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Com a força feminina, Arranco se aprofunda na maternidade espiritual e leva as mães para o Carnaval 2025

O Arranco, escola muito marcada pela força feminina, levará para a Marquês de Sapucaí o enredo “Mães que alimentam o sagrado” da carnavalesca Annik Salmon, que chegou após o Carnaval de 2024. O CARNAVALESCO conversou com a carnavalesca Annik Salmon, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Falcão e Laryssa Victória, e a presidente Tatiana Santos. Annik Salmon contou que quando foi convidada pela presidente para ser carnavalesca do Arranco, ela tinha uma ideia de enredo em mente.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“E a gente conversando muito ela me trouxe uma outra contraproposta, de uma outra abordagem. Eu fui para casa, pensei e ela também foi pensando no assunto que eu levei, do tema que eu levei. Fui pra casa, pensei muito e esse enredo surgiu meio que como uma intuição, como um sonho. E eu trabalho muito assim. Esses carnavais que eu fiz solo, eles meio que surgem de uma intuição, de algo que eu acho que está predestinado, digamos assim. E no dia seguinte, quando encontrei com ela eu falei: ‘Tati, aquela ideia que você estava querendo, eu pensei nesse enredo’, e ela amou. Ela amou porque foi um enredo que eu vim estudando a escola, eu vim estudando quais são as características da escola, o que a escola vem apresentando de temática dos últimos carnavais. É um enredo que fala muito de mim também, do que eu sou, carrego comigo, que tem muito a ver com o Arranco. E foi um casamento perfeito. Eu acho que vai ser um sucesso, a escola está muito feliz com o desenvolvimento, com todo o trabalho que foi feito. Se Deus quiser vai ser um sucesso para o carnaval”.

Annik comentou também sobre o retorno à Série Ouro após dois anos no Especial, e como ela enxerga a importância de fazer carnaval, estar presente na folia, independente de qual grupo: “Eu acho que importante hoje, ainda mais eu como mulher, o importante é eu estar no carnaval. O importante é eu estar atuando, eu estar podendo mostrar o meu trabalho e a minha arte. Hoje a gente ainda fala: ‘Mas você está no Grupo de Acesso, você está na Série Ouro’, não importa, é o lugar onde a gente tem como a gente mostrar o nosso grande trabalho, o que eu dediquei a minha vida, o que eu estudei. E eu estou muito feliz por eu estar aqui, por eu ter essa oportunidade. E é uma escola que eu conhecia de assistir os desfiles, mas eu não conhecia essa família que é Arranco e é uma escola que abraçou muito e eu digo: é realmente uma família. Eu acho que era o que eu precisava, era ser abraçada por essa comunidade, por essa direção da escola que é montada por uma família, que é principalmente montada por uma presidente, que é uma mulher de um caráter ímpar. Eu fiquei muito feliz disso e eu acho que o importante, não importa se a gente está no Especial um ano, se a gente está no Acesso, eu acho que o importante, a gente como artista, a gente estar trabalhando, a gente está podendo atuar com dignidade”.

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A carnavalesca falou também sobre o resultado do último carnaval onde ficou em sétimo lugar, na Mangueira, não retornando no desfile das campeãs. Annik ressaltou também a questão da subjetividade dos jurados: “A gente sempre trabalha e faz de tudo para acertar, para ser o melhor, para a gente ficar nas cabeças, não ser campeã, mas ficar ali entre as campeãs. Só que a gente não consegue entender cabeça de jurado, é uma caixinha de surpresa que a gente não sabe. Tem muitas coisas que às vezes me perguntam: ‘Por que o jurado tirou essa questão desse ponto em fantasia?’. Vou até dizer um ponto de uma fantasia que era a fantasia ‘O Sufoco’. Que foi uma fantasia que eu e o Guilherme a gente se dedicou a criar, foi uma fantasia realmente feita a quatro mãos que um fez, depois o outro foi para casa e a gente levou e foi pensando junto para ter uma identidade visual que a gente conseguisse interpretar essa questão do sufoco, que não é uma coisa palpável, mas que a gente conseguisse passar o que era esse sentimento e o que a música falava, e de uma forma criativa, que foi uma fantasia que foi muito bem elogiada antes nos bastidores. E quando o jurado me tira um ponto dizendo que não foi bem entendida, sinceramente eu não sei o que ele conseguiu enxergar ali ou não enxergar ali. É sempre uma caixa de surpresa, mas a gente, como artista, tenta acertar, mas nem todo ano a gente acerta, a gente erra”.

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A artista ressaltou também a importância das divisões de uma escola na construção do carnaval: “A escola não é só toda em função de um carnavalesco. No desfile a gente tem direção de carnaval, direção de barracão, tem toda uma galera por trás que monta o desfile. A cabeça cair de uma escultura não é culpa do carnavalesco. Tem todo um projeto, tem toda uma estrutura para a gente fazer aquele carro descer, aquele carro subir até chegar na concentração, tanto que ela chegou intacta, e de repente tudo vira culpa do carnavalesco. O carnaval, infelizmente, é assim. E a gente está nesse meio, a gente sabe disso. Mas é assim, a gente procura todo ano acertar, mas nem sempre acerta”.

Diego e Laryssa falaram como chegaram na escola. Laryssa foi sucinta contando como o convite surgiu: “Comigo foi através da presidente Tati. Ela me mandou mensagem pedindo para gente conversar, para possível ser primeira porta-bandeira do Arranco”.

Diego contou que o retorno para a agremiação já veio sendo conversada há mais tempo, e que é uma alegria muito grande retornar: “Meu namoro com Arranco, a volta, já tem uns dois anos. A gente chegou a sentar e conversar há uns dois anos atrás, não deu certo, mas tudo acontece no tempo certo, e hoje eu estou aqui com a Laryssa. É um prazer enorme estar voltando a minha casa depois de 20 anos fora do Arranco do Engenho de Dentro, primeira escola que eu defendi na minha carreira. E é um prazer muito grande estar aqui de volta”.

Sinopse do enredo do Arranco para o Carnaval 2025

Diego continuou comentando as características que já foi descobrindo na nova parceira de dança, em menos de dez dias de ensaio até a apresentação, inclusive uma que partilham entre si, e com as quais Laryssa concordou plenamente: “Eu vou te falar que é uma parceria nova e toda parceria nova tem o lance da descoberta. A dança do mestre-sala e porta-bandeira é um eterno namoro. E quando a gente começa a dançar com a porta-bandeira nova é um começo de um namoro, é um começo de um encantamento um pelo olhar do outro e uma coisa que é característica nossa, que eu já consigo identificar como característica nossa, é o olho no olho. Graças a Deus, é uma parceria que fluiu, que não teve aquela dificuldade do começo, de encontrar, de achar, as coisas foram fluindo, não teve essa dificuldade de um primeiro momento”.

O mestre-sala também comentou sobre a importância de estar numa escola que possui uma grande força feminina dentro de sua estrutura: “Eu acho que é um diferencial da escola, inclusive. Aqui o comando é majoritariamente feminino e eu acho que isso reflete no trabalho do quesito e do cuidado que tem com as pessoas na escola, que é aquela coisa de mãe, aquele carinho”.

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Por fim, ambos falaram sobre a questão dos estilos de dança, entre partes mais tradicionais e outras mais modernas dentro do bailado dos casais, com Diego ressaltando que a junção de ambos pode ser um caminho: “Sem querer dar spoiler e sem querer dizer a minha idade, eu tenho mais de idade de carreira do que ela de vida e eu acho que isso é muito legal, porque ela vem trazendo um frescor da juventude e eu venho com uma bagagem de experiência. Eu acho que isso é o que o jurado acaba querendo. Ele quer uma inovação, mas ele também não quer deixar de ver o tradicional de um mestre-sala e porta-bandeira. Eu acho que é isso que o povo pode esperar da gente”.

Laryssa concordou com o parceiro, destacando o quanto de sintonia ambos possuem: “Quando a gente começou a conversar sobre, conversamos sobre isso: o que cada um gosta. E poder dançar com Diego me dá a tranquilidade de que eu gosto também do tradicional. Sou uma menina nova, gosto de uma modernidade, mas eu tenho a minha paixão pelo tradicional. Quando a gente conversou, eu vi que as nossas ideias batiam, eu: ‘ufa!’ Eu estou bem tranquila, nos ensaios a gente dançou, dançou e fluiu”.

A presidente Tatiana Santos também comentou sobre os preparativos para o Carnaval de 2025. Ela iniciou falando sobre a vinda de Annik Salmon, e que foi o primeiro pensamento da escola após a saída de Nícolas Gonçalves, pela escola ser uma escola com empoderamento femino. Em seguida, ela também citou sobre a saída de Nícolas, considerado uma grande revelação do carnaval de 2024, e falando sobre o desfile: “Foi uma coisa que abrilhantou o carnaval do Rio de Janeiro, posso falar do mundo, porque a gente mexeu com uma coisa que é ligada ao nosso coração, que é a saúde mental. O Nícolas desenvolveu um carnaval maravilhoso e foi de ambas as partes não permanecer. Ele queria, foi mais dele do que do Arranco, ele queria seguir novos horizontes, ele queria buscar novos caminhos, oportunidade. Como eu falo a todo momento, o Arranco é uma escola que lança talentos e eu tenho muito orgulho disso. Estou torcendo muito por ele na Tucuruvi, para que ele faça um carnaval brilhante lá”.

Arranco leva comitiva para visitar Salvador e projetar desfile do Carnaval 2025

Tatiana entrou em detalhes também sobre como Annik foi o nome chegado para comandar o carnaval da escola, e tocar o enredo: “Depois da saída do Nícolas toda a diretoria pensou justamente nisso, no nosso entendimento do pensamento do que a gente queria para 2025, e a primeira ideia foi ter uma carnavalesca feminina, uma carnavalesca mulher. Mas a gente teve no meio do caminho ainda uns percursos difíceis, porque ela estava negociando com outra escola. A gente também conversou com outros carnavalescos, mas Deus, com toda a sua sabedoria, mudou tudo e a gente conseguiu ter a nossa primeira opção, que era a Annik e hoje a gente está lançando um enredo feminista de uma mulher maravilhosa que é a Annik”.

Tatiana também comentou sobre a importância dos intérpretes Pâmela Falcão e Thiago Acácio para a escola. “Um dos meus maiores orgulhos dentro da escola. A Pâmela foi uma menina que saiu da bateria, cantando em uma roda de samba, e eu me apaixonei pela primeira vista. Fiz o convite para ela vir para o carro de som do Arranco e fez um trabalho, ficou comigo na Intendente, depois foi comigo para Marquês de Sapucaí e aí veio o Thiago. Thiago veio com um coração aberto pelo Arranco e é um encontro de almas para mim, porque as vozes deles como se encontraram foi verdadeiramente a voz do Arranco. Hoje, Thiago e Pâmela, eles têm o símbolo do Arranco, as vozes deles são emblemáticas. Quando eles abrem a boca para falar, a família Arranco se emociona”.

Escolas mantém tripé na comissão de frente e aprovam tempo para esquenta no regulamento

Durante a plenária realizada com os presidentes das 12 escolas de samba do Grupo Especial, nesta terça-feira, a possibilidade de tirar o tripé (elemento cenográfico) ou criar regras não foi aprovada pelos dirigentes da agremiação. O regulamento seguirá como foi feito em 2024.

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Foto: Divulgação/Rio Carnaval

“Desfilar com o limite mínimo de 10 (dez) e até o máximo de 15 (quinze) componentes na Comissão de Frente”, diz o regulamento.

Além disso, os presidentes aprovaram que determinado em regulamento o aumento no tempo de esquenta das agremiações. O tempo não foi informado pela Liesa.

A outra decisão importante foi o fim do módulo duplo de jurados e a volta de quatro cabines de julgamento. Agora, duas cabines ficarão no lado par e duas no lado ímpar.

O tempo de desfile também foi alterado. Agora, as agremiações terão entre 70 e 80 minutos para se apresentar na Marquês de Sapucaí.

Os desfiles do Rio Carnaval 2025 acontecerão nos dias 2, 3 e 4 de março, com as seis primeiras colocadas voltando para o Sábado das Campeãs.

Escolas do Grupo Especial do Rio aumentam o tempo de desfile e adcionam mais uma cabine de jurados no Carnaval 2025

Por decisão das escolas de samba, durante reunião plenária realizada nesta terça-feira os desfiles do Grupo Especial terão um aumento no tempo máximo já para o Carnaval 2025. Agora, as agremiações terão entre 70 e 80 minutos para se apresentar na Marquês de Sapucaí.

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Foto: Divulgação/Rio Carnaval

O aumento no tempo de desfile vai ao encontro da novidade no posicionamento das cabines de jurados. Agora, serão quatro módulos de julgamento, dois no lado par e dois no lado ímpar, sem mais cabines duplas.

Além dessas alterações, ficou determinado em regulamento o aumento no tempo de esquenta das agremiações.

Os desfiles do Rio Carnaval 2025 acontecerão nos dias 2, 3 e 4 de março, com as seis primeiras colocadas voltando para o Sábado das Campeãs.

Paulo Pinna festeja chegada no Salgueiro, ressalta oportunidade de trabalhar com Jorge Silveira e avalia uso da iluminação na comissão de frente

Com a determinação de conquistar no Carnaval de 2025 seu décimo título o Salgueiro passou por uma reformulação em seu elenco. Uma das grandes novidades foi a contratação do coreógrafo Paulo Pinna para comandar a comissão de frente. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, ele revelou a honra em assumir esse papel e compartilhou suas expectativas para o próximo desfile. Ao lado do carnavalesco Jorge Silveira, Pinna espera contribuir para o sucesso do Salgueiro, destacando a importância da união de esforços e da determinação da escola em alcançar seus objetivos.

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Foto: Divulgação

“É uma honra, é gigante. Salgueiro é uma escola que eu sempre admirei pelos belíssimos carnavais, por ser uma escola grandiosa de tradição, por apresentar comissões históricas de colegas que já passaram por aqui. É um misto de emoções estar no Salgueiro, é uma escola que eu amo muito e que a gente só ouve coisas boas. Eu fiquei muito honrado mesmo, pela forma como a escola chegou até a mim. Estou muito animado, muito ansioso e com a expectativa a mil”, revelou Pinna.

O coreógrafo também expressou sua admiração pelo carnavalesco Jorge Silveira, com quem ele ainda não havia trabalhado diretamente, mas já admirava nos bastidores. Pinna contou que eles trocavam ideias e opiniões pela internet, e essa admiração era mútua. Para ele, foi uma surpresa muito grande quando soube que teria a oportunidade de trabalhar com Jorge Silveira no Salgueiro.

“O Jorge é um carnavalesco que eu não tinha trabalhado, mas que eu já admirava dos bastidores, a gente trocava figurinha pela internet, respondia trabalhos de um e do outro, a gente já se admirava, isso é recíproco, isso é algo que é bem legal. Isso é uma surpresa muito grande, quando estava rolando um burburinho que talvez poderia ser ele e eu apenas tinha um sonho de poder estar também, eu falei ‘caraca, imagina trabalhar com o Jorge Silveira’, que é um cara que a gente trocou figurinha já a beça nos bastidores, e hoje estar com ele, que é um cara sensacional, um ser humano incrível, antes de ser um carnavalesco incrível, é assim, de uma paz terrível”.

Jorge Silveira: ‘enredo tem o objetivo de reconectar a espiritualidade do Salgueiro’

Pinna expressa um sentimento misto em relação ao seu trabalho na Mocidade Independente de Padre Miguel. Ele desabafou sobre o desafio enfrentado com o tripé, uma parte do desfile que o preocupava e que acabou não correspondendo às suas expectativas. Apesar das dificuldades, ele diz estar pronto para virar essa página e se dedicar ao novo desafio no Salgueiro.

“O terror do tripé me assombra mais uma vez, infelizmente, mas assim, eu sou um cara que eu vou até o final daquilo que eu acredito, fiz o meu máximo para que o tripé fosse de uma forma melhor possível, mas infelizmente, ou felizmente, eu sou coreógrafo, não sou aderecista. É muito bom a gente ser elogiado pelo trabalho que compete a mim enquanto coreógrafo, é muito bom você virar e elogiar o meu trabalho daquilo que eu posso fazer, que eu sou competente para fazer. Infelizmente, eles montam uma coisa que mais uma vez me assombrou, que foi tripé. Mas assim, passou, foi uma nova escola, se Deus quiser, já viramos essa página”, desabafou Pinna.

Questionado sobre utilizar das luzes no desfile e como isso impactou o desfile da Mocidade, Pinna acredita que o uso da luz é uma tendência que veio para agregar valor ao espetáculo do carnaval. Ele vê a Sapucaí como um verdadeiro espetáculo e considera a luz como um elemento que enriquece essa experiência. No entanto, Pinna menciona que no ensaio técnico da Mocidade, houve problemas com a iluminação que afetaram a apresentação, mas graças às críticas recebidas, puderam corrigir os problemas a tempo do desfile oficial. Ele enfatiza que a luz é primordial quando usada corretamente e que pode contribuir para engrandecer o espetáculo.

Sinopse do enredo do Salgueiro para o Carnaval 2025

“Eu acho que a luz veio para somar, eu acho que é algo que realmente engrandece o espetáculo, porque hoje a gente viu que a Sapucaí é de fato um espetáculo. Acho que a luz é algo que é para agregar, eu acho que tem que saber usar. Eu acho que no ensaio técnico, inclusive eu tive várias críticas, inclusive de vocês, sobre a luz, que a gente testou. Nós testamos a nossa possível luz no ensaio técnico e deu errado, ficamos com alguns componentes no escuro, e assim, usamos errado no ensaio técnico, confirmamos graças às críticas, que eu acho que é muito favorável, engrandece o profissional, e conseguimos fazer a luz correta no desfile, até porque a minha luz se desse errado, eu não teria nada, então assim, a luz foi exata no que a gente precisava, e eu acho que a luz é primordial, sabendo usar, eu acho que engrandece o espetáculo”, comentou Pinna.

As expectativas para o Carnaval de 2025 são altas e Pinna acredita que o Salgueiro é uma escola que sempre está disposta a brigar pelos primeiros lugares e que tem o objetivo constante de vencer.

“Eu acredito que o Salgueiro é uma escola que vem para brigar sempre, é uma escola que está sempre no pódio, é uma escola que quer ganhar e que se Deus quiser iremos ganhar. Eu acho que tem que unir o útil ao agradável, tem que unir a força e a vontade de um coreógrafo querer fazer acontecer e a escola de querer fazer a coisa que ele quer. Eu acho que se unir essas duas coisas tem tudo para dar certo, e vai ser assim porque já senti essa energia”, compartilhou Pinna.

Renascer de Jacarepaguá celebra ‘Desfile do Ano da Série Prata’ no Estrela do Carnaval

A Renascer de Jacarepaguá fez no Carnaval de 2024 um dos mais aclamados desfiles da Intendente Magalhães neste ano. A escola, que ficou em segundo lugar dentre as que desfilaram na segunda noite da Intendente, ganhou o Estrela do Carnaval de Desfile do Ano, assim como em outras categorias da premiação, como Bateria, Enredo, Samba do Ano e casal de mestre-sala e porta-bandeira e Alegorias. A premiação ocorrerá no próximo sábado, 15 de junho, na quadra do Império Serrano. * COMPRE AQUI SEU INGRESSO

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Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

O CARNAVALESCO conversou com o presidente da escola André Augusto, o Dedé, durante o sorteio da Superliga para as Séries Prata e Bronze. Ele ficou muito contente com a premiação do Estrela, e o quanto os prêmios representaram para a comunidade: “É a consagração de tudo o que nós levamos para a avenida. De quanto a comunidade suou, de quanto os nossos segmentos deram o sangue para poder mostrar o carnaval que nós mostramos lá dentro da Intendente Magalhães. Para a gente foi muito gratificante e esse reconhecimento dá uma acalentada no nosso peito”.

O presidente também comentou a sensação da escola não ter retornado a Sapucaí, porém que a Renascer vai buscar o campeonato e o retorno à Série Ouro: “O sentimento é de tristeza no primeiro momento, mas isso não tira a nossa garra, não tira a nossa força, e acredito que inclusive reforça ainda mais a paixão e o amor do componente para o carnaval desse ano agora de 2025. Que a gente faça um carnaval mais forte, um carnaval mais grandioso e que a gente consiga o que a gente almeja que é voltar para Sapucaí”.

Por fim, André Augusto comentou que a escola já está se preparando para buscar o retorno e que virá com tudo para o próximo carnaval: “Muito mais do que fez em 2024”.

Veja aqui todos os premiados do Estrela do Carnaval da Série Prata

Desfile do ano: Renascer de Jacarepaguá
Samba: Renascer de Jacarepaguá
Comissão de frente: Cubango
Casal de mestre-sala e porta-bandeira: Renascer de Jacarepaguá
Baianas: Botafogo Samba Clube
Intérprete: Ito Melodia (Tubarão de Mesquita)
Alegorias: Renascer de Jacarepaguá
Fantasias: Botafogo Samba Clube
Harmonia: Tradição
Rainha: Cubango
Carnavalesco: Cubango
Enredo: Renascer de Jacarepaguá
Passistas: Botafogo Samba Clube
Bateria: Renascer de Jacarepaguá
Bem-vindo ao Estrela do Carnaval: Tradição e Botafogo Samba Clube

Andrea de Andrade é a nova rainha de bateria da Porto da Pedra

Andrea de Andrade é a nova rainha de bateria da Porto da Pedra, que vai desfilar na Série Ouro em 2025. A influenciadora e musa da Vila Isabel conta que recebeu o convite da diretoria da agremiação de São Gonçalo.

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Fotos: Web Cine; produção (Victor Marinho )

“Após o carnaval de 2024, recebi o convite da diretoria da Porto da Pedra, e pra mim foi uma grande surpresa, pois sempre tive um carinho muito grande pela escola. No último carnaval, me emocionei com a passagem da bateria, porém nunca imaginei que um dia estaria ocupando esse lugar”, conta.

A empresária não esconde a ansiedade para conhecer todos os integrantes e agradece pela oportunidade de poder brilhar à frente dos ritmistas da agremiação. “Sou grata pela oportunidade e confiança depositadas em mim. Sei da responsabilidade que é ocupar esse cargo, a Porto da Pedra é uma escola gigante, que representa todo um município, com uma comunidade forte. Estou ansiosa para conhecer os meus ritmistas, já tive um primeiro contato com o mestre Pablo e a troca foi incrível, sei que faremos uma grande parceria, e vamos fazer um lindo carnaval”.

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Andrea volta a ocupar o posto no carnaval carioca depois de 13 anos. Ela foi rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel até 2011. E ocupou o mesmo cargo na Império Casa Verde, em São Paulo. Além disso, é musa da Vila Isabel desde 2012. A musa fitness fala sobre a jornada dupla que fará em 2025.

“A expectativa é a melhor possível. Estou animada para um dos maiores desafios da minha vida, que é estar a frente de uma das melhores baterias do carnaval carioca, que é a Ritmo Feroz e continuar a minha trajetória em uma escola tão tradicional como a Vila Isabel. A energia da comunidade e a troca com os segmentos será de extrema importância para aguentar essa maratona, mas vocês podem ter certeza que darei o meu melhor pela escola, a comunidade de São Gonçalo pode contar comigo nessa jornada, e tenho certeza que ao final seremos felizes. Rumo ao grupo especial, meu Tigre!”, finaliza.

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Unidos da Tijuca realiza última etapa de tira-dúvidas com os compositores

A Unidos da Tijuca realizará na terça, quarta e quinta-feira, dias 11,12 e 13 de junho, a última etapa de tira-dúvidas com o carnavalesco Edson Pereira e a equipe de carnaval sobre o enredo do carnaval 2025 e os compositores. Os encontros são direcionados aos poetas como forma de acompanhar o processo de construção das obras concorrentes e garantir nenhuma intercorrência nas obras que serão inscritas no concurso de samba-enredo. Os agendamentos ocorrem através do WhatsApp 21 96432-1322. As parcerias serão atendidas individualmente.

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Artista do cartaz:Thiago Morganti

Visando uma grande disputa de sambas, a Unidos da Tijuca que para o carnaval 2025 ouviu sua comunidade e escolheu o enredo pedido pelos componentes, “Logun-Edé Santo Menino que Velho Respeita”. A disputa será aberta para autores de fora da ala de compositores da Unidos da Tijuca. A agremiação receberá as obras no dia 27 de junho, quinta-feira , e iniciará a disputa no dia 01º de agosto. A grande final acontecerá no dia 21 de setembro.

A amarelo-ouro e azul-pavão do Morro do Borel desfilará dia 03 de março de 2025, segunda-feira de carnaval na Marquês de Sapucaí pelo Grupo Especial prometendo não medir esforços para trazer o título do carnaval 2025.

Encantamento de Caxias! Em jornada mística, Bora e Haddad exploram a riqueza e tradição da Amazônia no enredo da Grande Rio

A Grande Rio apresentou, na noite da última segunda-feira, em seu barracão a sinopse do enredo “Pororocas Parawaras: As águas dos meus encantos nas contas dos Curimbós”. A tricolor de Caxias proporcionou uma noite mágica, explorando a riqueza das encantarias que unem as princesas turcas ajuremadas com as tradições da Amazônia. De autoria dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, em parceria com a pesquisadora convidada Rafa Bqueer, o enredo para o carnaval de 2025 será uma imersão nas águas amazônicas e uma jornada mística que mistura palácios, pajelanças, incensos, igarapés, encantarias e terreiros de Tambor de Mina.

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Fotos: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO

O presidente da Grande Rio, Milton Perácio, abriu a noite agradecendo a todos pela presença e compartilhando suas expectativas para o Carnaval de 2025: “Quero dizer para vocês que neste momento é o pontapé inicial para o que iremos fazer na avenida. É a fase inicial para o sucesso de uma escola de samba que luta todos os anos pelo título. E não será diferente neste ano, onde nós estamos com um enredo maravilhoso”.

Guiados pela música de Dona Onete, os carnavalescos navegam pelos carimbós para contar o enredo místico. Gabriel Haddad explicou o ponto de partida do enredo e o que a escola quer levar para a avenida.

Sinopse do enredo da Grande Rio para o Carnaval 2025

“O nosso ponto de partida foi a gente olhar para as nossas próprias raízes e a gente olhar para as nossas diversas ancestralidades e essas raízes que estão cravadas na Amazônia Paraense, e aí que a gente vai buscar a nossa inspiração. Levar a bandeira da escola para uma Samauma, que é uma árvore sagrada, foi o nosso primeiro passo e aí a gente começa a destrinchar e pedir licença para que a gente continue navegando por esse enredo. Nós vamos tentar conduzir todos vocês a um universo evocando uma atmosfera poética, um universo mágico que antecipa algumas das coisas que a gente vai mostrar na avenida em março de 2025”.

O carnavalesco Leonardo Bora comentou sobre o desafio de trazer um enredo inédito para o Grupo Especial, contando essa história que é passada de geração em geração num enredo que transmita esse poder do encantamento.

“Realmente é uma colcha de muitos retalhos narrativos. A gente está desenvolvendo um enredo que ainda não foi apresentado no Grupo Especial do Rio de Janeiro. Uma história que é narrada de geração em geração, a partir das narrativas de matriz oral dos povos de terreiro, a partir das narrativas griô. E cada terreiro conta uma variação da história. O nosso desafio é transformar isso num enredo carnavalesco, de beleza, de potência poética, de força. Porque é um enredo que mostra que a coisa mais forte que a gente tem é a alegria, é a festa, é o poder do encantamento”.

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Uma novidade para a disputa de samba da Grande Rio em 2025 é que a competição também ocorrerá no Pará. O diretor de carnaval, Thiago Monteiro, explicou como tudo isso vai acontecer.

“A gente não vai só falar do Pará, a gente está vivendo esse Estado, a gente está vivendo essa cultura, nada mais justo do que a gente fazer um grande intercâmbio com o Pará e a Grande Rio. Por isso na disputa de samba, nós termos compositores do Pará se inscrevendo na nossa obra, no mesmo dia de entrega daqui, é o mesmo dia de entrega de lá, nós estamos fazendo uma leitura de sinopse hoje aqui e no sábado que vem haverá um evento semelhante a esse em Belém com os carnavalescos. Para não ficar solto também isso vai ser feito em parceria com a liga das escolas de samba de Belém e aí as escolas de samba associadas no Grupo Especial de Belém, que são nove escolas de samba, cada uma vai indicar um samba para disputar na Grande Rio. No dia 7 de setembro haverá uma final da seletiva paraense em Belém e o corpo de julgador é exclusivamente da Grande Rio, escolheremos dois sambas, esses dois sambas virão para o Rio e esses dois sambas que ganharem o Evandro vai gravar. É igualdade de condições, a gente quer o melhor samba”.

Vice-presidente da Rosas de Ouro reconhece erros dentro da pista no último carnaval, mas diz que trabalho foi entregue com sucesso

A Rosas de Ouro fechou a sexta-feira de desfiles no último carnaval. Entretanto, foi mais um ano que a escola da Brasilândia ficou em uma posição na tabela que não é digna do tamanho do pavilhão que ostenta sete títulos. A Roseira amargou o décimo primeiro lugar, ou seja, subiu apenas uma casa em relação a 2023. O CARNAVALESCO conversou com o vice-presidente Osmar Costa e ele falou sobre erros, acertos, contratações para 2025 e o que pode fazer para melhorar, mas mantém cautela em relação ao futuro, visto que a Liga-SP não tem um corpo de jurados e manual de julgador concreto.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Reconhecendo erros e o trabalho totalmente entregue ao carnavalesco

O vice-presidente avaliou o último carnaval. Segundo ele, houve problemas no gerador da alegoria e na evolução, apesar de ter entregue o trabalho que o carnavalesco Paulo Menezes havia desejado. “Com relação ao balanço do último carnaval, para mim a gente conseguiu realizar 98% do nosso projeto da parte visual. A gente acabou tendo outro problema na entrada, que foi um problema com o gerador e alguns detalhes da evolução. Algumas notas que foram descartadas, eventualmente mexeram com o resultado do carnaval, mesmo tendo jurados declarando que erraram no julgamento. Então isso para a gente é importante, porque também dá um norte com relação a algumas coisas. Nós procuramos fazer uma entrega diferente, saímos um pouco do lugar comum, principalmente nas alegorias. Eu acho que a gente pelo menos entregou o que o carnavalesco Paulo Menezes acabou colocando no papel”, disse.

Fechando o desfile com êxito, mas problemas no manual do julgador

Como citado anteriormente, a Rosas de Ouro não alcançou bons resultados na tabela após a apuração e, na opinião de Osmar, a colocação deveria ter sido melhor, pois nenhuma escola fechou a noite de desfile como a Roseira fez em 2024. “Ninguém quer ficar em décimo primeiro lugar. Todo mundo almeja um espaço no Desfile das Campeãs. Às vezes o resultado é sempre mais positivo. Eu acredito que esse manual, que é um grande problema nosso, às vezes é a interpretação do próprio manual do jogador. Então, a gente está vivendo o dia a dia. Às vezes ficam avaliando de que forma que o jogador vai olhar para a gente, porque parece que são olhares diferentes. Então, para mim, gostar da colocação, não posso. Acho que merecia um pouco mais. Nos últimos anos ninguém fechou uma noite de desfile como a Rosas de Ouro. É uma façanha que não é para qualquer escola. Eu acho que a minha escola é gigante. Muita gente cantando, muita gente chorando, muita gente emocionada com o que estava passando lá na frente. O que a gente sonha é mexer com as pessoas. Fazer as pessoas sentirem a emoção ao assistir nosso espetáculo”, contou.

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Foto: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Contratações para solucionar problemas

Mudanças estão acontecendo. A diretoria contratou o carnavalesco Fábio Ricardo, coreógrafo Arthur Rozas e o projetista Yago Duarte, além de ter renovado com o seu time de harmonia, carro de som e mestre-sala e porta-bandeira. De acordo com o gestor, essas contratações chegam para solucionar os problemas que ocorreram no último desfile. Osmar, em tom de brincadeira, disse que se pudesse faria ainda mais aquisições. “A gente não consegue falar muito de futuro a partir do momento em que você não tem uma cartilha pronta. A gente não tem um manual de jogador, não tem um corpo de jurados, mas teoricamente a gente respira em cima do que tem ideia e do que a Liga das Escolas de Samba pretende com relação ao seu concurso. A gente vai trabalhar em cima disso. Com a possibilidade de trazer mais profissionais para agregar ao nosso time. Isso me deixa um pouco mais tranquilo, principalmente onde a gente teve problema. A gente precisava de um pente fino um pouco melhor na hora de finalizar essas alegorias, principalmente com relação a essa coisa da parte de geradores, que a gente acabou tendo um problema. Então, o que eu puder fazer com relação à contratação, é isso. Se eu pudesse, contrataria mais meia dúzia”, finalizou.

Quitéria Chagas será coroada rainha de bateria do Império Serrano

A modelo e atriz Quitéria Chagas retornará ao posto de rainha de bateria do Reizinho de Madureira para o Carnaval 2025, posição que ocupou pela primeira vez no desfile de 2006 com “O Império do Divino”. Sua coroação acontecerá no próximo sábado, durante a tradicional feijoada do Império Serrano, ocasião em que também serão apresentados os segmentos para o carnaval do próximo ano.

quiteria chagas
Foto: Roberto Filho/Divulgação Império Serrano

Nos últimos anos, Quitéria vinha desfilando como rainha da escola, abrindo os desfiles do Império na Avenida. À frente da bateria, ela saiu pela última vez em 2020. Sua história com a agremiação de Madureira é antiga, com mais de 20 anos de parceria. Foi ela, inclusive, quem encabeçou uma campanha contra a comercialização do cargo à frente dos ritmistas, prática que ganhou força há alguns anos.

Quitéria, que tem uma longa relação com a escola, foi acolhida pelo Império Serrano desde os preparativos para a reedição de “Aquarela Brasileira” em 2004. Ela já foi rainha da escola entre 2021 e o último desfile, e retornou ao posto máximo à frente dos ritmistas da Sinfônica do Samba em março deste ano. Reconhecida como prata da casa, sempre conquistou os corações dos imperianos, sendo vista pelos baluartes como a eterna rainha do Império.

Ao expressar sua felicidade por retornar ao posto, Quitéria declarou emocionada: “Estou transbordando de felicidade e gratidão pela escola. Como mulher do samba, é uma honra indescritível fazer parte dessa agremiação, ocupar esse cargo e resgatar nossa história como mulher preta, como mulher do samba, ao longo de mais de duas décadas dedicadas à escola”.