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Última gravação do samba da Beija-Flor para o Carnaval 2025 na voz de Neguinho entra para história

A Beija-Flor realizou a gravação da sua faixa para o álbum dos sambas-enredo de 2025, no Century Estúdio, no último dia 24 de outubro, em um momento histórico. Os integrantes ainda não sabiam, mas foi a última vez que Neguinho da Beija-Flor colocou sua voz no projeto oficial da Liesa, após anunciar a decisão de não cantar mais pela agremiação de Nilópolis após o desfile do ano que vem. A escola de Nilópolis vai levar o enredo “Laíla de todos os santos, Laíla de todos os sambas”, do carnavalesco João Vitor Araújo, em homenagem a Laíla, um dos grandes nomes da história do carnaval. O CARNAVALESCO esteve presente e conversou com diversos integrantes da escola para saber como foram as gravações.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Neguinho da Beija-Flor falou sobre sua preparação para gravar o samba de 2025 e comentou sobre o hino que a escola vai levar para a Sapucaí no próximo carnaval: “Faço isso há 53 anos. A única coisa que eu procurei evitar, foi o contato com a minha filha, que estava resfriada, nesse caso, é um desastre, mas estou bem. O samba é uma maravilha. Os compositores foram super felizes na melodia, é todo pra cima e fala da história do mestre Laila. Com certeza, se os compositores tivessem que fazer um samba homenageando alguém, não acertariam de novo a mão como acertou nesse samba”.

O intérprete citou a emoção de cantar um samba sobre a vida de Laíla e como o mestre foi fundamental para a sua carreira no mundo do samba e no mundo artístico. “Eu comecei com o Laíla, que abriu as portas para mim no mundo do samba, no mundo do show. Eu comecei a ganhar um dinheirinho, a viver de samba, através do Laila, que me recomendou no Cordão da Bola Preta, depois no Renascença. Ele foi meu primeiro produtor, gravei um compacto, inclusive, a produção do ‘Domingo eu vou ao Maracanã’, aquele samba que hoje é o hino, foi ele que produziu. Falar dele é uma emoção muito grande, gravar um samba cujo tema é a vida e a história dele”.

Mestre Rodney, um dos responsáveis pela bateria “Soberana”, comentou qual andamento colocou para a gravação e como a obra foi trabalhada pela bateria. “Foi o andamento de 143 BPM (batidas por minuto), alegre. A gente aproveitou o que o samba tem de melhor, a melodia é muito rica. Fomos felizes no arranjo. Carnaval é na pista, mas sem desmerecer as coirmãs, a gente vai fazer um grande desfile”.

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Mestre Rodney

Marquinho Marino, diretor de carnaval, acompanhou todo o dia de gravação e também comentou o que esperar da escola e destacou que o samba inteiro mexe com ele pela relação com Laíla: “A principal preocupação nossa foi fFazer com que tudo aquilo que aconteceu na quadra, ao longo de toda a disputa, que conquistou os componentes, aumentado em termos de emoção na gravação. O samba retrata o Laíla como diretor de carnaval e como pessoa, como ser humano. Não tem uma parte sequer nesse samba que não me toque. importante, nesse momento, é a gente agregar todo mundo, trabalhando com muita união, porque lá no dia do desfile isso vai se refletir”.

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Marquinho Marino

O presidente Almir Reis esteve presente na gravação do samba da escola, e destacou o que esperar da faixa oficial da “Deusa da Passarela”: “Esperar que realmente saia uma gravação excelente em vista do grande samba que nós temos. O samba realmente é muito bonito, está sendo comentado e comemorado por todos, e principalmente pela minha comunidade, que está muito feliz com a escolha”.

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Presidente Almir Reis

Almir também comentou o verso que mais mexe com ele, além de falar sobre a emoção que o samba da escola faz ele sentir em relação a Laíla: “‘Chama, João, pra matar a saudade’ essa parte é realmente emocionante, e eu que sou um admirador do Laíla, do trabalho dele, aprendi muita coisa com ele. A emoção que o samba passa é que ele está presente o tempo todo conosco, do nosso lado. Essa é a verdadeira emoção que nós sentimos”.

Betinho Beija-Flor, diretor musical, falou sobre a criação do arranjo do samba para a gravação e qual o estilo foi utilizado. “A gente valorizou muito a melodia do samba. Fomos em cima desse ritmo gostoso. A gente pensou em uma pegada afro. A gente já está acostumado a gravar rápido e foi muito bom, todo mundo esteve aqui com astral muito bom”.

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Betinho Beija-Flor

União de Maricá revela detalhes das fantasias para o Carnaval 2025

A União de Maricá segue trabalhando em sua busca do inédito título da Série Ouro e pelo tão sonhado acesso ao Grupo Especial. Na última quinta-feira, a escola revelou detalhes das fantasias desenvolvidas pelo carnavalesco Leandro Vieira para o enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”. Inspirado na história de Seu Sete da Lira, Exu Sete Encruzilhadas que marcou época no Rio, e sua médium, a mãe de santo Cacilda de Assis, o conjunto de figurinos atrela criatividade, sofisticação e fidelidade ao tema, conforme explica o artista:

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“Em linhas gerais, o conjunto de fantasias que proponho para Maricá tira partido da possibilidade de mesclar refinamento e criatividade com a intenção de encontrar a justa medida para a elaboração de um visual que dê conta de um Exu tão cheio de personalidade, quanto o famoso Sete da Lira”, destacou Leandro Vieira.

O projeto, que celebra a essência festiva e a espiritualidade de Seu Sete da Lira, foi concebido para permitir a liberdade de evolução dos componentes, mantendo a beleza e a clareza visual necessárias para a compreensão do enredo na Sapucaí. A proposta é oferecer um desfile que combine criatividade e excelência. Para isso, o projeto conta com o rigor na costura, nos adereços e na seleção de materiais, que são marcas dos trabalhos de Leandro quando o assunto são figurinos carnavalescos.

“Acho que o público que prestigia as noites de desfile do Acesso merece esse capricho. Quando penso em um projeto para ser apresentado no carnaval, não faço distinção entre o Grupo Especial e a Série Ouro. Apesar das diferenças, em tudo busco entregar a excelência daquilo que é possível ser feito”, afirmou o carnavalesco.

A escola será a sexta a desfilar na sexta-feira de carnaval, dia 28 de fevereiro, na Marquês de Sapucaí, levando para a Avenida a força de seu enredo em busca do título e a ascensão à elite.

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Com canto forte e muita alegria dos componentes, Vila Isabel realiza primeiro ensaio de rua para o Carnaval 2025

Por Gabriel de Souza e Matheus Morais

A Vila Isabel realizou na noite da última quarta-feira seu primeiro ensaio de rua rumo ao Carnaval 2025, no Boulevard 28 de setembro, em um dia que o destaque foi o canto da comunidade. O “Povo do Samba” estava animado, cantando forte sob o comando do intérprete Tinga. A “Swingueira de Noel” foi bem conduzida, e teve a recém-eleita rainha do carnaval 2025, Thuane Werneck, à frente da bateria, cujo mestre, Macaco Branco, por motivos de outros compromissos profissionais não esteve presente. A agremiação vai levar para a Sapucaí o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece”, do carnavalesco Paulo Barros, que marcou presença, “ensaiando” à frente da velha-guarda.

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Vídeos: arrancada e ala a ala no primeiro ensaio de rua da Vila Isabel para o Carnaval 2025

Moisés Carvalho, diretor de carnaval, conversou sobre o início dos ensaios de rua da escola, e sublinhou a felicidade da comunidade em realizar o ensaio de rua, e demarcando o momento como marco rumo ao Carnaval 2025.

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Moisés Carvalho, diretor de carnaval. Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“A Vila Isabel toda estava esperando esse dia. A gente ia começar a semana passada, mas em função dos eventos do G20 pediram o adiamento. A gente na quadra fez o nosso trabalho de casa no canto. E aqui realmente é o nosso pontapé inicial, é aqui que a Vila Isabel está feliz, que a comunidade se solta, que a gente mostra a força da nossa bateria, do carro de som, comissão de frente, evolução”.

O diretor falou sobre a avaliação feita após o último carnaval na busca de manter ou melhorar algo para o próximo ano, comentando também sobre a força do samba e o trabalho de barracão da agremiação.

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“É normal terminar todo o carnaval e fazer uma avaliação, e manter o que foram pontos positivos e corrigir o que foi despontuado. A nota é um referencial para fazer as correções durante a pré-temporada. O foco é fazer isso acontecer na avenida, com a força da nossa comunidade e ter uma evolução brilhante. Falar do carro de som e da nossa bateria do mestre Macaco Branco, é chover no molhado, o entrosamento é perfeito. Mas cada dia que passa é reforçar a nossa evolução e mostrar a força desse samba, que a gente acredita, se não ele não teria sido escolhido. A gente tem a certeza que o samba vai funcionar e acontecer na avenida, isso não é uma dúvida, é uma afirmação. O barracão está totalmente dentro do cronograma, já tem um cronograma de entrega de fantasias agora para final de dezembro. Barracão, alegoria, fantasia, está indo de vento em popa, tudo dentro do planejado, e aprovado pelo presidente”.

Tinga, intérprete da Azul e Branco do bairro de Noel, comandou o ensaio ao longo da Basílica de Nossa Senhora de Lourdes até a quadra da escola, e o cantor espera muita alegria do período de ensaios de rua da Vila, destacando a felicidade da comunidade e a animação para buscar o campeonato.

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Tinga, intérprete da Azul e Branco do bairro de Noel

“É a nossa comunidade muito feliz com a nossa escola, o samba, o enredo. Vai ser muito divertido na Avenida. A gente vai para brincar, ‘assustar’ a Sapucaí. E a Vila Isabel vai trazer esse título tão sonhado para nossa comunidade. A gente sempre procura fazer o melhor para nossa escola, criamos uma introdução voltada sempre para a assombração, que é o nosso enredo. A gente foi muito feliz e vai dar certo. O samba é maravilhoso, samba leve, carnaval é isso, tem que ir para a avenida alegre, feliz, o nosso enredo maravilhoso vai ser muito divertido”.

Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcinho e Cris Caldas conduziram o pavilhão da Vila pelas ruas de Vila Isabel. O casal comentou sobre a expectativa para os ensaios de rua da escola e o que buscam manter ou mudar em vista do próximo carnaval.

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Foto: Gabriel de Souza/CARNAVALESCO

“Nós viemos para sentir a energia da escola com todos os componentes cantando, pois só tivemos um ensaio na quadra, é importante ter o feedback. Estamos super empolgados e felizes, porque esse samba-enredo dá muita margem para a gente construir a nossa dança. Nós já temos duas coreografias na mente, além de ter uma surpresa para o minidesfile. Nós estamos terminando de construir o bailado, mas com muitas possibilidades. É o tradicional com o nosso jeitinho sem surpresas”, disse Marcinho.

“Nós precisamos manter a parceria e a cumplicidade, porque nós temos esse elo o ano inteiro. Esperamos para 2025 um carnaval alegre, gostoso, sem surpresas, com uma dança tradicional”, completou a porta-bandeira.

Com coral forte e coreográfico, Terceiro Milênio dá recado em gravação audiovisual

Com um tema forte e cheio de importâncias, a Estrela do Terceiro Milênio vai para a segunda vez ao Grupo Especial e na primeira apresentação dá primeiro recado de como conduzirá o enredo “Muito além do Arco-Íris – Tire o Preconceito do caminho que nós vamos passar com o Amor”. Na parte do coral, além do canto forte, a comunidade encenou bastante, a começar pela bandeira LGBTQIAPN+ sendo ostentada como um bandeirão dentro de uma arquibancada. Estrelas também foram utilizadas pela agremiação na parte do coral. O diretor de carnaval da escola do Grajaú, extremo sul de São Paulo, Carlos Pires, elogiou bastante o projeto desenvolvido pela Liga-SP.

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Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO

“Um ótimo projeto da Liga, uma produção muito legal, nosso povo, trabalhamos bastante durante esses dias, esse mês aqui para chegar aí bem, fazer uma boa gravação, a gente sabe a importância da gravação que vai para o mundo inteiro. Estamos saindo bem contente, a comunidade gostou bastante, a bateria foi muito bem. Acho que essa união nossa faz a diferença na que a gente vai executar qualquer projeto.A gente fez o nosso melhor com certeza. Vocês vão ter uma surpresa com a nossa faixa”.

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Carlos Pires, diretor de carnaval

O mestre de bateria Vitor Velloso comemorou a gravação no formato atual: “É minha terceira oportunidade de estar gravando um audiovisual da Liga-SP e é maravilhoso, muito melhor do que você gravar um CD de estúdio. Eu acho que a importância é mostrar a força da comunidade, mostrar a característica de cada escola e ficar eternizado. Isso daí é o mais importante. Acredito que a Liga com certeza está de parabéns e que os próximos álbuns sejam dessa maneira de audiovisual”

Seguindo a mesma linha da dupla, o diretor de harmonia, Japa revelou a importância da gravação audiovisual da Liga-SP, principalmente pelo seu quesito estar presente, que são os componentes do coral.

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“É um momento muito especial para a gente estar fazendo essa gravação. É um momento de entender um pouco o samba aí pela bateria, pela nossa ala musical, pela voz da nossa comunidade e a gente acertar aí um ponto ou outro que a gente talvez entenda que tenha um pouco de dificuldade. A gente gravou com a nossa bateria, com as nossas baianas, nossos casais, comunidade, ala musical, bateria. Estamos fazendo uma ótima gravação, tenho certeza que todos vocês vão gostar muito do que a gente vai apresentar aí”.

E complementou falando sobre as presenças no coral durante a gravação: “Dentro do nosso coral, nós temos vários departamentos. Temos harmonias, temos chefe de ala, temos componentes que fazem parte das nossas alas, nossas baianas, passistas. A gente procurou colocar um pouco de cada departamento aí pra gente poder fazer um uma bela apresentação”.

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Assim como contou o diretor de carnaval sobre os componentes presentes na gravação audiovisual: “Aqui veio toda a parte técnica da escola. Todas as alas, um pouco de cada ala, os departamentos técnicos, a gente fez uma um trabalho de mais ou menos 40 dias lá na quadra ensaiando junto com a bateria, junto com o carro de som, então juntamos um pedaço de cada departamento da escola e deu esse resultado final que foi ótimo, foi bastante trabalho, mas é prazeroso quando todo mundo sai alegre sabemos que o resultado foi ótimo”.

Em relação ao samba, Carlão elogiou bastante a obra desenvolvida pela agremiação, que tem um tema muito importante de lutar contra o preconceito LGBTQIAPN+, e tem momentos fortes no samba construído.

“Pensamos em um samba equilibrado que a escola consiga cantar ele totalmente. Tem um refrão muito forte, um refrão de meio também muito forte. É samba gostoso de cantar e não cansa. A comunidade está adorando. Estamos bem felizes com a escolha do samba e também com enredo que é espetacular. Estamos aprendendo bastante, nos unindo muito. Estamos escutando muito o nosso carnavalesco para entender o que precisamos executar, vai ser um grande desfile, espere da gente um grande desfile, muito competitivo e aguerrido com respeito à todas as escolas. Sabemos que é duro, tem mais 13 escolas disputando. Estamos bem felizes com o trabalho, estamos executando com calma e com tranquilidade. Dando passo a passo e a comunidade está entendendo o projeto”.

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Na preparação da Terceiro Milênio, o mestre de bateria contou como preparou as bossas e como foram os ensaios da agremiação: “Nós fizemos três ensaios, questão de bossa, quando saiu enredo começamos a pensar pouquinho o que cabe, então tem algumas partes aí que fala de axé, pagodão baiano ou o samba de caboclo, na verdade, colocamos um dance que cabe muito dentro do enredo, então assim, procuramos explorar bastante questão de letra e questão de melodia, o que o samba vir pedindo”.

Os interpretes Grazzi Brasil e Darlan Alves também conversaram com o CARNAVALESCO e comemoraram o sucesso da gravação. Por parte da Grazzi, relatou: “Emocionante, fico feliz demais, pois essa comunidade tem uma garra, uma vontade, coreografia, cantando tudo, é uma honra estar aqui, foi lindo”.

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Enquanto o experiente Darlan Alves ressaltou a comunidade do Grajaú: “Marcante para a nossa comunidade, participar dessa gravação foi incrível, ver a alegria da nossa comunidade, o sorriso, voltando ao Grupo Especial, e tenho certeza que vai ficar muitos e muitos anos, décadas, e fico feliz com o resultado, parabéns para a nossa comunidade, diretoria, presidente Silvão Leite, valeu Grajaú”.

Em 2025, a Terceiro Milênio vai desfilar no sábado de carnaval, dia primeiro de março, sendo a penúltima escola a entrar na pista pelo Grupo Especial, ou seja, a penúltima da segunda noite de desfiles.

‘Bateria com identidade’ mostra força na gravação do Rosas de Ouro para o álbum da Liga-SP para o Carnaval 2025

No dia 07 de outubro, o Rosas de Ouro, sete vezes campeão do carnaval paulistano, gravou a faixa da agremiação para o álbum dos sambas-enredo do Carnaval 2025. Defendendo o enredo “Rosas de Ouro Em Uma Grande Jogada”, a obra, composta por Aquiles da Vila, Fabiano Sorriso, Salgado Luz, Leandro Flecha, Fábio Gonçalves, Fabian Juarez, Marcos Vinicius, Daniel, Wagner Forte e Biel será a sexta a ser executada na sexta-feira de carnaval (28 de fevereiro) pelo intérprete Carlos Jr. No estúdio, ficou evidente a força da “Bateria Com Identidade”, comandada por mestre Rafa. O CARNAVALESCO esteve presente na gravação e conversou com personagens importantes da Roseira sobre o momento tão aguardado.

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Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Em diversos momentos da faixa, foi percebido o um alto volume de diversos segmentos da agremiação. Além da já citada bateria, o coral da escola também cumpria muito bem o papel – sobretudo na passagem com todos à vista. Vale destacar que os presentes carregavam pompons azuis e rosas, cores da instituição – e que, por sinal, também foram exibidos por Ana Beatriz Godói, rainha dos ritmistas.

Tal característica da Roseira foi destacado por alguns personagens do Rosas. Dante Baptista, um dos diretor de Harmonia, juntamente com Fernando Rosa e Bruno Amaral, foi um deles: “Eu acho que, o que temos de especial e único, é a força que essa comunidade tem na hora de cantar. Pelo tempo que eu tenho de escola e nas minhas duas passagens, é uma escola que a gente vê muita força de canto, muita alegria. Eu acho que a gente consegue trazer um nível de entretenimento alto. Os últimos desfiles que todo mundo vê, independentemente até dos nossos últimos resultados, eles sempre são desfiles que as pessoas se empolgam em assistir. A gente quer, de novo, passar essa energia. A gente vai ter algumas ações, desenhos de mão pra que as pessoas vejam e tudo mais – não vou abrir muito, que é para todo mundo esperar gravação e para a gente não dar spoiler, mas a gente vai ter alguns adereços de mão pra brincar. A gente se organizou bastante para essa gravação. A força do nosso canto é a alegria que cada componente tem de ser Rosas de Ouro. A gente está muito empolgado com esse desfile, a gente está muito empolgado com todas as possibilidades que esse desfile pode trazer. É um refrão que já diz: o jogo vai virar. A gente está realmente empolgado e querendo muito que esse jogo vire – e que a gente seja parte dessa virada de jogo para o Rosas de Ouro”, comentou.

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Dante Baptista, um dos diretor de Harmonia

Mais sucinto, Evandro Souza concordou: “A gravação tem os seus próprios padrões; mas, pensando no Rosas, o que vai ter de mais especial é o canto da nossa comunidade. É uma coisa que a gente vem trabalhando há um bom tempo, é um ponto forte da escola. A gente vai berrar o samba lá”, revelou.

Aproveitando para falar do trabalho em relação à obra, Carlos Junior, o Carlão, aproveitou para relembrar um episódio do carnaval de 2024 e, também, para elogiar a obra: “Eu, particularmente, acho que é um baita samba. Tenho, na minha consciência, que preciso trabalhar muito mais com esse samba porque quem gravou o samba na eliminatória foi o Bruno Ribas, no tom dele. No ano passado, o Rosas perdeu um décimo em samba-enredo, segundo o jurado, porque eu cantava alto pela canção, me preocupou o samba ser alto: não é se o samba é bom ou ruim, é se o samba cabe para ser cantado por todos. Não esperávamos por isso. Gosto, cada um tem o seu, mas nós vamos trabalhar triplicado. Vou fazer o meu trabalho: vou me afogar no samba, ouvir o povo, se tiver que mexer no tom eu vou mexer”, prometeu.

Elogiados celebram a ‘Bateria com Identidade’

Os responsáveis pela bem quista obra fizeram questão de realçar o quanto os ritmistas são importantes para o resultado final. Aquiles da Vila, um dos compositores da obra, foi um deles: “Quando a gente fala de Rosas de Ouro, temos uma identidade com a escola há muitos anos – e acho que uma das marcas da escola é a identidade da bateria. A bateria bem pra frente, cheia de recursos… a gente sempre pensa nisso na hora de fazer um samba. Muitas pessoas imaginam mais uma reflexão sobre o jogo, mas é algo que vai muito além, vai nas relações humanas. É um samba que tem bastante energia para o horário que vai desfilar a escola, é um samba com bastante força e vai levar a comunidade que já canta demais para mais um grande desfile”, comentou.

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Compositores do samba

Ricardo Rigolon, o Chanel, arranjador da canção, aproveitou para destacar que também é integrante da comunidade: “Eu também destilo no Rosas há alguns anos. Acho que o diferencial é que, aqui, a gente tem um pouco mais de liberdade para solar junto com a parte rítmica. Dobrando caixa, dobrando tamborim, dobrando surdo, essas coisas. Dá bem mais trabalho, mas acho que fica uma faixa diferente. Pelo menos em relação as que eu estou colaborando, acaba ficando uma faixa diferente das demais por causa dessa relação, dessa conversa entre cordas e a percussão, essa distribuição toda especial. Não é que as outras não tem, mas é uma característica do Rosas umas bossas mais extensas, mais longas. É algo mais difícil. Você acaba tendo que pensar diferente ou toca: ou faz junto ou tira a mão. Nas demais a gente ataca junto, faz junto. Essa é a ideia”, frisou.

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Ricardo Rigolon, o Chanel, arranjador do samba de 2025

Elogiado traz lembranças

Comandante da “Bateria com identidade”, mestre Rafael Oliveira, o Rafa, aproveitou para destacar que há uma grande mudança nos comandados para 2025: “Nós, da ‘Bateria Com Identidade’, tivemos uma proposta diferente nesse ano. Colocamos a bola no chão, revimos algumas coisas e estamos trabalhando mais tranquilo referente às bossas: elas estão com menos compasso e menos difíceis, mais fácil para as pessoas assimilarem. Para a gente está sendo um desafio porque estávamos desde 2015 fazendo muita bossa complexa, mas chegou a hora de colocarmos a bola no chão e pensar mais no componente que cante e evolui, no cantor e na ala musical. Deixamos um campo bem livre e um solo bem tranquilo para o Carlão cantar. Tem bastante bossa, mas é tudo muito tranquilo, dentro da melodia. Não tem nada muito quebrado, não tem um pelinho ou centavo quebrado. Já temos três bossas, queremos mais uma ou duas para, quando começarmos a largar, abrilhantar e dar aquele espetáculo que gostamos de fazer, para tirar uma onda. O samba foi feito para o Carlão, pensado para a bateria tocar. Estamos trabalhando”, afirmou, depois de dizer que o andamento da bateria estará entre 144 e 146 BPM (batidas por minuto).

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Mestre Rafa

Novamente, trazendo recordações de outros carnavais, Rafa escancara o processo de autocrítica pelo qual toda a agremiação passa: “É um trabalho desafiador desde 2019. A escola não tem conquistado uma posição satisfatória, uma que almejamos. Já começa por aí: temos que trabalhar isso, correr atrás de uma colocação melhor. Esse é o primeiro desafio. O trabalho está sendo diferente esse ano porque está todo mundo junto e envolvido, em todos os setores, para alcançarmos um melhor resultado. Trocamos carnavalesco, diretrizes… o modo de trabalhar está sendo mudado. Estamos empenhados em sair da zona de rebaixamento já tem algum tempo, isso não é legal para a história da nossa escola. Isso também não condiz com alguns resultados que a gente teve. Não concordamos, mas continuamos trabalhando e não somos uma escola que fica culpando jurado A, B ou C. Se eles anotam, tentamos melhor nesse sentido. Estamos trabalhando e nosso intuito maior é tirar a escola dessa zona de rebaixamento. A voz do povo é a voz de Deus e muitas pessoas falam que não esperam as colocações do Rosas de Ouro. Não sei o que está acontecendo, os jurados veem assim… enfim. Não concordamos com muitas coisas, trabalhamos em cima das justificativas. A cara da escola já está sendo mudada, com uma plástica muito bacana de fantasias cheias de luxo e que há anos não tínhamos, alegorias muito legais. Vamos continuar trabalhando e lutar para obterum bom resultado. Não falo de campeonato. Pés no chão, para que a gente volte a estar lá em cima, no topo, brigando com as grandonas”, vislumbrou.

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Mais referências, mais autocrítica

Quem também fez uma viagem ao passado para falar do carnaval 2025 do Rosas foi Aquiles da Vila, histórico compositor da instituição: “Eu venci sete vezes no Rosas de Ouro, é a escola que eu concorri sete vezes e venci sete vezes. Começou em 2009, na ‘era Jorge Freitas’, vamos chamar assim. Fomos campeões lá em 2010 com o cacau, o último título da escola. E, depois pegamos os carnavais do André Machado – em 2017, 2018 e 2020. E, agora, esse, com a nova proposta da escola. As pessoas sempre ligam o nosso nome com a escola, mas a gente tem esses intervalos, esses hiatos grandes. Sempre a volta para a escola, o último samba que a gente fez, foi lá em 2020. Estamos falando em cinco carnavais. É sempre uma volta, é sempre um retorno. É uma volta triunfal. A gente conseguiu atender a expectativa da nossa comunidade, que cobra mais da gente pelo histórico. É uma volta espetacular e vamos junto até a última linha amarela”, prometeu.

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Já Carlos Juniors enveredou pela linha da autocrítica: “Em uma gravação, a técnica é mais importante. Mas isso não quer dizer que eu tenha essa técnica, que eu consiga controlar o meu emocional ao ponto de deixar a gravação perfeita tecnicamente. Você nunca sabe se você, cantando tecnicamente, vai agradar a todos – ou vice-versa”, refletiu.

Preferências

Alguns entrevistados foram instigados a falar sobre o que mais gostam na canção. Carlão destacou um dos momentos de maior explosão na faixa: “Principalmente na parte de letra, o samba tem muitos momentos motivacionais. O refrão, por exemplo, fala que ‘o medo de perder não pode superar a gana de vencer’… isso é muito motivador”, comentou.

Já para Chanel, a bateria brilha na gravação: “O mais especial da faixa é a construção dos arranjos da batucada, que sempre vem com essa proposta e que já é a identidade da escola. Pode esperar que a batucada sempre vai vir danada bem cheia de bossas. A rapaziada vai gostar”, afirmou.

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Destacando a participação de muitos na comunidade, Dante falou da empatia que o Rosas trará ao torcedor: “A gente procurou trazer o máximo permitido pela Liga-SP. Com a rotação entre coral e ritmistas, a gente está realmente no limite aqui. O nosso critério foi ser o mais democrático possível. A gente procurou trazer representação de todas as alas, todos os segmentos da escola. Cada ala tem um representante, cada segmento da escola tem um representante. A gente quis que toda a nossa escola estivesse representado nessa gravação. Quem for assistir vai encontrar o chefe da ala um, da ala dois, da ala três, da ala quatro… vai encontrar o diretor de Harmonia, o diretor de Alegoria, o diretor de Carnaval, o pessoal do projeto social – que é uma marca muito forte nossa. A gente procurou, realmente, ter essa representatividade da escola como um todo dentro desse coral, dentro da nossa gravação para que cada componente da Rosas de Ouro se veja e se sinta representado na faixa”, buscou.

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Evandro Souza

Evandro falou como gestor: “A gente vem dentro do que a Liga-SP pediu em relação ao coral e tudo mais. A gente está trazendo as pessoas que estão trabalhando com a gente desde o lançamento do enredo. Optamos pelas lideranças da escola para a gente não, de repente, favorecer algum componente ou outro, para ficar uma coisa igual para todo mundo. Todo mundo tem a oportunidade de vir aqui e contribuir com a escola”, ponderou.

Por fim, Carlão elogiou ao modelo proposto pela Liga-SP: “Desde os primórdios da música, tem que ter o ensaio: é necessário ensaiar para fazer uma gravação – que, nesse caso, seria ao vivo. No estúdio, você monta o time com profissionais habilidosos e vai fazendo as coberturas, com as guias e o maestro direcionando tudo. Em uma escola de samba, é tudo muito diferente. Esse formato não é uma novidade, e os intérpretes têm que se virar em relação às bossas, para que elas encaixem certinho nas métricas. Um projeto audiovisual não é um CD ao vivo: é um conceito moderno, com cantor aparecendo, roupagem, entrosamento de canto e ritmo, alinhamento visual com o áudio. A diferença é essa”, finalizou.

Unidos de Bangu exalta Aldeia Maracanã na gravação do samba-enredo no álbum da Liga-RJ para o Carnaval 2025

A Unidos de Bangu gravou oficialmente o samba-enredo para o álbum da Liga-RJ, no estúdio, em Marechal Hermes. Com o enredo “Maraka’Anandê – Resistência ancestral”, desenvolvido pelos artistas Raphael Torres e Alexandre Rangel, sobre a história e a resistência da Universidade Indígena Aldeia Maracanã, a equipe de reportagem do CARNAVALESCO esteve presente na gravação.

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Igor Vianna encabeça o carro de som da escola pelo segundo ano consecutivo. Ele revelou qual é o sentimento de gravar o samba-enredo, devido a sua história com a vermelho e branco.

“Cada ano são novas emoções e grandes expectativos. É uma felicidade imensa estar representando o pavilhão mais antigo da Zona Oeste. A Unidos de Bangu possui um lugar cativo no meu coração, pois ajudei a compor o samba de quando a escola voltou a desfilar em 2013. E depois realizei uma breve passada para voltar em 2020, mas fui passear e voltei, de novo, em 2024 para me manter no próximo ano”.

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Intérprete Igor Vianna. Fotos: Gabriel de Souza/CARNAVALSCO

O enredo exalta a cultura e a luta da Aldeia Maracanã em um cenário urbano. Desse modo, Leandro Augusto, presidente da Unidos de Bangu, compareceu ao estúdio e falou sobre a importância de levar essa narrativa para a Avenida.

“É um enredo que precisava ser feito. É a primeira aldeia urbana do Rio de Janeiro e sofre uma covardia com o poder público. A Bangu está brigando pelo povo indígena e pela cultura do nosso país. Eu estou apaixonado pelo samba-enredo”.

Reforço da luta pelo território

O mestre de bateria, Laion, comanda a “Caldeirão da Zona Oeste” pela terceira vez consecutiva. No carnaval passado, ele gabaritou o quesito, para manter a continuidade no trabalho, Laion comentou como foi a gravação.

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Mestre Laion

“É uma sensação imemorável e de muita felicidade. É uma temática que já trabalhei, ou seja, o tema indígena. A Bangu, neste carnaval, vem em defesa dos povos originários em sentirem ameaçados, principalmente, com a questão da perda do lar. O nosso samba vem reforçando isso. Eu me sinto muito orgulhoso, pois acredito que a comunidade irá gostar”.

O samba-enredo é composto por Junior Fionda, Romeu d’Malandro, Jonas Marques, Junior Falcão, Fábio Bueno, Juca, JV Albuquerque, Gulle, Edu Casa Leme, Jorginho Via 13 e Marcelinho Santos. A letra pontua a luta da Aldeia pelo direito à terra e ao não despejo das forças públicas. Desse modo, Laion nos conta qual foi a construção da melodia para acompanhar a parte lírica.

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“Não utilizamos nenhum instrumento específico na gravação, mas na Avenida teremos. A parte da bossa, musicalmente falando, joga em uma temática indígena”, contou Laion.

Em 2025, a Unidos de Bangu irá se apresentar no sábado de Carnaval, segundo dia de desfiles da Série Ouro, sendo a quarta escola a cruzar a Marquês de Sapucaí.

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Vigário Geral realiza primeiro ensaio de rua nesta quinta

A Acadêmicos de Vigário Geral realizará seu primeiro ensaio de rua, nesta quinta-feira, 28 de novembro, na Praça Catolé do Rocha, em Vigário Geral. O ensaio marca o início da preparação para o Carnaval 2025, onde a escola levará para a Avenida o enredo “Ecos de um Vagalume”.

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Foto: Divulgação/Vigário Geral

O enredo faz uma homenagem ao jornalista Francisco Guimarães, que com suas crônicas, retratou o cotidiano da comunidade e do Rio de Janeiro com uma sensibilidade, abordando temas como a luta pela dignidade humana, as memórias afetivas das pessoas simples e a busca constante por justiça e liberdade. A concentração será no Bar do Bibil, localizado em frente à Praça, a partir das 19h.

Serviço
Primeiro ensaio de rua dos Acadêmicos de Vigário Geral
Quinta-feira, 28 de novembro, a partir das 19h
Praça Catolé do Rocha 4, Vigário Geral

Unidos de Bangu anuncia a chegada do novo 2º mestre-sala para o Carnaval 2025

A Unidos de Bangu anuncia a chegada de Leandrinho Silva como o novo 2º mestre-sala da escola para o Carnaval de 2025. Natural de Bangu e da comunidade, Leandrinho iniciou sua trajetória no samba através do projeto Manoel Dionísio e também fez parte da ala de passistas da própria Unidos de Bangu. Sua paixão pela dança o levou a outras grandes agremiações, como a Estrelinha da Mocidade e os Acadêmicos de Santa Cruz.

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Foto: Divulgação/Bangu

Com o retorno de Leandrinho à agremiação, agora como segundo mestre-sala e formando parceria com Cris Soares, a Unidos de Bangu segue valorizando e investindo nos talentos da casa, reforçando seu time e se preparando para o Carnaval de 2025, quando levará para a avenida a força e a resistência da Aldeia Maracanã.