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Projeto plástico da Imperatriz foi responsável por piores notas no julgamento de 2019

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Imperatriz desfile2019 156A Imperatriz optou no desfile de 2018 por um rompimento estético das suas características históricas. Escola reconhecidamente como clássica, a verde e branca do bairro de Ramos buscou nos carnavalescos Mário Monteiro e Cacá Monteiro uma nova linha de carnaval, mais baseada na interatividade, conforme o próprio carnavalesco fez questão de confirmar em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO pouco antes do desfile.

“Acho que a grande renovação de dez anos para cá foi o Paulo Barros. Aqui na Imperatriz vou aproveitar esse estilo e criatividade. Os componentes precisam ter participação efetiva no desfile. O Paulo é bastante ousado e chegar no seu nível é preciso muita prática”, admitiu Monteiro.

Imperatriz desfile2019 146O que aconteceu no desfile já é de domínio público. As interações preparadas pela escola não surtiram o efeito programado nem no público nem nos jurados e a Imperatriz amargou um rebaixamento à Série A, algo que não acontecia desde 1977 (em 1988 a escola terminou na última colocação, mas o rebaixamento não foi consumado).

Basta um rápido levantamento no mapa de notas da escola na apuração deste ano para atestar que a mudança no seu ‘modus operandi’ de fazer desfiles foi responsável pelo resultado inesperado. No quesito enredo a Imperatriz só teve um desempenho melhor que o Império Serrano, terminando com 29,4 pontos. Se consideradas as notas totais, sem o descarte, a escola perdeu nove décimos. Confirmando que o corpo de jurados desaprovou as inovações sugeridas.

Imperatriz desfile2019 131Outro quesito de responsabilidade direta do projeto plástico de uma escola de samba é alegorias e adereços. Neste aspecto a Imperatriz somou os mesmos 29,4 pontos de enredo, igualando o seu pior desempenho dentre todos os quesitos. Novamente superior apenas ao Império Serrano, a verde e branca da Leopoldina foi despontuada no total em oito décimos, sem descartes.

A Imperatriz opta pelo silêncio desde o resultado catastrófico deste carnaval. O presidente da escola, Luiz Pacheco Drumond, não concede entrevistas desde a apuração, onde na ocasião falou sobre a queda e o que teria motivado o resultado adverso.

“Não tem o que falar. Nem sei o que fazer. Mas temos que fazer alguma coisa. Cumpri com a minha obrigação. Renovação tem que acontecer. Isso não pode continuar. Nos últimos anos a escola vem mal. Não tem ficar procurando muito. Está na cara. Cumpri com a minha obrigação e não vou ficar procurando culpados. Quando ganha todo mundo ganha e quando perde tem que perder todo mundo. Não adianta falar de A, B ou C ”, disse Luizinho.

Com o silêncio imperando, a escola só tem confirmada a mudança na sua harmonia. Júnior Escafura foi para a Portela e um novo quadro para a função terá de ser contratado. Nos demais quesitos a escola não confirmou a renovação ou dispensa de nenhum profissional. Em 2020 a escola desfilará junto com as escolas da Lierj na sexta ou no sábado de carnaval.

Novo carnavalesco da Mocidade Alegre, Edson Pereira monta equipe para conciliar com a Vila

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estrela especial2019 178QEdson Pereira vai fazer jornada dupla em 2020. O carnavalesco da Vila Isabel fechou também com a Mocidade Alegre e vai desenvolver dois projetos no carnaval do ano que vem. Edson confirmou à reportagem do CARNAVALESCO o novo desafio e disse que terá duas equipes distintas, uma no Rio, outra em São Paulo.

”Eu acho um desafio enorme, mas eu gosto disso. Eu compreendo a arte como uma constante busca por desafios. Em 2004 eu fiz o projeto da Mocidade quando a escola foi campeã. Meu namoro com a escola é antigo. Dessa vez vingou e estou muito motivado. Eu tenho uma equipe consolidada já na Vila Isabel, são profissionais de muita qualidade. Em São Paulo terei uma outra equipe, com outros excelentes profissionais, isso me deu muita segurança para aceitar essa proposta. O Carnaval de São Paulo é fascinante”, disse Edson.

Edson Pereira ajudou a Unidos de Vila Isabel a conquistar o terceiro lugar no Carnaval 2019. O desfile foi premiado com o Estrela do Carnaval nas categorias comissão de frente, conjunto de fantasias e ala de baianas. A Mocidade Alegre foi a oitava colocada no Grupo Especial da Liga SP.

Sambistas comparecem ao velório de Beth Carvalho e ressaltam legado e respeito com as escolas de samba

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O site CARNAVALESCO acompanhou o velório de Beth Carvalho, na manhã desta quarta-feira, na sede do Botafogo, clube de coração da cantora. A Estação Primeira de Mangueira esteve presente, representada por Moacyr Barreto, membro da comissão de carnaval da verde e rosa, e pelo presidente de honra Nelson Sargento. A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) enviou coroa de flores.

“É uma pessoa que deixa muita saudade e tem papel muito importante no resgate de sambistas e deu oportunidade aos jovens que surgiram e ela levou ao estrelato”, comentou Moacyr.

velorio beth 9Muito emocionado, Zeca Pagodinho disse que está arrasado com a perda de Beth Carvalho.

“Não conseguia ir visitar nessa fase final, porque não gostava de ver o sofrimento dela. A última vez que vi foi no casamento da filha. Esse ano já morreram oito sambistas amigos meus e estou sofrendo com isso”, afirmou Zeca.

A cantora Dorina falou sobre a despedida da Beth e citou sua importância para a entrada das mulheres no samba.

“Ela é super importante no cuidado com o repertório e na posição política. Ela abriu o caminho para gente, as mulheres no samba. Sempre foi uma guerreira e enfrentou o machismo. Ela criou uma legião. O samba é revolucionário e ser sambista é tomar uma posição política”.

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O historiador Luiz Antonio Simas, botafoguense e amigo de Beth Carvalho, ressaltou o respeito dela com as escolas de samba.

“É uma perda imensa. A cantora mais importante da história do gênero samba-enredo foi a Beth. Ela gravou mais Portela do que as cantores portelenses. Ela recuperou Cartola e Nelson Cavaquinho. E não ficou na zona de conforto. Trouxe a geração do Cacique para o disco, como o Zeca e o Arlindo. Ela nunca negou a importância das escolas de samba”.

Alexandre Louzada e Cid Carvalho dividirão o projeto de carnaval da Beija-Flor em 2020

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A Beija-Flor divulgou nesta terça-feira a formação de sua equipe de carnaval para 2020. Contratado desde o início do mês, Alexandre Louzada vai dividir o projeto de carnaval com Cid Carvalho, que permanece na escola.

O departamento de harmonia será dividido por Valber Frutuoso e Simone Sant. Contratado na semana passada, Dudu Azevedo será o diretor de carnaval.

Os demais integrantes da comissão de carnaval foram remanejados para outros departamentos. Bianca Behrends será responsável pelo departamento cultural. Marcelo Misailidis cuidará exclusivamente da comissão de frente. Léo Mídia, Victor Santos, Ubiratan Silva e Rodrigo Mendes integrarão o departamento de carnaval.

Alvinho lembra citação de seu nome em composição cantada por Beth Carvalho

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estrela especial2019 156O ex-presidente da Mangueira, Álvaro Luiz Caetano, o Alvinho, recordou em entrevista ao site CARNAVALESCO uma homenagem que recebeu em um samba cantado por Beth Carvalho. A cantora morreu nesta terça depois de uma longa batalha pela vida.

“Um momento muito triste para a nação mangueirense. Perdemos uma grande representante. Beth era uma referência. Sempre que se falava na Beth lembrávamos da Mangueira. Ela estava sofrendo muito. Que papai do céu a receba junto dos nossos grandes mestres. Eu tive a honra de ser citado no samba ‘Bar da Neguinha’, em que ela canta grandes nomes de nossa escola. Um grande beijo para a minha querida Beth Carvalho’, comentou.

‘Beth Carvalho cantou o povo e os trabalhadores deste país’, destaca Leandro Vieira

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Beth04O carnavalesco da Estação Primeira de Mangueira, Leandro Vieira, falou à reportagem do CARNAVALESCO sobre a morte de Beth Carvalho. Para Leandro o fato de Beth ter seu corpo enterrado no dia do trabalho é simbólico pois ninguém cantou os trabalhadores como ela.

“Hoje é um dia triste para a música brasileira e um dia de luto para o ritmo mais popular de nossa música. Para a Mangueira, para o Rio de Janeiro, perder a Beth é perder muita coisa. Nas últimas 5 décadas, o samba que a gente conhece e gosta é o que ela cantou. Beth lançou compositores, carreiras. A obra da Beth é imortal, canta o Brasil, o povo, os trabalhadores. Enterrarmos uma cantora popular no dia do trabalho tem muito simbolismo. O corpo vai e fica sua obra imortal”, declarou.

Portela lamenta morte da cantora Beth Carvalho

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Beth03O presidente Luis Carlos Magalhães e toda a diretoria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela lamentam profundamente o falecimento da cantora Beth Carvalho, de 72 anos, a mais “portelense” das cantoras mangueirenses. A Madrinha do Samba estava internada desde janeiro no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul. A causa da morte, ocorrida nesta terça-feira (30), foi infecção generalizada, segundo o empresário da artista Afonso Carvalho.

“O samba brasileiro está de luto. Beth Carvalho fará muita falta. Será lembrada como uma das maiores artistas da história da música brasileira. Além de ser a cantora que mais gravou sambas de baluartes da Portela, revelou centenas de compositores que fazem sucesso hoje, muitos deles portelenses. Deixa um legado gigantesco”, lamentou o presidente Luis Carlos Magalhães.

Mangueirense de coração e nome fundamental na história da Música Popular Brasileira, Beth sempre foi muito próxima dos compositores da Portela. Chegou a ser diplomada pela Azul e Branco por ser a cantora que mais gravou sambas dos poetas da Velha Guarda da escola, eternizando obras como “A Chuva Cai” (Argemiro e Casquinha), “Gorjear da Passarada” (Argemiro e Casquinha), “Saco de Feijão” (Chico Santana), “Virada” (Noca da Portela), “Obrigada pelas Flores (Monarco e Manacéa) e muitas outras.

Gravou também diversos discos com a participação da Velha Guarda da Portela no coro. “Minha Vontade”, de Chatim, por exemplo, ganhou o Brasil ao fazer parte da trilha da novela “Pai Herói”, em 1979, na voz da cantora. Seu repertório inclui, ainda, registros de canções de Paulo da Portela, Paulinho da Viola, Candeia, João Nogueira, Mauro Diniz e diversos outros bambas da agremiação.

A nova geração de poetas da escola também teve espaço em seus discos. Vanderley Monteiro (“Vida de Compositor”), Marquinhos de Oswaldo Cruz (“Geografia Popular”) e Ciraninho (“Chega”), membros da ala de compositores Ary do Cavaco, são alguns dos nomes que ganharam mais visibilidade após gravarem com Beth.

Em maio de 2014 cantou pela última vez na Feijoada da Família Portelense, sendo ovacionada pelo público.

‘Beth Carvalho tirou Cartola do anonimato’, lembra Elmo José dos Santos

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Beth02O ex-presidente da Mangueira, Elmo José dos Santos afirmou em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO que o principal legado deixado pela cantora Beth Carvalho, morta nesta terça, à Mangueira, foi o fato de tirar do anonimato o fundador da escola e um dos maiores compositores de samba da história, Angenor de Oliveira, o Cartola.

“A Beth sempre se declarou mangueirense e foi uma das pessoas que deu visibilidade ao Cartola. Com mais de 60 anos ele meio esquecido ela fez com ele aquilo que fez com vários músicos ao longo de sua carreira. Sempre participou dos nossos momentos de glória e dificuldade. A sua marca maior para a Mangueira, entretanto, foi tirar do anonimato nosso fundador”, declarou emocionado Elmo.

Mangueira emite nota oficial sobre morte de Beth Carvalho

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Beth01A Estação Primeira de Mangueira, escola de coração da cantora Beth Carvalho, que faleceu nesta terça-feira no Rio de Janeiro, emitiu uma nota oficial sobre a perda da cantora, uma de suas mais importantes personalidades.

“Com muita tristeza no coração informamos a toda nação verde e rosa que nossa madrinha, Beth Carvalho, nos deixou essa tarde e foi para o andar de cima levar sua alegria junto aos mangueirenses Cartola, Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Jamelão entre outros bambas do samba. Um dos mais importantes nomes do samba e voz que cantava com alma as cores de nosso pavilhão, Beth nos deixou esse belo registro, no aniversário de 90 anos da sua amada Estação Primeira de Mangueira, no Palácio do Samba. Obrigado Madrinha!”