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Lexa sobre a vitória de Anitta na Tijuca: ‘samba está lindo’

Em entrevista ao CARNAVALESCO, a cantora Lexa, rainha de bateria da Unidos da Tijuca, falou o que representava para ela ter uma amiga do funk assinando um samba-enredo no carnaval do Rio de Janeiro.

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Foto: Allan Duffes/CARNAVALESCO

“Eu fico muito feliz. Vejo que não é porque a gente veio do funk, que fica só rotulada a ele. Ver a Anitta aqui escrevendo para escola do meu coração, uma amiga minha, me deixa muito feliz, emocionada e orgulhosa. O samba está lindo. Eu tenho muito respeito por todos os compositores, por todos os sambas. Ainda agora alguém falou: ‘você está cantando outro samba? Não pode!’ E eu respondi: ‘óbvio que eu amo muito a minha amiga. E eu sou mais para o lado dela. Mas, tenho muito respeito pelos outros sambas também’. É uma delícia vivenciar isso aqui junto com os meus fãs, tem vários fãs meus aqui e fãs dela”, afirmou Lexa.

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História feita! Unidos da Tijuca define samba da parceria de Anitta vencedor para o Carnaval 2025

Vote: Qual parceria é favorita para vencer a disputa de samba na Vila Isabel?

A Unidos de Vila Isabel realizará na sexta-feira a grande final da disputa de sambas-enredo do Carnaval 2025. Ao todo, três parcerias subirão ao palco na quadra da agremiação, localizada no Boulevard 28 de Setembro. Estão na competição o samba 05 (parceria de Raoni Ventapane e Cia), samba 16 (parceria André Diniz e Cia) e samba 20 (parceria de Júlio Alvez e Cia). Última escola a desfilar na segunda-feira de Carnaval, a Vila Isabel levará para a Sapucaí o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”, desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros. Abaixo, você pode ouvir os sambas finalistas, ler a sinopse, ver apresentações na quadra e votar para apontar a parceria favorita. O resultado vamos divulgar na noite de quinta-feira.

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Tarcísio Motta quer que subvenção da Intendente não seja menor que a metade oferecida ao Grupo Especial

O candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo PSOL, Tarcísio Motta, destacou em entrevista ao CARNAVALESCO suas propostas para fortalecer o Carnaval, principal evento cultural da cidade. Autor da lei que garante o carnaval como direito cultural, Motta afirmou que sua gestão transferirá a responsabilidade pela festa da Riotur para a Secretaria Municipal de Cultura, criando uma Subsecretaria Municipal do Carnaval. A ideia é desenvolver uma política permanente de fomento às escolas de samba, blocos de rua e agremiações, com subsídios e editais especiais.

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Foto: Vinicius Loures/Divulgação Câmara dos Deputados

O candidato também prometeu integrar o carnaval à rede de ensino municipal e valorizar as manifestações populares, como as turmas de bate-bolas e os blocos afro. Além disso, Motta defendeu uma modernização dos espaços destinados ao carnaval, como a Cidade do Samba e o Sambódromo, que completou 40 anos em 2024. Ele prometeu reformas que garantam acessibilidade e recuperação do projeto original do Sambódromo, além de melhorias para as escolas de samba dos grupos inferiores e para os blocos de embalo. Sobre os mega-blocos, o candidato se comprometeu a realizar um planejamento urbano especial para garantir a harmonia entre o carnaval de rua e o cotidiano da cidade, com diálogo constante com as agremiações. Confira a entrevista completa com Tarcísio Motta.

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O carnaval é o principal evento da cidade e traz um retorno em impostos que ajuda o Rio o ano todo. Eleito prefeito como você pretende fomentar o maior evento cultural da cidade?

“Carnaval é direito. Sou autor da lei que estabelece o carnaval como direito cultural dos cariocas e define que a prefeitura tem o dever de apoiar e incentivar a festa do Momo. Desde março de 2021, este direito está consagrado na Lei Orgânica do Município, a constituição da nossa cidade. Além de ser um patrimônio carioca incalculável, o carnaval arrecada milhões e movimenta bilhões. Ele não é um problema para as finanças do Rio, é uma solução. E em tempos de intolerância, ódio e preconceito, o carnaval é ainda mais importante, porque representa um Rio mais alegre, democrático e solidário. Vou reconhecer o carnaval como manifestação cultural e transferir da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) para a Secretaria Municipal de Cultura a responsabilidade sobre o carnaval. Vou criar a Subsecretaria Municipal do Carnaval e desenvolver um Plano Municipal de Democratização do Carnaval. O objetivo será efetivar uma política permanente de fomento ao carnaval das escolas de samba, dos blocos de rua, dos blocos de embalo, dos blocos afro, das bandas e dos bate-bolas. Teremos subsídios diretos e editais de fomento especiais, tanto para a rua quanto para a avenida. A gente vai desenvolver uma política depreservação de agremiações tradicionais e incentivo a novas agremiações carnavalescas. As escolas de samba mirins e os blocos voltados para crianças serão tratados com um carinho especial. Além disso, vou implementar um calendário anual de datas comemorativas para promover o trabalho das turmas de bate-bolas ao longo do ano, garantindo o ordenamento urbano necessário para viabilizar tais eventos. E vou criar pontos de cultura e espaços de memória nas quadras das escolas de samba e de blocos como o Bafo da Onça e o Cacique de Ramos, aproveitando o espaço físico dos locais como equipamentos culturais dos bairros. Uma das minhas prioridades será integrar a rede de ensino municipal com as agremiações carnavalescas, associando disciplinas formais como história, língua portuguesae ciências, ao universo de múltiplo saberes do carnaval e integrando a política de cultura com a política educacional do município”.

As obras da Cidade do Samba 2 já começaram. Mas são muitas agremiações em outros grupos que não tem um teto digno para construir seu carnaval. Sua candidatura tem alguma proposta para essas comunidades?

“Vou realizar reformas para modernizar a Cidade do Samba 1, terminar as obras da Cidade do Samba 2 e construir um novo complexo de barracões, oficinas e escritórios, com tecnologia de ponta, para garantir que todas as escolas de samba da cidade tenham um teto digno, do Grupo Especial até a Série Bronze. E vou fazer o mesmo para os blocos de embalo e blocos afro tradicionais da cidade, como o Bafo da Onça e os Filhos de Gandhi”.

O Sambódromo completou 40 anos em 2024. Obras de infraestrutura no local são pedidas há anos. Há previsão de alguma intervenção no equipamento caso você seja o prefeito?

“O Sambódromo é um patrimônio do Rio que foi abandonado pela prefeitura. Vou realizar reformas para modernizar a infraestrutura, promover a acessibilidade de pessoas com deficiência em todos os setores e recuperar o projeto original do Sambódromo, fazendo do espaço onde hoje estão as frisas uma área popular. A gente também vai garantir a manutenção das arquibancadas gratuitas montadas na concentração do desfile. Além disso, vou promover a mudança do local das cabines de rádio e televisão para o setor 6 do Sambódromo, de modo a possibilitar uma visão geral do desfile. E vou construir um corredor de descolamento no Sambódromo, junto aos camarotes para a imprensa, para garantir a circulação segura de jornalistas credenciados durantes os desfiles”.

A subvenção para as escolas de samba será mantida na sua gestão? Há previsão de aumento? Você pensa em usar as quadras das agremiações para atividades e projetos sociais da prefeitura?

“Como eu já disse, teremos subsídios diretos e editais de fomento especiais. Vou ampliar os investimentos da prefeitura no carnaval do Sambódromo e da Intendente Magalhães. Mas, acima de tudo, vou diminuir a disparidade entre os valores de subvenção, de modo que a verba destinada à Série Bronze seja no mínimo a metade do valor que é destinado ao Grupo Especial. E as escolas de samba mirins terão um tratamento especial. Além disso, vou criar pontos de cultura e espaços de memória nas quadras das escolas de samba, aproveitando o espaço físico dos locais como equipamentos culturais dos bairros e integrando eles à política educacional do município”.

Quais as suas ideias para o fomento do carnaval de rua e como equilibrar os mega-blocos durante o carnaval com a vida da cidade?

“Assim como farei com as escolas de samba, vou implementar subsídios diretos e oferecer editais especiais para fomentar o carnaval dos blocos de rua, blocos de embalo, blocos afro, bandas e turmas de bate-bolas. Minha prioridade será incentivar a espontaneidade do carnaval carioca, garantindo a livre manifestação cultural no espaço público, sem restrições burocráticas, e preservar a tradição das agremiações, respeitando sua história e sua relação com seus bairros de origem. Vou acabar com a lógica da autorização de evento e promover uma política baseada na garantia do direito ao carnaval, dialogando sempre com os blocos, bandas e turmas que fazem essa linda festa acontecer. Chega de perseguir artista e camelô que não fecha com a Ambev. No meu governo não existirá esse monopólio da Ambev que o Paes e o Crivella impuseram sobre os trabalhadores do carnaval rua. Dos músicos aos vendedores ambulantes, todos terão seus direitos garantidos. A Guarda Municipal não vai mais agir como capanga da patrocinadora da prefeitura. Os guardas atuarão como síndicos e guias para ajudar a festa a acontecer na paz, com inteligência e sem truculência. No que se refere aos mega-blocos, teremos um planejamento urbano especial. O calendário, os locais e os trajetos serão definidos de forma a garantir a tranquilidade dos cariocas”.

Reta final na Imperatriz: Eugênio Leal ouve compositores finalistas

A Imperatriz Leopoldinense faz na sexta-feira a final de samba-enredo para 2025 com o tema “ÓMI TÚTU AO OLÚFON – Água fresca para o senhor de Ifón”, do carnavalesco Leandro Vieira, que contará a história da saga de Oxalá ao reino de Oyó para visitar Xangô. Ouvimos um compositor de cada parceria defendendo seus sambas. Ouça abaixo.

Vai-Vai realiza festa dos pilotos apresentando conceito diferente de fantasias

Por Gustavo Lima e Fábio Martins

A Fábrica do Samba recebeu um evento de grande porte no último domingo, que teve seu início pela tarde. O Vai-Vai apresentou os seus pilotos juntamente recebendo as chamadas matriarcas do samba, que são Camisa, Nenê, Peruche e a própria Saracura. Já pela noite, comandado pelo carnavalesco Sidnei França, a comunidade vai-vaiense conheceu todo o conjunto de vestimentas que sua escola irá utilizar na avenida em 2025. Para tanto, o início contou com uma encenação teatral de almanaque liderada pelo novo coreógrafo Sérgio Cardoso. Os bailarinos encenaram perfeitamente o significado do enredo e deu para entender com nitidez a figura do homenageado Zé Celso e o jeito que ele abordava suas obras no teatro e também quando atuava, além de sua personalidade.

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Após, começaram os desfiles das fantasias. Os componentes dos modelos entravam e o carnavalesco falava o significado da roupa. Vale destacar que a agremiação optou por não ir pelo luxo, e sim buscou a criatividade, como pinturas nos rostos que são realistas.

Assinado pelo carnavalesco Sidnei França, o enredo do Vai-Vai é intitulado como “O xamã devorado e a deglutição bacante de quem ousou sonhar desordem”. A preto e branco do Bixiga irá encerrar o carnaval do Grupo Especial.

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Diretor geral da agremiação, Luiz Robles

“Na verdade por si só o homenageado pedia que a gente não só apresentasse os pilotos dinamicamente assim. Tínhamos que ter alguma encenação teatral antes e o Sérgio Cardoso, o nosso coreógrafo da comissão de frente foi super feliz com a coreografia que pra quem realmente conseguiu prestar atenção, ela contempla o enredo do começo ao fim e nos atos que ele apresentou. Então foi muito legal pra nós também já poder conhecer um pouquinho da comissão de frente do Vai-Vai, do que ele vai apresentar aí no Carnaval 2025”, disse o diretor geral da agremiação, Luiz Robles.

Emoção de ser carnavalesco do Vai-Vai e um pensamento de fantasias diferentes

Sidney França se emocionou bastante no palco ao ver a encenação da comissão de frente, principalmente quando um bailarino subia em uma grande escada com o pavilhão. O artista se declarou para a agremiação e disse que é uma honra trabalhar na alvinegra da Bela Vista. “Eu tenho um orgulho tão grande de ser carnavalesco do Vai-Vai. É uma escola que eu sempre tive muito respeito, muito carinho. Pensar que passou por dois acessos, um deles eu tive lá para poder fazer parte dessa retomada, e é uma escola que tem um orgulho muito grande que não pode se perder até para o bem do próprio carnaval de São Paulo. E eu não falo isso como carnavalesco, falo como sambista. Eu fiquei muito emocionado, principalmente na cena da comissão de frente, porque me pega em um lugar muito forte que é a necessidade do Vai-Vai exaltar o seu chão, Zé Celso e o Teatro Oficina, que é um patrimônio cultural da Bela Vista. Um solo que o Vai-Vai se ressente muito de não estar mais”, comentou.

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Carnavalesco Sidney França

O carnavalesco afirmou que o compromisso dele é colocar a Saracura de volta ao topo do carnaval paulistano, e também falou sobre a nova rotina que vive como profissional de São Paulo e Rio de Janeiro. “A comissão de frente fez um quadro muito sensível, falando sobre ditadura, sobre liberdade dos corpos, sobre tudo que o Zé Celso acreditava, e ao final eles tiveram a ideia de subir o pavilhão do Vai-Vai, e aquilo me arrebentou. São coisas muito pequenas, se você parar para pensar, subir o pavilhão da escola, mas colocar o Vai-Vai no topo também é minha missão. O carnaval não é fácil e eu estou vivendo um momento muito forte na minha trajetória, onde eu fico metade da semana no Rio e metade da semana em São Paulo. É algo que eu quero, não estou falando disso como uma pressão ou como uma queixa, mas não é fácil. Quando eu vejo o Vai-Vai no caminho certo, brilhando, eu fico muito orgulhoso”, contou.

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De acordo com o artista, a ideia das fantasias é diferente do que é apresentado costumeiramente. Realmente se vê poucas plumas e materiais ‘requintados’. De acordo com Sidnei, realmente é proposital, até para se adequar ao teatro de Zé Celso. “Sobre as fantasias, eu acho que é um conjunto para o desfile. Eu fiquei muito preocupado em apresentar aqui, mas eu também acho que a comunidade queria muito. No hip-hop eu não apresentei piloto por isso, porque era uma linguagem muito diferente e eu tinha receio da opinião pública, mas esse ano eu consenti. Ela não vai prezar por luxo, por uma estética tradicional. A ideia é um carnaval de volumetria muito diferente do que se apresenta, mais próximo do teatro do que do carnaval. Eu confio muito em tudo que o Vai-Vai irá apresentar”, disse.

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Por fim, o carnavalesco revelou que tudo foi pensado no conforto dos componentes, para que eles evoluam sem peso, além de um desfile leve pelo fato da escola encerrar o carnaval. “Eu estou mais uma vez arriscando em um carnaval que vai encerrar os desfiles de São Paulo. Será mais leve em uma escola muito colorida e em uma estética muito diversa de uma ala pra outra, não repetindo cabeças, costeiros, cores, texturas… Que o Vai-Vai consiga dar conta de tudo isso que eu estou preparando e pensando. Estamos trabalhando para o ‘acontecer’ do Vai-Vai na avenida. Os componentes cantando felizes e evoluindo com fantasias não tão pesadas, a bateria tirando onda e estamos conscientes de que a escola pode tomar um caminho que queremos”, concluiu.

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Originalidade do carnavalesco e busca pelo título

O presidente Clarício Gonçalves está de acordo com tudo que Sidnei vem desenvolvendo e promete dar todo apoio a ele. O gestor citou o termo ‘originalidade’ e diz que o Vai-Vai irá com materiais menos requintados, pois de acordo com o mandatário, é o que o tema pede. “Quando se contrata um profissional, não adianta ficar opinando no trabalho dele.. Nessa parte eu deixei ele realmente livre. Fazer a originalidade que ele apresenta no enredo. Eu espero que as pessoas tenham conhecimento, porque costuma ver aquela fantasia cheia de luz, só que nosso enredo não pede muito. Ele pede originalidade. Desejo que as pessoas reconheçam isso. O Sidnei tem um dom que eu fico de boca aberta. O jeito que ele relata o enredo é que ele conta com a fantasia, para as pessoas visualizar cada parte do enredo através disso com originalidade. Eu não vou colocar uma fantasia que fala de uma peça cheia de pedra, de lanterna, enfim… Ele colocou dentro do contexto e isso aí para mim é uma coisa que a partir do momento que eu contratei, eu não vou opinar”, declarou.

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Finalmente após idas e vindas, a maior campeã do carnaval paulistano se manteve no Grupo Especial e agora tem chances reais de brigar por coisas maiores. Clarício discursou no palco dizendo que irá desfilar em busca da décima sexta estrela, e reiterou a fala para o CARNAVALESCO.

“Na vida a gente tem que mudar o argumento. Pelo que nós passamos, carnaval para se manter, isso acabou. Em respeito a todas coirmãs, nada de já ganhou, mas nós vamos tentar errar menos para nós conseguirmos a décima sexta estrela assim. Esse é o nosso objetivo e o nosso foco”, completou.

Quartas de final da Portela em alto nível e seis obras vão para semifinal

A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, acompanhou a etapa de quartas de final da disputa de samba da Portela para o Carnaval 2025. Seis obras foram classificadas para semifinal, que acontece no próximo domingo. As parcerias de Celso Lopes e Valtinho Botafogo foram eliminadas. * OUÇA OS SAMBAS SEMIFINALISTAS – A escola, em 2025, homenageará o cantor e compositor Milton Nascimento com o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”. Confira a análise das apresentações que continuam.

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Parceria de Luiz Carlos Máximo: O primeiro samba da noite de eliminatória da Águia Altaneira, foi assinatura pelos poetas Luiz Carlos Máximo, Manu da Cuíca, Buchecha, Belle Lopes, Ximeninho, Régis e Heitor César. A torcida sempre muito apaixonada, cantou muito durante toda a apresentação. Marquinho Art Samba e Nêgo conduziram com êxito o palco. O samba que possui uma letra inspirada, abriu bem a noite de eliminatória. Alguns versos se destacam pela riqueza na letra “De mil corações coloridos como cacos de azulejo”, “Deixa as ilusões sem trinco” e “Quando o céu enlameou, as lágrimas moldaram o barro”. A melodia do samba fluiu muito bem na maior parte do samba, com um grande destaque para “Voai por nós minha águia”. O refrão principal teve um bom desempenho na quadra “Tá que tá caindo flor/Senhora do Rosário/Vem benzer nosso Griô”. Outra parte de destaque na apresentação que teve um bom rendimento “Diz Maria, diz Maria, que é feita a procissão/ Senão da estranha mania de vida, fé e canção?”. Foi uma boa apresentação da parceria.

Parceria de Vinicius Ferreira: O terceiro samba da noite foi assinado pelos compositores Vinicius Ferreira, Rafael Gigante, Wanderley Monteiro, Jefferson Oliveira, Bira, Hélio Porto & André do Posto7. A torcida marcou grande presença, mais uma vez, na disputa desse ano. Wander Pires teve uma boa condução e contou com um palco muito qualificado para ajuda-lo, que foi formado por Charles Silva, Rafael Tinguinha e Wandinho. Consistência é palavra que define muito o que foi a apresentação. A obra teve um ótimo rendimento nessa noite. A cabeça do samba teve um bom desempenho “Amanheceu!/O sol compõe o meu caminho/Eis a procissão dos seus fiéis/De pastora, menestréis/Arrebol que melodio”. Uma parte de muito destaque na apresentação foi “O sol o altar da manhã/É de Oxalufã nosso celeiro”. O refrão principal foi outra parte de grande desempenho na quadra “Qualquer maneira de amor vale a pena/Você é um poema que a vida escreveu/O amor é por nós, tem timbre, tem voz/E nasceu Milton pelas mãos de Deus. Foi uma apresentação de muita qualidade da parceria.

Parceria de Jorge do Batuke: O quinto samba da noite foi assinado pelos compositores Jorge do Batuke, Neizinho do Cavaco, Feijão, Marcio Carvalho, Araguaci e Claudio Russo. A torcida lotou a quadra e ajudou a impulsionar o samba. Pitty de Menezes e Tem-Tem Jr foram os responsáveis por conduzir o palco, onde mais uma vez começaram com a energia lá em cima. O refrão principal passou bem demais na quadra “No azul da romaria, na canjica da gamela/Sob a luz de Oxalufã…. Portela/E no andor do nosso povo a voz de Deus/ Se alguém tem um lugar ao sol… Sou eu!”. A segunda parte do samba chama atenção pela excelente melodia, onde vai mudando a todo momento. O refrão de meio é parte de maior interação com os presentes na quadra, principalmente no “Lá êh!”. A primeira parte do samba teve como principal destaque a virada melódica “Dobrando a esquina lá vem Madureira”. Foi uma apresentação vibrante e de qualidade da parceria.

Parceria de Toninho Gerais: O sexto samba da noite foi assinado pelos poetas Toninho Geraes, Eli Penteado, Alexandre Fernandes, Víctor do Chapéu, Paulo César Feital, Juca e Juninho Luang. A torcida deu conta do recado, cantando bastante o samba. Bruno Ribas, Emerson Dias e Chitão Martins conduziram muito bem o samba e era perceptível o quanto as vozes estavam equalizadas. A parceria vem colecionando grandes apresentações ao longo da disputa, e hoje foi mais uma noite feliz. A primeira parte do samba teve ótimo rendimento e alguns versos são fundamentais para esse êxito “Voa águia/Desce nos braços do povo/O sol, que alumia o destino, cobre todos nós/Negra obra prima, emissão divina”. A letra é inspiradissíma em toda o samba, mas o início da segunda parte chama muita atenção “Único, sopro sagrado, solfejo da América/Acorde miscigenado e olhos de África/ Do lado esquerdo fo peito, as notas e a métrica/Arrebatando poetas, compondo por mágica”. A chamada é de impacto para o refrão de cabeça “Já dizia Elis, se Deus tivesse voz/ Seria a voz de Milton Nascimento”. Outra parte de muito destaque é o refrão de meio, pois é a combinação perfeita de letra e melodia. Apresentação de bastante consistência, dessa parceria que vem se destacando na disputa.

Parceria de Cecília Cruz: O penúltimo samba da noite foi assinado pelos compositores Cecília Cruz, Cláudio Cruz, Luciano Fogaça, Binho Gomes, Osmar Fernandes e Julio Pagé. A torcida da parceria foi outra que fez uma bonita festa e mostraram que o samba está na ponta da língua. Digão e Pixulé tiveram êxito na condução do samba. Os compositores do samba estavam visivelmente emocionados no palco, e tem mais é que ficar, pois fizeram uma linda obra que sempre vem se apresentando com qualidade. O falso refrão de meio causou uma grande comunicação com a torcida, sendo um grande destaque da apresentação “Roda, gira, gira sol, onde mora outra manhã/Lá detrás do arrebol, raia a luz de Oxalufã/Roda, gira, girassol, onde o canto foi saudar/Nas Gerais, a voz de Deus, Epa Babá!”. O desfecho da obra chama atenção pelo capricho na letra “Milton é renascimento/ É sentimento que dá voz ao coração/Milton é sol no firmamento/É sentimento, a mais pura emoção”. O refrão principal obteve um rendimento muito bom “Em busca de um sonho a Águia voou/E o anjo negro nos abençoou/A nossa mania é ter fé no samba/Bituca, a Portela te ama”. Foi mais uma apresentação de qualidade da parceria.

Parceria de Samir Trindade: O último samba da noite de eliminatória Portelense foi assinado pelos compositores Parceria de Samir Trindade: O último samba da noite de eliminatória Portelense, foi assinado pelos poetas Samir Trindade, Fabrício Sena, Brian Ramos, Paulo Lopita 77, Deiny Leite, Felipe Sena e JP Figueira. A torcida lotou a quadra e cantou o samba do início ao fim. Tinga conduziu com excelência o palco e foi uma grande atração. A apresentação foi arrebatadora e teve uma forte comunicação com o público. O refrão principal teve um rendimento excelente “Iyá chamou Oxalá preto rei pra sambar/ Iyá chamou Oxalá preto rei pra sambar/Anjo negro é o sol que faz a Portela cantar/Anjo negro é o sol na minha Portela”. A primeira do samba funcionou muito bem em todas as passadas. O balanço do refrão de meio também foi destaque “Nessa estrada, é sonho, é poeira/ Passa o trem azul, sigo em paz/ Feito Rio…. só me leva pra Deus filho de Maria/ Tantos mares em um cais”. A segunda parte do samba tem uma entrega muito grande na melodia, com algumas variações, como por exemplo “Noite apaga o arrebol/Num milagre ser farol/E continuar/Quem acredita na vida/ Não deixa de amar”. A parceria fechou com chave de ouro a noite.

Inspirada por ‘Aquarela’, Dragões da Real apresenta fantasias para o Carnaval 2025

A Dragões da Real realizou no sábado uma festa para o lançamento das fantasias que apresentará no carnaval de 2025. O público que compareceu à Caverna do Dragão, a quadra da escola na Vila Anastácio, recebeu um espetáculo comandado pelo carnavalesco Jorge Freitas, que apresentou as vestimentas com as quais a comunidade de “Gente Feliz” levará para a Avenida o enredo “A Vida é um Sonho pintado em Aquarela”. A agremiação será a terceira a desfilar na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, pelo Grupo Especial.

Maestro Jorge Freitas

O mundo do samba conhece há anos o grande comprometimento de Jorge Freitas com cada projeto com o qual se envolve no carnaval. Mas o que é notável no ciclo de 2025 da Dragões da Real é que o carnavalesco está especialmente participativo. Mais que simplesmente apresentar as alas, o artista regeu uma pequena orquestra organizada pela escola para a apresentação e emocionou o público presente.

As fantasias apresentadas representam passagens da música “Aquarela” de Toquinho, e assim como a obra do cantor, tem como objetivo retratar na Avenida o ciclo da vida de maneira lúdica, mesmo estilo que rendeu desfiles marcantes na história da Dragões.

Jorge Freitas conversou com o CARNAVALESCO e falou sobre o que espera transmitir para o público que comparecer ao Anhembi através das fantasias que desenvolveu para Dragões da Real.

jorge dragoes

“Acho que a leitura é muito simples. Tudo aquilo que eu falei que era o enredo é o que aconteceu e vocês puderam ver. Nós vamos contar os versos da música de Toquinho e contar o ciclo da vida, claro que da forma que a gente entende que cada fantasia representa dentro do contexto. O abrigo, o carinho, o muro, os obstáculos, os caminhos que nos são oferecidos porque nós temos livre-arbítrio. E o nosso final vocês podem ver que na música tem passarela, e a nossa passarela é colorida com os personagens do Carnaval, só que eu venho em uma linha inversa. Eu venho do Lilás, que é o ‘Rir ou Chorar’, vou para o ‘Pierrot Azul’, o ‘Arlequim Verde’, a ‘Colombina Amarela e Laranja’ e o ‘Palhaço Vermelho’. Eu venho na cromática totalmente inversa para mostrar que o descolorir é apenas o recomeço. Que pode ter uma chance de tirar essa fantasia e voltar com a mesma fantasia, com a mesma essência, com a consciência, mas fazer de forma diferente. E é claro, muito especial ao meu neto, que lá de cima deve estar muito feliz, que o avô dele está fazendo o máximo e que foi através dele que nós pudemos contar esse enredo tão belo. Eu acho que a Dragões prometeu, está executando e vai fazer um grande carnaval”, declarou o artista.

casal dragoes

O enredo da Dragões da Real para o carnaval de 2025 é mais do que uma referência a um clássico da música brasileira. É uma inspiração de Jorge Freitas em seu neto Jorge Marcos, o “Astronauta Jorginho”, que faleceu em abril desse ano. O carnavalesco falou sobre o que representa para si levar essa história para a Avenida.

“Representa a minha vida, representa tudo. É uma parte da minha vida que partiu, mas deixou um legado muito forte em mim que é transmitir aquele desejo que ele tinha de viver, mas Deus o quis e ele foi seguir o caminho dele como um viajante do tempo. As pessoas perguntam: ‘é um enredo infantil?’ Não, é a gente manter essa eterna criança dentro da gente porque o espírito da criança é puro, é um espírito sem conflito, a gente não vê maldade. A criança é verdadeira, e é esse espírito da criança que a gente não deve deixar morrer nunca em nenhuma parte do ciclo da nossa vida”, disse.

Legado que leva ao amadurecimento

Inspirar as pessoas a colorirem suas trajetórias de vida através da “Aquarela” pode ser vista como uma das missões da Dragões da Real no carnaval de 2025. Essa ideia faz parte da essência que leva a escola a desfilar feliz a cada ano e é o principal objetivo do presidente Renato Remondini, o Tomate, para com sua comunidade de “Gente Feliz”.

presidente dragoes

“A missão da Dragões é sempre a mesma. É fazer com que o seu componente vista a sua fantasia, desfile e saia do Anhembi feliz. Esse é o nosso propósito desde quando ele começa a vir nos ensaios, quando ele participa da escolha do samba, do enredo e assim por diante. Acho que isso a gente até agora vem conseguindo de uma forma muito boa, muito legal. O lançamento do enredo com participação imensa da comunidade lá na Fábrica do Samba. A final de samba-enredo com a quadra lotada de componentes da escola. Hoje a quadra cheia de novo de componentes da escola e todo mundo feliz. O nosso objetivo sempre é esse. A partir do momento que você tem a sua comunidade feliz e engajada, as coisas começam a funcionar mais para você ter um resultado lá na frente. Se você tiver um percurso que está cheio de entraves, a gente sabe que o resultado lá vai ser mais difícil, então o primeiro objetivo é esse, que as pessoas saiam felizes do Anhembi. Eu acho que a gente está no caminho certo. O enredo tem uma sinergia absurda com a escola, tem um apelo emocional absurdo também e a Dragões é carregada disso. Carregada de sentimentos, de emoção, de alegria, por isso que é a comunidade de ‘Gente Feliz’”, declarou o presidente.

Parte de um ciclo que vem desde a conquista do acesso e marcou os primeiros anos na elite da folia paulistana, os enredos lúdicos têm especial importância na trajetória da Dragões da Real. Consolidada como uma potência carnavalesca, a escola volta a abordar uma temática com a qual possui intimidade, agora com uma maturidade maior e certa carga emocional na visão de Tomate.

“Quando a gente relembra da Dragões lá atrás a gente fala dessa questão do imaginário, mas um pouco mais voltada para o infantil. Hoje a Dragões é uma escola madura. Uma escola que, depois da ‘Asa Branca’, teve essa virada de chave e as coisas mudaram muito aqui dentro. E esse enredo, a música ‘Aquarela’ é a quinta música mais tocada no mundo. E se você senta e escuta, lê a letra, você fala: ‘é uma lição de vida’, porque nós não temos tempo a perder. Faça agora o que você tem pra fazer, abrace quem você tem que abraçar, chore enquanto você pode chorar e sorria da mesma forma. É um enredo emocionante. Até eu vi uma entrevista do Toquinho em que ele fala que as pessoas acham que ‘Aquarela’ é uma música infantil, mas que de infantil ‘Aquarela’ não tem nada. O nosso enredo, é claro, tem a força das crianças, e as crianças estão apaixonadas pelo enredo, mas ele tem esse apelo emocional. Acho que é a cara da Dragões, é a cara da emoção. É você conseguir transformar uma coisa triste em felicidade. Você conseguir colocar uma escola fervendo na Avenida com um enredo que tem um samba maravilhoso, que tem um samba que vai nos proporcionar que o Anhembi venha junto de novo igual foi esse ano. Essa é a expectativa, levar muita emoção mesmo para o desfile”, concluiu.

Responsabilidade de sempre se superar

O carnaval de 2024 proporcionou à Dragões da Real seu melhor resultado oficial na história após obter pela primeira vez a pontuação máxima, ficando com o vice-campeonato nos critérios de desempate. A crescente da escola é notável, e o diretor de harmonia Rogério Félix sabe da importância de se superar a cada ano. Rogério aposta que as fantasias apresentadas formarão grande conjunto com as alegorias que Jorge Freitas está desenvolvendo.

rogerio dragoes

“O nosso enredo, além de ele ter essa temática que a música ‘Aquarela’ passa por uma veia infantil, ela também conta o ciclo da vida. Desde a criança, ao jovem, ao adulto e depois quando tudo termina. E repintar não só uma nova oportunidade de vida, mas também repintar um novo trabalho de carnaval. O Jorge Freitas, quem esteve aqui hoje viu o deslumbre, eu diria que se não for o maior carnaval da vida dele, está entre os maiores e vocês vão ver isso na Avenida. Pode me cobrar quando verem as alegorias em conjunto, porque alegoria e fantasia só dão para poder entender de verdade quando está na pista. Tem muita coisa que a gente acabou não mostrando ainda que são alguns detalhezinhos, mas o primor do acabamento, de toda a leitura, de toda a história a ser contada, é um carnaval muito emocionante tanto para ele como para nós e como para a história da escola, e eu não tenho dúvida nenhuma de que a gente vem para, mais uma vez, fazer um grande carnaval. Eu poderia dizer que a gente está em uma crescente, sempre um carnaval melhor que o outro. Ano passado foi um belíssimo trabalho, um belíssimo desfile, e é difícil a nossa responsabilidade de fazer um melhor, mas eu tenho certeza de que vocês vão gostar do que a gente vai passar na Avenida”, disse o diretor.

rainha dragoes

Maturidade é a palavra-chave que diferencia o lúdico apresentado anteriormente pela Dragões da Real em relação ao projeto para o carnaval de 2025, e Rogério reforça a ideia ao falar do que o legado pode representar no atual ciclo da escola.

“Eu digo para quem está acostumado com os enredos mais infantis da Dragões que vão sentir uma maturidade. Vão sentir uma maturidade porque ele passa por um setor infantil, mas ele não é totalmente infantil. Vai ter uma paleta de cores que remete mais a criança de cada um, e talvez a criança de um adulto vai se remeter àquela parte, mas não simplesmente só o enredo infantil de ponta a ponta. Ele tem várias passagens e eu posso garantir que é uma Dragões mais madura. É uma Dragões que volta às suas raízes, parecendo pelo enredo lúdico infantil, mas não é cem porcento isso. Quando verem na Avenida, verão um enredo que conta sim a trajetória de uma vida, porque a vida é um sonho pintado em aquarela e é essa parte que a gente fala, de todo o ciclo da vida. Desde a infância, a juventude, a maturidade e até a passagem, a despedida, ou a ‘grande viagem’. É o renascimento da vida na forma de aquarela. Você vai repintar, você ganha de novo uma vida nova em um quadro em branco para repintar o que você quer da sua vida”, afirmou.

Três parcerias se destacam na noite de eliminatória na Mangueira

A Estação Primeira de Mangueira realizou na noite do último sábado, em sua quadra, a terceira etapa da eliminatória de samba-enredo para o Carnaval 2025. O CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Abaixo, você pode conferir a análise de cada apresentação. Ao todo, seis sambas se apresentaram nesta noite e a parceria de Pedro Terra foi eliminada. As cinco obras restantes se apresentam novamente no próximo dia 28. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

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Parceria de Ronie Oliveira: O primeiro samba da noite foi assinado pelos compositores Ronie Oliveira, Jotapê, Giovani, João Vidal, Miguel Dibo e Cabeça do Ajax. A torcida compareceu e mostrou animação cantando principalmente os refrãos. Evandro Malandro e Matheus Gaúcho conduziram muito bem o palco. O refrão de meio obteve um bom rendimento “Omolokô, preceito pra viver/Filho de Mangueira, preparado no dendê/ Rompi quebranto, me banhei de axé/ Sou o fruto banto que não cai longe do pé”. Na segunda parte da obra, chama atenção a virada melódica “As frestas floresci, em festa traduzi”. A chamada para o refrão de cabeça é de qualidade “Dê um “dengo” mãe…. Teu “moleque” é valentia/ Quem é cria lá faz nascer a poesia/ Dê um dengo mãe, teu “moleque” foi vencer/ Quem é cria lá do morro, faz um novo alvorecer”. O samba teve um rendimento satisfatório.

Parceria de Chacal do Sax: A segunda obra da noite teve a assinatura dos poetas Chacal do Sax, Fábio Martins, Marcelo Martins, Bruno Vitor, Jean do Ouro e Pastor Gaspar. A torcida compareceu em grande estilo e mostrou o samba na ponta da língua. O palco foi excelente, comandados por Pixulé, Emerson Dias e Tem-Tem Jr. O samba teve um rendimento ótimo e não caiu em nenhum momento. O refrão principal foi um “estouro” na quadra “O quilombo de Mangueira, simembá mantém de pé/O quilombo de Mangueira traz a flor do Candomblé/É verde kabila, rosa de matamba/Ancestralidade de Luanda”. O refrão de meio também ajudou a impulsionar a ótima apresentação da parceria “Erva por erva, no meu terreiro/Preta velha ensinou, ciência de Mirongueiro/Kota rifula, põe dendê no duburu/ Capoeira tem! Resistência de Zungu”. Na segunda parte do samba, tem dois momentos fundamentos para ter pegado tanto na quadra “Meu Rio” e “Eu sou mais um Silva do buraco quente”. Foi um dos grandes momentos da noite e levantou.

Parceria de Lequinho: O quarto samba da noite foi assinado pelos compositores Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Júlio Alves, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim. A torcida também compareceu em grande público. O intérprete Tinga com a sua raça habitual, conduziu com excelência o palco. O falso refrão de meio teve um bom rendimento “Bate folha pra benzer pembelê, kaiangô/Guia meu Camutuê, mãe preta me ensinou/Bate folha pra benzer, pembelê, kaiango/Sob a cruz do seu altar inquice incorporou”. O samba é inspirado em letra e isso visível em toda a obra. Uma outra parte de destaque é no final da primeira, obtendo um bom preparo para o falso refrão de meio “Ê Malungo, que bate tambor de Congo/Faz macumba, dança jogo, ginga na copeira/Ê malungo, o samba estancou teu sangue/ De verde e rosa renasce a nação de Zâmbi”. O pré-refrão também obteve um bom rendimento. Foi uma apresentação muito boa da parceria, sendo um dos destaques da noite.

Parceria de Deivid Domênico: O penúltimo samba da noite foi assinado pelos compositores Deivid Domenico, Felipe Filósofo, Oscar Bessa, Dr. Jairo, Danilo Firmino e Gegê Fernandes. A torcida não compareceu em peso, mas isso não foi um problema para o palco que foi animação pura, comandado pelo intérprete Wantuir. A cabeça do samba foi o grande destaque, com uma melodia valente e bonita “Preto, toda vez que olhar no espelho/ Lembre dos seus ancestrais/Zambi acendeu o.sol na linha do mar/Aos olhos de aluvaiá, na encruzilhada do cais”. A beleza poética da primeira parte se mantém nos versos seguintes. O refrão de meio foi a parte mais animada, onde os compositores que estavam presentes no palco interagiram a todo momento com o público. A chamada para o refrão de cabeça foi outra parte que era notável uma animação. Foi uma boa apresentação de um samba que vem crescendo na disputa.

Parceria de Lacyr D’Mangueira: O último samba da noite de eliminatória Mangueirense foi assinado pelos poetas Lacyr D’Mangueira, Rubens Gordinho, Juninho Luang, André Ricardo Gonçalves, Celsinho M Godoi e Bruno Oliveira Lima. A torcida compareceu com bandeiras espalhadas pela quadra. O intérprete da UPM, Bruno Ribas, comandou com êxito o palco. O balanço que a obra possui foi o grande destaque da apresentação que foi de bom nível. Esse balanço que citei, fica perceptível na parte que teve um ótimo rendimento “Kaiango mameto, kaiangô/Kaiango meu tata, kaianga/Angola e, Angola”. Antes dessa parte os versos chamam atenção por serem um pouco difícil para cantar. O refrão principal também teve um rendimento muito bom “Eu sou cria, sou banco, filho desse chão/ Alvorada que desperta uma nação/ A flor da terra, alma brasileira/ Eu sou o samba da Estação Primeira”. A parceria fechou muito bem a noite Mangueirense.

Eliminatória de samba-enredo do Salgueiro tem disputa muito acirrada

Na série “Eliminatórias” dessa vez é mais etapa de seleção do Acadêmicos do Salgueiro. Na madrugada de sábado para domingo, sete parcerias se apresentaram, a maioria com qualidade alta. Três sambas se destacaram, mas a disputa está acirrada na vermelho e branco. A escola irá anunciar os escolhidos para a próxima etapa durante a semana. Confira a análise dos sambas. * OUÇA AQUI OS SAMBAS

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Parceria de Marcelo Adnet: Composto por Marcelo Adnet, Fabiano Paiva, Gustavo Albuquerque, Baby do Cavaco, Andre Capá, Bruno Zullo, Rafael Castilho, Marcelinho Simon, Luizinho do Méier e Raphael Donato, este foi o primeiro samba-enredo a se apresentar na noite salgueirense e foi interpretado por Wander Pires. Os refrões são fortes e bem escritos. Versos que valem destaque são “FECHO O CORPO PRETO NO ALTAR DO SAMBA/ HOJE O TEU CORPO PRETO VAI SER AMULETO PRA VENCER DEMANDA”, assim com a cabeça “‘ADORÊ AS ALMAS’ MOJUBÁ, AXÉ, SALGUEIRO”. A composição foi capaz de animar o público e se tornar um dos destaques da noite.

Parceria de Fred Camacho: O segundo samba a ser apresentado foi a composição de Fred Camacho, Luiz Antônio Simas, Eri Johnson, Diego Nicolau, João Diniz, Guinga do Salgueiro, Fabrício Fontes, Wilton Tatá, Gustavo Clarão e Francisco Aquino. Interpretado por Evandro Malandro, a apresentação levantou o público na quadra. A cabeça do samba “VAMOS NA DANÇA DO CAXAMBU/ QUE VOVÓ ABENÇOOU” eleva a empolgação da música. O refrão do meio “Sai panema!” é muito carismático. Os versos que finalizam a segunda parte são fortes e impulsionam o ânimo: “INIMIGO CAI, EU FICO DE PÉ/ MALANDRO QUE SOU/ QUEM ME CARREGA É A FÉ/ BATO NA ESQUINA PAÓ/ BOTO PADÊ PRA BARÁ/ MEU SANTO É FORTE NINGUÉM VAI ME DERRUBAR”. Foi um dos grandes destaques desta etapa.

Parceria de Xande de Pilares: Pitty de Menezes e Charles Silva defenderam o samba da parceria de Xande de Pilares, Pedrinho da Flor, Betinho de Pilares, Renato Galante, Miguel Dibo, Leonardo Gallo, Jorginho Via 13, Jeferson Oliveira, Jassa e W. Correa. Além de ter uma melodia bonita e dinâmica, é um samba pra frente, empolgante. É um destaque pela qualidade técnica e agitação que gerou na quadra. O refrão principal é de impacto e o do meio é divertido e tem personalidade. Os versos que chamam atenção são “SALVE SEU ZÉ, QUE ALUMIA NOSSO MORRO/ ESTENDE O CHAPÉU A QUEM PEDE SOCORRO/ VERMELHO E BRANCO NO LINHO TRAJADO/ SOU EU MALANDRAGEM DE CORPO FECHADO”.

Parceria de Marcelo Motta: A parceria de Marcelo Motta, Rafa Hecht, Thiago Daniel, Clairton Fonseca, Júlio Alves, Kadu Gomes, Alex Oliveira, Daniel Paixão e Fadico trouxe o Tinga com intérprete e arruda para perfumar a quadra. O grupo apresentou um samba muito bom que empolgou os salgueirenses. A composição possui refrões muito carismáticos. O ponto de Xangô “Xangô, meu pai, amarra o inimigo e dá um nó/ Desata qualquer feitiço na pontinha do cipó” encaixou muito bem com a estrutura do samba. Antes do refrão do meio tem uma sequência de versos muito potente: “JÁ FUI MUZENZA, RISQUEI MEU PONTO NA PEMBA/ ARRIEI OFERENDA, MANDINGA DE MALINQUÊ/ CARREGO BÚZIO, PREGO, MOEDA E OSSO/ CRUZEI MEU AXÉ NO PESCOÇO, MOÇO NEM TENTA QUE SOU DO DENDÊ”. Do mesmo modo, os versos “MEU CATIMBÓ, CATIMBÓ, CATIMBOZEIRO/ MEU CATIMBÓ, CATIMBÓ PRA DEFUMAR” são contagiantes. É um samba com potencial de crescer mais durante as etapas.

Parceria de Ian Ruas: O quinto samba a ser apresentado foi de Ian Ruas, Caio Miranda, Zé Carlos, David Carvalho, Luiz Fernando, Luana Rosa, Fabiano Mattos e Claudia e cantado por Nino do Milênio, Bruno Ribas e Vitor Cunha. O refrão principal “TORRÃO, CORPO FECHADO” é fácil de cantar. Tem como ponto alto os versos “No candomblé, submersa no abô,/ Sentinela de Xangô… sempre nos defenderá!” presente na segunda parte. Mesmo assim, levantou pouco o público.

Parceria de Moisés Santiago: Moisés Santiago, Gilmar L Silva, Aldir Senna, Orlandro Ambrosio, Richard Valença, Wilson Mineiro, Gigi da Estiva, Alexandre Cabeça, Marcelo Fernandes e Leandro Thomaz compuseram o penúltimo samba da noite, cantado na voz de Serginho do Porto. É um samba que aposta em repetições como “Salgueiro é de umbanda”, “LAROIÊ! NOITE DE SEGUNDA-FEIRA”, “SEU PIMENTA E MARABÔ, JÁ FIRMEI LÁ NA PORTEIRA”. O refrão do meio tem carisma e força, principalmente por conta do verso que fecha: “MINHA VIDA FOI SELADO POR MARIAS E EXUS”. Parte do público se empolgou perto do fim da apresentação.

Parceria de Paulo Cesar Feital: O sétimo e último samba a se apresentar foi de autoria de Paulo César Feital, Benjamin Figueiredo, Tiãozinho do Salgueiro, Tomaz Miranda, Rodrigo Gauz, Patrick Soares, Gilberth Castro, Vagner Silva, Bruno Papão e Osvaldo Cruz. Defenderam o samba Dowglas Diniz, Wic Tavares, Chitão Martins e Rodrigo Gauz. O refrão principal é fácil de pegar e o refrão de meio é bem divertido. A queda na segunda parte pode dar uma diminuída na empolgação do público.

Disputa feroz! Quatro sambas se destacam em forte noite de eliminatórias na Viradouro

A Unidos do Viradouro realizou, na noite do último sábado, mais uma etapa de sua disputa de samba-enredo rumo ao carnaval de 2025. A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, esteve presente. Ao todo, seis sambas se apresentaram na quadra de ensaios da Vermelha e Branca, no bairro do Barreto, em Niterói. A escola divulgará na próxima segunda-feira os sambas classificados para a semifinal. * OUÇA AQUI OS SAMBAS

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Parceria de Diego Thekking: A primeira obra a se apresentar na noite foi a dos compositores Diego Thekking, Roberto Doria, Professor Jandré, Gabriel Machado, Ricardo Sato, Juliano Centeno, Karol Kon, Toncá Burity, Ionalda Belchior e Julio Pagé. O samba foi defendido pelo intérprete Nino do Milênio, que conduziu com maestria, dando toda a força necessária na interpretação do samba. A obra, mais uma vez, mostrou grande rendimento na quadra, sendo uma das que mais tem crescido ao longo da disputa. A torcida marcou presença com chapéus de palha com led e árvores de led, além de bandeiras e estandartes. Uma das qualidades do samba é possuir “três refrões”, que faz com que o rendimento não caia ao longo das passadas. O destaque principal é o pré-refrão, “Deixa arder canavial, deixa arder todo engenho/Gira no Maracatu…/Se tem samba na curimba, tem repique no ilú”. A obra não sentiu o peso de abrir a eliminatória e foi um dos destaques da noite.

Parceria de Mocotó: O segundo samba da noite foi o dos poetas Mocotó, PC Portugal, J.Lambreta, Peralta, Alexandre Fernandes, André Quintanilha, Bira do Canto, Rodrigo Deja, Ronilson Fernandes e Carlão do Caranquejo. Defendido por Evandro Malandro e Emerson Dias, o samba tem realizado grandes apresentações na quadra, o que mais uma vez aconteceu. A torcida, em bom número, contou com bandeiras nas cores da Viradouro. O refrão do meio, “Alma de caboclo, reis do catucá/Coroa de palha, pena de quem enfrentá /Folha macerada, trama de cipó/Renascido na Jurema/Porque a força da Jurema/É a raiz do catimbó”, foi muito cantado pela torcida na quadra e contagiou o público presente. Além disso, a preparação para o refrão principal do samba é um achado e funciona muito
bem: “Malunguinho, Malunguinho/Coroado no tambor/Guardião, Exu trunqueiro/Esse aqui é meu terreiro/Viradouro de Xangô”. O samba tem ganhado cada vez mais adeptos na quadra da escola e pavimentado um bom caminho na disputa, sendo um dos destaques da noite.

Parceria de Paulo César Feital: O terceiro samba a se apresentar tem a assinatura de Paulo César Feital, Inácio Rios, Marcio Andre Filho, Vitor Lajas, Vaguinho, Chanel e Igor Federal. A obra foi defendida pelos intérpretes Tinga, Carlos Junior e Igor Vianna, que conduziram muito bem o palco. Após as mudanças realizadas no time de canto, a obra cresceu e melhorou seu desempenho na disputa. Importante destacar, ainda, a presença da intérprete Lissandra, que deu uma musicalidade e um tom muito bonitos ao samba. A torcida contou com balões, papel picado e bandeiras, além da presença de um grupo performático. Os pontos altos foram o refrão principal, “A chave do cativeiro// Virado no exu trunqueiro //Viradouro é catimbó// Viradouro é catimbó// Eu tenho corpo fechado// Fechado tenho meu corpo// Porque nunca ando só”, e o bis anterior, “O rei da mata que mata quem mata o Brasil”. A segunda do samba, que tem uma melodia muito interessante e diferenciada, também funcionou bem e contagiou o público. A obra tem mostrado crescimento nas apresentações e se destacou na noite.

Parceria de Renan Gêmeo: Quarto samba a se apresentar, o da parceria de Renan Gêmeo, Lucas Macedo, Diego Nicolau, Carlinhos Viradouro, Jeferson Oliveira, Silvio Mesquita, Orlando Ambrosio, Marcelo Adnet, Neném Perigo e Rodrigo Gêmeo foi muito bem interpretado pelos intérpretes Gilsinho e Igor Sorriso. A torcida esteve presente em bom número com balões, bandeiras e luzes. O refrão principal foi o grande destaque: “Sobô nirê sobô nirê mafá/Sobô nirê ô sobô nirê/ Malunguinho desceu, a poeira subiu/Viradouro incorporada taca fogo no Brasil!”, sendo bem cantado pela torcida na quadra. Ao longo da apresentação, no entanto, o samba não teve desempenho constante, notando-se certas quedas no rendimento.

Parceria de Dan Passos: O quinto samba da noite foi o dos autores Dan Passos, Zé Glória, Wilson Mineiro, Clay Ridolfi, Hélio Porto, Miguel Dibo, Marcus Lopes e Bira. A obra foi bem conduzida por Charles Silva e Marquinhos Art´Samba, que sustentaram bem o desempenho do samba. A torcida contou com bandeiras. O bis anterior ao refrão, “Exu, seu Malunguinho é Juremá/ Exu trunqueiro, seu Malunguinho é Juremá”, foi o grande destaque e empolgou o público na quadra. Também teve bo m desempenho na quadra o refrão do meio: “Revira caboclo na brecha do matagal/A flecha que acerta o mal sai do arco do curandeiro/Rei dos mistérios e sua coroa de palha/É força e fé que não falha/ Divindade do meu terreiro”. A apresentação foi, de modo geral, muito correta.

Parceria de Deco: A noite foi encerrada de forma brilhante pelo samba da parceria de Deco, Samir Trindade, Fabrício Sena, Victor Rangel, Deniy Leite, Robson Moratelli, Felipe Sena, Jeiffer e Ricardo Castanheira. A obra foi conduzida de modo magistral por Guto. A torcida do samba deu um show na quadra com bandeiras, fumaça e papel picado. A parceria também levou uma grande árvore, muitos torcedores vestindo chapéus de palha, além de um grupo performático. A chamada para o refrão principal, que é muito forte, teve grande destaque na quadra: “Firma ponto pra saudar, sobô nirê mafá/Firma o ponto no terreiro, vou me apresentar”, além do próprio refrão principal: “Eu me chamo Malunguinho//Malunguinho abre a mesa//Eu protejo essa casa, nesse samba de defesa//
Arde a chama da justiça//Esse carnaval é meu//Hoje sou a Viradouro e a Viradouro sou eu”. Outra destaque foi o refrão do meio, que possui uma melodia muito bonita: “É pena, é palha, é coroa/Japecanga é cipó/É pajelança, é folha/Na tirania um nó/Passa rio e riacho/Onde passo é alvoroço/Nas terras de catucá, caboclo”. A obra, que também tem mostrado bom crescimento nas apresentações na quadra, foi um dos destaques da noite.