bateria do Reizinho de Madureira para o Carnaval 2025, posição que ocupou pela primeira vez no desfile de 2006 com “O Império do Divino”. Sua coroação acontecerá no próximo sábado, durante a tradicional feijoada do Império Serrano, ocasião em que também serão apresentados os segmentos para o carnaval do próximo ano.
Foto: Roberto Filho/Divulgação Império Serrano
Nos últimos anos, Quitéria vinha desfilando como rainha da escola, abrindo os desfiles do Império na Avenida. À frente da bateria, ela saiu pela última vez em 2020. Sua história com a agremiação de Madureira é antiga, com mais de 20 anos de parceria. Foi ela, inclusive, quem encabeçou uma campanha contra a comercialização do cargo à frente dos ritmistas, prática que ganhou força há alguns anos.
Quitéria, que tem uma longa relação com a escola, foi acolhida pelo Império Serrano desde os preparativos para a reedição de “Aquarela Brasileira” em 2004. Ela já foi rainha da escola entre 2021 e o último desfile, e retornou ao posto máximo à frente dos ritmistas da Sinfônica do Samba em março deste ano. Reconhecida como prata da casa, sempre conquistou os corações dos imperianos, sendo vista pelos baluartes como a eterna rainha do Império.
Ao expressar sua felicidade por retornar ao posto, Quitéria declarou emocionada: “Estou transbordando de felicidade e gratidão pela escola. Como mulher do samba, é uma honra indescritível fazer parte dessa agremiação, ocupar esse cargo e resgatar nossa história como mulher preta, como mulher do samba, ao longo de mais de duas décadas dedicadas à escola”.
No próximo domingo, dia 16 de junho, a Unidos de Padre Miguel realizará mais uma edição da tradicional Feijoada da UPM. O evento ocorrerá na quadra da escola, localizada na Rua Mesquita, nº 8, em Padre Miguel, e promete uma tarde repleta de diversão.
Foto: Diego Mendes/Divulgação UPM
Os visitantes terão entrada gratuita das 13h às 16h, podendo desfrutar de um prato de feijoada por apenas R$ 25,00. A programação inclui apresentação do Grupo Arruda, com um repertório que celebra os clássicos do samba.
A Imperatriz Leopoldinense também marcará presença com uma apresentação especial. Além disso, os segmentos do Boi Vermelho também marcarão presença com um super show.
Os interessados em garantir um lugar especial podem reservar mesas através do telefone (21) 99744-1223.
Serviço:
– Evento: Feijoada de Junho da Unidos de Padre Miguel
– Data: 16 de junho
– Horário: Entrada gratuita das 13h às 16h
– Local: Rua Mesquita, 8, Padre Miguel
– Atrações: Grupo Arruda, Imperatriz Leopoldinense e UPM show
– Valor da feijoada: R$ 25,00
– Reservas de mesas:(21) 99744-1223
Só o mar, o rio, o Grande Rio, aqui azul, ali verde, mais distante negro, barrento além, límpido mais adiante, interessava sua curiosidade, dava-lhe o desejo de viver e ser gente.
Eneida de Moraes – Banho de Cheiro
São elas as princesas dos segredos do Brasil encantado.
Luiz Antonio Simas – Almanaque Brasilidades
Kirimbasawayúriyí-itá / Yanéãgawara-itá
(A força que vem das águas / São os nossos Encantados)
George Borari e Keissi Borari – Suraras do Tapajós
O Carimbó é muito quente
Da cintura pra baixo eu sou peixe
Da cintura pra cima eu sou gente
Mestre Verequete – Sereia do Mar
– eu ouvi o rio
e ele falou pra mim
então eu renasci.
Mayara Yamada – Caudalosa
De todas as coisas do fundo eu vou falar um pouco. Ouvidos abertos, atentos à voz que baila. É ela quem versa o ponto, pinta o rosto, poetiza: remanso. Porque “as águas dos meus encantos… é doce!”
1.
Água doce me leva, deixa as águas me levar pra barreira do mar
No balanço, eu conto uma história de Princesas e Encantarias, areias, brumas e barro. Desfio a colcha de retalhos. Sigo em frente, mareando. Banzeiro de barco. Terceira margem, à beira. Mouros e mururés. Tudo, pois, começou no mar, em meia-viagem, nas tempestades. Tempo fora do tempo, quando a gente peregrina. Encruzillhadas cruzadas, fantasmas, mas é isso (ou aquilo): lenda, crença, reza, mito. Dizeres, letras que flutuam. Lanternas. Palavras que não afundam nas fossas abissais. Sereias e abassás, terreiros nos cantos das águas. Sangue, sal, saudade – a vida nada.
Contam de um sábio Rei, Sultão de nome afamado, cujas filhas embarcaram, fugindo das guerras santas. Eram três as Maresias, Tóias Turcas, Joias d’Água, navegando, navegando: Mariana, Herondina e Jarina. Que não conheceram a morte, uma vez que o mistério é o presente, verde, muiraquitã no peito: diante do arrebatamento, o naufrágio o inevitável, cruzaram os Portais da Encantaria e mergulharam no Espelho do Encante. O Avesso. Quando a névoa se fez incenso – e o céu, azul, azulejo.
2.
Verequete é o Rei coroado lá no mar
Coroa, coroa, coroa… brilhou no mar
Nas praias do Grão-Pará, brancas, lençóis de algodão, a Turquíssima Trindade encontrou um protetor. Verê, Averequete, Vodum poderoso, Tói, Totem das Ondas, Senhor das Espumas. Que se transforma em Pombo Roxo e pajeia, cintilante, a única das Sete Cidades que pode ser contemplada, vasta, sobre a imensidão barrenta. Marajó das revoadas, Aguaguara, vertigem! Viram, então, palácios e berçários, sementes da vida, romã-biribá-bacuri. Vida que vira mangue, mangue que oferta argila para que essa infindável vida seja traduzida em traços, ocos, vasos, dutos: olho d’água, útero do mundo. Na lama, no pântano, nasce a flor mais bonita – aprenderam, à deriva. Seguiram.
3.
Um chamado do fundo / você tem que respeitar
Assim disse um caramujo / que lá foi visitar
As águas driblam seus cursos, levam e lavam, no contrafluxo desse barco, que risca, lentamente, o arco espelhado do Encante. No fundo dos igarapés, nas bocas das matas, os bichos se transfiguram. Flecham! Cobras, sapos, peixes, caruás, o segredo em Pena e Maracá, Pajelança Cabocla. Mãe d’Água canta, Boto assovia, Boiúna se agita no lodo, Caipora e Curupira rodopiam nas clareiras. Mapinguari espia, Matinta espreita. A floresta, ela mesma, se materializa em entidade
Jurema, Quarta Conta, deusa cuja coroa, cocar tricolor, se uniu às três Soberanas. Rebatizadas, nas cascatas da Amazônia, Mariana foi Arara cantadeira; Jarina, a Jiboia vigilante; Herondina, a Onça do meu destino.
4.
Meu chão tem Encantaria, meu chão tem Encantaria
Eu não posso falar tudo, o meu pai não me ordenou
As mesmas águas que purificam, nas curvas dos descaminhos, carregam o misticismo e saciam as novas misturas. Tantas famílias chegaram, ribeirinhas; a corte se perpetua: os Dois Irmãos, Averequete e Dom José, viram o axé florescer, no Guamá. Lá e cá, Daomé. Mina-Jeje, Mina-Nagô. Babaçuê, batuques, batalhas…e mais brasa no defumador.Nobres com suas bandeiras, ciganos, marinheiros, boiadeiros, é de Légua e do Codó, é d’Oxum, Nanã e Iemanjá…
…é de Parailá, é de Parailô…
Vibra o Tambor de Mina, pulsa na pele das águas! De cuias, quartinhas, pias e garrafadas, veias de um mesmo tronco, raízes cuja seiva é também saliva, toque de abatazeiro, bouquet de patchouli. Muito forte é a fé, nas águas de Nazaré! Dançando ao luar, na Guma,as Princesas Ajuremadasofertaram os seus perfumes.Donas de toda a magia – afinal, “fizemos Cristo nascer na Turquia. Ou em Belém do Pará”. A rosa mosqueta, de frescor adocicado; a luz de azahar, em flor de laranjeira; as mais raras pétalas dos ramos da juremeira. Juntas, cantaram as suas doutrinas. Lideraram exércitos, nas trilhas Icamiabas. Passearam, festeiras. Bordaram, enfim, suas rotas divergentes.
5.
Quatro Contas me protegem desde menina
A vermelha é Mariana, a amarela é Jarina
A branca é a Cabocla Jurema –Juremê, Juremá
A verde é a Cabocla Brava, é a minha Cabocla Herondina
Que não me deixa cair, não me deixa tombar
Agora, o que ouvi por aí, vivido, nas folias: contam que Mariana assumiu o navio do pai e margeou a costa brasileira, em luta; contam que Tóia Jarina, vestida na cor do pavão, pode ser vista a girar nas praias, nas dunas adormecidas; e contam que Mãe Herondina não mais deixou a floresta – lá ficou, entre as samaúmas.
Pois tudo virou Carimbó, nos cantares do povo. “Chama Verequete”, o brado em trovão do Mestre! “Chegou Dona Mariana”, ginga de Pau e Corda! Os tambores Curimbós são a voz dos Encantados – contam, comem, rufam, narram. Curimbam! Toda a gente é rio e som, num banho de chuva e cheiro.Quando o canto de Dona Onete, Rainha, beija as Contas da sua vida, louvando, faceiro e jamburano, a proteção das Belas Turcas, celebra os recados das matas, os espíritos das águas, as ervas da Jurema e o saber ancestral da cura. Era isso o que elas buscavam: a cura, macerada na mão.
Aparelhagem Astral: É noite de festa no Reino da Encantaria!
O barco que me conduz não tem porto de chegada. Sou o próprio delírio sambista, nesse Grande Rio, sou o sonho aquecido no couro, a sagração das Pororocas – elas,lume de estrelas, aquelas que nos defendeme convidam aos segredos. Estrondo!Quero ver Carimbó na Avenida, quero mais carimbolar! Abrir as letras de um Samba valente! Acordar a Cobra Grande e fazer terra firme tremer! Quero ser, para sempre, a beleza guardada nas guias de quem, ainda criança, brilhou na Lua crescente, desceu ao fundo das águas, voou nas asas de uma borboleta azul, penteou os cabelos da Uiara e brincou de se encantar.
Enredo, pesquisa e texto: Gabriel Haddad e Leonardo Bora
Pesquisadora convidada: Rafa Bqueer
Assistentes de pesquisa / equipe de criação: Patryck Thomaz, Rafael Gonçalves, Sophia Chueke, Theo Neves
Agradecimentos:
Jean Gomes Negrão, Cláudio Didimano, Claudio Rego de Miranda, Ursula Vidal, Fernando Pessoa, Luiz Antonio Simas, Fernanda Martins, Leonardo Carrato, Luis Júnior, Alessandro da Silva Abreu, Odir Lima de Abreu, Cláudia Palheta, Lucas Belo, Josivana de Castro Rodrigues, Cilene Andrade, Ronaldo Guedes, Madson Embaixador, Ju Gomes, Jane Cerdeira, Marcelle Almeida, Thiago Hoshino, Alberto Mussa, Renato Menezes, Thiago Albuquerque de Lima, Thiago Avis, Vitor Souza Lima, Filipe Almeida, Mavi Maia.
Agradecimentos especiais, de axé e carimbó:
Pai Felipe e Ilê Axé Pedra de Itaculumí, MametuNangetu e Candomblé Manso Massumbando Keke Neta, Mãe Elô e Terreiro de Tambor de Mina Dois Irmãos, Pai Elivaldo e Terreiro de Rei Sebastião e Toya Jarina, Mestra Amélia Barbosa e Grupo de Tradições Marajoara Cruzeirinho, Mãe Fátima e Terreiro de Iansã Nossa Senhora da Conceição, Pajé Dona Roxita, Mestre Griô Chico Malta e Grupo de Carimbó Cobra Grande, YáObasylé Conceição e Ilê Dará AséOyáOnira, Mãe Luiza e Ilê Axé Monadeuy, Wellen Sillva e Grupo Carimbó do Pará, Andreia de Vasconcelos e Carimbó Aturiá, Dona Onete – a Mestra que nos deu o fio de contas, o pontinho que faltava.
Músicas citadas no texto da sinopse:
KirimbasawaYúriYí-Itá (A força que vem das águas) – Suraras do Tapajós (terceira epígrafe); Sereia do Mar – Mestre Verequete (quarta epígrafe); Quatro Contas – Dona Onete (1 e 5); Verequete é o Rei – Mestre Verequete (2); Fundo das Águas – Mestre Diquinho (3); Chão de Encantaria – Mestre Diquinho (4).
Referências bibliográficas:
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OLIVEIRA, Odaisa. Vocabulário Terminológico Cultural da Amazônia Paraense. 6 volumes. Belém: Cultural Brasil, 2015.
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VERGOLINO E SILVA, Anaíza. O Tambor das Flores. Belém: Paka-Tatu, 2015.
Exposições:
Miriti das Águas. Realização: SECULT- PA, Belém, 2012.
Caboclos da Amazônia. Projeto, direção: Carlos Alcantarino. Rio de Janeiro, 2024.
Músicas ligadas ao universo da sinopse:
Chama Verequete – Mestre Verequete; Dona Mariana – Pinduca; Festa no Reino das Encantarias – Dona Onete; Aruanda: As Três Princesas – Geovane Bastos, Boi Caprichoso; Ciranda das Turcas Encantadas – Luiz Antonio Simas; Guiança – Jane Cerdeira e Marcelle Almeida; Sereia do Rio-Mar – Mestre Chico Malta.
Filmes:
A Descoberta da Amazônia pelos Turcos Encantados, de Luiz Arnaldo Campos – https://www.youtube.com/watch?v=kATYZK5Zp7M
Pena e Maracá – A Encantaria do Fundo, de Leonardo Carrato e Daniel Meneguelli – https://www.youtube.com/watch?v=Cman1gaUTn4&t=222s
Mina Dois Irmãos – Raiz, Tambor e Fé, de André dos Santos – https://www.youtube.com/watch?v=OtjB_0ElTcw
Dona Mariana: a Princesa Turca da Amazônia, de Zeca Ligiéro – https://www.youtube.com/watch?v=-BKqGqW6FLo&t=428s
Dona Onete – Documentários Biográficos da Amazônia – https://www.youtube.com/watch?v=iewm9wMorgY
Mariana: Histórias de Vida e Encantaria, de Luiza Braga –
Carimbó, de Eduardo Souza – https://www.youtube.com/watch?v=VlTK6yu3P6c
Boi Pavulagem é Boi do Mundo, de Homero Flávio e Ursula Vidal – https://www.youtube.com/watch?v=rjAgMkw0hMs
O Carimbó de Alter do Chão: Pau e Corda do Oeste do Pará, de Leandro Gonçalves – https://www.youtube.com/watch?v=rUoVlGU_8rA
A Encantadora de Botos – Visceral Brasil – Plataforma Looke
https://www.looke.com.br/episode/visceral-brasil-as-veias-abertas-da-musica-ep-04-a-encantadora-de-botos
Ocupação Dona Onete – Itaú Cultural
CollectionPetitesPlanètes – Dona Onete, de Vincent Moon – https://www.youtube.com/watch?v=6bv5e56vI7
Chama Verequete – Curtas Paraenses, de Luiz Arnaldo Campos e Rogério José Pereira – https://www.youtube.com/watch?v=JWiAcAzeSrY
A Mocidade Independente de Padre Miguel realizou, durante a feijoada que ocorreu no último domingo, uma aula prática com os alunos universitários do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Estácio de Sá.
Foto: Divulgação/Mocidade
A aula, ministrada por Bryan Clem e Erick Baere, do setor de marketing da agremiação, teve como objetivo a troca de experiências e conhecimentos nas áreas de marketing, setor em que a Mocidade é referência no Carnaval carioca. Sob supervisão, as mídias sociais da escola ficaram sob a responsabilidade dos universitários, que realizaram entrevistas, vídeos, lives, entre outras atividades, ficando assim com toda a comunicação da escola durante o evento.
“Desde quando surgiu o convite, os alunos ficaram encantados pelo fato de ter a possibilidade de pôr a mão na massa e ver como as coisas funcionam na prática. Está sendo extremamente importante para eles essa experiência e mergulhar nesse universo digital e aprender ainda mais, principalmente em uma escola tão consolidada nessa área”, afirmou o coordenador do curso, Rodrigo Perestrelo.
A Mocidade será a primeira escola a desfilar na terça-feira de Carnaval, com o enredo “Voltando para o futuro, não há limites para sonhar!”.
A Imperatriz Leopoldinense, atual vice-campeã do Carnaval carioca, segue focada nos preparativos para o desfile de 2025. E no próximo fim de semana (15 e 16/06), a partir das 09h, na quadra da escola, em Ramos, Zona da Leopoldina do Rio, a verde, branco, e dourado começará a realizar o recadastramento obrigatório de sua comunidade.
Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO
Até às 15h, os componentes que desfilaram em 2024 e entregaram suas fantasias deverão comparecer, munidos de um documento original com foto, para garantir a sua vaga no próximo Carnaval. Quem não puder estar presente neste fim de semana terá uma data extra aberta, no próximo dia 18/06 (terça-feira), das 19h às 22h.
Já as inscrições para novos componentes irão acontecer toda terça e sábado, a partir do dia 22/06. Às terças, o horário será de 19h às 22h, e aos sábados, de 09h às 13h.
A quadra da Imperatriz Leopoldinense fica na Rua Professor Lacé 235, em Ramos. Mais informações nas redes sociais da escola.
O domingo teve mais um lançamento de enredo na cidade de São Paulo – agora, na Arena Neguinha, no Jabaquara. A tradicionalíssima verde e rosa da Zona Sul paulistana revelou a todos os amantes do carnaval qual será a temática a ser apresentada em 2025: o Barroca investirá, mais uma vez, em um tema ligado a minorias – no caso, um enredo afro. Intitulado “Os Nove Oruns de Iansã”, a agremiação falará sobre a entidade que, na religiosidade, é a guerreira dos ventos e das tempestades. A reportagem do CARNAVALESCO esteve presente no evento para o lançamento do enredo, que teve uma feijoada para todos os presentes, apresentações da Tudo Nosso (bateria da agremiação), da Cia Soli (grupo de dança com participação de PcDs) e das passistas da instituição. Três shows também tiveram destaque: DJ Fabiano, Resenha dos Brothers e Terreirão do Sobral – capitaneado por Renê Sobral, intérprete da Dragões da Real. Também foi apresentado Mauro César, novo segundo mestre-sala da agremiação – que, em 2024, defendeu o pavilhão principal da Unidos de Vila Maria. Com dengue, Pedro Alexandre, o Magoo, carnavalesco da escola, deu um rápido discurso à comunidade após o anúncio da temática.
Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO
Origem
Em entrevista exclusiva ao CARNAVALESCO, Ewerton Rodrigo Ramos Sampaio, o Cebolinha, presidente da agremiação, destacou como surgiu a ideia de falar sobre a entidade religiosa: “Alguma intuição minha que pediu para ser esse enredo. Nisso, fizemos a definição da temática e acabou acontecendo. O Magoo desenvolveu – está desenvolvendo, na realidade. O processo ainda está acontecendo. Acho que é um belo enredo, que falar de uma entidade no carnaval tem uma energia a mais. E é isso que o Barroca gosta! O Barroca gosta de falar de temáticas assim, é a cara do Barroca”, empolgou-se o mandatário.
Alex Ferreira, um dos integrantes da Comissão de Carnaval do Barroca, detalhou um pouco mais o trajeto para que o martelo fosse batido em torno da temática: “A gente tinha algumas linhas de plano, e sabíamos que queríamos fazer um enredo afro e voltar para as raízes da escola. Haviam algumas outras propostas de enredo, tanto os religiosos quanto os de determinados grupos, algo com temática nordestina… trabalhamos em cima de alguns desses, o Magoo fez algumas sinopses, mas optamos por essa linha mais religiosa principalmente por uma contribuição do João Neguinho [vice-presidente e um dos diretores de Harmonia da agremiação], que fez uma explanação super detalhada para a gente. Quando o Magoo trouxe a ideia de falar de Iansã por uma outra linhagem, tentando trabalhar com a ideia histórica e tentar mostrar a entidade de outra forma (de como ela se consolida, o caminho aos céus e etc), pensamos que trabalhá-lo na avenida, com um pantone de cores gigantesco, é possível fazer uma modificação nas cores ao longo do desfile… isso é importante para nós, e nós abraçamos a ideia”, comentou, aproveitando para novamente destacar o carnavalesco da agremiação e outro importante baluarte barroquense.
A história se repete
Em 2024, o Barroca comemorou o Jubileu de Ouro da Faculdade do Samba com o enredo “Nós Nascemos e Crescemos No Meio de Gente Bamba, Por Isso Que Nós Somos a Faculdade do Samba. 50 Anos de Barroca Zona Sul” e relembrou alguns dos grandes desfiles da própria história. Tal retorno também pode ser visto na apresentação da temática para 2025, de acordo com Alex: “Trazemos contribuições de outros enredos que já tivemos: Oxóssi (padroeiro da escola, enredo do Barroca em 2019), que vai estar em um pedaço do enredo de 2025; valorização da mulher, que é cada vez mais trabalhado no carnaval… retomamos essa ideia, também. Para a nossa comunidade, essa ideia ainda é válida, principalmente porque a gente volta às origens da escola e tenta agregar todos da nossa comunidade. Claro que é um enredo religioso, mas a proposta principal é a de agregar a comunidade em nosso entorno. Nosso ultimo desfile foi sobre o Jubileu de Ouro, tentamos contar nossa história em 65 minutos; agora, queremos unir nossa comunidade em prol dessa história”, afirmou.
Sobre a presença feminina, é necessário relembrar que, em 2020, quando a verde e rosa voltou ao Grupo Especial após quinze anos, o enredo era “Benguela… A Barroca clama a ti, Tereza!”, contando a história da líder que comandava o quilombo do Piolho, no atual Mato Grosso.
Ligação com minorias
Desde 2019, quando a escola cantou “Okê Arô” para exaltar Oxóssi (padroeiro da agremiação), o Barroca investe em temáticas ligadas a povos afrodescendentes e originários – com exceção do já citado desfile de 2024, quando a Faculdade do Samba cantou os próprios cinquenta anos. Na visão de Cebolinha, nada disso é por acaso: “Acho que é uma característica do Barroca como um todo. A escola tem uma linhagem mais voltada para temas ligados a assuntos de grupos minoritários. O Barroca gosta de falar disso e o componente gosta de enredos assim. É uma escola mais trabalhada nessa linha, e eu acho que essa energia… o Barroca é muito uma escola de energia! Quando você trabalha todas essas questões (ou seja, tudo que vem de energia, energia, energia e energia), a gente tem a cara do Barroca. O Barroca é aquela escola de vibração e energia”, refletiu.
Quando perguntado, Alex fez questão de ampliar a questão e trazê-la para a própria instituição: “Quando a gente pensa no Barroca Zona Sul em específico, a gente tem uma questão de minorias, mas também de identidade da própria escola. Com exceção desse ano, que a Estrela do Terceiro Milênio volta, que está lá no Grajaú, o Barroca vem sendo o representante dessa região. A Milênio subiu, desceu e a gente continua. Pensando na história, no tempo, na identidade, nós somos o grande representante da Zona Su. Outras escolas tem muita história, como a Lavapés, a Imperador… mas, nesse exato momento, o Barroca é a minoria da Zona Sull. Olhamos para a geografia do carnaval da cidade de São Paulo e ela está muito ligada aos outros locais. Nós não nos sentimos estranhos porque somos cofundadores da Liga-SP, mas, na ideia de estarmos na elite do carnaval e sendo representante da Zona Sul, gostamos de trazer questões identitárias como instrumento e argumento para a nossa comunidade: falar que nós representamos eles”, comentou.
Calendário definido
A metade do ano será especialíssima para a verde e rosa. No dia 07 de agosto, a agremiação comemorará os tão falados e exaltados cinquenta anos do Barroca Zona Sul. Até lá, entretanto, outro importante evento acontecerá, comenta Alex: “A ideia é, no final de julho, apresentar o nosso samba para a comunidade, que já está quase pronto. Estamos adiantados nisso. Como trabalhamos fechados, estamos bem adiantados. E, em agosto, comemorarmos os cinquenta anos do Barroca. Nossa dúvida, pelo tamanho da festa, é se será feito na quadra ou em outro local. Passando o aniversário, aí já começam os ensaios para valer – e, uma semana depois do samba apresentado, já começam os ensaios. No segundo semestre, teremos festas específicas – como a da bateria, por exemplo. E, nesse ano, como o carnaval será praticamente em março, teremos mais tempo… em 2024, ficou tudo muito espremido: após a virada do ano, tivemos meia dúzia de ensaios para colocar a festa na avenida”, aproveitando para dar a dimensão da festa do Jubileu de Ouro e destacando a organização e o planejamento da instituição.
Sem mudanças na escolha
Há alguns anos, o Barroca opta por não fazer eliminatórias de samba. A escolha, lamentada por muitos, vem garantindo pontuação máxima para a verde e rosa desde quando a agremiação voltou para os grupos organizados pela Liga-SP – em 2018. E, visando o carnaval de 2025, nada será alterado em um processo que já dá certo, de acordo com Alex: “Desde 2017 nós montamos um grupo, que não é pequeno, e optamos por fazer uma mescla entre grupos que estavam ganhando sambas e sendo finalistas e pegando pessoas do nosso time musical, de bateria e do carro de som, para, em conjunto, fazer o samba de forma customizada. Nunca contratamos um samba, temos essa mescla com o pessoal de pesquisa e de poetas. E isso vem dando certo: o samba sai com a cara da escola, com o melhor timbre para o cantor, com o melhor andamento para a bateria. A junção da letra e da parte musical com os profissionais aqui de dentro está gerando ótimas canções e evita problemas como versos fora da sinopse, estranhamento dos ritmistas e dos cantores. A mudança é a saída do Pixulé, o Cacá Camargo [diretor musical] estará participando juntamente com o Cris Santos e com o Dodô Ananias, nossos novos intérpretes, como compositores. Fazemos testes, mudamos palavras, pedimos para cantar… tem tudo dado certo. Não temos a ambição de mudar isso, e a crítica está recebendo nossos sambas muito bem. O Barroca não perde nota de samba-enredo excetuando as notas mínimas desde 2018. Dessa maneira, ganhamos muito tempo nos ensaios: o samba nasce com a nossa cara, o pessoal pega muito mais rápido… e aproveitamos para, também, afinar com outros quesitos – sobretudo Harmonia, onde não temos grandes desafios”, finalizou.
Novo intérprete da União da Ilha para o Carnaval de 2025, Tem-Tem Jr. conversou com o CARNAVALESCO e falou sobre a chegada à escola, a relação com a Ilha, e como vai ser o trabalho em parceria com a bateria da agremiação. Ele começou falando como se sentia em estar como intérprete da Ilha, posto que já foi ocupado por grandes nomes do samba como Aroldo e Ito Melodia, além de Quinho, e como encara essa confiança da escola.
Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO
“É muita responsabilidade, motivo de muita responsa. Eu já venho de uma escola de grande tradição, grandes cantores passaram pelo Império Serrano. Eu não corro de desafio nenhum. Estou aqui para mais esse desafio. Nas propostas que eu tive, a Ilha foi a minha escolhida. Agradeço o presidente Ney e a diretoria por depositar confiança no meu trabalho. E é aquilo: trabalhar com seriedade, humildade. Buscar o ponto positivo do projeto que o sucesso vem. Só trabalhar, trabalhar e trabalhar, a gente vai ter tempo para isso, torcer por um grande samba e vai dar tudo certo, se Deus quiser”.
O intérprete falou, então, sobre como recebeu o convite da Tricolor Insulana para ser a sua voz no próximo carnaval, ressaltando a tradição, e realização em estar aceitando este desafio.
“Acho que é o sonho de qualquer cantor na minha idade, estar cantando numa União da Ilha, o tamanho dessa escola, a tradição que a escola tem é gigante e só me fortalece. Isso me mostra que meu trabalho vem sendo bem aceito pelo mundo do samba, vem sendo reconhecido. Eu vou lutar para conquistar o coração do povo insulano. Eu sei que é um pouco difícil. A gente já falou aqui da tradição, o tanto de cantores maravilhosos que passaram por aqui, mas eu carrego isso comigo. Carrego o legado do meu pai de sempre estar buscando novos desafios. E a Ilha me presenteou com esse convite e eu vou torcer para ficar aqui por muitos anos. Eu estou muito feliz. E eu estou aí para isso, para novos desafios, para encantar e se Deus quiser conquistar o tão sonhado título, que é o que a União da Ilha vem buscar para esse ano”.
O cantor citou então alguns dos sambas da Ilha que mexem com ele, porém afirmando que diversos dos sambas são antológicos e da dificuldade em escolher algum em específico, dada a discografia da escola.
“A Ilha tem grandes sambas. É sensacional! Tenho certeza que para escolher um vai ser difícil. Mas sem dúvida hoje o que mais contagia se soltar numa quadra ou então for numa escola convidada, num show fora, é o ‘Brinquedo Brincadeira’, que é um sambão da escola. Acho que traz um pouco de mim, traz a minha alegria, eu tenho isso na minha identidade. Ainda tem muita coisa boa, ‘Fatumbi’, ‘É Hoje’. Se eu ficar aqui falando, a gente vai falar de vinte sambas e ainda tem muito samba antológico”.
Por fim, Tem-Tem Jr. contou como espera trabalhar com a “Baterilha”, comandada por mestre Marcelo, e que acredita que será um casamento perfeito entre eles.
“Eu conversei muito com o Marcelo, a gente está muito unido. Espero que essa união permaneça até o final do projeto, que é de muita importância. Eu venho de um trabalho de união mesmo, irmandade, eu cito sempre ele nas minhas entrevista, porque é muito importante pra mim. O Vitinho foi um alicerce para mim no Império Serrano. O Vitor enfrentou no começo da trajetória dele no Império, muita dificuldade, porque o Império é uma escola muito rígida. Eu passei por lá, eu enfrentei isso também. Quem me deu todo suporte foi o Vitor, ali ele já me mostrou parceria. A gente fez um grande trabalho, foi reconhecido, ganhamos diversos prêmios. Eu acho que a receita disso tudo é a união. A palavra já diz a união, união da Ilha. Eu venho buscar isso com o Marcelo, a diretoria dele está me recebendo muito bem, rapaziada, a bateria. Eu já sou fã do trabalho deles. Eles também são muito dedicados. Nota máxima do carnaval que passou, quarenta. Acho que vai ser um casamento bonito, perfeito. Eu espero agradar também a rapaziada dele, casar essa sintonia, que é de máxima importância para que o projeto da escola possa ser realizado”.
Não há melhor programa para um fim de semana do que almoçar em família e, pensando nisso, a Porto da Pedra realiza, no dia 15 de junho, a partir das 14h, mais uma edição de sua tradicional feijoada tendo como ingredientes principais, a alegria e o sorriso de sua comunidade.
Foto: Ana Cristina Victória/Divulgação Porto da Pedra
Para agitar a tarde, o Pagode do Europeu comanda a roda de samba que terá participação especial de Wantuir, a voz oficial do Tigre já confirmada para o carnaval 2025. Nos intervalos, DJ Renan Pimenta agita o público tocando todos os ritmos.
Com entrada franca, a Feijoada do Tigre já faz parte do calendário da vermelha e branca, paixão e orgulho de São Gonçalo. Nesta edição, o valor antecipado da feijoada sai a R$15. No dia do evento, o prato da iguaria servida com o tempero especial do sorriso das baianas de São Gonçalo, custará R$20. Mesas com 4 lugares podem ser reservados no valor de R$40.
A cerveja gelada é garantia da casa com balde de latão a R$45. Mais informações e vendas pelo telefone (21) 98531-5102. A quadra da escola fica na Travessa João Silva, 84 , Porto da Pedra.
Serviço: Feijoada do Tigre
Data: 15 de junho, sábado
Horário: a partir das 14h
Atrações: Pagode do Europeu e Wantuir; DJ Renan Pimenta nos intervalos
Valores: feijoada antecipada R$15; no dia do evento R$20; mesas R$40; balde de latão R$45
Entrada: franca
Classificação: livre
Informações e vendas: (21) 98531-5102
Em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, o novo presidente da Superliga, Luiz Vinícius Macedo, revelou planos ao assumir o comando das Séries Prata e Bronze. Desde 2016 trabalhando na Intendente Magalhães, quando fez parte da diretoria de carnaval, ele falou sobre a marca que deseja deixar em sua administração e quais mudanças planeja implementar para o carnaval de 2025, aprimorando a logística e a experiência do público. Vinícius enxerga sua nova posição como uma oportunidade para continuar fortalecendo e aprimorando o carnaval, preservando suas tradições e promovendo um ambiente de celebração e união.
Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO
“Para mim é gratificante demais, me sinto honrado, faço parte daquele carnaval desde 2016 e hoje ser presidente para mim é um orgulho. Sou conhecido em todas as escolas, sempre me dediquei aquele carnaval, sou muito grato pela oportunidade que os presidentes me deram de estar hoje liderando esse carnaval, que para mim é o melhor carnaval do Brasil”, destacou Vinícius.
O presidente da Superliga destacou sua experiência e integração com administrações anteriores e demonstrou um forte compromisso com o crescimento e valorização das escolas, assegurando que a Intendente Magalhães continue a prosperar e a oferecer um carnaval de alta qualidade.
“Eu quero deixar a marca do trabalho, a marca que fez com que a Intendente Magalhães crescesse, que as escolas se sentissem valorizadas, é a marca do trabalho, a marca da dedicação. Eu particularmente fiz parte das outras duas administrações, estou muito integrado com essas outras duas administrações, tenho certeza que a gente vai fazer um trabalho muito gratificante para a Intendente Magalhães também”, enfatizou Vinícius.
Para o Carnaval de 2025 na Intendente Magalhães, Vinícius explicou que o regulamento ainda será definido, que as mudanças são necessárias devido à limitação de espaço na nova Cidade do Samba 2, que conta com apenas 14 barracões e ressaltou que estão em negociações para minimizar o impacto dessas mudanças na Superliga. Seu objetivo é garantir o melhor para as escolas envolvidas.
“Interessante a gente falar sobre isso, porque isso vai ser deliberado em regulamento ainda, em Assembleia, para gente definir o regulamento. Só que um spoiler já para vocês, é que a Liga-RJ, ela vai ter a Cidade do Samba 2 e só tem 14 barracões. A gente já viu o projeto. Precisaremos nos adequar, eu estou conversando com a diretoria da Liga-RJ, para que esse impacto não seja muito agressivo na Superliga, mas vai sim existir mudança em data futura. A gente vai estar passando para imprensa, estamos fazendo um comunicado para vocês de como vai ser, mas eu tenho certeza que a gente vai fazer o melhor para as escolas”, explicou Vinícius.
Vinicius também compartilhou que não haverá mudanças significativas no tempo de apresentações e no número de alegorias para o Carnaval de 2025. Ele destacou a importância de manter o nível alto para que as escolas estejam bem preparadas caso ascendam para a Liga-RJ. Com isso, o objetivo é assegurar que as escolas estejam prontas para a transição para a Marquês de Sapucaí, caso avancem para a Liga-RJ, evitando dificuldades e mantendo o carnaval competitivo e vibrante.
“A gente hoje está conversando com as agremiações para entender como eles vão sentir esse impacto e juntos vamos desenhar um modelo para que seja seguido. Acredito nesse primeiro momento que as escolas, pelo que elas me passaram, pelo que os presidentes falaram comigo, eles confiam nas suas comunidades, confiam no potencial de fazer carnaval e, por enquanto, ninguém quer alterar não. Vou explicar porque também. Quando uma escola sai da Série Prata e ela vai para Liga-RJ, ela sai da Intendente Magalhães e vai para Marquês de Sapucaí, se ela não tiver preparada para essa diferença, ela acaba sofrendo muito com esse impacto. As escolas querem colocar o seu carnaval nivelado para cima, para que elas possam já, a escola que acender para Liga-RJ, chegar preparada para ter aquele carnaval. Vejo os presidentes conversando comigo, todo mundo quer deixar para cima o sarrafo. Eles não querem ir para baixo não. Mas eu tenho certeza de que a gente vai encontrar o meio termo para que as escolas consigam desempenhar bem o seu carnaval, eles sabem que podem contar com a Liga, nós seremos um facilitador no caminho do carnaval, nós não vamos atrapalhar. Pelo contrário, vamos buscar soluções práticas para que as escolas sejam bem recebidas no nosso carnaval”, compartilhou Vinícius.