Intérpretes destacam a beleza do samba da União de Maricá na gravação oficial
A União de Maricá realizou a gravação da sua faixa para o álbum dos sambas-enredo de 2025 da Série Ouro, no último dia 11 de novembro, no estúdio em Marechal Hermes. A escola vai levar para a avenida uma homenagem ao Seu Sete da Lira, com o enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”, de autoria do carnavalesco Leandro Vieira. O CARNAVALESCO esteve presente na gravação e ouviu os componentes que foram realizar a gravação oficial da obra. Júnior Cabeça, diretor de harmonia, comentou sobre a oportunidade de acompanhar a gravação do samba para o próximo carnaval.
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“Nós estamos muito felizes com o samba. Tivemos uma eliminatória bem pesada e na hora de decidir foi unânime o samba escolhido entre toda a escola. A gravação, a gente sabe que vai alcançar os objetivos da escola, e do nosso carnavalesco. Já nos leva para um lugar muito melhor do que pensávamos. É um samba que tem característica de ser histórico,”.
O trio de intérpretes de Maricá, Nino do Milênio, Matheus Gaúcho e Bico Doce, também conversaram sobre a preparação que fizeram para botar a voz na obra, o que esperam do desempenho do samba e do resultado da gravação.
Ouça os sambas-enredo nas versões oficiais da Série Ouro para o Carnaval 2025
“A minha preparação é ficar em casa quietinho, escutando samba, tomando muita água e dormindo bastante. Na hora de gravar, é um misto dos dois, emoção e técnica. Tem que tirar da alma, jogando a voz, jogando mais a técnica. É um ótimo samba, maravilhoso, com três cantores maravilhosos juntando as vozes para virar uma voz só, e fazer um bom trabalho, botar o couro pra comer mesmo, que a gente está com vontade”, comentou Bico Doce.

“Muito descanso e muita concentração, e o samba ajudou muito. É valente e animado, que foi algo que a gente torceu muito durante a disputa e deu tudo certo, e ganhou um samba muito bonito para a nossa escola. A gente vai fazer um grande desfile em busca do título para a nossa escola de Maricá”, sintetizou Matheus.
“Eu sempre priorizo uma boa alimentação, descanso, poder dormir cedo, acordar cedo e chegar legal para gravar. A gente está com um samba muito bacana, muito bonito, que tem que ser muito bem cantado. A emoção mistura com a técnica, e no final dá um resultado maravilhoso, é uma grande pegada, com certeza melhor do que o samba do ano passado. E quem sabe o título vem esse ano? Vou ficar muito feliz”, finalizou Nino.
Mestre Paulinho Steves, comandante da “Maricadência”, falou sobre o andamento da bateria na gravação, como se preparou e da responsabilidade de estar à frente da bateria mais um ano.
“Foi 142 BPM (batidas por minuto). Pagodão. Na verdade, é um ritmo alegre, feliz. Ser responsável pela bateria é um mix de sentimentos, mas conduzir o coração da União de Maracá, que é a Maricadência, é a maior sensação de felicidade do mundo que eu tenho”.
JotaPê, diretor musical da União de Maricá, foi o responsável pelo arranjo da obra, e comentou como ele foi pensado para a gravação, baseado, principalmente, na discografia de Seu 7 da Lira.
“O nosso arranjo foi muito baseado naquilo que o nosso enredo pede, na discografia do Seu 7. Fizemos uma pesquisa muito grande, tanto para entender o que a União de Maricá precisa fazer pra impactar na avenida, quanto para não perder essa essência do Seu 7. Estamos preparando uma surpresa muito legal com a cara dele, com a cara da União de Maricá, que com certeza vai sacudir a Sapucaí. O Seu 7 tem uma discografia muito rica, a mãe Cacilda tem uma discografia muito rica. A gente foi beber nesta fonte, foi buscar toda essa alegria. Ao contrário do que muitos pensam, Seu 7 era um exu que gostava de festa, era único e festeiro e a gente trouxe esse clima de festa para nossa gravação”.
João Vidal, um dos compositores da obra, teve a oportunidade de acompanhar a gravação, e destacou a alegria de ver um samba de sua autoria na Sapucaí pela primeira vez.
“É o samba mais especial da minha vida. Já tinha ganho outros quatro na Maricá, mas esse é o mais importante, e eu sonhei com esse dia. Gosto muito do refrão do meio porque é a parte da cura. Acho que é uma grande sacada conseguir transmitir realmente o que era o Seu 7. Ele curava as pessoas no bar, no boteco, com marchinha, samba, festa, que era a essência dele. Espero que o samba cada vez mais fique mais popular e impulsione Maricá para o título”.
Liga RJ faz neste sábado o ‘Esquenta Carnaval’ com desfiles gratuitos na Cidade do Samba
A Liga RJ já conta os dias para um dos mais aguardados eventos de seu calendário no final de ano: o “Esquenta Carnaval”. Pelo quarto ano consecutivo, a Cidade do Samba será palco de desfiles das escolas da Série Ouro, marcando o lançamento oficial do álbum com os sambas para o Carnaval 2025. O evento, que terá entrada franca, será realizado neste sábado, com a abertura dos portões às 14h.
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Ao todo, 16 escolas de samba apresentarão suas composições para o próximo carnaval. A festa começará com as agremiações que ascenderam da Série Prata: Botafogo Samba Clube e Tradição. Em seguida, o desfile continuará conforme a ordem inversa de classificação do último carnaval, incluindo a escola vinda do Grupo Especial, com Arranco, União do Parque Acari, Em Cima da Hora, Unidos da Ponte, Unidos de Bangu, Vigário Geral, Acadêmicos de Niterói, União da Ilha, Inocentes de Belford Roxo, São Clemente, União de Maricá, Porto da Pedra, Estácio de Sá e Império Serrano.
Presidente da Liga RJ, Hugo Junior comemorou a oportunidade de mais uma vez realizar um evento do tamanho do “Esquenta Carnaval”. Segundo ele, é uma oportunidade das comunidades apresentarem uma prévia do que virá no desfile, mostrando a força de seus sambas.
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“O Esquenta Carnaval não é apenas uma prévia do desfile, mas uma grande celebração da cultura popular e da força das comunidades que constroem o samba. Tornar o evento gratuito é um compromisso da Liga RJ em valorizar quem ama o samba e tornar essa festa acessível a todos. Queremos que o público sinta a energia do carnaval desde já e celebre conosco”, afirmou Hugo Junior.
Além dos desfiles, o evento promete ser uma experiência completa para os sambistas e foliões, com uma programação recheada de alegria e emoção na Cidade do Samba. Em 2025, os desfiles oficiais da Série Ouro serão nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, na Marquês de Sapucaí.
Arranco apresenta fantasias para o Carnaval 2025
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O Arranco apresentou suas fantasias rumo ao Carnaval 2025. Ao todo, seis foram selecionadas para mostrar ao público um pouco do que a azul e branca do Engenho de Dentro levará para a avenida no próximo ano.
“A ideia era criar uma narrativa que demonstrasse, a partir de vídeos e fotos, toda a energia que queremos levar para a Sapucaí. O enredo tem uma pegada bem emocional, porque fala de mãe, de mulheres, e isso precisava ser passado ao público da forma como pensamos o Carnaval de 2025, ou seja, com muita sensibilidade”, disse Annik Salmon, carnavalesca da escola.
A primeira fantasia divulgada foi a ala de baianas que representa Iemanjá, a “mãe de todas as cabeças”. Na sequência, a escolhida foi a que traz a tradição de preparar, nas cozinhas das agremiações, as feijoadas de São Jorge. A terceira fantasia retrata o período junino, onde muita comida à base de milho é vendida e consumida. Em outro momento, a escola mostrou a fantasia “rainhas da sustentabilidade” que exalta o poder de transformação das mulheres dentro e fora de casa. A quinta fantasia fala sobre o poder das mulheres na cozinha e a transformação que esse espaço sagrado da casa tem. E, por fim, a ala que fala da resistência que é ser mulher teve Mari Mola – madrinha da escola e da ala LGBTQIAPN+ – como modelo da fantasia, sem falar das mulheres do Arranco compondo o cenário.
Para Karolini Costa, diretora de comunicação e marketing da escola, o processo de divulgação das fantasias deste ano focou também no conceito de territorialidade: “Quando foi pensada a forma como as fantasias seriam divulgadas, foi idealizado que cada uma das escolhidas pudesse ter como cenário uma ligação direta com a narrativa daquela fantasia, para que as pessoas pudessem identificar, para além de tudo, a força que é ser mulher nos mais variados ambientes”.
Além disso, os vídeos produzidos contaram com narrações e participações mais que especiais. Figuras importantes da escola e que ajudam a contar o enredo “Mães que alimentam o sagrado” desde sua concepção estiveram presentes nesse processo. A presidente da escola, Dona Diná, por exemplo, foi a escolhida para dar voz ao vídeo que trouxe a fantasia que falava sobre cozinha, já que ela é conhecida por todos como a grande “mãe da escola”. Já no vídeo que traz a força da mulher na fantasia “rainha da sustentabilidade”, a narração ficou por conta de Mãe Márcia Marçal.
Para o Carnaval 2025, o Arranco apresentará “Mães que alimentam o sagrado”, um enredo com muita sensibilidade, sobre as questões que atravessam a maternidade, desde a ancestralidade e as dificuldades que as mulheres enfrentam no seu dia a dia.
FICHA TÉCNICA
Presidência: Diná Santos e Tatiana Santos
Direção: Annik Salmon, Karolini Costa, Maria Eduarda Alves, Renato Souza e Victor Baetas
Imagens: Maria Eduarda Alves e Victor Baetas
Carnavalesca: Annik Salmon
Pesquisa de Enredo: Annik Salmon e Artur Amaro
Modelo Fantasia 01 – Martha Aimeé
Modelo Fantasia 02 – Dirce Gomes Lisboa
Modelos Fantasia 03 – Suelen Gonçalves e Robson Gomes
Modelo Fantasia 04 – Analu
Modelo Fantasia 05 – Vanessa Fersa
Modelo Fantasia 06 – Mari Mola
Porto da Pedra grava samba na busca de retornar ao Especial: ‘conta bem o enredo’, destaca Wantuir
A Porto da Pedra realizou a gravação de sua faixa para o álbum dos sambas-enredo da Série Ouro, no estúdio localizado em Marechal Hermes. A escola de São Gonçalo levará para a Sapucaí no próximo carnaval o enredo “A história que a borracha do tempo não apagou”, do carnavalesco Mauro Quintaes. O CARNAVALESCO esteve presente na gravação e ouviu alguns integrantes da escola. O intérprete Wantuir comentou sobre como se preparou e o que espera da gravaçãopara o próximo Carnaval, destacando as qualidades da obra em relação ao enredo e na busca da escola retornar ao Especial.
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“Acordei cedo para voz ficar no lugar. Temos um samba sensacional, muito bem elaborado, preparado, ele alegra onde tem que se alegrar, conta bem o enredo e tem um trabalho maravilhoso feito pela nossa bateria. Gosto da parte que fala da história da Porto da Pedra, da nossa gente e do carnaval que a gente vai colocar na avenida e não se espantem que ela vai voltar. E a gravação é a parte mais técnica, mas também procuro um bocado da euforia. É bom para as pessoas aprendam o samba justamente com o clima que você vai colocar na avenida”.

Mestre Pablo, responsável pela “Ritmo Feroz”, explicou sobre as decisões tomadas para a gravação da bateria para o álbum, agradecendo a responsabilidade de comandar os ritmistas por mais um ano.
“A gente aqui está 142 BPM (batidas por minuto), acho que é um andamento bem confortável para o cantor, para a bateria, e a intenção do álbum é apresentar o samba. Na gravação nós estamos apresentando duas bossas e uma caída de segunda, um pouco diferente, e espero que todos gostem do trabalho. Eu sou mestre de bateria com mais tempo na Porto da Pedra, é uma emoção diferente, estou super feliz por ter mais esse ano de responsabilidade à frente da bateria do Tigre de São Gonçalo e agora em busca de voltar para o Grupo Especial”.
Aluízio Mendonça, diretor de carnaval da agremiação, falou sobre a presença na gravação e o que esperar da faixa do Tigre de São Gonçalo.
“Esperem um hino lindo para a nossa comunidade. Como diz o refrão de baixo, ninguém vai apagar a nossa história, a nossa gente, o nosso carnaval”.
Vinícius Chocolate foi o responsável sobre o arranjo da obra da escola de São Gonçalo. Ele destacou como o enredo ajudou na montagem para explorar o que poderia ser feito.
“O arranjo sempre é pensado de acordo com o enredo. A missão do samba é transmitir uma mensagem. A gente aproveita para explorar o enredo e enriquecer a nossa obra. Buscamos transmitir uma mensagem mais aguerrida de um povo de guerra, conforme os indígenas. Assim, vamos nessa pegada para mostrar bem a força da nossa escola”.
O compositor Guga Martins comentou a importância da obra para ele e para a agremiação, e sobre como o samba foi abraçado pela comunidade de São Gonçalo.
“É onde eu fui criado e aprendi sobre carnaval. É o meu terceiro samba na escola, mas eu tive a sensação de ser o primeiro. O mais importante o samba conseguiu, que foi a comunidade comprar a obra desde a hora da disputa. Ela abraçou o samba. Agora é tirar os 40 pontos e fazer a escola se erguer e voltar ao Grupo Especial. A escola está vindo da queda e a comunidade ficou chateada. A gente tentou se apropriar do enredo para tentar fazer a comunidade ser ouvida, tentando representar esse momento”.
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Império Serrano realiza homenagem para Beto Sem Braço com Xande de Pilares na gravação da Liga-RJ
Uma semana após a disputa acirrada de sambas-enredo, o Império Serrano gravou a faixa campeã para o álbum da Liga-RJ. Com o enredo “O que espanta miséria é a festa”, desenvolvido pelo artista Renato Esteves, em homenagem ao compositor Laudeni Casemiro, o famoso Beto Sem Braço. A equipe de reportagem do CARNAVALESCO esteve presente no estúdio em Marechal Hermes e conversou com Xande de Pilares, que encabeça a parceria campeã. Ele é um dos compositores do samba-enredo ao lado de Aluísio Machado, Henrique Hoffmann, Carlos Senna, Jefferson Oliveira e Leandro Maninho.
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“É uma simples homenagem para um cara além da simplicidade. Eu me sinto como se estivesse dando um abraço ao Beto e sou muito grato aos meus companheiros por essa oportunidade. Nós dois parceiros neste samba que são importantes, que é o Carlos Senna e o Aluísio Machado, porque ambos me acompanharam desde criança”.
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Xande também comentou a sua história com o Império Serrano. “O Jorginho do Império foi um dos primeiros artistas que vi. Até hoje tenho o disco dele. O Império entra na minha vida, através dele, e, depois, eu quero descobrir outros artistas. A minha tia vai morar no morro do São José e conheço a quadra da escola pela primeira vez, momento no qual conheço o celeiro de bamba que a escola é”.

O intérprete Kleber Simpatia encabeça o carro de som da verde e branco para o próximo carnaval. Com passagens pela Unidos da Ponte, ele comentou sobre gravar o primeiro samba para a nova escola.
“É um dia de muita de responsabilidade de colocar a voz no samba-enredo de uma escola tradicional, para traduzir a emoção e o que a comunidade gostaria de ouvir. Estava ansioso em como montar a melodia para hoje. Eu e o mestre Vitinho estamos caminhando juntos desde a minha chegada e é nisso que eu acredito. As direções das escolas de samba precisam caminhar juntos até o dia do desfile”.
Roda de samba na Avenida
O mestre Vitinho comanda a bateria “Sinfônica do Samba” que, no carnaval passado, gabaritou o quesito. Visando continuar com a excelência, ele elogia a escolha do samba. “O Império Serrano escolheu um ótimo samba em homenagem a um ótimo poeta. Se Deus quiser, essa gravação irá ficar marcada na história da escola”;
Vitinho revela como montou o ritmo dos instrumentos durante a gravação. “Teremos um batucada, ou seja, uma roda de samba na Avenida. Será muito bacana, porque colocaremos o povo para sambar, curtir e beber uma cerveja com a escola”.
Em 2025, o Império Serrano irá se apresentar no sábado de carnaval, segundo dia de desfiles da Série Ouro, sendo a última escola a cruzar a Marquês de Sapucaí.
Milton Cunha será tema do figurino de bateria de escola de samba do Grupo Especial de São Paulo
Imaginem o carisma, a alegria e a personalidade de Milton Cunha multiplicados 230 vezes no Sambódromo do Anhembi. Foi essa a inspiração do carnavalesco Murilo Lobo, que assina o carnaval 2025 da Estrela do Terceiro Mileniio para vestir os ritmistas da agremiação que desfilará no sábado de carnaval pelo Grupo Especial de São Paulo. O convite foi feito durante a apresentação do azulejo comemorativo da Câmara de Comércio LGBT. O enredo da agremiação fundada em 1998, é mais um tema criativo e inovador que pretende voltar os olhares do grande público para o respeito à diversidade.
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“Seria impossível recusar uma homenagem deste tipo. Será um carnaval inesquecível, não só para mim, mas acredito que para todos da comunidade LGBTQIAPN+, cujo território é o samba também“, diz Milton.
Para Murilo, a presença de Milton vai além de uma simples homenagem. “Quando a gente fala de carnaval, a gente fala de arte, de cultura e Milton representa tudo isso. Eu disse aqui no evento que ele, além de tudo, ele conseguiu quebrar as bolhas e ser uma pessoa querida em todos os meios, em todas as frentes, por causa do coração grandioso que ele tem também. E aí, pensando em como eu poderia fazer essa homenagem, onde colocar Milton Cunha, uma escultura, seja o que fosse, tive a ideia de colocar no coração da escola, aquele lugar que pulsa com os nossos ritmistas e com os tambores. Então, 230 Milton Cunha estarão ali celebrando a diversidade e agradecendo a esse grande mestre todo o trabalho lindo que ele faz”.
Segundo o presidente Silvão Leite, a homenagem é mais do que merecida. “O mais colorido dos carnavalescos, merecia essa homenagem, neste enredo inédito e tão necessário neste momento, que contará a história da luta da comunidade LGBT+”.
Com o enredo “Muito Além do Arco Íris “, a Estrela do Terceiro Milênio desfila no sábado de Carnaval, 01 de Março.
Após desfile na Cidade do Samba, Tijuca inicia temporada de ensaios de rua mantendo canto forte da comunidade
Por Gabriel de Souza e Matheus Morais
Após um dia bastante chuvoso, a Tijuca realizou seu primeiro ensaio de rua, na noite da última quinta-feira, na Via D1, perto de sua quadra no Santo Cristo. Se preparando para levar a Sapucaí o enredo “Logun-Edé – Santo menino que velho respeita”, do carnavalesco Edson Pereira, a escola será a primeira a desfilar na segunda de carnaval, dia 03 de março. A escola do Borel contou com a presenca da rainha Lexa à frente da “Pura Cadência”. O intérprete Ito Melodia comandou o carro de som da Azul e Amarelo e reforçou a importância do samba-enredo de 2025, em especial após o desempenho no desfile do Dia Nacional do Samba, no último fim de semana, como um momento dr buscar fortalecer os quesitos e segmentos da ecola do Borel.
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“A importância do nosso samba é 100%, principalmente, depois do minidesfile que nós fizemos na Cidade de Samba, quando demos a cara e mostramos o que a Tijuca pretende e o que quer. Foi um desfile realmente com muita garra, muita emoção, a escola cantando muito. Aqui é mais uma prova para gente fortificar mais ainda o canto da escola, a bateria e o carro de som. A gente quer a perfeição. A gente já tinha a ideia do que poderia acontecer quando começamos o ensaio na quadra, e, na Cidade do Samba, foi a prova de que a Tijuca estava preparada e que escolheu um samba maravilhoso. Muito feliz que tudo está acontecendo, a energia está muito forte”, disse o cantor.
Fernando Costa, diretor de carnaval do Pavão, sublinhou o canto no último fim de semana como um dos pontos altos e que busca manter o mesmo padrão nos ensaios. “O canto da escola sempre foi forte e nós demonstramos isso no minidesfile. Os nossos 300 componentes cantaram e evoluíram bem”, afirmou Costa.
Condutores do pavilhão tijucano, Matheus André e Lucinha Nobre marcaram presença na abertura da temporada de ensaios de rua, em uma data muito especial, sendo aniversário da porta-bandeira, que destacou a importância do treino para a agremiação.
“O ensaio de rua é o momento no qual trabalhamos a construção e testamos quais movimentos iremos levar à Avenida. É o momento de se conectar com a comunidade e entender o que funciona. Nós tentamos dar a atmosfera como se estivéssemos no desfile”, garantiu.
Lucinha tambem descreveu como esse momemto marca a ela e a escola, em um reencontro, onde ela veio conectada com Logun-Edé em um figurino inspirado no pavão. “É uma quinta-feira e meu aniversário. Eu e Logun-Edé já estamos íntimos. Nós estamos nos conectando com a comunidade. Estou muito feliz de estar aqui. É um momento de recomeço com a escola, de encontro com si mesma. A ideia é estar conectando com o santo e o símbolo da escola”.
Matheus André citou a busca pelo aperfeiçoamento da dança do casal em vista do proximo carnaval. “Nós temos que melhorar tudo. Melhorar sempre até o desfile”.
Mestre Casagrande, comandante da “Pura Cadência”, explicou algumas bossas que a bateria vai levar para a Avenida no ano que vem. Ele citou que já vem buscando tocar para o santo.
“Na rua a gente consegue ensaiar com quase a totalidade da bateria. Começamos a ensaiar a velocidade do samba agora, ajustando algumas coisas do carro de som, as bossas, que a gente está fazendo, e ainda temos mais duas bossas para colocar em prática. O nosso desafio maior é fazer com que nossos tambores toquem para o santo, Logun-Edé. A gente está muito preocupado com isso. Vamos fazer as duas batidas para o santo, que é o ijexá e o aguerê dentro dos instrumentos que a gente tem característica da cultura de bateria do Rio de Janeiro”, explicou o mestre de bateria.
Livro sobre a cobertura radiofônica do desfile da Grande Rio de 2022 será lançado neste domingo
No domingo, a partir das 14h, será lançado “O radiojornalismo pede passagem: a cobertura do desfile da Grande Rio em 2022”, de Anderson Baltar, um estudo inovador sobre a cobertura radiofônica do Carnaval carioca. O livro, que será lançado durante a roda de samba-enredo do Al Farabi (Rua do Mercado, 36), oferece uma análise detalhada de como três grandes emissoras — Tupi, Roquette Pinto e Arquibancada — acompanharam o desfile da Acadêmicos do Grande Rio, campeã do Carnaval carioca de 2022. O trabalho é uma adaptação da dissertação de mestrado do autor, defendida no Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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Na obra, Baltar explora a estrutura e as particularidades do radiojornalismo durante o maior espetáculo da cultura popular brasileira. A partir do exemplo concreto de uma cobertura emblemática, o autor destaca os métodos, desafios e o impacto das transmissões ao vivo do Carnaval, abordando a complexidade e a riqueza do trabalho jornalístico radiofônico nesse contexto.
Além disso, o livro traz detalhes do desfile da Grande Rio, que venceu o Carnaval de 2022 com uma apresentação inesquecível sobre Exu, e apresenta como as três emissoras de rádio noticiaram sua passagem pela Sapucaí. A obra conta ainda com apresentação do jornalista e radialista Eugênio Leal e com fotos de Wigder Frota, profissional que cobre os desfiles há mais de 25 anos.
O lançamento acontecerá durante a roda de samba-enredo “Enredos do Meu Samba”, comandada por Paulinho Bandolim, compositor tricampeão do samba-enredo da Mangueira. Enquanto Baltar estiver autografando os livros, o público poderá curtir grandes clássicos do Carnaval carioca executados por um grupo repleto de bambas com passagens por grandes escolas. A entrada é franca.
Serviço: Lançamento do livro O radiojornalismo pede passagem – A cobertura do desfile da Grande Rio em 2022
Data: 8 de dezembro
Horário: 14h
Local: Al Farabi (Rua do Mercado,36, Centro), durante a roda de samba-enredo “Enredos do Meu Samba”
Entrada: Franca