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Mangueira 2026: samba da parceria de Francisco Lino (Amapá)

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Mangueira 2026: samba da parceria de Verônica dos Tambores (Amapá)

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Compositores: Verônica dos Tambores, Piedade Videira, Laura do Marabaixo, Antônio Neto, Clovis Junior, Marcelo Zona Sul

SACACA ESCUTEI UMA VOZ
ERA VOCÊ, NO MEIO DE NÓS
EU SOU MANGUEIRA, NA MAGIA DA FLORESTA
A SABEDORIA QUE RESPEITA A TERRA
O VENTO SOPRA O TRANSE DO PAJÉ
ROMPE A MEIA-NOITE, É RITUAL TURÉ
FUMAÇA DE TAWARI, O XAMÃ BABALAÔ
NUM GOLE DE KAXIXI ENCANTOS REVELOU
MARÉ ME LEVA NAS ÁGUAS DO CURIPI
DE QUEM SEMPRE ESTEVE AQUI, WAIÃPIS E CARIPUNAS
PELO JARI, ESPERANÇA EM CADA OLHAR
RIBEIRINHO NUNCA DEIXA DE SONHAR
ENTRE OS FUROS E BURITIS

RISCA O AMAPAZEIRO, PÕE SEIVA NA CACHAÇA
CURO O CORPO, CURANDEIRO, BENZEDEIRA CURA A ALMA!
PRETO VELHO “ENGARRAFOU” RIQUEZAS NATURAIS
“CABOCO” NÃO SE ESQUEÇA DOS SABERES ANCESTRAIS!

BEBERICANDO COM O MESTRE
“MAR ABAIXO”, “MAR ACIMA”, A GENTE SEGUE
SAIA FLORIDA, “SÁ DONA”, NO CURIAÚ
A FÉ “ENCRUZA” NO “EM CANTO” TUCUJÚ

“É DE MANHÃ, É DE MADRUGADA”
“É DE MANHÃ, É DE MADRUGADA”
COURO DE SUCURIJU NO BATUQUE ENVOLVENTE
QUILOMBOLA DA AMAZÔNIA JAMAIS SE RENDE!

EU VI… EM CADA ORAÇÃO O CORPO ARREPIAR
BANDEIRAS VIBRANDO À LUZ DO LUAR
TAMBORES SE ENCONTRAM CANTANDO EM LOUVOR
SENTI OS SABORES, AROMAS E CORES
NAS MÃOS QUE MOLDAM NOSSOS VALORES
“MEU PRETO”, DA MATA ÉS O GRIÔ!

AJUREMOU, DEIXA AJUREMAR
O SAMBA É VERDE E ROSA E GUIA MEU CAMINHAR
AJUREMOU, DEIXA AJUREMAR
CUIDADO, CHEGOU MANGUEIRA, NA GINGA DO AMAPÁ

Grande Rio realiza final de seu concurso de samba-enredo neste sábado

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A Grande Rio promove neste sábado, a grande final do Concurso de Samba-Enredo para o Carnaval 2026. A disputa começa às 22h, na quadra da escola, em Duque de Caxias, com entrada gratuita para o público. Em enquete com os leitores do CARNAVALESCO, a parceria de Ailson Picanço foi apontada por 55,3% dos votos como a favorita para vencer. A parceria de Marcelinho Santos recebeu 25,5%, a parceria de Samir Trindade ficou com 7,3%, a parceria de Myngal teve 6,4% e a parceria da Pérola do samba (Recife) ficou com 5,5%.

Cinco obras seguem na competição e vão se apresentar na noite decisiva, quando será escolhido o hino oficial que embalará o desfile da tricolor de Caxias no próximo Carnaval. A noite também será marcada por um momento especial: a coroação de Virgínia Fonseca como rainha de bateria da Grande Rio. Para quem não puder comparecer presencialmente, o evento contará com transmissão ao vivo pelo canal oficial da escola no YouTube, pelo link: https://www.youtube.com/live/rJ8uaaXRJNA?si=_ExIJNUvTmamHU0G 

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Foto: Rafael Arantes/Divulgação Grande Rio

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Confira a ordem de apresentação dos sambas.
1- Pérola do Samba & cia.
2- Samir Trindade & cia.
3- Marcelinho Santos & cia.
4- Ailson Picanço & cia.
5- Myngal & cia.

Serviço
Final de samba
Local: Quadra da Escola (Rua Almirante Barroso, 5 – Duque de Caxias)
Horário: a partir das 22h
Entrada gratuita

Mocidade prepara grande final de samba-enredo com ativações inéditas, shows e expectativa de 10 mil pessoas

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A Zona Oeste do Rio de Janeiro se prepara para viver uma noite histórica neste sábado, quando a Mocidade Independente de Padre Miguel realiza a grande final de samba-enredo para o Carnaval 2026. Mais do que a escolha do hino oficial, o evento se consolidou como um verdadeiro festival, reunindo música, cultura, serviços e entretenimento, com a expectativa de receber até 10 mil pessoas no Maracanã do Samba. Três obras disputam o direito de assinar o samba que a Estrela Guia levará para a Sapucaí: as parcerias de Jefinho, Paulinho Mocidade e Paulo César Feital. Em enquete com os leitores do CARNAVALESCO, a parceria de Jefinho Rodrigues foi apontada por 87,7% dos votos como a favorita para vencer. A parceria de Paulinho Mocidade recebeu 8% e a parceria de PC Feital ficou com 4,3%.

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Fotos: Divulgação/Mocidade

De acordo com o diretor de comunicação e marketing da escola, Bryam Clem, a dimensão da festa justifica o título de “maior final do carnaval carioca”.

“A final da Mocidade sempre foi um acontecimento por ser um momento esperado para toda a Zona Oeste. De uns anos para cá, aumentamos ainda mais e temos muito orgulho em batizar de maior final do carnaval carioca por tudo que ela representa em números e eventos. É muita gente trabalhando. O Marcelão lidera toda produção, mas é um time gigante por trás para entregar um evento desta magnitude”, destacou.

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Festival de experiências

O evento contará com dois palcos e mais de 14 horas de programação, pensado para valorizar não apenas o samba, mas também a experiência do público. Na área gastronômica, haverá uma mega praça de alimentação com marcas consagradas, como o Bob’s. Além disso, diversas ativações gratuitas foram preparadas, incluindo massagem, corte e barba, maquiagem e flash tattoo.

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“Trabalhamos o ‘produto final’ há um mês já. A marca Mocidade fica em evidência ainda mais porque é um verdadeiro festival. Conseguimos elevar o nível de entrega e teremos uma live transmitindo tudo. É um evento que mostra a força do carnaval carioca na hora de entregar um produto aos parceiros e público em geral”, explicou Bryam.

Tradição, inovação e grandes atrações

A programação da final une tradição e inovação. O público poderá conferir apresentações do Grupo SER, da Velha Guarda da Mocidade convidando a Velha Guarda do Império Serrano, além do tradicional show da escola.

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Um dos momentos mais aguardados será o after, que neste ano ganhou palco batizado em homenagem à carnavalesca Márcia Lage. Para marcar a celebração, o espaço terá um show especial de Tati Quebra Barraco, prometendo sacudir os Independentes até a manhã de domingo.

“O desafio de renovar público é diário e fazemos de tudo para isso. O after é uma ótima resposta para aproximarmos públicos novos. Porém, nunca deixaremos de valorizar o sambista. Tem palco para a Velha Guarda, tem pagode, tem escola. É do jeito que o sambista gosta”, ressaltou Bryam.

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Serviço
Grande Final de Samba-Enredo – Mocidade Independente de Padre Miguel
📅 Data: 20 de setembro (sábado)
⏰ Horário: a partir das 20h
📍 Local: Maracanã do Samba – Av. Brasil, 31.146 – Padre Miguel
📺 Transmissão: canal oficial da Mocidade no YouTube
🎟️ Ingressos:
Pista: R$ 40
Mesa (4 lugares): R$ 250
Mesa bistrô: R$ 100
Camarote: R$ 1.200
Venda: plataforma Ingresse

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No próximo Carnaval, a Mocidade será a primeira escola a desfilar na segunda-feira, com o enredo “Rita Lee, a Padroeira da Liberdade”, desenvolvido pelo carnavalesco Renato Lage.

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Grande Rio 2026 | Veja o programa pré-final com entrevistas e opinião da equipe do CARNAVALESCO

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Mocidade 2026 | Veja o programa pré-final com entrevistas e opinião da equipe do CARNAVALESCO

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Viradouro realiza semifinal com favoritismo de Claudio Mattos e forte apresentação do samba de Lucas Macedo

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A Unidos do Viradouro realizou, na última sexta-feira, a semifinal da eliminatória de sambas-enredo para o Carnaval 2026. Quatro obras se apresentaram na quadra da vermelho e branco em busca de uma vaga na final. A escola de Niterói levará para a Avenida o enredo “Pra Cima, Ciça!”, homenagem ao mestre de bateria da agremiação e um dos maiores da história do Carnaval carioca. O samba de Claudio Mattos segue como favorito e conquistou diversos segmentos, mas a parceria de Lucas Macedo fez uma bela apresentação e não ficou atrás na noite. Os finalistas devem ser anunciados na segunda-feira. A seguir, o CARNAVALESCO analisa a passagem dos sambas semifinalistas.

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Parceria de Lucas Macedo: Zé Paulo e Charles Silva defenderam o samba da parceria de Lucas Macedo, Diego Nicolau, Jefferson Oliveira, Vinicius Ferreira, Richard Valença, Miguel Dibo, Orlando Ambrósio, Hélio Porto, Aldir Senna e Wilson Mineira. A obra abriu a semifinal, esquentando a quadra com uma forte apresentação. Zé Paulo e Charles tiveram um desempenho vigoroso, levantando o samba. O refrão de cabeça “Repinique de André, seu Hélio na marcação, na caixa de guerra, Louro, swinga a terceira, Jorjão, tem Marçal no tamborim, bateria que enfeitiça, quem convida é a Viradouro do mestre Ciça” cita outros grandes mestres de bateria e foi cantado com muita animação. O início da obra, com os versos “ê menino, que um dia desceu o São Carlos, foi gingando no embalo, riscado no pé, malandragem é boemia, pelo ar a poesia, quando o samba de sambar vira fé”, também se destacou. A segunda parte apresenta variações melódicas interessantes, como no trecho “êêêêêê tá de alma lavada o caveira, êêêá é macumba de Alafiá”. Foi uma passagem consistente, que se sustentou bem durante todo o tempo, apesar do canto da torcida ter diminuído após as primeiras passadas.

Parceria de Claudio Mattos: O samba de Claudio Mattos, Renan Gêmeo, Rodrigo Gêmeo, Lucas Neves, Rodrigo Rolla, Ronaldo Maiatto, Bertolo, Silvio Mesquita, Marcelo Adnet e Thiago Meiners foi defendido por Freddy Vianna e Grazi Brazil. A obra mostrou ser a mais abraçada por segmentos e componentes, que acompanharam o samba na ponta da língua. Porém, a ausência de Pitty de Menezes fez falta para uma maior explosão no palco, apesar da condução competente de Freddy, Grazi e seus auxiliares. Mesmo assim, o samba reafirmou sua qualidade, com destaque para o refrão central “quando o apito ressoa parece magia, num trem caipira, no olhar da baiana, medalha de ouro, suingue perfeito, que marca no peito da escola de samba”. Outro ponto forte está na segunda parte, nos versos “peça perfeita pra me completar, feiticeiro das evocações, atabaque mandou te chamar, pra macumba jogar poeira, firma a caixa pra resistir, o nome de Moacyr é legado do mestre Caveira”, com melodia que convida a gingar e sambar. O refrão de cabeça “se eu for morrer de amor, que seja no samba, sou Viradouro, onde a arte o consagrou, não esperamos a saudade pra cantar, do mestre dos mestres herdei o tambor” é inspirado e reforça o brilho da obra. A torcida acompanhou com força todos os versos. É o samba claro favorito da disputa, mostrando sua qualidade mesmo em uma apresentação mais equilibrada na noite.

Parceria de Mocotó: A obra da parceria de Mocotó, PC Portugal, Arlindinho Cruz, J. Lambreta, André Quintanilha, Rodrigo Deja, Ronilson Fernandes, Renato Pacote, Reinaldo Guimarães e Bira Fernandes teve Marquinho Art Samba e Wandinho Pires como intérpretes principais. O samba teve ótimo rendimento no refrão de cabeça “Viradouro é seu coração na avenida, ‘amor, amor, amor’ em sua história nossa vida, sabe Moacyr, a esperança virá, no vermelho e branco que brilha em seu olhar”. O refrão central trouxe uma quebra melódica interessante no último verso: “põe a caixa no alto, quebra a baqueta, vai botando mais tempero no feijão com arroz, batucada desvairada, toca o trem caipira, divina condução, consagrado no compasso da inovação”. A segunda parte apresentou uma bonita melodia e também contribuiu para uma boa performance, embora tenha perdido força nas últimas passadas. A torcida mostrou mais empolgação do que canto em alguns momentos da apresentação.

Parceria de Thiago Carvalhal: O samba da parceria de Thiago Carvalhal, Bebeto Maneiro, Ludson Areia, Babby do Cavaco, Carlinhos Viradouro, Vinicius Moro, Pablo Adame e Rodrigo Neves foi defendido por Nego e Tem Tem Jr., em um palco que sustentou uma obra composta por diversos trechos em tom maior. Apesar de se manter em alta, o desempenho foi irregular. O refrão de cabeça “abraço de mãe na Viradouro, a sua história não se apagará, é dia de festa, maestro do morro tem muita macumba pra comemorar” funcionou muito bem, ao contrário da primeira parte, que apresentou sinais de arrastamento. Na segunda parte, o rendimento voltou a crescer, sobretudo no bis antes do refrão de cabeça: “hoje a saudade apertou, eu voltei pra flores em vida eu te entregar, tudo que eu pedi a Deus vai se realizar (pra cima, Ciça)”. A menor torcida da noite acompanhou de forma afiada os refrãos, mas não manteve a mesma energia no restante da obra.

Galeria de fotos: final de samba da Imperatriz para o Carnaval 2026

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CLIQUE EM CADA IMAGEM PARA AMPLIAR AS FOTOS (Por Guibsom Romão, Carolina Freitas, Juliana Henrik e Marcos Marinho)

Vídeo: anúncio do samba da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2026

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Raio cai duas vezes na Imperatriz! Como em 2024, escola junta duas parcerias e define samba para celebrar Ney Matogrosso no Carnaval 2026

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Por Guibsom Romão, Carolina Freitas, Juliana Henrik e Marcos Marinho

A Imperatriz Leopoldinense, novamente, dois carnavais após unir duas parcerias finalistas para o Carnaval de 2024, decidiu juntar as obras das parcerias de Hélio Porto e Gabriel Coelho em um único samba para homenagear Ney Matogrosso em 2026. Assim, assinam o samba os compositores: Gabriel Coelho, Alexandre Moreira, Guilherme Macedo, Chicão, Antônio Crescente, Bernardo Nobre, Hélio Porto, Aldir Senna, Orlando Ambrosio, Miguel Dibo, Marcelo Vianna e Wilson Mineiro. O resultado foi anunciado depois das 5h deste sábado, em uma quadra lotada de emoção, na Zona Norte do Rio. A escola da presidente Cátia Drommond será a segunda a desfilar no domingo de carnaval, defendendo o enredo “Camaleônico”, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira.

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Fotos: Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

A noite contou com momentos marcantes, como a presença do próprio homenageado. Ney subiu ao palco, emocionado, e recebeu o pavilhão da Imperatriz das mãos de “Oxalá”, enredo da verde e branco em 2025, em um encontro simbólico e histórico para a escola.

Apesar da grande festa, dois nomes importantes não puderam estar presentes: a rainha de bateria Iza, por compromissos profissionais previamente acordados com a direção, e o vice-presidente João Drumond, que segue em recuperação de um problema de saúde.

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O show dos segmentos foi outro ponto alto da noite, com destaque para a performance de Pitty de Menezes, que emocionou a quadra ao interpretar canções inesquecíveis de Ney Matogrosso.

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“Estou muito feliz, porque a escola mais que todos nós sabe qual é a melhor escolha para um grande carnaval, é uma escola que vai em busca do campeonato. Nós somos a segunda de domingo, mas vamos ser a primeira da quarta-feira de cinzas. E essa parceria que juntou hoje, nós somos amigos, já fomos parceiros, e essa união vai fortalecer a escola muito mais do que o mundo do samba imagina”, afirmou o compositor Aldir Senna, que é da parceria de Hélio Porto.

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Parceria de Hélio Porto, Aldir Senna, Orlando Ambrosio, Miguel Dibo, Marcelo Vianna e Wilson Mineiro

“Estou feliz. Meu terceiro campeonato. E aqui está a final do meu terceiro campeonato. Estou muito feliz. Tenho certeza que a escola fez um acerto, tenho certeza que vai sair também um excelente samba mais uma vez. Estou muito confiante que a escola com certeza vai brigar pelo título mais uma vez. Sobre a junção, já tinha alguns boatos antes, mas a gente nunca sabe. A gente só sabe realmente quando o anuncia aqui. Foi uma surpresa, realmente. Foi mantido as sete chaves, que ninguém sabia. Mas eu tenho certeza que a escola fez a melhor opção para fazer um excelente samba e um grande carnaval para a escola”, comentou o combpositor Gabriel Coelho.

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Parceria de Gabriel Coelho, Alexandre Moreira, Guilherme Macedo, Chicão, Antônio Crescente, Bernardo Nobre

Leandro Vieira: ‘O Ney é perfume diferente’

O carnavalesco Leandro Vieira destacou que o enredo não segue uma linha biográfica, mas um olhar poético sobre o homenageado: “O filme sobre Ney Matogrosso é maravilhoso, mas não é a minha referência. O enredo trata do Ney como artista que muda de pele, que fez da música a sua bandeira. Tem pouco da vida particular dele. É o Ney do palco, da voz, do corpo em movimento”.

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Vieira também atualizou a preparação do barracão: “Os protótipos já estão finalizados. A Imperatriz já está na fase de reprodução de fantasias. E as alegorias já estão na ferragem e carpintaria. Estamos dentro do cronograma de uma escola altamente planejada”.

Presidente Cátia Drommond: ‘Tudo belo como o Ney merece’

Visivelmente emocionada, a presidente Cátia Drommond exaltou o projeto de 2026: “O projeto que o Leandro apresentou é melhor que o de 2025. Temos essa proposta de sempre superar a própria Imperatriz. Vai ser um belo plástico, um belo samba, belas fantasias. Tudo belo como o Ney merece”.

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Cátia também celebrou a resposta da comunidade: “Ficamos felizes e realizados de ver a quadra cheia, a comunidade engajada. Esse é o nosso quinto carnaval juntos e seguimos no caminho certo”.

Pitty de Menezes: ‘Cantar as canções do Ney é uma honra’

O intérprete Pitty Menezes não escondeu a emoção de viver esse momento na carreira: “Para mim, representa tudo. Para nós, músicos e cantores de samba, a música popular brasileira é parte essencial da vida. Cantar as canções do Ney, que considero um dos maiores artistas do Brasil, é uma grande honra e uma responsabilidade. Espero conseguir interpretar o samba escolhido com a dignidade que nosso homenageado merece”.

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Ele também lembrou sua ligação afetiva com a obra de Ney: “Minha mãe ouvia os discos dele em casa, então já conhecia bem. Foi uma honra aprender e reinterpretar essas músicas de forma diferente. E ainda ouvi dele que eu sou ‘o cantor dele’. Isso não tem preço”.

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O diretor de harmonia, Thiago Santos, destacou a transformação do canto da comunidade e a parceria com Pitty e mestre Lolo: “Soltamos nossos componentes, que passaram a cantar e dançar com liberdade. A Imperatriz é uma escola que dança. E a sintonia entre Pitty e Lolo reflete na escola inteira. O resultado está aí: três anos sem perder nota em canto”.

Casal Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro: ‘Vamos trazer o universo do Ney’

O premiado casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, celebrou 2025 e já projetou 2026.

Phelipe avaliou o último desfile com entusiasmo: “O balanço é positivo. Saímos da Avenida bem felizes, conseguimos executar a coreografia como planejado e acredito que fizemos uma das apresentações mais comentadas dos últimos dez anos. Isso nos dá esperança de repetir ou até superar em 2026”.

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Rafaela, que celebrou 15 anos como primeira porta-bandeira da escola, relembrou a emoção do último carnaval: “Foi lindo e emocionante. Representamos muito axé, a nossa cultura, a minha religião. Que esse espírito continue em 2026. O Estrela do Carnaval foi especial, porque era o prêmio que me faltava. Esperei muito para ganhar, e agora quero lutar pelo bicampeonato.”

Sobre a preparação para o enredo dedicado a Ney Matogrosso, o casal foi categórico: “O Ney é eletricidade pura, é movimento. Eu me identifico muito com isso, porque também não consigo ficar parado”, disse Phelipe.

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“Ele nos dá inúmeras possibilidades, tanto na dança quanto no figurino. Assim como já fizemos em outros anos, incorporando passos da Cigana, de Xangô, de elementos afro, vamos mergulhar nesse universo. Mesmo que não leve diretamente para a avenida, o estudo é essencial para apresentar com propriedade. E o Ney nos inspira em todos os sentidos”, completou Rafaela.

Comissão de Frente: Patrick Carvalho quer mais um ano marcante

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O coreógrafo da comissão de frente, Patrick Carvalho, lembrou a conquista máxima no quesito em 2025 e reforçou a importância do samba para o trabalho: “Conseguir os 40 pontos foi muito especial. O samba influencia muito, mas estamos muito apegados ao estudo profundo sobre Ney. O artista é movimento, energia pura, e isso pode aparecer também na comissão”.

Diretor de carnaval, André Bonatte: ‘O Ney vai trazer uma estética inédita’

Responsável por coordenar a parte técnica e organizacional da Imperatriz, André Bonatte fez um balanço positivo do último desfile e projetou o futuro com entusiasmo:

“Para mim foi super positivo, porque a gente ficou muito próximo da campeã em termos de décimos perdidos. E com problemas que a gente entende que acontecem na avenida. A gente se preparou muito bem, mas sempre tem coisas que fogem ao controle. Mesmo assim, fica a sensação de que foi um grande carnaval. Já estou com saudade de 2025, mas precisamos superá-lo”.

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Sobre o projeto de 2026, ele exaltou a ousadia do carnavalesco Leandro Vieira: “É algo que eu nunca vi. Nos últimos carnavais, com Lampião, Cigana e Oxalá, já tivemos estéticas e discursos diferentes, e com o Ney não seria diferente. Não é só uma estética que a Imperatriz nunca viu, mas acho que o Carnaval do Rio nunca viu. Vai ser algo bonito aos olhos e, com o samba escolhido, também bonito aos ouvidos”.

Bonatte também destacou a sintonia com o carnavalesco: “O Leandro é muito parceiro e muito responsável por muitas coisas da direção de carnaval. É muito fácil trabalhar com ele, porque domina tudo. É sempre uma questão de entendimento, não de discordância. Concordamos em quase tudo”.

Por fim, revelou números e prazos para a preparação da escola: “Estamos planejando entre 3.100 e 3.200 componentes, contando os de carro. E já temos calendário: a bateria começa na primeira semana de novembro e, já no segundo fim de semana, iniciamos os ensaios de rua com a escola toda”.

Como passaram os sambas na final

Parceria de Jeferson Lima: O primeiro samba a se apresentar foi o dos compositores Jeferson Lima, Rômulo Meireles, Chico de Belém, Mirandinha Sambista, Alfredo Júnior e Tuninho Professor. A pareceria, que teve Wander Pires no microfone principal, foi recebida de forma tímida pela quadra. A performance no palco foi excelente, fazendo o samba passar de forma correta, mas não o suficiente para ser colocado como favorito na disputa. O refrão “Não há pecado, amor, vem se acabar! / Bicho pega, bicho come, requebra homem com H” mexeu com a quadra, mas não foi entoado por grande parte dos presentes.

Parceria de Gabriel Coelho: A segunda obra a se apresentar foi da parceria de Gabriel Coelho, Alexandre Moreira, Guilherme Macedo, Chicão, Antônio Crescente e Bernardo Nobre. Com Igor Vianna na voz, o samba, que era um dos favoritos na disputa, provou que o favoritismo tinha um porquê, já que foi cantando com entusiasmo por toda a quadra e quesitos, como passistas, baianas e boa parte da harmonia. Até o mestre-sala, Phelipe Lemos, caiu no meio do povo cantando e performando o samba. A cabeça do samba “Jurei mentiras mas não tô sozinho / Fui tudo o que eu sempre quis / Camaleônico Imperatriz / Camaleônica é a Imperatriz” faz uma excelente abertura de samba e já agita a quadra durante todas as passadas. Uma boa parte dos compositores desceram do palco para cantar no meio do público. O samba ainda contou com um Igor Vianna em uma noite de glória com o microfone nas mãos. O refrão “SE JOGA NA FESTA, ESQUECE O AMANHÃ MINHA ESCOLA NA RUA PRA SER CAMPEÃ! / VEM MEU AMOR / VAMOS VIVER A VIDA / BOTA PRA FERVER / QUE O DIA VAI NASCER FELIZ NA LEOPOLDINA” levantou a quadra todas as vezes que foi entoado. Após o encerramento do samba, o coro não foi outro, “É campeão” foi repetido pelos presentes.

Parceria de Hélio: Encerrando a noite, com Igor Sorriso e Charles Silva nos microfones principais, o samba de Hélio Porto, Aldir Senna, Orlando Ambrosio, Miguel Dibo, Marcelo Vianna e Wilson Mineiro, foi muito bem recebido pela quadra, quesitos como baianas e alguns harmonias, acompanhados da porta-bandeira Rafaela Theodoro, fizeram um trenzinho dançando com o samba. O samba foi bem executado no palco, provando que a sua presença na final foi merecida. O refrão “Eu quero é botar meu bloco na rua / De alma nua, pro dia nascer feliz / Prazer é minha lei, Prazer meu nome é Ney / E eu sou Imperatriz” foi muito bem cantando pela quadra, puxou o samba em todas as passadas que teve.