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Cícero Costa segue como diretor de carnaval da Unidos de Padre Miguel para 2026

A Unidos de Padre Miguel reafirma seu compromisso com a excelência e anuncia a renovação de Cícero Costa como diretor de carnaval para o desfile de 2026. Profundo conhecedor dos bastidores do espetáculo, Cícero seguirá à frente da organização e execução do projeto que a escola levará para a Marquês de Sapucaí, garantindo que cada detalhe contribua para um desfile marcante.

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Com uma trajetória consolidada no carnaval carioca, Cícero Costa é peça fundamental na engrenagem do Boi Vermelho. Sua liderança tem sido essencial para a construção dos últimos carnavais da escola, sempre buscando inovação, grandiosidade e emoção na avenida.

A renovação reforça a confiança da agremiação em seu trabalho e alimenta ainda mais as expectativas para 2026. A Unidos de Padre Miguel segue unida, determinada e pronta para brilhar mais uma vez na Sapucaí!

Unidos da Tijuca terá dupla de diretores de carnaval para o Carnaval 2026

Mudanças na Unidos da Tijuca. A amarelo ouro e azul pavão do Morro do Borel terá para o Carnaval 2026 uma dupla de diretores de carnaval. Fernando Costa e Elisa Fernandes trabalharão juntos rumo ao próximo desfile.

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Foto: Divulgação/Unidos da Tijuca

Descendente de portugueses, Fernando Costa está no samba desde os tempos de criança. Fascinado por instrumentos musicais, sobretudo os de percussão, em 1988, começou a frequentar, na companhia de amigos, os ensaios da Unidos da Tijuca. Em pouco tempo, passou a pertencer ativamente à família tijucana, quando, por três anos seguidos, desfilou na bateria, tocando caixa. Dali em diante, estreitou relações com outros segmentos da escola, até que, em 2000, foi convidado pelo presidente Fernando Horta a fazer parte da harmonia da agremiação. Fernando Costa levou a sério a função que assumiria no carnaval carioca, sendo convidado, em 2006, a comandar a Harmonia do Salgueiro, fato que o fez encarar o trabalho no samba como profissão. De volta à Unidos da Tijuca, comandou o Departamento de Harmonia, no Carnaval campeão de 2010, no vice-campeonato de 2011 e no campeonato de 2012, consagrando-se campeão como diretor de carnaval no Carnaval de 2014. A determinação e a dedicação são as principais marcas do seu trabalho em busca de mais um título para escola de samba da comunidade do Borel.

Elisa Fernandes é jornalista, cantora, compositora e empresária do ramo da música. Com mais de 20 anos de experiência no setor cultural, atuou como diretora de Carnaval da União de Jacarepaguá na Série Prata do carnaval carioca. Na última década, atuou na direção de alegorias da Portela.

“Estou me preparando há 15 anos para esse momento, estudando, me dedicando e adquirindo cada vez mais experiência no carnaval. Há três anos, venho conversando com o presidente Fernando Horta, pois já me sentia pronta para assumir essa responsabilidade. Quero destacar e agradecer a confiança do presidente, que sempre teve esse olhar atento pra novos talentos. Ele mantém essa tradição ao apostar em uma mulher para um setor historicamente comandado por homens. Sei do tamanho desse compromisso e estou pronta para contribuir para que a Unidos da Tijuca siga seu caminho de conquistas. Trabalhar com o Fernando Costa, amigo que já conheço há muitos carnavais, irá fortalecer ainda mais o trabalho”, aponta a nova diretora.

Segundo casal é dispensado

A Unidos da Tijuca para o Carnaval 2026 não contará com o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Jenkins e Thainá Teixeira na defesa do segundo pavilhão tijucano.

Recém chegado, Diego Jenkins estreou na Unidos da Tijuca no Carnaval 2025, já Thaina Teixeira defendia o segundo pavilhão desde 2024, ambos apostas do presidente Fernando Horta aos novos talentos do carnaval.

“A Unidos da Tijuca agradece a dupla pela dedicação ao longo desse tempo e deseja que os profissionais trilhem novos caminhos de vitória no carnaval carioca”.

Coreógrafos da Grande Rio enaltecem parceria com Bora e Haddad e comemoram trabalho no Carnaval 2025

O CARNAVALESCO conversou com os coreógrafos da comissão de frente da Grande Rio, o casal Hélio e Beth Bejani, na dispersão do desfile das campeãs. Os artistas falaram sobre o desenvolvimento do espetáculo e sobre o desempenho da escola, que ficou em segundo lugar em 2025, mas contestou o resultado. O bate-papo se iniciou com um balanço do Carnaval 2025.

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Foto: Dhavid Normando/Divulgação Rio Carnaval

“O barco balançou lindamente na Avenida. Brincadeiras à parte, foi um trabalho muito difícil. A gente veio para inovar na Avenida de novo, desacoplar um carro, coisa que ninguém nunca fez com a comissão de frente. Deu tudo certo, saiu tudo como a gente gostaria”, brincou Hélio, em referência ao tripé que trouxe um barco em movimento pendular e desmontou-se em plena avenida.

“A gente está muito feliz. A gente conquistou o segundo lugar, a gente só pode estar muito feliz. A gente entregou, cada um deu o seu melhor aqui. Isso foi comprovado pelo público, pelos jurados, por todo mundo que aqui assistiu. Entramos hoje aos berros de ‘é campeã’ e a gente só pode dizer que o trabalho foi entregue e a gente está muito feliz pelo resultado do todo”, complementou Beth.

Para além do barco no grandioso tripé, a comissão de frente da Grande Rio encenou, com detalhes, o conto das três princesas turcas que naufragam em um rio paraense e viram entidades encantadas, resumindo o enredo da escola, “Pororocas Parawaras: as Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós”.

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Foto: Dhavid Normando/Divulgação Rio Carnaval

“A gente estudou a fundo todo esse conto das três princesas. Foi talvez a melhor vez que a gente mostrou o enredo na comissão de frente. Ele estava totalmente ali. Mais do que a onça, mais do que a do Tata Londirá. Foi muita pesquisa, um trabalho de pesquisa muito grande para a gente, depois do que a gente fez ano passado com a Onça, trazer uma fórmula diferenciada. A gente começa com o chão, carro, chão de novo e encerra o trabalho todo no chão. A nossa comissão tem 70% de chão. O desacoplamento é manipulado pelos próprios componentes, que é uma situação de comissões do passado, mais tradicionais. A gente quis juntar a tecnologia, a evolução do que se pode fazer dentro da avenida utilizando a física como esse barco balançando em cima, com a tradição. Esse equilíbrio acabou sendo perfeito para a gente”, explicou Hélio.

“A gente assistiu muita dança de carimbó. No Pará, existem muitos concursos de carimbó. O nosso ensaio técnico foi muito mais calcado nesse carimbó e a gente aqui misturou tambor de mina com o carimbó. O restante (o barco naufragando, as três princesas se encantando nas águas da Amazônia, tudo isso) foi muito pensado em relação a toda a proposta de enredo que o Leo (Leonardo Bora) e o Gabi (Gabriel Haddad) escreveram. A gente foi tentando, quebrando a cabeça, desenvolvendo junto com a equipe de ferragem tudo que a gente conseguia. Algumas coisas deram muito certo, outras nem tanto e a gente foi adaptando e o resultado final foi esse”, detalhou Beth.

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Beth e Hélio ingressaram na Grande Rio em 2019. Em 2020, a parceria com os carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, recém-contratados pela Vila Isabel, se consolidou. Desde então, produziram grandes comissões de frente para a escola, com destaque para os desfiles de 2022 (Exú) e 2024 (Onça), em que a dupla recebeu, do CARNAVALESCO, o prêmio Estrela do Carnaval.

“Todos os anos foram muito especiais. A gente chegou na Grande Rio em 2019, com o Renato Lage, e desde 2020 a gente tem essa parceria com o Leo e o Gabriel, que são nossos irmãos. Hoje, a gente é feliz junto, a gente chora junto e é um processo muito prazeroso, o de trabalhar junto com eles. A gente conseguiu formar um time muito unido, com muita sintonia e o resultado é esse que está aqui hoje”, afirmou Beth.

“A gente veio e ofereceu nossa ajuda. O legal foi que eles aceitaram isso. Quando veio o Gabriel e o Leo, a coisa se consolidou. A gente teve uma química muito bacana em questão pessoal, em questão de trabalho. Isso é que deu toda a possibilidade da gente construir esses trabalhos que a gente tem construído”, pontuou Hélio.

Para coroar essa trajetória tão frutífera, a Grande Rio competiu até o final pelo título do Carnaval 2025 e, por uma diferença de um único décimo em relação à vitoriosa Beija-Flor, consagrou-se vice-campeã. Um engano da Liesa na divulgação das notas, no entanto, atribuiu um 10 no lugar de 9,9 para a escola de Caxias no mapa de notas, abrindo margem para o questionamento do resultado. Houve também quem criticasse o julgamento da bateria do mestre Fafá, dito como injusto.

“Doeu muito pelo Fafá, mas a gente ganhou. A gente não perdeu o campeonato, a gente ganhou o segundo lugar. A escola está muito feliz, a escola está desfilando como campeã. No íntimo e no coração de todo mundo, a gente está desfilando com sentimento de campeã. A Beija-Flor fez um grande desfile também, a nossa co-irmã. O Carnaval é isso, competição, tem essas questões”, declarou Beth.

“A bateria não merecia essas notas, mas, eu quero dizer uma coisa muito importante. Nós ganhamos o vice-campeonato. Isso não é perder. A partir do momento em que a gente traz o nosso trabalho e apresenta ele, não temos mais como ter controle nisso. Está na mão dos jurados mesmo e fazer o quê?”, posicionou-se Hélio.

Acesso ao Grupo Especial motiva componentes da Mocidade Unida da Mooca: ‘Coisa de sangue’

Há alguns anos, há uma escola que, cada vez mais, se estrutura e faz belos desfiles em divisões inferiores do carnaval paulistano. Nada mais natural, portanto, que a agregação em questão chegue ao Grupo Especial. Com o vice-campeonato do Grupo de Acesso I em 2025, enfim, a Mocidade Unida da Mooca desfilará no pelotão de elite da folia da cidade de São Paulo. Após anos com apresentações bastante elogiadas, nada mais natural que a vaga na primeira divisão fosse muito comemorada não apenas por segmentos – mas, também, por toda a comunidade. No dia 08 de março, data em que aconteceu o Desfile das Campeãs no Sambódromo do Anhembi, a reportagem do CARNAVALESCO entrevistou alguns componentes da agremiação da Zona Leste paulistana para ouvir quão felizes eles estavam participando de momento tão importante da história da escola.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Tensão na apuração

Dos entrevistados pela reportagem, dois deles acompanharam a apuração na quadra da Mocidade Unida da Mooca – localizada na rua Bresser, embaixo do viaduto que leva o mesmo nome da rua e que é uma ligação importante entre a Zona Leste e o Centro do carnaval paulistano. Um deles, Diego Oliveira, músico, contador de 38 anos e ritmista da Chapa Quente (bateria da MUM) destacou que o sentimento era de muita expectativa: “Assisti a apuração do Grupo de Acesso I na quadra da escola, desfilo aqui há oito anos. bem verdade que estava um pouco tenso na hora da apuração, porque a gente estava perseguindo o acesso há alguns anos, estava batendo na trave nos últimos tempos Mas, graças ao Maior, a gente foi abençoado E, ano que vem, a MUM vai estar no Especial pela primeira vez”, comemorou.

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Diego Oliveira, músico, contador de 38 anos e ritmista da Chapa Quente (bateria da MUM)

Quem também esteve por lá foi Flávio Teixeira, conferencista de 45 anos que é um dos harmonias da agremiação. Ele não negou que o nervosismo era grande no local: “No dia da apuração eu estava na quadra da MUM e, inegavelmente, o clima estava meio tenso. Na verdade, estava tenso, tenso, tenso. Apesar disso, estava tudo maravilhoso, o pessoal estava confiante. E, no final, deu tudo certo”, comentou.

Expectativa também em casa

Uma das baianas da Mocidade Unida da Mooca, Juliana Falcômer, aposentada, de 71 anos, estava na própria residência acompanhando o histórico momento da agremiação: “Eu desfilo na MUM há quatro anos e assisti a apuração pela televisão, coloquei a transmissão a minha televisão, estava ligadana! Eu estava torcendo muito, nossa senhora. Eu estava torcendo, estava desesperada em casa. Quando veio a confirmação do acesso, eu nem acreditei! Tentei fiquei impressionado calma para era isso mesmo, fiquei vendo para ver se era verdade mesmo. Quando confirmado, percebido como é legal a gente ganhar. Que felicidade que foi!

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Uma das baianas da Mocidade Unida da Mooca, Juliana Falcômer, aposentada, de 71 anos

Emprego para 2026

Se o termo “histórico” é muitas vezes utilizado de maneira exagerada e ordinária, a chegada da Mocidade Unida da Mooca ao Grupo Especial é, de fato, especial. Fundada em 1987, a agremiação começou desfilando no Grupo de Seleção de 1988 da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), que reunia agremiações recém-surgidas ou recém-retornadas à atividade – na época, representando a sexta divisão do carnaval da cidade. A agremiação desfilou pela primeira vez no Grupo 2 da UESP (então terceira divisão) já em 1993 e no Grupo de Acesso I em 2019. Paulatinamente crescendo, 38 anos depois da própria fundação, enfim a MUM chega no pelotão de elite.

Componentes que estão na escola há tempos, é claro, são empolgadíssimos com o acesso da instituição. Sucinto, Flávio é um deles: “Saio na MUM há cinco anos e, em 2026, com certeza vou continuar na escola. Já são sete anos batendo na porta e, agora, foi”, destacou.

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Flávio Teixeira, conferencista de 45 anos que é um dos harmonias da agremiação

Há mais de uma década como componente, Diego também se colocou em prol da agremiação: “Apesar de não ter desfilado todos os anos em que estou na MUM, ano que vem vou estar no meu décimo primeiro ano na escola. Estou empolgado e já trabalhando para o próximo ano, assim como toda a escola”, comentou.

Por fim, Juliana aproveitou para destacar o sentimento que tem pela Mocidade Unida da Mooca e por membros conhecidos da instituição: “Com toda a certeza eu vou desfilar no Grupo Especial! o desfile, o nosso diretor e o Rafael Falanga falaram que estávamos aqui e era para mostrar o que aprendemos E foi isso que eu fiz.

Arranco anuncia Laísa como mestra de bateria

O Arranco anunciou Laísa como mestra de bateria da escola para o desfile de 2026. Veja abaixo a publicação da escola.

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Foto: Divulgação/Arranco

🎶“Foram me chamar (ora, veja você)
Eu estou aqui, o que é que há?” 🎶
(Dona Ivone Lara)

💙 Chamamos e ela veio. O Arranco, escola de mulheres, tem o orgulho e o prazer de apresentar Mestra Laísa, mulher que vai comandar a Bateria Sensação para o carnaval de 2026. Laísa, seja bem-vinda!”

União de Maricá renova com mestre Paulinho Steves para o Carnaval 2026

A União de Maricá confirmou a permanência do Mestre Paulinho Steves no comando da Bateria Maricadência para a Série Ouro 2026, neste sábado (29), através de suas redes sociais. Com a renovação, ele, que deixou a direção da bateria para o Carnaval 2022, seguirá para o seu quinto desfile à frente do segmento. Steves comemorou a oportunidade de seguir com o trabalho a longo prazo na agregação:

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“Fico extremamente feliz e honrado por seguir mais um ano comandando a Bateria Maricadência. agradecimento à diretoria da União de Maricá pela confiança no meu trabalho e a todos os ritmistas que fazem dessa bateria um verdadeiro show na Sapucaí. Seguimos firmes e focados para mais um grande desfile”, declarou o mestre.

O trabalho de Paulinho Steves tem se destacado não apenas por boas apresentações, mas especialmente pelo compromisso com a formação de novos ritmistas. Atualmente, cerca de 85% dos membros dos segmentos são moradores de Maricá, um reflexo do trabalho de formação realizado ao longo dos últimos anos.

Além da renovação do mestre de bateria, a União de Maricá manteve uma base da equipe que vem trabalhando desde que a escola chegou na Marquês de Sapucaí. Duas contratações para o Carnaval 2026 foram realizadas até aqui: Mauro Amorim como diretor geral de harmonia e Zé Paulo Sierra, novo intérprete oficial. Ambos estiveram na Mocidade Independente de Padre Miguel no último carnaval, no Grupo Especial, e chegaram para fortalecer o momento da agremiação maricaense.

Mestre Dinho é o novo mestre da Unidos de Bangu para o carnaval 2026

A Unidos de Bangu anunciou que mestre Dinho será o novo comandante da bateria Caldeirão da Zona Oeste para o Carnaval de 2026. Com uma trajetória marcada por dedicação e excelência, Dinho retorna a escola no posto de mestre de bateria.

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Mestre Dinho iniciou sua caminhada no samba em 1978 na Unidos de Padre Miguel, atuando como ritmista de repique, onde foi mestre de bateria por 15 anos. Ao longo de sua carreira, teve passagens por grandes escolas, como Portela, Acadêmicos do Tucuruvi (SP), Mocidade Independente de Padre Miguel e Paraíso do Tuiuti, entre outras. Agora, ele assume a liderança da bateria Caldeirão da Zona Oeste.

“Estou super animado e empolgado em voltar como mestre de bateria na escola onde já fui ritmista, ao lado do Mestre Jego, em anos passados. Muito feliz com essa oportunidade! Podem esperar muito trabalho e dedicação. Quem me conhece sabe que realmente visto a camisa. O presidente Leandro e o diretor de carnaval Marcelo são dois grandes amigos de muitas datas e estradas”, declarou Mestre Dinho.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira do Tatuapé comemora vice-campeonato e avalia desempenho no Carnaval 2025

Após um grande desfile, a Acadêmicos do Tatuapé conquistou o vice-campeonato do carnaval de São Paulo em 2025, empatada com a campeã Rosas de Ouro. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, Diego e Jussara, teve um resultado de destaque, recebendo três notas máximas e um 9,9. Apesar da pequena perda na avaliação, a dupla celebrou o resultado e reafirmou seu compromisso com a escola. Em entrevista ao CARNAVALESCO, a dupla avalia o seu desempenho.

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“Saber que a nossa nota hoje contribuiu para a escola conquistar o vice-campeonato foi maravilhoso. Temos a sensação de dever cumprido, mesmo sem entender algumas questões referentes à última nota, mas faz parte. Vamos estudar para ver o que aconteceu, mas só o fato de estarmos aqui de novo, desfilando nas campeãs e descendo como vice-campeã empatada com a Rosas de Ouro, já é válido. Tudo o que fizemos no Anhembi, todo o trabalho realizado na quadra, foi um trabalho de formiguinha com a comunidade e todos os departamentos. Acredito que isso é o que realmente importa”, destacou Jussara.

Diego também fez um balanço positivo da apresentação e comentou sobre a experiência de entrar na avenida este ano.

“Entramos bastante confiantes. Já tivemos anos em que ficamos um pouco cabreiros com a questão da pista, mas, desta vez, viemos muito seguros. Se dissermos que não sentimos aquele friozinho na barriga, é mentira. No dia em que isso acabar, podemos parar de dançar, porque o carnaval já terá perdido a graça e não estaremos mais no lugar certo. A cada ano, a sensação é diferente”, afirmou.

O casal, conhecido pela dedicação aos ensaios, não é tão presente nas redes sociais, mas garante que o foco sempre esteve na preparação para a avenida.

“Não aparecemos muito na internet porque já estamos ‘tiozinhos’, não sabemos mexer muito com tecnologia. Até tentamos, mas são raras as vezes. E também é uma questão de muito ensaio. Na verdade, focamos mais na nossa preparação. A gente só aparece quando alguém posta algo sobre nós, aí repostamos e seguimos concentrados na nossa trajetória, na nossa evolução e em ajudar a escola”, explicou Diego.

Além do sucesso na avenida, Jussara tem um motivo especial para comemorar: seu filho também segue os passos da mãe e hoje é mestre-sala mirim da Tatuapé. Questionada sobre a possibilidade de formar um casal com ele no futuro, respondeu com bom humor:

“Acredito que, por enquanto, venho só como mãe mesmo. Mas a gente nunca sabe o dia de amanhã… Quem sabe pinta aí um novo casal?”, disse Jussara.

Agora, o casal segue com a sensação de missão cumprida e já começa a pensar no próximo carnaval, mantendo a paixão pela dança e pela escola.

Cria do Rosas, mestre Rafa comenta bossas e exalta Bitão: ‘Foi tudo para ele’

Ser premiado é sempre um sentimento delicioso para qualquer profissional. Imagine, então, o que é, para uma pessoa do carnaval, ser campeão com a escola do coração e pela qual desfila ao longo de toda a vida. Foi isso que aconteceu com Rafael Oliveira, o mestre Rafa, comandante da Bateria com Identidade, do Rosas de Ouro, em 2025. O oitavo título da instituição no Grupo Especial de São Paulo foi o primeiro do ritmista-mor da azul e rosa enquanto mandatário do segmento. Em entrevista ao CARNAVALESCO logo após o Desfile das Campeãs, realizada no dia 08 de março, mestre Rafa falou sobre as características da Bateria com Identidade em 2025, o fato título da Roseira e sobre o falecimento de Renan Oliveira, o Bitão, ex-diretor de bateria, em janeiro.

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Sentimento

Mestre Rafa assumiu o comando da “Bateria com Identidade” em 2014, após a saída de José Jorge Teles Santos, popularmente conhecido como mestre Tornado, dos mais conceituados comandantes de ritmistas do carnaval paulistano. Antes disso, entretanto, ele já era mais do que conhecido pela torcida azul e rosa – já que desfila há tempos na instituição.

Prova disso são as palavras ditas por ele ao ser questionado sobre ser esportivo com a escola do coração: “Eu trabalho primeiro por amor no Na Rosas de Ouro. Depois vem outras coisas profissionais. Primeiro é sempre por amor. Hoje, eu sou uma pessoa do carnaval e um profissional do Rosas de Ouro. Sou prata da casa, nascido e criado lá. Nunca desfilei em outra bateria, sou da casa total. Já ajudei amigos desfilando como convidado, no máximo. Quando você está trabalhando na escola que é sua escola de coração e você ganha algo, não importa qual papel você tenha na instituição, tenho certeza de que é muito mais gratificante. Eu não tenho nem palavras! Eu acho que nem caiu a ficha ainda, para ser sincero”, comemorou.

A alegria e a paixão pela agremiação da Brasilândia, entretanto, não o impediu de assistir com certo ceticismo o desfile do Rosas e a apuração como um todo: “Pessoas me criticaram porque eu falei que eu não esperava (e eu realmente não esperava) porque o carnaval é uma caixinha de surpresas. Já fiz desfiles memoráveis e não alcançamos o objetivo que a gente gostaria de alcançar. Foi meio que sofreu, no quesito do jurado. E, cara… quem que estava esperando? Não tinha ninguém esperando. Me criticaram porque eu disse que não estava esperando mesmo e dane-se, não estava”, disse, exigindo da reportagem uma edição para cortar um palavrão.

Surpresa

Mesmo com três ensaios técnicos no Sambódromo e mais vários na quadra da Roseira, localizada no Jardim das Graças, nas imediações da Freguesia do Ó (cerca de seis quilômetros ao sul da Brasilândia, bairro em que a escola surgiu), era possível surpreender ainda mais. Mestre Rafa revelou que uma das coreografias realizadas pelos ritmistas teve facilidades e treinamento quase que instantâneos: “Fizemos um trabalho para ser campeão, a escola mudou a plástica, a pegada, o samba e a forma de defender o samba, a forma de apresentar a pasta, a bateria, a forma de tocar e fazer bossa, o cantor mudou a maneira de cantar… tudo mudou de um ano para o outro. A gente preparada. Falar que a gente não tinha garra ou gana de ganhar era lógico que a gente tinha. Mas todo mundo quer vir aqui ganhar e ninguém quer vir aqui para ser comédia. A Bateria com Identidade não deixou de trabalhar. Pelo contrário e teve mais, porque a gente fez uma coreografia na Monumental que nós não ensaiamos no ensaio na última semana e dentro da quadra, com quadra fechada e restrita.

Números e impressões

Adepto de diversas movimentações rítmicas, mestre Rafa é conhecido como um dos mais inventivos comandantes de bateria do carnaval paulistano. Em 2025, entretanto, muitos sentiram que os ritmistas azuis e rosas eram mais discretos ao fazer as tão tradicionais paradinhas.

Nada melhor que deixar o próprio mestre explicar o motivo pelo qual muitos acreditaram em uma suposta discrição maior dos segmentos em 2025: “Sobre essa impressão, não vou falar que ela está errada. Nesse ano, novamente, a gente fez bastante bossas. Porém, elas foram mais de condução e menos de quebradas – aquelas coisas malucas que a gente costuma fazer. A gente resolveu ajudar um pouco mais a Harmonia e a ala musical da escola fazendo coisas mais simples: bossa com caixa direta, que é de condução. Mas, querendo ou não, a gente teve quatro bossas, duas convenções e duas coreografias Quem teve mais movimentações acho que ganha o carnaval”, brincou.

Título dedicado

Após o Ensaio Super Turbinado, realizado no dia 10 de janeiro, com participação das coirmãs Vai-Vai e Nenê de Vila Matilde, a comunidade azul e rosa amanheceu de luto. Após a festividade, o mundo do carnaval teve conhecimento do falecimento de Renan Oliveira, popularmente conhecido como Bitão, um dos diretores da Bateria com Identidade. É claro que ele não foi esquecido por mestre Rafa ao falar sobre a taça conquistada.

Ao ser questionado sobre o que gostaria de dizer a Bitão, mestre Rafa fez questão de exaltar o quanto cada ritmista e diretor é valoroso para o segmento: “Mais que um recado, o que eu já falei e que também se estende a ele é o muito obrigado de todos todos a nação azul e rosa, não só do mestre Rafa. É o que eu falo pra os diretores: muito obrigado. A os ritmistas, muito obrigado por tudo, por tudo mesmo, por tudo que ele fez. Ele não foi qualquer um aqui dentro – apesar que, dentro da Bateria com Identidade, ninguém é qualquer um. Ele foi uma peça muito importante até em uma transformação que eu tive, porque foi uma molecada nova que entrou na diretoria e que são pessoas que abrilhantaram o nosso trabalho não só com o que tinham na cabeça, mas sim com a alegria. É uma juventude demais! Não são ‘uns’ caras, são ‘os’ caras. Eles abrilhantaram, alegraram o nosso ambiente. Para ele, é só gratidão. Que Deus tenha recebido ele de braços abertos. Que ele possa descansar muito bem o sono eterno. O Bitão é eterno. O Bitão é para sempre. Esse carnaval foi para ele, a gente tocou para ele. Tudo o que foi feito aqui, desde o dia em que ele partiu até agora, foi em homenagem a ele. Foi tudo para ele”, finalizou.