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Sinergia do conjunto musical marca gravação do Império de Casa Verde

No penúltimo dia das gravações, foi a vez do Império de Casa Verde gravar o seu audiovisual pelo horário da tarde, precisamente no dia 12 de outubro, que foi um sábado de feriado. A escola da Zona Norte de São Paulo realizou uma gravação de alto astral, assim como pede o seu samba-enredo, que tem uma melodia para cima e alegre do início ao fim. A bateria ‘Barcelona do Samba’, o coral e o intérprete Tinga mostraram estar completamente entrosados, assim como foi nos últimos desfiles e ensaios do Carnaval 2024. O CARNAVALESCO conversou com personalidades ligadas à gravação do audiovisual do ‘Tigre Guerreiro’ da Casa Verde.

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Deixando o carnaval mais vivo

O diretor de carnaval Rogério Figueira, o Tiguês, elogiou a iniciativa da Liga-SP e declarou que o audiovisual deixa tudo mais vivo e valoriza o produto. “Fica um negócio muito mais elaborado. Uma coisa que traz um pouco da vivacidade mesmo do que acontece em uma quadra, do que acontece no dia do espetáculo. Acho que é uma iniciativa muito melhor da Liga para a gente poder também valorizar melhor o nosso produto”, disse.

Se tratando do samba-enredo, Tiguês revelou que a escola realizou ensaios específicos para a gravação, sendo todos os setores envolvidos. “Embora o samba tenha saído há menos de um mês, a gente ensaiou bastante sim com o nosso coro. É um samba que pegou fácil. Tivemos ensaios específicos de bateria, ensaios específicos de canto e também do pessoal do carro de som. Espero que funcione bastante com o passar do tempo, como está funcionando”, comentou.

Rogério explicou brevemente o enredo e a ideia de como tratar o samba-enredo que, de acordo com ele, é diferente. “Nosso samba veio na contramão do que todo mundo esperava. Dentro da narrativa, nós falamos que os contos de fada enganaram para poder contar um pouco do avesso da história. O fato do super-homem ser sempre o herói, o coringa ser sempre o vilão, será que é mesmo? A gente procurou inverter algumas histórias para poder ilustrar melhor o que a gente pretende colocar. E o principal é que é um samba muito vivo com a cara dos últimos anos que a gente vem colocando. Eu espero que o povo entenda que é uma obra com uma melodia muito rica, muito para cima, muito fácil de cantar e é o que a gente vai provar nessa gravação e nos próximos passos da escola”, completou.

Sempre importante as novidades e rumo às conquistas

Tinga, intérprete do Império que está indo para o seu terceiro carnaval com a escola, falou sobre o projeto audiovisual da Liga-SP. “É muito bom. Sempre bom sempre ter a novidade e estar melhorando cada vez mais com o nosso carnaval. A gente fica muito feliz em estar participando mais uma vez nessa grande gravação. Se Deus quiser, será mais um grande projeto levando o Império rumo a um grande desfile”, declarou.

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De acordo com o cantor, a escola ensaiou bastante, complementando a fala do diretor de carnaval Tiguês. Tinga também opinou sobre o samba-enredo. “Nós ensaiamos bastante, um grande samba está vindo aí. É lindo, maravilhoso, as pessoas vão curtir bastante na avenida. Ele tem uma construção diferente. A gente tentou fazer essa grande proposta para mais uma vez fazer um grande desfile”, afirmou.

Trabalhando dentro do samba e a volta do audiovisual

Completando 20 anos de Império de Casa Verde, mestre Zoinho disse que estava mais do que na hora de voltar o formato do audiovisual, pelo fato de todas as escolas mostrarem sua particular identidade. “Para gente é muito bom estar aqui novamente gravando. Cada escola agora com sua bateria, preservando as suas características. É muito importante para o samba, ficamos um período fora. Já fizemos ao vivo outras vezes, depois voltamos para o estúdio e agora estamos fazendo ao vivo de novo. Acho que estava mais que na hora de voltar, o pessoal estava pedindo muito. E graças a Deus a Liga teve a iniciativa de fazer esse projeto novamente. Eu espero que possa ser um grande trabalho de todas as escolas e que a gente possa ter um audiovisual muito bom. Eu tenho certeza que isso vai acontecer, porque nós estamos com uma equipe muito boa trabalhando, profissionais de alta qualidade. O samba de São Paulo merece isso”, ressaltou.

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Zoinho contou que trabalhar dentro do samba vem sendo tranquilo. O comandante da ‘Barcelona do Samba’ revelou que acompanha todo o processo de composição junto aos compositores, visto que nos últimos anos o Império de Casa Verde vem realizando obras encomendadas. “É tranquilo porque eu pego todas as etapas do samba, desde a composição do samba até a parte final eu acompanho tudo. Hoje os compositores me dão essa liberdade para poder acompanhar. Eu vejo o projeto da escola toda. Para mim fica muito tranquilo trabalhar depois. O entrosamento com o Tinga é muito bom, estamos indo para o terceiro ano juntos e isso facilita muito”, disse.

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O diretor da batucada disse que a maior preocupação é trabalhar o ritmo do samba, mas ressaltou que as costumeiras bossas e coreografias não vão faltar. “Nós fomos a última escola a escolher o samba. Eu estou preparando várias coisas, a gente sempre faz muita bossa, mas a minha preocupação é dar o ritmo a esse samba, que é um samba que tem um refrão só. O samba vai precisar muito do ritmo da bateria, mas a gente vem com a nossa característica. O ritmo é muito forte, pesado, nossa prioridade é o ritmo, só que a gente vai ter, claro, as paradinhas que o povo gosta, que todo mundo curte, coreografia e muito mais. Novamente a gente vem fazendo um trabalho legal e, com certeza, acho que o público que espera a bateria do Império pode ficar tranquilo que a gente vai apresentar um grande”, concluiu.

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Unidos de Padre Miguel reúne musas e rainha de bateria para entrega de figurinos no barracão

Nesta semana, o barracão da Unidos de Padre Miguel, na Cidade do Samba, foi palco de um momento especial nos preparativos para o tão aguardado retorno ao Grupo Especial após 52 anos. As musas e a rainha de bateria da escola receberam os figurinos que irão abrilhantar o desfile de 2025, marcado por grande expectativa e emoção.

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Foto: Divulgação/UPM

As beldades Camila Vilar, Crislin Andrade, Elis de Sá, Larissa Reis e Larissa Bayer, além da rainha de bateria, Andressa Marinho, foram agraciadas com os figurinos entregues pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, que assinam o enredo “EGBÉ IYÁ NASSÔ”.

Este será um Carnaval de estreias para Andressa, que reinará pela primeira vez à frente da bateria “Guerreiros da Unidos”, comandada por Mestre Dinho, e para Camila e Crislin, que debutam como musas da comunidade.

“Assumir o posto de rainha de bateria é uma realização pessoal e um desafio que abraço com muita responsabilidade. Quero levar toda a energia da Unidos de Padre Miguel para a Avenida e representar com orgulho essa escola tão especial”, afirmou Andressa Marinho.

A nova musa, Camila Vilar destacou o significado de ocupar o posto de musa neste retorno histórico. “Ser musa da Unidos neste momento tão marcante é um privilégio enorme. Representar a nossa comunidade na Sapucaí é emocionante e inesquecível”.

Crislin Andrade, que também estreia como musa, não escondeu a alegria. “É muito mais do que um sonho realizado. Representar a comunidade como musa em um ano tão importante para a escola é uma honra que levarei comigo para sempre.”

Já as musas veteranas Elis de Sá, Larissa Reis e Larissa Bayer reforçaram o orgulho de participar desse momento. “Cada desfile é único, mas este tem um significado especial. A Unidos está voltando ao Grupo Especial, e tenho certeza de que faremos história na Avenida,” ressaltou Elis.

Com o enredo que celebra a ancestralidade afro-brasileira e o legado de Iyá Nassô, a Unidos de Padre Miguel se prepara para um desfile emocionante, onde a força da Vila Vintém será protagonista.

Conheça os 14 enredos do Grupo Especial de São Paulo para o Carnaval 2025

No ritmo da festa do lançamento do álbum dos sambas-enredo, que acontecerá neste sábado, na Fábrica do Samba, vamos dar uma passada nos 14 enredos que estarão no Sambódromo do Anhembi no carnaval de 2025. A lista apresentada será por ordem de desfile das escolas de samba e com falas sobre cada enredo:

Colorado do Brás: “Afoxé Filhos de Gandhy no ritmo da fé”

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De volta ao Grupo Especial de São Paulo, a Colorado do Brás vai trazer os Filhos de Gandhy para o Anhembi. O afoxé foi fundado em 1948 por estivadores de Salvador e desfila pelas ruas de Salvador em defesa da paz.

Reconhecido pelo Guiness Book como o maior afoxé do mundo, e é patrimônio cultural da Bahia, será contado em São Paulo no carnaval de 2025.

Para desenvolver o projeto, o carnavalesco David Eslavick terá a missão de abrir o Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2025.

 Barroca Zona Sul: “Os Nove Oruns de Iansã”

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A Barroca Zona Sul é a segunda escola a entrar na pista do Anhembi e com o enredo “Os Nove Oruns de Iansã” desenvolvido pelo Pedro Alexandre, mais conhecido como Magoo.

O enredo falará sobre Iansã, como contou detalhou o carnavalesco, Magoo: “Começamos a falar sobre Iansã, sobre a vida dela, sobre os poderes dela. Depois a gente vai dar uma pincelada sobre os amores de Iansã, todas as pessoas, todos os outros orixás, com quem ela se envolveu e adquiriu um conhecimento específico de cada um… até o momento do caso de Obaluaiê, que concedeu a ela o poder de passar do mundo material pro espiritual, de ter acesso a esses dois mundos. A partir desse momento, em que nós entraremos especificamente nos Oruns, que são os nove céus de Iansã, os quais ela tem acesso e encaminha cada espírito de acordo com o que eles fizeram em vida, para o respectivo Orun”.

A Faculdade do Samba contará com toda a força e energia de Iansã para reforçar o seu desfile no próximo carnaval.

Dragões da Real: “A vida é um sonho pintado em aquarela!”

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A terceira escola a entrar na pista vem com uma temática bem emocional no enredo construído por Jorge Freitas: “A vida é um sonho pintado em aquarela!”.

Inspirado em Toquinho e em Jorginho Freitas, neto do Jorge Freitas. E o carnavalesco falou sobre o tema: “O trabalho em tal temática me deixa forte: tem o lado do meu neto Jorginho – que, nesse plano, era chamado de ‘grande astronauta’. Ele está me dando força para que eu faça o maior carnaval da minha vida. A vida nos prega algumas surpresas, e algumas coisas aparecem de repente, sem pedir licença, e a gente parte. O descolorir é como o carnaval: quando terminamos nosso desfile, cada um tira a sua fantasia e guarda para que, no próximo carnaval, a gente vista uma nova. Na vida também é assim: quando a gente parte desse plano para o espiritual, a gente veste uma nova fantasia para vir aqui novamente e pintar uma nova aquarela”.

A Dragões da Real revelou que teve uma mudança na temática após Jorginho ter falecido no dia 16 de abril e em seu desfile carregará referências para homenageá-lo como já foi na apresentação do enredo.

Mancha Verde: “Bahia, da Fé ao Profano”

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A bicampeã do carnaval, Mancha Verde colocará os pés na Bahia com o enredo: “Bahia, da Fé ao Profano” desenvolvido por uma comissão de carnaval.

O enredo é inspirado no documentário do canal Futura que dá o mesmo nome do enredo, o diretor de carnaval e parte da comissão de carnaval, Paolo Bianchi falou um pouco sobre: o presidente assistindo um documentário no Futura, viu esse tema, achou legal, e lançou a ideia lá atrás, ainda na época das campeãs. O enredo não é sobre a Bahia, é sobre o comportamento do povo baiano. Então, é tentar captar a alma do baiano, que a gente sabe que é festeiro, que a gente sabe que é religioso em todas as vertentes. E quem quiser ver o documentário, ele fala exatamente isso. Tem um padre que diz: ‘não tem problema que o cara vem aqui na festa, fica aqui e começa a profanar’, porque o profanar na Bahia é beber e curtir”.

Então a Mancha Verde seguirá esse tema para o próximo carnaval, e a ideia surgiu do presidente Paulo Serdan com todo aval dos criadores do documentário.

Acadêmicos do Tatuapé: “Justiça: A Injustiça Num Lugar Qualquer é Uma Ameaça à Justiça em Todo Lugar”

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Vamos falar de Justiça? Lá na Zona Leste de São Paulo, a Acadêmicos do Tatuapé vai trazer o tema para o próximo carnaval: “Justiça: A Injustiça Num Lugar Qualquer é Uma Ameaça à Justiça em Todo Lugar”.

A frase do ativista Martin Luther King é quem conduz a agremiação para o carnaval de 2025, o presidente Eduardo Santos contou um pouco sobre o enredo: “A oportunidade pintou esse ano e então vamos lá, inspirados em Martin Luther King. A frase dele é que comanda. Toda a nossa proposta, nós vamos tentar contar essa história da melhor maneira possível, lá desde o caos, desde a ausência da lei, até os dias de hoje, contra todas essas barbaridades que acontecem. O preconceito existente com as mulheres, pretos, pobres, homossexuais, indígenas… Tudo isso emendando, complementando a história da justiça, como tudo começou. Não só do ponto de vista jurídico, mas do ponto de vista também religioso, da justiça divina, os dez mandamentos”.

A bicampeã do carnaval vai em busca do terceiro título com um tema que promete abalar o Anhembi, afinal, tem justiça no Brasil? Eis o que a agremiação irá contar na avenida com o carnavalesco Wagner Santos.

Rosas de Ouro: “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”

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‘O medo de perder não pode superar a gana de vencer, o jogo vai virar?’, assim o samba da Rosas de Ouro fala sobre o tema para 2025 que será: “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”.

O carnavalesco estreante na Roseira, Fabio Ricardo contou um pouco sobre o tema: “Desde os tempos mais antigos da humanidade, os jogos refletem valores, habilidades, traços marcantes e costumes de culturas e épocas. Com o passar dos séculos, evoluíram, se diversificaram, refletindo avanços tecnológicos, sociais e culturais, sem perder a sua essência. Sorte, mistério, adrenalina, estratégia e muita diversão, e é isso que levaremos para nosso desfile de 2025”.

Com isso, a Rosas de Ouro, que venceu sete títulos no carnaval de São Paulo, o último em 2010, contará a história dos jogos no Anhembi em 2025.

Camisa Verde e Branco: “O Tempo Não Para! Cazuza – O Poeta Vive”

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A última agremiação na primeira noite de desfile é a tradicional Camisa Verde e Branco que fará uma homenagem para o artista Cazuza com o tema: “O Tempo Não Para! Cazuza – O Poeta Vive” desenvolvido por Leonardo Catta Preta.

O enredo seguirá a biografia musical do artista, terá as fases polêmicas presentes, um dos enredista, Clark Mangabeira contou: “A gente estava sempre pensando em uma biografia musical, pensando em trazer a música dele pela questão da memória afetiva com o Brasil afora. Então, foi um processo que começou com pesquisa, muita conversa, o carinho, a bênção da Lucinha. Conversamos também com todos os artistas que a gente pôde conversar para trazer um pouco de um Cazuza que não ficasse só nos livros, mas o Cazuza que a gente via na televisão e que a gente ouve falar. A ideia foi fazer uma sinopse que fosse emotiva, bonita e tentasse pegar um pouco da essência, da poesia do Cazuza e desse amor que a gente quer levar para o Anhembi”.

O Camisa Verde e Branco tem nove títulos do carnaval paulistano, o último aconteceu em 1993 e vai para o segundo ano consecutivo no Grupo Especial após um longo período distante.

Águia de Ouro: “Em Retalhos de Cetim, a Águia de Ouro do jeito que a vida quer”

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Abrindo a segunda noite de desfiles, no sábado de carnaval, a Águia de Ouro surpreendeu escolhendo o horário e homenageará um grande artista brasileiro, Benito Di Paula, com o enredo: “Em Retalhos de Cetim, a Águia de Ouro do jeito que a vida quer”.

O carnavalesco André Machado contou as missões de falar sobre o grande nome da música brasileira: “Foi muito engraçado, estava pesquisando o enredo, quando o Sidnei (presidente) meu deu um start de um enredo que estava pesquisando ele, no meio do processo ele disse ‘André, Águia de Ouro tem um enredo que eu queria que você desenvolvesse’, falei ‘pode falar, pode falar’ e ele falou ‘Benito di Paula’. Então tudo que eu estava pesquisando foi por água baixo, falei que tem ser o Benito di Paula, ainda mais em vida, tem oitenta e poucos anos, merece essa homenagem em vida”.

Portanto, buscando o bicampeonato, a Águia de Ouro vai homenagear Benito, que inclusive, tem uma ligação com a agremiação, acompanhava os ensaios de sua casa nos anos 70.

Império de Casa Verde: “Contando Contos: Reinos da Literatura”

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Viajando em um conto, a Império de Casa Verde vai com um enredo literário: “Contando Contos: Reinos da Literatura” desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Barboza.

O enredista Tiago Freitas falou um pouco sobre o tema que procura trazer personagens variados e brincar de carnaval no Anhembi: “Queremos interagir, interagir com os personagens caindo no samba, a gente tem com os personagens, conheçam a Casa Verde, esse reino da Casa Verde e que a gente também navegue nos reinos deles, né principalmente o Reino dos romances, do Harry Potter. Queremos brincar, é um enredo leve, alegre é um enredo que tem a cara da Império de Casa Verde. A comunidade está muito feliz e a gente está embarcando e trazendo essas loucuras literárias para o nosso desfile”.

A terceira escola do sábado busca o tetracampeonato, o último título veio em 2016.

Mocidade Alegre: “Quem Não Pode com Mandinga, Não Carrega Patuá”

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A atual bicampeã do carnaval, Mocidade Alegre é a agremiação a ser batida, afinal são doze títulos em São Paulo, vai com o enredo: “Quem Não Pode com Mandinga, Não Carrega Patuá”.

Com a religiosidade da escola muito presente em busca do tri, o carnavalesco Caio Araújo contou sobre o caminho do enredo: “Acho que a gente tinha uma ideia de ligar principalmente a uma religiosidade afro-brasileira e conseguimos realizar tudo aos poucos. A gente não tinha uma ideia fixa do que seria, mas ao longo das pesquisas foram aparecendo. A ideia era justamente quando a gente descobriu que teria que ser um enredo baseado nesse dito popular. Dessa fé que a gente carrega no pescoço, que faz parte do nosso dia a dia, que a gente carrega um patuá na carteira, um crucifixo no pescoço, colocamos a nossa guia… É dessa fé que a gente tem sempre”.

A Morada do Samba, como é conhecida, terá a estreia do carnavalesco Caio Araújo, mas o enredista Leo Antan segue no projeto e desenvolve o tema que terá inúmeros objetos de fé da cultura brasileira presente.

Gaviões da Fiel: “Irin Ajó Emi Ojisé – A Viagem do Espírito Mensageiro”

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Depois de muitos anos, os Gaviões da Fiel voltaram ao desfile das campeãs em 2024, e para 2025 vão com o primeiro tema afro de sua história: “Irin Ajó Emi Ojisé – A Viagem do Espírito Mensageiro”.

Um dos carnavalescos, Julio Poloni falou sobre a escolha do tema: “A comunidade pedia muito. Eles pediam esse primeiro enredo afro. Vários departamentos entraram com esse pedido ano após ano, e esse ano a gente resolveu fazer. A gente quer muito e buscamos uma história, que são as máscaras. Um elemento extremamente bonito, que valoriza os conhecimentos, os valores e a arte dos diversos povos africanos. Foi a gente trabalhando com a aceitação, porque já existia essa ansiedade por parte da comunidade de se fazer tema desses que a gente se convencionou a chamar de afro. Nós estamos extremamente felizes”.

O carnaval está sendo desenvolvido por uma dupla de carnavalescos, além do Júlio Poloni, o Rayner Pereira segue no projeto do tetracampeão do carnaval paulista.

Acadêmicos do Tucuruvi: “Assojaba – A Busca pelo Manto”

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Logo do enredo do Tucuruvi para o Carnaval 2025

A Tucuruvi vai no ritmo da busca do manto Tupinambá, com uma temática relacionada a memória indígena contará “Assojaba – A Busca pelo Manto”.

Em postagem no anúncio do enredo, a agremiação disse: “O “Zaca” sonhará com a busca do manto Tupinambá, que tem um valor artístico e simbólico para a memória indígena no Brasil e também a luta pelo retorno ao seu local de origem. Além de um longo processo de pesquisa, o desenvolvimento do enredo contará com o apoio da liderança Glicéria Tupinambá”.

O Zaca tem uma dupla de carnavalescos para o próximo carnaval, Dione Leite segue na agremiação, e chega o Nicolas Gonçalves estreando em São Paulo após destaque no Rio de Janeiro.

Terceiro Milênio: “Muito além do Arco-Íris – Tire o Preconceito do caminho que nós vamos passar com o Amor”

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A penúltima escola a entrar na pista do Grupo Especial é a Milênio que retorna e estará na divisão pela segunda vez, o enredo desenvolvido por Murilo Lobo é: “Muito além do Arco-Íris – Tire o Preconceito do caminho que nós vamos passar com o Amor”.

O tema LGBTQIA+ foi contado pelo carnavalesco: “A gente precisa educar. Hoje, eu vi uma matéria sobre a Madonna dizendo que, todo dia, nós precisamos criar uma versão melhorada de nós mesmos. O carnaval serve para isso. Faremos um carnaval muito emocionante, a ideia é fazer um grande show, o carnaval está precisando de show – e nós faremos isso”.

A agremiação tem feito inúmeras ações desde antes do anúncio oficial do tema com o intuito de fortalecer toda a comunidade LGBTQIA+.

 Vai-Vai: “O Xamã Devorado y A Deglutição Bacante de Quem Ousou Sonhar Desordem”

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Fechando o Grupo Especial, a principal campeã do carnaval de São Paulo, o Vai-Vai, irá homenagear o artista Zé Celso: “O Xamã Devorado y A Deglutição Bacante de Quem Ousou Sonhar Desordem”.

O carnavalesco Sidney França segue na agremiação e buscando uma sequência de enredos fortes: o Vai-Vai também se posiciona ao assumir a voz e as palavras de alguém que antes de partir desse plano deixou uma mensagem muito potente, de liberdade do corpo, de liberdade do pensamento. O Zé Celso, na ditadura brasileira, foi muito opositor a ponto dele ser exilado. Passou por Portugal, Moçambique, isso também vai estar no desfile. Pensar hoje no Vai-Vai nesse lugar de escola do povo, escola da rua, abraçando discursos muito ligados ao questionamento do funcionamento social me completa muito”.

O Vai-Vai tem quinze títulos conquistados no carnaval, o último em 2015, e está no segundo ano consecutivo no Grupo Especial, após período de instabilidade, tem a missão de fechar o carnaval do principal grupo de São Paulo.