O desfile de 2025 ainda nem aconteceu e a Estácio de Sá já começou a pensar na sua equipe para o próximoano. Guiado por um trabalho de barracão excelente, o presidente da escola, Edson Marinho, renovou com o carnavalesco Marcus Paulo para 2026.
“O Marcus está com a gente desde 2024 e vem mostrando uma ligação muito forte com a escola”, comentou o presidente.
O artista foi um dos responsáveis pelo terceiro lugar da escola no carnaval de 2024 e se diz integrado a escola: “Eu estou muito feliz em estar na Estácio e seguir juntos contando histórias do nosso povo para 2026”, comentou.
Outro quesito já confirmado para 2026 é o coreógrafo da comissão de frente, Junior Barbosa, e toda equipe de criação.
A Estácio de Sá desfilará no carnaval 2025 com o enredo “O Leão se engerou em encantado amazônico”.
Para 2025, a Nenê de Vila Matilde propõe uma artística viagem de quase um milênio. A Águia Guerreira volta à Idade Média para contar as origens medievais de festas brasileiras no enredo “Um quê de poesia e um tanto de magia, a arte de encantar o imaginário popular”, que será o sexto a ser apresentado no domingo de carnaval (02 de fevereiro), no Grupo de Acesso.
Para contar um pouco mais sobre o enredo e, também, sobre o trabalho realizado no barracão da onze vezes campeã do carnaval paulistano, o CARNAVALESCO entrevistou Danilo Dantas, carnavalesco da escola, no espaço em que são produzidas as fantasias e as alegorias do desfile matildense, localizado na Fábrica do Samba II, na Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo.
História já contada
Honrando o compromisso de sempre estar ao lado das escolas de samba, o CARNAVALESCO também esteve presente em um evento realizado pela Nenê de Vila Matilde em que o idealizador do enredo explicava a história que será contada na avenida para os compositores interessados em entrar na eliminatória de samba-enredo . Realizado no dia 08 de maio, Danilo também aproveitou para contar do que se tratava o tema.
Empolgado, ele explicou, com riqueza de detalhes, o que seria abordado: “O enredo parece ser complicado, mas não é. Eu aprendi a gostar de carnaval com enredo que tenha consistência, uma boa história. Falar de festas populares seria algo muito simples, e, quando eu comecei a pesquisar manifestações folclóricas no Brasil, descobri que todas elas têm algo em comum: ligações com o tempo medieval. Isso me pegou muito. Fazendo minhas pesquisas, criei esse conto – que tem o contador, o Poeta Trovador, que narra desde a Idade Média. Ele convida a Águia [símbolo da Nenê] para voltar àqueles tempos, com o surgimento do trovadorismo; passa pela chegada ao Brasil com os portugueses e demais europeus, que trouxeram tantos artistas para cá – incluindo os de rua e os mambembes. Todos esses artistas trouxeram muitas informações, histórias e livros, todos com histórias fantásticas da Idade Média. Entre eles, destaque para o livro “Os Doze Pares da França”, que falava sobre a guarda pessoal do rei Carlos Magno. Essa publicação dá origem a uma das principais atividades folclóricas brasileiras, a Cavalhada e o Reisado. É aí que começam a ter as ligações da Idade Média com o Brasil. Através dessa história, surge um grande visionário brasileiro: Ariano Suassuna. Na década de 1970, ele estava muito incomodado com as manifestações folclóricas brasileiras, que estavam perdendo força e sendo muito criticadas – e, aí, ele cria o Movimento Armorial. O armorial vem da Idade Média, mostrando que as manifestações folclóricas brasileiras nascem com uma raiz erudita, mesmo sendo popular. O maracatu, a congada, o cavalo marinho e tantas outras manifestações folclóricas brasileiras bebem do medievalismo – Suassuna percebeu isso com o manifesto e com o movimento”, abordou.
Ao ser perguntado sobre eventuais mudanças no que foi dito em maio, Danilo destacou que nada foi alterado: “Nada foi mexido em relação ao enredo. Desde a proposta inicial até o desenvolvimento, tudo está do jeito que foi falado no dia da apresentação do enredo para os compositores. Tudo se manteve, não mudou nada, graças a Deus. A gente está seguindo à risca todo o projeto. Não incluímos nada, também. Não tem que tirar nem pôr nada”, comemorou.
Alteração prévia
A ideia original do enredo, de acordo com Danilo, teve uma mudança antes mesmo de começar a ser concebido: “Quando eu apresentei o enredo, inicialmente a ideia era para falar sobre o cordel, porque o Cordel sim vem da Idade Média – por meio das feiras medievais, já que os livros e as histórias eram expostos por cordas. Mas, pesquisando mais na história e conversando com um dos nossos diretores, ele perguntou por que a gente não abre mais esse leque para falar de outras manifestações folclóricas do Brasil. Foi aí que a gente, pesquisando, chegou nesse denominador final, fazendo essa ligação, esse pool entre a Idade Média, as festas populares brasileiras e o Movimento Armorial. Foi uma conversa informal, com um dos diretores da escola, que me fez abrir o leque do enredo. Mas, quanto à escola, eu apresentei quase onze propostas de enredo para a escola. A gente ficou em quatro no final e, dessas quatro, foi o que foi mais aceito por todos justamente por falar de brasilidade, por falar de Brasil, falar de história, ter luxo; mas, ao mesmo tempo, ter um colorido, falar de Nordeste. Foi o que foi mais aceito desde o início, inclusive pela Ala das Baianas, que foi uma das primeiras a me dar o aval e falar que queriam esse enredo”, lembrou, destacando a tradicional participação da comunidade matildense.
Difícil?
Uma das principais críticas do universo do carnaval paulistano ao enredo da Nenê está em uma suposta dificuldade para compreender a história que será contada. Danilo tratou de responder e, também, de acalmar os torcedores da escola: “Não tenho dúvida que, com fantasias e carros alegóricos, o enredo vai ficar bem claro. O enredo conta uma história, não é um tema, é o que eu sempre falo. Isso não é um tema, isso é um enredo – e todo enredo tem um conteúdo, tem um destrinchamento. O enredo começa na Idade Média, que é onde começam os primeiros vestígios de arte popular na humanidade. Tudo tem um início, não surge do nada as coisas. O início de todas as manifestações folclóricas do mundo começa na Idade Média, começa nos tempos mais primitivos da humanidade. E não foi diferente, também, com as manifestações populares do mundo, as do Brasil não foram diferentes. O nosso enredo conta a história da arte popular desde a Idade Média e, também, chegando no Brasil. Basicamente é isso. Quando as pessoas falam que não sabem do que a Nenê está falando, eu sempre falo isso. A Nenê fala de artes populares brasileiras. Desde a história, no início da Idade Média, até chegar no Brasil, com o Movimento Armorial, fazendo um compilado de tudo isso. Quando entrar na avenida, todos vão ver um desfile basicamente cara crachá: vão ver Idade Média, vão ver a vinda dos artistas populares de rua chegando no Brasil e vão ver as festas populares que se manifestam no Brasil pelas ruas, pelos guetos, pelos vilarejos do país, que têm ligação com a Idade Média. Todas essas festas que a gente cita no enredo fazem alusão a histórias que aconteciam na Idade Média. É isso que a gente está querendo mostrar para as pessoas: que as festas populares brasileiras têm essa origem medieval. E o Ariano Suassuna pega tudo isso e, quando ele cria o Movimento Armorial, ele mostra para as pessoas que essas manifestações folclóricas do Brasil todas têm uma origem: a Idade Média, a Era Medieval – e esse Movimento Armorial se tornou relevante até hoje no Brasil”, pontuou.
Há, por sinal, uma curiosidade que chamou atenção do carnavalesco durante as pesquisas para desenvolver a temática: “Esse enredo pode ser destrinchado em mais uns três ou quatro, se você parar para pensar. O que mais me deixou curioso é essa ligação que todas as manifestações folclóricas do Brasil têm – principalmente a congada e o reisado. Eles fazem a coroação de um rei, e esse rei é sempre uma alusão a Carlos Magno. Em alguns lugares do Brasil, a Dom Sebastião também, mas a gente preferiu pegar a história do histórico livre ‘Os Doze Pares da França’, que foi muito difundido na cavalhada de Pirenópolis, nas cavalhadas do Brasil inteiro, no reisado e na congada, para mostrar que a coroação de um rei é comum em quase todas as festividades do Brasil. Poucas pessoas param para pensar nisso. Todas as festas, no final, mostram a coroação de um rei. E, quando a gente vai pesquisar a história, vai ver que esse rei, no imaginário das pessoas, é Carlos Magno – que era uma figura mitológica também da Idade Média, que criou uma dinastia lá na Idade Média, e que essas histórias fantásticas dele, a luta dele contra os mouros entrou na cabeça dos brasileiros de uma tal maneira que fez gerar esse monte de manifestações folclóricas no Brasil inteiro. Se você pegar, durante o ano inteiro, todos os estados brasileiros têm manifestações folclóricas que têm ligação com a Idade Média. A gente só pegou um apanhado de algumas festas para poder colocar no enredo, mas ainda tem a representatividade do cavalo marinho, a presença também na festividade do bumba-meu-boi na Idade Média e por aí vai. São muitas histórias, dá para fazer vários enredos com um só condensando tudo isso. Achei bastante curioso”, refletiu.
Prova de que o enredo é de fácil compreensão, na visão de Danilo, é o samba-enredo escolhido pela agremiação: “Os três sambas que foram para a final eram bem descritivos. O que decidiu e o que pesou para esse samba ter sido vencedor foi a melodia. Por ele ser mais para frente, por ele ser mais aguerrido. O refrão do meio tem aquela levada de dois refrões, uma com uma melodia pausada e a segunda mais corrida, mas que tem a mesma nuance. Mas, basicamente, os três sambas tinham esse descritivo: não era uma coisa subjetiva. Todos os sambas que estavam na final contavam bem o enredo. O que diferenciou foi a melodia, foi o jeito mais gostoso, mais malandreado que esse samba tem. O samba é meio cara-crachá, também: se você parar para ouvir e ler o samba, você vai entender o enredo. Isso pesou muito. Meu voto não foi decisivo porque todos da diretoria já sabiam bem do enredo, foi uma coisa meio que inconsciente”, relembrou.
Na avenida
Indo contra uma tendência dos carnavalescos paulistanos para 2025, Danilo destacou que a apresentação matildense terá a divisão tradicional de apresentações de escolas de samba: “”Nosso desfile será setorizado. Nosso nome do enredo setoriza a escola. Um que é de poesia, ‘Um quê de poesia’ é o primeiro setor – que é a Idade Média, a era da Poesia, a era em que as ficavam presas nos castelos. Com a vinda do movimento do trovadorismo, ela sai dos castelos e começa a ganhar os burgos, as vielas dos entornos do castelo. Com a evolução da humanidade, começou-se a fazer impressões – e essas cantigas, que até então eram cantadas, passaram a ser escritas e começaram a ser expostas em cordas nas feiras medievais, para ter acesso a outras pessoas e se tornaram mais populares. No nosso primeiro setor eu falo da Idade Média, da era do trovadorismo. ‘Um Tanto de Magia’ é o nosso segundo setor, que é a vinda dos europeus ao chamado Novo Mundo – e quando eles chegam nas Américas, eles trazem com eles, também, vários artistas. Junto com esses artistas, eles trazem essas histórias fantásticas vindas da Idade Média. Está aí um tanto de magia, porque você começa a colocar a magia nas histórias brasileiras, nas festas brasileiras, no imaginário das pessoas. ‘A arte de Encantar o Imaginário Popular’ é o nosso terceiro setor porque Ariano Suassuna, a partir do Movimento Armorial, faz essa arte encantar o imaginário das pessoas de uma forma mais popular ainda – através de livros, através de filmes, através de encenações. O imaginário popular é o Ariano Suassuna viajando, colocando a Idade Média misturada com o Nordeste, uma coisa muito louca. o Ariano Suassuna era um cara fora da caixinha. No nosso último carro, a gente faz uma reverência ao Movimento Armorial, em que ele faz esse compilado de tudo que ele conheceu na história. Nosso enredo vai ser dividido em três setores”, confirmou.
Para se adaptar à escola no primeiro ano trabalhando na Nenê, Danilo também fez uma pequena alteração no que habitualmente costuma fazer em apresentações: “Eu trabalho sempre com dois setores, mas a Nenê, por específico, já trabalha com três setores. A gente só destrinchou o último, a gente deu uma quebra para poder fazer o Movimento Armorial se tornar um terceiro setor. Na verdade, a gente, nesse terceiro setor, vai ter na avenida Os Guardiões do Movimento Armorial. Eles fazem a abertura do último setor, que é onde entra o maracatu e o reis ado. Poucas pessoas sabem, mas os estandartes do maracatu, a coroação que tem no reisado, são da Idade Média. Os pavilhões de escola de samba, muitas pessoas não sabem, mas eles também vêm das ideias da Idade Média.
Mascote em dose dupla
Historicamente a escola mais ligada a um mascote no carnaval paulistano, a águia da Nenê de Vila Matilde terá participações (no plural) importantes no desfile: “Vão ser duas águias, uma abrindo e uma encerrando. A Nenê sempre tem isso com a águia, sempre ela teve isso. Mas, dessa vez a gente optou por colocar a águia em dois setores, em dois momentos: uma no estilo mais tradicional, de Nenê de Vila Matilde de azul, com as nuances que ela tem; e uma outra no último carro, em que ela vem com um tom diferente de cores – mas que não deixa de ser uma águia. Ela vem abraçando toda essa história e, no final, ela entende tudo. Eu sempre faço uma pergunta no início do enredo, e, nesse ano, ao pegar a sinopse, eu pergunto de onde vem a ligação de todas essas festividades. Por que o brasileiro gosta tanto dessas ligações, dessas festas? A águia volta lá na Idade Média para entender de onde vieram essas ligações. E a águia, no final do desfile, vem fechando esse desfile com a história que ela tanto buscou junto com esse trovador”, contou.
Trunfo e tranquilidade
Ao ser perguntado sobre qual o grande ponto forte da agremiação para 2025, Danilo preferiu repartir responsabilidades: “Eu acho que o conjunto é o nosso grande trunfo. Não tem uma coisa que se destaca mais. O pessoal que vem aqui no barracão sempre fala que não sabe se gostou mais do primeiro ou do segundo carro, e eu sempre falo que eles vão gostar mais do terceiro – porque a gente vai caprichar tanto quanto o primeiro. Eu não tenho um xodó, eu gosto dos três. Mas o que vai pegar o que vai fazer com que ele se sinta representado, são o começo e o final da escola – de formas diferentes. A nossa águia percorre essa história toda junto com o nosso trovador – e ela vai encerrar o desfile, também. isso vai pegar o matildense. A abertura da escola, por mais que seja uma história medieval, uma história luxuosa, dvai ter a leveza da Nenê nas cores.
Por fim, Danilo foi só elogios ao ritmo do barracão matildense: “O andamento do barracão foi bem tranquilo. A gente começou no finalzinho de agosto, no começo de setembro a gente já encerrou o abre-alas. o carro dois, para falar que não encerramos ainda, faltam as águias (que é uma coisa que a gente vai deixar para o final) e o nosso elemento da comissão de frente. De resto, a gente está cem por cento finalizado. Na comissão de frente, as indumentárias já estão prontas, os casais já estão prontos, as composições estão prontas, as fantasias da escola já estão cem por cento encerradas, graças a Deus. Falta um pouquinho de costura pra terminar, e o último carro, aquele último carro, eu tô deixando para o final, também – porque o tecido dele é mais claro eu não queria deixar ele muito tempo exposto também então a gente tem o último carro pra terminar e o carro ainda comissão de frente”, finalizou – é importante destacar que a entrevista foi realizada no dia 24 de janeiro e, desde então, a agremiação, obviamente, avançou na produção do desfile.
Ficha técnica
Enredo: “Um quê de poesia e um tanto de magia, a arte de encantar o imaginário popular”
Componentes: 2.000
Alas: 15
Alegorias: 03
Diretor de Barracão: Cristiano Paixão
Diretora de ateliê: Bruna Moreira (Babalu)
Com enredo em homenagem a Xica Manicongo, considerada a primeira travesti não indígena do Brasil, o Paraíso do Tuiuti confirmou a presença da cantora Pepita como destaque no Carnaval deste ano. A cantora trans virá na segunda alegoria do desfile representando a passagem de Xica na Bahia, no período colonial brasileiro.
Pepita já esteve em um ensaio de rua da agremiação de São Cristóvão e ficou emocionada com a comunidade do bairro da Zona Norte do Rio.
“Foi uma experiência única, onde eu vi todas as pessoas da comunidade LGBTQIA + em um propósito. Vi mulheres trans, gays, drags cantando o samba com muita força, muito querer. As pessoas que eu olhava cantavam com vontade, falando de Xica, como se elas fossem a Xica dessa nova era, o que me marcou muito. Me deixou emocionada, pensei “é sobre isso.” É um enredo desafiador, falar da nossa comunidade, pois sempre é cercada de muito preconceito. Então ver uma comunidade na segunda-feira no meio da rua exaltando o nome da Xica Manicongo foi surreal. Fiquei muito feliz e empolgada”, afirmou a artista.
O Tuiuti será a segunda escola a desfilar na terça-feira de Carnaval. O tema é desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos.
Outras lideranças trans também confirmaram presença no desfile, como as deputadas federais Érika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG); Indianarae Siqueira, fundadora da CasaNem; Eloína dos Leopardos, travesti e primeira rainha de bateria do Carnaval.
Muitas vezes, o ensino médio parece um redemoinho de tarefas de casa, projetos, testes e atividades extracurriculares. Equilibrar todas essas obrigações pode fazer com que alguém se sinta sobrecarregado; sem uma estratégia bem definida, as tarefas de casa podem se acumular facilmente. Fazer um cronograma de tarefas de casa ajuda você a controlar melhor seu tempo, diminuir seu estresse e garantir que você faça todas as suas tarefas sem prazo. Esta postagem o guiará por como criar um calendário de tarefas de casa adequado para você, para que você possa abordar as tarefas com confiança.
Se você acha difícil entender seu dever de casa, as ferramentas de Gauth podem simplificar conceitos rapidamente difíceis. O desempenho econômico, no entanto, depende principalmente da sua capacidade planejada de forma sustentável e gerenciando seu tempo. Vamos começar com como criar um calendário que garanta que você maximize o uso do seu tempo de estudo e o mantenha no caminho certo.
Por que alguém deve ter um cronograma de tarefas de casa?
Você pode questionar se um cronograma de dever de casa é realmente essencial. Na verdade, é uma resposta. Aqui está uma justificativa:
Sem uma estratégia bem definida, é fácil adiar o trabalho escolar e acabar estudando antes do prazo. Um calendário força você a dividir seu trabalho em partes razoáveis, evitando assim a procrastinação.
Ter um cronograma garantido de tempo adequado para dar prioridade máxima a cada tópico e ajuda a evitar atrasar tarefas e ficar sobrecarregado.
Saiba exatamente que você precisa trabalhar e quando começar a reduzir sua probabilidade de sentir ansiedade ou tensão antes do prazo.
Estabelecer um cronograma claro ajuda você a se concentrar, trabalhar bem e produzir melhores resultados.
Como é possível elaborar um plano de lição de casa viável?
Um cronograma oferece boas técnicas de gerenciamento de tempo que você pode usar por toda a vida e não apenas ajuda a terminar tarefas.
Liste seus prazos e prioridades
Passe algum tempo considerando o quadro geral antes de começar a planejar sua lição de casa. Liste todos os cursos ou matérias que exigem lição de casa e marque os prazos para cada projeto.
Anote todas as suas aulas: inglês, aritmética, ciências, etc.
Anote para cada assunto tarefas de casa, questionários ou projetos futuros com prazos.
Diferentes matérias podem exigir tempos diferentes. Certifique-se de prestar atenção em quais aulas exigem mais trabalho.
Depois de enumerar todas as suas tarefas de casa e prazos, você saberá exatamente quanto tempo precisa dedicar a cada matéria.
Crie objetivos razoáveis
Sabendo o que você tem que fazer agora, crie objetivos razoáveis e atingíveis para cada sessão de estudo. Aqui está o processo:
Divida grandes projetos em tarefas menores em vez de considerar um esforço unilateral. Se você tem um artigo de pesquisa, por exemplo, divida-o em pesquisa, esboço, escrita e edição.
Seu objetivo deve ser realmente específico. Por exemplo, esforce-se para “completar 10 problemas de prática” ou “revisar conceitos do capítulo 3”, em vez de simplesmente “estudar matemática”.
Projete quanto tempo cada tarefa levará. Seja razoável; se uma tarefa leva muito tempo, você não deve esperar concluí-la em trinta minutos. Tempo suficiente ajudará você a evitar a pressa.
Estabelecer objetivos bem definidos para cada sessão de estudo garante sua organização e concentração.
Elaborar um calendário de tarefas equilibrado
Equilibrar suas tarefas é crucial. Você não deseja desconsiderar os outros e se sobrecarregar com horas de pesquisa para um tópico. Seu tempo deve ser dividido assim:
Use um calendário ou planejador; ver seu calendário ajuda você a cumpri-lo. Esquematize suas tarefas semanais usando um calendário digital ou um planejador impresso. Certifique-se de incorporar projetos ou testes de longo prazo, bem como dever de casa diário, que é uma tarefa de curto prazo.
Crie blocos de tempo fora do seu cronograma de dever de casa. Para inglês, por exemplo, estabeleça 45 minutos; então, faça uma pausa de 15 minutos e depois 45 minutos para matemática.
Uma das melhores técnicas é a Pomodoro. Trabalhe 25 minutos e depois descanse cinco minutos. Quatro sessões depois, faça uma pausa maior.
Mesmo que você deva seguir seu calendário, a vida pode interferir. Quando necessário, seja adaptável e adaptável. Se você terminar mais cedo ou se algo demorar mais do que o esperado, evite se estressar; simplesmente mude seus planos conforme necessário.
Mantenha-se no seu calendário
Fazer um calendário é simples; a verdadeira dificuldade é mantê-lo. Essas ideias ajudarão você a manter o alvo:
A chave é a consistência. Crie uma agenda que se encaixe em você. Todos os dias eu estudo no mesmo horário para desenvolver um hábito.
Procure um lugar tranquilo para trabalhar. Para cortar distrações, coloque seu telefone em outro cômodo ou em silêncio. Aplicativos ou sites como Gauth podem oferecer aprendizado direcionado e livre de distrações se você precisar de ajuda para permanecer concentrado.
Registre seu avanço. Reveja seu calendário no final da semana para descobrir se você cumpriu seus objetivos. Se não, descubra o porquê e mude sua abordagem.
Seguir seu calendário de deveres de casa ajuda você a desenvolver bons hábitos de estudo e simplificar a conclusão de suas tarefas.
Use os recursos conforme necessário
Às vezes, mesmo os melhores planos não podem ajudar a entender uma ideia quando se está com dificuldades. Este é um momento para fazer bom uso de seus recursos. Por exemplo, Gauth é um ótimo aplicativo que oferece suporte rápido, alimentado por inteligência artificial, para permitir que você conclua tarefas de casa. Use qualquer dúvida ou ideia em que você se encontre preso para obter assistência adicional.
Considerações finais
Gerenciar sua carga escolar e diminuir o estresse depende de você desenvolver um cronograma de dever de casa funcional. Você pode manter o controle de seu trabalho escolar e aumentar sua produção avaliando suas tarefas, criando metas bem definidas e programando seu tempo de forma eficiente. Lembre-se de que um bom cronograma depende principalmente de reflexão regular, adaptabilidade e consistência. E tenha em mente que Gauth pode oferecer suporte rápido e competente para melhorar seu aprendizado se você precisar de ajuda com seu dever de casa.
Um cronograma de dever de casa cuidadoso e razoável pode ajudar você a equilibrar as obrigações do ensino médio e liberar mais tempo para seus outros interesses e para si mesmo. Aproveite seus estudos.
A União de Maricá realiza nesta sexta-feira mais um ensaio de rua, às 20h, na Passarela do Samba Adélia Breve, no Centro de Maricá. A concentração será em frente à loja Casa & Vídeo, na Rua Abreu Rangel, 420. Este será o penúltimo treino da escola antes do desfile oficial na Marquês de Sapucaí, pela Série Ouro.
No último domingo, a escola participou do ensaio técnico na Sapucaí, onde recebeu elogios pelo desempenho. O cronograma de ensaios mantém o foco no canto da comunidade, na evolução da harmonia e no alinhamento do conjunto visual. A preparação segue com o objetivo de conquistar o título da Série Ouro e garantir o acesso ao Grupo Especial.
A União de Maricá será a sexta escola a desfilar na sexta-feira, apresentando o enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”, do carnavalesco Leandro Vieira.
A contagem regressiva para o desfile oficial está aberta e a Porto da Pedra segue firme na preparação para sua apresentação que acontecerá no dia 01 de março quando, junto com a comunidade gonçalense, promete empolgar o Sambódromo com o enredo “ A História que a Borracha do Tempo Não Apagou”, enredo do carnavalesco Mauro Quintaes que narra a tentativa de Henry Ford em montar uma cidade nos moldes norte-americanos dentro da Amazônia, chamada Fordlândia.
Para esta semana, a vermelha e branca realiza mais uma ensaio em sua quadra com todos os segmentos e alas da comunidade, a partir das 21h. Wantuir, Mestre Pablo e a bateria Ritmo Feroz, embalam os foliões que, após o treino, curtem o já tradicional Pagode do Presidente com o grupo Vem pro Meu Ritmo. Na edição desta quinta, 13 de fevereiro, o grupo Sigilo faz uma participação especial na roda de samba que não tem hora para acabar.
A entrada é gratuita e a classificação é livre. A quadra da Porto da Pedra fica na Travessa João Silva, 84 – Porto da Pedra.
Serviço: ensaio comunitário Porto da Pedra e Pagode do Presidente
Data: 13 de fevereiro, quinta-feira
Atrações: bateria Ritmo Feroz, Wantuir, Vem pro Meu Ritmo; participação especial Grupo Sigilo
Horário: 21h
Valor: grátis
Classificação: gratuita
Na noite da última quarta-feira, a Primeira da Cidade Líder foi a primeira escola de samba a levar seus carros alegóricos para o Sambódromo, onde no dia 22 de fevereiro desfilarão pelo Grupo de Acesso 2 do carnaval de São Paulo. Mais do que as horas madrugada adentro para realizar o transporte, a data ganha um significado ainda mais especial levando em consideração que há cerca de dois meses a agremiação perdeu todas as alegorias e adereços em um incêndio. Depois de renascer das cinzas, a escola mostrou que a força de sua comunidade é maior que qualquer tragédia, chegando no Anhembi carregada não apenas de alegorias, mas também de esperança e fé.
Os trabalhos realizados na Fupe tiveram a ajuda de integrantes da Cidade Líder, amigos compositores que assinam o samba da escola para 2025 e a presença do homenageado do enredo, Pai Tinho, que fez questão de acompanhar a chegada das alegorias na concentração do Anhembi. A conclusão desta etapa marcante do processo de redenção da Líder foi acompanhada pelo CARNAVALESCO, que conversou com o diretor de carnaval Rodrigo Minuetto sobre o sentimento de ver o trabalho de reconstrução enfim indo para o Sambódromo.
“Com lágrimas no rosto, é uma alegria conseguirmos. Não está fácil ainda porque ainda estamos com muita dificuldade financeira. Nós perdemos todas as alegorias e tivemos que gastar um dinheiro muito maior do que imaginávamos que gastaríamos para refazer, mas é uma emoção gigante. Nós só temos a agradecer a todos que ajudaram, as escolas que prestaram apoio, aos fornecedores que prestaram apoio, que nos ajudaram de uma certa forma, deram materiais, diminuíram o custo do material para nós, ajudaram dessa forma. Nós temos muitas pessoas que ajudaram, então só assim que vamos conseguir chegar. E a equipe que conseguimos montar para fazer o carnaval também, refazer esse carnaval todo em um mês e meio e o resultado é esse. As pessoas que forem ao Anhembi no fim de semana já vão acompanhar, se Deus quiser, as nossas alegorias já montadas e no sábado já dando retoques para no dia 22 nós estarmos passando, se Deus quiser, maravilhosamente bem”, declarou emocionado.
Os desafios encarados pela Primeira da Cidade Líder vão além de simplesmente reconstruir as alegorias. Os custos envolvidos em torno de tudo que aconteceu são elevados e geram receios quanto ao futuro, e para Rodrigo o resultado do carnaval de 2025 pode ser determinante para os anos seguintes da escola.
“É o que eu costumo falar para o nosso povo: esse ano está sendo muito difícil financeiramente e a escola está quebrada financeiramente então como o nosso enredo de Oxóssi, nós só temos uma única flecha e ela tem que ser certeira, igual a de Oxóssi. Nós precisamos vencer, a escola precisa vencer para no próximo ano pelo menos conseguirmos equilibrar as contas. Se não conseguirmos vencer esse carnaval, vai ser muito difícil para nós nos próximos anos, financeiramente, para conseguirmos colocar a escola na pista de novo, pode acarretar muitos problemas futuros para a nossa escola. Eu não sei para o resultado do carnaval nos outros anos, eu não sei como que pode ser, mas a luta é essa, faz parte do carnaval”, afirmou.
Rodrigo citou que nesta quarta também ocorreu um incêndio que destruiu as fantasias de três escolas de samba no Rio de Janeiro. O diretor fez um paralelo com o que aconteceu com a Cidade Líder e aproveitou para agradecer as coirmãs que cederam materiais para a reconstrução das alegorias da escola.
“Muitas escolas já pegaram fogo, inclusive hoje no Rio de Janeiro três escolas perderam suas fantasias. Eu acredito que perder as fantasias seja até pior do que as alegorias porque alegorias com um mês e meio você consegue reconstruir igual nós conseguimos, agora fantasia, dependendo da quantidade, não consegue refazer. Isso é muito triste, nós também sentimos muito a dor deles porque além de perder os carros, nós perdemos o galpão também, que nem é nosso, e vamos precisar pagá-lo. Nós tivemos um prejuízo de mais ou menos R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão por causa do galpão, que precisamos reconstruir porque não é nosso, é de uma outra escola de samba. Tem as alegorias, que infelizmente nós perdemos. Não temos mais os carros, eles já foram até cortados, torceram todos os ferros, não tem mais nada. Nós vamos desfilar esse ano com carros emprestados das escolas coirmãs, inclusive de uma que disputa junto conosco. É melhor eu não citar nenhuma escola para não ser injusto com ninguém, mas a todo mundo nós só temos a agradecer de coração, como foi no nosso ensaio técnico, com o discurso emocionado que nós fizemos e tenha certeza de que hoje também é um dia emocionante para nós”, comentou.
A Cidade Líder optou por focar integralmente nos trabalhos de reconstrução para conseguir realizar os trabalhos com sucesso. O diretor exaltou o compromisso da comunidade neste momento de redenção, relembrando o desempenho da escola no ensaio técnico realizado no Anhembi.
“Hoje cedo o Guilherme Cruz, parceiro nosso de samba-enredo, mandou no nosso grupo umas imagens inéditas do nosso incêndio, que só ele tinha feito no dia, e falou: ‘rapaziada, hoje é o dia de vocês, vão lá e arrebentem!’. Por isso que eu estou emocionado, mas é isso. Nossa ideia foi apenas trabalhar, trabalhar, trabalhar para conseguir acabar. Ainda não estamos totalmente prontos, ainda tem umas pinturas para fazer, mas nós estamos preparados. Chegou o nosso ano, nós estamos preparados para chegar no Grupo de Acesso 1. Nós estamos nesse grupo há seis anos, a escola está preparadíssima. Fizemos um grande ensaio técnico, foi bom demais! A escola está cantando, nós estamos ajustando só as coisas que precisam ajustar, inclusive sábado nós temos mais um ensaio de ala em que vamos fazer uns testes. Podem esperar uma Líder madura para chegar no Grupo de Acesso 1 e se Deus quiser ficar lá para se preparar para ir para o Grupo Especial. Nós vamos chegar lá com muita fã em Deus”, disse.
Dia do incêndio: a salvação dos Exus
Rodrigo Minuetto explicou para a reportagem o que aconteceu no dia do incêndio no barracão das alegorias da Primeira da Cidade Líder. O diretor agradeceu a um funcionário que estava presente no local e conseguiu se salvar sem ferimentos.
“Houve uma perícia no local e foi comprovado que foi uma pane elétrica, curto-circuito dos fios. Nós não sabemos se a voltagem não suportou as máquinas de solda, dessas coisas, e acabou que esquentou os fios, derreteu eles e começou a pegar fogo, foi isso que aconteceu no barracão lá. Nós saímos de lá, inclusive estava eu e o Murilo, saímos de lá e o incêndio, uma hora depois, acordou o nosso parceiro. Quero aproveitar e mandar um beijo para o meu amigo Edinho, que é um dos nossos parceiros aqui da escola e que estava lá no local, ele estava dormindo lá no dia. Ele acordou xingando os caras achando que tinham deixado a luz ligada, só que os caras não deixaram a luz ligada. Quando ele saiu para ver, era um incêndio que estava consumindo o barracão todo. Graças a Deus ele está vivo e está conosco aqui hoje. Nós só temos a agradecer ao Edinho, graças a Deus ele está vivo. Graças a Deus ninguém ficou ferido, isso que é o mais importante, e graças a Deus a escola conseguiu superar. Nós vamos fazer um desfile de superação mesmo. Com toda a dificuldade que ainda estamos sofrendo, nós vamos fazer um desfile de superação”.
Mesmo diante da tragédia, Rodrigo fez um relato surpreendente do que encontrou quando pôde enfim entrar no local e constatou que as fantasias armazenadas não foram afetadas.
“O incêndio foi no dia 4 de dezembro e o nosso planejamento era de entrega no dia 20 de dezembro. Naquela semana já estávamos em processo de finalização do Abre-alas e íamos entrar para o processo de finalização do segundo carro. Nós íamos virar o ano com as duas alegorias totalmente prontas já, estava tudo muito tranquilo. Para nós um baque, um choque porque você estar com duas alegorias prontas… Quando eu chego no barracão eu olhei pelo lado de fora porque o bombeiro não nos deixou entrar. Eu olhei para dentro e falei: ‘meu Deus’. Só torci para o Abre-alas não ter queimado, torci muito. Falei: ‘meu Jesus Cristo, tomara que o Abre-alas não tenha queimado’. A única coisa que não queimou por completo no Abre-alas foram os Exus que tinham na frente. Foram esses Exus que não deixaram pegar fogo na parte da frente do barracão, das outras coisas que tinham fantasias e tudo. Foram esses Exus, nas costas deles, que seguraram. Derreteram a escultura inteira, mas os rostos das esculturas ficaram intactos. Do fundo delas para trás os dois carros estavam totalmente queimados. Para nós foi um baque, um choque”, revelou.
O processo de reconstrução das alegorias da Primeira da Cidade Líder procurou seguir as ideias do que a escola concebeu no projeto original, conciliando com os recursos oferecidos por outras escolas. Rodrigo destacou o carinho com o qual a equipe de barracão cuidou de todo o processo que resultou nos carros que partiram nesta quarta-feira para o Anhembi.
“Fomos conversar com a Liga, ela prestou apoio e falou: ‘vocês vão fazer o carnaval, vão disputar’. Vamos lá então, vamos refazer o projeto. Começamos o projeto no mesmo dia, e aí vem aquele lance: o que dá para reaproveitar do que queimou? E aí nós fomos. Tivemos vários parceiros que nos ligaram, várias escolas. A Liga e tanto as escolas da Liga quanto as escolas da UESP ligaram para nós. Nós refizemos o carnaval em cima do que conseguimos pegar das outras escolas. Nós tentamos manter as idéias originais dos dois carros. O Abre-alas nosso é a África, o reino de Queto, e o último carro é Oxóssi renascendo nas matas do Brasil, é uma grande mata, vai ser um carro muito bonito onde vem a escultura de Oxóssi. Pegamos as esculturas das pessoas que nos ajudaram e refizemos o projeto em cima do que conseguimos. Os outros dois carros eram lindos também, mas o carinho foi bem diferente da gente fazer, o gosto foi bem diferente de fazer esse carnaval. Eu acho que a dificuldade fez com que a equipe também trabalhasse com mais amor. Nós precisamos conseguir esse lance da superação, foi isso que motivou todo mundo”.
O diretor aproveitou para agradecer a toda a equipe da Primeira da Cidade Líder que participou desta redenção a qual a escola conseguiu alcançar.
“Eu quero agradecer a equipe também, que é a equipe de serralheria, equipe de madeira, a equipe de forração, de decoração. O nosso carnavalesco Cristiano Oliveira também que ficou enlouquecido, ele ainda está pirado. Hoje as alegorias estão saindo aqui e ele acabou de me perguntar: ‘você tem certeza de que não está precisando de nada? Você tem certeza de que o carro está legal? Eu estou preocupado de prejudicar vocês’. É a estreia do Cristiano no carnaval da Liga, ele sempre fez escolas da UESP. O Cristiano, além dele ser carnavalesco, ele é médico, olha que loucura! É a estreia dele, já dá para ele estrear no Especial, já fez quatro carros! Já dá não, senão vão ficar de olho no meu carnavalesco. Também quero agradecer o nosso carnavalesco Ewerton, que em todo momento esteve conosco no projeto nas ideias, nunca nos abandonou também, a equipe primordial. Meu irmão é um cara que até me emociono de falar, que é um cara guerreiro pra caramba, não deixa a barca cair. O cara que me enche o saco, parece até que é meu chefe, mas é um cara que é guerreiro também. Nosso presidente Mário, nossos parceiros compositores também, os caras não abandonaram a barca em nenhum momento. É isso, agradecer todo mundo que ajudou, sem exceção, igual foi no nosso ensaio técnico. Nós não temos palavras para agradecer. Obrigado por tudo. Vai dar tudo certo, se Deus quiser. Como o Oxóssi, a flecha tem que ser certeira, não tem para onde correr”, disse.
Um recado de Rodrigo Minuetto para a comunidade da Primeira da Cidade Líder
“Quero mandar um recado para todo mundo. Agradecer pelo ensaio que fizemos, por tudo que vocês fizeram por nós depois do incêndio, pelo que já faziam por nós em todos esses anos. Agora depois do incêndio, todo mundo deu a mão, se uniu e foi. Fizemos um baita de um ensaio, nós estamos reforçando o que dizemos no ensaio, arrumando o que achamos que tem que arrumar, e podem ter certeza: a Cidade Líder está madura e nós estamos preparadíssimos para chegar no Grupo de Acesso 1. Chegou a nossa hora, nós sentimos a cada segundo que passa que chegou a nossa vez. Chegou a nossa hora e nós vamos fazer o possível e o impossível, respeitando todas as escolas, para conseguir o campeonato. Essa é a nossa ideia, ganhar esse carnaval, na força do Ofá de Oxóssi, se Deus quiser”, concluiu com determinação.
Na noite da última quarta-feira, a Portela fez uma procissão emocionante para Milton Nascimento. O cantor, carinhosamente chamado de Bituca, esteve na quadra da escola, localizada na rua Clara Nunes, em Madureira, para o ensaio da azul e branco. Ele chegou acompanhando do filho, Augusto Nascimento, e foi ovacionado pelo público na sua entrada no palco.
Antes do início do ensaio, Bituca cantou para a comunidade portelense clássicos do seu repertório como “Maria, Maria” e “Nos Bailes da Vida”, canção cuja letra dá nome ao enredo desenvolvido pelos carnavalescos André Rodrigues e Toin Gonzaga. A noite ainda foi marcada pela emocionante interpretação de Gilsinho da canção “Travessia”, que encheu d’água os olhos de quem estava presente. Emocionada, a Portela ofereceu flores em vida e de corpo presente a um dos maiores cantores da música popular brasileira de todos os tempos.
Em entrevista ao CARNAVALESCO, Augusto Nascimento, filho de Bituca, expressou a emoção do pai em receber a homenagem da Portela. “É uma das maiores homenagens que ele já recebeu nos mais de 60 anos de carreira. Isso aqui coroa tudo o que ele construiu. Estamos todos muito emocionados”, declarou.
Ele também comentou sobre o recente episódio em que Milton teve o acesso negado no salão principal da festa de premiação do Grammy Award, destacando que a homenagem da Portela supera qualquer reconhecimento internacional. “Isso aqui é muito maior que o Grammy, sempre vai ser, isso aqui é carnaval. Aqui é o Brasil pulsando, é o verdadeiro significado de tudo o que sempre moveu e continua movendo ele a vida toda”.
Tia Surica, matriarca e presidente de honra da Portela, também compartilhou sua alegria em ver Milton sendo homenageado. “É mais do que importante que ele receba essa homenagem, porque ele tem que receber flores em vida. Milton Nascimento sempre foi um bom cantor e um bom compositor, e com a minha Portela o homenageando, eu fico mais lisonjeada”, afirmou.
O presidente da escola, Fábio Pavão, deu as boas-vindas ao artista mineiro: “É uma honra para mim, é uma honra para a Portela estar recebendo nesta noite Milton Nascimento”, disse no microfone abrindo a noite de ensaio.
Sentado em uma poltrona azul, o artista acompanhou a procissão da Portela no palco, emocionando-se diversas vezes junto com os portelenses. Sem dúvida, o momento de maior emoção foi quando Gilsinho cantou “Travessia”, parceria de Milton com Fernando Brant, levando o público às lágrimas.
No refrão, o intérprete convidou todos os presentes a soltarem a voz, transformando o momento em uma grande celebração. “Estamos dando flores em vida, graças a Deus. Ele vai desfilar com a gente e merece demais essa homenagem. Vamos fazer de tudo para que seja algo que ele nunca se esqueça”, prometeu Gilsinho.
Outro momento comovente foi protagonizado pelo casal Marlon Lamar e Squel Jorgea, que apresentou o pavilhão portelense ao homenageado. O mestre-sala brincou dizendo que o cantor foi o jurado mais difícil para quem já se apresentou: “Acho que o Milton foi o jurado mais difícil que enfrentamos até hoje. Estamos emocionados com a presença dele aqui. Ver a Portela alegre assim é uma verdadeira procissão ao samba de uma escola centenária”.
Squel, por sua vez, não escondeu a admiração por Bituca: “Eu sou fã do Milton. E, para mim, foi uma emoção recebê-lo em casa, dançar para ele, receber a energia incrível que esse homem tem, ter essa troca de energia nos alimenta e nos dá mais ânimo para caminharmos rumo ao nosso desfile. Ele já está sendo homenageado pelo povo brasileiro do jeito que merece, com respeito, tendo o lugar de destaque que merece, dane-se o Grammy!”.
A emoção tomou conta de todos os componentes da escola. Cassio Sales, de 34 anos, da Ala 27, compartilhou sua alegria: “A Portela é uma escola tradicional e o Milton é uma lenda viva. Homenageá-lo em vida é um privilégio. Quando eu o vi sentado no palco, foi uma honra indescritível. Ouvir a voz dele aqui na quadra da Portela é algo que levarei para sempre”.
Já Elis Regina, de 39 anos, da ala 19, não conteve as lágrimas: “O samba traz muita emoção. Quando a quadra começou a cantar ‘Quem acredita na vida’, foi a coisa mais linda. Chorei muito quando o Milton começou a cantar”.
Bianca Monteiro, rainha da “Tabajara do Samba”, resumiu o sentimento de celebração da noite: “Foi lindo demais ver Milton cantando para a nossa comunidade. Sabemos que não é fácil para ele, mas ele abraçou a todos nós. Foi a cereja do bolo que faltava para nossa emoção ser ainda maior. Milton é emoção, é amor. Suas músicas tocam profundamente na nossa alma”.
A noite foi, sem dúvida, um marco na história da Portela e na carreira de Milton Nascimento, celebrando a vida e a obra de um ícone da música brasileira. Dando flores em vida, a maior campeã do carnaval honra o legado de Bituca incorporando a força, a raça, os sonhos e a gana de quem tem a estranha mania de ter fé na vida.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, visitou a fábrica da Maximus Confecções, que sofreu um incêndio, na manhã desta quarta-feira, e deixou 21 pessoas feridas. As escolas de samba da Série Ouro, como Império Serrano, Ponte e Bangu, perderam suas fantasias para os desfiles do Carnaval 2025.
“O carnaval das três escolas (Império Serrano, Bangu e Ponte) já fiz o post explicando a decisão que tomamos. Elas não vão disputar o campeonato e não vão ser rebaixadas. Só essas três. O resto fica a regra normal. Conversei com o presidente da Série Ouro, desde cedo venho falando com ele e tomamos essa decisão. As escolas trabalham o ano inteiro. Busquei tranquilizar, saem da competição, vão desfilar e vamos tentar dar condições. Já vivemos isso na Cidade do Samba (2011) e que trouxe apenas transtornos materiais, que mostra a importância de estar legalizado e dentro dos critérios adequados”, afirmou.
Paes citou que as obras da Cidade do Samba 2, na região da Leopoldina, ainda está em fase inicial e que tentou acelerar para entregar antes do carnaval do ano que vem.
“A obra da Cidade do Samba 2 está em uma fase inicial. Vamos tentar acelerar para não termos esse problema no ano que vem. Não devia ser mais admissível as pessoas trabalharem nessas condições. É um absurdo. Vai resolver a Série Ouro, mas o problema é mais grave. Temos vários grupos de acesso na Intendente Magalhães e elas não vão ter esse espaço. Não sabemos nem quantos lugares podem ser parecidos como esse na cidade nesse momento. Vou pedir para Série Ouro informar isso para que a gente tenha o olhar mais atento. A gente sabe que existe necessidade de espaços. Temos que ter uma ação em conjunto com ligas para que a gente possa ter a responsabilidade por parte deles para sabermos da existência desses galpões”.
Eduardo Paes ressaltou a rapidez do Corpo de Bombeiros como fundamental para salvar diversas vidas no incêndio.
“Estava em Brasília, peguei o primeiro voo que pude para o Rio, a primeira coisa é parabenizar o Corpo de Bombeiros. Se não fosse a rapidez que chegaram a tragégia poderia ter sido muito maior. As pessos ficaram presas em determinado lugar e a agilidade dos Bombeiros salvaram muitas vidas. Estamos dando toda assistência aos feridos nos hospitais da cidade. Nossa equipe de Assistência Social está auxiliando as famílias e a prioridade é que as pessoas possam ter suas vidas salvas e preservadas”, comentou.
O prefeito também falou sobre a situação da empresa e a concessão de alvarás por parte da Prefeitura do Rio de Janeiro.
“A empresa tinha o alvará e as pessoas tem a responsabilidade de estar em dia com o Corpo de Bombeiros e só eles podem falar se estava em dia ou não. O imóvel vi que é uma cena assustadora. Está tudo queimado. Os Bombeiros conseguiram preservar muita coisa, inclusive, algumas fantasias, mas ainda não sei o que. O foco é salvar vidas. A legislação flexibiliza e as pessoas podem empreender. Nenhum órgão vai conseguir fiscalizar tudo. As responsabilidades vão ser apuradas e a punição tem que ser muito grave para quem criou isso. Não tem como adiantar nada, isso vai ser apurado ao longo do tempo”. .
Na reta final dos preparativos para o Carnaval 2025, o Camisa Verde e Branco une legado e emoção em seu desfile. Em entrevista ao CARNAVELESCO, Jeyson Ferro, mestre de bateria do Trevo da Barra Funda e líder da Furiosa desde 2021, destacou a fusão entre a homenagem ao poeta roqueiro Cazuza e a preservação do DNA rítmico da escola, herdado de gerações.
Com passagens anteriores como mestre entre 2008 e 2013, Ferro reforçou a importância da batida característica da agremiação, consolidada na década de 1990 por seu tio Neno. “Essa batida de caixa do Camisa já vem lá de trás, vem com o meu Tio Neno, em 1990. Foi na transição do Divino, ele assumiu a bateria. Se não me engano, já tinha essa batida, que virou a característica da escola. Graças a Deus, quem passou antes e depois de mim vai manter essa identidade, o DNA da casa”, explicou, enfatizando o compromisso com as raízes que definem o som da Furiosa.
Cazuza no coração do enredo
O tributo a Cazuza, um dos maiores ícones da música brasileira, foi destacado por Ferro como um marco emocional. A escolha do tema promete levar à avenida não apenas a história do cantor, mas também a paixão que sua obra inspira na comunidade do samba. Fã declarado do artista, o mestre não escondeu o orgulho de integrar o projeto: “Sou suspeito de falar de Cazuza, porque eu sou fã. Graças a Deus, estou muito feliz por participar desse enredo”.
Com o objetivo de repetir os 40 pontos no quesito bateria – conquista que contribui para colocações de destaque no Grupo Especial –, Ferro ressaltou a disciplina da equipe: “Vamos trabalhar muito, é o nosso objetivo. Temos que nos concentrar para tudo dar certo, fazer a nossa parte na pista. Que Deus vai abençoar”. A afirmação reflete o clima de determinação que permeia os ensaios, mesclando técnica e devoção.
Enquanto finaliza os ajustes, o Camisa Verde e Branco carrega nas costas a responsabilidade de honrar duas histórias: a de Cazuza, eternizado em versos e melodias, e a da própria Furiosa, cuja batida ecoa há décadas como sinônimo de resistência cultural. Na bagagem, a promessa de um desfile que vai além do espetáculo – é um recado de tradição, orgulho e samba no pé.