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Tem-Tem Jr é o novo intérprete da Acadêmicos do Recreio

A Acadêmicos do Recreio anunciou que Tem-Tem Jr será o intérprete oficial da escola para o Carnaval 2025. Reconhecido como um dos maiores destaques da nova geração de cantores, Tem-Tem Jr foi o intérprete mais premiado do Carnaval de 2024 após sua atuação pelo Império Serrano. Em 2025, além de defender a Acadêmicos do Recreio, o artista também será intérprete oficial da União da Ilha do Governador e integrará o carro de som da Unidos da Tijuca.

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Foto: Divulgação

Tem-Tem Jr já foi intérprete oficial das escolas Unidos de Bangu, Vigário Geral e Império Serrano, além de participar dos carros de som de agremiações como Unidos de Vila Isabel, São Clemente, Inocentes de Belford Roxo e Renascer de Jacarepaguá, entre outras.

Em 2025, o Acadêmicos do Recreio levará para a avenida o enredo “Toda Ação tem uma Reação em nosso Ambiente”, desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Pacheco. Nossa escola será a décima a desfilar no dia 07 de março, pela Série Bronze, na Estrada Intendente Magalhães.

Vem Carnaval! Rio Praia Camarote promove ‘Esquenta’ no domingo

A virada do ano é o principal sinal de que a maior festa a céu aberta do planeta se aproxima e no Rio Praia Camarote, o carnaval 2025 começa no dia 12 de janeiro com o “Esquenta Rio Praia”, evento que vai aquecer os tamborins do folião para os seis dias de festa em um dos espaços mais disputados da Sapucaí.

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Foto: Divulgação Rio Praia Camarote

Seguindo a filosofia do camarote onde a diversão e o samba são prioridades, o evento, que acontece no Grand Caballero Lounge & Bar, a partir das 17h, tendo como atrações a Bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel e uma das principais rodas de samba da Zona Oeste, o ‘“Samba a Bangu”.

Os ingressos para garantir um fim de domingo no clima do Rio Praia custam R$70 e, para quem já é cliente do camarote, o valor sai a R$50. A consumação não está incluída. Mais informações e vendas pelo telefone (21)99994-3632. O Grand Caballero Lounge & Bar fica na Avenida Ayrton Senna, 2541 – Barra da Tijuca, dentro do estacionamento do Aerotown.

Serviço: Esquenta Rio Praia Camarote
Data: 12 de janeiro, domingo
Atrações: Bateria da Mocidade Independente e Samba a Bangu
Horário: a partir das 17h
Local: Grand Caballero Lounge & Bar ( Av. Ayrton Senna, 2541 – Barra da Tijuca- estacionamento do Aerotown)
Valor: R$70 consumação não incluída ; clientes do camarote pagam R$50
Informações: 21 99994-3632
Classificação: 18 anos
Capacidade da casa: 300 pessoas

Orgulho da Mocidade Alegre, mestre Sombra fala da relação com a Morada: ‘escola de vida, de oportunidades’

O ciclo do carnaval de 2025 tem um significado especial para Marcos Rezende dos Santos Nascimento. Será o trigésimo desfile em que mestre Sombra comandará os ritmistas da Mocidade Alegre, um dos sambistas há mais tempo à frente de um mesmo segmento ainda em atividade. Com o apito na boca e olhar focado, o artista de perfil discreto no dia a dia se transforma na respeitada liderança da ‘Ritmo Puro’ ao realizar a função a qual exerce, com a devida licença poética, maestria há três décadas.

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Enquanto a Morada do Samba se preparava para realizar a gravação oficial para o álbum do carnaval de 2025, o CARNAVALESCO conversou com o artista para conhecer a relação de afeto com a escola, as memórias da trajetória, ambições e a convivência familiar no meio do samba com a esposa, a presidente Solange Cruz e o filho, Carlinhos Sombrinha, que estreará no mesmo cargo que o pai exerce só que pela Pérola Negra.

O que representa a Mocidade Alegre na sua vida?

“Uma escola de samba, uma escola de vida, uma escola de oportunidades. O reconhecimento é total pela oportunidade que a Mocidade Alegre me deu de ser mestre de bateria”.

Como é trabalhar na mesma escola que a presidente Solange Cruz, que é a sua esposa? Tem alguma pressão ou algo diferente na rotina de trabalho?

“A responsabilidade é grande do mesmo jeito, como se estivesse em outro local. Eu acho que o ser humano tem que ter responsabilidade com o compromisso que assume, independentemente de onde seja. Ele tem que ter nome a zelar com o trabalho dele, essa é a primeira coisa. O que pode ser diferente no fato de ela ser minha esposa é que às vezes alguma reunião ou não, não termina simplesmente ali. A gente tem oportunidade de estar falando mais sobre alguns assuntos que se fosse em uma empresa seria só na hora e no local de trabalho, e sendo assim, no nosso caso, não. A gente fala em um final de semana ou em algum lugar alguma coisa que a gente lembra. Tem sempre algum status que pode estar pendente de alguma coisa e a gente está sempre em contato referente a isso. Acho que essa é a grande diferença”.

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Como é sua relação com o intérprete Igor Sorriso e com o carro de som da Mocidade Alegre?

“Nós procuramos ser profissionais no trabalho, procuramos ser parceiros, amigos, dentro do que a gente faz, o que acho que é importante. A partir do momento em que você estabelecer rivalidade com o carro de som, você não está querendo que a engrenagem da escola funcione. Pela minha função de gestor eu tenho mais do que obrigação de ter uma responsabilidade com o nosso elenco, tratar bem o nosso elenco, porque o nosso elenco precisa da nossa gestão de forma positiva para que ele surta bons resultados. É o que, graças a Deus, vem acontecendo”.

É para desfrutar! Ouça os sambas oficiais e veja os clipes das escolas do Grupo Especial de SP para o Carnaval 2025

Seu filho, Carlinhos Sombrinha, assumiu como mestre de bateria na Pérola Negra, mas ele já trabalha há algum tempo com você. Há algum planejamento para que em algum momento ele possa assumir seu trabalho na Mocidade Alegre?

“Não tem planejamento. O primeiro planejamento que tem é de formação, de ganho de experiência. É maravilhoso que ele vá trabalhar na Pérola Negra porque aí ele sai de baixo da nossa asa. Ele vai ter as responsabilidades dele porque até então ele trabalhava comigo em uma função que a responsabilidade é minha, em que todo o trabalho da direção, tudo que é feito, a responsabilidade é minha, e agora ele está tendo. Eu acho maravilhoso isso porque aí ele vai se deparar com as dificuldades que ele vai ter que ter referentes ao trabalho. Ele vai ter que estar trabalhando com outras pessoas que não são da família, que não são do convívio dele desde pequeno. Isso é importante para uma formação de um grande profissional, de um grande diretor de bateria”.

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Quanto a sua história no carnaval com a Mocidade Alegre, tem algum desfile que você considere o desfile da sua vida? Por qual motivo em especial?

“Nós passamos por vários momentos de várias emoções. É lógico que tem o primeiro desfile (1995) que foi marcante, e aí você segue uma trajetória. O primeiro título (2004) é marcante, uma sequência de um tricampeonato (2012, 2013 e 2014) é marcante. Agora você vem de novo em um bicampeonato (2023 e 2024), isso vai marcando demais. As situações, a vivência que foi até chegar ao título, até chegar ao resultado final, até chegar à conquista, isso tudo vai marcando. Em uma trajetória longeva como essa tem vários momentos, você não tem como pontuar apenas um momento em especial. Eles vão sendo dias e dias construídos de vários momentos”.

E nessa trajetória tem algum desfile que, se você pudesse, apagaria?

“O de 2011. Em 2011 foi um carnaval que nós poderíamos ter chego ao título, mas com a quebra do carro a gente ficou em sétimo lugar. Foi muito doloroso porque foi um projeto ousado, caro. Foi um sacrifício até chegar lá e o carro não entrar. Esse é o desfile mais triste que eu tenho na história com a Mocidade Alegre”.

Você costuma estar sempre no Rio de Janeiro com a Solange em eventos por lá, frequentando as escolas. Quais seriam aas diferenças das baterias de São Paulo em relação às cariocas? E você já pensou em trabalhar no Rio caso um dia tenha essa oportunidade?

“Eu não penso em trabalhar lá não. Acho que é muita vaidade querer estar longe do meu eixo. É lógico que a gente tem o carnaval do Rio como uma grande referência, mas devido a tantas responsabilidades que eu tenho aqui seria querer abraçar o mundo e deixar a desejar em dois trabalhos diferentes. Eu acho que você tem que pegar um trabalho e fazer com excelência. A partir do momento em que você começa a pegar dois, três trabalhos, você vai começar a dividir o seu cansaço, o seu estresse, a sua responsabilidade. Isso não é legal, isso não é construtivo. Acho que eu tenho que continuar trabalhando em São Paulo. São Paulo me dá muitas oportunidades. Eu já fui palestrante de curso de jurado de bateria durante seis anos na UESP. Agora, a FESEC (Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas do Estado de São Paulo) também me deu a oportunidade de estar fazendo um trabalho, então acho que a sequência do meu trabalho é por aqui no meu habitat, onde eu estou. Lógico, adoro ir ao Rio de Janeiro, tenho muitos amigos lá. E lógico, as baterias têm diferenças na forma de imprimir uma levada de caixa, na forma de imprimir uma levada de terceira. A forma de se vivenciar uma bateria é diferente. A galera que vem para tocar nas baterias também é um pouco diferente, vem de situações e vivências diferentes, tem as suas peculiaridades. Todas tocam samba com excelência. Temos excelentes baterias no Rio de Janeiro e excelentes baterias em São Paulo. Temos exímios mestres aqui também, mas cada um com a sua identidade regional porque se a gente sai andando por aí, o que você fala de bateria, em cada região tem um detalhezinho diferente. Uns mais, uns menos, um pouquinho mais evoluído, outros um pouquinho menos, e assim segue. Eu acho que isso é importante para fazer a diferença e isso torna um elo para você estar sempre aprendendo com todas as vivências, faz o universo da bateria não morrer”.

Samba do Império Serrano para o Carnaval 2025 é eleito pelos leitores do CARNAVALESCO o melhor da Série Ouro

Do samba é sempre expoente! O samba-enredo do Império Serrano para o Carnaval 2025, que vai homenagear o compositor Laudeni Casemiro, o Beto Sem Braço, foi eleito por 22,8% dos votos dos leitores do CARNAVALESCO como o melhorda Série Ouro para o desfile deste ano. Os compositores Xande de Pilares, Aluísio Machado, Henrique Hoffmann, Carlos Senna, Jefferson Oliveira e Leandro Maninho assinam o samba-enredo do Império Serrano para o Carnaval 2025.

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Foto: Luis Miguel Ferreira/Divulgação Império Serrano

A Porto da Pedra ficou em segundo com 14,5%, a Estácio em terceiro com 13,8%, a União da Ilha em quarto com 12,9%, a Uniãode Maricá em quinto com 7,1% e o Arranco em sexto com 5,8%. Vigário Geral teve 3,3%, Botafogo Samba Clube e União do Parque Acari com 3,1% (cada), Em Cima da Hora, Unidos de Bangu e Inocentes de Belford Roxo com 2,7% (cada), São Clemente recebeu 1,6% e Acadêmicos de Niterói, Tradição e Unidos da Ponte ficaram 1,3% (cada).

Ouça os sambas-enredo nas versões oficiais da Série Ouro para o Carnaval 2025

Com a vitória na disputa imperiana, o compositor Aluísio Machado chega à 17ª vitória no Império Serrano, consolidando-se como o maior vencedor da história da escola. Parceiro de longa data do homenageado, o compositor é autor de obras memoráveis ao lado de Beto Sem Braço, como “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, “Mãe, baiana mãe”, “Fala, Serrinha! A voz do morro sou eu mesmo, sim senhor”, dentre outros. Essa é a terceira vitória consecutiva dele e de Carlos Senna nos últimos anos: 2023, 2024 e 2025. Em 2025, o Império Serrano irá fechar os desfiles da Série Ouro, na Sapucaí, no sábado, dia 1º de março, em busca do acesso ao Grupo Especial.

“A emoção foi fazer um samba em homenagem ao meu falecido parceiro e sair vencedor. Com toda a sinopse que o carnavalesco deu, eu vivi mais do que ele. Ele pesquisou, eu convivi. A satisfação é maior do que tudo. O filho da gente é sempre bonito. Mas eu gosto muito da parte que fala: ‘Batizada Laudeni’, ‘cognome Beto’. Pessoal perguntou: ‘que é isso?’ É diferente, mas é a mesma coisa que apelido, mas as pessoas não sabiam. Muita gente não sabe, mas vão aprender agora”, disse o compositor Aluísio Machado ao CARNAVALESCO.

‘Pra quem tem medo o meu povo vai gritar!’ Banhado por chuva, Tuiuti volta a rua com força para fazer história no Carnaval 2025

O Tuiuti realizou seu primeiro ensaio de rua de 2025, na noite da última segunda-feira, com a alma lavada pela chuva. A água começou a cair logo no início da apresentação da escola e se manteve até o fim, o que não atrapalhou o Quilombo do Samba a se apresentar pela área do Campo de São Cristóvão, fazendo seus componentes cantarem bastante e realizarem um treino bem correto. A escola vai ser a segunda escola a desfilar na Marquês de Sapucaí no inédito terceiro dia de desfiles do Grupo Especial, com o enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?”, do carnavalesco Jack Vasconcelos.

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André Gonçalves, um dos diretores de carnaval da escola, falou com o CARNAVALESCO sobre o primeiro ensaio do ano da agremiação.

“O nosso parecer hoje, de toda a equipe montada para atender o nosso carnaval com grande energia, força, e garra, é que foi muito maravilhoso. Fizemos um ensaio hoje embaixo de chuva e cada vez mais, é aperfeiçoar. O ensaio para que a gente possa estar sempre corrigindo alguma coisa. Mas hoje ao assistir todo o nosso ensaio, viram que tivemos a escola toda cantando, a escola toda evoluindo, e graças a Deus, iremos levar um belíssimo trabalho para todos os ensaios até chegar a nossa hora em que vamos abrilhantar aquela avenida”.

Comissão de Frente

A comissão de frente do Tuiuti apresentou uma coreografia com dois momentos sendo exibidos ao mesmo tempo, uma com as bailarinas trans ao centro e outra com outros bailarinos e bailarinas nas laterais se juntando depois para realizar uma coreografia maior, com passos remetendo à letra do samba.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Raphael e Dandara fizeram uma apresentação muito sincronizada e harmoniosa entre eles com destaque para o cortejo, e com uma coreografia bem tradicional e animada. Dançaram bem debaixo de chuva, principalmente, no processo de recuperação de Raphael.

Harmonia

A escola de São Cristóvão cantou bem forte nesse primeiro ensaio do ano, tendo a condução de Pixulé e seu carro de som botando os componentes para cima, com os desfilantes mantendo esse resultado até a última ala passar.

“O rendimento foi ótimo, o pessoal cantou bastante, e o quê a gente queria ver era exatamente isso, o samba, os componentes, o canto, a bateria. Eu termino o ensaio de hoje bem satisfeito com o resultado. E assim, de agora em diante é crescimento total”, comentou Rodrigo Soares, um dos diretores de carnaval da escola, ao fim do ensaio.

Evolução

Mesmo com a chuva, o Tuiuti seguiu com uma evolução bem fluida, com muitos componentes brincando e sambando com uso de leques, e com a escola vindo bem organizada dentro dessa leveza das alas.

“Chovendo ou não, a galera empolgou, cantou. O primeiro ensaio agora de 2025 foi um ensaio bom, um ensaio produtivo, as alas cantando e animadas, e daqui para frente a tendência é só melhorar, se Deus quiser chegando no ensaio técnico, firme, forte, com garra, vontade e Tuiuti na cabeça”, comentou Thiago Dias, um dos diretores da escola.

Samba-enredo

O samba foi bem defendido por Pixulé em mais um ensaio, tendo sido bem cantado pela comunidade, cada vez mais abraçada a obra para o próximo carnaval. Os versos mais cantados além dos refrões foram os da subida, a partir de “Eu, travesti / Estou no no cruzo da esquina / Para enfrentar a chacina / Que assim se faça / Meu Tuiuti / Que o Brasil da terra plana / Tenha consciência humana / Xica vive na fumaça”.

Outros Destaques

A bateria “SuperSom” teve uma noite muito para cima, sob o comando de mestre Marcão, além da presença da rainha Mayara Lima, com uma roupa azul e sambando muito na chuva, assim como a ala de passistas da escola que também veio muito bem com a pista molhada. Também um destaque ao segundo casal Leo Thomé e Rebeca Tito que também dançou bastante debaixo da chuva.

‘Realiza o nosso sonho!’ Samba do Tucuruvi é eleito o melhor do ano do Grupo Especial de São Paulo para o Carnaval 2025

Festa no Zaca. O samba-enredo do Tucuruvi, assinado pelos compositores Macaco Branco, Prof. Carlos Bebeto, Djalma Santos, Chiquinho Gomes, Dr. Marcelo, Denis Moraes e Marcelo Faria, foi escolhido pelos leitores do CARNAVALESCO como o melhor de 2025 do Grupo Especial de São Paulo. A escola recebeu 35,2% dos votos. A Esttrela do Terceiro Milênio teve 31,7%. A Acadêmicos do Tucuruvi será a 5ª agremiação a desfilar no sábado de carnaval, dia 1º de março de 2025, pelo Grupo Especial Paulistano, onde apresentará o enredo “Assojaba – a busca do Manto”.

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Fotos: Gustavo Lima e Will Ferreira/CARNAVALESCO

A Águia de Ouro teve 5,3%, os Gaviões da Fiel com 5,1%, a Dragões da Real com 4,7%, a Barroca com 4,5%, a Mocidade Alegre com 3,5%, a Mancha Verde teve 2,4%, o Vai-Vai com 1,6%, Camisa Verde e Branco 1,4%, Tatuapé e Colorado do Brás com 1,2% (cada) e Rosas de Ouro e Império de Casa Verde com 1,1% (cada).

Gratidão à comunidade e segmentos

Ao CARNAVALESCO, o vice-presidente e diretor de carnaval, Rodrigo Delduque agradeceu a votação, a comunidade, a parceria vencedora e o trabalho que o intérprete Hudson Luiz vem realizando. “É com muita satisfação e com muita alegria que nós recebemos esse presente do site, essa enquete que a Tucuruvi está entre os sambas mais queridos do carnaval paulistano. Quero agradecer a parceria do Macaco Branco e companhia, todos os compositores que mais uma vez nos apresentaram essa obra maravilhosa, agradecer ao Hudson também, que está levando essa obra para todos os espectadores, para todos os sambistas do carnaval e agradecer a comunidade que vem cantando, que vem dando essa pitada de energia para que o samba venha crescer cada vez mais. Muito obrigado e vamos rumo ao carnaval”, celebrou.

É para desfrutar! Ouça os sambas oficiais e veja os clipes das escolas do Grupo Especial de SP para o Carnaval 2025

Detalhes técnicos, declaração ao pavilhão e desejo de realizar o sonho

Um dos compositores do samba-enredo, Prof. Carlos Bebeto, falou sobre todo o sentimento de ter a sua obra como hino da agremiação da Zona Norte para 2025. O escritor fala muito sobre realizar o sonho da escola e destaca a história da composição junto de sua parceria. “A Tucuruvi realizou o nosso sonho e nós temos que ajudar a realizar o sonho da Tucuruvi. A composição do samba de 2024, com toda humildade, mudou a escola de patamar. A forma que passaram a ver a escola está sendo diferente. Por isso o sarrafo para compor o samba de 2025 ficou muito maior, só que nós estávamos extremamente felizes e gratos. Quando nós pegamos a sinopse, começamos a ter várias ideias e deu muito certo. O refrão e o contra refrão o pessoal berra. O refrão de cabeça, que é a tradução do ‘essa é a grande volta do Manto’ ficou incrível. Para coroar isso o Manto voltou para o Brasil e, se tudo der certo, vamos ganhar esse título”, declarou.

Dennis Moraes, outro atuante na composição, exaltou a conexão que vem tendo com a agremiação, justamente pelo bicampeonato nas eliminatórias. “Para somar essa resposta, é exatamente por essa afinidade que nós estamos tendo com a escola, os sambas estão encaixando, e algo maior está nos agraciando com o poder de fazer belas canções aqui no Zaca”, disse.

Para realizar a letra da canção, Carlos Bebeto foi além da sinopse. O professor foi atrás da história do Manto e estudou uma determinada obra da Glicéria Tupinambá, que é importante artista e líder indígena que está engajada com o enredo da escola. Bebeto relatou que diante do estudo, encontrou a frase que resume o tema que a Tucuruvi irá levar para a avenida. “Eu comecei a estudar muito a Glicéria Tupinambá e os trabalhos que ela fez. Ela realizou uma apresentação que se chama ‘Kwa yepé turusu yuriri’, que é a tradução de ‘essa é a grande volta do Manto’. Foi até exposto pela Funai e pelo Ministério da Cultura. Eu li e uma frase me chamou atenção: ‘Mairamê yegaçawa unhëë ki ikatara tupinambá’ e tem tudo a ver com o enredo, pois diz que ‘quando eu canto, digo que o encantado é tupinambá’. Colocamos no samba-enredo, toda a parceria aprovou e deu muito certo”, contou.

Carlos Bebeto declarou que por experiências negativas tendo participações em eliminatórias dentro de outras agremiações, não quis mais participar de concursos no carnaval paulistano. Porém, no samba do ‘Ifá’ em 2024, a sinergia foi tanta que acabou virando um torcedor da escola, bem como toda a parceria e, de acordo com ele, o time só irá participar de eliminatórias na própria Cantareira. “Nós somos compositores da Vila Isabel e quando nós viemos para São Paulo, eu e o Macaco Branco tivemos algumas experiências que não quero lembrar, o que é normal. Foram bem ruins. Mas quando o Macaco me chamou para fazer ‘Ifá’, eu me identifiquei com a Tucuruvi. Eu quero ajudar a realizar esse sonho. Eu fiz amigos e nossa parceria se orgulha de falar que é Tucuruvi. Obviamente que se a gente fosse compor em outras escolas, aumentaria a chance de nós fazermos histórias, mas o que queremos mesmo é ter identidade, e nos encontramos aqui na Cantareira. Com todo respeito, não queremos fazer composições em nenhuma outra escola que não seja a Tucuruvi”, comentou.

O compositor Dennis Moraes já teve a oportunidade de vencer sambas em outras entidades, mas exaltou o tratamento da comunidade do Zaca com a parceria. “Eu já tive a felicidade de compor outros sambas aqui em São Paulo e ser campeão do carnaval, mas realmente a Tucuruvi tem um tratamento ímpar conosco. É sincera, cordial e isso não tem jeito. É primordial para um compositor receber todo esse acolhimento, por isso dedicamos todas as nossas forças para essa agremiação”, afirmou.

Por fim, Moraes enalteceu o entrosamento que o intérprete Hudson Luiz vem tendo com o mestre de bateria Serginho. “O casamento do mestre Serginho com o Hudson, parece que eles nasceram para fazer as nossas obras. O Hudson já vem fazendo um bom trabalho no Rio e ele deu mais vida ainda e elevou o nível da obra, assim como fez com ‘Ifá’. É um cara que estuda muito, trabalha com sua ala musical e esbanja todo o seu talento”, finalizou.

Inscrições abertas para vendedores autônomos no Carnaval de Rua 2025

A Riotur abriu, nesta segunda-feira, a primeira etapa do credenciamento para que vendedores autônomos possam trabalhar durante os desfiles dos blocos de rua no Carnaval 2025. As inscrições devem ser feitas pelo site carnavalderua2025.com.br até 21/01. O sorteio será no dia seguinte. O resultado será divulgado via SMS. A agenda de blocos definida pelo Caderno de Encargos publicado pela Prefeitura do Rio via Riotur tem início dia 1º/02.

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Foto: Divulgação/Riotur

Serão 15 mil vagas, cinco mil a mais do que em 2024. Os interessados devem ser brasileiros maiores de 18 anos, ter carteira de identidade, CPF e comprovante de residência no município do Rio.

Os vendedores sorteados devem comparecer ao local a ser divulgado, para a comprovação dos requisitos exigidos em regulamento, além de receberem mais informações sobre os demais trâmites (retirada do kit – colete, isopor e credencial). Os aprovados também receberão treinamento até estarem habilitados a trabalhar legalmente nos blocos de rua.

Confira todos os detalhes e as referidas datas:
Inscrições – 06/01 (a partir das 18h) a 21/01 (até 23h59)
Sorteio e resultado – 22/01

Salgueiro faz dia inesquecível no Baródromo e celebra meio milhão de audições do samba para o Carnaval 2025

O Baródromo foi o palco de mais uma noite histórica para o samba. Na noite do último domingo, o Acadêmicos do Salgueiro realizou uma apresentação inesquecível que reuniu torcedores apaixonados, sambistas de outras agremiações e admiradores do carnaval. O evento, que contou também com a participação do grupo SER antes da entrada da Furiosa, trouxe para perto do público um pouco da magia que a escola promete levar para a Marquês de Sapucaí em 2025. Sob o comando do intérprete Charles Silva, os sucessos históricos do Salgueiro embalaram a noite, principalmente com a apresentação do samba-enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, que até o momento é o mais ouvido deste carnaval.

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A comerciante Priscila Mota, de 43 anos, esteve presente e descreveu a emoção de acompanhar sua escola de coração. Integrante da ala das Mariposas, Priscila desfila pela escola desde 2008, e sente que o samba deste ano promete um desfile emocionante.

“Eu não sou cria do Salgueiro porque sou de outra comunidade, mas o Salgueiro me acolheu. Eu me tornei salgueirense por amor. Estar aqui no Baródromo é especial demais. É um lugar de encontros, onde você encontra sambistas, musas e pessoas que inspiram. Eu adoro!”.

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Comerciante Priscila Mota, de 43 anos, esteve presente e descreveu a emoção de acompanhar sua escola de coração

Localizado na região da Tijuca, o Baródromo se consolidou como um verdadeiro reduto do carnaval carioca. O espaço é conhecido por promover apresentações, encontros e experiências que celebram a cultura do samba, reunindo sambistas e admiradores em um ambiente descontraído e cheio de energia. No evento do último domingo, o Salgueiro levou a comunidade ainda mais perto de sua história e tradição, com a apresentação de sambas históricos e o carisma contagiante de Charles Silva, que conduziu o público em um coro emocionado.

Gustavo Oliveira, um dos mestres de bateria da Furiosa, destacou a importância da escola ter mais de meio milhão de audições do samba de 2025 no Spotify: “É a sensação de que o trabalho está sendo bem feito. O samba propõe exatamente o que o enredo traz: um tema forte, marcante, que fala com o salgueirense e com todos que o ouvem. Estamos muito felizes com essa recepção”.

A vermelha e branca da Tijuca apresentará no próximo Carnaval o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira. A proposta mergulha nas tradições místicas e espiritualistas que protegem o corpo contra males físicos e espirituais, conectando as raízes africanas, europeias e indígenas da cultura brasileira. O tema reflete a riqueza e a pluralidade da identidade cultural do Brasil, sendo uma homenagem às crenças que atravessam gerações e unem diferentes povos.

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Outro mestre da bateria, Guilherme Oliveira, também celebrou a força do samba: “Cara, acho que a galera vai cantar muito, com certeza. O samba já tem sido muito cantado na quadra, e aqui no Baródromo não foi diferente. A energia está lá em cima, e a bateria vai trazer tudo isso para a Sapucaí”.

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Wilsinho Alves, diretor de Carnaval, acrescentou: “O enredo e o samba falam de proteção, algo que todos buscamos. Quando você escuta um samba que transmite esse significado, você se conecta. Tenho certeza de que vai continuar como o mais escutado até o carnaval”.

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Marcella Alves e Sidclei Santos, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, também reforçaram o impacto do samba na preparação para o desfile. “O mais importante é o samba estar na boca do povo, e a gente já teve uma prévia disso aqui”, comentou Marcella. Sidclei completou: “É começar o ano com o pé direito. Esse presente do nosso samba ser o mais escutado nos dá ainda mais força para entrar na avenida com tudo, de corpo fechado, em busca da décima estrela”.

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Luiz Andrade, de 60 anos, integrante do Salgueiro, também celebrou o evento. “Foi ótimo! O samba já está em primeiro lugar, e essas apresentações ajudam a crescer ainda mais. Todo mundo cantou, brincou. Até o pessoal de outras escolas aceitou bem. O clima estava muito bom”. Luiz também destacou o Baródromo como um espaço inovador e importante: “O lugar movimenta a massa e mostra o melhor do Carnaval”.

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Luiz Andrade, de 60 anos, integrante do Salgueiro, também celebrou o evento

Outro apaixonado pelo Salgueiro presente no evento foi Elías Rodrigues, professor de 24 anos e torcedor da escola desde pequeno. “Eu não desfilo ainda, mas acompanho sempre. O samba desse ano é maravilhoso. Foi muito bem aceito pela comunidade, e aqui no Baródromo a vibe foi incrível”, afirmou Elías, que saiu de Rio das Ostras apenas para prestigiar a apresentação.

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Elías Rodrigues, professor de 24 anos e torcedor da escola desde pequeno

A escola será a terceira a desfilar na Marquês de Sapucaí na segunda-feira de Carnaval, dia 3 de março de 2025. A Furiosa e todos os segmentos da escola prometem trazer para a avenida uma apresentação carregada de emoção e energia: “Estamos prontos para fazer bonito. Cada ensaio nos fortalece mais, e pode esperar uma bateria furiosa mesmo”, garantiu Guilherme Oliveira.

Busca da segunda estrela! Atuação magistral de Evandro Malandro e da bateria impulsionam Grande Rio em primeio ensaio de rua de 2025

A Grande Rio retomou sua temporada de ensaios de rua, na noite do último domingo, em Duque de Caxias, com destaque para a espetacular atuação do intérprete Evandro Malandro, o ritmo perfeito da bateria, além da excelente performance do casal e do canto dos componentes. A Tricolor vai levar para a Sapucaí no Carnaval 2025 o enredo “Pororocas Parawaras – As águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”, dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, sendo a terceira escola a desfilar no inédito terceiro dia de desfiles do Grupo Especial, na terça de carnaval.

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“Estou muito feliz. Primeiro ensaio do ano a chuva no fim nos ajudou. A comunidade e demais segmentos foram bem demais. A escola a cada semana vai dando um passo, com maturidade, para chegar bem no desfile. Estou satisteito com a nossa evolução. Marcamos a pista, com o número certinho da distância das cabines dos jurados, para doutrinarms nossos componentes. Temos que chegar no desfile sabendo tudo que temos que fazer. Nosso trabalho é para ser melhor do que Exu (Grande Rio 2022). Ainda bem que o samba está sendo elogiado. Ele é um presente. É cantar, executar e trabalhar até o carnaval. Nenhum samba é pronto, tem que manter até o desfile. O samba já é bom, temos o melhor cantor, a melhor bateria e comunidade, é só trabalhar para que a gente consiga reproduzir no dia do desfile”, explicou Thiago Monteiro, diretor de carnaval.

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Fotos: Ewerton Pereira e Rafael Arantes/Divulgação Grande Rio

Mestre-sala e Porta-Bandeira

A cada ensaio fica melhor ainda ver a dança de Daniel e Taciana. A dupla exibe movimentos muito sincronizados, coreografia totalmente dentro do enredo, e interação impactante. É um quesito muito seguro para escola de Caxias. Como é simulada a apresentação para jurados, durante o treino na rua, fica ainda mais nítida a qualidade do mestre-sala e da porta-bandeira.

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Harmonia

A análise do ensaio do último domingo merece ser focada neste quesito. O trabalho de Evandro Malandro foi magistral. O jeito de cantar é único e ganhou o caxiense. O intérprete comrpova a cada participação que conquistou, por total merecimento, o posto de maior cantor da história da escola, e, sem dúvida, um dos melhores do atual momento do carnaval. Muito técnico, ele consegue extrair o máximo de sua equipe do carro de som. Além disso, uma das principais virtudes é ser possível entender palavra por palavra do samba-enredo. Um dom característico do cantor da Grande Rio.

“O Evandro é um espetáculo. Um cantor maravilhoso. É o melhor cantor do carnaval”, afirmou Thiago Monteiro.

Embalada pela atuação de Malandro, a comunidade segue cantando demais. Trabalho muito forte da direção de Harmonia. Os diretores, que ficam na frente das alas, incentivam o canto o tempo inteiro.

Samba

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Uma das principais obras de 2025, sem dúvida, brigará para ser a melhor do ano. Impulsiona ainda mais a Grande Rio para realizar um ótimo ensaio de rua e tem muita condição de ser a mola que alavancará o desfile oficial. “A mina é cocoriô” já é o verso do ano. Os componentes vão ao delório quando cantam: “Pro mestre batucar a sua fé” e “Protege Caxias nas águas de Nazaré”.

“A gente sempre se cobra muito. Todo mundo tem a expectativa do samba ser o melhor do carnaval. A nossa equipe, comandada pelo Thiago Monteiro, se cobra demais. A cobrança é muito forte a cada ensaio. As pessoas ficam mais empolgadas, isso é bom, tem o gás final. Temos que dar um passo de cada vez para dar tudo certo no desfile”, afirmou Clayton, um dos diretores de harmonia.

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Evolução

Organizada, a Grande Rio evolui a cada ensaio de rua. O trabalho da direção de carnaval, comandada por Thiago Monteiro, está rendendo frutos. O componente sente que treina com seriedade e que precisa estar cada vez mais afiado. O objetivo caxiense é buscar a segunda estrela. Virou até obsessão. Assim, é fundamental não dar nenhum vacilo.

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O ensaio do último domingo não teve nenhum atropelo nas alas, a chuva que caiu em Caxias, da metade para o fim do treino, ainda deu mais vontade para o componente. Alas coreografadas deram show. Cantando e evoluindo o tempo inteiro.

Outros Destaques

Mestre Fafá é um craque. Ainda jovem, ele já alcançou o patamar da história carnavalesca. Não é absurdo nenhum afirmar que seu trabalho revolucionou o quesito. Quando parecia ser impossível trazer o andamento para um momento confortável para bateria e demais componentes ele foi lá, fez e hoje é muito copiado. O “jeito Fafá” é uma das maiores conquistas dos últimos anos da Grande Rio. A atuação da bateria, no ensaio do último domingo, foi divina. Servindo totalmente ao samba-enredo e com paradinhas incríveis.

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Destaque para o samba no pé da musa, Luciene Santinha. Cria da casa, ela mostra a cada ensaio seu amor ao pavilhão da Grande Rio. Sempre muito bonito ver de perto seu carinho com a ala de passistas. Sambista com DNA.

Feliz da vida, Portela retoma ensaios de rua e prova que comunidade abraçou o samba para cantar forte

A Portela retomou, no último domingo, sua série de ensaios de rua rumo ao Carnaval 2025, quando apresentará o enredo”Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, desenvolvido pelos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga e será a última escola a desfilar na  terça-feira. Após a pausa para as festas do final de 2024, a Azul e Branca mostrou o empenho da comunidade para embalar o samba, que vai se encorpando na boca dos componentes que cantam muito forte e balançam os braços para cima em diversos momentos. O grande destaque da noite foi para apresentação da comissão de frente, que mostrou fórmulas criativas de abrir a procissão portelense.

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Madureira estava lotada e, no início do caminho, dos lados da ampla calçada, era difícil andar tamanha quantidade de gente que decidiu encerrar o domingo debaixo das asas da Águia Altaneira. Um caloroso público que se derreteu pela energia de uma escola que ensaia como se estivesse em uma festa, sem perder a técnica impecável. O ensaio da última noite aconteceu na Estrada do Portela, onde a Azul e Branca faz um treino mais curto, porém não menos vibrante, com apenas duas paradas para módulos de jurados. Alternando entre esta estrada e a Rua Carolina Machado, a diretoria experimenta duas formas de avaliar o desempenho da escola. Na altura da Praça Paulo da Portela, é avaliado o canto e a explosão da escola e, beirando a linha do trem, se faz uma análise técnica dos formatos de desfile.

“A raiz da Portela está aqui, em Oswaldo Cruz, na Praça Paulo da Portela. Então, a Portela é uma escola com muita resistência. A gente precisa fazer esse ensaio aqui, porque é onde está a energia da Portela, a raça, a garra do portelense. Aqui, o mais importante para gente é ver o canto da escola, a garra, a evolução, o andamento do samba. E graças a Deus a gente está indo muito bem nesse sentido”, explicou o vice- presidente Junior Escafura.

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O diretor de carnaval Júnior Schall, completou dizendo que na Estrada do Portela a escola tem a chance de se colocar mais próxima de sua comunidade, enquanto na Carolina Machado, são analisadas questões técnicas. O diretor ainda contou ao CARNAVALESCO suas impressões sobre a volta da escola aos ensaios de rua.

“Eu fico muito feliz em ver a Portela voltando tão revigorada. Ela sai muito bem do último ensaio de canto. Ela sai de uma maneira formidável. Mas é muito importante vê- la revigorada, ou seja, tendo um axé, tendo um ano novo já projetado de maneira muito bacana. É muito importante retornar na Estrada do Portela. Cada vez mais a Portela entende a troca de energia que acontece entre a escola e a sua comunidade. Ou seja, voltar pela Estrada do Portela é ter a certeza do acolhimento. Esse é um ensaio de pulsação, um ensaio de força, de expressão de cada um dos seus componentes e do nosso coletivo”.

Comissão de frente

Produzida pelos coreógrafos Leo Senna e Kelly Siqueira, os bailarinos foram o ponto alto do ensaio. Marcada pela técnica e criatividade, a apresentação foi além de abrir os caminhos para a escola passar. Sobretudo, indicou que a energia do ensaio seria tão contagiante quanto as soluções coreográficas mostradas.

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Fotos: Allan Duffes/CARNAVALESCO

Esbanjando sincronismo, o grupo chega a formar uma águia no trecho “Estou onde a mãe do ouro me afaga / E fiel abraçado à Águia”, quando começam a bater os braços, como se fossem asas. Os giros dos bailarinos, quando separados em 4 grupos, no trecho “Girassóis na travessia” é uma boa sacada, que culmina em duas filas perfeitamente alinhadas para cantar que “Nessa estrada é sonho, é poeira”. Na virada do samba, a dança dos guarda-chuvas. Onde um dos 5, abriu com defeito. Começando com guarda-chuvas pretos, os bailarinos circularam pela pista agachados, montando uma barreira com as sombrinhas, até o trecho “Pra ver Zumbi no céu da canção”. A partir daí, um sexto guarda-chuva, de preto vira o sol e tem mecânica para mudar de cor e aspecto. Até que as sombrinhas pretas, são trocadas por outras estampadas em amarelo, em predominância, que deu ideia de girassol. Tudo muito criativo, bem feito e de bom gosto.

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Mestre-Sala e Portela-Bandeira

Squel Jorgea trajava um vestido todo em ouro, rodado, reluzente. Marlon Lamar, usava um terno azul com pedraria amarela e azul, em tecido brilhante. A sequência de giros, usando todo o espaço foi de impressionar, impactada ainda mais pelos pulos em um pé só do mestre-sala, se deslocando de costas, enquanto a porta-bandeira girava em sua direção, no refrão do meio. Apresentação muito segura, com muito mais giros que coreografia na letra do samba. Foi uma grande exibição.

Harmonia

Trunfo da Portela para o Carnaval 2025, o quesito harmonia está bem encaminhado, se depender da comunidade que canta o samba com toda disposição e ainda conta com um sofisticado entrosamento entre Gilsinho e Nilo Sérgio. Tirando a ala dos compositores, descompassada do restante da escola, é uma explosão de canto, com danças e muita vibração. O canto é firme, não cai. Levando em consideração que o ensaio na Estrada do Portela é mais curto, não foi notado queda no canto e, ponto positivo para a direção, é a uniformidade da apresentação. Não tem trecho que se arrasta ou é cantado com preguiça. O canto da Portela é contagiante.

“O canto é uma constante evolução. Não só como deslocamento da escola. Não é cantar alto com intensidade boa durante em um breve momento, é cantar alto com muita intensidade durante todo o tempo para fazer uma apoteose. E é isso que a Portela vem fazendo e se aprimorando em cada oportunidade. Para isso, é muito importante também o ensaio de canto na quadra, ou seja, uma conjunção de ensaios leva a nossa maior capacidade de canto contínuo”, disse Junior Schall.

Evolução

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Assim como o canto da escola, a evolução motiva o público a se deixar fisgar pelas garras da águia. A compactação das alas e o andamento tranquilo provam que as direções de alas não terão muito trabalho no dia do desfile, nas partes que dependem deles. A entrada e a saída da bateria do recuo se deram de forma tranquila e a pulsação da comunidade ajuda na evolução perfeita. Os passos de danças com os braços do componente dão volume a escola e passam sensação de desfile uniforme e integração entre a primeira e a última ala.

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Samba

Sob olhares desconfiados, o samba da Portela vai se encorpando no canto da comunidade. No ensaio deste domingo, os componentes provaram que abraçaram o samba e estão convictos de que ele pode embalar a escola a almejar um grande resultado. No trecho entre “Manhã” e “Vou partir em procissão”, parece que os componentes estão carregando energias para explodir em todo restante da obra, com apoteose no refrão principal.

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“A gente achou o andamento logo no início, depois da escolha do samba. A escola fez uma boa gravação. Está cada vez mais melhorando com os ensaios. Cantando muito. A Portela é uma comunidade muito apaixonada. Ela canta com coração”, comentou o vice-presidente Junior Escafura.

Gilsinho, com o talento que serve em todas as apresentações deu mais um show, na companhia da bateria do mestre Nilo Sérgio.

Outros destaques

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A introdução do samba, na arrancada da escola é certeza de que componentes e públicos serão envolvidos pela energia da Portela. A escola inicia sua apresentação com “Maria, Maria”, canção de Milton Nascimento e já emenda no samba, aproveitando a empolgação de todos. A junção da obra do homenageado com o samba, foi uma aposta da escola aproveitar melhor o tempo de esquenta. É certeza de que dará muito certo.