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Integrantes da Portela celebram em ensaio de rua o andamento perfeito para o samba-enredo do Carnaval 2025

Após a apresentação na Cidade do Samba, em comemoração ao Dia Nacional do Samba, a Portela voltou a Estrada que leva o seu nome em seu segundo ensaio de rua projetando os próximos passos na preparação para o Carnaval 2025. Com um bom contingente de componentes e teve um grande público que se aglomerou nas calçadas para receber e saudar a Azul e Branca de Madureira. Com pouco mais de uma hora de treino, o ensaio mostrou uma agremiação já bastante cantante em relação ao hino que vai embalar o desfile em homenagem ao cantor Milton Nascimento, com a garra e disposição sempre, agora um pouco mais leve e colorida pela temática do enredo.

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Fotos: Lucas Santos/CARNAVALESCO

Vice-presidente da Majestade do Samba, Junior Escafura, avaliou o momento de preparação da escola e falou sobre a grande presença de público na Estrada do Portela.

“A expectativa é melhor possível. A cada ensaio fica melhor. A gente achou andamento ideal para o desfile. Isso é muito importante. A escola está feliz e cantando. Eu acho que é uma mostra do que a Portela pode fazer. A escola vem muito bem, evoluindo, bem solta, espontânea, é isso que a gente quer. Vamos encerrar o carnaval com muita alegria, canto, e energia. E o grande contingente é uma coisa tradicional da Portela é uma legião de apaixonados que vem ver a escola toda semana. A torcida é muito apaixonada e a gente está muito feliz”.

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O desfile aconteceu entre a esquina da Estrada do Portela com a Rua Clara Nunes com o deslocamento indo até próximo da praça Paulo da Portela, onde ocorre a Feira das Yabás. O diretor de carnaval Junior Schall explicou a importância do treino na região, ainda que o local tenha uma parte que é uma subida, pela força da comunidade presente ali.

“É sempre muito importante fazer o ensaio na Estrada do Portela porque hoje eu
entendo a força da efervescência que faz com a escola. Você tem a Portela no seio do seu povo, do lado da sua casa. Quando você vai fechar um desfile isso pra nós faz parte de um trabalho de evolução. Pulsação, volume de canto, intensidade, espontaneidade do componente. E aqui não é nem tanto uma questão dinâmica de contar tempo de desfile, não é isso, é uma questão de aumento de interatividade, força individual de conjunto, a Estrada do Portela representa isso para a Portela enquanto ensaio”.

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Junior Schall também explicou as diferenças entre a preparação feita para o desfile do ano passado e as mudanças para esse ano, visto que a Portela também terá um posição diferente, encerrando uma inédita terceira noite de desfiles.

“A gente entende a necessidade do enredo. Entendemos que estamos cantando para o Milton diante de um samba com características portelenses. Vamos aproveitar ao máximo. ‘Um defeito de cor’ tinha uma outra posição, tinha uma outra necessidade de potência. A potência de Milton Nascimento tem que ser para um ano, um terceiro dia que não existe, a gente entende essa missão e é pra isso que nós estamos trabalhando”.

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Casal trabalha em cima das justificativas

O primeiro casal da Portela, Marlon Lamar e Squel Jorgea, vê os ensaios de rua como um excelente momento para testes.

“Começamos a testar. O ensaio de rua nos dá essa essa liberdade de criar movimentos para gente entender como é na rua, como vai ser na Sapucaí e é ótimo. Vamos encaixando aquilo que é válido dentro da nossa dança”, explicou Marlon.

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A porta-bandeira Squel ressaltou que a preparação da dupla, em seu segundo ano juntos na Águia Altaneira, tem focado na observação das justificativas, não só as que competem às notas recebidas pelo casal da Azul e Branca, mas na apreciação de justificativas para outros casais.

“Estamos trabalhando em cima das justificativas. Elas que estão nos norteando. Vendo nossos vídeos, dos outros casais também, estudando as outras justificativas, estamos estudando muito. É necessária essa atenção porque é assim que nós somos avaliados. E tiveram coisas que foram pontuadas, por isso, estamos trabalhando em cima delas para corrigir”, esclarece a porta-bandeira.

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Sobre esse segundo ano de parceria é natural começar a imaginar um entrosamento maior, principalmente, se tratando de dois profissionais experientes do carnaval carioca.

“Eu acho que é automático. É como um relacionamento, a gente está naquela fase de autoconhecimento. Entender a minha força, a dela, a gente vai se encaixando para entrar no ponto que é crucial, o olhar”, explica o mestre-sala.

Lado musical da escola com o trabalho adiantado

Antes de subir com a bateria, o botafoguense Nilo Sérgio, todo feliz, fez questão de festejar e tirar onda com o título Brasileiro. Calejado, o profissional falou sobre o encontro do melhor andamento e prometeu surpresas na tradicional bateria da Azul e Branca para ter uma boa disputa com as demais escolas.

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“A gente está no nosso terceiro ensaio a céu aberto, considerando a apresentação na Cidade do Samba. Foi muito bom, a escola toda cantando, a bateria funcionou, pegamos o andamento que a escola queria, e que nós também entendemos ser o melhor. Acho que a Portela se encaixou. Vamos para uma boa briga. A gente vinha apurando o trabalho antes de vir para rua, limpamos a batida de caixas, pensamos nas bossas. Sempre pontuando que a Portela é tradicional, mas tivemos a liberdade e o espaço para fazer algo diferente que não interfira na nossa essência”.

O intérprete Gilsinho explicou a importância da Portela levar o samba na rua para ter certeza das decisões de andamento e para experimentar mais artifícios musicais que só ficam mais claros a partir de uma avaliação a céu aberto.

“Estamos no início do ensaio externo, que é um trabalho muito importante. Na rua tem outro clima, outra pegada, a gente escuta a bateria melhor, por estar a céu aberto. Ainda há algumas coisas para ajustar, mas até o carnaval vai estar tudo pronto”.

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Gilsinho também pontuou a importância de manter o time de vozes da Portela para tirar o máximo da obra escolhida para representar a Portela na Avenida em 2025.

“Em relação ao carro de som não muda, a gente está junto há mais de dez anos já. Estamos muito seguros, nos entendemos muito bem. A Ledjane Motta, é a preparadora vocal e integrante da nossa equipe, ela trabalha muito bem a preparação com a gente. O trabalho é toda semana”.

Em 2025, a Portela vai encerrar a terceira noite de desfiles do Grupo Especial levando para a Marquês de Sapucaí o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, de autoria dos carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues.

 

 

 

 

Com harmonia impecável, Viradouro encanta em mais um ensaio no Centro de Niterói

Sob os olhares atentos de um público fiel que encheu o Centro de Niterói, a Unidos do Viradouro protagonizou mais um ensaio de rua impecável rumo ao Carnaval 2025. Com a comunidade vibrando e o samba entoado na ponta da língua, a apresentação foi um verdadeiro espetáculo, reafirmando que a escola está determinada a lutar pelo bicampeonato. A bateria Furacão Vermelha e Branca, liderada por mestre Ciça, foi o grande destaque, conduzindo o público e a escola em uma apresentação repleta de energia, precisão e garra, consolidando o clima de expectativa para o próximo carnaval.

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Fotos: Luan Costa/CARNAVALESCO

Em 2025 a Viradouro levará para a avenida o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon. A narrativa homenageia Malunguinho, figura histórica e espiritual ligada à resistência no quilombo do Catucá, em Pernambuco. A vermelha e branca de Niterói será a terceira escola a pisar na avenida no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial. O próximo ensaio da agremiação será no próximo domingo, novamente na Avenida Amaral Peixoto.

O diretor de carnaval da agremiação, Alex Fab, pontuou que a ideia era encerrar o ano com chave de ouro e no ensaio deste domingo um grande passo foi dado rumo a isso, ele também falou sobre o andamento dado ao samba.

“Dentro do que a gente tinha planejado para encerrar esse ano foi mais um ensaio satisfatório pra gente, hoje a gente saltou mais um degrauzinho pra encerrar 2024 dentro que foi planejado, estou feliz com o andamento que colocamos, sempre tem alguma coisinha pra ir aperfeiçoando, mas é passo a passo”, disse Alex Fab.

Comissão de Frente

Sob o comando dos campeoníssimos Priscilla Mota e Rodrigo Nergri, a comissão de frente da vermelha e branca se apresentou de forma aguerrida, firme e organizada durante todo o ensaio. Os bailarinos emularam o andamento do desfile oficial, fazendo marcações e já verificando o tempo, uma corda simulou o que possivelmente será o espaço destinado ao tripé de apoio, inclusive, durante um momento da coreografia essa corda avançava em direção ao corpo de dança, dando uma amostra do que virá por aí. Vale destacar que os bailarinos carregavam em suas mãos ramos de folhas que ao tocarem no chão soltavam faíscas, um efeito não intencional, mas que impressionou.

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Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Julinho e Rute se apresentaram com o habitual show que estão acostumados a dar, nesta noite eles já fizeram a coreografia oficial que pretendem mostrar no dia do desfile, vale mencionar a força dos movimentos e a complexidade dos mesmos. A dupla, extremamente entrosada demonstrou muita segurança e confiança no que pretendem apresentar, eles passaram com a naturalidade e o vigor de sempre, durante todas as paradas para os jurados.

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Harmonia

Impecável do início ao fim, com todas as alas mantendo o ritmo e a vibração do samba, sem deixar a energia cair em nenhum momento. A performance trouxe um equilíbrio perfeito entre momentos mais cadenciados e outros de pura explosão, especialmente no pré-refrão e no refrão principal, que levantaram o público presente. O intérprete Wander Pires foi um show à parte, conduzindo com maestria e mostrando um entrosamento absoluto com a bateria “Furacão Vermelha e Branca”, sob o comando de ,estre Ciça.

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Evolução

Como de praxe, organização e espontaneidade foram a marca de mais um ensaio, a comunidade esteve presente em grande número e tomou conta da extensa avenida Amaral Peixoto. As alas evoluíram com extrema leveza e brincaram com o samba, mas sem perder a organização que já é marca da escola, todos sabem seu lugar e o que devem fazer, mas mesmo assim se divertem. Alguns elementos foram utilizados para demarcar o espaço das alegorias no desfile oficial e tudo ocorreu com extrema naturalidade, assim como a presença de algumas alas coreografadas que permearam o ensaio. Nenhum problema foi observado, nem mesmo na entrada e saída da bateria do recuo.

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Samba-Enredo

O samba de autoria de Paulo César Feital, Inácio Rios, Márcio André Filho, Vaguinho, Chanel, Igor Federal e Vitor Lajas foi um dos grandes destaques da noite, sendo responsável por impulsionar quesitos importantes. A condução de Wander Pires, mais uma vez, merece destaque, o intérprete, que dispensa elogios, adaptou a obra com maestria e imprimiu sua cara. O mesmo vale para a bateria comandada por mestre Ciça, o encaixe já está perfeito, mesmo com meses de antecedência para o desfile oficial.

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O samba como um todo é passou de forma positiva, o jogo de palavras utilizado no refrão principal é um achado e contagia a todos, principalmente na parte “Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo”. Outros momentos da letra merecem destaque, como o verso que abre a primeira parte do samba “Acenda tudo que for de acender”.

Outros Destaques

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Como de costume, vale destacar a rainha de bateria Erika Januza, mais uma vez ela brilhou vez e foi extremamente festejada pela comunidade que já a tem como figura marcante da Viradouro. Outro destaque fica por conta da alegria dos componentes ao final do ensaio, mesmo após o fim do percurso muitos se recusaram a ir embora e ficaram curtindo junto com a bateria.

Em noite histórica, Neguinho se despede dos ensaios de rua, Beija-Flor pulsa emoção e Mocidade brilha em Nilópolis

A Beija-Flor deu início à preparação para seu desfile no Carnaval 2025, com o já tradicional Encontro de Quilombos, na Avenida Mirandela, em Nilópolis. A convidada do último sábado foi a Mocidade Independente, que fez grande apresentação para brindar o público e abrir os trabalhos para o ponto alto da noite. Os sambistas presentes testemunharam o último ensaio de rua de Neguinho e a emoção tomou conta da pista, somado ao samba da Deusa da Passarela, em homenagem a Laíla. Um cenário perfeito para um ensaio que se tornou inesquecível. A Beija-Flor será a segunda escola a se apresentar na segunda-feira de carnaval (3 de março), com o enredo “Laíla de todos os santos, Laíla de todos os sambas”, desenvolvido pelo carnavalesco João Vitor Araújo. Já a Mocidade, será a primeira a desfilar na terça-feira de carnaval, com o enredo “Voltando para o futuro – não há limites para sonhar”, dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage.

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Fotos: Allan Duffes/CARNAVALESCO

Finalmente, aconteceu o encontro entre Beija-Flor e Mocidade. As duas já tentaram se encontrar em Nilópolis, mas chuvas fortes cancelaram e quiseram os deuses do carnaval que a Estrela-Guia estivesse presente no dia 7 dezembro de 2024 para guiar os caminhos ao último ensaio de rua do dono do grito de guerra que embala qualquer evento de norte a sul do Brasil. “Olha a Beija-Flor aí gente!” Gritou Neguinho, às 23h, pela última vez como cantor oficial da escola, em um ensaio de rua.

O início do fim de uma era, marcou a história da Avenida Mirandela, que estava lotada e viu passar o condutor do microfone da Beija-Flor por mais de 45 anos. A essa altura, a emoção já tomava conta e nada mais importava senão o que estava acontecendo no carro de som. Luiz Antônio Feliciano Marcondes, o Neguinho da Beija-Flor, aos 75 anos, encantando a multidão presente e enchendo os olhos de crianças, pequenos sambistas, que grudaram nele para ver a arrancada do samba.

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“Comecei a amadurecer essa ideia de que o tempo passa. Aí, você tem que deixar a vez para a rapaziada que está chegando com todo o pique, todo o gás. Eu vou ver se nesses próximos cinco, 10 anos dou continuidade nos shows, para ver se garanto aí uma aposentadoria”, contou Neguinho brincando sobre o tempo que ainda espera estar nos palcos.

A Mocidade era a convidada de honra. Foi a primeira a se apresentar com um canto forte comandado pelo cantor Zé Paulo Sierra. O intérprete da Verde e Branca comentou sobre presenciar a despedida de Neguinho dos ensaios de rua.

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“É um processo de despedida que a gente está fazendo para o Neguinho no carnaval. Para mim, além de ser muito honroso estar aqui em Nilópolis, é estar no último ensaio do Neguinho na rua. Foi incrível, uma experiência bacana, poder cantar no mesmo solo que o Neguinho canta. Estou muito feliz de estar aqui hoje”, disse Zé Paulo, puxando o coro dos emocionados endossado pelo presidente e fã declarado Almir Reis, da Beija-Flor.

“A minha reação foi de tristeza imensa. Acho que há muito tempo não me emocionava tanto. Esse anúncio da saída do Neguinho foi um choque para todos nós. Estamos todos muito tristes, mas ao mesmo tempo, nos deixou com mais sangue nos olhos para fazer um grande desfile. O Neguinho entrou na escola com a Beija-Flor ganhando e vamos torcer para que ele saia, mais uma vez, levando um título”.

O clima de emoção e reverência se sustentou até o fim do ensaio, marcado por uma ventania que desafiou a porta-bandeira da Mocidade, Bruna Santos. Os ventos de Oyá sopraram forte, secaram os olhos marejados pela aposentadoria do cantor e fizeram Nilópolis cantar em honra a Laíla, enredo da Beija-Flor.

Primeiro ensaio dá sinais de rolo de compressor pelo título

Conhecida por cantar muito qualquer samba que lhe é entregue, a comunidade da Beija-Flor está incorporada na energia de seu griô. De um jeito inconfundível, durante o ensaio, parecia que Laíla estava entre as alas falando que baiana também canta samba e passista tem que cantar para sambar. “Kaô meu velho! / Volta e me dá os caminhos” é o trecho entoado com mais força, depois do refrão principal. É uma prece.

Vídeos: Arrancada e ala a ala da Beija-Flor no Encontro de Quilombos com a Mocidade

“Esse enredo colocou para fora o lado emocional do componente. O nilopolitano quando canta o samba desse ano, ele bota para fora a sua história. Isso é fundamental. Muitas vezes você vê enredos que não têm um vínculo afetivo com a escola. Aqui, você tem um enredo desse que dá uma vantagem a mais”, comentou Marquinho Marino, que faz a sua estreia na direção de carnaval da Beija-Flor.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, Marino contou a sua relação com a comunidade e o que representa estar no comando da escola, dona de 14 títulos do Grupo Especial. “A Beija-Flor é uma escola imensa. Uma escola apaixonada que domina, não só uma cidade, como uma região inteira. São pessoas que amam a escola, que se doam de uma forma que é difícil até você ver e não se emocionar. Eu também estou emocionado. A oportunidade que o presidente Almir me deu, foi uma coroação pela minha humildade e a minha vontade de trabalhar. E sendo o enredo do meu mestre, que foi quem me ajudou muito, quem me guiou por muito tempo, me orientou, me aconselhou, eu acho que melhor é impossível. O resultado é consequência do trabalho, do desfile, mas se tudo caminhar conforme está caminhando, eu acredito que a escola disputará o título”.

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Nos braços do povo, as lendas Claudinho e Selminha Sorriso viveram a emoção de começar mais uma temporada de ensaios conduzindo o pesado pavilhão da Beija-Flor. Por cada quadra da rua que passam, recebem aplausos. Alguns fãs mais acalorados chegam a ultrapassar a grade para abraçarem os dois. O casal de mestre-sala e porta-bandeira fez uma apresentação mais completa que a do desfile na Cidade do Samba, em homenagem ao Dia Nacional do Samba. A dança carregada de emoção arrepiou o público.

“É uma grande emoção e estou muito feliz pelo brilhante trabalho que a gente fez aqui e a entrega com esse povo maravilhoso ao nosso lado. A gente só tem que agradecer esse povo de Nilópolis por cantar o nosso samba maravilhoso. Estou muito contente com o trabalho que eu fiz com a minha porta-bandeira”, contou Claudinho.

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“É lindo e demais e tão gratificante, porque se passaram tantos anos e o amor das pessoas, dos nilopolitanos, de adjacentes e torcedores que vêm de outras escolas, de outros bairros, dos estados e até países, é muito mágico. Aumenta a responsabilidade, porque eles esperam sempre o melhor de nós, nós temos que dar o melhor para eles e assim faremos a cada ano, enquanto os orixás nos permitirem passar por essa
Mirandela e pelo sambódromo. A gente está muito agradecido”, disse Selminha Sorriso que também deixou o ensaio emocionada.

Na emoção e na energia de Laíla, a Beija-Flor abriu seus trabalhos de ensaios para tentar seu décimo quinto título do carnaval. Por Laíla, Neguinho disse que não poderia deixar de estar no primeiro ensaio e o presidente Almir Reis, contou qual o espírito da escola para o desfile:

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“A energia da Beija-Flor é trazer esse título. É uma obrigação nossa e nós vamos cumprir isso. A gente vai trazer esse título, se Deus quiser. Nosso maior triunfo é a nossa comunidade. O canto desse povo, dessa comunidade maravilhosa”.

Mocidade brilha em Nilópolis em apresentação contagiante

Se fala em energia, fala na estrela da Mocidade. A convidada da Beija-Flor para o “Encontro de Quilombos” fez uma apresentação que deu tom de gala à noite que guardaria tantas emoções. Da comissão de frente cativante, com o primor do primeiro casal, uma comunidade cantando forte, um samba encaixado, ao ritmo fantástico da ‘Não Existe Mais Quente’, a Mocidade foi luz e fez a Mirandela se sentir na Guilherme da Silveira, onde a Estrela-Guia ensaia, com a presença de mais de 800 independentes.

Vídeos: Arrancada e ala a ala da Mocidade no Encontro de Quilombos com a Beija-Flor

“Para a gente é uma honra estar com a Beija-Flor, com a Selminha e com o Claudinho que são nossos amigos e parceiros de dança. É maravilhoso poder receber o carinho de outra comunidade”, comentou a porta-bandeira Bruna Santos.

“Eu fico muito feliz. Troco demais com o Claudinho e pego aquele axé e a experiência dele. Dançar aqui no terreiro dele, vai ser muito importante para mim e para a Bruna”, também falou o mestre-sala Diogo Jesus, sobre o encontro com o lendário casal da Beija-Flor.

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A Mocidade, que enche as calçadas de Padre Miguel para ensaiar, sentiu o clima da Avenida Mirandela. Em saudação à madrinha nilopolitana, o diretor de carnaval independente, Mauro Amorim, falou sobre a visita em Nilópolis.

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“É uma honra imensa e as escolas são muito mais que irmãs. E a gente está feliz. Olha o quantitativo de gente que nós trouxemos. É importante esse laço e ele tem que ser fortalecido cada vez mais. Hoje é uma data que realmente entra na história da Mocidade, da gente poder participar desse evento tão grandioso que a Beija-Flor está fazendo”.

Veja mais fotos do Encontro de Quilombos

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Bateria da Imperatriz sacode Ramos em ensaio de rua com evolução impecável

A Imperatriz realizou mais um ensaio de rua na tarde/noite do último domingo, na Euclides Faria, em Ramos. Em dia de bateria ainda mais inspirada, a escola mostrou uma comunidade pronta para o desfile e disposta a brigar firme pela décima estrela. Além do ritmo, o ponto alto do treino foi a evolução, com alas mais próximas e componentes organizados, o que mostrou volume e deu efeito de pulsação da procissão de leopoldinenses na pista. A verde-branca será a segunda escola a desfilar no domingo de carnaval, 2 de março, com o enredo “Ómi tútú ao Olúfon – Água fresca para o Senhor de Ifón”, do carnavalesco Leandro Vieira.

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Fotos: Allan Duffes/CARNAVALESCO

A última rodada do Campeonato Brasileiro era a concorrente da Imperatriz para o ensaio do fim da tarde. O Botafogo conquistando o título poderia ser um convite para quem quisesse festejar o feito da Estrela Solitária. Mas, como de estrela a Imperatriz tem nove, antes do jogo acabar os componentes se formaram e o cantor Pitty de Menezes gritou que o sonho virou realidade. Caminho aberto para um desfile de harmonia afinada, componentes brincando com o samba e um ritmo cheio de bossas imposto pelo time do animado mestre Lolo, que interagiu com as alas.

O diretor de carnaval André Bonatte falou sobre o ensaio. “O grande ganho do ensaio de rua é esse crescimento. Se a gente for comparar, é uma escala progressiva. A cada vez que a gente vai encontrando a nossa comunidade, isso vai se consolidando. O canto vai ficando cada vez mais consistente. Essa questão harmônica entre o carro de som e a bateria também vai se consolidando. Acho que o melhor lugar para se treinar isso é a rua. O resultado para mim foi satisfatório, mas eu quero que na semana que vem seja melhor e na outra ainda melhor. E até o dia 2 de março a gente vai melhorar bastante”.

Comissão de frente 

Os integrantes se apresentaram bem no estilo do coreógrafo Patrick Carvalho. Passos bem marcados, gestos fortes e sincronia perfeita. Foram 11 componentes com camisa de ensaio e mais um, que representou Oxalá. Ao longo do número, Oxalá ficava o tempo todo ao centro do grupo que, em torno dele evoluíam a coreografia em passos de dança afro. Destaque para a saída do módulo, quando os componentes de camisa de ensaio deixam Oxalá sozinho para sair enquanto chega o pavilhão da Imperatriz.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

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E, com Oxalá se retirando da cena, começa a apresentação de Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, primeiro casal da Rainha de Ramos. Os dois buscam flutuar tamanha leveza e elegância na dança. Após apresentar o pavilhão, Rafaela sai para fazer seus giros e Phelipe a acompanha girando, em torno de si, enquanto a porta-bandeira sai para aproveitar o terreno. Após os giros, começa um show de bom gosto da dança, usando todo o espaço disponível. Até o pisar dos dois é suave. Com destaque para a linearidade da dança, a apresentação não tem momentos mais rápidos ou lentos, o que faz o espectador ter uma experiência formidável.

Harmonia

Para cantar sem cansar. O samba está na boca dos componentes e a melodia favorece que ele seja entoado sem cair o andamento. Por isso, a escola cantou feliz e conseguiu pular até o final. Ainda no início de trabalho, algumas alas apresentam canto irregular, como a ala com bastões de mão atrás dos passistas e a ala após o banner do carro 4. Questão que o diretor André Bonatte contou que é trabalhada a parte com os componentes para todas as alas chegarem ao mesmo nível de performance.

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“A gente sempre tem atenção especial em algumas alas, que é natural, como a ala de baiana, velha-guarda. Alas que têm pessoas com pouco mais de idade, que a gente sabe quais são aqueles pontos, que a gente faz trabalhos direcionados, a gente marca outros dias. Acho que a questão do canto está bem harmônico, eu consigo ver isso bem dividido na escola, o samba permite isso, não é aquele samba que você só vê explodir no refrão, mas é um samba que se mantém constante. Cada vez é isso mesmo, em cada ensaio desse a gente vai vendo que melhorou, mas que ainda pode melhorar”.

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Samba-enredo

A obra assinada por Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Jorge Arthur, Daniel Paixão e Wilson Mineiro tem crescido a cada apresentação, conforme ganha novos testes do carro de som e com a bateria. No ensaio deste domingo, a obra foi fortemente cantada pelos componentes, principalmente, na parte “justiça maior é de meu pai Xangô…” e no refrão principal. Porém, uma das grandes qualidades da obra é que ela não permite queda acentuada no canto e, tampouco, cansa o componente. Um rendimento bastante satisfatório em Ramos.

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Evolução

Ponto alto do ensaio. A organização da escola se mostrou impecável, no entanto, a aproximação das alas garantiu uma massa de componentes, criando volume e efeito de pulsação. Quem assistia de longe, se impressionava e torcia para a escola chegar logo para sentir a emoção que os leopoldinenses conseguiram transmitir evoluindo. O grande número de pessoas ensaiando contribuiu para este efeito, inclusive, no trecho do samba “O povo adoeceu, tristeza perdurou / Nos sete anos de solidão”, quando os desfilantes levantam as mãos e fazem uma coreografia. Outras partes do samba também têm passos combinados com toda a escola. O que chama a atenção é a confiança da escola no trabalho de sua equipe. Deixando para trás a máxima de que as baianas devem desfilar na frente da escola, a Imperatriz posicionou a ala no final.

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“A gente já foi campeão com baiana lá atrás, já foi campeão com baiana lá na frente. Eu acho que a escola tem que estar preparada. A baiana, quando ela vem no início do desfile, ela nos dá uma certa tranquilidade, porque a gente tem essa questão das paradas para cabine, o que permite que naturalmente haja ali alguns pontos de descanso. Mas eu acho que a gente tem que trabalhar muito para não ter nenhum tipo de problema e a escola fazer uma evolução perfeita que não vai precisar correr”, disse André Bonatte.

Outros destaques

As paradinhas da bateria e os apagões da “Swing da Leopoldina” para jogar o canto ao público foi um sacode nos desfilantes e em quem estava nas calçadas. No talento do mestre Lolo e na superparceria com o carro de som, o ensaio terminou em grande estilo com apresentação da bateria para fazer todo mundo sambar.

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“A gente está no ensaio e faz testes com a bateria e o que a gente vai fazer com o canto, mas é bem provável que a gente leve para avenida. A resposta do público está sendo muito boa, e também a resposta da comunidade. Fizemos um belo ensaio. Foi maravilhoso”, avaliou o cantor Pitty de Menezes.

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Grande Rio realiza primeiro ensaio de rua neste domingo

A Grande Rio dará início aos seus ensaios de rua neste domingo, 8 de dezembro, na Avenida Brigadeiro Lima e Silva, no Centro de Duque de Caxias. A concentração está marcada para as 19h, na altura do supermercado Carrefour.

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Foto: Ewerton Pereira /Divulgação Grande Rio

Em 2025, a tricolor de Caxias levará à Marquês de Sapucaí o enredo “Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. A escola será a penúltima a desfilar na terça-feira de carnaval.

Serviço
Evento: Primeiro ensaio de rua da Grande Rio 2025
Data: Domingo, 8 de dezembro
Horário: Concentração às 19h
Local: Avenida Brigadeiro Lima e Silva, altura do supermercado Carrefour

Comunidade cantou forte e Unidos de Padre Miguel tomou conta do Ponto Chic no ensaio de rua

A Unidos de Padre Miguel realizou na noite da última sexta-feira, mais um ensaio de rua em preparação para o desfile do ano que vem, o primeiro a ser realizado no Ponto Chic, em Padre Miguel. O grande destaque durante a apresentação foi o canto dos componentes, bem consistente e forte, sem decair em nenhum momento. O Boi Vermelho vai levar à avenida em 2025 a história de Iyá Nassô e da Casa Branca do Engenho Velho, com o enredo “Egbé Iyá Nassô”, sob a batuta dos carnavalescos Lucas Milato e Alexandre Louzada, e vai abrir os desfiles do Grupo Especial no domingo de carnaval.

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A diretora de carnaval da Unidos de Padre Miguel, Lara Mara, conversou com o CARNAVALESCO ao fim do ensaio, elogiou a apresentação e destacou o canto do povo da Vila Vintém.

“Estou muito feliz, é a resposta que eu queria, porque o Ponto Chic tem uma energia diferente. Eu queria essa resposta do povo de Padre Miguel e esse é o caminho que a gente quer trilhar. O bairro aceitou o samba e toda a minha equipe está muito feliz. Destaco o canto e ver as pessoas felizes, inclusive, de fora do ensaio, também cantando, acho que é uma boa resposta. O que pode melhorar é a questão de ajuste de tempo, mas acho que a gente vai conseguir acertar melhor as coisas no ensaio técnico, porque na Sapucaí é diferente. Foi maravilhoso hoje. É muito legal a gente ouvir as pessoas que gostaram da nossa apresentação, além de tudo, representantes de outras coirmãs também parabenizaram a gente, estão felizes com a gente no grupo. Isso é muito gratificante e dá um gás também a mais para o trabalho”.

Unidos de Padre Miguel 2025: ouça a versão oficial do samba-enredo

Comissão de Frente

A comissão de frente, comandada por Sérgio Lobato, fez uma coreografia forte e bem descritiva em relação a letra do samba, com uma integrante principal representando Iyá Nassô como centro da dança. No momento do refrão do meio, também houve uma parte da coreografia em que um dos dançarinos foi erguido como Xangô.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Vinícius Antunes e Jéssica Ferreira estavam bem entrosados, apresentando uma boa sincronia durante o ensaio da UPM. O casal apresentou uma dança tradicional, bem executada, com a adição de algumas pequenas coreografias e gestos com referências à letra do samba-enredo, como durante a saudação a Xangô, batendo a cabeça e no refrão principal da obra.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Harmonia

As alas da Unidos cantaram bem forte o samba durante todo o ensaio. Destaque para os momentos dos refrões da obra e de frases fortes, como “toca o adarrum que meu orixá responde”, onde todas vozes subiam ainda mais. Canto bem consistente durante todo o tempo em que o treino ocorreu no Ponto Chic. O carro de som, comandado por Bruno Ribas, também seguiu muito bem durante a apresentação da escola.

Evolução

Com uma performance bem consistente e bastante organizada, o Boi Vermelho passou bem no Ponto Chic, com uma forma forte de ensaiar dos componentes. As alas estavam bem divididas, só em alguns pontos que se aproximavam mais, porém não chegaram a embolar. Muitas tinham componentes bem animados, sambando e brincando durante o ensaio, além de algumas alas coreografadas, dentre elas, algumas com bastões de mão.

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Samba-enredo

A obra da escola de Padre Miguel, uma das melhores do ano, rendeu muito bem neste ensaio, com um trabalho harmonioso entre o carro de som e a bateria para manter o hino para cima. Bruno Ribas conduziu muito bem mostrando que tem o samba nas mãos e está bem a vontade e ajudando a escola a cantar, assim como toda ótima equipe do carro de som.

Outros destaques

A rainha Dedê Marinho desfilou à frente da bateria com um figurino trançado e mostrou o samba no pé, já esperado, enquanto a bateria “Guerreiros” seguiu muito bem durante o ensaio deixando alguns momentos de paradinhas e apagões para ressaltar o canto da comunidade. O carnavalesco Lucas Milato esteve presente e acompanhou todo o ensaio. A escola também contagiou o público presente no ensaio, que cantou com a agremiação conforme ela passava pelo Ponto Chic.

Galeria de fotos: apresentação da Unidos de Padre Miguel na Cidade do Samba para o Carnaval 2025